Esquizofrenia: o que é, sintomas, tipos e se tem cura

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Julio Pereira - Neurocirurgião
O Blog NEUROCIRURGIABR tem o objetivo educacional com informações sobre neurocirurgia, tumor cerebra...
Video Transcript:
[Música] a esquizofrenia é um transtorno mental crônico e complexo que afeta a maneira como uma pessoa pensa sente e se comporta é uma condição que pode ser bastante debilitante pois interfere significativamente na capacidade de uma pessoa de perceber a realidade e se relacionar com os outros os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa e podem se manifestar de diversas maneiras os mais comuns incluem alucinações delírios pensamento desorganizado e mudanças no comportamento e nas emoções as causas da esquizofrenia ainda não são totalmente compreendidas mas acredita-se que sejam influenciadas por uma combinação de fatores genéticos
químicos e ambientais Além disso certos eventos estressantes da vida como traumas abuso de substâncias e estresse crônico podem desencadear ou piorar os sintomas em pessoas suscetíveis tratamento da esquizofrenia envolve uma abordagem multidisciplinar com uma combinação de medicamentos psicoterapia e suporte social é importante destacar a esquizofrenia não defende a identidade de uma pessoa indivíduos com esquizofrenia podem ter uma vida plena e significativa Quando recebe um tratamento adequado e o apoio necessário saiba mais sobre esse transtorno [Música] é pessoal e para falar sobre esse assunto nós continuamos aqui com o nosso querido neurocirurgião Dr Júlio Pereira Dr
Júlio vamos lá o que que a gente pode definir o que é a esquizofrenia é uma das doenças mais antigas da Saúde Mental na Bíblia mesmo tem vários relatos né que a gente olhando com os óculos de hoje a gente imagina que seria esquizofrenia né e junto com isso Padre basicamente Ok tem duas características da esquizofrenia uma que todo mundo sabe que é o surto né o termo leigo todo mundo fala assim planta doido o que seria basicamente isso né O Surto Psicótico a pessoa perde a noção da realidade então tem dois componentes muito fortes
né que é Alucinação Qual é a Alucinação você ver coisas que ninguém tá vendo mais você ouvir coisas que ninguém sentir coisas pode ser até gosto e o outro componente muito forte é o Delírio o que que é o Delírio essa noção de realidade complicada por exemplo é muito comum no delírio a parte para católica que é de perseguição então por exemplo o ambiente de trabalho claro que você tem estresse tem preocupação e tal só que a pessoa faz toda uma realidade que não com o disco que a gente está vivendo esses dois componentes a
gente chama de componente positivo porque positivo porque é como o cérebro tiver tivesse hiperecitado nessa região e tem os sintomas negativos que a gente fala muito pouco mas eles são mais duradores e mais comuns o mais clássico embotamento emocional então a pessoa que tem esquizofrenia ela tem esses Picos esse surtos que chama muita atenção né mas ela tem uma grande fase que muitas vezes a pessoa não tem vontade de fazer nada ela tem um desconto com a higiene ela tem falta de que a gente é uma falta de vontade de fazer tudo né não tem
prazer em fazer as coisas e normalmente a família fala o seguinte é como se ela olhasse para você e não desce emoção na fala no jeito de falar nas emoções então a doença que realmente tira a família e o paciente do do vamos dizer assim da normalidade a pessoa já pode nascer com isso também Doutor isso é uma coisa curiosa porque assim ela tem um fator genético muito forte você tem ideia até de Minha experiência pessoal contando aqui porque seu público vai ter alguém meu avós esquizofrênico Então minha mãe morria de medo dos filhos porque
assim A genética de quem tem um parente de primeiro grau quase 15%, então é alto É alto Só que não é só fator genético existe também o fator ambiental então a gente hoje já sabe que por exemplo consumo de drogas na adolescência aumenta muito inclusive a maconha que está tão falado aí então nesse cuidado muito nessa fase que o cérebro tem informação né eu falo que alguma algumas drogas como maconha e outras utilizou muito errado para não criar medicação com isso hoje a gente já sabe que funciona e tudo mas o consumo Recreativo em adolescentes
e crianças é muito prejudicial Isso já é comprovado né Além disso cocaína e outro né então assim tudo que a gente fala de esquizofrenia a gente vai falar muita da dopamina que é neurotransmissor no cérebro então o paciente que tem esquizofrenia para a família que tá olhando de fora e como não tem um exame que você fala e vem escrito esquizofrenia não é que nem tomou que nem isso para a família é difícil de entender né só que a gente sabe que o jeito que os neurotransmissores que agem no cérebro especial dopamina estão diferentes no
paciente que tem esquizofrenia e é tão curioso Padre porque o paciente com esquizofrenia como ele tem esse lado paranoico muito forte ele tem uma crença muito forte que aquilo existe então o conflito muito grande em quem ele ama que pode ser na família pode ser na igreja então ele tem uma crença muito forte e tá todo mundo perseguindo ele e muitas vezes você tem que ter muito cuidado eu falo muito com os familiares né com pacientes né e eu vivi isso também em casa porque você tem como validar com essa pessoa para não romper tanto
que é um trabalho que tem eu nem lembro se é da igreja mas eu sei que a USP é o universo participaram muito de morador de rua uma incidência altíssima porque a pessoa acredita uma coisa muito forte a família tem uma dificuldade de lidar com isso né E como ela ela ele vive no mundo entre aspas é fora da realidade ele muitas vezes vai para a situação de rua e consome o que drogas aí faz toda essa esse cenário que a gente sabe Puxa vida tá vendo gente é a importância de um assunto Tão Profundo
como esse Doutor tem mais pergunta muito interessante esclarecedora o que fazer e o que não fazer quando alguém tiver um surto Psicótico acompanha esse VT um surto Psicótico é um evento de natureza complexa que afetamente e o comportamento de uma pessoa de maneira significativa caracterizado por uma perda temporária do contato com a realidade um surto Psicótico pode envolver uma série de sintomas intensos como delírios alucinações pensamento dos organizado e comportamentos controlado o surto psicóticos podem ocorrer como parte de diferentes condições de saúde mental sem da esquizofrenia a mais conhecida entre elas durante Psicótico os indivíduos
podem experimentar delírios que são crenças falsas e rígidas que não estão aliadas com a realidade o comportamento durante o surto Psicótico também pode ser alterado a pessoa pode se tornar agitada agressiva ou apresentar comportamentos estranhos e em comuns a intervenção médica é essencial para controlar os sintomas e ajudar a pessoa a recuperar o contato com a realidade com o suporte adequado é possível alcançar a estabilização e a recuperação a conscientização sobre os sintomas de um surdo Psicótico a busca de ajuda profissional o mais cedo possível e o apoio contínuo são essenciais para ajudar aqueles que
estão passando por essa experiência a encontrar o caminho da cura e bem-estar [Música] é o Bendita hora indo profundamente nesse assunto que é de suma importância para o bem da nossa sociedade Doutor quais são os sintomas mais comuns que são apresentados perfeito né então o que que acontece Padre primeiro lugar a idade geralmente é mais comum em homem do que mulher e o homem mais precoce entre 15 e 25 anos e a mulher entre 20 e 30 anos então é uma doença da Juventude né normalmente nem todo mundo que tem um surto Psicótico vai ter
esquizofrenia Mas normalmente quem tem esquizofrenia tem um surto Psicótico e aqueles outros sintomas Então vamos lá o surto Psicótico clássico mesmo é Alucinação e esse Delírio então a realidade que qualquer pessoa que tá vendo aquela realidade fala assim não bate também perseguindo tão falando de mim o professor falou tudo isso né normalmente isso acontece numa fase aguda e nos outros momentos tem aqueles sintomas negativos que a pessoa fica autocuidado ruim ela não tem vontade de fazer as coisas ela fica mais isolada ela fica mais trancada muitas vezes o discurso é confuso né então ela fala
com você uma história meio sabe é e normalmente a pessoa tem uma crença muito forte que é algo que maior falou com ela faz sentido né e dois ambientes muito comum de chegar às vezes esse surto psicóticos é do convívio de si mesmo da igreja às vezes acontece porque a pessoa é o local que ela tem apoio que às vezes tem né e também em ambiente hospitalar porque muitas vezes aquela pessoa é esse momento de confabulação ela cria que alguém envenenou ela ela sentiu o gosto estranho na comida e foi a mãe foi o parente
foi no trabalho então esse sintomas tanto do surdo como esses sintomas negativos embotamento eu acho muito muito proveitoso Senhor falar não tem viu gente nenhum julgamento moral ninguém vai culpar a pessoa por estar sentindo isso é uma doença drill diagnóstico então ela vai ao médico e aí se fecha o diagnóstico perfeito é uma doença que normalmente é muito demorado isso do tratamento porque a pessoa tem esse surto que às vezes a família esconde Ainda mais quando é adolescente tudo Depois às vezes passa essa fase do surto às vezes até sem medicação mesmo né só que
cada vez que o paciente vai ter no surto não vai retardando o tratamento muitas vezes pode ter dano cognitivo e hora da parte da Memória também porque é como se o cérebro ele comece Começar a se acostumar com aquele novo ambiente eu do exemplo da droga que é bem parecido ele tem um pico de dopamina de tudo isso ele é alucina e depois melhora então quanto antes Começar o tratamento tem uma chance muito grande que é um preconceito muito grande das pessoas com esquizofrenia elas podem trabalhar elas podem ter atividades laborais como eu dei o
exemplo do meu avô né teve uma separação grande uma parte grande que minha mãe que ela não teve contato e a gente teve contato depois com ele mais velho né e depois quando você olha a vida da pessoa você vê que foi uma vida toda em função da doença no diagnóstico antigamente pelo preconceito muito grande era muito tardio o paciente normalmente ele não aceita porque como ele tem a questão do Delírio ele tem outra realidade ele não aceita a doença então é muito difícil tem que depois da família muito grande porque tem que tomar o
remédio certinho né então esse meu avô meu bebê muitos anos com a gente eu tenho uma vida normal depois do diagnóstico depois continuou e a família tem que sempre tá atento nesses períodos que são os mais difíceis do surto Claro porque ainda mais que a gente sabe que na saúde pública a dificuldade grande da Saúde Mental Então como é que vai ser a família fica muito com medo da violência né será que ele pode se suicidar a taxa de suicídio é muito alto numa população que esquizofrenia mas se tratado se diagnosticado esse paciente é uma
doença que infelizmente não tem cura porque tá nessa conexão dos neurônios mas ela tem controle o paciente pode ter uma vida normal casar ter filho trabalhar tudo isso Doutor nós temos uma pergunta no VT pro senhor vamos ver [Música] o código sempre é sinal de esquizofrenia [Música] E aí doutor isso é bem curioso porque assim algumas profissões estressantes como a nossa né de médico de padre de quem lida com muita pressão a mulher gestante também porque a cabeça dela não para de funcionar depois de ter o filho e tudo é um incidência alta dessas policial
também é muito comum eles vivem o ambiente tão estressante que a gente falou tem um fator genético e tem um fator então é muito mais comum você ter um surto é Psicótico que nunca mais ter e não ter esquizofrenia ser tratado tudo bem e muitas vezes esse paciente ele cria o estigma Mas eu sou esquizofrênico não você teve uma crise só pode tratar e nunca mais se repetir inclusive se é o mais comum da pessoa ter um surto só e depois não se tornar um esquizofrenia esquizofrenia essa crônica Então não precisa do médico acompanhar por
meses para a partir daí fechar o diagnóstico bom e o diagnóstico no caso foi fechado e como que é o tratamento perfeito o tratamento ele vão ter dois componentes né a gente falou que tem essa parte das medicações que vão tratar esse sintomas positivos né que Alucinação em Delírio e esse trata muito bem o medo de todo mundo é nessa Face do surto né mas você dá medicação rapidamente paciente são drogas desde a década de 50 hoje melhorou muito então estigma também na pessoa que ela vai ficar lerda porque os remédios mais antigos eram muito
fortes os primeiros antigos eles funcionavam para Alucinação mas deixava Às vezes a pessoa é o babando nessa levando muito o movimento mais lentificado tanto que as pessoas já olhava e diz assim ó ali só pelo jeito de andar hoje em dia as medicações não tem mais isso né esse é um tipo de medicação e existem outras medicações para essa parte negativa né negativo que a gente fala em botamento a parte emocional então a família sofre muito porque fala assim parece que ele não tem emoção o jeito dele falar essa emoção mas esse também é um
componente da doença e aí o médico vai ter que acompanhar para ver quando essa parte positiva tiver aparecendo para quanto antes ele abortar e não chegar um surto mais grave melhor porque ele corre risco nele como ele perde a noção da realidade nos outros tanto que pela lei essas pessoas são inimputáveis ela não nem responde pelo ato quando ela tá no surto né E além disso o sinal de embotamento também para melhorar a qualidade de vida senão a pessoa não trabalha a pessoa não ter vontade de fazer quase nada então não tem cura mas é
controlável né controlada isso é bem curioso que eu até brinco com meus paciente porque eu lido com muita doença que eu falo Essa palavra não tem cura por exemplo vocês descobre às vezes não tomou que não tem cura o que é que eu brinco com meu parceiro ele fala a vida não tem cura tá todo mundo indo para morrer não sei se é 10 se é 20 se é 30 no caso do paciente com esquizofrenia ela não encurta o tempo de vida pela esquizofrenia e sim mas sim porque é uma alta taxa de suicídio nesses
pacientes né e há um comprometimento às vezes muito grande dessa parte laboral então para família que às vezes está atrasando eles estão preconceito ainda muito grande com a questão do psiquiatra né mandar pro psiquiatra então às vezes ele fala ah Júlio célida também com o cérebro fala não então especialista que lida especificamente com isso que é o psiquiatra E aí ele fazendo esse tratamento menos dano cerebral vai ter essa pessoa vai ter o cognitivo tudo dela normal se for tratada de forma adequada um paciente que o senhor está atendendo ele é diagnosticado com isso Qual
que é a frequência que ele costuma voltar na sua consulta o senhor tem ideia a incidência de 1% da população então a doença relativamente comum e ele chegam muito para mim porque falam um chip foi implantado na cabeça ou botaram um tumor na cabeça dele né normalmente já do início da queixa você percebe que pelo discurso que tem alguma coisa diferente né E aí normalmente o que que você faz nisso você é difícil às vezes ser convencer a pessoa mas você pode dizer que procurar ajuda e é curioso que a família às vezes quer convencer
eu falo assim mas Colocaram um chip como esse por exemplo do tipo falou para mim aí você não tem cicatriz não tem nada ele não usaram a técnica não deixa cicatriz Então você tem que fazer de um jeito para a pessoa que às vezes é difícil e para o familiar também diz assim ó esse discurso não tá fazendo nexo não dá para a gente confrontar mas eu tenho certeza que essa pessoa medicada nessa fase do surto ela vai sair E aí geralmente que o papel da família Eu brinco com todo o paciente eu falo a
gente nasce dando trabalho e dá trabalho a vida inteira que o pessoal fala assim eu não quero dar trabalho vai dar trabalho não tem jeito então vai dar trabalho e você tem alguém que te ama um familiar normalmente as mães aparecem muito disso ela começa a tratar é impressionante Às vezes o paciente voltado lembra que eu tô falando aquela coisa que coisa de chip né e tal eu fiz foi ele fez eu descobri que eu tava num surto só que aí você tem que fazer todo com jeito Para justamente ensinar essa pessoa acha que você
tá fazendo parte também desse comprou contra ela então é uma situação bem complexa eu admiro a capacidade o treino a dedicação que vocês profissionais da saúde tem para atender essa população né Doutor tá falando até outra vez compadre de Juarez que muito isso assim os ambientes críticos de contato com a população em especial a população carente é o quê igreja porta aberta então muitas vezes a pessoa ela tem uma angústia muito grande mesmo ela com Alucinação ela tem aquele ambiente de igreja como bondoso e que eles procuram então é importante perceber isso e o hospital
então às vezes ela vem com essa história eu bati alguém me espancou E aí a história não bate você tem que fazer de um jeito praticamente do apoio naquela pessoa que ela precisa muito bem agora todo esquizofrênico é perigoso ouvir vozes veja só esse VT um mito sobre a esquizofrenia é que pessoas com esse diagnóstico são perigosos isso não é verdade a maioria das pessoas com esse diagnóstico não são mais perigosos do que qualquer outra pessoa outro mito é que uma pessoa que ouviu vozes tem esquizofrenia Como já falamos em outro vídeo As alucinações são
experiências que quase todas as pessoas tiveram ou terão Em algum momento de suas vidas Além disso algumas drogas podem induzir alguém a vivenciar alucinações temporariamente alucinações são experiências perceptuais que alguém tem sem que haja um estímulo no ambiente que corresponda Sua percepção como ver algo sem que haja nada ali [Música] é agora eu fico também pensando na família né a família deve viver uma angústia Doutor falou que teve um caso na família né e Doutor E como que é a família vai lidar o primeira coisa para Por isso que eu gosto muito do programa aqui
porque o objetivo você é informação né E quando o objetivo da informação o que que muda por exemplo a situação que eu vendo não tinha nenhum médico na família então é difícil para família entender muito então normalmente a família vê com uma pessoa Ah é louco ou é maldoso né mas na verdade como a pessoa perde a noção da realidade nada faz sentido e normalmente isso nesse vento é muito importante que as pessoas ligam isso a violência vai matar que vai fazer isso e normalmente a maioria dos pacientes que às vezes tem surdo tem especial
população feminina Eles são muito violência sexual como eles estão fora da realidade ou a pessoa é difícil ser julgada mas a pessoa pode perceber ou não perceber e aquela pessoa muitas vezes até situações de hipomania eles ficam hiperecitados até a questão da sexualidade envolvida né E outra coisa muito a que acontece é às vezes pessoas percebem que eles não estão falando nada com nada e às vezes usam aquela pessoa tirando dinheiro às vezes casa uma série de coisas vendendo então tem que ter um cuidado muito grande então vulnerável é a pessoa com esquizofrenia se a
pessoa começa a entender isso a identificou coloca o profissional de saúde a segurança é muito maior para aquela pessoa e a família ela é orientada ela passa por um não sei se a palavra correta mas um treino para lidar com isso porque as emoções acho que ficam uma flor da pele né se existe uma coisa para que eu falo quem saúde pública É complicadíssima eu sei que grande parte do seu público né como no Brasil 80% precisa do SUS né é muito carente tanta atenção terciária que a minha área de neurocirurgia e tal os hospitais
são poucos que saúde mental a mesma coisa porque é um paciente muito caro caro pra família caro postado né muitas vezes ele fica nessa situação que ele quer uma dependência muito grande e tem mais gente você tem um familiar como eu dei um exemplo lá né com esquizofrenia meu avô tem que ter um cuidado sempre Então tem que alguém tomando conta né Tem a questão da medicação que são remédios que às vezes são usa o crônico para o resto da vida né e normalmente hoje em dia cresceu muito no Brasil a questão do CAPS que
faz essa reinserção do paciente para ele voltar o trabalho voltar às atividades muito bem agora o nosso amigo Rodolfo vai fazer uma pergunta para o doutor tudo bem Doutor Boa tarde seguinte acho que antigamente né muitos casos de esquizofrenia eram vistos como chamada loucura né e acho que poderia até levar a internações e tratamentos de choque uma coisa mais agressiva né hoje em dia como que que é tratado isso ainda pode ter alguns casos para internação assim em lugares fechados ou já não se tem mais nenhuma não se usa mais nenhuma técnica dessas pode ser
Inclusive a eletros o que que acontece né A ciência é uma coisa curiosa né porque quando a gente vai se aprofundando você vai ver como é complexo né Então vão existir situações que a pessoa tá colocando risco ela e os outros ela completamente a noção da realidade e muitos desse caso vai precisar internação Então o que a gente fala de remédio e tudo não existe uma coisa boa é uma coisa ruim como ela vai ser usada o que que aconteceu que gerou muito preconceito antigamente essa pessoa era jogada para fora da sociedade então você tem
o diagnóstico de esquizofrenia você colocava as pessoas nos hospícios Elas ficavam trancadas e nunca eram reinseridas hoje a psiquiatria ela evoluiu muito para questão essa pessoa tá dentro da sociedade é impossível você não imaginar ou em rua ou bairro ou cidade interior de ter aquela pessoa que tem esquizofrenia às vezes ele tá em crise todo mundo já sabe né cidades menores ou ou prédio você sabe disso e depois a pessoa está excelente né então hoje em dia essa pessoa pesquisoufrenia que não é pouca gente é 1% da população Então você morar num prédio que sai
em pessoas provavelmente vai ter uma ali que tenha isso né Essa pessoa tem que estar reinserida Então isso que ele falou é muito importante porque assim existem tratamentos para quem tá de fora é chocante né mas às vezes é necessário Maravilha nós temos mais um Então vamos ver se VT gente descobriram e publicarem o estudo que saiu recentemente na pubmed que é uma revista de artigo científicos eles descobriram que existe uma base genética em comum para esses três tipos de transtorno o autismo o a esquizofrenia e o transtorno bipolar Basicamente já se sabe que existem
diversos genes envolvidos em cada um dos transtornos porém né o que eles conseguiram perceber aí é que existe essa base genética específica em genes ligados aí a questão dos neurotransmissores e também ligados aí a construção e organização dos cromossomos Isso significa que os fatores de riscos para o desenvolvimento de cada um desses transtornos é muito parecido e isso aumenta a probabilidade da gente ter na mesma família pessoas com esses três tipos de transtorno seu comentário Doutor então o que que acontece muitas dessas doenças elas são multifatoriais e não é urgente só muitas vezes tem um
pulo de gente né então exemplo que ele tá dando pub em média é o Google do médico né que você pesquisa encontra muito artigo hoje evoluindo muito o que é que você percebe que vários transtornos mentais ele tem uma associação uma conexão muito grande então é comum ter às vezes de famílias que tem pessoas com incidência mais altas de depressão às vezes de esquizofrenia às vezes de autismo né então assim ah o problema de saúde mental muitas vezes tem gente semelhantes basicamente é isso que ele tava mostrando né e a depender da expressão daquele gente
pode ter um espectro diferente de doença Então são doenças diferentes que a gente diagnostica de forma diferente mas tá tudo no cérebro e tá tudo relacionado com neurotransmissor Por isso que às vezes encontro mutações parecidas em doenças diferentes então é a possibilidade Genética é muito até provável possível talvez provável e as causas externas também o que que pode é piorar esse perfeito então o que que acontece a gente sabe que tem um fator genético que não se não quer dizer que a pessoa vai ter mas você também o fator ambiental então situações estressantes vou dar
exemplo né situações de violência doméstica é situações que a mãe teve uma gestação com alimentação inadequada com consumo de drogas né então essa parte da gestação a alimentação também da criança né situações de abuso infantil também E além disso tem que lembrar normalmente na hora do surto existe um gatilho e a família se culpa muito eu nunca esqueço que uma vez eu vi um caso que era a mãe não queria que fosse jogador de futebol E aí ele teve surto a mãe sentia culpada porque eu fiz ele ia ter um surto Em algum momento então
o fator ambiental não é que significou que se não fosse aquilo não ia ser outro estresse na vida a gente tem situações de trás da vida pode ser um término de casamento até o que tem que ver é juntar todos esses fatores mas situações abusivas né crianças foram molestar tudo isso aumenta a ciência e em especial aquilo que a gente falou no início consumo de drogas também Doutor e um surto agressivo como é que a gente pode lidar com isso perfeito primeira coisa é o seguinte né hoje com rede social e tem que ter muito
cuidado porque a gente cansa de ver pessoas filmando e Postando em rede como se fosse engraçado mas é uma doença né então assim existe uma violência eu falo com todo o paciente até quando me pergunta uma coisa legal eu falei eu não sou juízo eu não sou advogado a gente vê da parte médica Então teve a violência né vai ter que ser chamada polícia não tem jeito né a polícia tem o treinamento para identificação e muitos desses casos você percebe que a polícia chega primeiro depois o Samuel acionado porque muitas vezes vai ter que fazer
acontecer o que a gente chama química o médico vai ter que dar um remédio para acalmar aquela pessoa né e Começar o tratamento então assim quem tá vendo a situação né para filmar não é engraçado né para ficar postando você não sabe o que tá acontecendo às vezes os populares confundem surto com a violência doméstica então você vê a situação chama a autoridade responsável pela aquilo se for o caso de violência vai ser a polícia né e normalmente ela vai identificação pelo discurso por ela vai chamar também os serviços de saúde Então nem comum de
você ver situações que a polícia tá o SAMU e de repente aquele paciente ele não vai a princípio para delegacia vai pro hospital a pessoa que está sendo tratada passa por psicoterapia É possível levar uma vida mais próximo do normal doutor é para viver uma vida normal o que que eu digo paciente doença Todo mundo vai ter então um dia vai ser eu outro dia vai ser o senhor não tem jeito e a gente não escolhe um grande problema que as doenças de saúde mental são as que mais sofre preconceito de quem não entende da
área de saúde e aí a gente bota o carimbo que aquela pessoa acabou a vida dela ela não vai poder fazer nada né hoje né com esse 1% da população a população está trabalhando né normalmente a família numa situação de proteção tenta esconder aquela pessoa né porque tem uma certa vergonha tem até o medo né como eu falei assim você tem um familiar como eu tive né a pessoa Será que ele não vai ter também então gera esse esse receio também e fato que a incidência é um pouquinho maior né Mas como outra doença você
tem que entender ela reconhecer esse acontecer com algum parente seu para partir daí fazer o tratamento mais precoce possível Doutor para a gente também esclarecer para quem tá em casa acompanhando às vezes passa por essa realidade o que um parente uma pessoa que convive jamais pode fazer quando tem um ataque um surto desses a primeira coisa que todo parem faz é achar que ele pode resolver o problema então quando você vê a pessoa né num surto normalmente vai ter aquela frase não tá falando coisa com coisa e a família começa a tentar tratar do jeito
dela ah é porque não dormiu direito é porque eu falei é porque a gente contrariou se está fugindo ao controle vai precisar do profissional de saúde a família quer proteger porque ela tem um medo do carimbo da sociedade segundo ela tem medo daquela pessoa ser internada e ser levado por mãe como que a gente só vem filme né E que hoje em dia já não é assim né Mas normalmente esse caminho do sistema de saúde é o melhor não é fácil mas a família vai ter aquele apoio até o apoio legal porque como a gente
falou nós teve uma agressão teve a violência é totalmente diferente se foi e ao médico que vai criar para ver o que foi o que é que não foi né e a partir desse momento Imagine que a grande maioria das pessoas que se sofria se tomam remédio adequado se acompanha elas vão ter uma vida normal ela tem uma doença como qualquer outra que às vezes pode descompensar às vezes volta ao normal não vai ser fácil porque eu não gosto de pintar o mundo cor de cor de rosa que a gente vê em filme é difícil
mas normalmente a pessoa vai ter tempo de vida normal como qualquer outra pessoa então muito cuidado com o suicídio que essa pessoa sofre muito e no momento da crise né a pessoa ela tá consciente tá inconsciente completamente como que é esse nível de confiança é uma fuga da realidade o que que é difícil imagina alguém que você ama Lembrando que a maioria das vezes é na adolescência a pessoa começa a falar algumas coisas que não fazem sentido e aí o pai e a mãe já observa isso só que ele tenta fazer esse processo de que
será que não é procura ajuda porque aí o médico vai analisar se for único ele tratou pronta a pessoa vai ter a vida normal dela e a chance é pequena de ter né se você não tratar isso logo isso pode Sem dúvida nenhuma da consequências maiores Então hoje a gente já sabe que tanto esquizofrenia quanto mais surtos o paciente vai tendo quanto menos tratamento ele vai ter a chance dele ter uma sequela uma sequela neurologica mesmo é maior e essa pessoa que é medicada é tratada Doutor geralmente o senhor falou né de antigamente a pessoa
parece que tava quase totalmente dopada como que é hoje a pessoa ela fica mais calma não sei se esse é o termo técnico que que acontece antigamente é curioso isso que é seu neurotransmissor ele tem várias funções então a dopamina que é o que a gente mais fala dá esquizofrenia ele também tem um componente motor importante então antigamente é como se os remédios fossem tão fortes para tratar as alucinações e eles funcionavam mas eles tinham uma consequência motora então o paciente se sentia bem saía da crise da Alucinação mas nós conseguimos andar direito e salivava
muito hoje os códigos de última geração ele já não tem essa consequência não ter essa consequência se você perguntar se Julio qual grande problema do paciente com esquizofrenia hoje o preconceito né porque é um adolescente começa a menina vai namorar vai casar vai ter família a própria família ficar desconfiado ela também ficar não confia tanto né Então realmente hoje a fase que a gente tá vivendo hoje já conhece a doença já sabe diagnosticar a gente já sabe tratar mas como a gente recebe bem essa pessoa na sociedade isso é bem complexo ainda para hoje o
Rodolfo tem uma pergunta né Doutor seguinte uma pessoa que nunca teve nenhuma crise de esquizofrenia que nunca foi detectado nada se o excesso de álcool pode colocar numa crise ou seria um gatilho para uma crise que às vezes a pessoa nem sabe que teria né O Surto Psicótico é muito comum no consumo de drogas e aí pode entrar no ar também primeira coisa da mesma forma que a gente falou dos outros um abuso de substância a terra entre aspas mais simples é tirar aquela substância Então se você for ver a gente tá falando só de
zoofilia né fuga da realidade tal pense alguém que tiver imagem da Cracolândia ou consumo de droga é parecido então assim é como se fosse o componente lá do neurotransmissor fosse bem parecido do usuário crônico de cocaína de Outras Drogas é ou que ele teve um surto como Rodolfo falou e que na grande maioria das vezes você tirou aquela droga que foi o gatilho para ele na maioria das vezes quem tem surto não vai se repetir nem vai ter o diagnóstico esquizofrenia desculpa o senhor até falou agora da da coisa da Cracolândia essa nova droga que
a gente tá vendo por aí esse K9 é os efeitos né que a gente vê em vídeo assim é assustadora assim né então a pessoa ali ela tá sobre o efeito da droga ou a droga que causa um efeito que parece um surto Psicótico ali é bem isso que acontece se a droga consumida é como se mudasse o cérebro então esses neurotransmissores Eles vão mudando então a pessoa fica muito parecido com pacientes que sofrem por isso que a gente deu exemplo de morador de rua às vezes só você ouvindo a história para entender e para
complicar mais ainda o paciente tem um sofrimento muito grande ele falta essa parte do embotamento dos sintomas negativos e às vezes ele encontra na droga um momento sentir prazer de ter vontade de fazer as coisas então aquilo que você falou né da mostrando VT né do doenças que andam juntas né então consumo de droga e paciente com esquizofrenia é muito mais alto que a população muitos acham que é quase uma defesa de se sentir bem de ter o prazer de ter tudo isso né E também porque são pacientes que do ponto de vista do neurotransmissor
ele sente menos emoção então às vezes é uma fuga que ele tem e essa pessoa Doutor que tá passando né Por Um surto que que ela começa a sentir é angústia e irritação vamos entrar na cabeça dela o que que ela sente isso é bem curioso porque é a grande curiosidade de todo mundo e como eu vivi isso em casa quando eu comecei na faculdade eu ficar muito com isso né primeira coisa você entendeu o seguinte qual grande questão da Alucinação por exemplo eu tô te vendo o senhor tá me vendo eu tô falando você
tá ouvindo então nossos sentidos é Nossa forma de entender o mundo e a esquizofrênico qual é o problema da Alucinação ele vai ter estímulos que não existem então é muito difícil por isso que é complicado você explicar para família porque a família acha que vai argumentar ele vai entender você fala assim Ninguém tá te perseguindo Não mas ele tem certeza ele ouve vozes né tanto que a maioria das vezes ou quando tem violência ou quando tem suicídio é uma voz que falou para ele então para a gente que não tem do exemplo para família a
mesma coisa eu falo se eu botar um óculos escuro aqui eu vou ver tudo escuro o senhor não vai ver o a pessoa que tem a esquizofrenia ela tem justamente se ela tem alucinações então ela não confia nos sentidos dela não é que ela não confia ela está vendo diferente então a gente tá vendo que não faz sentido todo mundo tá vendo mas para ela tem certeza absoluta Essa é a grande dificuldade do gatilho inicial para procurar ajuda porque se a família falar ela vai falar não tô tendo nada Dr veio aqui a brilhantar esclarecer
eu quero agradecer muito ao Dr Julia que o nosso tempo está se esgotando Doutor mas a gente quer deixar o seu contato no Instagram como vai aparecer aqui na tela @neurocirurgia BR e também no YouTube neurocirurgia BR Dr Júlio Muito obrigado pela presença Muito obrigado é tão esclarecedora e hoje meus amigos nós vamos encerrar o programa com o clipe com clipe escolhido para hoje é isso mesmo só que daqui a pouquinho daqui a pouquinho eu vou lá no dalcides eu estarei hoje participando com ele e às seis da tarde tenho tanto terço ao vivo aqui
na Rede Vida até já meus amigos salve Maria [Música]
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