Aula 2 - Mentalidade Contraceptiva e Doutrina Católica Familiar (Instituto Pius)

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Instituto e Editora Pius
SEMINÁRIO DE BIOÉTICA: Aprofundamento sobre Vida e Família (2025.1) Programa de Pós-Graduação em Bio...
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Boa noite a todos, todos vocês que estão entrando. Boa noite, Ana, tudo bem? Me escuta bem? Boa noite. Tudo bem? Tudo bem. Escutando bem? Coisa boa. Muito bem, estamos aqui abrindo. As pessoas estão [Música] acessando. Muito bem. vocês que já vão entrando, já estão por aqui, né? Se quiserem pode colocar no chat a cidade de onde vocês se encontram, né, residem pra gente ter essa noção panorâmica, né? É sempre muito bom ter essa essa noção geográfica de onde vocês estão, onde vocês nos acompanham. Boa noite, querido [Música] Luan. Deixa eu só Boa noite, amigo. Tudo
bem? Maravilha. Tudo em paz, tudo certinho. Olha aí, tá vendo? Gente do Brasil inteiro, ó. Apuí no Amazonas, queridos amigos de Apoí. H, Redenção no Pará, Santa Leixo, Magéano, Rio de Janeiro, ã, Novo Pará, Pergando em Brasil, Novo Pará. Quem mais aqui? De Olind de Recife, de Vitória de Santentão. Maravilha. Rio de Janeiro, Vitória de Santano também, Pernambuco, Itaú de Minas, em Minas Gerais. Ótimo. Muito bem. Então, Ana, caso já possamos começar, podemos então iniciar com a primeira fala, tá? Se tu puder se apresentar como tu quiseres, tá? Pro pessoal te conhecer. Muito obrigada. Obrigada,
professor. Boa noite a todos. Uma alegria estar aqui hoje. Parabenizar aí o professor pela iniciativa, né? Uma excelente iniciativa, porque foi aqui uma forma de eh elaborar um seminário bem completo, né? que que pudesse ser abordado aí uma porque é muito interessante porque o assunto é tão vasto que às vezes a gente oferece uma aula ou duas aulas, mas parece que sempre fica algo ainda faltando, né? Então aqui tu conseguisse colocar todos os temas aqui para fazer realmente praticamente um curso, né, muito aprofundado com todos os assuntos eh necessários, né, de de forma a conseguir
eh abordar, né, com com uma certa calma aí eh tudo que é tão importante a gente falar. Então, parabéns aí pela pela sua iniciativa, né? Excelente iniciativa. Obrigada por pelo convite, né, de de para fazer parte disso. Bom, para quem não me conhece, eu sou a Ana, esposa do Marlon. Eh, nós trabalhamos aí juntos também com o professor Endel no Instituto Pios e também na editora, né? Principalmente aí nas frentes, eh, da formação de família e defesa da vida, né? E eu, nós somos casados, temos três filhos. Eu, antes de casar, já tava cursando eh
meu mestrado e doutorado na farmacologia. Adentrei aí nos assuntos, nos estudos dos contraceptivos. Eh, e desde então a gente vem aí estudando esse assunto, vinculando fé e razão e oferecendo formações nessas temáticas de vida e família. Eí, ao longo desses desses últimos anos aí, né, pelo menos uns 10 anos aí já, eu acho que a gente já tá nessa nesse caminho, né? E para começar falando eh de mentalidade contraceptiva, quando a gente pensa, né, já adentrando aqui e no tema, a gente pensa assim em contracepção, né? O que que é a mentalidade contraceptiva? Porque a
gente vai pensar em contracepção, em evitar filhos, a gente pode pensar daquela maneira bem básica e simplista, que é o quê? Você pegar um qualquer método contraceptivo, né, e utilizar naquele período para evitar filhos. E quando achar que é a hora de ter filhos, para com todos os métodos para ter eh os filhos. Mas a realidade não é assim tão simples, né? A gente sabe que existe toda uma questão cultural relacionada com a fertilidade, não só isso, né? Com a família de uma maneira geral, com a questão da da do valor e da dignidade da
vida humana, né? E essa questão da mentalidade contraceptiva, ela vai muito além de nós eh simplesmente utilizarmos uma simples pílula eh anticoncepcional, né? Então, inclusive, a gente tem eh esse livro Abortos ocultos e a mentalidade contraceptiva, que nós escrevemos, né? eu, o Marlon e o Luan, eh, falando um pouco dessa questão, eh, enfim, da origem ali da contracepção, eh, dos mecanismos de ação, eh, dentre eles o que pode acarretar a ocorrência dos abortos ocultos e falando também um pouco dessa parte da mentalidade contraceptiva. E para abordar isso, eu gosto sempre de começar falando um pouco
eh sobre a natureza feminina, porque a mentalidade contraceptiva tem a ver com a compreensão que nós temos sobre a natureza feminina, claro, a masculina também. e a questão da natureza familiar como instituição, né, claro, tem toda uma questão de compreensão de tudo, né, mas falo da natureza feminina por ser a mulher a mais diretamente afetada pela contracepção e pela mentalidade contraceptiva, né? Então, eu gosto muito de falar sobre essa questão da da natureza feminina com base na Editstein, né, que foi uma filósofa e também uma religiosa carmelita. E ela utiliza de um princípio tomista que
dizima forma corpores, né, para falar sobre a natureza feminina. Então, em outras palavras, a alma forma o corpo, ou ainda, né, o corpo é um reflexo da alma. Então, quando a gente pensa na mulher, o que que é a mulher, pensando nesse princípio, a gente pode eh ver, olhar, né, o o corpo, o que que a mulher expressa fisicamente, como é que é o corpo da mulher, o que que a mulher eh tem de diferente do homem. Eh, né, para vocês irem pensando já, né, o que que é o que que é que é a
principal diferença entre o homem e a mulher, né? Basicamente a mulher tem uma capacidade de gerar vidas, ela tem um útero, né, e todo um sistema interno que lhe permite gerar vidas. Isso é o que principalmente lhe difere do homem. Então, eh, e isso lhe faz mãe, certo? Ela tem essas capacidades maternas que seriam acolher uma nova vida, gerar, nutrir, acompanhar aquele crescimento da daquele novo ser humano, eh fazer nascer este ser humano e depois acompanhar o crescimento. Claro que o pai também faz isso, acompanha o crescimento, mas até é muito comum a gente ouvir,
né, a um instinto materno. A mãe, ela tem uma uma sensibilidade, ela tem algo a mais que lhe faz eh estar mais eh ligada, conectada com o filho. Ela tem as suas eh eh os seus sentidos todos muito mais eh aguçados, né, para para compreender as necessidades do filho, o choro que é diferente, um cheiro que é diferente. Eh, e ou seja, e até a gente vê, né, tem uma um bebê chorando e passa no colo de um, de um, de outro, de outro, mas daqui a pouco, ah, não, é a mãe, precisa ser a
mãe, é só a mãe que consegue acalmar a criança em determinado momento. Então, tem uma ligação e tem todo um instinto, tem um um algo próprio da mulher, né? Eh, além disso, outra coisa que a gente pode falar com relação a essa questão, né, do corpo da mulher, todo mês, né, ou a cada ciclo, o corpo da mulher se prepara para gerar uma nova vida. Então, quando a gente tem ali o ciclo menstrual da mulher, que ela vai todo mês produzir um óvulo, liberar este óvulo e vai produzir um muco fértil que vai lhe favorecer
a fecundação, a concepção, né, a a a fecundação de uma nova vida. Eh, e é interessante que tudo isso acontece no corpo da mulher sem ela pensar, sem ela raciocinar, sem ela querer, né? Ou seja, é algo inerente à natureza feminina mesmo, que não depende do do racional. E até interessante a questão ali da do processo de nidação, porque quando eh o corpo, a parte interior do útero se prepara para colher um bebê que venha a ser concebido naquele ciclo, o interior do útero, né, aquela aquela camada de dentro do útero, né, muscular. ela se
prolifera, ela enche de, enfim, vasos sanguíneos, nutrientes para de fato acolher aquele embrião. Então, o embrião ele vai ser ele vai eh chegar na cavidade uterina e vai se implantar ali. Um processo também conhecido por nidação. Então, o bebezinho se implanta ali nessa no interior do útero e ali ele vai então ter todos os nutrientes que ele precisa para continuar se desenvolvendo. E esse processo nidação, a palavra nidação, ela vem do latim nidos, que significa literalmente ninho, né? Então é tão interessante a gente ver eh várias espécies da natureza, né? Que as feminhas vão lá
e fazem os ninhos eh pros seus bebezinhos. E até as mulheres grávidas elas fazem também como se fosse um ninho, né? Quando elas vão eh preparar o quarto do bebê. Tem até inclusive um item de enxoval que se chama literalmente ninho, que as mães colocam no berço, né, para que o bebezinho fique bem aconchegado ali naquele ninho e tal. E poxa, o corpo da mulher faz isso, né? Faz lá dentro sem que a gente perceba o corpo da mulher eh faz isso. Uma série de outras situações que vão acontecendo ali, né, na nessa eh que
seria o quê? Uma exteriorização da maternidade, vamos dizer assim. Mas voltando lá para aquele princípio tomista de anima forma corpores, o que que a gente poderia concluir de uma maneira mais assim bem resumida, né, e simples? Tudo isso que a gente vê externamente acontece antes na alma da mulher. Por quê? Porque é a alma que dá forma ao corpo, né? A ânima forma corrpores. Então eu tenho uma expressão no meu corpo, eu tenho uma expressão daquilo que está na minha alma, ou seja, daquilo que é minha natureza, né? A natureza feminina. Então, todas essas características
de acolher, eh, gerar, nutrir, acompanhar o crescimento, né, proteger, eh, são características da alma, da natureza feminina, que caracterizam, então, essa natureza feminina, né? Então aqui, eh, a gente já tem eh uma informação importante e ao mesmo tempo um problema, né? Porque assim, é o tipo de coisa que não se fala, né? Eh, muitas meninas eh chegam na sua adolescência já aprendendo que menstruar é ruim, que precisam usar pílula e evitar filhos e e nem sabem como é que elas foram criadas também, nem sabem, não tem essa compreensão, não lada esta compreensão da beleza da
natureza feminina, né? Então, o primeiro passo é para para enfim, é uma uma espécie de aceitar isso, sabe? Compreender, entender. Poxa, olha que bonito que é, que bonita que é a natureza feminina, né? Olhar isso como realmente um dom, né? E não como um fardo, como a gente vê que acontece na cultura atual, que a mulher tem essa essa questão cultural de que tem que ter a igualdade aí com os homens. E é como se tudo que fosse próprio da natureza feminina fosse um problema, né? Poxa, menstruar que complicado. Eh, ter filhos tem que evitar,
porque se eu engravidar eu posso ter problemas, posso prejudicar minha vida, minha carreira, etc. Então, tudo meio que vai contra, né? E a gente às vezes não percebe porque nós estamos imersos nessa cultura. Então, poxa, a gente não se dá conta que muitas das ideias que a gente ouviu a vida inteira e que às vezes a gente até passa adiante sem saber são ideias que são contrárias à natureza feminina, né? Então acho que isso aqui é a primeira coisa, sabe? O primeiro ponto de reflexão pra gente conseguir entender a questão da mentalidade contraceptiva e até
mesmo a questão eh da paternidade responsável, da geração de filhos propriamente, né? né? Porque quando a gente entende essa essa questão da da natureza, né, do para o que fomos criados, é muito mais fácil de compreender a a questão ali da da fecundidade matrimonial, até mesmo da da abertura à vida, abertura aos filhos, né? Porque se a gente olhar só com as lentes mundanas, que são extremamente imaterialistas, tudo vai suar muito estranho pra gente, né? É difícil a gente aderir a algo que a gente não sabe, não entende, não, não compreende, não, não aprofunda. Então
isso é muito importante para as mulheres, né, eh para nós mesmas, eh, e também assim para que possamos conduzir melhor as nossas meninas, as nossas filhas, as meninas que estão ao nosso redor. Então, quem é mulher, quem é mãe, quem é educadora, né? E claro também para os homens, para que eles também possam aprofundar o seu conhecimento, a sua visão sobre a natureza feminina também, né? Bom, essa questão é essencial, esse entendimento sobre a natureza feminina, mas aí nós temos, claro, toda uma questão cultural, né? A gente poderia falar muita coisa, mas eh eu vou
dar pequenas pinceladas, até porque eu não sou historiadora, né? Mas algumas coisinhas eu vou citar só pra gente entender um pouquinho assim, enfim, do contexto de como as coisas foram acontecendo no mundo. Por exemplo, a revolução industrial, né? Alguns séculos atrás nós tínhamos as famílias eram núcleos, né? Eh, principalmente assim camponeses. Então, a família eh trabalhava no campo, né? E os filhos iam nascendo, iam ajudando. E aquele núcleo familiar era, enfim, era um núcleo forte, né? Daí o que que aconteceu com a revolução industrial? O homem saiu de casa, então já criou ali já uma
uma alteração nessa estrutura familiar. Então o homem sai de casa e logo em seguida a mulher também é incentivada a sair de casa. Então o que antes era um núcleo forte, né, onde todos se ajudavam e havia essa essa união e até inclusive essa dependência acaba sendo um fardo, né? Então, antes o o pera aí, o que era era o que era benéfico, né, acaba se tornando eh um fardo. Por exemplo, ah, o homem tem que sair para trabalhar, a mulher tem que sair para trabalhar. Então, se antes eles tinham muitos filhos e todos trabalhavam
juntos no campo, agora virou um problema, porque poxa, tem que trabalhar, o que que vai fazer com os filhos, né? Então, isso modificou toda a estrutura eh familiar. E além disso, nós temos também, eh, enfim, ideias, né, correntes filosóficas que foram acontecendo ao longo dos últimos séculos. Então, poderia citar aqui para vocês o maltusianismo, né, eh, surgiu no século XVI, uma teoria de que a população supostamente cresceria muito rápido e esgotariam os recursos, né, os alimentos, enfim, levando toda a população do mundo eh à miséria. E a solução disso seria, então, controlar os nascimentos. É
claro que essa ideia deu base para muitas outras, que inclusive, né, com outras palavras e outras formas de expressão estão vigentes ainda hoje, né, ã, na nossa sociedade. uma outra influência, né, que vem assim para um que eu tô querendo dizer aqui, que eu tô querendo trazer aqui, né, ideias que foram surgindo ao longo do tempo, que foram eh influenciando as pessoas na maneira como elas veem a família, os filhos, a fecundidade, né? Porque pra gente entender que a contracepção ela ela vai muito além da pílula. Ela é mais, né, principalmente ela se dá na
mentalidade, né, porque a pílula é só você usar e depois parar, né? Então, uma outra eh um outro ponto assim de influência eh questão do do marxismo, porque o marxismo é uma ideologia que traz a questão ali da desigualdade de classes. Então, a o o trabalhador sendo oprimido pelo patrão, né, o pobre sendo oprimido pelo rico e tal. Então eles vão desenvolvendo essas ideias e concluem que a origem de todas as desigualdades estaria na família, né, com a mulher e os filhos sendo oprimidos eh pelo pai, né, que é então o chefe da família, a
imagem de de autoridade, maior autoridade da família. Então, aí surgem também muitas ideias eh que visam essa desconstrução da família tradicional, como a gente tanto escuta. E um dos soldadinhos que vão colocar todas essas ideias em prática é o movimento feminista, né? né? Então ele vem, coloca em prática essa questão aí, aí sim atuando diretamente na mulher, colocando para ela outras ideias, né, para que ela começasse então a tomar posse de novas ideias sobre o que supostamente ela seria, certo? Então, eh, o feminismo ele, para vocês terem uma ideia, eu coloquei até poucas citações assim
de, eh, feministas clássicas aí do do movimento que traziam ideias muito fortes, assim, que contrárias mesmo a toda a natureza feminina. Por exemplo, a gente viu ali, né, a questão da alma feminina, toda a predisposição que a mulher tem para o cuidado com com o outro. Claro, não necessariamente com os filhos, né? Porque tem mulheres que não vão ter filhos biológicos, por exemplo, mulher que não pode ter, por algum motivo, né, está incapacitada de ter filhos, mas ela vai e ela pode e ela deve exercer a sua maternidade e de outras formas. Por exemplo, pela
via da adoção, uma mulher que é religiosa, ela também é mãe, né? Porque ela se coloca ao serviço, ao cuidado dos outros também. Então, a gente vê que isso é próprio da natureza feminina, mas aí o feminismo vem e fala o quê? Por exemplo, Simone de Bvoá, bem conhecida, né? O trabalho da dona de casa não visa a criação de qualquer coisa durável, né? O trabalho da mulher dentro de casa não é útil à sociedade, não produz nada. A dona de casa é secundária, é parasitária. Então ela traz essa ideia de que o lar de
uma família e tudo que se faz ali é algo inútil. Então o que que é útil? Só as coisas materiais, os bens, o status, o dinheiro, a carreira, né? Então, veja só que que visão eh materialista, né, e tão contrária a todos os dons femininos. Ah, outra fala dela, nenhuma mulher deve ser autorizada a ficar em casa para criar os filhos. As mulheres não deveriam ter essa escolha. Vejam que incoerência, porque o movimento feminista é aquele que supostamente traz liberdade para as mulheres, né? Mas o que que a o que que uma das suas grandes
expoentes diz? Que as mulheres não deveriam ter essa escolha. Ela até ainda continua, né? Porque se as mulheres têm essa escolha, muitas vão optar por isso. Por quê? Porque no fundo elas sabe que tem uma questão que é muito mais forte do que tudo, que é a natureza feminina. Ou seja, mais cedo ou mais tarde essa mulher vai ter esse desejo, né, de ter filhos, de de ficar com os filhos, de cuidar dos filhos, né? Hoje a gente vê eh que muitas mulheres, por ter uma real necessidade de trabalhar fora, às vezes o dia inteiro,
passa horas e horas o dia inteiro longe dos filhos e sofre por isso, né? por porque realmente gostariam de estar acompanhando mais de perto o crescimento dos filhos. Então isso é um problema hoje, né, decorrente aí de todas essas ideias eh que o feminismo implementou. Bom, depois tem outra citação bem forte que é da Schulamid Feston, uma outra feminista assim bem radical que ela falava muitos contra a biologia, a própria biologia feminina, né? Ela fala que a biologia feminina é responsável pela origem e continuidade da sua opressão, né? Então, o problema da mulher seria ela
mesma. Como assim? Né? Então, é é uma coisa muito antifeminina, né? e ela pregava que seria necessária a libertação da tirania da sua biologia reprodutiva. Então hoje quando a gente vê assim, poxa, essas uma rejeição da da fertilidade, uma rejeição da menstruação, uma rejeição de tudo que é próprio natureza feminina, assim, até que ponto a gente não tá carregando ideias que a gente tanto ouviu, né? Nossas mães ouviram, nossas avós ouviram, né? E foi porque ficou impregnado isso, né? eh, na cultura. E todas essas ideias, essas ideologias que eu tô citando aqui, elas acabam culminando
aí num numa coisa só, que é a mentalidade contraceptiva, ou seja, em outras palavras, né, uma recusa da fecundidade, da fertilidade feminina e da fecundidade eh do casal. Então, essas ideias elas sustentam toda essa mentalidade contraceptiva. Então, a mulher ela pode tirar o Dio para ter um filho, ela pode parar de tomar pílulo, ela pode, mas vai ter algo a mais sempre. Será que esse é o momento? Ah, mas eu tenho medo. Eu não tô preparada para ser mãe. Ã, mas um filho agora vai ser muito difícil para mim. Eu não vou dar conta, dá
muito trabalho, vai atrapalhar minha vida. Ou seja, a pílula é um detalhe muito pequeno perto do que realmente é a ideia, né? A ideia contraceptiva, certo? E aí, bom, os contraceptivos surgiram muito por eh eh motivação eh do movimento feminista. Então, eh, longe de ser um medicamento que foi estudado e desenvolvido para tratar uma doença, ele foi, na verdade, uma ferramenta, né, de de manipulação da sociedade. Ele foi criado com esse objetivo e também foi eh tem muitas muitas eh controvérsias aí na história da contracepção, como por exemplo os testes clínicos que foram feitos de
uma maneira totalmente ã antiética, né? Eh, e ele foi aprovado nos Estados Unidos num momento em que a contracepção ela era proibida por lei. Então, ele foi eh aprovado com base numa mentira, né? H, a bula constava, na bula constava que o medicamento ele servia para controle de transtornos menstruais e aí teria então um efeito colateral que seria a inibição da fertilidade. Então, eh toda a história das dos contraceptivos é muito complicada assim, muito obscura, né? Então, a gente até pensa, poxa, como é que eu vou eh aderir, né, a isso? Como é que eu
vou ser conivente com isso, né, com essa história tão obscura? Então, basicamente, a a mentalidade contraceptiva ela ela é isso, né? Eh, são ideias, são que estão na mente das pessoas, que levam as pessoas a se fecharem a vida. Então, não é só o anticoncepcional, né? São todas essas ideias e elas vêm de todos os lados, como eu falei, né? De várias correntes filosóficas. E até nesse sentido, isso, claro, não é de uma hora para outra e não e não começou com o feminismo, porque o feminismo começou ali no no final do século XIX, teve
a sua o seu auge no século XX ali na década de 60, né, com a revolução sexual, tudo mais. Só que assim, não foi o feminismo que começou tudo. Isso foi vindo de séculos e séculos atrás, de correntes filosóficas que foram fazendo o quê? basicamente, né, tirando Deus do centro da da sociedade, da vida das pessoas e colocando o próprio homem. Então, elas foram fazendo com que a sociedade fosse aos poucos perdendo a sua fé, né? E na Idade Média as pessoas tinham muito claro um sentido de transcendência, né? Eh, elas sabiam que essa vida
ela que que teria, né, que tem outra vida após essa, né? E hoje a gente já não, a sociedade em geral é muito cética, né? Não tem mais esse sentido de transcendência e acha que o que está aqui é o que se basta. Por isso também tanto apego ao material e tanta falta de fé, eh, mesmo, né? E isso, enfim, foi aos pouquinhos, isso foi acontecendo aos pouquinhos. na sociedade, as pessoas perdendo a fé. E isso foi dando espaço para que essas correntes filosóficas e todas as ideias ã antivida, antifamília, que contrariam mesmo a natureza
humana, pudessem ter espaço na sociedade e na mente das pessoas, né? E uma coisa que é importante também a gente lembrar que hoje também muito se fala, né, que tem a ver com com a mentalidade contraceptiva, que é muito difícil ter filhos hoje em dia, é muito difícil nós termos, criarmos filhos hoje em dia, mas a gente pensa como se em outros em outros tempos não houvessem dificuldades, né? Eu acho que é justamente o contrário. A gente vive um momento do mundo hoje em que as coisas estão assim muito confortáveis. Então é muito mais fácil
hoje do que era antigamente nos tempos das nossas avós, que elas não tinham todas as facilidades, as tecnologias, os eletrodomésticos que hoje a gente tem, né? E a gente pode lançar a mão. Então tô dizendo que é fácil, não. Claro que não, mas as dificuldades sempre existiram. É isso que eu quero dizer, né? E a vida do ser humano é consiste nisso, né? na verdade, da gente eh ir eh vivendo, né, a a a vida e superando as dificuldades e crescendo com elas, né? Então, acho que também a nossa geração tem um pouco de dificuldade
de compreender isso, né? basicamente com com uma uma consequência eh de tudo isso é justamente essa visão, né, atual, essa visão que se tem hoje de que os filhos são um bem a ser adquirido. Então, o mundo é tão, a visão das pessoas do mundo, de uma forma geral, é tão materialista e tão eh carente do sentido de transcendência que mesmo os filhos parecem hoje ser bens a ser adquiridos, né? Então, ah, eu vou estudar, eu vou ter a minha carreira, eu vou casar, vou comprar um apartamento, vou comprar um carro, tal, tal, tal, depois
eu vou ter um filho, né? Como se o filho fosse um item de checklist. Então, a gente vê eh que de fato tem um um problema aí de compreensão da natureza humana, né, da natureza feminina e inclusive de casamento, né? Então, eh terão outras aulas aí ao longo do seminário que vão falar também sobre essa questão, mas basicamente o filho ele não é um bem que nós vamos adquirir, ele é um fruto do amor, né? ele é um um dom, um presente, eh eh é o amor humano que transborda gerando uma nova vida. Então é
é muito assim triste que a sociedade hoje não tenha essa visão, esteja tão carente dessa visão, porque assim é muito bonito, né? É uma coisa tão bonita. Então por que que a gente tá se contentando com uma visão assim, sabe, tão rasa do ser humano, tão rasa da natureza humana, da natureza feminina, as mulheres mesmo, né? Então, hoje a gente vê, poxa, eh, as mulheres assim tão frustradas, com tantos problemas psicológicos, tanta depressão, tanta frustração, sabe? Tanta, enfim, tanto vazio. E as mulheres têm tudo, né? né? Tem o status que tanto queriam, tem independência, tem,
enfim, tem tudo que se buscava, teoricamente, o que se estimulava aí pelo movimento feminista e mesmo assim estão frustradas, estão tristes, estão depressivas. Eh, então falta, né, ao meu ver, essa essa compreensão mais profunda das coisas, né, de quem é o ser humano mesmo, para o que ele foi criado, qual é a natureza humana mesmo, de verdade, porque todas essas ideias que foram se espalhando e afetam até hoje a vida de todo mundo, elas nos distanciam muito da nossa natureza e isso gera problemas, né? Isso traz muito problemas, né? O que que a gente tem
mais hoje, atualmente? Que é normal a mulher estar esterilizada. É estranho uma mulher hoje não usar um método contraceptivo. Vejam só a inversão, porque é como se a mulher tivesse sido criada eh com um defeito, né, com um problema que precisa ser corrigido com pílulas. Vejam só. Então, é como se ela mesma acreditasse que ela, eu tenho um problema em mim. Eu fui criada com defeito. Eu preciso de uma pílula para desligar uma coisa em mim aqui, que é a minha fertilidade. E assim, é muito grave porque a gente vai propagando isso, né, pras pras
filhas, pras netas, pras meninas ao redor, ou com algum comentário aleatório entre amigas, com crianças por perto. Ai, Deus me livre ter mais filho, ai que coisa chata. Então tudo isso vai fortalecendo essa cultura antivida, né, e essa cultura antifeminina propriamente. Então é é tão engraçado isso que a gente tem um movimento feminista que supostamente defende as mulheres, mas que eles ataca a natureza feminina, né? Traz mais problemas do que solução, né? Eh, e traz aí os problemas paraas mulheres, os dilemas para as mulheres, porque tem toda essa questão da frustração que eu comentei, essa
inclusive o sofrimento, mulheres que já têm filhos, mas que estão aí reféns de todo um sistema econômico, se que se reorganizou em função da mulher no mercado de trabalho, então precisam trabalhar fora e aí sofrem porque tem que deixar os filhos na creche, né? Não podem ficar muito tempo, não podem acompanhar mais de perto o desenvolvimento dos seus filhos, né? Eu tenho pessoas próximas que passam por isso mesmo, né? E e é uma situação assim, poxa, não tem muito o que fazer, né? É complicado. Então, será que todas essas ideias eh solucionaram os problemas das
mulheres ou criaram mais problemas, né? Ah, os dilemas eles não são apenas das mulheres, eles são também dos homens, né? Porque a gente vive hoje uma uma um problema aí que numa crise, né, de masculinidade. Então os homens, a sociedade assim, de uma maneira geral, eles já não têm mais aquela noção de responsabilidade. Então veja só, ã envolvimento íntimo entre um homem e uma mulher gera um bebê, né? Uma coisa básica da biologia. Só que a mentalidade contraceptiva desvincula isso, né? Desvincula o prazer da geração de vidas. E o que que isso leva as pessoas,
principalmente o homem, a concluir? Os meus atos não têm consequências. Eu não me preciso me responsabilizar por isso que eu estou fazendo agora. Não preciso me responsabilizar por este envolvimento que estou tendo com esta mulher neste momento, né? Então, a gente tem hoje aquilo que o Papa Francisco tanto falou, né? A cultura do descarte. Então você não precisa mais dessa pessoa, você pode descartar, você usa só por enquanto, enquanto te serve, enquanto te é útil, você usa e depois você eh descarta, como se fosse de fato um objeto. Olha só, tudo vira objeto, o ser
humano vira objeto, né, dessa coisa do do uso do descarte, né, a busca pelo prazer excessivo, né, o conforto excessivo. Então, a gente vê hoje essa crise de masculinidade dos homens que não assumem compromissos ou que casam e não assumem os compromissos familiares mesmo, eh, não dão ali um bom exemplo de eh de enfim, de respeito, caráter, moralidade, né? Educação de uma maneira geral, eh a questão muitos dos vícios, muitos vícios. Então, uma geração, uma cultura muito voltada para o conforto cai muito facilmente nos vícios, né? Ah, então a questão ali, pensando assim, né, nos
mulheres e nos homens, né, mas a gente vê principalmente nos homens a questão do vício da pornografia, jogos, eh tudo isso, essa busca, né, pelo prazer excessivo. A gente parece que não, parece que não tem nada a ver, mas está tudo muito interligado. Então, uma vez que nós temos uma pílula que desvincula essas essas esses significados, né, do prazer com a geração de vidas, a gente vai tendo uma cascata, né, de de consequências. E essa busca por prazer excessivo e a falta da responsabilidade que se vê hoje em muitos homens tem ligação direta com a
questão da da eh da contracepção. O Papa Paulo VI, quando escreveu a encíclica Humanivit, que foi a encíclica que veio como uma resposta ao advento da contracepção, né, ele escreveu no ponto 17 que é ainda de se reciar que os homens habituados à práticas contraceptivas acabassem por perder o respeito pela mulher, usando-a apenas como um instrumento de prazer egoísta. Imaginem que ele escreveu isso lá em 1968. Isso foi muito profético que a gente vê acontecendo isso hoje, né? Então esse uso e descarte de pessoas. Eu coloquei uma conclusão assim só para eh eu falei muito
rápido, né? Até peço desculpa, mas eh a gente ficou meio preocupada com o tempo, né? E então eu fui seguindo o meu roteirinho aqui, mas eu coloquei assim uma conclusão que seria a desumanização, né? Parece um pouco estranho ou até um pouco forte, mas o que que a gente poderia dizer de diferente considerando um cenário em que as pessoas se usam e se descartam como um objeto? O que que é um objeto? né? Não é uma coisa que você usa e descarta e quando estragou ou não te serve mais, você joga fora, né? Então não
deixa de ser uma desumanização, porque mesmo, por exemplo, na nas famílias, ah, se não der certo é só separar, né? É uma mentalidade que existe hoje. E eu não tô falando que os problemas não existem, eles existem, mas aí aí é que tá a questão, como que isso vai ser resolvido? Porque essas ideias atuais já estão em vigor há, sei lá, 100 anos, né? E resolveram alguma coisa, ao meu ver, não. Só pioraram a situação, porque a gente vê hoje as famílias dilaceradas, né, muito sofrimento, crianças crescendo aí longe do pai, longe da mãe, vendo
pai e mãe vivendo em desavença, né? Ah, não recebendo uma uma formação afetiva adequada. E aí, consequentemente isso pode aumentar o seu risco de esta criança também na sua vida adulta cair em relacionamentos superficiais e viver em frustrada, viver com falta de amor, né? Porque não presenciou isso em casa, não recebeu isso em casa, não viu isso nos seus pais. Eh, então as pessoas se tratam como coisas. Então, a o filho é um bem que você adquire quando você quer, quando você tem vontade. É um objeto já, né? não é mais visto como uma pessoa,
né? Então, existe essa desumanização com relação ao outro, seja a pessoa com a qual você está se relacionando, marido, esposa, namorado, enfim, etc, com o filho, ou seja, uma coisa que eu preciso evitar e quando eu quero, eu vou lá e adquiro, né? E uma desumanização com relação a si mesmo. Por quê? Porque como que a mulher se se enxerga hoje? Ela se enxerga com esta alma feminina, conforme descrito ali pela Edit Sstin, que foi aquilo tudo que eu comecei falando no começo. Será que ela enxerga, se enxerga dessa forma, né? E o homem, como
é que ele se enxerga hoje? Será que ele se enxerga de fato como aquilo que ele foi criado para ser, né? Um portador da verdade, uma imagem, a imagem do próprio Deus, né? Deus deu autoridade pro homem para ser o chefe, para amar como ele, né? Cristo diz ali, né? Amar como Cristo amou a igreja. Então o homem tem esse chamado ao amor que é muito forte, é muito intenso, é maior até, né? assim, quer dizer, cada um é chamado a amar de sua forma, da sua forma, mas ã eh o homem tem essa postura,
deveria ter essa postura, né, de de amar, de de dar a vida, que já não se vê mais com muita frequência. Então, de certa forma, eu ouso dizer que isso seria até quase como que uma desumanização, porque ele não está vivendo conforme aquilo que ele foi criado para ser, né? né? Ele tá vivendo como um animal que é guiado por instinto. Então, veja só o problema que gera quando a gente não se aprofunda realmente na verdade sobre o ser humano, né? Tanto no aspecto feminino quanto no aspecto masculino e tanto também na questão do aspecto
da união dos dois que vai gerar novas vidas, né? A solução para isso, né? ao meu ver, buscar a verdade, a verdade mesmo, né? Porque muito se diz, muito se fala, muito se escreve, são muitas as ideias, mas qual delas é a verdadeira? Eu prefiro ficar com estas dos santos que muito amaram a Deus, que entregaram as suas vidas por amor, né? E a verdade é uma só, a gente sabe. Então, buscar a verdade, buscar a verdade sobre nós, né? Buscar, poxa, qual que é a verdade sobre a natureza feminina? Eu vou atrás dessa informação,
né? Qual que é a verdade sobre a natureza masculina? Qual que é a verdade sobre o matrimônio, sobre a união entre homem e mulher? Eu quero saber essa verdade e aí tomar posse disso, né? E além disso, obviamente, a fé. Porque se a gente olhar pra vida e pras pessoas só com os olhos materiais, só materialistas, só com os olhos assim desse mundo, vai chegar uma hora que a gente vai se desiludir e que nada mais vai fazer sentido, né? Então, a gente precisa ter a visão sobrenatural, a gente precisa ter a visão transcendente da
nossa vida, a gente precisa ter esta busca por aquele que criou tudo, né, pelo próprio Deus, porque ele é a verdade, né? Então, a gente precisa também desenvolver a a eh eh a nossa fé, né? Então, e isso falta muito pra gente, né, no nos nossos tempos, assim, culturalmente falando, né, eh, como se o mundo vivesse assim uma fé fraca. Claro, hoje a gente já tá vendo muitas conversões acontecendo. Isso é uma coisa muito uma grande bênção, né? Uma grande providência, mas a gente precisa mais, mais se aprofundar cada um na sua, na sua individualidade,
se aprofundar, né, na busca pela fé e na busca pela verdade. Eh, e eu acho que só assim a gente vai conseguir solucionar os os dilemas que são muitos, né? Cristo falou, né? Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Então ele é o único caminho. Então é só por meio dele que a gente vai encontrar soluções ou se não for uma solução que algo que solucione de verdade tudo, mas que dê sentido para aquelas situações que estamos vivendo, né? Se a gente não tiver esse olhar transcendente, vai chegar uma hora que não vai
dar, não vai ter como mesmo, né, solucionar e e viver a situações que muitas vezes são complicadas, né? Eh, bom, acho que é isso. Não sei, acho que deu 40 minutos, 35, mas eh passo a passo a palavra aí para os colegas darem continuidade ao ao assunto e e claro, ficou à disposição também, né, para para conversar mais sobre isso depois da aula também e tudo mais. Maravilha, Ana, muito bom. Ótimos tópicos, né? Acho que todo mundo que tá nos acompanhando pode perceber a riqueza de detalhes e quanto que essa temática ela é conectada, como
Ana bem colocou, não é apenas e não se resume apenas a um instrumento específico, né? A pílula ou o dispositivo intrauterino ou contracepção por outros meios, né? Mas há muito mais por trás de tudo isso e quanto que essa mentalidade reverberou, reverberou localmente naquela época, né, mais ou menos em 60, nos anos 60 e 70, como também veio causando muita coisa, muitos efeitos ao longo do tempo. Então, maravilha. Espero que vocês tenham anotado aí os pontos, as perguntas, tá? Ana tá à disposição para nos responder, né? Então, anotem bastante aí, ó. Uma pessoa já lhe
perguntou ali qual é o Instagram de da Ana. Pode falar, Ana, no teu Instagram. Ana Carol de Rosa. Ana Carol deosa. D e r o S a. Tudo junto. Muito bem. Vou ler aqui um outro comentário de Marinei Soares. Muito profunda essa palestra. Tudo isso é pura verdade. Hoje quando vamos falar sobre métodos naturais com os noivos, somos muitos questionados. Também também percebo que para alguns casais os filhos estão em último plano. O principal são os bens materiais, não é? O lazer, a liberdade, muito do que Ana comentou, não é? Vamos reverberar esses comentários ainda,
ainda hoje, tá? Na aula de hoje. Vou agora passar a palavra pro Luan e aí ele dá continuidade e vamos refletindo juntos, tá? Luan, meu amigo, com a palavra. Boa noite, eh, Andel, obrigado pelo convite. Boa noite todo mundo que nos nos acompanha também a Ana, né, que que precedeu aqui na palestra, na nessa nessa conversa. Eh, eu quero agradecer o convite, né, eh, para essa semana aí que tá com a programação muito profunda, muito ampla, né, com com excelentes formações, com excelentes colegas, né, uma uma excelente iniciativa aí do do Instituto Pius, né, coordenada
pelo pelo nosso grande Endel, né? Então, vamos lá. Eh, eu acho que eu vou pegar até um gancho da Ana, né, porque ela nos trouxe a uma dimensão, né, eh, histórica, filosófica. Eu tô com um pouco de tosse, então, eh, não não me levem a mal, né? ela trouxe uma dimensão histórica, né, uma uma dimensão filosófica profunda. E a gente vai eh aprofundar isso a partir do olhar da fé. Então, a gente vai pegar um pouco do que a Ana eh falou e vamos aprofundar a partir do olhar da fé. Deixa só eu ver uma
coisinha aqui. Pera aí. Tá todo mundo me vendo bem aí, né? Muito bem. Então, eh, o tema, né, da minha parte ficou como a doutrina da igreja, né, doutrina eh da igreja em relação à família, né? Eh, isso é um tema que eu gosto muito de falar e eu sempre gosto de de começar com a seguinte meditação. Ã, existe uma inscrição no humano de algo sem que tá natural ali, né? Se você for olhar em culturas não evangelizadas, em povos não evangelizados, existe casais e existe família, né? Então, alguém que não conhece o evangelho lá
no na Conchinchina, sei lá, né? Existe ali uma naturalidade, né? em que aquele homem e aquela mulher se encontram, se relacionam. e deste amor, deste casal, naturalmente, né, ele brota ali uma vida, uma família em que virão os filhos e depois os netos e e naquele ambiente vão vão se nutrir de forma afetiva, de forma espiritual, né, também eh do ponto de vista biológico. Então, existe uma disposição natural de todos os viventes de se relacionarem e formarem uma família, né? Isso a igreja chama de lei natural. O que que é a lei natural? Ela é
uma inscrição em todas as pessoas, em todos os humanos, de uma de um chamado, né, para algo, de forma que ninguém precisa falar para alguém lá da Tailândia que foi Deus que pensou a família. Não, naturalmente aquilo tá inscrito na humanidade daquela pessoa e ela vai em direção àquilo. E quando a gente respeita a lei natural, é como a gente pegar um violão, né, e tocá-lo com uma harmonia de acordes. Você vai fazer o sol, você vai fazer o ré, o menor, o dó. Isto vai ser harmonioso, né? Ou seja, o violão ele nasceu para
que a gente toque de uma determinada maneira. E tocar o violão dessa maneira vai ser bom, vai ser, vai ser harmonioso. Agora, se você pega alguém que não sabe tocar violão, dá na mão daquela pessoa, né, e ela vai tentar tocar, porque não, eu quero aqui tocar o violão do meu jeito. Eu quero usar o violão como tabac, como a tabaque. Eu quero inventar cordes que não existem, né? Ora, esse violão tem uma lei natural inscrita nele que precisa ser respeitada. para que dele saia um som harmonioso. E no humano também existe dentro de nós
uma lei natural que precisa ser respeitada para que da nossa vida saia um som harmonioso, para que na nossa vida ecoe um som, né, que gere sentido, que gere beleza. Eh, e este, essa lei natural, né, ela ela vem de um chamado divino. No final, fomos todos cristãos ou não cristãos, fomos todos criados e chamados, né, a uma missão, né? Que missão é essa? É a gente espelhar o amor do Deus trinitário. Essa é a nossa missão. Consent ou não disso, isso é o que realmente realiza o coração humano, né? Realização do coração humano está
em amar, né? Amar, né? Amar como Deus quer este amor trinitário ama, né? Então Deus ele usa desta dimensão natural que ele criou. Eh, por quê? Porque ele tem exatamente esta eh ele nos dá esta esta missão de espelhar o amor que ele é, né? mais do que o amor que ele tem por nós, nós temos a missão de espelhar o amor que Deus é. Eh, e na na Mores Letícia, né, a aquela carta do Papa Francisco, uma das das dos dos parágrafos, ele usa eh a seguinte frase aqui, né? A relação fecunda do casal
torna-se uma imagem para descobrir e descrever o mistério de Deus, fundamental na visão cristã da trindade, que em Deus contempla o Pai, o Filho e o Espírito de amor. O Deus trindade é comunhão de amor e a família o seu reflexo vivente. Olha que bonito. O Deus trindade é comunhão de amor e a família o seu reflexo vivente. Eh, a família nasce do matrimônio. A família nasce do matrimônio. E o que é o matrimônio? Ele é exatamente esse sacramento dado por Deus, né? Para que espelhe o amor que ele é. este sacramento que proclame o
amor que Deus é. E isto está muito presente no mistério da criação, né? Então, vejam, São João, até acho que ontem alguém falou, eh, eu não cheguei a ver a palestra, mas sobre teologia do corpo, né? Então, João Paulo II vai falar muito do que eu vou falar a a seguir na teologia do corpo. Ou seja, eh, o homem, né, o o marido ama e se entregue inteiramente a sua esposa. Essa esposa acolhe o amor do esposo e desse amor do esposo e da esposa pode gerar o quê? Uma vida, né? um filho. Este amor
humano, né, eh tornado carne na família, ele nasce para espelhar o amor trinitário, para falar do amor trinitário. E o amor trinitário é esse amor do pai que doa, se doa inteiramente ao seu filho, Cristo. Cristo acolhe o amor do pai. E esse amor do Pai, do Filho tão plenamente unidos, né, pode gerar uma terceira pessoa, né, divina, o Espírito Santo. Então, o Deus trindade é comunhão de amor e a família, o seu reflexo vivente. Ou seja, nós somos como nós somos enquanto família somos nossa vocação é espelhar o amor deste Deus que se doa,
que se entrega inteiramente. É o E claro que a família vai ser atacada, porque exatamente na família existe um um grito, um uma ou melhor uma música que fala aos nossos ouvidos da beleza que Deus é e do nosso chamado, né? A santidade. A santidade é o quê? A gente viver a vida em Deus. E o que que é viver a vida em Deus? é participar lá no céu eternamente do eterno intercâmbio de amor que é Deus, né? Nós somos, nosso destino é participar do eterno intercâmbio de amor no céu. Então, o céu é o
quê? É a nossa vida inteiramente na vida divina. Todos os nossos afetos, todas as as nossas experiências nesse mundo prazerosas, elas servem como uma pequena fagulha daquilo que vai ser a nossa vida com Deus no céu. Então, a nossa vida familiar com a sua beleza, né, eh, com a com a alegria, né, da vida familiar é boa, é bom, né? A vida conjugal com com prazer próprio da vida conjugal é boa, é boa. Mas isso tudo é uma pequena fagulha daquilo que será a eternidade com Deus no céu, que é o nosso fim último, é
o chamado do nosso coração humano. E a e a família é exatamente esse caminho, né, que Deus escolheu, né, ah, para que nós cheguemos um dia no céu. É claro que esse projeto, então, como eu falava, ele é atacado, ele é atacado duramente, né? Então, se você quer compreender aquilo que mais fala sobre quem Deus é, reparem quem mais é atacado. E a família hoje é duramente atacada, né, em vários contextos. Primeiro, no contexto ideológico, esse contexto que a Ana falou, né, eh, já bastante. Então, existe uma ideologia que quer que eh distorcer aquilo que
de fato é família. Existe uma ideologia que quer eh mostrar que, na verdade, família não é só essa estrutura baseada no matrimônio, existem outras formas de família, eh os contextos também do nosso mundo, né? Enfim, eh a dimensão digital que trouxe o advento da pornografia, que trouxe uma facilidade grande para relações extraconjugais. ah, os desafios na educação das crianças, né? eh a mentalidade antinatalista de perceber o filho como um problema, né, ou como um objeto feito e que deve ser moldado as nossas necessidades, né, eh, nossas as nossas necessidades consumistas, né, as dificuldades de comunicação,
eh, enfim, a a as instabilidades afetivas que vivemos na maior parte dos casamentos. Então o pecado ele hoje, né, eh afeta gravemente a família e distorce a capacidade da família expressar a quem Deus é, da família eh de fato viver plenamente a sua vocação, que é o quê? Expressar quem Deus é. Deus é esse amor que se entrega inteiramente. Então o pecado ele é isso, é um é um erro do alvo. A família, né, nasce ali, a a vocação da família é falar sobre quem Deus é, mas o pecado distorce. E aí, em vez da
gente proclamar que Deus é esse amor que dá vida e Deus é esse amor que se entrega, não. A gente acaba proclamando uma mentira. O nosso mundo proclama uma mentira sobre quem Deus é através da da dimensão familiar. Então, em vez de proclamar que esse que esse Deus é o amor que dá vida, não, esse esse Deus ele não é o amor que dá vida, ele não é aberto à vida. Esse Deus não é um amor que se entrega pelo outro, ele é um amor que é raso. E e é um amor que enquanto tá
bom para mim, a gente tá junto e depois que não tá mais bom para mim, eu te abandono, eu te troco por outro. esse mundo de nós nós proclamamos hoje com esse modo como a sociedade pensa, né, sobre o que é família, nós proclamamos uma mentira sobre quem Deus é. Isto é o pecado. Eh, eh, ao invés, né, daquele violão, né, da família que nasce para tocar a harmonia bonita da vida humana, ele toca uma música barulhenta, desarmônica, que dói os ouvidos. Mas tem uma coisa, você só consegue saber que aquela música é um barulho
se você escutou uma música boa alguma vez na vida, né? Eh, você sabe que às vezes a gente tá assim, sei lá, num shopping, eh a gente tá num shopping, tem lá uma música tocando, né? Enfim, eu sou eu não gosto muito de shopping, né? Eh, acho que isso é uma uma coisa meio de regra para homem, né? Homem não gostar homem de shopping, eu detesto. E aí você tá lá e tem aquela música, repente você vai para um lugar de silêncio, você fala: "Puta, que música horrível que tava tocando, né?" Ou seja, eu só
percebi que ela era ruim porque eu tenho uma referência do que é uma música boa e uma referência do silêncio. Então, a o nosso mundo ele perdeu essa referência. Ele tá tocando uma música totalmente desarmônica, totalmente bagunçada, porque a gente perdeu a referência do que é uma família, do que é uma família que espelha o amor que Deus é, de uma família feliz, que não tem eh no coração ali, né, de todo o pensamento da família, o dinheiro, o consumismo, que consegue educar os filhos da fé, que se esforça para viver a vida sacramental, É,
é, eu, eu acho engraçado porque hoje ainda a gente teve, eh, eu não me apresentei, né, esqueci de me apresentar no início, mas eu eu sou Luan, né, tenho 30 anos, sou casado com a Luana, nós temos quatro filhos e a Luana está grávida do quinto. E eu sou médico por profissão. E eu hoje estava aqui num num treinamento da nossa clínica. Ah, e aí assim, cada vez que alguém descobre que eu tenho cinco filhos, é um choque, entendeu? Começa a fazer 1000 perguntas porque, né? Bom, não é não é nada demais, mas eu começo
a fazer um monte de pergunta, se a gente tem babá, se a gente viaja, não sei o quê e tal, né? Por quê? Porque a música que aquela pessoa escutou a vida inteira foi uma música distorcida. Ninguém é uma família perfeita, óbvio, não é isso, mas existe uma uma uma de fato uma uma busca, ou seja, a gente quer tentar ser a família que Deus sonhou para nós. E isso, né, por graça divina, não por mérito nosso, não. Então, eh, nós enquanto enquanto famílias, enquanto matrimoniados, temos esse chamado a ser, opa, a ser uma referência,
né? Uma referência, não um exemplo, mas uma referência, porque o mundo escuta a música deforme e acha que aquilo ali é bom. E no fim, minha gente, no fim o que todo mundo procura é uma música boa. Ninguém fica procurando por aí uma música horrível. A gente quer uma música boa. Todo movimento feminista, por exemplo, ele é uma tentativa frustrada de encontrar uma boa música diante de dores reais, né? O machismo é uma dor real, né? Quem atende gente sabe disso, né? Fiz hoje, não faço mais SUS, né? tem um público diferente hoje, mas na
época que eu fazia os SUS, isso era muito, eu ouvia histórias absurdas de machismo, de fato, de uma música distorcida, de maridos violentos, nas mais diversas dimensões de maridos ausentes. O feminismo veio com um remédio errado, mas a doença tava ali. Qual é o remédio? Remédio é a redenção de Cristo. É a redenção de Cristo. Eh, Cristo ele pega esta dimensão que Deus pensou do, né, da beleza do matrimônio natural. E ele melhora isso, ele redime, porque a graça da redenção, né, os teólogos poss podem me podem me corrigir, por favor, porque eu não sou
teólogo, mas a graça da redenção é maior do que a graça da criação. Então Deus na redenção quando foi lá, né? Primeiro que ele se encarnou, né? Se fez carne, eu sempre faço, né? A Ana até falou ali que o corpo revela a pessoa, né? Meu corpo também revela quem Deus é, porque Deus quis se fazer carne, se encarnou, viveu uma vida profundamente humana no seio de uma família e deu a vida por nós na cruz para redimir a carne. Então, a redenção ela é exatamente, né, pegar este violão e tocar com este violão a
melhor música que ele poderia tocar, uma música que a gente jamais imaginou que este violão poderia tocar. Isso é a redenção. É, eh, e nessa, né, e esse é o remédio para o nosso mundo, mas a gente precisa proclamar isso de forma positiva, que a, né, os filhos são de fato domino, são, né, que a fecundidade é um dom paraa mulher, é um dom para a família, um dom para o homem, que ser família é muito bom, que existe uma dimensão maior por trás, né, das coisas dos bens materiais. Os bens materiais não são ruins,
eles são bens, né? São bens, não são maus materiais, mas eles os o maior bem que ele pode fazer não se compara minimamente ao que vai ser o bem eterno da eternidade com Deus. E e vejam que coisa linda, então, né? De que modo Deus quis nos salvar? Ele quis habitar numa família, num matrimônio e a partir dali, numa vida cotidiana muito comum, afinal nosso Senhor ficou 30 anos eh no anonimato, não fazendo nada. Que que vocês? Não, eu tô esperando aqui quando, né, o pai me chamar paraa vida pública, eu vou, né, eu tô
aqui, vou ficar jogando videogame, né, sei lá, tinha isso, jogando pedrinha aqui na na não. Nosso senhor viu uma vida comum ajudando a sustentar sua casa, cuidando da sua mãe, ajudando o seu pai na carpintaria. Nesta vida comum, ordinária, na vida familiar, Deus quis nos salvar. Vejam tamanha vocação da vida familiar, né? Eh, eh, e a vida humana se realiza no seio de uma família sempre, de dois modos. Na vocação, nas duas vocações possíveis pro humano, né? A a existe a vocação celibatária e a vocação do matrimônio, né? Então, a a vocação celibatária e é
vocação matrimonial. Ambas vivem em família, uma na família humana, outra na família divina, que é a igreja. E ambas estas vocações são chamadas também à feundidade. Todo homem é chamado a ser pai. Talvez não na carne, mas na dimensão espiritual. toda mulher, né, chamada a ser mãe, é, né, temos esta vocação inscrita em nós. Então, né, a igreja diz que a vocação do manual é para sua realização é celibato ou um matrimônio. E aí quando a gente olha pra família de Nazaré, a gente buga, né, como como o pessoal diz, dá uma tela azul. Por
quê? Você olha lá, você fala assim: "Mas, mas mas bom, se o matrimônio eles viam celibat, como que é isso, né? Como que é isso? Bom, a família de Nazaré, a sagrada família de Nazaré, ela tem nela as duas vocações plenamente realizadas. Qual é a vocação do matrimoniado? do matrimônio. O homem, ele se doa inteiramente de corpo e alma para sua esposa. Ele entrega e se dá inteiro a ponto de dar a própria semente a ela. A mulher acolhe esse amor do esposo. E esse amor do esposo esposa, como eu já falei antes, pode gerar
um filho, uma vida, mas eles não, o matrimônio ele tem um prazo de validade. Qual é esse prazo de validade? Até a morte de um dos cônjuges. Por quê? Porque o matrimônio realizou a sua intenção. Qual é a intenção do matrimônio? é que aquele cônjuge aprenda um com o outro a amar, de tal modo que quando morrerem amem a Deus no céu inteiramente, não dimensão sexual. A dimensão da sexualidade é para este mundo, mas ela aponta para o mundo que é de vir o céu. A nossa, a o nosso encontro, né, com o nosso esposo
Cristo no céu, onde seremos um com ele, onde participaremos desta trindade, né, deste eterno intercâmbio de amor que é a trindade. Então vejam, né, casal, você que tá aí casado, matrimoniado, presta atenção. A sua vocação, né? É muito bom você ser. Eu eu amo a minha mulher, eu amo ela muito, quero viver até até cair, até ficar banguelo com ela. É essa, né? Já falei isso para ela várias vezes, mas a minha, a nossa, a o nosso fim não é o com o nosso relacionamento. O nosso fim último é que um encaminhe o outro pro
céu, porque no fim, no fim, no fim das contas, é isso que vai importar. Essa é a vocação matrimonial. Ela gera vida neste mundo, apontando para a união eterna com Deus que teremos no céu. E a vocação celibatária e a vocação celibatária. A vocação celibatária antecipa neste mundo aquilo que nós um dia viveremos lá no céu com Deus, né? um cibatal, ele fala o seguinte: "Desde hoje eu já quero me comprometer com este casamento eterno, né, com Deus, desta nups eterna com Deus". Tanto que muitos sacerdotes, por exemplo, usam uma aliança. Não sei se já
notaram isso. Tanto que muitas muitas freiras, muitas irmãs, quando vão entrar para para as ordens religiosas, especialmente aquelas de clausuras, elas entram, né, com um um véu de noiva, com a, né, lembrando uma noiva que vai desposar do seu esposo desde este mundo. Que esposo é esse? seu esposo espiritual, Cristo. Então, olha que bonito, na Sagrada Família de Nazaré se realizou de uma forma até paradoxal as duas as duas vocações. O matrimônio de José e Maria de forma sem necessitar da dimensão da sexualidade, né? Por quê? Porque a dimensão sexualidade aponta essa união no fim
com Deus no céu. Eles anteciparam isso porque trouxeram o próprio Deus à terra. Então não precisou passar pela expressão da sexualidade em termos de relação sexual, né? Se José e Maria tivessem relação, eles na verdade dariam passo para trás. Eles não precisaram porque a vocação inteira do matrimônio se realizou ali, que é trazer o céu, a terra e também do celibato, porque estavam unidos ao próprio Deus. Por isso, a família de Nazaré é um espelho para nós. E na família de Nazaré a gente também, né, percebe a vocação do esposo e da esposa. A vocação
do esposo é aquele, né? Se você olhar o corpo do homem, naturalmente o homem tende a ter mais força que a mulher, não é verdade? O homem, eh, do ponto de vista biológico, por exemplo, ele tem uma ferritina, um ferro em geral mais alto. Por quê? Ele é aquele que vai paraa batalha. Ele é aquele que vai precisar, né, se assim for, sangrar pela família. A mulher é não, a mulher é aquela que acolhe. Homem é aquele que penetra. A mulher é aquela que acolhe. Na vocação, está impresso na vocação do homem, este chamado a
sair de si, a se precisar dar a vida. e morrer e matar pela sua família, ele assim fará. Isso hoje é uma uma coisa que precisa ser concreto. Como que isso é concreto na nossa vida? Bom, no trabalho, por exemplo, né? Então, o homem costuma ser o provedor, né? Tem esse chamado, né? De ser aquele que provê na dimensão física, na dimensão espiritual, na dimensão financeira. A mulher é aquela que gera, que traz o acolhimento. Lô, então você tá falando que a mulher não pode ganhar mais que o marido dela. Não tô falando nada disso.
Não tô não tô querendo botar ninguém e nenhum quadrado, mas dizendo que existe ali um chamado, uma opa, tá? Existiri um chamado, né, do homem que é este provedor, protetor, que sai de si, que se preciso doa a sua vida. E a gente tem visto uma, né, a minha a minha a minha geração, uma geração que perdeu isso de vista. Então os homens até provém e tal, mas fazem isso de um modo por vezes, né, claro, por vezes pouco participativo, né? Tô mais preocupado em jogar videogame, em ter o seu tempo de lazer, de descanso,
né? eh eh a dormir mais do que precisa, a não a não se exercitar, ficar sedentário, né? A nossa geração é muito assim de homens e e, né? Ou seja, fica na no fim das contas as coisas na maior parte das vezes nas costas da mulher. Então a mulher acaba, né, ali, isso tem dado muito conflito, eu vejo isso no meu consultório, né? Então o homem sai o atual, atualmente falando, né? O homem ele sai da casa do do pai, mas ele traz junto o videogame, ele traz junto o Counter Strike, o não sei o
quê, né? Você na minha geração é assim. E e às vezes não não vira provedor porque prefere jogado que trabalhar, né, gente? Isso não é uma coisa que eu tô falando aqui para vocês, não é uma exceção, isso é uma coisa absolutamente real, né? Aí tem um outro extremo do cara que também não acha que não tem que ajudar em nada em casa, né? que não tem que ajudar a dar banho nos filhos, não troca uma fralda, não tira um lixo, não lava uma louça, não cozinha, porque, né, não preciso fazer essas coisas, né, enfim,
né, a vocação masculina é fazer o que precisa ser feito, mesmo que sangre, entendeu? mesmo que tenha que jogar, né, o videogame pela janela do quarto ou o computador. Isso é a vocação masculina. E a vocação feminina se realiza também no trabalho, tá gente? também no trabalho. A mulher trabalha muito, minha mulher trabalha muito. Ela hoje não tem um trabalho externo, mas tem um trabalho de casa que eu falo para ela: "Amor, você trabalha, você não pode encarar isso aqui como férias, né?" Então, muitas e eu vejo um sofrimento muito grande em mulheres que largam
o trabalho para vir para dentro de casa e elas interpretam por conta da formação, né? enfim, que a pessoa passou ali ao longo da vida, eh, elas interpretam como se elas não não fizessem nada, se sentem inúteis, né? Então, a mulher trabalha também, quem tá em casa, a mulher que tá em casa, ela trabalha, trabalha na vida doméstica, que é uma é muito exigente, por vezes mais exigente do que a vida do homem que trabalha fora. E às vezes a mulher vai trabalhar fora também, isso não tem problema, né? Isso não não existe uma regra
moral dizendo que a mulher peca se ela vai trabalhar fora. Isso não existe, gente. Isso não é não é católico esse negócio, né? Eu eu até faço uma uma uma incentivo para para as minhas para algumas pacientes quando eu atendo. Fal trabalha. Por quê? O sofrimento psíquico, inclusive, que isso gera muitas vezes em muitas mulheres, é grande, porque a a geração da a minha geração de mulheres não foi eh criada, né, com hábito de ficar em casa 24 horas com três, quatro criança, entendeu? e com um monte de coisa, não. A mulher pensa que trabalho
é sair da rua, então isso gera um sentimento de inutilidade, isso gera um sentimento e de dor grande. Então tenho tenho pacientes que eu falo: "Olha, volte a trabalhar mesmo que você trabalhe de casa, né? Volta pro teu trabalho presencial." Às vezes eu dou esse conselho, né? Porque gente, isso é uma uma coisa que assim é é algo comum na Igreja Católica, né? Por exemplo, a gente olha a história de Santa Terezinha, né? A mãe de Santa Terezinha trabalhava muito, tinha muito desempregada, tinha babá, tinha não sei o quê, né? Eh, tinha uma loja de
tecido enorme a ponto de o negócio dela ter dado tão certo, tava dando tanto lucro, tanto dinheiro, que o marido parou de se relogioeiro para ir trabalhar com ela, né? Então, eh, a gente precisa encarar desse modo, né? eh que a vida da mulher também parte do trabalho, mas o trabalho neste sentido amplo, não o trabalho segundo a concepção materialista moderna. Esse trabalho é o sentido amplo. E a mulher eh tem essa vocação também de gestar, né, de gerar. Então, eh ela vai gerar afetivamente a casa, né? Eu brinco que as as mulheres estressadas, né,
isso dá um desequilíbrio na casa. Por quê? Porque a mulher tem uma vocação natural de gerar a casa afetivamente. É uma vocação. Mesmo que esteja tudo bem, a mulher tá brava, a casa fica meio meio não sei se vocês percebem isso, né? Tá lá, né? Na vida, tá escrito isso na lei natural. né? O homem já não. Às vezes o homem tá na bicicuda, a mulher não tá nem aí para ele, as crianças estão tudo bem, mas a mulher fica mexida, a casa sente, porque ela tem essa geração afetiva que o homem tem muito mais
dificuldade de ter. Eh, eh, então esses são, os, né, essas vocações do pai e da mãe que eu queria trazer aqui também. E lembrar que isso tudo se concretiza eh numa numa vida extraordinariamente comum, entendeu, gente? Ou seja, você, né, hoje, por exemplo, eu acordei de manhã, né, levantei, tomei café com as crianças, né, naquela confusão, seja, é, eu tomando meu café, criança aqui do lado, papai, eu quero um pouquinho do seu iogurte que você misturou com ele, eu quero provar para ver comer, né? Às vezes você criança tomar um café em paz, tá ali,
as crianças crianças estão ali. Isso é a vida comum. Aí já derramou o suco, o já puxou o cabelo do outro, já brigaram pelo brinquedo. Gente, nisso tudo, nessa extraordinária ordinariedade, tá o quê? A realização na nossa vocação, naquela confusão do dia a dia mesmo. Exatamente. Aí a gente tá fazendo a vontade de Deus. Deus tá nos santificando, né, quando a gente se reúne, hum, né, na vida cotidiana, né, pô, mas esfregar banheiro, é isso, lavar a louça, limpar cocô do cachorro, trocar fralda, entendeu? atender bem as pessoas que, né, por exemplo, eu que sou
médico, tem que atender bem se minha vocação é essa aqui, porque eu sei que daqui vem o o o dinheiro que eu vou levar para minha paraa minha família, né, para para pagar mesmo o lugar que eu moro para andar de comida, eu preciso tendência a minha vocação. Deus quer que eu faça isso, né? E também isso toma um sentido sobrenatural quando a gente consegue olhar para tudo isso e falar assim: "Meu Deus, tudo que estamos vivendo aqui, né, na minha família, desde uma troca de fralda, desde uma dívida até, né, tudo isso a gente
precisa fazer o quê? botar no sentido sobrenatural, fazer por amor a Deus, oferecer isso na missa, por exemplo, na missa que às vezes você nem vai conseguir assistir direito. Eu não sei você, mas eu tenho, o meu mais velho tem 4 anos. Então assim, a missa pra gente ainda é basicamente, né, delimitando espaços, fazendo contenção de criança, entendeu? Mas assim, Deus quer exatamente isso, que a gente vale ali, que a gente vá com e fala para Deus assim: "Senhor, é isso aqui é minha vida mesmo. Obrigado e eu quero te oferecer para que tu faças
frutificar, mesmo que às vezes a minha vontade seja de sair correndo e dar uns berros." É assim, é, e, né? eh é oferecer também lá o seu matrimônio. Senhor, eu hoje tô cansada, mas eu vou fazer aqui um dar um carinho especial pro meu marido, mesmo que eu queira hoje arrancar o couro desse homem, né, que esqueceu de pagar luz, sei lá, né? Entendeu? Dou um exemplo bobo aqui, né? Que eu sei os homens esquecem, né, gente? Você, eu sou um homem que esqueço, por exemplo, né? Então, minha mulher tem que ficar no meu pé,
mas eu vou, né, por amor a Deus aqui, dar uma atenção para ele, se aqui da realização da minha vocação, né? Então, a vida sacramental na eucaristia, oferecer isso tudo na eucaristia, né? Colocar ali e oferecer, né, como o nosso Senhor se oferece de de braços abertos lá no no sacrifício incruento renovado na missa. A gente também oferece a nossa vida junto com ele. Ele fala assim assim, ó, aqui isso tudo aqui às vezes dói dentro de mim, mas tô tô aqui te oferecendo, entendeu, né? o o oferecer isso na confissão, né? Porque também a
gente falha, a gente vai falhar, a gente vai pecar, entendeu? A gente vai pecar, a gente vai tropeçar, a gente vai negar o nosso chamado de ser família que espelha quem Deus é. Às vezes nós vamos nós vamos parecer eh não o que a gente vai fazer não vai ter nada a ver com quem Deus é. E o que que a gente vai fazer diante disso? Deus não fica condenando a gente. Nós vai lá se confessa, meu filho. A vida continua, vamos em frente, né? Oferecer também a dor ali. Puxa, Senhor, eu também não consegui.
Eu queria ser assim, mas eu não consegui, né? Então, eh eh é é a vida sacramental na família, né? A a podemos pensar também nas dificuldades de saúde, por exemplo, no no sacramento da unção dos enfermos, né? Como também o socorro da igreja, as famílias, as pessoas. E isso tudo também na vida de oração da família, né? Na busca de rezar o terço em família, na busca de catequizar as crianças, né? Eh, botando isso em prática na, né, nessa na busca também, eh, por exemplo, de ter uma ordem em casa. Tá bom? Antes de comer
a gente faz uma oração. Então isso tudo são formas, né, de que a gente transfigura, né, a nossa vida, a gente coloca ali diante de Deus que quem dá o sentido mais bonito para isso tudo, né? E de proposta prática, eu queria eu queria que vocês fizessem essa essa meditação mesmo, né? seja, eh, como na minha vida comum, né, prática cotidiana, posso ser esse violão, né, esse instrumento que canta sem ficar esfregando na cara dos outros, mas que silenciosamente vai tocando uma melodia que atrai, né? Como aquela pessoa na rua lá que tá lá tocando,
ela bota um coisinho ali, ela não manda ninguém parar, ô para aqui para escutar minha música. Não, a pessoa vai lá tocando, né, aquele músico de rua. Naturalmente as pessoas vão parando, vão olhando para aquilo e a família tem essa capacidade de atrair pela beleza que ela tem, né? Então é isso, eu já falei demais e a gente, eu quero agradecer muito de novo o convite, fiquei muito feliz. Eh, e também dizer que eu tenho um apreço e um carinho muito grande, né, pelo pelo Instituto Pils, né, pela Ana, pelo Marlon, eh, particularmente por por
uma amizade, né, de já de uns 8 anos aí que que nos nos edificam, edificaram ao longo do nosso namoro e noivado e também nos edificam ainda hoje, né, e também, né, ainda com a tua entrada aí no instituto, a coisa tá, graças a Deus, fazendo um gerando um grande trabalho bonito de formação. Então, eh a gente bendiz a Deus, né, por essa por essa obra e e ficamos à disposição naquilo que a gente puder ajudar. Bom, maravilha, Luan, muito obrigado pela participação, pela por toda a fala, né, por toda a reflexão. Eh, muito bem,
gente. Agora é com vocês. Tendo aí ouvido as ambas as reflexões, né, de Ana e de Luan, queríamos abrir para vocês, para vocês justamente refletirem, comentarem, perguntarem, né? Ou vocês, talvez, eu acho que vocês estavam cochilando, né? Acho que dormiram, não sei se estão por aí ainda, se ouviram alguma coisa, se lembram, né, do que Ana comentou, do que Luan comentou, pra gente poder ter um momento de participação. Vocês podem clicar ali para levantar a mão e eu posso abrir o microfone de vocês, caso vocês queiram falar ou então vocês podem falar. Pode falar, Luan.
Deixa só eu fazer um último um último adendo. A Ingrid botou ali sobre o casamento Josefino. Isso é muito importante. Por é que você botou ali? Porque as pessoas têm uma ideia de que o casamento josefino ele é uma negação da sexualidade. Ou seja, o fato de José e Maria não terem tido uma relação sexual, muitas pessoas pensam de forma equivocada que ah o casamento Josefina ele é uma negação da sexualidade. Na verdade é exatamente o contrário. Ele é uma afirmação do valor real da sexualidade, que a sexualidade ela serve para este mundo, para apontar
o mundo que é de vir. O casamento Josefindo, José e Maria, eles adiantaram o mundo que é de vir para este mundo. Cristo se encarnou no ventre de Nossa Senhora. Então não faz sentido eles darem um passo atrás da vivência da relação sexual, não porque ela seja ruim, mas porque o fim último, né, que é a união nossa com Deus no céu, já tinha sido realizado. Então isso é uma coisa muito importante. A igreja tem uma visão muito positiva, né, sobre o quem o corpo, a sexualidade, né, nunca é uma visão negativa. A visão negativa
seria dos dos efeitos que o pecado provocou, né, na sexualidade, etc. Acredito que ontem já tenham falado um pouco sobre isso, mas a visão que a igreja tem sobre a sexualidade, ela é muito positiva, né? Maravilha. Já foi uma primeira participação, vocês podem comentar à vontade, tá? Aproveitem para perguntar, ó, perguntar aqui também, Luan, qual o vosso Instagram, Dr. Luan? Luan Goncalves, Gonçalves semidilha. Muito Tiara comentou: "Foi muito boa as duas aulas". Belém, maravilhosas aulas. Ingrid também, obrigado pela explicação. Ã, deixa-me ver. Camila comentou da experiência da missa de que também é igual, né? Criança
para lá, criança para cá, dinâmica habitual. H, Marinez, que maravilha. Um olhar lindo sobre a vida e sobre o amor pela família. Deus no centro. Silvana comentou da riqueza, né, da das palavras também. agradeceu. Camila também. Ã, deixe-me ver também. Kelly Luan, hoje os papéis estão totalmente invertidos no matrimônio, tudo desordenado. Você acha que a mulher tomou o domínio porque o homem não foi bem formado? Essa é uma pergunta. Eu eu acho que o homem foi castrado de fato. Isso é uma opinião minha, tá? 100% minha opinião. Eu acho que a a o modo como
a gente eh viveu nos últimos 30 anos, eu digo da minha geração, a gente foi castrado. Então a gente foi criado a videogame, Coca-Cola, comida muito ruim, né? Sabe? Então assim, hoje até a gente começa a ver um pouco de mudança nisso, mas eu acho que o homem foi de fato castrado e e e nesse sentido, né, de que não faz então ali, né, o seu movimento. Isso é um problema, né, em muitos matrimônios. Ou seja, às vezes a mulher precisa deixar o homem ser homem, né, porque ela virou o homem da casa, entendeu? Ela
faz tudo, ela, né, dá bronca, vai, né, fazendo tudo que tem que fazer por ali e o homem fica lá como quase como um filho, né, quase como mais um filho naquela família, não como um pai que é responsável aqui, né? Então eu acho que isso é o o e o grande fator, na minha visão, eu acho que o grande ponto nisso é essa questão assim, principalmente na opinião minha, né, da questão da pornografia e dessa dependência tecnológica, né, que a minha geração sofre. Maravilha. Uma outra pessoa, Rudson, Mariane Rudson, comentou: "As duas aulas foram
ótimas, apesar de eu estar ficando dinossauro, né? As falas corroboram para confirmar que estamos no caminho certo." A minha geração falou para a geração do Luan que homem não chora, daí deu um certo vácuo, né, existencial, mas podemos mudar esse caminho a partir da santa igreja. É. E essa coisa do movimento pendular, né, que acontece ao longo da história humana, né, ou seja, a gente tava num extremo, a gente foi para outro, né? Agora a gente tá tentando chegar num num certo equilíbrio aí, entendeu? Que mais ou menos assim que homem pode chorar, não precisa
se desesperar, mas pode chorar, né? Entendeu? E e que também não é aquele outro extremo que, enfim, que a gente vê por aí. Então acho que esse pêndulo, a gente tá num momento em que a gente tá saindo, foi num extremo, foi pro outro. Agora vamos, se Deus quiser, chegar num um ponto médio aí, né? Isso fala muito da de uma expressão bem coloquial, né, que as pessoas comentam bastante sobre a diferença das gerações. Uma geração mais forte, né, acaba proporcionando boas circunstâncias e acaba, de certa forma enfraquecendo a atual, porque a atual vai ter
tanto recurso, né, e acaba que isso já prejudica a próxima e assim sucessivamente, né? É esse ciclo que tu comentaste bem. Eh, pode falar, Ana. Só queria complementar essa questão da do homem, assim, eh, eu tava eh esses umas semanas atrás até coloquei uma aula ali no YouTube do da PIS sobre essa questão da natureza feminina. E aí, assim, pensando ali no Gênesis, né, eh quando Deus criou o homem e a mulher, ele criou primeiro o homem, né? Só para complementar aqui essa reflexão, eh, Deus criou primeiro homem e aí o homem, eh, Deus deu
pro homem a missão de nomear os animais, né, e dominar a terra. Só que daí o próprio Deus vê o homem e diz: "Não é bom que o homem esteja só". Ou seja, o homem estava lá, né, no na criação, no meio da criação, com todos os animais, tudo, tudo que Deus já tinha criado. E tudo que Deus já tinha criado era bom, né, relata ali no Gênesis, né, mas ainda assim o próprio Deus vê que o homem está só. Então ele fala: "Vou lhe criar uma auxiliar adequada". Então ele cria a mulher. E quando
Adão, o homem, o primeiro homem, olha pra mulher criada por Deus, ele se maravilha. E aí ele fala: "Agora sim", né? Como se ele se maravilhasse, false: "Agora sim, carne da minha carne, ossos dos meus ossos". Certo? Então, eh, tem algumas autoras, agora também não vou lembrar o nome de tudo, todas assim que já escreveram sobre isso, né? Ah, mas enfim, que faz uma reflexão em cima disso. Ã, é de alguma forma o homem, Adão, ele vê Eva e de alguma forma ele se reconhece nela, ou seja, é como se a mulher revelasse para ele
quem ele é. Faz sentido? Isso revela a dignidade, né? É que ele tem. É. E daí? E daí assim pensando, né, no no contexto atual, vamos supor aqui, pensando nessa questão de contracepção que a gente que a gente estava falando aqui, né, a mulher está culturalmente esterilizada, né? Pode ser que a mulher não esteja usando uma pílula num determinado momento, mas em geral as pessoas ã sabem que as mulheres estão esterilizadas. Então assim, o que que a mulher hoje, né, a mulher moderna, o que que ela revela pro homem nesse sentido, né? Eh, entende o
que eu quero dizer? A mulher revela algo pro homem. É como se ela tivesse essa função. Segundo o Gênesis, é como se a mulher tivesse essa função de revelar algo pro homem, né? Só que a posição, a o comportamento, a postura, eh, tudo na mulher, né? Incluindo essa questão de de contracepção, né? Hoje a mulher ela é culturalmente esterilizada, porque é super normal as mulheres estarem esterilizadas. Então, o que que isso passa de mensagem pro homem? O que que ela revela para ele? Ou seja, em outras palavras, o qual é a função dele diante dessa
mulher? Então, até essa questão ali que que a gente tinha até comentado, né, da responsabilidade ã de o homem hoje os homens modernos não terem de fato uma responsabilidade diante da mulher, diante da família, né? Eu eu sou um pouco dessa dessa dessa ideia assim, me faz muito sentido, né, essa essa visão embasada no Gênesis, né, de que tem a ver com o que a mulher está revelando ao homem. Entende o que eu quero dizer? Eh, é algo assim que não não é que eu estou querendo colocar um fardo em cima das mulheres, né? Não
é isso, mas eu acho que eu falando como mulher e para outras mulheres penso que a mulher tem um papel de ser educadora da sociedade. E isso também tem a ver com a sua natureza materna, porque ela educa os filhos. E nesse sentido, por ter esta natureza educadora, ela também tem nas suas mãos uma capacidade, um dom dado por Deus também de educar moralmente a sociedade, né? E nesse sentido, se ela entende o papel dela para o que ela fori criada, e se ela entende a sua dignidade humana e feminina, ela vai entender que ela
tem realmente uma capacidade de educar moralmente os homens e a sociedade em geral, né? Então, por exemplo, com relação à questão assim da do comportamento, da maneira como ela se se enfim, não tô falando de que a mulher tenha que criar uma caricatura, não é isso, porque eu acho que a internet caiu nesse erro, né, de criar ali uma caricatura da mulher, ah, que para você ser feminina, você tem que usar laço no cabelo e usar saia rodada. Não, não, não, não é isso que eu tô falando, sabe? é é no sentido mais profundo, é
no sentido realmente existencial, sabe, da natureza humana. Como é que eu vou aí? Claro, nesse sentido entra também, por exemplo, a parte da vestimenta, da modéstia, né? Poxa, se eu quero ser respeitada, eu vou expressar fisicamente aquilo que eu sou por dentro. Então eu vou vestir algo, uma roupa, algo que valorize a minha pessoa e não que exponha o meu corpo. Nesse sentido, entra a modéstia, mas com esta compreensão correta da coisa, né? Não não da caricatura que é que a internet veio trazer aí, né? Que que também complicou um pouco as coisas, né? Então,
nesse sentido, eh, tem um um casal de colegas assim que a gente faz tempo isso já, mas a gente tava conversando um dia e o o homem, né, o um amigo nosso falou assim que ele já tinha tido várias namoradas, mas quando ele tinha encontrado aquela determinada eh moça, ele se deu conta de que com ela teria que ser diferente, de que com ela não ia dar para só curtir a vida, de que com ela, se ele quisesse ficar com ela, ele teria que ter responsabilidade de assumir algo sério com ela. Por que que ele
concluiu isso com relação à aquela moça e com as outras que ele tinha se relacionado? De alguma forma isso não atinou na cabeça dele. Então, ao meu ver, isso tem muito a ver com o Gênesis. De alguma forma, aquela moça mostrou para ele, olha, comigo, eu sou uma pessoa de valor, então eu não vou ser um objeto nas tuas mãos, né? Eu sou uma pessoa que merece ser amada, porque eu sou uma filha amada de Deus e por isso mesmo estou aqui para amar e ser amada. Então, nesse sentido, ela revelou para ele algo sobre
ela e também sobre ele, ou seja, como que eu devo me comportar perante essa mulher, entendeu? Então acho que assim, é uma coisa profunda, né, mas que ao mesmo tempo vale a vale a a vale refletir sobre isso, meditar sobre isso. Ana, em termos assim, isso aí é meu pegou bem o coração do negócio. Eu acho que a Alice Von Hilber fala muito nesse nesse aspecto que você falou agora e e até pensando de uma forma prática, por exemplo, quando você a quando você olha para uma mulher, né, que eh vamos vamos agora usar a
caricatura, né, a mulher moderna. Então, ela tem o dinheiro dela, ela cuida do útero dela do modo como ela pensa que precisa ser. Ela tem uma independência absolutamente total, né? O homem olha para aquilo e fala: "O que que eu vou fazer aqui?", né? Ele fica sem espaço de ação, né? Tem tem praticamente eh eh vamos dizer assim, entre aspas, um outro homem, entre muitas aspas, né? Alguém que, meu, não é diferente de mim aqui, tá? a pessoa tá fazendo tudo que eu poderia fazer por ela, né? Então, acho que eh isso aí que você
que você falou é crucial assim nesse nesse ponto mesmo. Sim. Partindo desse ponto aí também que Ana comentou, eh, Luan, vou soltar para vocês agora e justamente essa provocação, né, para todos que estão aqui. Como então a família em casa ou você de modo individual, né, pessoal, como você poderia trabalhar isso na sua realidade, seja como paróquia, professor, médico, enfim, a profissão de vocês. Pegando esse exemplo que Ana mostrou que aquela mulher foi capaz de mostrar ao homem, né, a sua dimensão dela como mulher e a idade dele como homem. Ela conseguiu, como vocês conseguiriam
transmitir isso ou trabalhar essa temática na realidade de vocês, não é? E aí eu solto pra Ana, paraa Ana poder dar algumas indicações, possíveis caminhos, né? mesma coisa, Luan, como poderíamos trabalhar, né, essa grande dimensão, né, da família, eh, propor para eles alguma forma, né? Então, eh, eu acho que o primeiro ponto é a questão de nós tomarmos consciência de que somos filhos amados de Deus. Eu acho que, sei lá, eh, a gente às vezes pode, talvez carregar feridas afetivas, lacunas afetivas, né, da da nossa história. E talvez a gente possa, todo mundo sabe que
Deus nos ama, mas é algo mais assim eh profundo, né? Tomar posse mesmo desse amor, né? E aí passar adiante, porque muitas vezes, né, um um comportamento que não é muito bem ordenado nesse sentido, às vezes ele traz alguma lacuna, alguma carência afetiva, né? Então, por exemplo, por que que pensando na nessa dimensão feminina, né, por que que muitas mulheres se deixam ã ser usadas por como um objeto, por homens, né? Será que é por um desejo de ser amada? Talvez, será que não é por um uma necessidade de preencher uma necessidade efetiva que talvez
não tenha sido preenchida corretamente? Entende o que eu quero dizer? Então, eu acho que tudo gira em torno de nós termos a consciência de que somos filhos amados. Aí está a compreensão do nosso valor, da nossa dignidade como pessoa. Nós somos criados por Deus para o amor, para amar e ser amados. Isso está no catecismo, né? E aí vai eh também, eu acho que a primeira questão a gente tem que entender isso para nós mesmos e depois para a educação dos nossos filhos, né? Então, a gente tem essa esse grande esse grave dever eh de
buscar oferecer para os nossos filhos uma educação afetiva bem adequada, né, para que eles possam também chegar na sua vida adulta e ter uma uma uma vivência eh saudável, né, da afetividade. Porque eu acho que é muito, né, do dos problemas nos relacionamentos, eles vão ser decorrentes de de alguma ferida, de algum sofrimento que as pessoas, né, carregam, né? E eu acho que nesse mesmo sentido entra a questão do serviço pastoral, né? Seja na na catequese, eh, na pastoral familiar, seja qual for a pastoral que que a gente esteja a serviço, eu acho que a
gente tem que trazer, né, com bastante clareza essa questão do ser humano como um ser amado por Deus. E por isso importante e por isso aí está então a a sua, né, a sua dignidade, o seu valor e por isso ele merece então amar e ser amado. Então, acho que e principalmente assim pensando ali no no na nessa dimensão feminina, né, na a mulher se ordenar nesse sentido e poder também eh conduzir bem as meninas nesse sentido, né? Porque a uma menina que tenha a certeza de que é amada, eu acredito, né, que uma menina
que tem a certeza de que é amada pelos seus pais, de que ela não carrega graves lacunas afetivas ao longo da sua, né, criação, eu acredito que ela vai ter grande chances de chegar na vida adulta e se comportar como essa a colega minha que eu dei o exemplo, sabe? Tipo, olha, eu não sou essa pessoa que você vai usar e jogar fora, tá? que eu eu tenho valor, né? E esse amor ele vem dos pais que vão, na verdade estar expressando um amor que é ainda anterior a este, que é o de Deus por
nós. Porque os pais eles têm também essa, eles detém essa essa autoridade, né, dada por Deus para eles de revelarem o amor do próprio Deus. Agora, se o meu pai não não me dá o afeto que eu quero, não me dá atenção e nem a minha mãe, o que que eu vou acreditar que Deus me ama também? Ninguém gosta de mim, o que que eu tenho de valor? Então eu vou fazer qualquer coisa para chamar atenção, nem que seja ser usada por objeto e depois descartada. Então isso para mim faz muito sentido. Então eu acho
que toda a abordagem, seja familiar e seja depois, né, secundariamente pastoral, gira em torno desta compreensão do amor de Deus. Maravilha, Ana. Muito obrigado, Luan. Tem alguns caminhos para sugerir? Queres comentar ou não? Não, acho que eu assino 100% embaixo do que a Ana falou, assim, sabe? Tá? Eh, acho que foi muito pertinente assim. E e é isso mesmo. Acho que o caminho é exatamente esse, essa essa consciência de de ser amado, né? e de que a nossa felicidade está em espelhar esse amor do qual nós somos criados. É isso que é isso que faz
a vida brilhar, né? E isso que faz assim de fato a a gente se motivar ao a ao a ao ir ao encontro, servir na igreja, né? Eh, de modo prático ali, né? Então, imagina como é bom a gente ter pessoas que sirvam nas pastorais com essa consciência, porque dentro da igreja existe uma grande necessidade de evangelização, por exemplo, dos próprios, das próprias pessoas que participam da igreja, né? Eh, como é bom você poder, né, trazer essa consciência de que é amado para dentro de casa, pros filhos, né, etc. Então eu assim acho que assino
super embaixo dessa da do que a Ana colocou aí, viu? Muito bem. Eh, algumas pessoas também perguntam assim, né, mas partindo do princípio da doutrina católica relacionada à mentalidade contraceptiva, é, mas por que eu não posso usar um de? Eu eu desejo muito ter uma família, eu quero cuidar, eu quero planejar a minha família, planejar o meu filho. Esse é um verbo bem muito usado, né? Qual seria, por que que a igreja tem uma uma visão diferente, né, da sua utilização, seja pelud, das pílas anticoncepcionais? O que é que a igreja diz em relação a
isso? Veja só, vou me casar semana que vem e eu sei que vai ter uma das perguntas que o sacerdote vai proferir, perguntando se o casal está disposto a receber todos os filhos que Deus desejar, mas eu posso estar usando um bill, eu posso estar usando um pílula, por que que não poderia, né? O que que a igreja aborda nesse sentido? Luan quer responder ou eu? Fica pode comentar um pouco também. Pode, pode ficar à vontade. Não. Eh, enfim, eu acho que a doutrina católica, ela é muito clara, assim, eh, e claro, embasada biblicamente, eh,
na questão ali de que os filhos são bênçãos, né? São bênçãos. E as passagens bíblicas que falam sobre os filhos trazem sempre essa mensagem de que os filhos são bênçãos, né? Quando Deus fala de que de alguém cita algum homem que é muito abençoado, ele geralmente vem com essa, né, informação de que ele foi abençoado com muitos filhos, né? E aí, eh, em cima dessas passagens, o magistério foi desenvolvendo toda essa questão do da fecundidade matrimonial e do porque que não é listo dos contraceptivos. Eh, tem a ver com essa lei natural que o que
o Luan tava falando, eh, de que o ato conjugal, né, a sexualidade humana, ela tem essa, esses aspectos inseparáveis que são o aspecto unitivo e o procreativo. Então, quando se retira um destes aspectos, por exemplo, de retirar da sexualidade ou seu aspecto e procreativo, a gente está eh contrariando essa lei natural, porque de alguma forma a gente está alterando a natureza das coisas, a ordem com a qual aquilo foi criado. E isso vai gerar problemas, como a gente tá falando aqui, toda essa questão que a gente falou aqui da relativização, da objetificação de pessoas, né?
Então, embasado na lei natural, o magistério eh se posicionou, né? E isso já essa essa posição com relação à feundidade já vinha já de muito tempo atrás, mas se reforçou depois com o surgimento da contracepção ali na década de 1960, né? Então o magistério se posicionou explicando ali as características do amor conjugal. Uma dessas características é então a fecundidade. Isso está contido ali nas promessas matrimoniais, né? No caso, aceitar os filhos, né? Isso o casal promete ali no altar, né? Com base no nesse significado eh da sexualidade humana. Mas também eh não é só isso,
porque tem toda a questão do do risco de abortos ocultos que muitos dos métodos também podem causar. Eh, e isso até é interessante que agora mais recentemente que a gente tá conseguindo entender melhor os mecanismos pelos quais isso acontece. Mas mesmo antes de se saber essa informação, né, a o magistério da igreja já dizia que não era lícito o uso do do do contraceptivo, né, mesmo sem ter esta informação de que poderia ocorrer ali eh os abortos ocultos. E antes mesmo do surgimento da contracepção artificial, o magistério também já eh se posicionava muito enfaticamente contra
qualquer forma de interrupção eh da vida, eh no caso ali, né, o aborto em qualquer estágio da eh da gravidez. Então acho que é isso. Então tem a ver com a questão do aborto oculto e tem a ver com a questão ali da da do significado propriamente da sexualidade humana. Maravilha. Não sei se queres completar alguma coisa. Eh, agora vou comentar, vou eh soltar uma pergunta agora pro público, né, para ver se realmente o pessoal tá tá disposto, tá acordado, se ouviram bem Ana e Luan, me parece que Ana comentou na fala dela sobre a
dimensão dos filhos, aonde ela mencionava uma leitura, né, muito convencional de que o filho é um bem, mas é um bem. Eu não, eu tenho que ter direito ano, eu quero ter um filho e por que que eu não poderia ter? Então é um bem, eu posso adquirir, pensar, planejar, cogitar, não é? Mas eu acho que Ana trouxe uma leitura interessante. Quero ver quem lembra o que Ana comentou. Ou então, será que o filho é um bem ou não é um bem? Posso cogitar, posso planejar, posso desejar, quero, posso escolher, posso selecionar, eh, posso reclamar,
cobrar alguém, não é? Alguém lembra do que Ana comentou? ou pode escrever, caso não queiram levantar a mão para comentar. E o que que essa imagem do filho como um bem gera, né? Não sei se tem algo a ver com, por exemplo, né, hipotético, a fertilização em vitro. Que leitura tem entre a fertilização em vitro e o filho? Não, o filho é meu, é um bem, eu quero, eu planejo, porque as realidades pastorais e paroquiais encontram muito isso, né? As pastorais familiares, né, pelo Brasil inteiro. Olha, eu sou católico, eu sou evangélico ou sou de
outra religião, mas eu quero ter um filho, vou fazer uma fiva. Eu acho que é isso mesmo. Deus fez a ciência, né, Luan? Acho que é uma frase convencional também. Deus fez a ciência. Porque eu não poderia recorrer a F, né? Uhum. Pode comentar. Eh, o o que o que acontece é que você eh acaba, a Ana falou isso em dois momentos. Primeiro ela falou da questão do dom, né? Ou seja, o filho, na verdade, não é um direito, ele é um dom dado por Deus, né? E ah, existe um uma coisa que é fundamental,
vamos dizer assim, para para você, dois pontos que são fundamentais para que você, né, eh, entenda essa dimensão da da procreação e FIV, etc. Primeiro, para você considerar fazer uma FIV, na maior parte das vezes, as pessoas não refletem sobre o que elas vão fazer. elas não sabem muito bem o que vão fazer e também elas são, né, acabam sendo eh eh as informações são omitidas de muit, né, em muitos momentos ao longo do processo, por exemplo, de uma FIV. Mas o mais grave disso é é que você tira a a você despersonaliza o embrião.
Eu tenho falado com uma certa recorrência sobre quando vou falar desses assuntos o seguinte. Eh, o o embrião ele é um uma pessoa dotada de dignidade, né? e que a existência dela começou e nunca mais vai acabar. Ela tem uma alma imortal infusa naquele naquele pequeno universo misterioso, humano, totalmente humano, que se chama embrião. Isso é tão verdade que até o próprio Deus quis se fazer um embrião porque foi assim, né? O Cristo ele era totalmente humano e totalmente divino. As duas naturezas. Bom, se Cristo tinha natureza humana, ele teve que passar pela fase embrionária
também, não é verdade, né? Eh, e se a gente for olhar, né, isso é tão verdade que, eh, se você olha o a festa ali que a gente celebra dia 25 de março da anunciação, a Nossa Senhora sai dali da, né, de frente do anjo e ela vai pra casa de de Isabel. Não era muito longe, era uns 100 km, talvez tenha feito em uma, duas semanas, vamos botar assim. E ela chegou lá e aquele bebê que estava no no ventre da Isabel reconheceu o embrião que tava lá no no útero de Nossa Senhora, que
era o embriãozinho de 10 dias. Então, eh eh a dispersonalização, seja você tira o caráter de pessoa do embrião e aquilo ali vira um objeto ao teu bel prazer, né, para fazer o que você acha que deve fazer. Ou seja, você torna a pessoa uma mercadoria. Isso, né, também vale, por exemplo, ao longo do, né, da vida. Então depois que fica velho, né, que fica idoso, também vira uma mercadoria. Ai, a gente não vai investir nesse velhinho, não vamos alimentar ele, porque esse velhinho aqui ele tá dando custos pro nosso plano de saúde. Virou uma
mercadoria, né? Então não, não, não, a gente não passa mais sonda em quem tem demência, porque isso é, né, gera custo. Eu vi isso. E assim vai em várias etapas, né, principalmente onde a vida é mais crítica, onde tem momentos em que a vida não eh em que a vida fica crítica, vamos usar esse termo assim. Então eu acho que o grande problema disso é que a gente despersonalizou o embrião aí não é pessoa, então posso fazer o que eu quiser. Aquilo ali é um objeto que eu compro ali na feira e, né, a impressão
que eu tenho é essa. Não sei se a Ana quer complementar, talvez de de uma forma mais clara aí. Eh, não concordo contigo. Acho que é com certeza isso aí é uma coisa muito grave, né? Porque até porque eh se se as pessoas tivessem uma real consciência da humanidade do embrião, não se teria toda essa discussão de aborto que a gente vê hoje em dia, né? Mas eu acho que também além disso tem uma uma falha na compreensão ali do do matrimônio mesmo, porque quando a pessoa pensa assim: "Ah, agora eu vou casar, agora vou
comprar um carro e agora eu vou ter um filho". Falta, né? essa compreensão do do significado do amor mesmo, né? Porque o amor entre o casal gera vida, não é? Até eh o Christopher West fala muito sobre essa coisa do do amor total, né? Que quer dizer, ali toda a teologia do corpo traz isso, né? Da dessa entrega total, né? Só que as pessoas já vão casar com as ressalvas. Por exemplo, se não der certo, é só separar. Ah, eu vou esperar tanto tempo para ter filho e depois eu vou fechar a fábrica, né? Então,
vão colocando sempre essas eh todas essas ressalvas. Não tem essa entrega total, não tem essa essa dimensão de de visão transcendente da vida, né? naquela coisa de eh essa visão bem clara de poxa, eu vou perpetuar a não somente a espécie humana, mas de alguma forma estou perpetuando o o amor ali, né, aquela união entre o casal. Eh, então acho que é toda uma uma fraqueza mesmo nessa visão transcendente da vida que leva o ser humano a enxergar o outro como um objeto, né? Então, nesse sentido, o próprio Ah, e além disso também tem essa
questão da da do conforto excessivo dos nossos tempos, eh, que leva as pessoas a acharem que podem ter tudo que quiser na hora que quiser. Eh, então, se eu não quero um filho, eu uso a contracepção. Se eu quero, eu tiro. como se tivesse um controle absoluto de tudo e fizesse tudo só conforme as suas próprias vontades, né? Então tem uma é é uma dimensão irreal mesmo da vida, porque a vida ela não é sempre como a gente quer ou como a gente pensa que controla, né? Tanto é que tem muitas pessoas que desejam ter
um filho, mas por algum motivo não conseguem, né? ou então usam contracepção e a contracepção falha e engravida. E o outro que tenta por 5, 10 anos e não engravida. E aí que se depara com esta realidade de que as coisas não estão no seu controle. Então, eh, acho que é um materialismo excessivo, uma falta de uma visão transcendente. E tudo isso leva também a esta visão do outro, da outra pessoa, seja o marido, seja o filho, como um objeto, né, que você adquire quando tem vontade, né? Acho que é uma série de coisas, sabe?
É tudo assim essa, todos esses aspectos assim da da cultura atual, né, que que trazem essa essa ideia. né, de que você pode talvez controlar e ah, daí se eu não posso ter, então eu faço uma FIV, né? Como se como sabe assim, eh, não é querer julgar assim as pessoas, mas é só fazendo um paralelo com um comportamento infantil, né, da criança que quer muito um brinquedo e o pai e a mãe diz que não. E aí a criança de repente bate o pé e faz uma birra. Não, eu quero, eu vou fazer isso
agora, não importa as consequências. Então, quem tem essa esse tipo de é um comportamento infantil, né? Então, de alguma forma, falta ali uma visão assim mais integral mesmo, sabe, da vida, do ser humano, para daí sim se compreender que o filho não é um bem que você eh evita ou adquire conforme a sua própria vontade. Maravilha. Eh, vou fazer agora uma outra pergunta para o as pessoas, né? Vamos ver também se o pessoal lembra. Essa agora é uma pergunta especial. Ela vai varer até um brinde agora, um prêmio. Quem acertar essa pergunta vai ganhar uma
passagem para conhecer o Papa Leão 14. Todo mundo falando o Papa, né, Ana? Todo mundo vai conhecer então o Papa. Agora pergunta. Ana foi citando ali, foi narrando todo uma linha do tempo, né? A natureza feminina, revolução industrial, como essa mentalidade foi chegando, né? foi entrando nas famílias e tudo isso. Ana comentou numa palavra, que todos esses eventos chegaram num desfecho e a Ana criou uma conclusão. Ela usou uma palavrachave, não sei se alguém lembra, eu dei várias dicas aqui, não quero dar mais dicas, senão foi entregar a resposta para ver se realmente o pessoal
tava acompanhando, né? Você pode escrever aí, olha que vai conhecer o Papa Leão 14, todo mundo publicando, né? Você já comeu? O papa já fez isso, não é? Ana, por exemplo, publicando a semana inteira, você, o papa já comeu? O papa já fez aquilo? Já levantou? Já deram água para ele? Vamos ver. Vamos, vão escrevendo aí, ó. Tiara Charlene comentou a palavra cultura antivida e antifeminina. Quem mais comenta? Quero ver agora prova dos nove para ver se realmente estavam acordados. Não sei se eu dou uma dica da letra que inicia essa palavra que anujou. Ó,
Neiva comentou cultura do marxismo. Telma comentou: "Vale a pena pensar sobre adoção legal". Ó, conectando a resposta que Ana falou agora, né? Lua. Eh, iPhone de Lilionária pergunta novamente qual foi a palavra-chave que Ana comentou que toda essa mentalidade contraceptiva foi causando, causando, causando, causando. Então, chegou num platô, vamos dizer assim, numa conclusão, não é? Ã, Marianaudo comentou: "A contracepção já está na mentalidade". Opa, Jéssica Lilian responder a palavra desumanização. Acho que é isso, né? Foi essa palavra aí, realmente, ó, duas pessoas acertaram. As outras não erraram propriamente dito, né? Comentaram fatores, circunstâncias envolvidas. Mas
isso é excelente, porque essa palavra-chave que Anusou traz muito desdobramento, muita implicação. Essa agora que Luan tava comentando, ó, olha um efeito direto dessa desumanização, porque você já olha pro embrião como qualquer coisa, desumanizou, tá vendo, ó? Despersonalizou. Foi essa outra palavra que Luan usou. Consegue perceber como esse efeito é direto? Gente, não é um conceito. Ana e Luan não tá falando conceitos, apenas história, narrativa, é algo concreto. Isso nos impactou, nos tocou, como também a família em geral, sociedade em geral. Veja os efeitos, ó. Desumanização do embrião é coisa, né? Aglomerado de célula é
muito pequeno, não sente dor. Essas expressões que se usam. Eh, a mesma coisa a FIV. A FIV se mostra gloriosa cientificamente, né, como um um avanço, um progresso. Mas que progresso é esse que em contrapartida traz esses pontos que Luan e Ana também comentaram, né? Então você consegue entender que ainda que haja técnica para fazer certas coisas, nem sempre há ética, nem sempre é o bem em fazer isso, não é? Muito bem. que queria ver uma outra palavra-chave também que agora de Luan, Luan também falou uma outra palavra-chave, quero ver quem lembra, ele disse que
tem um projeto envolvido com esse assunto que é muito atacado, muito. Você quer perceber quando é algo realmente o aquela coisa, aquela aquela aquele ente, então a palavra filosófica, né? Aquela entidade, aquele estatuto, aquela constituição que a sociedade tem algo tão valioso que é perceber o quanto é. Veja o quanto atacado ela é, não é? Essa parece ser mais concreta. Olha quantas pessoas digitando bem rápido, né? Família. A família é um projeto do céu. Foi uma palavra que Luanzou, né? Essa não tem a viagem para para ver o Papa, tá? A gente pode ver um
outro local também aqui, né? Passear em Palermo, Nápolis, algum local assim, né? As pessoas gostam, né? De um de um prêmio, né? Só assim se solta. Tá vendo o pessoal se soltando agora? Muito bem. Eh, teve uma pessoa ali, Ana, que comentou para tu falar um pouquinho da FIV, além dos pontos que tu comentou, não sei se talvez ainda desse para caber alguma coisa, tipo da técnica ou do efeito ou das consequências, né, paraa família. Se tu pudesse dar uma palavrinha, tá? É, a questão da FIV, ela entra nessa, eh, primeira coisa, né, também eh
atenta contra a lei natural, porque a gente tava falando antes significados do ato conjugal da sexualidade humana, que estão tem dois aspectos eh interligados, que são a união e a procreação, né? Então, a fertilização em vitro, ela também faz essa essa essa separação desses significados, porque ela visa a procriação sem a união, faz a procreação, eh, em laboratório, né? Então, basicamente faz, né? Hoje, então, nós temos aí eh a medicina muito avançada, as técnicas todas muito avançadas, mas a gente sabe que o ser humano tem uma inclinação também pro pro mal ou pro desconhecimento e
não nem sempre vai usar as técnicas, né, e o conhecimento e toda a ciência eh pro bem. Então, nesse sentido, se faz essa dissociação, né, descaracteriza a sexualidade humana e a geração de vidas, porque faz essa separação, né? E além disso tem uma questão realmente de valor e dignidade da vida humana, porque é uma técnica que faz a manipulação ali dos embriões, né? entra também naquele ponto da desumanização eh do embrião, mas tem algo ainda mais grave que é não só a manipulação como o descarte propriamente, porque a técnica, por mais avançada que ela seja,
ela nunca vai eh se igualar à natureza que tem uma sabedoria própria, né? Então, quando o homem e a mulher se unem, né, na sua sexualidade, tem eh na no momento da da fecundação, tem até uma uma espécie de de seleção ali, né, natural, se o embrião a questão do desenvolvimento embrionário, que às vezes pode culminar eh num aborto espontâneo por alguma questão de uma formação. Então, existe esta sabedoria da natureza, né? Claro que a técnica não vai ter essa sabedoria, né? Então ela tenta imitar a natureza. Então nesse sentido, o que que ela precisa,
o que que a técnica precisa oferecer paraas pessoas? Uma série de embriões, vários embriões fecundados, né? Para ver qual deles é bom, é viável, né? Por quê? Porque se tiver embriões que não são de tão boa qualidade, eles vão não vão ser implantados, eles vão ser eh descartados. Então tem essa essa manipulação da vida e tem essa seleção que daí ela não é natural, né? Ela é artificial. Então é é como se o próprio ser humano se colocasse no lugar de Deus para ir definindo e decidindo quem vive, quem não vive, quem é bom e
quem não é. Então, eh, é uma coisa que se assemelha aos ideais assim de de eugenia, que eram muito comuns na no começo ali do século XX e que hoje ainda existem, porém, com outros nomes, né? Mas na prática é isso, é quem que tem quem é que tem o direito de de viver, continuar vivendo. E o outro que talvez não seja tão bem desenvolvido assim vai ser eliminado. E quem decide isso não é a natureza, mas o próprio homem, né? E aí depois na hora de fazer essa implantação, eh, também tem eh eh mesmo
que haja ali vários embriões e bons e viáveis, aí a o casal não vai implantar todos porque de repente vai ter uma uma gestação múltipla, né? Então, em alguns casos, quando se implantam vários embriões para eh ver quantos de fato implantam e seguem a gravidez, ah, num caso em que todos implantam, por exemplo, três ou quatro ou cinco embriões, eh muitos casais recebem até a sugestão de uma redução seletiva de embriões para que essa gestação não seja de tanto risco. Mas ué, o que que seria essa redução seletiva? seria na prática você eliminar um daqueles
embriões, né? Tirar a vida daqueles embriões, diminuir a quantidade de bebês lá dentro da barriga para que aquela gestação múltipla não seja então tão eh grave, tão difícil, enfim, paraa mãe. Então você veja que você manipula daqui, manipula de lá e e cada vez que você manipula, ao invés de você achar solução, você gera mais problemas. Então é isso que a gente tem como resultado quando nós atentamos contra a natureza, né? Então, eh, é triste porque as pessoas não sabem disso. As pessoas recorrem a FIV porque, claro, eh, a gente tava falando ali que o
filho não é um bem, não é um direito. Só que a gente sabe também que ter um filho é algo muito próprio. O desejo de ter um filho é algo próprio da natureza humana, né? Então, ninguém vai ser ah julgado ou, né, culpado de ter o desejo de ter um filho, né? Mas é claro que este desejo de ter um filho, ele precisa vir com esta consciência de abertura a verdade, né? é uma abertura de de compreender. Não, calma aí, eu desejo muito ter, mas eu não posso buscar isso a qualquer custo, porque o filho
é um dom que vem como fruto do amor e tal, tal, tal, aquela coisa toda ali da doutrina, né, que que a gente como que o Luan comentou aqui também. Então, eh, nesse sentido, a a é é lícito que você tenha esse esse desejo por ter um filho, né? Mas eh por conta deste desejo e muitas vezes apoiado no sofrimento, nas angústias das pessoas, estas técnicas acabam se sobressaindo, se prevalecendo e a gente sabe que também tem muito interesse financeiro nesse sentido, até porque as taxas de sucesso da FIV são baixas e elas diminuem com
o passar da idade da mulher. Então a gente sabe que muitas mulheres acabam indo buscar a FIV quando já tem mais idade, né? Tipo 40, 42, 45. as taxas já são cada vez mais baixas, né? Então tem casais que passam por dois, três, qu processos, técnicas de de fertilização em vitro e não conseguem uma gravidez, né? Porque a técnica em si, ela não é eficiente, ela não soluciona o problema, ela só tenta dar um jeitinho ali porque ela não vai ajudar o casal a de fato solucionar o problema de infertilidade que eles têm, né? Então,
muitas vezes também é por isso que que que a FIB não funciona. Então, é uma série de de desinformação, né, acerca do assunto que é triste que as pessoas não saibam, né, de da verdade mesmo dos fatos aí relacionados à técnica. Muitos casais recorrem sem saber mesmo dos problemas morais e éticos e sofrem porque não dá certo e daí depois que faz e de repente dá certo, sofrem porque descobrem que os embriões congelados são pessoas, são filhos assim, né? Então é é muito são muitos dilemas e muitos dramas envolvidos. Então, a fertilização em vitro é
realmente um assunto que precisa ser eh falado assim as pessoas, principalmente quem sofre aí de infertilidade e também quem está à frente de pastorais, que acompanha casais, que faz eh catequese de noivos. Eh, a gente precisa ter este preparo, ter este conhecimento para poder orientar corretamente as pessoas, porque isso além de ser uma questão de retidão, é uma questão até de caridade, né? Ajudar a pessoa a não passar por tanto problema, né? Maravilha, Ana. As pessoas comentaram aqui no chat, né? Eh, ó, Camila Potel tem um caso de uma mulher que chegou até mim, antes
tentou a FIV, só que o embrião veio com problema, entre aspas, e a clínica não deixou ela implantar, mesmo ela querendo implantar faz um tempo já, e não me lembro muito bem de toda a história, mas ela disse que teve que assinar um termo para descartar esse filho. E Neiva comentou ou seja, para satisfazer então o eu, né, o eu egoísta ali são mortos e embriões que não dariam certo, né, entre aspas, são verdadeiros homicídios que não, ninguém fala disso, né, que não tá sendo dito, mas somente distorcem o sentido das palavras para que se
tornem agradáveis ao querer, né, momentâneo. Uma outra pessoa comentou, Vivian, eu tive experiências com médicos que me sugeriram congelamento de óvulos e FIV. Na primeira vez saí do consultório passando mal, nas outras vezes sofri muito. Estar solteira ainda, eh, estar solteira ainda recebo um rótulo e o famoso conselho, né, todo mundo faz. Até que esse ano, finalmente, encontrei uma médica católica que me acolheu, entendeu os meus princípios, né? católicos. E teve uma outra pessoa que ainda comentou um outra temática, não é? As pessoas se perderam, se perderam tanto que agora estão adotando bonecos. Não sei
se todos que estão aqui na sala já ouviu essa expressão, que boneco é esse que tá sendo referido ou se vocês estão vendo as notícias. Não sei se Luan ou Ana poderia comentar a que ponto chegou a mentalidade humana. Que que é isso? Que história é esse boneco sendo adotado? É o bebê bebê reborn, acho que é isso, né? Ah, eu fiz até um post sobre isso hoje. Eh, é uma coisa assim que a gente difícil até falar, né? É, basicamente as mulheres adultas estão comprando bebês, né, que são fabricados de um jeito que se
assemelha muito a um bebê de verdade, que tanto é que às vezes as pessoas até confundem, não, né, num primeiro momento não não sabem, não identificam que é um uma boneca, né, um boneco. E as notícias tem várias manchetes, assim, várias notícias. Daí tem, já teve notícia de parto de bebê reborn, eh, notícias de casais brigando na justiça pela guarda do bebê reborn. Ah, notícias de mulheres que levam o bebê Reborn para o pronto socorro, alegando que o bebê não está se sentindo bem. Então, eh, acredito que tudo isso seja realmente um sintoma, eh, daquilo
que a gente já falou aqui, dessa falta de compreensão sobre a natureza humana, porque a mulher ela tá, a mulher principalmente ela vem já de décadas, mais, né, nos séculos aí, né, mais de um século, eh, sofrendo essa influência cultural que ele eleva, né, leva ela Tá? Enfim, eh, negar a sua própria natureza. Ah, tem que ser buscar igualdade com homem, tem que trabalhar igual um homem, tem que evitar a fertilidade para não engravidar, porque o homem também não tem filho. Eh, aí toda essa questão de desestrutura dentro do matrimônio, se não der certo é
só separar. Então, é um caso e descasa e e ou seja, a natureza propriamente vai sendo abafada, sufocada, mas a chega um momento que acho que explode, né? Acho que é tanta frustração por não viver conforme a sua própria natureza que isso acaba sendo manifestado dessa forma. Então a gente vê, por exemplo, não a questão do dos bonecos, que é super absurdo, mas tem também a questão ali dos dos pets, né? Mãe de pet, pai de pet. Então era isso que eu ia comentar, porque parece que a geração passou por uma certa, não sei, mudança.
Primeiro era o filho único, depois agora pai de pet. Mas pai de pet já se desatualizou agora essa história de bebê reborne, não sei qualidade de Luan, assim para complementar a fala de Ana também. É, eu eu acho assim que eh esses movimentos, né, que t acontecido na nossa geração, na nossa na nossa época, eles são uma um sintoma de uma sede interior muito grande, né? Então existe uma uma sede tremenda, né? Por exemplo, o o que leva alguém, é muito difícil dizer, né? O que leva alguém a adotar um bebê reborn ali e trazer
aquilo como um filho, eh, senão, né, um desejo que tá lá dentro do coração daquela pessoa de de fato exercer sua maternidade, um desejo que é bom, mas que ele foi corrompido, né? Eh, do mesmo modo, acho que vale para pets também, né, dadas devidas proporções. Eu acho que eh isso e se a gente for olhar, por exemplo, né, o que faz alguém eh buscar, por exemplo, eh sei lá, dar um um um exemplo aqui, é pornografia, né? Ou seja, por trás daquilo ali existe um verdadeiro desejo de amar, que a pessoa tá tentando satisfazer
com uma coisa que não vai levar ela a lugar nenhum, que vai se afundar mais. Então acho que assim esses essas erupções, né, do nosso do nosso mundo, né, e essa agora mais recente, por exemplo, do bebê R, elas são sintomas de uma de uma doença. Que doença é essa, né? da doença, né, de um coração adoecido porque não ama, não entende como amar, não quer amar, tem seja de amar, mas não foi ensinado, não foi apresentado, né, ou às vezes nega também, enfim. Então acho que essa esse esse esse movimento todo, né? Porque gente,
vocês imaginam, vamos se botando no lugar, se a gente fazendo esse exercício, né, que é difícil, se botar no lugar de uma pessoa adulta que pega um bebê rebor para andar pela rua. Isso não é uma ou duas pessoas, é uma uma multidão de gente fazendo isso. Imagina o tamanho da dor que tem naquele coração querendo viver a sua maternidade, mas não consegue, né? Então, eh, eu olharia por esse por esse por essa ótica, né? Seja existe ali uma dor real, né, por trás daquilo, né, por trás daquela coisa que realmente é absurda, né, mas
e que e que tem gente que realmente vai demorar para, né, absorver isso e e amadurecer, enfim, né? Eu tenho, eu conheço, por exemplo, uma pessoa que ela católica até e tal, e ela ela justamente faz muito tempo bebê rimor, né? Então ela faz isso para vender, ela pinta os bebês e tal e ela e como que ela comeu? Claro, ela não leva para passear nada disso. Ela tem uma relação adequada com o negócio. Mas ela eh eh até não vou até olhar o Instagram, não vou falar quem é, mas vou olhar o Instagram depois
que eu sair daqui para ver o que que ela tá falando desse negócio. Porque quando o pessoal começou a questionar, ela falou que ela teve um problema muito sério de saúde, ela teve que tirar útero e trompa muito cedo, então ela não conseguia gerar os filhos, né? Então ela usava aquela arte para de algum modo, né? sustentar aquilo que ficou faltando ali no coração dela. E a e na época ela não era nem convertida a nada, né? Então assim, isso eh isso tudo mais uma vez vem corroborar com a doutrina da igreja de sempre, né?
Entendeu? Que essa que a gente tem uma vocação que a gente tem que responder aquele chamado porque senão vira esse esse caos, né? Que é o que virou, né? Muito bem. Eh, agradeço a todos, né, pela participação. Temos mais ali um comentário, eu vou fazer a leitura, né, porque fica gravado para quem acompanha depois. Eh, sobre a temática agora do do bebê Riborne, a Telma comentou: "Há uma frustração enorme o fato de não conseguir engravidar. Muitas mulheres não conseguem administrar essa frustração e se deixam levar pela influência social". Eu sofri muito pelo fato de não
concember uma vida. Hoje são mãe, mãe por adoção, mas ainda existe o vazio interior, né, Misslene comentando o temor de Deus, o temor a Deus foi deixado de lado em nome da busca excessiva pelo conforto social e até psicológico. Neiva comentou: "Tudo isso só demonstra a natureza de cada pessoa, gritando a natur, o natural que Deus teceu, teceu despertando ainda em uma sociedade que se encontra doente". O que nos mostra, nesse caso das mulheres que vão ao pronto socorro com um bebê reborn. Porque vê, veja as ondulações, né, Luan e Ana, uma coisa é você
dimensionar isso, né? Dimensiona para um cachorro, dimensiona para um boneco, dimensiona. OK. Uma outra ondulação já é você. Pera aí, agora eu vou reclamar um direito, né? Eu vou no médico. Doutor, o senhor não quer me atender. Ó, doutor, ele tá tendo sintoma. Eu não dormi hoje nessa madrugada porque ele está com febre. Como fica a relação médica e paciente nesse atendimento? Como deve ser esse atendimento? deve se negar, deve atender, deve encaminhar para uma outra ala, não sei, aborda, faz uma outra abordagem, entende? Então é o que a nossa colega Neiva tá comentando, né?
Pode falar, L. Isso numa Isso numa emergência seria complicado, mas eh via de regra, você vai ter que conversar com a pessoa, né, assim, sem tentar sair com ela nas costas, porque assim, não é uma coisa eh psiquiatricamente falando normal, né? Sim. Então assim, tem um tem ali um talvez esse desejo realmente tenha tornado, né, se virado alguma coisa patológica, né? E aí agora um outro comentário pra Ana, se Ana quiser concluir, né? A iPhone de Lilionária, ela comentou assim, inclusive ao ponto de ter uma lei, tem uma lei agora, né? um certo município, não
sei se é em São Paulo, eu vi um algum publicação do Instagram que um vereador, parece que foi agora no Dia das Mães, não foi? Ele pautou o projeto de lei, me parece que foi aprovado, não é? Então, como fica agora o exercício, né, da lei? Ó, entrou na esfera legislativa, que implicação, Ana, não sei, isso poderia ter ou quais ondulações futuras isso pode trazer, né? Ou que remédio poderíamos propor? É, eu eu vi várias notícias nesse sentido, né, de eh de proibir e tal, porque acho que entra na de novo ali na questão da
desumanização, porque você tá levando um boneco pro pronto socorro e ele vai tá tirando a o espaço de uma pessoa de verdade, né, de ser atendida, vai aumentando ali a demanda eh por por por uma necessidade que não é uma necessidade, porque não é uma pessoa, né? Então isso traz eh consequências para para quem realmente tá precisando daquele atendimento. Maravilha, gente. Muito obrigado. Só tenho agora agradecer a vocês, né? Né, formalmente falando, tanto a Ana quanto Luan, desdobraram super bem, né? Ambas as temáticas. Eu acho que vocês ouviram, não sei se vocês ainda estão aí,
né? Se quiserem comentar agora nesse momento final, se acompanharam, gostaram, eh, fica aí à disposição as redes sociais dos dois, né, Diana, se Ana puder repetir, Luana também. O meu Insta é Ana Carol de Deosa, certo? E o meu é Luan Goncalves Gonçalves com semilho. Muito bem, maravilha, gente. As outras dúvidas que vocês ainda tiverem, podem nos procurar. Os nossos acessos são tranquilos, né? São bem transparentes, dá para vocês nos procurarem. A gente pode continuar e muito, né, desdobrando isso, né? Lembrando, temos aí o nosso próximo encontro, que nem eu mesmo me recordo nem a
data, são muitos, né, convidados, mas se vocês já estiverem no nosso grupo, vocês vão ver a nossa próxima divulgação e que seria importante, né, vocês participarem, aprenderiam bastante, seria muito enriquecedor. Tem sempre um convidado externo, né, ó, nessa minha fala deu tempo de abrir o arquivo, tá vendo? A próxima agora, aula número três, quinta-feira. Dia 29 de maio, eh, teremos dois outros convidados, Dr. Gabriel Arregui, do Rio de Janeiro, e Dra. Melissa Abelha, médica lá de Brasília. Ambos falarão sobre os danos dos contraceptivos, né, e os abortos ocultos, como que uma continuidade da fala da
Ana e da fala do Luan, não é? Então, espero vocês no próximo encontro. Pessoal comentou bastante ali agora no final, acabei de ver. Um abraço a todos. Mandaram até a data. Estão conectados. Que bom, maravilha. Então, muito obrigado, gente. Um grande abraço a Luan, a Ana e a todos vocês. Valeu. Boa noite. Um abraço. Boa noite,
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