[Música] no século X a Europa estava mergulhada em conflitos religiosos e guerras civis e a Inglaterra não foi exceção Thomas hobs um filósofo inglês viveu em uma época marcada pela instabilidade e violência ele testemunhou a guerra civil inglesa um confronto que não apenas dividiu o país mas também desafiou as noções de autoridade moralidade e Ordem foi nesse cenário de caos que hobs formulou sua célebre frase o homem é lobo do próprio homem essa frase retirada de sua obra mais famosa Leviatã 1651 captura sua visão sombria da natureza humana para hobes no estado de natureza antes
da formação de governos e leis os seres humanos viviam em constante medo e insegurança ele descreveu esse estado como uma guerra de todos contra todos onde prevalecia a luta pela sobrevivência nesse ambiente a vida era segundo ele solitária pobre desagradável bruta e curta hobes acreditava que sem um poder Central que regulasse a convivência humana as pessoas seriam movidas por seus instintos mais básicos como a autopreservação e a busca pelo poder o homem em sua essência seria egoísta e competitivo disposto a sacrificar o bem-estar do outro para garantir sua própria segurança assim o conceito de homem
como Lobo não é apenas uma metáfora para a brutalidade mas também uma crítica à fragilidade das relações humanas quando não estão amparadas por estruturas sociais Embora hobs tenha escrito há mais de 350 anos sua visão continua ressoando no mundo moderno basta olhar para situações de colapso social como guerras civis desastres naturais ou até mesmo crises econômicas onde a ausência de ordem revela o lado mais Primal do ser humano um exemplo clássico pode ser encontrado na obra O Senhor das Moscas de William Golden nesse livro Um grupo de crianças isoladas em uma ilha deserta rapidamente perde
sua moralidade e cria uma sociedade baseada no medo e na violência Além disso vemos o conceito de hobes refletido em ambientes competitivos como o mundo corporativo ou político onde a busca pelo sucesso muitas vezes coloca a ética em segundo plano a frase o homem é lobo do próprio homem se torna uma descrição assustadoramente precisa da ambição desenfreada e da falta de empatia aqui fica uma pergunta crucial se o homem é de fato um lobo para si mesmo como podemos viver em sociedade Essa é a a questão que hobs tenta responder com a criação do leviatan
um poder Central capaz de controlar os impulsos destrutivos do homem e garantir a paz com sua visão sombria da natureza humana Thomas hobs argumentou que a única maneira de escapar do Caos do Estado de natureza era por meio de um contrato social Esse contrato estabeleceria um poder Centralizado e absoluto o leviatan para hobs o leviatan seria a única solução para domar o dentro do homem garantindo a ordem e a segurança no contrato social indivíduos abdicam de parte de sua liberdade em troca de proteção hobs acreditava que os seres humanos ao perceberem os perigos do Estado
de natureza aceitariam voluntariamente submeter-se a uma autoridade superior esse governante ou Leviatã teria poder absoluto para impor leis e punir aqueles que ameaçassem a ordem é importante notar que para hobs o leviatan não é apenas uma figura política mas uma entidade que transcende a individualidade Ele deveria ser forte o suficiente para suprimir os desejos egoístas dos indivíduos e garantir a paz apesar disso sua proposta gerou debates sobre liberdade e autoritarismo que permanecem até hoje a ideia de renunciar à liberdade para alcançar a ordem ainda é relevante no mundo contemporâneo considere por exemplo situações de vigilância
governamental após eventos como o 11 de setembro muitos países implementaram leis que restringiram a privacidade em nome da segurança Rob seria provavelmente um defensor dessas medidas argumentando que a segurança coletiva justifica a renúncia a certas liberdades individuais no entanto filósofos como jean-jacques Rousseau desafiaram essa visão argumentando que o contrato social deve preservar a liberdade e a igualdade não apenas a segurança enquanto hobs via O Leviatã como uma necessidade para controlar o caos Rousseau acreditava que os homens poderiam se governar de forma Justa e cooperativa essa tensão entre liberdade e Ordem é explorada em várias obras
literárias um exemplo notável é 1984 de George orwell que apresenta um estado totalitário onde o governo controla todos os aspectos da vida embora O Leviatã de hobs seja concebido como um protetor orell nos mostra o que pode acontecer quando o poder absoluto se torna opressor corroendo a dignidade humana Outro exemplo é encontrado em A Revolução dos Bichos também de orwell aqui a promessa de igualdade e Ordem se transforma em tirania ilustrando como o poder absoluto pode ser corrompido pelos mesmos instintos egoístas que hobs atribui ao estado de natureza pesquisas modernas também ajudam a explicar o
comportamento humano so regimes autoritários estudos em neurociência mostram que o poder pode alterar a química do cérebro aumentando a autoconfiança e reduzindo a empatia isso reforça a visão de hobs de que sem um sistema de controle o homem tende a se inclinar para A Dominação e o egoísmo o leviatan de hobs propõe uma solução pragmática para o dilema humano sacrificar a liberdade para garantir a paz no entanto a IMPA dessa ideia levanta questões fundamentais sobre o equilíbrio entre segurança e liberdade será que um Leviatã é sempre necessário ou a humanidade pode transcender sua natureza competitiva
sem recorrer ao autoritarismo hobs pode ter escrito sobre o estado de natureza como uma condição teórica mas sua descrição do homem como lobo do homem ressoa profundamente no cotidiano da vida moderna embora vivamos em sociedades estruturadas por leis e normas os vestígios do Estado de natureza ainda aparecem em nossas interações sociais na competição por recursos e na busca incessante por estatus em ambientes corporativos por exemplo a metáfora do Lobo é facilmente observável o desejo por promoções reconhecimento e poder muitas vezes leva as pessoas a adotar comportamentos competitivos Às vezes antiéticos a mentalidade de escassez onde
recursos como como dinheiro poder e oportunidades parecem limitados cria um ambiente onde indivíduos Estão dispostos a sacrificar a ética para alcançar seus objetivos mesmo em redes sociais a competição se manifesta de forma digital likes seguidores e engajamento se tornam símbolos de status e muitos chegam a manipular a realidade para projetar uma imagem de sucesso nesse cenário o lobo de hobs assume uma forma moderna onde a busca por social substitui a luta pela sobrevivência física a psicologia social oferece insights sobre essa natureza competitiva o experimento da prisoners dilema mostra como indivíduos tendem a atrair uns aos
outros quando percebem que a cooperação pode colocá-los em desvantagem isso reflete a visão Riana de que sem confiança mútua os seres humanos priorizam a autopreservação Além disso o conceito de descrito por Kung explica como as pessoas veem nos outros os mesmos impulsos destrutivos que possuem em si essa desconfiança intrínseca reforça a ideia de que o homem em sua essência é competitivo e desconfiado filosoficamente O Dilema do homem como lobo do homem desafia a visão de pensadores como Aristóteles que acreditava que o ser humano é naturalmente social e busca o bem comum no entanto mesmo Aristóteles
reconheceu que a busca por virtude exige esforço e não é um estado inerente hann harington em sua análise sobre a banalidade do Mal sugere que o lobo Pode surgir não apenas da agressividade mas da conformidade e da falta de reflexão ética em Sua obra A em Jerusalém arent demonstra como indivíduos comuns ao abdicar da responsabilidade moral podem se tornar cúmpli de Além disso o efeito espectador um fenômeno psicológico onde indivíduos são menos propensos a ajudar em situações de emergência quando outras pessoas estão presentes reflete a tendência humana de priorizar o interesse próprio embora o lobo
de hobs esteja presente no dia a dia ele não é uma sentença de Condenação a autoconsciência e a reflexão ética podem ajudar a mitigar esses impulsos competitivos no entanto a convivência harmoniosa ainda exige esforço constante para equilibrar o interesse individual com o bem coletivo se a metáfora do homem como lobo do homem se manifesta no cotidiano ela ganha proporções ainda mais complexas quando analisada no contexto social e político hobs postulou que para escapar do Estado de natureza os indivíduos delegam poder a um soberano criando um contrato social no entanto esse mesmo contrato revela o paradoxo
de confiar poder absoluto a uma entidade humana que também é sujeita aos impulsos de ambição e egoísmo na política o lobo de hobs se revela nos jogos de poder e na luta pela dominação o filósofo Maquiavel em o príncipe argumenta que governantes devem ser pragmáticos e até imorais quando necessário pois a política é um campo onde a bondade muitas vezes é vista como fraqueza essaa ideia hesi de que sem um governo forte as sociedades caem no caos no entanto a história mostra que a concentração de poder também pode levar a tirania regimes totalitários como o
de Stalin na União Soviética ou o de Hitler na Alemanha exemplificam como líderes podem usar o poder concedido pelo contrato social para perpetuar opressão e violência reforçando o lado sombrio da Natureza Humana no contexto político no âmbito cultural a ideia de que o homem é lobo do homem aparece na forma de rivalidades entre grupos desde guerras religiosas até disputas ideológicas modernas a desconfiança entre diferentes comunidades muitas vezes resulta em conflito George orwell em 1984 explora como os governos utilizam o medo e a desconfiança para controlar as massas A constante vigilância e a manipulação da Verdade
criam uma sociedade onde ninguém pode confiar no outro reforçando o estado de natureza dentro de um sistema aparentemente civilizado na literatura Os Miseráveis de vctor Hugo apresenta uma visão mais complexa enquanto Jean valjan luta para superar sua natureza egoísta e alcançar a redenção Javé o Implacável perseguidor encarna a face dura da lei que não reconhece a humanidade do outro essa dualidade mostra como o lobo pode ser tanto combatido quanto alimentado pela sociedade o psicólogo gustave Lebon em a Psicologia Das Multidões argumenta que em grupos os indivíduos muitas vezes perdem sua racionalidade e agem impulsivamente esse
comportamento de massa Pode ser observado em revoluções protestos violentos e até no fanatismo esportivo onde a lógica Dá Lugar à emoção e a agressividade a neurociência moderna valida essas observações mostrando que os sistemas de recompensa do cérebro são ativados quando as pessoas se sentem parte de um grupo vencedor Essa tribalização é um resquício evolutivo que no passado ajudava na sobrevivência mas hoje alimenta divisões sociais embora o lado sombrio da natureza humana seja inegável ele não é absoluto a cooperação a empatia e a moralidade evoluíram justamente para contrabalançar a competição e a violência estudos científicos mostram
que atos altruístas ativam as mesmas áreas do cérebro associadas à recompensa sugerindo que a bondade também é uma parte intrínseca da condição humana o filósofo Jan Jaque Rous apesar de divergir de hobs complementa o debate ao afirmar que a sociedade e não a natureza humana muitas vezes corrompe o indivído sua visão de que o homem nasce bom mas é corrompido oferece uma perspectiva otimista para enfrentar os desafios apresentados por hobs o homem como lobo do homem é uma metáfora que transcende eras aplicando-se tanto ao estado de natureza quanto ao mundo moderno enquanto os impulsos egoístas
e competitivos são parte de nossa essência eles não definem completamente quem somos o contrato social a cultura e a moralidade são ferramentas que usamos para domar o lobo dentro de nós no entanto essa domesticação exige vigilância constante como hobs advertiu sem um equilíbrio entre liberdade individual e controle social a civilização está sempre à beira de retornar ao caos a verdadeira lição do homem como lobo do homem pode ser que ao reconhecer nossas sombras podemos começar a construir um futuro onde o lobo seja mais um guardião do que um Predador se se você chegou até aqui
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