Educação Antirracista em Diálogo #2 | Clélia Virgínia Rosa

[Música] Olá sejam muito bem-vindas e bem-vindos a mais um episódio do programa educação antiracista em diálogo hoje nós vamos conversar sobre um tema muito importante mas antes eu quero fazer uma pergunta para vocês Será que as políticas públicas paraa educação das relações étnico-raciais e para educação escolar quilombola elas são focadas apenas nas escolas públicas sim ou não hum não Exatamente porque a lei 10.639 de 2003 Ela diz que o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana ele é obrigatório em em todas as escolas públicas e privadas então falando sobre isso o nosso tema de

hoje vocês já devem ter descoberto será sobre a educação antirracista e o desafio das escolas privadas e para conversar conosco sobre esse tema ninguém melhor do que a professora Clélia que está aqui conosco seja bem-vinda Clélia Obrigada professora Nilma agradeço muito o convite de poder dialogar trocar ideia eu tô nervosa porque quando que a gente senta né lado a lado com a referência da gente então tô um pouco aqui Nervosa mas vamos lá ah é um prazer é um prazer Você também é minha referência fique sabendo mestre em educação pela Universidade de Campinas Unicamp a

professora Clélia Virgínia Rosa tem atuação marcante na formação de professores e gestores escolares a principal linha do seu trabalho é a construção de metodologias de promoção da Igualdade racial A professora é criadora do coletivo luder afr lúdico grupo que trabalha a formação de professores com base nas relações étnico-raciais a partir da imersão nas culturas e artes africanas e afro-brasileiras eu queria que você falasse um pouquinho pra gente assim olha a coordenação pedagógica a gestão da escola Equipe técnica professores e professores qual seria a atuação desse grupo de profissionais na construção de uma educação que vise

Equidade racial na escola privada pensamos uhum bom nós sabemos que a escola né a instituição escolar Ela é formada por diferentes atores né Cada um ali desenvolvendo eh um papel específico e e juntos também né né Todo mundo trabalhando junto mas tá na mão do gestor o calendário anual né a a organização do calendário anual tá na mão do gestor a administração dos recursos tá na mão do gestor a agenda de formação continuada então é é Central o papel da gestão escolar Porque é ela que vai organizar De que modo Uhum que essa pauta vai

fazer parte do cotidiano da escola Eu costumo muit dizer nas escolas que eu tenho circulado né que essa pauta ela precisa ter perenidade ela não pode ser uma coisa efêmera né E aí a gente vai est a gente começa a falar das disputas né Puxa mas a gente não vai falar sobre sei lá a matemática nesse formato mais tradicional que a gente conhece e vamos falar de Relações raciais Sim nós vamos falar de raciais Inclusive a matemática pode compor esse esse assunto ela não tá fora né mas eh um trabalho de ajustar Eu costumo dizer

que é um ajuste da Ótica né do do papel do gestor daquilo que precisa acontecer de maneira perene na escola e a coordenação pedagógica como é que ela também pode é participar aí na construção dessa educação antiracista educação para uma idade racial sim sim a coordenação pedagógica né ela tem esse papel de junto com a equipe de professores elaborar Qual é o percurso formativo da sua equipe mas também quais são as práticas pedagógicas que vão fazer parte do cotidiano como é que a gente organiza o currículo né de modo que ele seja um currículo que

coloque a educação antirracista né que coloque a educação para a raciais em igual protagonismo né tirar eh da centralidade eh da Cultura Africana e afro-brasileira não que isso não seja importante é fundamental né mas muitas vezes tá atrelado ao aspecto cultural Então traz a capoeira Ah já estamos fazendo educação antirracista traz o jongo Ah já estamos fazendo educação antirracista né ah comprou um pequeno acervo de literatura a educação antira é mais é isso mas é muito maiso né então o coordenador pedagógico né a pessoa que vai que fica nesse lugar né ela tem é ela

tem esse papel de junto com a sua equipe de professores organizar o currículo organizar as práticas né como que eu organizo aprender sobre esse assunto com as crianças no cotidiano da escola é eu penso que isso que a Clélia tá nos falando né gente tem a ver com entender que a educação das relações é raciais e uma postura antirracista na educação tem a ver com a produção do conhecimento na escola não é isso com toda uma produção do conhecimento e muitas vezes o que acontece como você mesmo falou né Clélia ou se eh recorta e

se isola por exemplo na dimensão cultural não que isso não temha importância claro que é ou muitas vezes é uma visão muito estereotipada da própria cultura africana e afro-brasileira que muitas vezes podem acontecer pode acontecer dentro da escola né E sabe que você me fez lembrar de uma coisa quando você falava que NS Nós pensamos sempre né na no grupo que compõe a escola o grupo de profissionais né A gestão não é isso direção etc a coordenação pedagógica docentes etc mas nem sempre a gente pensa nos outros profissionais que também estão dentro da escola porque

essa formação antirracista ela é para todo mundo né para todos os profissionais e as profissionais que estão dentro da escola então aí entram as pessoas que cuidam da merenda né que cuidam da alimentação escolar as pessoas que cuidam da segurança da escola é você concorda comigo também de que essas outras profissionais esses outros profissionais da escola também precisava de uma formação antirracista e você tem uma experiência assim a formação né desses outros profissionais ela é tão importante ela é igualmente importante com a formação docente formação da gestão né Eh só que na prática né Na

Minha experiência vivida eh pouco acontece as escolas privadas que estão olhando para isso Elas começam com esse trabalho Centralizado no Professor nos professores e aí eu já tive situações de eu precisar dizer pra gestão mas vocês não vão participar da formação vocês os próprios gestores e as gestoras né tipo como para eles para nós vocês precisam participar Vocês precisam estar aqui né então é o professor na frente depois a gestão e por último né E às vezes uma única formação no ano né ou seja de maneira muito superficial com esses profissionais né porque eh se

a criança né tá tendo contato né com essa ampliação cultural essa ampliação científica aprendendo sobre isso mas eh o saber aquilo que ela aprendeu não faz com que ela Olhe paraas outras pessoas negras que trabalham na escola de outra maneira né que consiga fundamentalmente Nilma separar a função da pessoa né então ele não é o o tio do portão S né Ele é um sujeito ele tem nome ele tem uma história ele tem uma família né e ele ele está naquele momento executando essa função mas essa função não define por completo né Então essa aproximação

esse trabalho eh feito junto com as crianças e também feito com esses profissionais para que eles também possam se colocar perante essas crianças também de um outro modo né E também escolas que TM investido pouco né na ação de um outro grupo muito importante também que compõe o cenário escolar que são eh em São Paulo a gente chama os inspetores de alunos não sei né Brasil afora que nome daria para essa mas essa pessoa que tá ali também na escola junto com os estudantes acompanhando o intervalo enfim né essa pessoa essa também precisa participar da

formação né porque Inclusive essa pessoa tem um lugar privilegiado digamos assim dentro da escola porque ela tá numa relação com esses estudantes num outro lugar não é na sala de aula né Ela tá no pátio E aí muitas vezes São nesses lugares na escola muitas vezes que o racismo se manifesta né no pátio nos corredores e esses inspetores em geral eles estão circulando nesses espaços né então a formação também eh dessas pessoas é importante né para para ter uma escuta atenta um olhar atento conseguir perceber que comentário é esse que palavra é essa uhum como

é que que tipo de abordagem é essa e saber fazer uma intervenção J fazer uma intervenção exatamente que não necessariamente tem que ser sempre punitiva né que não mas é fazer uma seja formativa né formativa exatamente mas sem que eles também recebam uma formação sistematizada eles não vão conseguir enxergar isso às vezes tá escutando né Tá vendo situações mas não se mexe não se mexe ou naturalizou ou não sabe se pode também tem esse lugar Como que eu faço chamo atenção não chamo chama chamo um professor que que eu né então acho que a formação

também dessa da pessoa que executa essa função é extremamente importante Cléia Eu também queria conversar com você sobre mais dois outros grupos importantíssimos dentro das escolas que são óbvio né gente as estudantes Os estudantes e os familiares uhum na escola privada a partir da sua experiência né quais iniciativas você tem acompanhado ou até mesmo tem desenvolvido e participado eh sobre educação antirracista eh com os estudantes que T visto também os colegas fazerem a a escola desenvolver e principalmente o comportamento das famílias em relação a essa questão sim Que pergunta ótima eh o que eu observo

né mais do que eu observo né o fato é que eh após o assassinato do George Floyd né anos atrás e toda aquele movimento de vidas negras importam todo mundo colocou né telinha preta no no nas redes sociais e etc e tal nesse sentido muitas famílias brancas das elites Parece que elas Tiraram um tampão assim né levaram um choque talvez é como se Nossa E aí esse esse despertar vou usar essa palavra né fez com que essas famílias olhassem pra educação dos seus filhos e filhas e constatasse uma lacuna na formação dessas crianças então Eh

as escolas privadas de Elite da cidade de São Paulo né da onde eu tô inserida todas elas iniciaram e aprofundaram um trabalho antiracista a partir da demanda das famílias Olha que interessante foram as famílias que foram até a gestão da escola indagar e dizer olha como é que vocês estão trabalhando esse assunto ou por que que vocês não estão trabalhando esse assunto Então a gente tem um grupo de famílias que vai na gestão e que demanda e mais do que demandar muitas famílias se colocam como parceiras olhando pro pro pro currículo olhando paraa contratação de

profissionais Uhum mas também tem um grupo de famílias que acha que por que que a gente tem que falar sobre isso então a gente tem uma tensão Nilma existe a atenção está colocada né sempre esteve na verdade né mas nesse univ das escolas privadas um grupo de famílias entendendo a a importância disso e um outro grupo de famílias meio que para que isso será que como se uma ideia de que ah tá roubando o tempo de um outro conteúdo né então isso tem acontecido eu acho CL me permite que é uma tensão hoje que tá

sendo explicitada né gente como você bem falou ela sempre existiu de alguma maneira Mas agora ela tá sendo explicitada né E penso que quando você nos responde sobre essa questão essas famílias estão olhando também paraa formação de seus filhos e filhas né então assim esse mundo complexo que a gente tá hoje eh o racismo Eh escancarado vamos dizer assim do jeito que ele tem ficado cada vez mais eu penso que é isso assim a a começa a cair a ficha Talvez para algumas pessoas e algumas famílias assim Afinal que formação é essa que nós nossos

filhos e filhas estão tendo para esse país que nós estamos vivendo né então acho que isso é é Central essa essa conversa nossa não é muito importante né e e pensando nas nas suas iniciativas suas práticas que você tem visto acontecer na formação de professores né dentro dessas eu começo o trabalho nessas instituições com a formação docente né certo e aí eu me deparo também com uma situação ã de que a imensa maioria desses professores dessas instituições privadas eles têm uma alta qualificação são mestres são doutores são né eles têm um currículo acadêmico eh eh

robusto digamos assim mas uma lacuna imensa nesse assunto nesse conteúdo e aí gente não é uma crítica ao não saber né o não saber tá dado né Eu não sei um monte de coisa todo mundo né mas o que eu quero dizer é é que eh não combinava assim não sei se eu tô me fazendo entender assim né uma alta formação e eu não tô falando de de ser especialista no assunto não é sobre isso mas informações básicas que todo Professor deveria conhecer né e eu me lembro muito nesse nesse trabalho de Formação docente de

um professor de história e ele me disse que a partir do dos nossos encontros e das conversas e não sei o que lá e aí ele se indagava ele falava Nossa como que eu não não trouxe esse assunto como que eu não falei não sei o que lá como que eu não citei não sei quem E aí é um espanto né assim nossa o historiador e e ele dizia né depois ele retoma pro processo de formação dele né E aí ele vai trazendo aquilo que a gente já sabe também teve uma formação com lacuna nesse

sentido estudando majoritariamente autores europeus né uma centralidade no continente europeu como um todo então isso sem dúvida nenhuma reflete no trabalho pedagógico né desses professores então um trabalho de formação dos professores ele precisa ser formação continuada mesmo né para eles para que eles consigam olhar pro seu fazer pedagógico olhar paraos seus planejamentos eh e inserir né de maneira eh igualitária né Uhum essa a educação para as Relações raciais E aí eu até dizia para ele falava Olha eu não eu não sou especialista em História Então eu não sei nem aonde fazer esse tipo de pesquisa

Mas você como doutor em História sabe né Aonde tá essa referência como é que você chega nesse determinado assunto né então o que eu acho é que eh a gente a questão étnica racial e que informa essa prática de uma educação antirracista ela tem que trazer pra gente uma indagação ou mais várias indaga sobre os nossos currículos né então como você fala um professor de história um professor de física de química de geografia etc tem que indagar não é isso a área a disciplina onde é que a questão das relações ET raciais ela comparece aqui

se não comparece como que ela precisa comparecer aonde eu vou buscar essas informações hoje a gente tem uma série de informações disponíveis né E nós temos agora inclusive uma política no Ministério da Educação né promovida pela secadi uma política para educação das relações é raciais e educação escolar quilombola com uma série de ações que vão acontecer né E já estão acontecendo porque esse programa Faz parte dessa política né então uma série de ações então assim lugares hoje para onde se buscar e tal nós temos agora a indagação também tem que ser nossa como profissionais não

é isso porque a sociedade por meio do movimento negro organizado já historicamente indaga né então aqui agora quando ai mas eu não sei qual a resposta etc mas se não indagar e se não procurar também as respostas não virão Eu acho que isso é uma questão muito importante Quando pensamos na formação de professoras e professores e e tem uma outra eh dimensão que tá articulada com essas discussões que estamos fazendo aqui da Educação na escola privada que é eh eu já ouvi em vários momentos as pessoas falarem assim mas mas por que que nós temos

que trabalhar a educação das relações e raciais Por que que a escola privada ela precisa eh construir com seus estudantes sua comunidade uma educação antirracista se por exemplo escolas privadas de grande porte de elites etc quase não tem crianças negras adolescentes jovens negros Então por que que nós temos que trabalhar por que que nós temos que implementar a legislação Olha o absurdo mas é isso que se fala eh tem que implementar essa legislação se não tem esse público esse tipo de de comentário ele já apareceu muito né para mim assim na na nas conversas com

eh pessoas da rede privada e que vai mostrando mesmo o quanto essa escola tá apartada do Brasil de modo geral né assim eh não tá conseguindo olhar o Brasil como ele é assim né E aí eh primeiro né como você disse né a escola privada precisa trabalhar porque tem uma base legal que determina que não é uma escolha tá lá na letra da lei né o que deve ser feito então uma ideia de que eh também a educação para as relações étnico-raciais como se ela fosse uma pauta endereçada às pessoas negras as pessoas brancas não

precisam saber sobre isso não precisam aprender sobre o continente Africano não precisam aprender sobre eh eh a a cultura afro--brasileira isso tá diretamente ligada à luta antirracista né que a gente fala incansavelmente que eh a questão eh o enfrentamento ao racismo não é uma questão das pessoas negras né então a gente fala isso o tempo todo então é do Brasil nesse sentido a escola ela precisa est inserida independente pode ter uma sala de aula que não temem nenhum estudante negro Uhum aí tem um Outro fator né de aprendi inclusive com você né de eh do

direito né desses estudantes aprenderem sobre isso né independente do seu pertencimento racial né ele tem o direito de aprender sobre isso né então não eh abordar esse conteúdo né de maneira séria e ética nessas escolas né Eh tá infringindo a a a a lei da educação né mas também tem a ver com essa uma falta de comprometimento ético né Eu acho que o que nós estamos eh construindo né é uma formação de uma nova geração uma nova geração chegando e acho muito importante você fala da questão do direito à educação e faz parte do direito

à educação sermos formados para diversidade aqui nós estamos falando especificamente da educação antirracista mas nós poderíamos também falar de uma série de outras dimensões da diversidade não é isso da questão da educação inclusiva da questão da da educação indígena da Educação do campo das questões da diversidade sexual etc que são questões da vida da sociedade e que não podemos passar por uma instituição chamada escola e sair de lá sem nunca sermos problematizados em relação a isso conversar discutir dialogar eu acho que esse é um dos objetivos do nosso programa né E por falar em dialogar

agora eu queria ouvir as pessoas professora Quando a senhora falou que as famílias é que demandam ou que demandaram dentre as suas experiências a inserção da temática na escola eu gostaria de lhe perguntar eh como é que a senhora como uma especialista no tema ao se inserir em escolas privadas pode eh digamos provocar no interior ou tem provocado no interior dessas instituições pra própria mantenedora não é a o trabalho com o antirracismo como é que a senhora inicia esse trabalho obrigada pela sua pergunta eu começo o meu trabalho nessa escola né Sempre chegando na gestão

e tendo uma uma conversa uma apresentação não só do meu trabalho mas uma apresentação do cenário do qual a gente tá inserido né e o que que a escola tem a ver com isso né e a partir daí eh sempre um grande encontro com toda a comunidade escolar né Eh o pontapé é esse né um grande encontro com toda a comunidade escolar e no qual eu apresento ou reapresentou sobre o papel da escola historicamente no Brasil como que a escola ao ocultar esse conteúdo né como a escola ao focar eh o Brasil a questão da

negritude na questão da escravização e ponto eh e como que a escola de certo modo contribuiu na medida em que ela oculta né uma parcela grande de conhecimento como que ela contribui pra manutenção das opressões e qual que é o papel da escola então reverter esse quadro mesmo uma escola privada né porque ela faz parte da Educação Básica do Brasil né então qual que é o papel dela eh na ampliação de conhecimento dos Estudantes né na ampliação e na criação de conhecimento dos Estudantes para que eles possam compreender a escola como um todo compreender que

aquilo que a gente tá vivendo hoje não começou hoje né é fruto de uma história que foi ou mal apresentada Ou nem apresentada e que não foi eh ensinado né aos estudantes um olhar crítico né para tudo isso então é um trabalho inicialmente de sensibilização dessas dessa comunidade escolar né E aí trazendo a legislação trazendo o direito ao conhecimento eh o compromisso ético né dos profissionais da educação qual é o papel né de uma boa de uma quando a gente não pode não dá para falar em educação de qualidade no Brasil apartando a questão racial

que qualidade é essa num país majoritariamente negro no qual a sua educação não Traz né de maneira eh eh efetiva esse conteúdo então o o trabalho Inicial é um trabalho de sensibilização de aproximação dessa comunidade desse cenário e como é que a gente transforma isso né na questão das metodologias né como é que a gente transforma tudo isso eh em ações perenes né para não ser me chamar eu faço uma fala uma sensibilização e etc e nunca mais apareço E aí não tô dizendo que eu não apareço Mas nenhum outro profissional desse Campo nunca mais

aparece ou vai aparecer numa situação a teve uma situação aqui de um caso de racismo chama alguém ai teve uma situação não é disso que se trata né a gente eu me lembro que uma uma vez uma família quando o diretor que ia ter uma formação eh das relações étnico-raciais Ele disse que uma família virou para ele e falou assim mas aconteceu alguma coisa teve algum alguma algum caso e ele falou tem né um caso aqui há 500 anos a gente tem um problemão para para faz tempo que aconteceu alguma coisa né mas para deslocar

porque a pergunta dessa pessoa é Aconteceu uma situação aqui agora com essas com esses estudantes né como se a presença dessa pauta tivesse nesse lugar né de de de explicar um conflito de explicar uma e não é disso que se trata então é um é a sensibilização eu diria que vai a partir daí criar né como que isso se torna perene no cotidiano das escolas e gente olha tá chegando o momento de terminar esse episódio e eu quero agradecer em primeiro lugar a professora Clélia rosa que nos brindou aqui com seu trabalho sua sabedoria sua

experiência muito obrigada Clélia Fico muito feliz de você ter aceito o convite admiro muito seu tralho e agradecer a cada uma cada um que tá aqui conosco que participou que olhou que vibrou que fez perguntas Olha eu espero todo mundo agora no próximo episódio muito obrigada [Música] k [Música] [Música]