Olá, seja muito bem-vindos a mais um vídeo do canal mapas da química. Neste vídeo vamos construir do mapa mental das ligações químicas, cujos principais tipos de ligações podem ser classificadas em iônicas, covalentes e metálicas. Mas antes disso, eu vou te passar dois recados importantes: O primeiro é: Se você acha que precisa pagar por mapas mentais de qualidade, você não sabe de nada.
Basta acessar as nossas redes sociais, mapas da química e obtê-los gratuitamente. O segundo recado é que o final do vídeo é o próprio mapa. Por isso, para que não haja dúvidas, assista ao vídeo até o final e depois obtenha a imagem do mapa pra o seu estudo ou trabalho em sala.
Sem mais delongas, vamos ao conteúdo do vídeo. Bem, todas as ligações químicas se justificam por um motivo comum a todos átomos: A busca pela estabilidade. Esse é o motivo pelo qual os átomos fazem ligações químicas.
Uma ligação envolve pelo menos dois átomos e esta união será favorável somente se for vantajosa energeticamente para ambos. Uma das primeiras teorias de sucesso que explicava essa estabilidade vem da teoria do octeto ou regra do octeto, elaborada por Gilbert Lewis e Walter Kossel em 1916, cuja justificativa vem da observação de um conjunto de moléculas estáveis, os gases nobres, que ficam nesta coluna, e que em condições ambientes encontram-se isolados na natureza. Estes elementos apresentam 8 elétrons em sua camada de valência, com exceção do hélio.
A regra do octeto, portanto, diz que os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons com seus átomos vizinhos para atingir oito ou dois elétrons em sua última camada, tal como os gases nobres. É importante frisar que essa teoria é apenas introdutória e se aplica principalmente aos elementos representativos, que são os elementos do bloco s e p, mas existem muitas exceções à regra do octeto. Por exemplo no hidreto de berílio, após terem seus elétrons compartilhados, o berílio fica estável com apenas 4 elétrons de valência.
Já no trifluoreto de boro, o boro como elemento central fica estável com 6 elétrons de valência. Na química, sempre que uma substância foge à regra, como nestes casos, novas teorias são criadas para tentar justificar a existência delas. No entanto, neste vídeo vamos nos ater aos exemplos que obedecem a regra do octeto.
É neste contexto que as ligações iônicas e covalentes se enquadram. As ligações iônicas ocorrem por meio da perda e do ganho de elétrons que resultam na atração eletrostática de íons. Isto é, ela ocorre entre cátions metálicos que são íons positivos, que em tese perdem seus elétrons para o ânions de ametais.
Isso acontece, por exemplo, entre o sódio, um metal que perde um elétron e o cloro, um ametal que ganha um elétron. Como resultado temos uma substância iônica ou composto iônico. Isso, claro, é um conceito geral para a formulação dos compostos iônicos.
Muito cuidado, pois os sólidos iônicos que resultam dessa combinação não são estruturas discretas, com apenas dois átomos, isso é apenas uma forma de facilitar o entendimento. Eles são, na verdade, um agregado de íons positivos e negativos intercalados. Esses agregados iônicos também são chamados de retículos cristalinos e representam a unidade de repetição do cristal iônico.
Nele, os cátions sempre estão circundados por ânions e vice-versa. É importante dizer que toda ligação iônica forma um sistema eletricamente neutro, o que nos leva diretamente a fórmula mínima ou empírica dos compostos iônicos. A fórmula mínima mostra os menores números inteiros relativos de átomos dos elementos.
Por exemplo, não escrevemos Na4Cl4, mas sim, NaCl, visto que a menor porção em números inteiros dos átomos neste caso é 1:1. A fórmula mínima pode ser determinada pela ‘regra do entrecruzar’ entre aspas. Nela, o valor numérico da carga do cátion é o índice de atomicidade do ânion, enquanto o valor da carga do ânion é o índice de atomicidade do cátion.
Por exemplo, ficaria assim para trióxido de alumínio. Já para o cloreto de cálcio ficaria desse jeito aqui. Para compostos iônicos, como o óxido de cálcio, por exemplo, você pode dividir o índice de atomicidade por um fator comum, neste caso, o dois, para chegar a fórmula mínima.
E você pode estar se perguntando. Mas como saber a cargas dos cátions e ânions? Para isso, basta observar a tendência de carga deles na tabela periódica, de tal modo que as valências podem ser previstas com base na regra do octeto.
Os elementos da família 1A por exemplo, tendem a perder 1 elétron para ficar com 8 ou 2 na camada mais interna, chamada de caroço. Por isso, assumem carga 1+. O mesmo raciocínio serve para os outros principais metais representativos.
Da família 2A, perdem dois 2, logo 2+. Da família 3A, perdem 3, logo 3+. No caso dos ametais, a tendência é de ganhar elétrons para alcançar o octeto.
Por exemplo, na família 7A, em vez de perder 7 elétrons, é muito mais fácil para os elementos dessa família ganhar 1 para ficar com 8. correto? !
O mesmo raciocínio serve para os elementos da família 6A. Em vez de perder 6, é muito mais fácil ganhar 2 para ficar com 8. E na família 5A, eles ganham 3 elétrons para completar o octeto.
Por isso, a tendência dos ametais em formarem ânions, ganhando elétrons. É importante ressaltar ainda que na família 4A, os elementos geralmente têm nox variável. Então não há previsão para esse grupo.
Sendo assim, as fórmulas dos compostos iônicos podem ser facilmente previstas com base na tendência de carga observada na tabela periódica. Em suma, é intuitivo pensar que os metais em geral perdem seus elétrons, enquanto os ametais ganham elétrons para formar os compostos iônicos por meio da atração eletrostática dos cátions e ânions. Bom, daí só basta conhecermos um pouco das propriedades desses compostos.
todo composto iônico é sólido nas condições ambientes. Eles são duros e quebradiços Por exemplo, quando você promove um impacto num pequeno bloco de sal de cozinha, ele se desfarela porque é quebradiço, essa é a clivagem do cristal. Possuem altos pontos de fusão e ebulição.
Não conduzem corrente elétrica no estado sólido, pois os íons ocupa posições rígidas no retículo, porém no estado líquido e gasoso eles são condutores de eletricidade devido à mobilidade dos íons. Muitos são solúveis em solventes polares, como a própria água. As soluções de compostos iônicos que conduzem corrente elétrica são denominadas soluções eletrolíticas.
Alguns dos principais compostos iônicos são o cloreto de sódio, sal de cozinha, o hidróxido de sódio ou soda cáustica, o óxido de cálcio, o famoso cal virgem, dentre outros. Agora as ligações covalentes. Elas são formadas entre átomos de ametais e/ou semimetais, ou seja, todos os participantes da ligação querem ganhar elétrons.
Sendo assim, ninguém ganha. Eles não vão medir força. Por isso, nas ligações covalentes, os átomos envolvidos compartilham pares eletrônicos.
O exemplo mais simples de ligação covalente ocorre com a molécula de hidrogênio, que é formada por dois átomos de hidrogênio, H2. Cada átomo de hidrogênio precisa ganhar um elétron para ficar com dois e alcançar a configuração eletrônica do hélio, o gás nobre mais simples. Por isso, eles compartilham esses elétrons de tal modo que o par eletrônico pertença aos dois átomos de hidrogênio, a esse e a esse aqui.
O par de elétrons também pode ser representado por um traço, ou seja, todo traço representa dois elétrons. Chamados esse modo de fórmula estrutural. Caso a ligação seja representada pelos próprios pares de elétrons tal como aqui, chamamos de fórmula ou estrutura de Lewis.
Muitos átomos que formam esse tipo de ligação geralmente tem a capacidade de formar múltiplas ligações, que podem ser classificadas em simples, dupla ou tripla. A ligação simples é formada por apenas um par de elétrons, ou seja, apenas um traço tal como no hidrogênio. A ligação dupla é formada por dois pares de elétrons, isto é, dois traços, e a tripla, por três pares eletrônicos, ou seja, três traços.
Muitos compostos precisam compartilhar mais de um par de elétrons para alcançar a estabilidade. Por exemplo, a molécula de oxigênio, O2, possui seis elétrons de valência em cada átomo. Logo necessita compartilhar dois pares eletrônicos para alcançar a estabilidade do octeto formando uma ligação dupla.
Os dois pares eletrônicos compartilhados pertencem simultaneamente aos dois átomos de oxigênio da ligação. A esse e a esse aqui. Isto é, cada átomo possui 8 elétrons de valência, os quatro elétrons que não fazem parte da ligação e os quatro que participam da ligação e que pertencem simultaneamente aos dois átomos.
Essa seria a estrutura de Lewis. A fórmula estrutural ficaria assim. O raciocínio é sempre esse: Os átomos participantes precisam estar com a configuração de um gás nobre, com 8 ou 2 elétrons na camada de valência.
Outro exemplo ocorre com a molécula de nitrogênio, N2, que possui 5 elétrons na camada de valência. Se você tentar compartilhar um ou dois elétrons de valência não será suficiente para completar o octeto, logo eles precisam de três pares eletrônicos os quais pertencerão simultaneamente aos dois átomos de nitrogênio, formando uma ligação covalente tripla, cuja fórmula estrutural ficaria assim. Bom, existe um método para montar a estrutura de Lewis para qualquer molécula, mas eu farei isso num outro mapa específico.
Se você quer muito esse vídeo, deixe um comentário. É importante frisar ainda que toda ligação covalente simples é denominada sigma, que é representada pela letra grega correspondente ao S. Nas ligações múltiplas, uma das ligações é sempre sigma e demais são denominadas pi, independente de quais sejam os átomos ligados.
Portanto, uma ligação dupla é formada por uma ligação sigma e outra pi, enquanto uma ligação tripla é formada por uma ligação sigma e outras duas ligações pi. As ligações covalentes geram compostos moleculares, o que nos leva a suas propriedades, que em condições ambientes podem ser encontrados nos três estados físicos, geralmente possuem baixos pontos de fusão e ebulição com exceção do grafite, diamante e sílica. Também são isolantes elétricos com exceção do grafite de novo.
Alguns compostos moleculares conduzem corrente elétrica em solução é o caso de ácidos e amônia, NH3. Podem formar dois tipos de retículos sólidos: o cristalino molecular formado por moléculas discretas como a sacarose, por exemplo, onde são unidos por moléculas individuais por meio de interações intermoleculares, e o cristalino de rede covalente ou reticular onde todos os seus átomos são unidos por ligações covalentes que formam uma rede tridimensional. São sólidos extremamente duros e rígidos com elevados pontos de fusão e ebulição como é o caso do diamante e quartzo.
Finalmente porém não menos importante são as ligações metálicas. Se as ligações iônicas ocorrem entre metais e ametais e as covalentes entre ametais, as metálias, claro, ocorrem entre átomos de elementos metálicos. Porém, neste caso, a teoria do octeto não se encaixa muito bem.
A teoria que justifica a ligação metálica consiste na teoria do mar de elétrons livres, cujo modelo representa a atração dos elétrons por núcleos de cátions vizinhos. Logo, ela é formada por um aglomerado de cátions, onde os elétrons circulam livremente por toda extensão do sólido. O que faz muito sentido pois permite explicar as propriedades como a boa condutibilidade térmica e elétrica deles, já que possuem elétrons livres, além do brilho devido à excitação eletrônica, a maleabilidade, onde a ação de uma força desloca os átomos sem destruir a ligação já que os elétrons possuem certa liberdade, diferentemente dos sólidos iônicos que são quebradiços como já vimos.
Bem, além disso eles são sólidos a temperatura ambiente com exceção do mercúrio. Possuem densidade elevada, altos pontos de fusão e ebulição. Bem esse é o mapa das ligações químicas com os principais conceitos.
Eu espero que vocês tenham gostado, no mais é isso, um abraço e até o próximo vídeo.