Como tratar a Esquizofrenia? Psiquiatra Maria Fernanda Caliani explica.

Oi pessoal eu sou a Maria Fernanda sou médica psiquiatra hoje eu tô de volta com mais um vídeo para vocês como no meu vídeo anterior eu falei um pouquinho sobre esquizofrenia hoje eu tô de volta para falar um pouco sobre o tratamento da esquizofrenia o tratamento da esquizofrenia ele sofreu uma mudança muito grande ao longo dos tempos antigamente nós tínhamos poucas opções de medicações elas causavam muitos efeitos colaterais e o paciente muitas vezes era institucionalizado ele ficava naqueles manicômios saia muito pouco para visitar a família hoje em dia nós temos medicações mais modernas tem todo

um trabalho para reinserir o paciente com esquizofrenia na sociedade mas entretanto nós temos ainda as nossas limitações as medicações ainda pegam mais o sintomas positivos lembra que eu expliquei no vídeo anterior que os sintomas positivos são os delírios que são aquelas alterações no pensamento e as alucinações Geralmente as vozes ou visões que os pacientes têm e Esses são são mais controláveis com a medicação já os sintomas negativos que é aquele isolamento social o paciente tem o que a gente fala de embotamento afetivo parece que ele não Ah não se importa muito com as coisas que

se passam ao redor dele ele tem uma uma falta de interesse eles respondem muito pouco conversam muito pouco respondem geralmente sim ou não esses sintomas eles são controlados parcialmente com a medicação bom uma das dificuldades no tratamento da esquizofrenia é que muitas vezes os pacientes Eles não têm crítica da doença o que que eu quero dizer com isso eles acreditam de fato que eles estão são alvos de uma conspiração de que as pessoas estão atrás dele e aí quando a gente fala para eles usarem a medicação para diminuir esse medo para que esses pensamentos vão

embora eles não aceitam porque o que eles pensam Poxa ninguém tá acreditando em mim eu não tô bem eles estão me perseguindo eu tô ouvindo que as pessoas estão tramando contra mim e ninguém tá me entendendo e é por isso que a gente tem uma alta taxa de abandono de tratamento dentro da esquizofrenia quadros psiquiátricos crônicos como transtorno bipolar ou esquizofrenia nesses quadros interromper o tratamento é quase sinônimo de ter uma nova crise e quase sempre mais grave então quanto mais crises o paciente vem tendo mais graves elas tendem a vir e com uma maior

duração gerando mais sofrimento então muitas vezes precisa de uma hospitalização ficar internado pode ter mais sequela com uma perda perda progressiva da função cognitiva do cérebro como qualquer outra doença na medicina quanto antes a gente começar com tratamento melhor porque a gente preserva mais o cérebro do paciente e também a gente consegue preservar a o impacto na vida também desse paciente nós se a gente for dividir as medicações para esquizofrenia nós temos elas medicações que são chamadas de antipsicóticos e nós temos os de primeira e de segunda geração o de primeira geração o nome já

diz primeira geração foram os primeiros que surgiram Então são mais antigos eles causam um maior efeito colateral a ação deles vai ser meio que bloquear a dopamina no nosso cérebro como eles não são muito seletivos eles podem gerar sintomas colaterais muito semelhantes o da doença de parkson que é o que a gente fala que o paciente fica impregnado Então ele pode tremer ficar meio duro parecendo um robozinho tá uma das medicações mais comuns desse grupo é o haloperidol que muita gente conhece já das medicações de segunda geração eles são mais modernos vieram depois que é

a quetiapina o olanzapina a ziprasidona são alguns dos exemplos essas medicações elas já têm um perfil de efeito colateral menor mas muitas vezes elas podem ocasionar um ganho de peso então é importante acompanhamento junto com o nutricionista estimular a atividade física para que a gente controle esse ganho de peso nós temos também a opção das medicações injetáveis que são medicações que a gente fala de depósito ou seja ao invés de eu ter que fazer o paciente tomar o remédio todo dia e ele reclamar que não quer e eu ficar naquela luta a gente dá uma

injeção uma vez por mês então para pacientes que T uma baixa adesão as medica ações de depósito são mais indicadas é muito importante que a família conheça sobre o diagnóstico do paciente que ela entenda sobre a doença sobre os sintomas como se manifesta até para que eles consigam dar um apoio pro paciente os estudos inclusive mostraram que se o paciente tem o apoio da família E a família tá ali presente ajudando ele no tratamento a chance dele se recuperar mais rápido e ter menos crises é muito maior os sintomas negativos da esquizofrenia eles geralmente são

muito mal interpretados né muitas vezes as pessoas não reconhec como sintomas da doença e eles falam muitas vezes as pessoas acham que é uma preguiça que é uma falta de vontade que a pessoa tá fazendo aquilo de propósito para aborrecer as outras pessoas e grande parte desse equívoco se deve ao estigma ainda que a gente tem em relação à esquizofrenia e à doenças mentais a capacidade do paciente de trabalhar interagir com as outras pessoas cuidar de si mesmo Enquanto ele está se recuperando vai depender em grande parte dos sintomas negativos ã residuais ou seja o

remédio ele vai ajudar a controlar grande parte dos meus sintomas Mas eu posso deixar um ou outro que pode acabar ficando e isso pode interferir na recuperação do paciente é por isso que hoje em dia nós temos ah programas que ajudam na reinserção do paciente na sociedade tanto para ele conhecer melhor a doença dele a natureza o que que ele tem como também para ele conseguir se reintegrar dentro da sociedade bom pessoal é isso eu espero que eu tenha ajudado um pouco vocês aí em relação às dúvidas do tratamento da esquizofrenia Se tiverem mais dúvidas

coloquem no nosso canal que eu vou ter o maior prazer em respondê-las um abraço e até o próximo vídeo n