agora eu acho que vocês me escutam não é eu entrei com o microfone silenciado boa noite minha gente me confirmem aí eu entrei com o microfone no mute Então me confirma esse Agora sim vocês me escutam bem e vocês me veem bem para mais uma noite de quinta-feira em que hoje nós falaremos sobre trauma de desenvolvimento Esse tipo de trauma que afeta os nossos relacionamentos na vida adulta que tem que tem a ver com os nossos relacionamentos primários lá no comecinho da vida e que afeta os nossos relacionamentos na vida adulta então a Dani tá
me dizendo que escutando sim que bom então são imagem chegam bem para você fico feliz Boa noite para quem já tá aqui e acho que eu tô com dente sujo de batom usar a câmera aqui de vocês rapidinho para limpar acho que limpou se a gente vai limpar também vocês vão me aguentar aí uma hora com o dente sujo de batom minha gente nessa nessa aula aberta de hoje nós vamos começar um esquenta e aqui tá precisando aqui no Rio de Janeiro hoje tá frio nem parece nem parece que eu tô no Rio de Janeiro
né Toda encapada porque tá friozinho aqui o dia foi chuvoso e a gente vai começar um esquenta para nossa travessia quem já é de casa já conhece a travessia é o evento gratuito que eu realizo para terapeutas um evento de imersão são seis dias seguidos onde eu faço uma linha organizada no raciocínio dos avanços do entendimento de trauma Principalmente nos últimos anos por exemplo abordagem informada sobre trauma e o que que a gente tem principalmente de embasamento desse pensamento e esse é um evento para de todas as linhas abordagens profissionais que trabalham com saúde emocional
saúde mental de alguma forma e esse evento vai acontecer agora no mês de outubro né daqui a um mêszinho mais ou menos menos de um mês né Hoje é dia 29 no dia 20 de outubro começa a nossa travessia e esse então falta menos de um mês as inscrições já estão abertas quem não fez ainda corre lá na bio do meu Instagram faz a sua inscrição para travessia para você poder entrar no grupo Onde você vai receber os links das aulas Lembrando que atravessam evento realizado ao vivo que depois do evento todas as aulas da
travessia saindo do ar porque elas ficam exclusivas só para os alunos é do grupo fechado mas é um evento que eu gosto muito e ele vai ser o único desse semestre eu só vou realizar essa travessia semestre vai ser a primeira e última do semestre a última do ano depois não sei quando parei de novo Então como estamos as vésperas a poucas semanas da nossa travessia o nosso nossas aulas de quinta-feira Elas começam a entrar nesse ritmo de esquenta para travessia então eu já vou começar a trazer nessas quintas feiras que precedem o nosso evento
alguns temas que eu não vou aprofundar lá na travessia mas que são interessantes de vocês começarem a raciocinar sobre eles porque eles não ajudar bastante no entendimento de tudo que eu vou falar polar tá então a gente tá agora nesse momento aí nessa prévia nesse esquenta para nossa travessia do corpo a alma esse evento para terapeutas sobre trauma e como trauma oferta pouco mente cérebro dos nossos pacientes dos nossos clientes e o que isso altera na forma como nós atuamos nosso Bora para o tema de hoje Então pega aí aquela setinha do YouTube clica nela
copia o link e distribui nos seus grupos de terapeutas Manda o link da aula para todo mundo para a gente aumentar essa comunidade deixa o like já no vídeo de hoje Rodrigo aqui no YouTube alguém falando eu já dou like no começo do vídeo porque eu já sei que o que eu posso dar like Eu gostei muito muito gostoso de ouvir né obviamente Fiquei feliz de alguém que acompanha eu trabalho já e confia no trabalho então já dá o seu like se você não é inscrito no canal se inscreve todas as suas métricas que são
importantes para que eu continue aqui fornecendo conteúdo gratuito para vocês E aí eu pergunto a vocês minha gente é alguém aqui nunca teve contato com a proposta do que é trauma de desenvolvimento trauma desenvolvimento não é um diagnóstico importante a gente começar falando isso Trama de desenvolvimento ainda é uma proposta diagnóstica ela não está você não vai encontrar lá nas classificações diagnósticas que nós utilizamos principalmente na fronteira entre a psicologia e a psiquiatria né livros como o dsm por exemplo você não vai encontrar trauma de desenvolvimento você vai encontrar transtornos relacionados a trauma e outros
estressores por exemplo a categoria que tá no dsm em que a maior parte dessa categoria está ligada ao peptídeo ao transtorno do estresse pós-traumático é o tipo de trauma que nós mais estudamos que nós temos mais evidências robustas a respeito de como ele se Desenrola né de como que é o processo do teste né como o que acontece como ele é causado propostas de tratamento Então você não vai encontrar num livro diagnóstico uma descrição do que que seja trauma de desenvolvimento e para mim antes deu de eu começar a estudar trauma sobre a lente do
Cuidado em formato sobre trauma antes de eu ir fazer a minhas formações em trauma em psicotromatologia Eu também não conhecia sobre trauma de desenvolvimento Então queria saber que se tem alguém que como eu há alguns anos atrás mesmo sendo terapeuta não entendia direito não conhecia o que era esse tal de trauma de desenvolvimento ou se alguém que aqui já me ouviu falar e conheceu através do meu trabalho aqui no perfil aqui no canal do YouTube ou no perfil do Instagram conhecer sobre trauma desenvolvimento através desse trabalho Fala aí para mim no chat para a gente
começar a nossa conversa dentro de trauma quanto vocês respondem eu vou adiantando outras coisas dentro de trauma nós vamos ter muitas escolas que classificam os traumas a partir de uma lente né então frequentemente vocês vão encontrar mesmo dentro da abordagem trauma em forma ou da abordagem do Cuidado em formato sobre trauma tem usado Mais atualmente dentro de trauma vocês vão encontrar escolas que fazem classificações diferentes muito frequentemente vocês vão encontrar classificações de trauma simples complexo e trauma crônico dentro dessas classificações algumas escolas explodem né Para o trauma de desenvolvimento para o trauma organizacional para E
aí diferenciam né complexo que é uma proposta diagnóstica que já vem sendo mais aceita para um tipo de transtorno de estresse pós-traumático muito específico que não é o nosso tema de hoje mas já é uma proposta de diagnóstica também é bastante aceita e dentro dessas classificações nós vamos encontrar o tal do trauma de desenvolvimento que pode dar margem a se confundir com outras condições como entrar algumas coisas vão estar numa área um pouco cinza muitas coisas de interface com algumas coisas e nem tudo em trauma nós entendemos como transtornos isso é muito importante de dizer
estamos dentro de uma abordagem que a gente entende que o trauma faz parte da vida esse trauma ele pode ter muitos desfechos eu já fiz essa aula aberta aqui de desfechos além da traumatização a traumatização é um dos desfechos possíveis de trauma mas existem outros tipos de desfechos possíveis dentro do trauma clínicos não clínicos e inclusive é crescimento pós-traumático é grande maioria das pessoas que passam por traumas de choque não vão desenvolver teste Porque os estudos nos mostram é que uma pequena parcela de quem passa por trauma de choque vai desenvolver tédio muitas das pessoas
que fazem naturalmente choques vão desenvolver outras condições com ansiedade como depressão como às vezes algumas sintomatizações e algumas não vão organizar sintomas quando aquela experiência consegue ser elaborada processada e a gente vai ter crescimento pós-traumático Então dentro de trauma existe uma área onde o trauma ele pode ter um desfecho que a gente vai chamar de transtorno vai ter uma organização clínica com um quadro de sintomas e de sinais muito específicos que nós conseguimos já categorizar como é o caso do teste e que nós colocamos aquilo como um desfecho clínico e que e muito específico E
aí a gente categoriza como um transtorno e muitas vezes o trauma ele vai ter um ele vai ter outros desfechos como padrões de comportamento padrões emocionais vícios compulsões muitas vezes são desfechos clínicos de trauma uma pergunta que muito me fazem é Jane quando você fala de pais e Tais características de trauma de desenvolvimento ou de diferentes tipos de trauma me lembra muito tal transtorno me lembra muito TDAH me lembra muito transtorno boder e na verdade essa interface ela não é excludente necessariamente Por que a gente entende hoje é que muitas das condições cítricas de transtornos
psíquicos tem o trauma padrão não é uma relação de causa isso a gente precisa entender bastante muitas vezes a gente quer fazer relações de causa e efeito e dentro de da complexidade humana essas relações de causa elas são muito muito a gente tem que ter muito cuidado com elas né porque na grande maioria das vezes trabalhar com trauma vai nos exigir um pensamento sistêmico onde a gente não fala em causa mas fala em correlação existe uma correlação entre trauma e diferentes tipos de desfechos clínicos inclusive diferentes transtornos mas não significa que o trauma é único
fator no padrão do transtorno em geral eles são multifatoriais né envolvem contexto muitas vezes genética e várias outras coisas mas frequentemente e alguns autores como gabarito por exemplo que eu sinto bastante por aqui vão ser mais assertivos eles vão dizer que 100% dos adoecimentos tem o trauma no padrão então às vezes o trauma ele vai ter um desfecho clínico às vezes ele vai estar num padrão ele vai estar ali na base de um outro tipo de desfecho que pode ser comportamental relacional um outro tipo de transtorno por exemplo como o que eu falei para vocês
muitas das pessoas que passam por trauma de choque não vão desenvolver tapete vão desenvolver depressão E aí a gente chega num local que é um grupo de pesquisadores falando que experiências adversas na infância se relacionam com algumas alguns acometimentos na vida adulta E aí a gente começa então a entrar nesse universo que nós vamos passear hoje que é o universo do trauma de desenvolvimento e aí eu vou ver o que que vocês responderam a minha pergunta vejo aqui que vocês já começam a responder muitas as pessoas dando boa noite a boa noite a todo mundo
sejam bem-vindas bem-vindos e bem-vindos se tiver alguém aqui pela primeira vez ou que tá chegando agora tá começando a conhecer o meu trabalho por aqui dá um alô para eu saber falar daqui a pouco tempo primeira vez então a cá tá falando conheci através do curso Karina minha aluna lá no discursionando trauma no meu curso para terapeutas cheguei em tempo feliz estar aqui bem-vinda Márcia Francine tá falando através do seu trabalho legal a norma tá falando aprofundei o estudo de trauma com MDR e Brace Sporting são duas abordagens promo informent né do Cuidado sobre trauma
ou MDR elas estão dentro do guarda-chuva trauma informat né que é abordagem será uniforme dela é mais Ampla e ela tem muitas ela não é sobre uma técnica ou modalidade terapêutica O importante dizer quando eu falo de abordagem de forma que ela não é sobre uma técnica ou modalidade terapêutica eu tô falando dos estudos que subsidiam guarda-chuva de propostas terapêuticas que envolvem uma série delas se tem várias delas né a investigação compassiva do próprio Mater enfim tem uma série de propostas terapêuticas saindo como braços desse entendimento de trauma [Música] excelente observação muito suspensão logo em
transtornos é nem sempre a gente está falando disso trauma faz parte da vida né então nem sempre a gente vai correlacionar para uma com transtorno existe correlação entre uma desenvolvimento Psicose a gente não tem esse dado Karine a gente não pode falar isso com base em evidências e eu vou dizer porque para você tem algo a gente tem algumas outras evidências mas esse estudo pelo menos que eu tenha conhecimento que eu tenha lido a gente não tem para afirmar a gente pode fazer inferências sobre isso primeira vez que vou mana seja bem-vinda bem-vinda Bia que
está sempre por aqui conhecer seu canal pouco tempo que bom Mônica seja bem-vinda fico feliz esse agora primeira vez Então pessoal que tá aqui pela primeira vez minhas boas vindas a vocês espero Honrar o tempo de vocês nessa aula de hoje Então vamos lá né Vamos ao nosso papo vamos ao que interessa eu vou eu vou desenvolver um pouquinho o tema E aí depois eu vou olhar um pouco os comentários eu queria que essa aula fosse uma aula bastante interativa Então vou gastar alguns minutos aqui falando um pouco e quando eu for falando vocês podem
ir usando o chat para deixar perguntas para deixar comentários alguma coisa que ficou aí para vocês que vocês queiram compartilhar lembrando sempre que estamos em uma rede aberta então tomem cuidado compartilhamentos de questões muito pessoais de questões individuais não se expõem né compartilhem só aquilo que for absolutamente seguro para vocês e vamos começar a falar com o nosso papo e ele para começar a falar o nosso sobre o nosso papo que eu coloquei o título da aula de trauma de desenvolvimento a epidemia invisível porque eu sou muito trauma de desenvolvimento do trauma invisível Ele é
aquele trauma que você vê a resposta traumática no seu paciente no seu cliente mas você não consegue identificar aquela tá conectada porque muitas vezes a pessoa não vai se lembrar porque a gente está falando de um trauma muito precoce Então por definição trauma de desenvolvimento é um trauma precoce ou seja acontece na relação ele é um trauma relacional Então a primeira coisa que também que a gente precisa entender é um trauma relacional ele não é Episódio ele é diferente do tept por isso porque o tecte é Episódio é um evento ou uma sequência de eventos
então quando a gente pensa entrar uma intérprete complexo a gente pensa por exemplo o abuso sexual na infância que a pessoa sofreu repetidas vezes a gente vai classificar muito mais dentro do teto de complexo porque porque são eventos que a pessoa foi exposta ao evento traumático repetidas vezes mas é possível localizar o evento traumático o trauma de desenvolvimento não ele tem a ver com um tipo de vínculo um tipo de padrão de relação estabelecido entre o bebê e os seus cuidadores nos primeiros anos de vida por isso ele é um tipo de trauma precoce por
isso na grande maioria das vezes ele não vai fazer parte da memória declarativa dos nossos clientes muito dificilmente o seu cliente vai chegar para você e vai dizer eu tive trauma desenvolvimento porque lá com um ano de idade eu fiquei chorando no berço com fome um dia inteiro e ninguém me pegava no colo eu tive trauma de desenvolvimento porque quando eu tinha lá dois anos de idade tudo que eu fazia a minha mãe criticava ou eu aprendendo a ficar quieto porque a minha mãe me deixava chorar horas no berço até que eu ficava quieto então
dificilmente o seu cliente vai chegar para você aliás Isso serve para trauma e para qualquer coisa não é dificilmente os nossos clientes vão chegar nos dando uma lista de sinais e sintomas que são aquelas que a gente estuda nas nossas formações mas de estudo trauma desenvolvimento é caracterizado tal coisa até tal coisa os transtornos Tais características dificilmente o seu cliente vai chegar para vocês dizendo eu tenho eu tenho alextimia eu tenho dissociação eu tenho hiper vigilância algumas algumas respostas traumáticas nós podemos encontrar nos nossos clientes ele vai te contar uma história né nossos clientes nossos
pacientes com os contam histórias e a partir dessas histórias nós vamos entendendo um pouco como o trauma costura elas é como é que ele aparece na costura de várias coisas que ele acontece e essas histórias que os nossos clientes nos com elas não estão só na narrativa declarativa deles e aí quando a gente está falando de trauma desenvolvimento a narrativa é a que vai menos importar para nós é um tipo de trauma muito difícil da gente abordar pela fala exclusivamente porque por ser um trauma muito precoce muitas vezes ele não vai estar na memória declarativa
a gente começa a ter memória declarativa a gente nosso sistema nervoso ele que nasce tão imaturosinho ele começa a ter maturação ali para guardar a memória declarativa essa memória que o paciente consegue te contar sobre o que aconteceu com ele ali por volta dos três anos de idade um pouquinho menos para algumas pessoas um pouquinho mais para outras mas ali em torno dos três anos de idade e a gente tá falando de um trauma bem mais precoce do que isso então a gente vai trabalhar com uma memória implícita o fato de ter acontecido antes de
que a gente possa ter maturação de sistema nervoso para guardar essa experiência recuperar ela da memória e contá-la como uma narrativa não significa que ela não ficou guardada ela ficou guardada Mas ela ficou num outro tipo de memória uma memória que é chamada de memória implícita uma memória somática o nosso corpo é um grande banco de memórias é um grande arquivo de memórias e que e por isso muitos autores vão usar a fala o trauma não volta como a memória ele volta como uma reação porque através de como os nossos clientes se comportam como eles
fazem contato visual conosco como eles respiram como eles se relacionam com eles próprios com as outras pessoas como Eles amam como eles adoecem que as histórias de trauma vão ser contadas para nós E aí eu vou ler um trecho bastante polêmico aqui do livro do Dexter sobre trauma de desenvolvimento que ele fala ele começa esse capítulo dizendo a ideia de que experiências adversas na infância levam a perturbações substanciais no desenvolvimento é mais uma intuição Clínica do que um fato com base em pesquisas não existe prova conhecida de perturbações no desenvolvimento que tenham sido precedidas no
tempo de forma causal por qualquer tipo de síndrome de trauma Esse é um trecho da rejeição pela associação psiquiátrica americana do diagnóstico de transtorno de trauma de desenvolvimento maio de 2011 Então desde 2011 para cá essa discussão continua ela continua atualmente sobre a inclusão do trauma de desenvolvimento como uma proposta diagnóstica é um grande defensor ele lidera esse grupo de pesquisadores que fazem a proposta de de considerar o trauma de desenvolvimento sim um transtorno baseado nas experiências adversas E aí ele abre com essa proposta e que é até hoje é uma grande discussão algum tempo
atrás eu citei no meu Instagram que uma pessoa me mandou do congresso do ano passado congresso de 2021 de Pediatria onde um Pediatra também defendia Que estresse tóxico na infância não existe E aí a gente tem uma questão importante que é não é o que os nossos dados por exemplo do maior estudo longitudinal de experiências adversas na infância nos conta a gente tem um grande estudo longitudinal que é o estudo é esse Kaiser né esse vem da sigla do inglês experiências adversas na infância e esse estudo ele ele tem mais de quatro décadas ele vem
estudando uma grande Gama de pessoas há mais de quatro décadas então eles conseguem acompanhar no tempo essas pessoas e esse estudo levanta algum tempo atrás ele levantava 10 indicadores de experiências adversas na infância que estavam desde negligências físicas violências negligências emocionais alguns tipos de condições adversas e mais recentemente o estudo aí está incluindo as experiências de trauma racial por exemplo de trauma racial e bullying também entre os seus indicadores e eles fazem uma correlação Entre esses indicadores de experiências adversas na infância com uma série uma lista que eu vou apresentar lá na travessia com mais
cuidado e detalhes uma lista de comportamentos disfuncionais ou adoecimentos vai desde comportamentos disfuncionais como vícios compulsões então aumenta grandemente a chance para alcoolismo Se não me engano é algo da ordem dos 200% né a correlação para alcoolismo e abuso de substâncias químicas para tentativas de suicídio ou acometimentos de suicídio efetivamente para alguns tipos de adoecimento Clínico como alguns tipos de câncer eles bem correlação estatística significativa também entre quem tem a partir de quatro pontos nessa escala na escala e que não é difícil de ter quatro pontos na escala eles né na verdade eu por exemplo
sou 5 pontos na escala esse né tiver ao longo da minha vida algumas coisas que me ajudaram nesse processo de negociação com os meus traumas infantis mas esse esse é um dos grandes estudos longitudinais que faz essa correlação agora qual que é a dificuldade de pensar se do ponto de vista de estudo no trauma de desenvolvimento é que a gente está fazendo uma correlação entre experiências que são muito precoces com uma condição muito longe no tempo tem um GAP de tempo importante aí por isso que talvez o estudo aí seja a base de evidência mais
importante que a gente tem porque eles conseguem consegue pegar o estudo permanente né ele continua em andamento ele já consegue acompanhar mais ou menos quatro décadas dessas pessoas o que é um tipo de pesquisa cara difícil de ser realizada para que a gente consiga fazer essas correlações E aí para quem tá na clínica já que a evidência ela tem que servir a clínica e não o inverso a gente tem que ter cuidado com isso né quem ler a evidência é um profissional que está com uma pessoa em dor a sua frente E aí como profissionais
como terapeutas eu imagino que grande parte de vocês já se deparou com pessoas que têm padrões de relacionamento ou de comportamento em que essas pessoas não conseguem encontrar justificativas na própria biografia para aquele tipo de comportamento ou de padrão de relacionamento se eu tô dizendo para vocês que o trauma de desenvolvimento por definição ele é um tipo de trauma de relacionamento aí a gente vai lembrar das teorias do apego que algo quem é dessa abordagem sim elas são muito consideradas dentro do estudo em formato sobre trauma então a gente tá falando que quando nós nascemos
nossa primeira necessidade já se vincular e quando esse vínculo ele acontece em bases que nos causam algum tipo de estresse em que eu preciso fazer adaptações para manter esse vínculo eu vou criar um tipo de construção no meu sistema nervoso já que o meu sistema nervoso ele está em desenvolvimento o cérebro de um bebê não é um cérebro de um adulto e miniatura ele é um cérebro com potencial para ser desenvolver e esse desenvolvimento vai depender muitíssimo das experiências vividas vai depender muitíssimo dos estímulos das experiências dos traumas Eu já mostrei aqui em outras aulas
o gráfico de neuroplasticidade e esforço para causar mudanças no cérebro e idade né como é alto na infância como as experiências provocam reais mudanças neurais que vão provocar algumas mudanças comportamentais e como isso vai mudando com a idade E essas mudanças elas vão sendo assimiladas nesse sistema nervoso e imaturo e vão interferindo na forma como nós nos Lemos na forma como nós nos enxergamos da forma como enxergamos o mundo aí a gente faz essa ponte entre essa parte mais dura da neurociência e a parte mais humana da pessoa que está indo embora a nossa frente
essa parte que é como essa pessoa se enxerga o que que ela precisou esconder adaptar para manter vínculo e vínculo desde o começo da vida nos liga sobrevivência E aí a depender do tipo de padrão de vínculo esse padrão pode ter levado a experiências extressoras no sistema nervoso e aí a criança não tem aí discernimento ela não sabe que tipo de qualidade de experiência ela que ela a experiência sensorial ela é física ela é conforto a desconforto por isso que autores como Gabão até dizem basta que uma criança fique chorando no berço por tempo suficiente
sem ser pega no colo para que ela vir um adulto desesperado por um relacionamento porque a forma de regulação quando nós somos muito pequenas é física a nossa primeira forma de regulação é física falei isso semana passada não é é porque é no contato que a gente por exemplo vê uma criança chorando bem se você for um adulto minimamente sintonizado com seus instintos você vai pegar essa criança no colo e vai balançar porque o balanço aumenta atividades sistema nervoso parassimpático que regula O Simpático que está sob stress naquele momento é um é quase que um
gesto instintivo nosso para correr a experiência de stress daquela criança então a criança vai aprendendo a regular suas experiências de stress a partir de um adulto significativo sintonizado com suas necessidades quando essa sintonia dá algum problema e aí a gente pode entrar aqui fazer cinco aulas só sobre essa sintonia quando essa sintonia apresenta algum problema essa experiência expressora ela pode ser sustentada no tempo por muito por mais tempo do que aquele sistema nervoso imaturo da conta e causar um tipo de sobrecarga que vai fazendo com que essa criança vai entrar vai fixando adaptações ela pode
desde pode virar desde uma criança que aprende a silenciar E aí eu fico um pouco arrepiada quando eu ouço aquelas falas de ai meu filho é um bebê tão quietinho até esqueço que ele existe no berço porque é uma criança que muito cedo tá desistindo a gente vem com o sistema fonador e deglutidor me elimisado desse sistema nervoso tão imaturo são as duas partes que vem bastante minimizadas né para poder mamar para poder gritar chorar por ajuda é uma grande defesa do bebê é poder chorar e gritar para afetar um outro um adulto significativo para
receber atendimento às suas necessidades E aí a gente tem a gente pode ter tanto uma defesa que começa a entrar em colapso e eu aprendo a silenciar as minhas necessidades Como eu posso ter uma defesa que se fixa a partir do atendimento da luta ou da Fuga E aí lá na vida adulta eu tenho adultos que vão estar fixados num padrão de luta de fuga de congelamento de ansiedade por agradar para usar quatro categorias maiores esse processo Nem sempre é consciente nem dos cuidadores da criança grande maioria não vai ser vai ser subcortical ainda mas
a grande maioria das vezes não é nem consciente dos cuidadores quando a gente fala de trauma de desenvolvimento a gente não está falando das grandes violências das grandes negligências em geral essas a gente vai categorizar um pouco mais dentro do teste complexo que tem uma margem ali de interface entre as duas coisas mas a gente tá falando de como essa criança esse bebê que depois virou uma criança pequena até ali pelo menos primeiro setênio de como essa esse bebê essa criança pequena entenderam vínculo afeto e o que que eles entenderam a respeito de si o
que que eles entenderam que eles precisavam esconder para manter vínculo o que que eles entenderam que eles precisavam provocar para manter vínculo e que lá no futuro vai ser a base para os relacionamentos uma criança que por exemplo aprende muito cedo que ela é responsável pelos pelas emoções dos adultos significativos ao seu redor lá na frente É um prato cheio a depender das outras experiências de vida para qual dependência emocional para dependência emocional Como você tem a pouco para ansiedade por agradar ou para uma pessoa fixada num padrão de luta numa defesa traumática de luta
onde diante das situações desafiadoras ela vai explodir e aquela expressão emocional não necessariamente é resolutiva ela é o único caminho conhecido para lidar com o stress vivenciado ou ela vai esquivar dos conflitos ela vai ter dificuldade de olhar e encarar os conflitos da sua vida de frente porque ela ficou fixada na luta que foi o padrão apreendido e que funcionou no passado para dar conta de sobreviver aos seus vínculos primários então trauma de desenvolvimento e a gente é um trauma de relacionamento ele é sobre como Nós aprendemos com os nossos cuidadores primários para muitos de
nós pai e mãe ou quem fez esse papel por isso que eu chamo os cuidadores primários como a gente entende como a gente aprendeu o relacionamento com os nossos cuidadores primários como a gente aprendeu a ler o mundo e a se ler a partir do Olhar de outros porque nós desenvolvemos identidade nas relações não é mesmo só existimos em relação E aí esses relacionamentos primários eles vão fazendo toda uma construção que tem sua marcas no cérebro no corpo ela é fisiológica também ela não é só psicológica E aí quando eu sou um adulto eu me
vejo diante de uma situação que me provoca um estresse aquela resposta que ficou fixada para o stress ela vem automática a gente tem os comportamentos automáticos e às vezes a gente vai desenvolver uma dificuldade de lidar com aquela carga de estresse que parece estar sempre presente nas relações E aí a gente desenvolve comportamentos dissociativos e internos eu começo a parar de sentir aquilo que é muito insuportável para sentir ou a gente vai buscar dissociações por recursos externos compulsões e vícios por exemplo excessos de toda a ordem para tentar anestesiar uma dificuldade de lidar com aquela
carga de estresse que ficou desregulada lá atrás então quando a gente fala num trauma de desenvolvimento é muito importante entender que ele é relacional é precoce é pré lingual é pré-línguagem ele não é um trauma que normalmente vai estar na memória explícita ele vai estar numa memória implícita mais procedural então é muito difícil trabalhar com a narrativa com esse tipo de trauma e é um tipo de trauma que nos coloca nos nossos comportamentos automáticos muitas vezes é através da observação dos comportamentos automáticos das respostas traumáticas mais frequentes automatizadas que a gente começa a ler ao
escutar a história dos nossos traumas de desenvolvimento como eu falei agora que podem ter repercussões desde o comportamentos com convulsões de vícios comportamentos automatizados existe uma correlação grande entre uma desenvolvimento e indecisão Severa e procrastinação Severa que são diferentes daquela procrastinação padrão que a gente tem que a tendência do cérebro de buscar prazer evitar prejuízo que essa Todos nós temos é um tipo de procrastinação mais complexa do que esse a padrões de relacionamentos dependência com a dependência emocional trauma desenvolvimento ele vai aparecer muito na forma como a gente se relaciona com a gente mesmo e
com a outra com outras pessoas e se ele está se ele se a ferida está nas relações a cura Lembrando que eu uso cura que não significado muito específico é diferente o significado biomédico de arrancar alguma coisa de tornar uma condição igual a que era antes e cura no sentido de integração a cura também só pode estar nos relacionamentos então trabalhar com trauma de desenvolvimento é trabalhar a forma como nós nos engajamos nas nossas relações nós terapeutas e depois como os nossos clientes engajam nas relações deles e na relação conosco com a terapia Eu costumo
dizer que o trauma de desenvolvimento é aquele tipo de trauma que quando você pensa numa técnica e pode pensar em qualquer técnica de trauma que você vai trabalhar com trauma que você conheça das técnicas da psicoterapia clássica até as técnicas de neuroprocessamento as técnicas energéticas as técnicas somáticas pensa em qualquer modalidade terapêutica que você queira o trauma de desenvolvimento ele vai ser bastante desafiador para qualquer dessas abordagens porque ele tá emaranhado com a história com a biografia da pessoa e como ela sim entende e muitas vezes ele não vai vir numa narrativa Clara então eu
digo que a primeira ferramenta para se trabalhar com trauma de desenvolvimento é a própria relação terapêutica é na relação terapêutica que muitas vezes os nossos clientes vão reiniciar os seus traumas de vínculo primário porque se eu tive se a forma como eu aprendi relacionamento lá atrás com os meus cuidadores ela vai ser reiniciada nas minhas relações significativas Porque existiu inclusive um padrão biológico que sobe que desce a partir de determinadas pistas que o nosso cérebro ele guarda pistas E aí é o problema a gente acha que o nosso cérebro ele é muito mais objetiva do
que ele é ele bastante subjetivo e ele guarda pistas E aí é uma menor pista de algo que eu nem te levo para minha consciência de que eu tô vendo uma pista na hora que o meu marido ou a minha esposa ou meu filho fazem um determinado olhar uma determinada cara ou dizem uma determinada palavra num determinado som eu nem vou conscientizar que aquela pista ficou guardada de uma pista lá atrás de uma experiência pré-verbal que que me lembra uma ativação do meu sistema nervoso que me leva para uma desregulação emocional e os nossos comportamentos
disfuncionais em geral São tentativas de regular a desregulação de regular o desconforto quando a gente pensa em comportamentos por exemplo como dependência e qual a dependência emocional o que que são a qual dependência dependência emocional se não uma tentativa de controlar um relacionamento para evitar que eu entre numa ativação de controlar um desconforto quando citando novamente matei agora quando a gente pensa em Vícios e compulsões como tentativas de automedicação de parar uma dor eu tô tentando fazer uma regulação através de métodos que podem não ser mais eficientes no presente mas que lá atrás foi o
que ficou fixado para mim que eu precisava fazer lá atrás de alguma forma eu aprendi que eu precisava ficar bem quietinha para ser aceita ser amada receber a atenção afeto a alimentação cuidado E aí agora na vida adulta eu só me tornei uma pessoa que não consigo dizer não que não consigo proteger os meus limites as minhas bordas as minhas fronteiras que negligenciam as minhas necessidades em função da necessidade do outro ou lá atrás eu aprendi que eu precisava gritar berrar e espernear para ter a minha necessidade atendida E aí na vida adulta agora eu
estou sempre em estado de alerta hipervigilância em luta mesmo quando eu não preciso lutar eu recebo vários comentários na minha rede inclusive de colegas terapeutas que eu Olha eu olha o comentário eu falo olha a resposta de luta e aparecendo como às vezes olha a minha foi a minha resposta fixada durante tantos anos e às vezes a gente vai cair nesse padrão às vezes eu olho e falo Olha você aí bonitinha se apresentando para mim de novo só que a gente fica mais consciente Então o que é um processamento de trauma em verdade se não
há atualização das respostas tornar o nosso sistema nervoso de novo possível de se movimentar entre as diferentes respostas de forma adequada ao que eu tô vivendo nesse momento e não de forma congelada um padrão que ficou no passado e que se tornou discussional não é presente grossíssimo modo então é aprofundar tudo isso lá na travessia Mas o que eu quero fixar com vocês é a partir de uma vivência primária de relacionamento isso formou a base para como eu me relaciono num presente e cada vez que algo faz levar uma ativação E aí o meu sistema
nervoso ele não tem muita romantismo ele enxerga a pista ele enxerga perigo a informação que chega para amida ela é perigo pá antes que eu possa pensar sobre isso antes que a informação chega a níveis mais altos do córtex pré-frontal por exemplo que vão dar sentido e significado eu já estou reagindo por isso a gente chama de comportamento automatizado então trabalhar com trauma de desenvolvimento é trabalhar com ganhos milimétricos de espaço entre a ativação emocional e a confirmação do padrão a resposta congelada no tempo por isso eu digo que é um tipo de trauma que
a gente ganha muito pouco só com a palavra porque a gente tá falando de algo que está fixado essa memória tá fixada no corpo ela tá fixada no sistema nervoso por isso os trabalhos de regulação emocional ganham muito nesse contrato de desenvolvimento e por isso a relação terapêutica é a ferramenta 1 que o terapeuta tem na mão de trauma desenvolvimento porque se eu disse para vocês a pouco que nós vamos reiniciar nas relações adultas significativas os nossos vínculos primários a relação terapêutica é por si só uma relação significativa quando a pessoa busca terapia ela está
em busca de fluxo de transformação Só que nesse momento em que ela dá esse passo a própria defesa também já se apresenta para ela e ela em geral vai ter como primeiro engajamento na terapia uma reencenação do seu vínculo primário e aí sabe o que acontece ela se encontra com um terapeuta que é convidado a participar do jogo relacional da ciência Nações traumáticas e que a depender das próprias experiências do autoconhecimento desse terapeuta do como ele ganhou intimidade com as suas próprias respostas traumáticas com as suas próprias encenações de vínculos primárias ele pode aceitar esse
convite e aí sim e a relação terapêutica ao invés de ser uma de ser uma ferramenta terapêutica para convidar essa pessoa que dentro de um ambiente de segurança que ela não teve no passado que lembra que a gente está falando de trauma a gente tá falando de um ambiente que ativou o sistema de alerta ou seja de imprevisibilidade então mesmo que essa pessoa então quando essa pessoa chega para terapia terapia precisa representar esse espaço de segurança e previsibilidade né essa esse local onde essa pessoa vai ter a oportunidade de vivenciar um tipo de vínculo de
segurança que ela não vivenciou lá atrás para que ela nesse vínculo de seguro de segurança comece a experimentar outras formas de se engajar nas suas relações só que o terapeuta tiver engajado na encenação traumática não vai funcionar E aí eu gosto muito de uma autora que é aquele estilo que ela ela trabalha com algumas classificações de reiniciações traumáticas comuns entre clientes e terapeutas né E aí eu vou citar só algumas aqui a título de exemplo que talvez a gente reconheça uma muito comum entre terapeutas e clientes é o papel de Salvador idealizado de vítima desamparada
quantas vezes os nossos clientes nos convidam ao papel de Salvador e se você é um terapeuta que lá atrás nos seus vínculos primários esse papel ficou congelado como uma forma de regulação emocional muitas vezes você vai atuar no papel de Salvador idealizado e o seu cliente de vítima desamparada E aí a terapia vira um lugar de dependência a mais mais uma relação de reiniciação de vínculo traumático muitas vezes o cliente ele se coloca num papel de carente negligenciado o terapeuta o papel de negligente E aí aquele terapeuta que acha que tá fazendo pouco sempre pelo
seu paciente que eu não tô ajudando aquele cliente que liga toda hora entre Estações mesmo em situações que a gente não acordou existe um jogo aí negligente carente negligenciado ou vice-versa terapeuta e cliente podem alternar nos papéis da dia de várias vezes outro papel comum quando o terapeuta é mais investigativo e o cliente mais evitativo a gente tem uma outra dia de né o intrusivo e o evitativo distante ou quando a gente tem aquele cliente crítico já tiveram eu não acredito em terapia nem sei porque eu tô aqui não acho que você está me ajudando
todo excesso de crítica esconde um sentimento Você sabe qual é o sentimento que o excesso de crítica esconde diga-me [Música] quanto vocês falam eu vou falar de um outro dia de muito comum que é aquele cliente que convida o terapeuta o papel de sobrecarregado geralmente ao cliente inconsolável E aí ele cria ele causa uma ativação de sobrecarga ou vice-versa um cliente sedutor vai achar um terapeuta seduzido assim como um cliente seduzido vai achar um terapeuta sedutor assim como um cliente um terapeuta crédulo absoluto vai achar um cliente sétimo absoluto e vice-versa são reincenações traumáticas a
questão me dizendo insegurança sensação de inferioridade qual é o sentimento que está por trás disso da insegurança abaixo autoestima e segurança não são sentimentos insegurança é um sentimento também mas tem uma coisa geralmente por trás da insegurança Qual o que que está por trás da sensação de inferioridade em termos de sentimento vergonha igual a sentimento de inadequação a vergonha é o sentimento do excesso de crítica em geral excesso de crítica ela é um grande escudo para esconder a vergonha que as pessoas descubram não algo sobre mim mas que elas descubram o que eu penso a
meu próprio respeito E aí quando a gente tem um envergonhado crítico que aquele cliente envergonhado crítico a gente vai achar muitas vezes o terapeuta sendo convidado a um papel de envergonhado incompetente eu inadequado E aí são tantas vezes eu ouço de terapeutas né Eu sou uma terapeuta que atende terapeutas que tenham alunos né espaço supervisões de terapeuta de tantas vezes terapeuta chega para mim com aquela sensação eu não faço suficiente eu sou incompetente eu não dou conta há uma dia de relação traumática em geral sendo reiniciado então muitas vezes e é isso vale para trauma
desenvolvimento os traumas de vínculo primário e muitas vezes a gente vai entrar no game porque ele encontra uma cola o trauma de vínculo primário do terapeuta do cliente encontra uma complementaridade no trauma de relacionamento primário do terapeuta e é por isso que estudar essas relações faz tanta diferença para gente porque quando a gente coloca luz de consciência nelas quando a gente olha e vê a estou aqui sendo convidada a um papel de Salvador idealizada eu estou aqui sendo convidada a um papel de negligente quando coloca o limites na relação com esse terapeuta com esse cliente
aí eu posso encontrar formas de propor outros jogos relacionados de propor dentro de um espaço de acolhimento e segurança outra forma de se engajar na relação com essa pessoa e aí começa o trabalho do trauma desenvolvimento Esse é o campo de base que a gente constrói para aplicar Qualquer que seja técnica Porque qualquer técnica que venha antes desse processo você vai você vai jogar com a sorte aí você vai ter os clientes que mudam a vida que vão dizer Nossa mudou a minha vida aquilo que você fez o que mágica foi essa e vai ter
aqueles que não faz nem cosquinha E aí você não sabe explicar porque você fala meu Deus eu usei minha melhor intervenção não funcionou e às vezes claro que nem todo cliente é promete com todo terapeuta Às vezes a gente precisa entender quando que aquele cliente não é para você quando que a encenação Ela é maior do que o campo de segurança da terapia pode sustentar E aí você referencia para outro profissional isso só bons profissionais fazem mas muitas vezes quando esse preparo do terreno quando a gente está diante de trauma de desenvolvimento principalmente diria que
isso serve para todos os tipos de traumas principalmente para trauma desenvolvimento quando esse preparo do terreno que é a relação terapêutica que tá dentro da construção de vínculo seguro Por isso que eu digo vínculo seguro não é intuitivo não é só escuta ativa e não é só acolhimento tem uma série de técnicas que são importantes serem empregadas tipo de tipo de contato que eu proponho a depender da Defesa que eu enxergo na pessoa dependendo do tipo de ativação que eu enxergo nela tipo de contato inclusive visual o tipo de contato de proximidade ou de distanciamento
respeitoso de acordo com que eu enxergo no meu cliente toda essa construção de um ambiente de vínculo Seguro ela vai dar uma base para qualquer técnica da psicoterapia clássica técnicas de neuroprocessamento as técnicas somáticas para qualquer técnica porque é a incubadora de vínculo seguro que o seu cliente precisa que ele não teve lá atrás para que ele possa experimentar outras formas de engajar na relação para que ele possa experimentar num ambiente de segurança uma ativação de sistema nervoso que ele consiga lidar titular da mente aos poucos para quando ele for para a vida e digamos
que ele esteja Digamos que o seu cliente Traga uma queixa que você entende como dificuldade de estabelecer limites nas relações ou como dependência emocional dependência emocional Qualquer que seja o nome que seja mas Digamos que a demanda da terapia ser trabalhada seja essa Se esse cliente não consegue na terapia fazer um treino de habilidades de que vai ajudar esse sistema nervoso aos poucos e se regulando lidando com os desconfortos que a relação ativa ele não vai conseguir para a vida e dizer os nãos que ele precisa dizer proteger os limites que ele precisa proteger porque
quando ele for para a vida se isso não tivesse sido organizado e treinado no ambiente de segurança o que vai acontecer a decisão racional vai perder para fisiologia o que ele sabe vai ser diferente do que ele sente e aquela famosa frase que eu gostaria muito de saber de quem é a referência saber e não sentir é como não saber e aí ele vai dizer não para mãe para o marido para o filho para o patrão e o sistema nervoso vai ativar tanto o desconforto somático vai ser tão grande o aperto no peito o nó
no estômago o tremor ou a explosão de raiva que faz ele perder perder o sentido ou a evitação daquela relação vai ser tão grande que ele volta para o padrão anterior a nossa razão vai perder para nossa fisiologia sempre que existir o padrão fixado então o processo de liberação dessa carga residual para que essas novas experiências sejam atualizadas ele precisa acontecer aos poucos e começa na relação terapêutica e depois se estende em outras técnicas Mas por hoje a gente vai ficar por aqui eu vou olhar um pouquinho o que que vocês estão falando que vocês
participaram bastante talvez eu não consiga ler tudo pelo nosso tempo mas vou olhar um pouquinho para a gente ter um pouquinho de interação Oi Alê Oi Vera tá servindo os vídeos minha formação existencial e a dela corporal que legal Mônica não vejo muitos vídeos juntos não gente não é julgar da minha força muito rápido vê um outro se você não criar ranço da minha voz da minha força muito rápido Márcia tá falando podemos conhecer nossas histórias de infância pela narrativa dos nossos pais muitas vezes isso pode ser considerado minha mãe me contou coisas que eu
senti na hora muita tristeza muitas vezes mas eu diria que do ponto de vista terapêutico pode ser considerado por um processo mais interno mas eu diria que do ponto de vista terapêutico nos interessa menos reconstruir uma história em exatidão o papel do terapeuta minha gente não é reconstruir uma história em exatidão nem saber Outro dia eu recebi essa pergunta ah uma pessoa pode ter um trauma ampliado por uma fantasia de Infância nosso papel não é Sherlock Holmes não é investigasse aquilo que o cliente está nos contando aconteceu de fato daquela forma como que aconteceu o
papel é terapêutico se o papel é terapêutico a gente tá trabalhando com as marcas que o trauma deixou no corpo na mente no cérebro no comportamento dos nossos clientes essas marcas estão acontecendo a todo momento na nossa frente por isso que principalmente o trauma de desenvolvimento o que nos interessa é menos a narrativa e mais o que tá acontecendo aqui agora como essa pessoa vive é olhar para a vida dela eu fiz um vídeo recente lá no Instagram onde eu falo isso nessa frase do matei assim você quer saber sobre a dor de uma pessoa
olha para ela e para a vida dela Olha para como ela ama como ela se relaciona como ela adoece isso nos conta uma histórias muito mais precisas do que a nossa memória do que a memória dos nossos pais que são editáveis eu já fiz as aulas sobre memória que a gente já sabe que a nossa memória ela é instável a cada recuperação de informação então a gente nunca vai ter uma precisão a partir da memória mas o que está acontecendo com a gente no aqui agora é de uma precisão incrível assustadora como o nosso corpo
o nosso as nossas ativações elas são precisas elas nos contam Histórias de uma precisão maravilhosa o Madison tá perguntando se eu trabalho com sonhos né descoberta de trauma desenvolvimento Eu trabalho com sonhos mas não eu trabalho com sonhos do ponto de vista de o sonho ele é uma grande pista ele nos a grande pistas das nossas defesas fixadas Eu trabalho com sonho não com sonho do ponto de vista talvez do simbolismo de algumas abordagens mas do ponto de vista das defesas fixadas as nossas defesas fixadas elas aparecem no sonho com muita frequência muita muita muita
muita frequência carinha tá perguntando onde acha essa lista de comportamentos Qual lista Karina não sei qual a lista de comportamentos será que é de dia de relacionais não são comportamentos né são papéis relacionais relacionados na relação terapêutica será que é esse que você tá perguntando ou será que é outra coisa me ajude a entender a sua questão já estou inscrita no travessia Que bom vai ser massa a travessia minha gente vai ser muito muito muito muito muito massa Marília tá perguntando se é conveniente orientar os cuidadores da questionais os clientes ao questionar os cuidadores Como
foram os cuidados e comportamentos nessa fase seria uma forma de tentar entender não eu não acho eu não acho justamente pelo que eu entendo sobre memória com a memória dos cuidadores também não é precisa eu não acho o trauma desenvolvimento você vai ver ele acontecer na sua frente aqui agora essa é a fonte de informação mais precisa a forma como que o teu cliente se relaciona com você e com a tua terapia te dá muito mais informações sobre o trauma de desenvolvimento dele do que ele perguntar aos cuidadores dele Alguém pode me passar o nome
do autor que adianta se referindo Cíntia só nessa aula eu referi três pessoas só nessa aula tem conteúdo de três especialistas Garbo Mater best ou vandecock Steel nessa aula os textos são algumas das referências o bessel eu citei o livro dele aquele estilos recém-nascões traumáticas são do livro da questão de sociation Mas esse eu acho que não tem tradução para o português se não me engano tem espanhol Me falaram outro dia e o matê eu tô citando muito novo livro dele que eu recomendo para todo mundo que é normal né o mito da normalidade que
me parece que já foi traduzida também e tem outros do Mate até também né então são as referências dessa aula especificamente tá de você considera que as marcas desse traumas ficam registradas no inconsciente parecido como se fala na psicanálise Ana eu tenho um problema aí que eu não sou psicanalista então não tem como falar sobre com propriedade de como a psicanálise entende consciente quando eu estudei psicanálise então não tenho tanta propriedade para fazer essa comparação se você for psicanalista talvez você consiga você tenha mais competência para fazer essa comparação do que eu eu posso te
dizer como é que a gente entende do ponto de vista da abordagem do cuidado do informado sobre trauma e da neurociência que são as linhas teóricas que eu me apoio no meu trabalho atualmente da somática E aí a gente diz que esse trauma ele fica registrado num inconsciente físico corporal inconsciente porque a consciência tá numa área mais cortical então é uma área subcortical do nosso cérebro é no sistema nervoso e é em algo imaterial também que são os padrões mentais que que nós vamos desenvolvendo ao longo do tempo mas a gente fala muito de que
o trauma tá no corpo né o trauma é físico antes de ser psicológico Então as marcas elas estão no soma no corpo no sistema nervoso nos padrões neurais o cérebro de uma pessoa traumatizada o cérebro parte física visto por ressonância magnética não é o mesmo cérebro de uma pessoa que não sofreu traumas existe diferenças já catalogadas importantes nas ativações nos tamanhos de estruturas na maior atividade na maior atividade né existem por exemplo pesquisas que mostram o cérebro de pessoas em estado de traumatização que tem redução de hipocampo que a área ligada que tem uma relação
importante com a memória amida ela aumentada que tem uma relação importante que eu queria Então essas marcas elas são físicas inclusive o Fernando tá perguntando como que eu diria para ajudar a pessoa a criar um apego seguro com elas mesmas e com outros eu não diria eu proporia um relacionamento de apego seguro Por isso que eu digo a relação terapêutica é a relação primária é a relação terapêutica minha gente ela pode ser um campo de treino de tantas habilidades encare em relação terapêutica como uma ferramenta do processo porque esse tipo de coisa você não vai
resolver falando você vai resolver propondo um engajamento relacional diferente certo aí tem pode repetir o nome da autora Kate a Karen botou aqui para mim a cara da minha aluna ela tem essa referência bibliográfica lá na lista de referências do curso em relação terapeuta eu fui aluna dela assim como do Pércio são os meus formadores a maiô também foi descortinada e até a galera descortinando aqui Libertador esse processo contínuo de reconhecer nossas defesas traumáticas é muito Libertador né mas não impressionante Quando você vê você não consegue dizer Essa realmente não consegue dizer você vê a
encenação traumática acontecendo na sua frente na relação com o cliente não dá não tem como dizer não é eu não sei Lúcia De quem é a referência dessa frase eu tô eu tô chegando o convite atrapalhou um pouco a minha memória e acho que eu tô num momento da vida que sabe quando você mistura você sabe eu consigo mal mal agora saber o que que é meu que não é mas agora de quem é às vezes atacando com confuso mas é uma frase famosa dentro do universo trauma em forma de saber e não sentir é
como não saber e a mãe não tá falando a medida que a gente entende isso que a gente fala o mundo novo se abre o processo terapêutico fico muito mais Evidente esse jogo inconsciente que acontece nós ficamos emaranhados Fica mesmo fica mesmo mesmo Ah tá comportamentos correlacionados as experiências infantis você tem isso no seu curso minha querida lá dentro da plataforma de estudos você tem eu acho que dentro de trauma desenvolvimento Se não me engano eu botei o site da pesquisa é esse ou botei um texto sobre a pesquisa esse alguma coisa assim dentro do
módulo trauma de desenvolvimento Mas você pode deixar no Google eis cais eles estarem que é estudo eficaz de experiências adversas na infância lá eles Inclusive tem o teste vocês podem fazer o teste mas é o site só tem inglês mas vocês podem inclusive fazer o teste Mas pode botar no bolso você encontra lá essa vários dados da pesquisa inclusive essas correlações tá bom daí tá falando Não vejo nada desse conteúdo na faculdade o assunto tão necessário isso é uma pena né Dani porque eu também não vi na minha faculdade de psicologia e eu vou dizer
uma coisa para vocês eu acho uma pena porque o cuidado em formato sobre trauma ele tem avançado dentro da academia em outras áreas mais do que na psicologia por exemplo é mais fácil estudar cuidar de formato sobre trauma nas escolas de medicina Então a gente tem aqui só hoje eu citei dois médicos né Bessa é psiquiatra o Mater é médico e trabalha com Desenvolvimento Infantil e adição dos três profissionais que eu citei dois são médicos porque de alguma forma essa dentro da academia essas áreas estão mais avançadas nesse entendimento mais moderno de trauma do que
até as escolas de psicologias Eu também não tive eu achei até que já tinha mais que eu fiz anos atrás né 22 anos atrás ou nas institutos de neurociências por exemplo eu consegui orientador para o meu minha pós-graduação dentro do Instituto de neurociência minha pós-graduação não era instrutor de psicologia na neurociência também por isso né então eu também acho que seria fundamental Não só na faculdade mas dentro de qualquer boa formação de terapeuta qualquer qualquer qualquer boa formação de terapeuta para mim tinha que ter trauma como conteúdo básico relação terapêutica como conteúdo básico básico básico
básico meus queridos e minhas queridas Não se esquenta para travessia começou Daqui a algumas semaninhas estaremos Juntas e juntos por seis Noites Com muito conteúdo de qualidade com um grande mergulho nesse universo eletrizante misterioso e também muito curativo do trauma porque como eu sempre digo trabalhar com trauma não é sobre dor não é sobre se conectar com o nosso cliente a partir da dor ou da Piedade que é o sentimento que a gente não pode ter quando nós olhamos nos olhos de um sobrevivente de trauma quando os Olha Nos Olhos de um sobrevivente trauma eu
me conecto com a pessoa que sobreviveu ao drama com a força de quem Sobreviveu ao drama e com a potência escondida pela dor então trabalhar com trauma é encontrar aquele lugar dentro de nós aproveitando aí semana de lançamento do filme mulher rei da Diva viola Davis vou usar uma frase que ela usou não vou usar ciência não vou usar psicologia não vou usar arte para terminar essa Live de hoje vou usar uma frase que a viola usou em uma das suas falas aqui no Brasil quando ela disse quando ela falou de todos os suas adversidades
e traumas infantis ela disse dentro de mim havia um lugar que eu tinha certeza que não tinha sido tocado pelo sofrimento e pela dor então trabalhar com trauma sobre isso é sobre encontrar olhar para os nossos clientes para além dos seus traumas além das suas dores olhar para potência para esse lugar dentro de nós que nós podemos brilhar além das nossas feridas um beijo e até semana que vem