era um domingo à tarde milhões de brasileiros acompanhavam mais um programa de TV daqueles que tentam parecer imparciais mas que todo mundo já sabe de que lado estão o apresentador conhecido por seu jeito carismático e boas intenções estava pronto para fazer seu jogo ele tinha um plano um roteiro calculado nos mínimos detalhes perguntas estruturadas para colocar um jovem político contra a parede e um público treinado para reagir da forma esperada nada poderia dar errado ou pelo menos era isso que ele achava do outro lado um convidado que muitos vem como uma ameaça ao sistema um
jovem com postura firme que não abaixa a cabeça e que já provou mas de uma vez que sabe exatamente onde pisa ele aceitou o convite para o programa Sabendo exatamente qual era o jogo sabia que tentariam expô-lo ridicularizá-lo puxá-lo para uma armadilha que já foi usada contra tantos outros antes dele mas havia um detalhe que o apresentador não considerou um detalhe que fim mudaria completamente o rumo daquela entrevista a conversa começou com um tom amigável mas por trás do Sorriso havia algo maior algo ensaiado o apresentador se ajeitou na cadeira olhou diretamente nos olhos do
convidado e soltou a primeira cartada você fala sobre meritocracia e liberdade Econômica mas como explicar isso para um menino que nasce na favela sem escola de qualidade sem oportunidades como esse menino vai prosperar sem ajuda do Estado uma pergunta construída para pegar o adversá no contrapé uma questão emocional carregada de moralidade esperando apenas um segundo de hesitação para que o aprese Tom cont da convers só esse segundo nunca veio sem piscar o convidado sorri ean euen de umaci long dos privilégios e sabe o que realmente destrói esse menino da favela não é a falta de
um estado maior e sim a corrupção e o descaso promovidos por décadas de governos que dizem defender os pobres mas viem em mansões o auditório ficou em silêncio Não era essa a reação que o apresentador esperava era para o convidado se enrolar hesitar se perder na própria resposta mas aoo disso pegou a pergun e a virou contra quem a fez de repente a narrativa começou a escorregar pelos dedos do apresentador mas ele não podia se dar por Vencido tão cedo se ajeitou na cadeira novamente e atirou outra questão tentando recuperar o controle você fala sobre
corrupção mas apoia um governo que perdoa bilionários e corta programas sociais como isso ajuda o menino da favela que você mencionou a plateia Até então em silêncio reagiu com murmúrios de aprovação Parecia um golpe certeiro parecia uma jogada sem saída mas mais uma vez sem pressa Sem demonstrar desconforto o convidado respondeu A questão aqui não é cortar programas sociais e sim dar dignidade às pessoas o Real problema é a dependência criada pelo próprio sistema O que mantém os pobres na miséria não é a falta de assistencialismo mas sim a falta de oportunidades reais para quebrar
esse ciclo quem diz defender os pobres são os mesmos que desviaram bilhões da educação e da saúde para financiar ditaduras amigas como alguém que governa anos sem trazer resultados pode agora querer ensinar o que é justiça social ou outro golpe direto outro momento em que o apresentador percebeu que a estratégia estava falhando a cada resposta o controle escapava ainda mais das suas mãos o brilho de confiança no olhar dele começou a vacilar mas ainda havia terreno para se recuperar Foi então que ele apostou na carta social um ponto sensível carregado de narrativa e emoção Nicolas
você fala muito de liberdade Mas já tentou se colocar no lugar de uma mulher trans de um negro periférico de um morador de rua essas pessoas precisam de políticas públicas não de discursos sobre meritocracia dessa vez o auditório reagiu com palmas era o golpe perfeito dividir o debate em identidades separar as pessoas por grupos tornando qualquer resposta uma possível armadilha esperava um discurso defensivo hesitante mas o que veio foi algo inesperado com a mesma calma de antes o convidado ajustou o microfone e rebateu sabe qual qual é o problema dessa abordagem Luciano a esquerda sempre
trata as pessoas como se fossem incapazes sempre as coloca dentro de caixinhas como vítimas perpétuas eu não acredito em dividir a sociedade em grupos Eu acredito em indivíduos o morador de rua precisa de segurança para conseguir um emprego sem ficar Refém de facções o jovem negro da Periferia precisa de liberdade Econômica para empreender e crescer por conta própria e sobre mulheres trans eu respeito todas as pessoas mas não aceito que ideologias sejam impostas à força porque a verdadeira igualdade não é criar privilégios para uns mas sim garantir que todos tenham as mesmas chances para construir
seu próprio caminho mais uma vez silêncio o apresentador cruzou os braços insatisfeito a estratégia de dividir estigmatizar colocar o adversário na defensiva não havia funcionado o jogo virou a plateia estava desnorteada Pequenos Grupos aplaudiam enquanto outros permaneciam calados sem saber como reagir o apresentador Precisava mudar a abordagem precisava urgentemente de uma nova direção decidiu então recorrer a um argumento clássico da esquerda contemporânea um ponto controverso mas que poderia reacender o debate ao seu favor ajustou a postura respirou fundo e lançou a pergunta seguinte o apresentador entrelaçou os dedos Manteve um sorriso Control lado e lançou
o próximo golpe ncolas o Brasil nunca teve tantos assassinatos e muitos especialistas apontam que o incentivo ao armamento tem relação Direta com essa violência você realmente acha que facilitar o acesso às armas pode trazer mais segurança o auditório reagiu com burburinhos algumas pessoas acenavam positivamente enquanto outras pareciam esperar ansiosas pela resposta era uma pergunta moldada para gerar conflito para formar o debate em um campo minado onde uma resposta errada significaria o colapso da Defesa do convidado mas ele não demonstrou desconforto pelo contrário inclinou-se levemente pra frente pegou o microfone com firmeza e sem pressa respondeu
engraçado Luciano você tenta culpar as armas legais pelo aumento da violência mas ignora um fato básico os países mais armados do mundo são também os mais seguros a questão real não é a posse de armas e sim o domínio do crime organizado sobre o país e por que isso acontece porque governos de esquerda passaram anos sucateando as Polícias e tratando bandidos como vítimas eu prefiro um cidadão armado do que um criminoso solto porque quando um cidadão tem o direito de se defender ele não precisa depender de um estado que já provou que não consegue protegê-lo
um pequeno grupo no auditório começou a bater palmas talvez alguns daqueles convidados especificamente para reforçar a reação esperada agora se sentissem confortáveis ao perceber que parte da plateia já não seguia o roteiro isso não passou despercebido pelo apresentador que franziu a testa por um breve momento recuperando a compostura logo em seguida ele precisava reverter a situação precisava levar a conversa para um ponto onde pudesse Manter o controle assim Partiu para um novo ataque agora se apoiando naquilo que mais poderia desestabilizar um representante da direita conservadora você fala sobre valores e idade mas e o discurso
de ódio Você não acha que esse tipo de retórica acaba incentivando a intolerância era uma jogada esperada talvez até previsível mas não menos perigosa se o convidado caísse na tentação de negar a existência do problema poderia ser acusado de insensibilidade se tentasse argumentar demais poderia soar defensivo era um campo escorregadio Só que mais uma vez ele sabia exatamente o que fazer Luciano discurso de ódio é um termo objetivo criado justamente para silenciar opiniões contrárias hoje Qualquer coisa que não agrada à esquerda passa a ser rotulada como ódio se eu defendo a família tradicional sou acusado
de homofobia se falo sobre biologia Dizem que sou transfóbico se exponham à corrupção da esquerda chamam de extremismo mas o que acontece quando militantes progressistas atacam cristãos zombam do Agro ou insultam conservadores nada porque a liberdade de expressão parece só valer para um lado Isso é hipocrisia desta vez a plateia estava dividida uma parte aplaudia outra permanecia desconfortável mas o clima no palco era inegável o apresentador havia perdido a vantagem que achava que possuía ele piscou rápido algumas vezes olhou paraa equipe de produção e pareceu compreender que nada mais sairia como planejado a entrevista estava
fugindo do seu controle tudo indicava que continuar insistindo nas mesmas abordagens só reforçaria imagem do convidado como alguém preparado sem medo de contra-argumentar então numa última manobra ele decidiu mudar o tom da conversa Nicolas o Brasil está polarizado demais não acha que deveríamos buscar menos conflito e mais diálogo afinal se continuarmos com essa divisão no fim Ninguém ganha era uma pergunta mais Branda mais carregada de intenção era deixa para tentar retomar uma narrativa de neutralidade um apelo ao equilíbrio mas Nicolas não deixaria passar engraçado você falar em polarização agora Luciano o Brasil esteve sob o
domínio de uma única narrativa por décadas durante anos a mídia os artistas Os intelectuais tentaram impor uma única visão de mundo e naquele tempo ninguém falava em polarização mas agora que finalmente existe um equilíbrio de forças agora que o povo realmente tem voz de repente a polarização virou um problema o que acontece não é um país dividido e sim uma sociedade que Fin M está questionando um sistema que sempre controlou a informação e isso assusta muita gente a plateia que antes reagia de forma hesitante agora comeava a compreender o peso daquele debate pequenos grupos se
estimulavam comeavam a discutir entre si o apresentador por sua vez sentia que qualquer tentativa de virar a conversa a seu favor seria em vão Ele soltou um riso curto tentou disfarçar o desconforto e fez um gesto para a equipe de produção estava na hora de encerrar bom acho que já falamos bastante sobre política Vamos mudar de assunto e focar em uma mensagem de União para os brasileiros mas antes que pudesse concluir Nicolas Ferreira tomou a palavra uma última vez concordo Luciano mas união de verdade não aquela onde só um lado pode falar união com liberdade
para todos sem censura sem narrativas forçadas sem medo de expor opiniões porque um país verdadeiramente democrático não precisa silenci ninguém o estúdio explodiu em aplausos o apresentador sorriu mas era um sorriso visivelmente desconfortável seu plano falhou seu convidado não apenas Sobreviveu ao interrogatório mas transformou a armadilha em um palco para fortalecer sua mensagem nas redes sociais a repercussão já estava Irreversível hashtags relacionadas à entrevista dominavam as tendências milhares de pessoas acompanhavam os cortes do programa sendo espalhados por todo o país o que era para ser uma tentativa de expor o convidado se tornou um símbolo
da nova política da quebra do monopólio narrativo enquanto se retirava do palco Nicolas foi cumprimentado por sua equipe Você destruiu Cara isso vai dar o que falar mas ele apenas sorriu e desviou a atenção para seu celular o país falava sobre o que acabara de acontecer e nada que fosse feito mudaria isso nos dias seguintes jornalistas tentariam distorcer os fatos e Minimizar os impos da repercussão mas já era tarde demais o público estava atento o controle da narrativa havia escapado das mãos daqueles que sempre ditaram as regras era um novo tempo e aquela entrevista havia
sido apenas mais uma prova de que nada pode parar um povo que finalmente começou a despertar