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Video Transcript:
[Música] [Música] Bom dia a todas a todes e a todos é com imensa alegria que apresentamos hoje a stima aula do curso história das ideias pedagógicas no Brasil e estudo das pedagogias contra hegemônicas o meu nome é solang zote eu sou professora do Instituto Federal Catarinense de Santa Catarina dos cursos de licenciatura do campus Concórdia e do mestrado em educação do campus Camboriu e hoje eu falo da cidade de Concórdia que se localiza no Oeste do Estado de Santa Catarina vou fazer a minha vídeo áudio de descrição para tornar o nosso evento eh cada vez
mais acessível eu sou uma pessoa de pele clara cabelos loiros e olhos claros e estou eh com uma blusa branca com eh desenhos escuros pretos quero dar as boas-vindas a todos os nossos cursistas que estão nos assistindo que estão acompanhando pedimos desculpas pelos minutos de atraso por um problema técnico dar as boas-vindas ao Diego Miranda que fala de Santa Maria da Universidade Federal de Santa Maria bem-vindo Diego ten um bom curso também nos acompanha professora Bruna Raiol que é extensionista do IFC minha colega né E hoje está assistindo de casa do campus de eh de
Criciuma também a professora eh durley rebelato também colega da nossa instituição coirmã aqui de Santa Catarina o ifs Campos Itajaí seja bem-vinda durle temos também a Eliana Cristina que fala de Foz do Iguaçu do Paraná bom curso para você obrigada pela presença Eliana também a presença da Conceição Conceição Mendonça que fala de São luí do Maranhão esse curso congrega pessoas de norte a sul leste oeste do país também a presença da gilcineia Leite dos Santos Fontenelli e de Brasília Distrito Federal seja bem-vinda e também a a registrar né a presença do professor eh suami Cordeiro
bérgamo de Santa Maria de Jetibá Espírito Santo Obrigada professor e eh registramos também a presença do professor eh cursista José Marcos de França do curso de letras de Crato no Ceará um bom dia para você então em nome destes eh eh destes professores cursistas que nos acompanham de todas as partes do país damos as boas-vindas a todos os que estão aqui presentes e nos assistindo nos acompanhando E desde já agradecemos eh eu vou vou falar de alguns eh importantes recados iniciais um deles é solicitar que todos eh curtam as aulas curtam a página né do
sted BR no YouTube acompanhe todas as informações do curso pela página do sted BR lá todos encontrarão eh os materiais os textos disponíveis inclusive Tod as aulas gravadas né então fazemos esta solicitação né Eh para que cada vez mais possamos chegar mais longe com o canal do stad BR tão importante né pela sua contribuição para o fortalecimento das discussões que pensam uma educação transformadora uma educação voltada para a maioria da população Ou seja a classe trabalhadora né o sted BR tem sido fundamental na discussão da educação contra hegemônica e a sua contribuição para o canal
né que produz ciência de forma rigorosa comprometida com os interesses da classe trabalhadora que pensa a escola para os filhos da classe trabalhadora então também pedimos Eh que todos compartilhem as aulas e todos os que puderem também se associem ao canal porque a contribuição financeira é muito importante para que a gente fortaleça esse canal de comunicação cada vez mais como diz o professor zeso 1,99 né não paga nenhum cafezinho e isso faz toda a diferença para o fortalecimento do canal então Eh eu vou passar né as informações eh dos eh links e a alguns eventos
que temos eh como importante a divulgação então o primeiro recado se refere à página do nosso curso que por sinal está muito bonita muito colorida muito bem desenhada e muito organizada então nesta página vocês encontrarão além do curso de extensão das pedagogias contra-hegemônicas os demais cursos que já foram ofertados todas as aulas e todos os materiais então é uma biblioteca muito importante né virtual e que está disposição de todos de maneira gratuita e de forma irrestrita a todos então acessem organizem suas aulas baixem os textos revejam as aulas que acharem importante divulguem estes materiais inclusive
junto aos estudantes das Universidades aproveitem inclusive para como eh um importante material didático inclusive para as aulas de cada um e de cada uma aqui presentes então desde já agradecemos a divulgação também divulgamos a eh 17ª jornada do steed BR que vai acontecer de 11 14 de novembro de 2024 está chegando em Fortaleza Ceará e vai discutir o tema desafios históricos para o Plano Nacional da Educação como avançar na formação histórico-crítica na educação brasileira então um evento que inclusive já está com todas as inscrições as inscrições fechadas porque superou né a quantidade de pessoas possíveis
no local do evento Então será um grande evento e contamos com a participação de cada um e de cada uma eh também queremos divulgar o 15º colóquio nacional e o oitavo colóquio internacional do museu pedagógico de 6 a 8 de novembro de 2024 que vai acontecer eh na cidade de Vitória da Conquista na Bahia e aá uns três 2 3 anos atrás eu estive lá num desses colóquios junto com a jornada do stad Be tive o prazer de conhecer a cidade conhecer o museu pedagógico e ver a riqueza né da de Vitória da Conquista na
produção inclusive do conhecimento histórico e nossa eh instituição parceira de todas as Ades desenvolvidas junto ao sted BR Muito obrigado e todos estão convidados a prestigiar também teremos eh está acontecendo na verdade finalizando hoje né um importante seminário internacional desafios do trabalho e da Educação do século XX na UFO e este evento Então está finalizando no dia de hoje e ainda eh convido a todos para acessarem a revista debates em educação que traz um importante dossiê sobre que faz uma homenagem né ao quo ano de publicação da obra que eh dá origem a toda a
discussão que levamos até os nossos dias né E que esperamos levar por muito mais tempo à frente que é a pedagogia histórico-crítica o livro escola e democracia um livro fundamental que eu li no meu curso de pedagogia na década de 90 eu acho que foi o primeiro livro que eu comprei a pedido da professora e que tenho ele com muito carinho uma das edições antigas eh até o os dias de hoje e o segundo objetivo né como escreve o professor lombarde na sua apresentação ao dossier é de contribuir com ampliação dos canais de diálogo internacional
particularmente com a América Latina da pedagogia histórico-crítica Então temos muitas contribuições de artigos de intelectuais dos países da América Latina todos estão convidados a eh acessar ler e divulgar o dossiê e também eh na sequência Eh quero fazer uma divulgação especial do sexto Inter crítica um evento que acontecerá no Instituto Federal Catarinense no Campus de Camboriu onde trabalho eh ovido pelo mestrado da educação junto com o gt7 da anped e também discutirá importantes temas eh da nossa atualidade os quais não podemos deixar eh e nem relaxar na discussão porque é um tema desafiante a formação
de trabalhadores em tempos de reformas educacionais e lutas antifascistas contribuições mediações e desafios né E vai acontecer então de 23 a 25 de Setembro na próxima semana estaremos e nesse momento então Eh agradecer mais uma vez a todos os que nos assistem e eh em função né do nosso pequeno atraso Inicial Eu já vou passar a apresentação do nosso convidado de hoje eh o professor querido professor Miguel arroi o professor eh Miguel Arroio que com certeza cada um de nós tem uma lembrança ou de uma palestra ou de um texto lido ou de uma a
discussão a partir dos seus escritos né Eh o professor Miguel Arroio ele possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais mestrado em ciências políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado pela Stanford University em 1996 é professor titular da faculdade de educação da Universidade Federal de Minas Gerais foi secretário adjunto da Educação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte coordenando e elaborando a implantação da proposta político-pedagógica escola rural escola plural desculpa acompanha propostas educativas em várias redes estaduais e municipais sempre contribuindo com a discussão sempre trazendo né a sua reflexão e a
sua contribuição para pensar a educação deste país tem experiência na área da Educação com ênfase ênfase em políticas educacionais administração de sistemas educacionais discute temas muito importantes como educação cultura escolar gestão escolar Educação Básica e currículo e de acordo né com a sée bibliografia viva que homenageou Miguel Arroio criador da escola plural eh promovida pela UFMG professor Miguel arroia é um grande defensor da educação integral de uma pedagogia que dialogue com a realidade dos sujeitos da educação especialmente aqueles pertencentes às classes trabalhadores para ele a educação não se confunde com a escola cujo papel em
sua opinião vai além da do desenvolvimento de habilidades como ler e escrever entre os muitos livros que publicou destacamos educação em diálogo com nosso tempo publicado em 2011 currículo território em disputa de 2014 vidas outros sujeitos outras pedagogias de 2017 imagens quebradas trajetórias e tempos temp de alunos e Mestres de 2017 ameaças ameaçar ameaçadas exigências resposta ética da educação e da docência de 2019 o professor Miguel Arroio como defensor de uma educação humanizadora a partir do Diálogo reflexivo considerando ser o diálogo uma das principais categorias de Paulo Freire a partir do qual produz toda a
sua reflexão e da sua educação libertadora irá mediar esta aula tendo eh um especial carinho na segunda parte da nossa aula com as perguntas que foram enviadas e que ainda poderão né Na medida do possível se puder eh ser feitas no chat e se for possível Responderemos passaremos a ao professor para responder e nas proposições de Educação de Paulo Freire que é o tema da nossa aula de hoje e que é importante a referência de que hoje é o aniversário de Paulo Freire que nasceu em 19 de setembro de 1921 e hoje estaria completando 103
anos o diálogo né na no pensamento eh de Paulo Freire adquire dimensões existenciais ético política e metodológicas e na obra extensão e comunicação de Freire ele nos ensina que a educação é uma situação de conhecimento e de comunicação por isso o diálogo é fundamental no processo educacional ele faz parte da comunicação entre os sujeitos que conhecem mediatizados pelo mundo abre aspas a educação é comunicação é diálogo na medida em que não é a transferência de saber mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam o signific a significação dos significados fecha aspa Paulo Freire e é
a partir deste diálogo que queremos fazer dessa manhã muito rica e de muito conhecimento para todos nós então Eh com esta mensagem né eu vou eh passar a palavra né ao professor zeso Bom dia zeso seja bem-vindo nosso grande coordenador como diz o nosso comandante do curso e de tantas ações né do sted BR junto com todas as Universidades que se aliam né para construirmos uma educação melhor um país melhor e enfrentarmos também os desafios que estão postos aí neste momento né tão difíceis ao nosso país a educação e e a sociedade como um todo
então zeso muito bem-vindo e passo a palavra para que possa acolher nosso eh Professor convidado dizer também ao professor Miguel Arroio que nos sentimos honrados com sua presença entre nós e agradecemos desde já a sua disponibilidade Professor zeso a palavra é contigo Bom dia Solange Bom dia professor Miguel Bom dia a todos os participantes desse curso só estou aqui para fazer as honras da casa né e agradecer profundamente a disponibilidade do professor Miguel em em ministrar esta aula assim que começamos a estruturar esta disciplina este curso né Eh e pensando quem melhor representaria a obra
e a trajetória do Paulo Freire não teve dúvida que o nome e a referência é riguel Arroio né Miguel para nós para minha geração né que que se forma eh inclusive tendo aulas com Paulo né Eh me lembro em vários momentos eh de sua participação em em muitas muitas atividades com com o Paulo para min a geração você é um ícone da pedagogia freiriana na perspectiva de lógica da perspectiva do Diálogo né ser um homem de diálogo é um humanista eh cu cuja priorização pelo diálogo enquanto formador né conscientizador É É de suma ância N
sem perder de perspectiva que o objetivo é a formação crítica do oprimo a formação crítica do trabalhador né E você priorizou principalmente o trabalhador rural né a educação Rural a educação do Canto né com contribuição significativa ao longo da trajetória da pastoral sem terra e depois do movimento sem terra né eh seu nome está aseado eh no MST principalmente na escola nacional florestan Fernandes que você tem dado expressiva contribuição professor Miguel um grande abraço e É uma honra ouvir e participar desta desta aula eh com você que com certeza será será uma marca extremamente importante
neste curso que não sei se se você está sabendo mas que está atingindo em torno de 5700 inscritos Brasil a fora América Latina África eh num processo de formação bastante amplo dos colegas professores que atuam principalmente na educação pública nas redes municipais de educação grande abraço Miguel prazer em tê-lo aqui muito muito obrigado poss começar sange professor Miguel muito bem-vindo a palavra está contigo fique muito à vontade e muito prazer né de estar aqui conosco vamos Muito obrigado J Obrigado você Denise a Solange a tantas educadoras e educadores dessa Santa Catarina quando você ia falando
dos nomes eu lembrava já es lá já es lá esado junos lutas anemicas eu queria começar destacando Exatamente esse ponto pedagogias contra hegemônicas que coragem que coragem de vocês que coragem de todos nós de falar em contra egemonia em tempos de tanta hegemonia do capital do negócio do estado mercantilizado não está fácil não está fácil falar de pedagogias contrahegemónico do estado do capital hegemónico do Estado do agronegócio emico do estado do mercado hegemónico depois eu vou falar para vocês que eu tenho exactamente escrito agora nestes últimos 20 dias três textos que V nessa direção vou
deixar para falar isso mais no final e onde é que est sendo publicados Mas vamos ao tema mais específico Paulo Freire e educação popular Será que Paulo Freire pode ser considerado um contrahegemónico basta lembrar de alguém cu nome não não quero lembrar que falou que Paulo freira era um energúmeno condição del ergo por Exatamente porque foi um contraem Exatamente porque T cor como nós todos educadoras e educadores gostaríamos de ter Defensores de pedagogias contem Então parabéns a vocês parabéns por este curso tan corajoso Dias sempre foram [Música] hegemónicas ou foran tenho um texto antigo que
podia mandar para vocês me convidaram para falar uma vez sobre tradições como sempre eu gosto entrar um pouco na contramão e coloquei logo a pergunta a história de Nossa educação é de tradições democráticas ou de tradições autoritárias eólicas faz um tempo que publiquei falei esse texto que bom que vocêes com muita Cora aí Santa Catarina na Unicamp tantos lugares retomamos essa pergunta a história de nossas pedagogias foi uma história democrática ou foi uma história autoritária foi uma historia de afirmação hegemónica dos poderes ou foi uma uma história de afirmação anemica de construir uma educação não
que reproduza os poderes hegemónicos as estruturas hegemónicas mas que tente Que tente ao menos tentar educadoras e educadores quando tentamos já estamos cutucando quando tentamos já estamos sendo anemicos vamos continuar não S tentando mas vamos continuar aprendendo com Freire a como ser educadoras educadores como construirmos pedagogias anemicas E aí o tema que vocês colocaram pedagogia de Paulo Freire e educação popular Eu quando vi esta palavra educação popular já me coloquei a pergunta dentro do tema que vocês estão trabalhando pedagogias contraem serà che a educação popular foi contraem será che a pedagogia crtica Popular nossa tem
sido radicalmente anemica pregunta temos que colocar não nos deixemos enganar não nos deem cultar como anemicos simplesmente com pedagogias que nem sempre Son totalmente anemicas esta questão que a me parer está na radicalidade do tema de vocês Será que Paulo Freire como educador popular educação popular Que Paulo propunha era a mesma educação popular hegemónica porque també educação popular As infâncias Populares sobretudo inclusão igualdade prometer inclusão e igualdade e anemico o foi exatamente a tonica hegemónica que dominou toda a nossa história da educação desde a paideia entre nós desde a educação jesuítica colonizadora também os Jesuítas
queriam educar o poo quar educar aquelas infâncias aquelas adultos indígenas depois negros depois quilombolas sempre se tentou educar era o povo que precisa ser educado mas por educar por dar tanta ância a educar o povo através da educação popular por porque o povo é decretado em estado de inanidade em estado de irracionalidade em estado de imoralidade se lembran eu gosto de lembrar isso que é muito importante quando chegan aqui os navíos portugueses antes tin chegado já os navios espais que saíram de palos eu aprendi ISO lá na minha terra saíram de palos um dia do
porto de palos para chear para descobrir o novo mundo para civilizar o novo mundo e quando cheg aqui os navios e fal Terra Vista Esta terra Nosa alguém deve ter cutucado o comandante do navio Tem Gente Atrás daita peras teorias daquela época viv na terra cultivava a terra direito aqu Terra voltemos para Portugal voltemos para esp não por que não porque não Son humanos olha isto para mim é um dos momentos terrvel Mene egemonico que vai marcar a história política Nossa hegemónica que vai marcar todas as políticas a política da terra a política do trabalho
a política da escola a política da Cultura a política da base Nacional comú como dicendo não Son humanos você perseveram como que essa categoria que decreta os outros no inicio da nossa história mas não só em nosso humanismo Colonial já no humanismo pedagógico primeiro lá já decretou os outros estado de natureza não de humanidade esta Seria a primeira pregunta che me parece muito importante até onde as pedagogias anti hegemónicas conseguem descolar-se conseguem Superar Essa visão dos outros como ainda ainda em estado de natureza não de Cultura não de humanidade teríamos queer con muito cuidado os
estudos de coloniais an quijano por exemplo ese grande peruano che mor lamentablemente un legado vai di os pobos Son decretados estado non deid estado Deza Estado de incultura estado de imoralidade estado de irracionalidade e se propõe a pedagogia para humanizar para moralizar para racionalizar esta pergunta me parece muito importante até onde até onde as nosas pedagogias coloniais deixar de ser até onde nossas pedagogias imperiais deixar de ser coloniais até onde nossas pedagogias republicanas democráticas deixar de ser coloniais un exemplo aí mesmo por aí São Paulo e in tantos lugares un exemplo é a pedagogia non
democrática não Cica mas pedagogia Cico militar militar sabem que 2 anos quando comeou a pedagogia cicit a revista me convidou para perguntar Arroio que você a da pedagogia cívico-militar eu respondi forte criminaliza as nossas inf inf esse criminalizar as infâncias como sem humanidade sem valores violentas indisciplinadas continua legitimando non na pedagogia democrática a pedagogia Cívico militar nó estamos no momento no meu entender de pedagogias que superem as hegemónicas non estamos estamos aoar momento que o estado hegemónico do capital do agronegocio do mercado continua imposto Lula disz vamos dar comida para as 40 e tantos mões
de Famintos a bolsa cae o dólar sobe O agronegócio vai dizer não vamos producir para com esses Famintos vamos producir para exportar e receber em dólares em euros Esta é a realidade que nós estamos então na pergunta que eu queria colocar conita sinceridade para vocês parabéns por terag de fazer uma crítica às pedagogias hegemónicas de tentar encontrar pedagogia cont hegemónicas Mas queria lembrar não haverá como construir pedagogias cont gimnicas se não tivermos corae de fazer críticas radicais ao estado hegemónico do capital do mercado do agronegócio este seriaa o primeiro ponto que eu queria colocar para
vocês mas aí vamos ter que ir ao tema e Paulo Freire e Paulo Freire Será que não poderíamos aprender com Paulo Freire a ser educadores construtores de pedagogias contrahegemónico tan criticado tão atacado Pelos poderes hegemónicos É porque ele cutuca porque ele incomoda e incomodou durante tanto tempo e que pena que ainda devia estar vivo para continuar incomodando mas vamos ter que faz ele vivo de tanta riqueza com que ele incomodou as teorias emic Então eu queria entrar exatamente nesse tema educação popular em Paulo Freire Com que olhar Paulo fre olhou o p nos col mas
para entender que Paulo Freire olhou oo pobo com um olhar anti hegemónico vamos ter que ter clareza de com que olhar as pedagogias hegemónicas olham o povoo e a educação do Povo Paulo tem um texto que vocês conhecem que eu acho que é de extrema actualidade agora que é o texto aqui da pedagogia do primido que fala da Concepção bancária da educação como instrumento de opressão seus pressupostos sua crítica será que as pedagogias antias não reproduz de alguma forma essa visão bancária hegemónica com que o o povo foi olhado Olha a pergunta que eu estou
colocando volto a colocar será que as nossas pedagogias críticas conscientizadoras tu povo inconsciente prec crítico não são pedagogias hegemónicas eu diria para vocês que seria bom ler o que que Paulo diz aquí na página 59 da pedagogia do primido a educação bancaria e a que educa educador o que educa nós educadores críticos somos os que educamos os educados os que Son educados por porque prec críticos o educador é o que sabe os educandos os que non sabe sumidos na ignorância o educador que pensa os educandos os que são pensados mas que não pensam e muito
menos pensam criticamente por Son inconscientes quanto falamos da inconsciência Popular quantas promesas de conscientizar nós intelectuais orgánicos conscientes conscientizar os inconscientes esa pedagogia é a pedagogia hegemónica não podemos dicer que seam pedagogias anemicas Paulo não entra nessas ao contrário L critica nós que temos a palabra os educandos calaba menino Já pensaram como que a pedagogia escolar e Popular das escolas públicas sobretudo calaboca menino senta parafusado na Carira fica quieto fica as pedagogias nossas hegemónicas e até contra hemic continuam sendo silenciador quando se silenci as nas escolas quando se silenci os adultos até os adultos na
quando se silencian os movimentos sociis não estamos em pedagogias anemicas estamos ainda reproduo pedagogias hegemónicas o educador é o que disciplina os educ Son indisciplinados non faz muito tempo toda crtica escola pblica toda crtica infancias populares indisciplinados violentos entre si con seus colegas violentos até seus educadores educadoras e lembran lembran o que se propu encontro de ministros facer con que as infancias outras Sean educadas para ter um pensamento saudável decretados sem capacidade de pensar humanoa era a proposta da pedagogia ilustrada atrévete a pensar e ser e ser rec comoo infancias non se atreven a pensar
como será Capes de pedagogias de humanização isto isto domina toda hora estou entendendo como que amos ISO e desconstruímos ISO que o que fez Paulo fre primeiro ponto que eu queria destacar e dear primeiro ponto Paulo fre educação popular mas como vemos o po olhar do povo é exatamente con Essa visão de povo povinho pov con que as visão hegemonica de o povo a mesma visão Colonial a mesma visão bancária com que as pedagogias hegemónicas vir e v e decretar e decretan o poo continua presente eu chamo atenção muito cuidado toda a pedagogia que se
pretende não ser hegemónica mas continua vendo o povo As infancias Populares estado de inconsciencia de inconscientes incapacidades de pensar conscientemente incapacidades de atreverse a pensar essa pedagogia Nunca será uma pedagogia anemica eu tenho muito medo vocês sabem que eu sempre fui radicalmente contra essas pedagogias conscientizadoras por quê Porque partem do suposto de que nós conscientes nós ilustrados conscientes que nos atrevemos a pensar conscientemente e o povo sumido na inconsciencia e nós vamos levar para eles a consciencia de que carecem essa visão é puramente hegemónica desde o grito Terra à vista não estou a favor dessa
pedagogia Popular conscientizadora prefiro Vamos chegar lá perguntar e Paulo Freire vê os oprimidos em estado de inconsciencia promete a eles conscientizar com pedagogias críticos sociais não não Paulo Freire não vai nessa direção ao menos a leitura que eu falo dele e não só leitura o convivio que eu tive que o tive tantas vez com El Eu lembro que uma vez perguntei a Paulo Paulo ho fala Pedagogia do Oprimido mas todo mundo fala que isas as pedagogias de Paulo meu amigo não são minhas pedagogias são as pedagogias que eu aprendi con os oprimidos e me lembrou
olha pega pega logo l a minha dedicatória na Pedagogia do Oprimido aos esfarrapados do mundo e aos que nele se descobr e ass descose con eles sofren mas sobre tudo con eles lutan Paulo nonha uma visão não fala aos inconscientes do mundo para que aprendan Conha consci Então eu queria ir para um segundo ponto que me parece muito importante as pedagogias hegemónicas sempre tiveram o que eu chamaria uma dialética pedagógica hegemônica sempre a pergunta que nos tínhamos que colocar em que medida essa pedagogia essa dialética pedagógica predominante em nossas pedagogias terminou sendo uma anti pedagogia
que condenou os outros ao estado de quê ao estado de desumanização de inconsciência de incapacidade de passar para o estado de humanização este este é um tema que vocês sabem vocês não falaram aí de meu último libro ISO lá você não fala do meu último livro de Miss Este último livro eu estive em São Paulo faz agora 8 10 15 dias recebe o prémio de estar entre os c com libros melhores considerados melhores Pero premio e neste libro eu coloco depois de aquele outro libro vidas ameaçadas que es antes da pandemia logo da pandemia e
todo mundoa ario ameças pelo vrus Não não é a pandemia virótica que ameça essas vidas é a pandemia política emica essas vidas e agora depois de vidas ameaçadas eu tive Cora de esber este livro que saiu o ano passado vidas re existentes e eu consegui do filho do Portinari que me autorizasse colocar na capa do livro que meu filho faz as capas dos meus livros uma pintura dos retirantes como querendo dizer quen seria o símbolo das vidas re existentes não falo resistentes re existentes afirmando sua outra humanidade na historia serían os retirantes os milhões de
Nosa historia de desenraizados de sua terra desenraizados de seus cultivos desenraizados de suas tradições de suas Memórias de suas identidades e colocados a caminho de outro lugar onde enraizar-se onde no asfalto de São Paulo no asfalto de Santa Catarina no asfalto de minasgerais estes Son o símbolo dessas vidas re existentes e aqui uma das coisas que eu faço é trazer com Paulo Freire uma crítica radical no meu entender radical aprendi con ele a fazer a me perguntei e Paulo Freire Não critica Não critica esse condenar as vidas a um estado de desumanidade e aqui na
página 14 todo libro mas página 42 eu vou colocar exatamente um tema que me parece de extrema importância neste nosso diálogo reconhecer os outros com Paulo Freire como vidas resistentes que afirman outras humanismos pedagógicos que afirman outra dialética outra dialética che afirman como a dialética pedagógica com que sempre foram olhados foi a seginte decretados estado de desumanização decretados estado de inconsciência das desumaniza que padecem decretados en outra estado tentativas de educarlos conscientizar para ver se conseguem sair desse estado de desumanização essa dialética que nos acompanha é a dialética que no me entender vaios dizer como
as as poderes hegemónicos v e viran e persisten em ver os outros a dialética que vai produzir as diferencias estado de deficiencia humanitaria de humanos estado de deficiencia de consciencia humana estado de incapacidades de Resistir para se libertar dessa condição isto está com muita ênfase no capítulo sexto no capítulo sexto tá essa tentativa de desconstruir essa dialética eu me perguntaria será que as pedagogias anemicas conseguem desconstruir essa dialética nós humanos os outros inhumanos nós conscientes os outros inconscientes nós resistentes os outros acomodados nós capaces de formação humana os outros incapaces de autoformação humana esperando que
nós educadores humanizadores os eduquemos os humanizem Eu tenho um texto que não sei se vocês conhecem que saiu na revista da chapec humano é viável é educável esta tem sido uma pergunta constante as pedagogias para as pedagogias hegemónicas o humano não é humano dos outros os outros inhumanos não Son humanis não Son educ esta seria um ponto que me parece fundamental para redefinir as pedagogias hegemónicas ou nós superamos essa decretar os outros em estado de inanidade de prumos até de inviáveis de ser humanizados porque sumidos na inanidade sumidos na inconsciência sumidos na incapacidade de ser
humanos ou nós não avançaremos para pedagogias pemic contra hegemónicas eu gostaria então de destacar este ponto Qual é a nossa dialética que dialética funciona ainda nos cursos de pedagogia nos cursos de formação de licenciatura ainda não é essa dialética V formar Educadora Educadora para ser capaz de humanizar os inhumanos voue formar como professor licenciado en conos para ser capaz de tirar da conscia da irracionalidade os outros sumidos na inconsciência e na irracionalidade realidade realidade eu sou professor por tantos anos na facultade educação e cosa sempre me assust no fundo essa dialética os outros estado de
irracionalidade de imoralidade incapaces de sair dese estado sem políticas educativas que os tiena condição ISO domina até ho avançamos muito e ves exemplo Como superar esas pedagogias hegemónicas Eu quando vi pedagogias contas eu mas que corae eu digo a vocês con toda sinceridade estou já aposentado na faculdade de educação estou aposentado de tantos lugares onde fui aí mesmo em tantos lugares ainda ainda me pergunto depois de tantos anos lutando contra as pedagogias hegemónicas que dec nosotros estado de inanidade de irracionalidade de imoralidade para tiros com pedagogias humanizadoras conscientizadoras até hoje até hoje ou nós temos
uma autocrítica radical a tudo isso a essa dialética ou será muito difícil avançar até reconhecer Paulo Freire como um educador anemico eu queria ir para um terceiro ponto eu acho que as pedagogias hegemónicas elas se legitiman em algo mais radical do que apenas en pedagogias hegemónicas se legitima no que eu chamo no paradigma de humano Dual avisal sacrificial que foi apropiado pelo nós sínteses humano e decretou os outros na condição de inanidade esta Ponto Gostaria este terceiro ponto que eu preparei para dialogar com vocês para mim Paulo Freire ten um texto vocês devem conhecer Paulo
Freire um outro paradigma pedagógico deesse texto eu já me perguntava un anos que eu es esse texto Será que Paulo freira radicalidade de Pablo freir não é por outras pedagogias outras didáticas de ensinar de Mas é por uma crítica radical ao paradigma hegemónico Dual avisal sacrificial de humano Será que Paulo Freire não resiste a esse Paradigma e Não afirma um outro paradigma de humano este seria um ponto que me parece muito importante Central no Paulo fre e eu recolhi essa pergunta que me fazia faz algum tempo neste novo livro que saiu agora publicado aqui da
página 203 no capítulo séo vidas re existentes não falo resistentes S re existentes sujeitos de outra dialética desumanização resistências conscientização humanização sujeitos de outro paradigma de Human E aí a pergunta que eu me fiz e gostaria de socializar com vocês porque essa pergunta que vocês no fundo est fazendo parabenss a vocês nesta crítica as pedagogias hegemónicas Paulo Freire no seu livro logo aqui na início do libro me chama sempre muito atenção essa ideia de onde que está Paulo fre na página 29 do livro Pedagogia do Prim na própria justificativa da pedagogia do primido ele começa
já nos trazendo uma outra dialética uma outra outro paradigma de humano ele vai nos dizer mais uma vez mais uma vez se como querendo dicer uma constante histórica tem sido os oprimidos desafiados paraa dramaticidade da hora actual e a dramaticidade de toda a história sofrida se propõem a si mesmos como problema este para min esta frase os oprimidos não esperan que alguém fale para el vos é um problema reconheça que você é um problema na história não ele se faz na si mesmo um problema só se fará na si mesmo um problema se tem consciência
das opressões que sofrem aí Paulo Freire neste primeira página 29 na página 30 coloca coisas que eu eu é por aí que me parecer V as pedagogias anemicas que Paulo Freire defende eu coloco aí Exactamente na pgina digo 203 vidas resistentes sujeitos de outra dialética sujeitos de outro paradigma de humo outra dialtica e qual Son os termos desse outro paradigma humano dessa outra dialética e vou colocando aqui repito o que Paulo Freire fala na página 29 30 os oprimidos se facem problema a eles mesmos se indag respondem e suas perguntas respostas os Levan a novas
perguntas o Sea temos que ver os oprimidos em estado de contínua interrogação só se os vemos estado de continua consciencia ningu se perguntas se Interroga responde e as perguntas no perguntas consente non favor pedag CR socias pao contrao pare esa continuando sociis continua decretando os outros estado de irracionalidade de inconsciencia de imoralidade de inanidade incapaces de preguntarse de faers problema a eles mesmos Paulo Freire vê os oprimidos fazendo-se problema a eles mesmos indagando-se respondendo e fazendo novas perguntas a partir das interrogações que constantemente se faz a partir da consciência interrogante com que constantemente se Interroga
segundo ponto que Paulo Freire nos coloca o Oprimido está aqui na página 29 os oprimidos sofrem as desumanização como realidade histórica este ponto para mim é fundamental está aqui na página 30 constatar essa interrogação essa preocupação implica indiscutivelmente reconhecer a desumanização não apenas como viabilidade ontológica mas como realidade histórica que pouco falamos da desumanização falamos muito mais da inconsciência do que da desumanização se persever nisso é é muito mais para nós cidadão conscientes que vivem em situações não tan humanas como professoras como professores até das Universidades falar da consciencia o da inconsciencia do que falar
do que Paulo Freire tanto centraliza as desumaniza como realidade histórica e ontológica para m forte de mais forte dema as desumaniza com uma realidade histrica não apenas como viabilidade ontológica mas como realidade histórica eu tento aí na pgina 209 tento destacar esses pontos que me pare importantes importantes un prop a si mesmos como problema que revela ter consciencia das opressões dasações que sofrem como persistente realidade histórica não tem sido os humanismos teóricos que destacan a dialética desumanização humanização mas são os prprios humanos vivenci vítimas de históricas deações que se faem problema eles mesmos não esperan
que nó faamos problema el se faen problema e non que faamos problema de su inconsciencia el problema de algo muito mais radical de ser desumanizados non ten sido apenas teorias pedaggicas humanistas do desenvolvimento humano que ten impsto como problema a dialética as conol os sujeitos dessa crítica Son os propios desumanizados este ponto insisto parece nuclear central e espero que nós o reconheçamos como Central depois o terceiro ponto que faz parte dessa dialética o problema de sua humanização o seu problema Central inel eu eu eu diria Paulo como que fica qual é o problema iniludível para
eles o problema de sua desumanização e Paulo vaios dicer olha a Lucidez de Paulo e também e talvez sobre tudo A partir dessa dolorosa constatação das desumanização como realidade histórica que os suprimidos se perguntam sobre a outra viabilidade a de sua humanização e ele já antes na página já colocou o problema de sua humanização ap pesar de sempre de ver haber sido de um ponto de vista axiológico o seu problema Central eu diria dentro de seu dentro de um de um ponto de vista pedagógico seu problema Central assume hoje caráter de preocupação ineludible o problema
da humanização para os desumanizados tem tem sido sempre na história seu problema central inel e Paulo Freire sempre me chama Mita atenção lei ISO aqui faz uma chamada aqui e nos diz quem são os sujeitos que fazem de seu problema da desumanização e de seu problema da humanização seu problema Central inel olha são os movimentos de rebelião sobre tudo de jovens do mundo actual no mundo actual da final da década de 60 já que necessariamente Revel a sua conção de inanidade e de interrogações sobre sua humanidade isto me parece muito importante eu diria Paulo você
está falando que não são só os adultos que chegan aa não são só os movimento feminista indía sem terra que se fa essas problemas Son já as infâncias que chegan n escolas que se facem já esse problemaa pergunta Tá talvez sobretudo a partir da dolorosa constatação de vierse infas desumanizadas adolescências desumanizadas que se pergunt sobre a outra viabilidade a de sua humanização aa possibilidade uma infancia humana uma Adolescência humana isto me parece Radical para pedagogia tá então este seria o problema de sua humanização seu problema Central eud desde a infância desde a adolescência na vida
adulta como uma constante eu diria nos percursos da infância a velice aud mais um ponto que eu coloco aqui na página 224 os oprimidos afirm outro paradigma pedagógico humanização conscientização resistências humanização este me parece um ponto nuclear para pensar nas pedagogiasem de Paulo Freire Paulo freir insisto nos afirma não só uma outra dialética pedagógica Não afirma um outro paradigma pedagógico eu tenho insistido muito neste novo libro que nós temos dado Pouca importância a uma pergunta todos os humanismos pedagógicos desde a paideia humanismo já clásico que diz formemos desde a infancia o sujeito da polis esses
sujeitos da polis foram todas as infâncias reconhecidas sujeitos da polis não se calcula que apenas 10% dos membros da polis grega eram considerados membros da polis consequentemente só 10% de suas infâncias seriam viáveis educáveis pelas pedagogias para formá-los membros da polis e os outros 90% o propio arist propio Aristóteles fala são escravos escravidão já naquela época negros são trabalhan em trabalo serví quem trabala n trabal serví quem trabalha como escravo desde as infancias será inviável para ser membro da polis logo não será objeto da pedagogia tan decantada da pedagogia já grega que queria educar as
infâncias como membros da polis Isto é muito importante a pergunta então nos temos que colocar mas que humanismo pedagógico o anti humanismo estava presente nessas já originárias todas as humanismos pedagógicos insisto estão traspasados essa tesis básica deste livro está traspasados por um paradigma Dual avisal sacrificial segregador de humano volto a repetir todos os humanismos pedagógicos está traspasados está determinados por um paradigma Dual avisal sacrificial de humano e depois podíamos dizer também até de infancias Estou escribo um outro libro agora sobre as infancias outras também vítimas de um paradigma Dual avisal sacrificial de Infância humana ISO
vai vir no próximo libro mas este queria destacar o que destac este libro educadoras e educadores o nós superamos esse paradigma Dual avisal sacrificial de humano que foi apropiado pelo nós como síntesis de humano e decretou os outros na condição de natureza de inanidade de imoralidade de racionalidade ou não avançaremos para pedagogias contas o que de mais hegemónico não é a pedagogia é o paradigma de humano condicionante das pedagogias hegemónicas enfim essa é a linha em que eu trabalhei no último livro E aí Coloque os oprimidos reafirm outra outro paradigma pedagógico qual seria o outro
paradigma pedagógico que os oprimidos afirma E que deberíamos nos propor com Paulo Freire fortalecer seria desumanização sim Temos que falar mais da desumanização temos que reconhecer mais tanto milhões de infâncias desumanizadas de jovens adultos desumanizados temos que recer que a desumanização é uma realidade histrica para muitos sofrio histrico vem desde vida inteira e continuar por vida a desumanização Mas temos que superar a ideia de inconsciência e reconhecer o que Paulo tanto fala ninguém tem mais consciência da desumanização do que aqueles que ap padecem este me parece um um ponto nuclear em Paulo FR que nem
sempre está claro nas pedagogias críticos sociais Paulo insiste desumanização S falemos mais da desumanização tentemos entender mais os processos de desumanização com que chega nas escolas desde a educação infantil desde a educação versário desde a creche até a eja até a universidade agora Tent temos entender mais ca tentemos entender mais como se um problema de sua humanização tentemos sobre tudo entender mais sobretudo como tem consciencia de sua desumanização porque ninguém tem maior consciência da desumanização do que aqueles que a sofrem Isto é Central em Paulo fre nesse sentido as pedagogias críticos sociais não adoram Paulo
freir porque acham que Paulo Freire tira deles O que é sua se núcleo Central conscientizar os inconscientes mas Paulo fre que conscientizar os inconscientes tem consciencia os que nós temos que fazer é reconhece-los em estado de desumanização mas em estado de consciência de sua desumanização e mais recelos resistentes o libro outra Paulo fre outro paradigma pedagógico eu insisto muito na Idea da resistencias t fortes em Paulo fre e agora aqui colo não só resistências mas re existências porque eles resisten a existir eles resisten a negar a posibilidade de existir como humanos ent re existen como
humanos resistências eu coloi aqui reafirmando sua outra humanidade na história um professor me perguntou Arroio você fala sua outra humanidade na história você acha que existe mais do que uma humanidade existe porque o paradigma de humano apropriado pelo nós como ses Doo un paradigma Dio no promet educação inclusiva educação igualitaria para inclu no paradigma único deo de Que som a ses educação igualitaria como humanos mas desde que desde que sempre condicionada aer percursos de alfabetização de humanização de moralização idade certa para mcer ser inclu no paradigma único de humo eé infância humanao teramos inumano antipedagógico
toda pedagogia a toda hora too plano nacial educação todas dires curriculares nacionais sempre insistem educação inclusiva educação igualitária sempre que se promete inclusão se parte do pressuposto de que está excluídos Mas vamos tentar incluídos se parte de pressuposto que não são iguais como humanos Mas vamos tentar humanizar moralizar para que mereçam se entrar no recinto sagrado privilegiado do nós sínteses do Human Esta é para mim a maior crítica de Paulo freir as pedagogias hegemónicas enfim os oprimidos resistentes colocam sua outra humanidade na história e aí eu vou tentar colocar que não existe só uma história
da humanida não existe só uma história de sermos humanos e de formar os outros como humanos existe insisto historias muito desencontradas a historia dos poderes como pensan os outros estado de permanente desumanização inconsciencia a ser humanizados e a historia dosr cheir che se afir seut desumanizados mas resistentes Anes da desumanização lutando por ser humanos por afirmar outra humanidade na história outra história da humanização enfim esta é un pouco a leitura que eu fao de Paulo freir e eu diria me parece que por aí por aí que debemos avançar po estava colocando aí ultimamente comemoramos aqui
faz pouco tempo uns meses Anos do Movimento Sem Terra os movimentos sociis para son os grandes pedagogos anemicos os movimentos sociis se movimento infanto juvenil che Paolo fre coloca se o movimento ind movimento quilombola movimento negro Mento [Música] sen terrao un movimento feminista moviment LGBT qual un movent termin sendo movimentos che tan desconstruir as pedagogias o anti pedagogias eicas decet inuman tentan desconstruir o paradigma segregador único Dual avisal sacrificial que o sacrificou estado de inanidade e de incapacidade de passar para o estado de humanidade por inconscientes e se afirma estado de humanidade de consciencia de
moralidade de humanidade afirman um outro paradigma pedagógico uma outra historia de sermos humanos afirman uma outra humanidade enfim é ass que eu tentei passar a leitura de Paulo Freire dentro deste tema parab a você vocês percebem que quando eu li pedagogias contrahegemónico mas que corag que corag continuemos conessa Cora fortalecidos no tema que vocêes nos colocaram fre um pedagogo anemico radicalidade anemica a eh B Professor consegi voltar então nós vamos dar sequência agora na segunda etapa da aula para que o professor Miguel possa responder perguntas que foram enviadas e eu pergunto professor se gostaria que
a gente colocasse aqui na tela as perguntas e l eu tenho as perguntas aqui já ok ok quiser colocar para que os outros Leiam a pergunta isso vou fazer essa leitura então vou fazer essa leitura pro senhor Então a primeira pergunta então temos é sabe-se que o trabalho como princípio educativo se destaca como um dos fundamentos da pedagogia histórico crítica Quais as possibilidades de interlocução entre a pedagogia da libertação de Freire e a pedagogia histórico-crítica de saviani bem eu eu a muito interessante e participo deesse recer o trabalho educativa coa tamb masou insistir Punto que
para destacar trab principio educativo tem destacar mil de trabadores sem trabalho iso é educativo bilhões em trabos informais sem forma de trabalho se calcula 40 milhões de trabadores trab ISO educativo ISO pedagógico eu ao que nós temos volto a existir con Paulo temos que traballar má o que ha de des educativo até no traballo o trabalo é principio educativo mas para qu até para as educadoras educadores das creches para as educadoras educadores que gaan un salario mínimo que ten que trab trabar em dois turnos até TR turnos iso é educativo iso é formador eu insisto
por favor tenhamos consciencia de que organização hegemónica do trabalho Condena milhões a trabalho a trabalhos informais ou a trabalhos desumanizantes este seria um ponto che me parece che importantísimo trabalhar vamos lá segundo Vamos então seguindo com a segunda pergunta quais as diferenças epistemológicas e teóricas da pedagogia de Paulo Freire e da pedagogia histórico-crítica em que elas se distinguem e se aproximam eu acho que tem muito de aproximação muito não não não a que Paulo Freire é um crítico radical mas já falei como que é diferente tá sobretudo nafase che ainda a pedagogia histórico crítica essa
palavra crítica d a educação crítica educação conscientizadora crítica e Paulo não tem uma Conciência mais crítica da desumanização do que aquele que as vivencia Paulo é radicalmente contra pedagogia de de da consciência crítica aos que T consciência crítica para Paulo Freire nós que temos que aprender com a Conciência crítica de aqueles que vivenciam as opressões de humanas este me parece um ponto que ainda teríamos que trabalhar mais para aarn mais terceiro ponto terceira pergunta terceira pergunta Professor as pedagogias hegemônicas seriam as legitimadoras do inumano é uma pergunta né seriam as legitimadoras do in humano e
o desvelamento das diversas formas de opressão seriam formas de fortalecer as resistências dos educandos e dos educadores eu diria eu eu gostei muito dessa pergunta e acho que a maior parte das tentativas minhas trazendo as pedagogias anti hegemónicas de Paulo Freire foram nessa dimensão quando eu estaquei a urgência de criticarmos destruirmos o paradigma único hegemónico Dual avisal de humano já fui nessa essa dimensão essa direção agora a palavra desvelamento das diversas formas de opressão e esse esse desvelamento da impressão de que está veladas ocultas e vamos desvelas volto a insistir os oprimidos não está em
estado de desvelamento pedindo desvelamento da oessoas que sofrem eles insisto tem consciência mhor do que nó do Che significa ser Oprimido como uma constante histrica a palavra desvelamento se aproxima muito de dizer está n estado de de inconsciência estado de não perceber Claro tira isso para que ten um Lucidez de ser desumanizados a palavra desvelamento não ao que temos que superal vamos mais Professor eh em sua visão faz parte do projeto neoliberal no Brasil com o estado mínimo a intencionalidade de deformar os oprimidos através da universalização precarizada da Educação Básica esta questão é uma questão
muito séria Muito séria primeiro eu eu acho que temos que parar de dizer neoliberal não tem nada de liberal Onde está neol liberalidade neoliberalismo eu escrib um texto ultimamente ten escrito V texos podem encontrar o primeo texto que esc nesta Dire é o desmonte do Estado de direitos o desmonte do direito educação esse texto vocêes podem encontrar na educação da nossa faculdade de educação da UFMG depois escr um outro texto reconstruir o estado de direitos Reinventar outra gão de outro direito à educação esse texto vocês vão encontrar na revista deai já foi publicado vai nessa
mesma direção em que tem politi os temp sem politizar o estado non conseguimos politizar a educação non estamos estado de direitos humanos non estamos estado n sequer Deão democrática da educação porque o estado que nós temos non é estado de direitos humanos Depois tem um outro texto que vai nessa direção que está sendo publicado na a revista da a ver se me lembro aí da vou repar o texto é tempos de desmonte do Estado de direitos humanos tempos de imposição do estado do mercado do capital e do agronegócio tá esse texto está sendo publicado na
revista depois eu lembro e falo para vocês aí em São Paulo tá eu acho que por aí que temos que avançar temos que avançar para entender Em que momento estado não é estado mínimo queele estado mínimo Estado para o capital é estado máximo para o Agar negcio é esado máximo para os Human estado mnimo fa essa distinção bem clara paraos vamos para pergun Professor o atual modo de financiamento à educação que precariza a escola pública ele pode ser caracterizado como mecanismo de controle do estado para formação dos trabalhadores O Chamado eh trabalho precarizado chamado precariado
os trabalhadores precari o chamado precariato eu eu acho que nos falta nos falta fazer uma análise mais mais crítica do sistema dual de educação que nós temos essa palavra sistema público sistema público se contrap a privado aqui onde eu estou do lado direito tem um quarteirão enteiro com uma escola squer de marí o deí não sei qualqu é sagrado coração aí não chega o negro não chega um pobre aí chegan os filos netos das clases medias de aqui deste bairro de Bel Horizonte quando se construiu a capital e não só tenes escola privada religiosa tem
o Santo Antonio religioso tem o Santo Agustinho religioso tem jas religiosos entende quando se construiu Bel Horizonte e se colocar aqui permetro da cidade se colocar os funcionrios pblicos se entregar quarteirões os para as escolas privadas deste outro lado a minha esquerda tem uma escola pública en espazos diminutos de educação infantil de Educação Básica não tem educandos educandas das clases medias aqui destes bairros que Leven seus filos na escola pública e todo día seis oito ônibus tem que ir NS favelas buscar infâncias criancinhas infâncias adolescentes negros todos pobres favelados para estudar nesta outra escola pública
é o dualismo brutal do nosso sistema educacional isso não é escola pública nós temos a escola as as directives curriculares a base Nacional comú não é para as escolas privadas é para as escolas públicas o reprobar repetir repetir y reprobar y repetir de nu é escola pública o silenciar cal boca menino fica quieto menino e na escola pública nós não temos um sistema educacional único nós temos a vergonha de um sistema educacional Dual avisal sacrificial como paradigma de humano Dual avisar sacrificial dominou em Nosa historia o nós sínteses do humano não Levan seus filos nas
escolas públicas os outros sínteses do inhumano é que tem que levar se os filhos n escolas públicas terrível o nosso sistema educacional é in Dual avisal con dualismo social político económico racial étnico de género de clase ISO que temos que denunciar e esa é uma denuncia Radical para as pedagogías estas pedagogias que estamos falando contrahegemónico non des construiremos a pedagogías contem sem desconstruir ese noso sistema tan Dual hegemónico avisal sacrificial de nós síntese do humano nas escolas privadas e os outros sínteses do inumano nas escolas públicas Este é uma questão muito sria muito sria que
pouco falamos sobre a crítica a nosso sistema educacional tan Dual tan avisal tan sacrificial vamos para outra pergunta e diante de tantos desafios Professor uma pergunta que quem sabe nos traga aqui algumas algumas esperanças ou caminhos como trabalhar a partir de uma educação popular freiriana diante destas reformas neoliberais do currículo como enfrentar e contrapor uma educação Popular freiriana eu insisto e ISO já estou falando para vocês esses textos últimos que eu escrevi tem outros textos já que V nessa mesma direção ess último is a educação gão da educação com justiça social que educação dos injustiçados
ISO apareceu naai já faz do anos todas est estas questões que estamos discutindo eu diria com toda com toda quando eu fui secretário de educação uma coisa me chamou muito atenção e acompanhando tantas tentativas de uma educação pública democrática uma educação eh de Formação o que me chamou sempre a atenção é que Ou nós fazemos uma crítica radical que é o que você est se propondo e parabens a vocês aos paradigmas pedagógicos hegemónicos ou nós não avançamos mas volto a insistir nor avançaremos em pedagogias contrahegemónico estado hegemónico estado capital o estado do agronegcio o estado
da do mercado e não avançaremos en quanto não avancemos no que me parece fundamental que estava falando antes na outra pergunta nessa dicotomia avisal sacrificial entre sistema privado para os nós filos dos Nós já reconhecidos humanos plenos humanis plenos e o estado público para os decretados em estado de inanidade de incapacidade de ser educados como humanos estas questões acho que temm que merecer mais centralidade e vocês que está com uma proposta tan tan linda tan tan corajosa de pedagogias contrahegemónico destaque a uma crítica A que se sistema educacional contraem queos aí Du vamos para outra
pregunta eh Professor gostaria de saber se a reforma do ensino médio voltado para o protagonismo juvenil no sentido de ser empreendedor não seria uma nova roupagem do capitalismo se reinventando a Algo Mais do Mesmo eu estou plenamente de acordo com essa interrogação é uma forma de reinventarse o velho o velho persistente pedagogias hegemónicas é uma veja há uma coisa muito interessante nesse novo eu estou até escrevendo tentando esc um texto sobre isso nesse protagonismo juvenil fazer que os jovens os adolescentes seam emprendedores esa é a pedagogia do Estado de mercado eu tenho um texto já
antigo que vou republicar currículos por competências che a base Nacional comun Che Non para os de saquer de de marrid e todo isso mas para a escola pública que é para as infancias adolescentes jovens e adultos eh torná-los mais emprendedores mais capaces de ser competentes para superar a sua situação que é culpa eles são culpados disso então mas vamos fazer o favor de libertá-los dessa e tornos empreendedores por Veja a palavra empreendedor tornar os jovens empreendedores qu dier jov eu estaba estaba aqui se você vai no supermercado que que você vai encontrar vai encontrar que
se tem 10 caixas onde você vai escolher para comprar unas batatas um leite todas são negras e jovens por queê porque estudaram E eu perguntei para el você para entrar aquii eu tive que apresentar certificado de ensino medio Ah é E para quê para isto que estou fazendo passar su pass batata S bacaxi seu leite e dizer o senhor tem que pagar 100 tem que pagar 200 é isso isso é emprendedorismo ise emprendedorismo que estamos querendo para os milhões de infâncias adolescencias jovens negras que lutam se esforçam por chegar na Escola Pública até superar a
educação fundamental chegar na educação mdia terrel terrel então teríamos que repensar e uma coa que me ch atenção n projeto é para que aprendan a fazer seu proxecto de vida olha olha que frase o Sea o pobre o negro a ma deses pobres negros 10.000 muleres empregadas domésticas que Son domésticas que ten que saír de casa aqui mesmo no predio onde eu estou a primeira a chegar é uma menina uma Muler Negra e a que hora que você saiu de casa às 5:30 professor para estar aqui às 6:30 e seus filhos ficaram lá estou com
o coração partido será que está tudo certo a vinha dá uma olhada de vez em quando estáa é realidade se esa mulher negra faxineira tivesse tido corae de fazer um proxecto de vida diferente e estudado até na educação média era sería o que sería o que o problema que essa Muler Negra não teve um projeto de vida D impressão de que eles não temm projeto de vida porque não são capaces de fazer seu proxecto de vida seamos críticos para isso uma das coisas que a mulher ensina a seus filhos é a fazer um projeto de
vida um projeto de vida de ir na rua e poder até lavar caros para poder tirar Unos trocados un proxecto de vida para carregar as sacolas cadab nos supermercados um proo de vida para ser babás e antes eram babá de crianças agora o que eu vejo aqui todo o día na tarde são adolescentes negras babás de cachorros que estaban latindo cuidados e lan a passear no final de tarde é terrível ou nós criticamos esse modelo de sociedade ou nós todo proxecto de educação media para o protagonista juvenil para ter um projeto de vida empreendedor é
uma fronta e uma reprodução besta das contra pedagogias hegemónicas das pedagogias hegemónicas que dominan ainda noso novo ensino medio novo eu preguntar ao ministero da educação CAD a novidade esperamos ter um novo Ministro da Educação e uma nova equipe na nossa educação porque o que temos aí não tem nada de no Nada vamos para outra pergunta Professor qual seria entre Educação do campo voltado para a agroecologia e Agricultura Familiar para a educação Rural que predominou ao longo dos séculos incentivando monocultura do agronegócio eu eu essa pergunta eu eu posso fazer uma uma pequena observação eu
não gosto da palavra agroecologia sempre falá agricultura sempre reconhecíamos que a matriz mais radical da formação humana era a terra o cultivo da terra sou filho de campon sou filho de camponesa imagina agora nos dic Não não é agricultura tira a palavra agricultura agroecologia a palavra logia logística logia Logos é palavra agroecologia é falar sobre agricultura mas esquecendo ou não lembrando ou secundarizando que a questão radical é reconhecer a terra a a luta pela terra a luta pelo cultivo da terra como a matriz fundamental de cultivar como humanos a cultura da terra agricultura muito diferente
de agroecologia eu tenho obgado muito até contra o movimentos em terra que usa muita palavra agroecologia imagina que eu for falasse para meu pai meu pai você eu aprendi com você que você é agricultor você minha mãe é agricultora mas não se fala agricultor agricultur agora você agroecología meu pai me diria deixa de conversa fiada pega enchada e vamos preparar a terra que vai chover e temos que plantar antes da chuva incrível é incrível como que estamos de vítimas desse agronegócio que fala em agroecologia tem programas todos os dias programas agroecologia de quem do agronegócio
e ainda nós na área da Educação do campo temos coragem para entrar nessa agroecologia nós não queremos falas sobre o campo queremos lutas pela terra não queremos falar sobre a terra não queremos falar sobre a terra como Matriz de forma humana Central no queremos falar sobre ISO queremos recer que o agricultor ele põe nação sobre todo os que lutan pela terra pelo comida pelo trabalo pelo produção São agrocor se cultivan a si mesmos como humanos a agricultura é a grande Matriz de formação humana na historia e desculpe que repita de novo foi a lição mais
potente que eu receb de minha mãe de meu pai como agricultores lá nos campos da Minha Terra vamos para outra Ah te queriaa falar uma coisa celebramos agora os 25 anos do Movimento Sem Terra e eu esi um texto em que exatamente coloco como que o movimento Terra colocou pedagogia essa radicalidade de reconhecer a terra o cultivo como as matrizes culturais de humanização mais radicais na história da humanidade posso depois mandar para vocês tto obrigado vamos lá mais fantástica sua resposta Professor gostaria que o professor também comentasse experiências da educação popular no âmbito institucional Municipal
eh a sua experiência em Belo Horizonte e Paulo Freire em São Paulo uma uma das coisas que que eu gostaria de colocar é a própria palavra plural lembra que nós coloc escola plural Mas que que é isso de escola plural não uma escola que ensine mais letramentos plurais que S ensine mais numeros plurais que ensine mais história plural que existe não é uma história não escolar ou nós resistimos à escolarização da educação ou não conseguimos avançar em pedagogias contrahegemónico mais hegemónicas é ter reducido o direito à educação o direito à escolarização inclusiva igualitária sem reprovação
a escolarização não é o melhor projeto de educação não é o melhor projeto de formação humana que desde a paideia a pedagogia recebeu como encomenda de formar nas infâncias os sujeitos da pólice a escolarização que é relativamente recente uns séculos acabou com o projeto de formação humana como grande projeto da pedagogia o que nós defendíamos na escola plural era como dar conta da pluralidade Olha o que estou falando não da pluralidade de letramentos de numeramento de matematicos senão a pluralidade de dimensões da formação humana de um sujeito humano está a ideia fundamental dar dar tentar
ao menos tentar reconhecer que a função da escola pública é conseguir dar centralidade à capacidade dos educadores das educadoras e dos educados de avançar nos processos de sua formação humana plural formação intelectual formação moral formação ética formação indígena formação quilombola formação identitária formação de género formação de classe essa era a ideia da formação humana plural total e unro Punto che nos destacamos Mas qual especificidade da formação humana plural em cada tempo na especificidade de cada tempo humano Este é muito importante Agora toda a criança está no preescolar no prel letramento a questão da criança de
0 a 3 anos é como ser tratado como ser socializado como ser reconhecido como uma infância já humana na palavra infância inf não falante não falante não é humana nós teríamos que ver qual é a especificidade da formação humana na primeira infância Qual é especificidade da formação humana na segunda infância segunda infância já é para prel letramento manda o prel letramento para não sei onde a formação humana da segunda infância exige um uma formação humana Total específica aquele tempo humano e a formação humana de se 7 8 anos a mesma coisa não é só tempo
de letramento é tempo Radical para formar noos como humanos nas identidades de humanos e não nas identidades de ninho de muleque de está Estas são questões muito srias Sea formação humana integral na especificidade de cada tempo humano a começar da infância adolescência PR Juventude vida adulta aten Vel vamos lá Professor como Miguel Arroio né entende a ligação entre a educação popular de Paulo Freire e os movimentos sociais Explique o papel dessa educação na libertação de grupos marginalizados eu não gosto muito marginalizados sim marginalizados mas mais que pao falava oprimidos pao f pedagogas dos Marginal oprim
muitos dos nomes com que nomeamos nos outros são hegemónicos eh eh e eles que são marginalistas eles que se marginalizam ainda não seria por aí mas eu entendo já falei muito sobre a dialética de Paulo Freire de humanização dos oprimidos Eu acho que já respondi essa pergunta e aconselho voltar de novo aquela páginas em que eu Tent discutir o paradigma a dialética de Paulo Freire de humanização que é uma dialética não hegemónica uma dialética que reconhece lembra que eu falei para vocês aí uma dialética que reconhece eh os oprimidos estou aqui a s retomar que
Recon uma dialética aqui na pgina 203 que Recon que o Prim se fazem problema que sofre as des imaginações que tem consciência dasações que fazem problema de sua organização Enfim tudo isto eu diria é por aí que eu diria para Paulo Freire quem faz tudo ISO quem põe naessa dialética os movimentos sociais Isto é muito interessante Paulo Freire eu quando falei para ele Paulo todo mundo fala que a pedagogia do primido é sua pedagogia que é ISO Rio é a pedagogia que aprendí con eles mas onde você aprendeu e ele como fala log na dedicatória
são aqueles com os quais eu convivi lutando em movimentos sociais desde adolescentes desde crianças desde jovens e adultos Coloca aí na página 69 ya na página 31 então é por aí que a me parece os movimentos sociais são os grandes educadores Eu tenho um texto não sei se vocês conhecem que acho que já seria bom retracer aqui é um texto pedagogia sem movimento o que temos a aprender dos movimentos sociais esse texto está em currículo sem fronteiras e esse texto daria uma resposta saa para che veo che Paolo fre ve si alimenta do oprimidos do
moviment sociis oprimidos vendo eles movimentos non movimentos de inconscientes pedendo conscientizados moviment conscientes ladores resistentes humanizadores re humanizadores e a pergunta serà o aprender desses movimentos sociis o que que Paulo aprendeu desses movimentos sociais essa a pergunta que eu tento trabalhar neste texto vamos lá estamos long vamos lá existe existe uma política de não retenção de alunos crianças e jovens não alfabetizados são passados sem ter conteúdos necessários por abre aspas não adianta fecha aspas isso também não é inum eu não sei quem que fez Unic pergunta por favor você a favor dessa poltica criminosa dear
vou contar uma histria che me aconteceu quando fui secreto querendo organizar tudo dentro da ideia de respeitar os tempos humanos a especificidade de cada tempo humano e colocamos no tempo de 6 anos quantos alumnos vamos ter no tempo de sete no tempo de oit no tempo de e quando começamos a colocar os tempos os alumnos que amos com se anos na primeira srie tinha o triplo do que tamos na quarta na quinta eu fale non possel por Arroio non es cosisa primeira sée che devar os de 6 anos não está só os de se se
anos está os de o os de os de 10 os de 11 repetentes mulre repetentes basta nós acabamos repetencia nos acabamos con a reprovação toda reprovação tem destinatários toda reprovação os destinatarios preferidos da reprovação escolar Son os considerados en estado de irracionalidade de imoralidade de Son nos outros Son as outras infancias un crime vou contar uma história para vocês que me aconteceu não foi aí embaixo foi lá em cima no Ceará depois de ter falado tantas coisas que eu aprendi com essas tantos educadores educadores antes de ir no hotel eu fui lá lanchar um pouco
e lanchando lá estava lá fiz questão de colocar-me num painel para olhar o Minha Jangada saiu paraar eu Que bonito de aqui volou ver saindo as jangadas para o mar Ino da noite não conseguia Porque na minha frente tinha adolescentes e crianças fazendo esse gesto colocando a mão no estómago e colocando Guarda um pouco para comer esta realidade aí saí de lá com estómago remido e me encontrei com dois meninos um de oito e outro de 9 anos estav lavando carros quando me aproximei tudo bom senhor tem um carro para lavar nós lavamos carros aí
lavar muitos carros lavamos muitos carros e vocês V na escola e o menino me pergunta e o senhor é professor devem ter lavado 20 30 carros e ninguém preguntou el ou não vai na escola eu um educador teve a estúpida pergunta de perguntar e vocêes v na escola vamos vamos na escola e depois da escola vios para cá para ganhar os trocados mas por queê porque minha mãe está desempregada meu pai é desempregado minha mãe não G para para aí nós lamos ajudamos em casa aí eu já conversando perguntei e em que ano que você
está com 8 anos eu estou na primeira série e você com 10 eu estou na segunda Mas por que que v está na primeira e na segunda S já ten 8 anos a nossa professora fará os dois aa que nós não temos cabeça para as letras e nos reprova Isto é um crime isso é um crime se alguém que me está escutando comete esses crimes Deixe de ser professor de ser professora e vai buscar outro trabalo não temos direito a ser criminosos com aqueles que a sociedade criminaliza e Condena essas condições criminosas desde as infancias
prohibido reprobar se um dia fosse ministro da educação seria primeiro decreto prohibido reprovar Como foi o primeiro decreto quando Fi secretário de educação prohibido reprobar e lembro de um professor que reprovou 80 tantos por cento na matemática eu falei se tem problema que repitam e se aprendem serão aprovados se não serão repetentes de novo dig Então para que não aconteça isso você fica dispensado da condição de professor mas eu fiz concurso mas eu vou entrar na justiça contra você porque você não está digno de Educar po é desumaniza os que a sociedade já tanto desumaniza
Esta é a realidade gente eu vivi isso vocês vivem isso e vocês sabem que isso é uma constante uma constante em nossa história e agora ainda quando crianças jovens não alfabetizados são passados Olha a palavra são passados sem ter aprendido os conteúdos necessários necessários para quê Eva viu a uva para quê tem um libro que você decer currículo territorio en Disputa se TR para acá currículo territorio em disputa a última parte eu coloco quem disputa o currículo os educandos disputan o direito não só a saberes dos conteúdos disputan o direito a sabse que o que
Paulo fre tanto nos fala saber de si saber do mundo saberse neste mundo que os desumaniza e saber de súa resistencias por humanização iso é o que temos Isa história porque não adianta Ah não adianta que não adianta não adianta para professor dier não te cabear letras então que vai vai para lavar caros e estáis en paz educadoras e educadores vocêes que asumir esta tarefa de pedagogias contrahegemónico mais hegemónicas mais brutalmente hegemónicas segregadoras e a reprovação nas escolas sou radicalmente contra porque sou a favor de pedagogias humanizadoras uma crianç que se sabe des reprovada porque
não tem cabeça para as letras eu depois de Saí não consegui a dormir que deve pensar uma criança de si mesma que identidade estará construindo essa criança que luta que lava tantos carros para levar para sua mãe um dinheiro dizer que ainda apressado fala que não tem cabeça para as letras não tem cabeça para as letras nos falta a nós cabeça pedagógica para entender o que qu ser humanos desumanizados e não desumanizar aía mais recitando-os sem cabea para as letras Professor gostaria de consultá-lo dado adiantado da hora já estamos com 12 minuto se podemos fazer
mais alguma pergunta para o senhor ou podemos encerrar por aqui eu fora do mundo no mundo Paulo sempre falava e mais do que de luz sobre que nos educamos em nosso diálogo com o mundo quando o diálogo é tan negativo tan desumanizador Terminamos sendo desumanizados quando o mundo é mais humano a família que é o lugar mais humano para infância outra eles se humaniza desses mundos familiares perto de sua AM p e sua avó Essa é estou de acordo com essa Idea de que não é fora dele não é não não estamos não não conseguimos
estar fora do mundo ninguém fica fora do mundo nenhum humano fica fora do mundo humano ou inhumano milhões ficam no mundo inhumano sendo desumanizados trazendo interrogações radicais para essas infâncias desumanizadas que lutam por um mundo menos inhumano um pouco mais humano e mais justo que mais teria aqui outra esa Idea de men ciências exatas eu estou de acordo con isso Vinícius eu acho que vocês da área de matemática deveriam trabalhar mais isso por exemplo um exemplo que você mesma mesmo coloca se nós temos a nossa escola tantas crianças desumanizadas tem estatísticas Por que a estatística
Não fala isso para eles porque a estadística não pode ser uma ferramenta para eles entender desumanizados se temos tantas infâncias filhas de pais desempregados Por que estadísticas sobre o desemprego Não seri educadoras para essas infâncias adolescentes sobre o que significa a desumanização de manter seus pais desempregados e por aí aora eu eu acho estou de acordo com vocêes se pode usarse Que pena que as estadísticas a matemática que ensinamos só faz não esclarecer essas realidades estadísticas ao contrário a vezes reprova em sua maioria os que sofren esas deses depois o último mesmo que demostrar processos
de deshumanización como garantir dela é posel eh procesos de educa de eu eu diría Para voses que não só é posível mas não busquemos na TV não busquemos na internet não busquemos na nas redes sociais temos que entender que para nós o libro onde ver os procesos de deshumanización y a resistencias por humanización Son as propias infancias os próprios jovens e adultos Son eles que pouco sabemos nos cursos de pedagogia sobre os educandos que pouco que pouco sabemos sobre as familias sobre as mulheres mais que pouco sabemos sabemos mais sobre a teoriaa a b ou
c oou que seja de matemática de históia Del e sabemos muito pouco sobre as histórias deles as vivências deles eu tenho insistido vocêes tenê lido o meu libro não sei se trouxe aqui passageiros da noite este livro passageiros da noite eu trago 25 temas geradores na perspectiva de pao fre non para alfabetizar na idade incerta da EA n fal alfabetizar nin reco que Son analfabetos eu coloco quen chega que sujeitos humanos ou desumanizados chegan a el como xovens até están chegando como adoles educ bica coloco 25 temas un deles rapidamente un de passas inumanas desumanas
che signific seus itinerari supis passageiros do trabalho mas de que trabalhos de sem trabalho porque foram reprobados e não tem diploma de quarta série de oitava série e v ter que voltar a elha para ver se com a elha consegue um atestado para poder ter quantas vezes eu falava para a secretária de educação da Enia quando chega aqui um adolescente um jovem dizendo eu sou foi dispensado do trabalho foi ameaçado de abandonar meu trabalho e me lembro de um caso Minha mulher está esperando crianç e vou ser mandado embora do trabalho e aí como que
vai ser por que que você vai se mandar embora porque eu não terminei a quarta série não terminei a sexta série secretaria dá um atestado já agora para ese menino que completou a oitava serie mas não completou o professor dá um atestado e eu assino e dise xov ese pai esperando un fillo non era dispensado do traballo Esta é a Nosa função o resto é compactuar con as pedagogías de humanizadoras cada un dos temas ya digo cada un destes temas vedes podden ver que eu tento colocar educadoras e educadoras Resumindo todo isto olemos na Ilha
dos educados olhemos nas vidas de tantas infâncias adolescentes jovens ou adultos e idosos com quem trabalhamos tentemos entender essas vidas tentemos fazer dar força para essas vidas tentemos fazer que aprendam a lerse em seu viver sobreviver em seu Lutar em seu resistir por aí acho que estaremos caminhando para pedagogias cont gemic na perspectiva de Paulo fre Muito obrigado para vocês e que bom ter tido essa oportunidade dialogar com vocês depois vocês me manda essa gravação tá bom eu quero ver essa gravação Obrigado professor Miguel Arroio fique mais um pouquinho conosco receba nosso agradecimento assim de
toda toda a nossa de toda nosso coração eh pelas suas palavras por suscitar tantas reflexões e tantos questionamentos de questões inclusive que perpassam aí a nossa prática nossos diálogos e que às vezes a gente não para para pensar nelas então as provocações foram muitas e muitos muito a refletir muito obrigada por ser tão Generoso e nos indicar também tantos textos e leituras nos Recordar de textos produzidos né pelo Senhor e que estão à disposição de todos nós para aprofundarmos inclusive e repensarmos né sobre tanta coisa que precisamos pensar repensar constantemente na educação e na sociedade
brasileira e aove momento libro é este que já foi publicado Face um tempo outro sujeito outras pedagogias que no fundo já vai na linha de Paulo freir os oprimidos outros sujeitos outros sujeitos oprimidos outras pedagogias que pedagogias e aqui fala muito dos movimentos sociais inclusive veia na capa meu filho colocou um movemento de camponeses lutando pela terra aproveitando sange muito obrigado a vocês obrigado a todos que bom professor então aproveitando eh essas indicações de leituras né tanto dos livros quanto dos artigos que o professor fez durante a fala depois a gente vai disponibilizar também lá
no site tá para as pessoas que acompanharem depois a gravação da da aula e terem acesso não só aos artigos mas também o link pros livros Tudo bem então agora no ao vivo não deu tempo de fazer mas depois com calma a gente coloca lá no site também tá eh aproveito para agradecer o professor também pela participa você podia faz coa você me manda você me manda um um e-mail seja e o que você gostaria que eu esclarecesse melhor que não foi Claro não não o livro o texto o artigo que que não e eu
mando tudo isso para vocês tá bom tudo bem então então Professor Muito obrigado pela participação tá eh pela insistência porque a gente viu que tava difícil ho m de fazer a conexão né a gente ficou até com medo de antes do professor retornar até ter que encerrar a gente estava encerrando na verdade a transmissão a gente acabou voltando na última hora porque o professor conseguiu fazer conexão com a gente mas agradecer realmente do fundo do coração a participação né a oportunidade de poder ouvir sua fala e também produzir um material riquíssimo né para aí os
educadores educadoras do Brasil terem acesso né você vai vai ficar gravado no nosso site nosso canal ser não só assistida né depois mas também em em época de rede social né ser compartilhada ser tem uma um alcance aí que uma fala presencial em geral não tem tá então muito obrigado nada obrigado a vocês se podem podem dispor dessa fala da gravação eh divulgar Eh vamos continuar Resistindo a tantas pedagogias criminosas desumanizadoras obrigado muito obrigado a você então obrigada E agradeço toda a equipe né que nos acompanhou a professora elenise Ribamar ao professor zeso e estaremos
de volta na próxima semana na quinta-feira para continuidade das aulas e do curso e lembrando né curtam compartilhem as aulas os links eh associe-se no canal para fortalecer e agradecemos né a presença de todos todas e todos aqui Ribamar Valeu aí a parceria elenise Agradeço também obrigado estamos à disposição e o link então da lista de presença de hoje que vai ficar aqui disponível por mais uns minutos muito obrigada E um bom dia a toos vocês ES
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