Mas não vai ter certeza. Ó, vou vou vou eu vou resumir. Vou resumir então para não chegar nessa parte.
Falar fala o resumo. Negócio de Piracicaba foi o seguinte. A gente a gente eu cheguei para um preso e falei para ele assim, ó, joga no sistema que eu tenho os fuzis para vender.
Porque quem compra fuzil é cara forte. Naquela época car forte. É, não tinha fuzil, era raro.
E ele jogou e os caras do presídio lá abraçaram. Só que eu eu tinha essas ideias, mas eu não tinha muito, eu não sabia como é que eu ia depois se se o cara é como é que eu ia desenrolar se o cara abraçasse. Aí o que aconteceu?
Começou a negociação, negociação, negociação e eu falei que eu tinha 30 fuzis para vender e os caras resolveram encomendar. Só que o que que eu fazia? Eu pedia dinheiro e droga primeiro para eu saber se o cara era traficante e se o cara vinha mesmo pra compra.
Se ele viesse com droga porque ele era do tráfico, eu ia fazer uma prisão de tráfego. Você tá entendendo? Porque se eu falar: "Ah, ele só quer comprar arma".
Eu ia achar promotor e juiz defendendo que eu tava fazendo um flagrante forjado. Forjado. Exatamente.
Então, para eu fugir do forjado, eu negociava o tráfico. O cara me oferecia a droga, eu aceitava e falava: "Ó, então eu quero a droga e o dinheiro em troca do fuzil". Era basicamente isso.
Só que os caras encomendaram 30. Então é assim, veio pasta pura e veio uma pacoteira de de dólar, meu, que era tipo hoje 6 x 3 de 1. 800.
[ __ ] E aí, cara, o que que aconteceu? Eles marcaram em Piracicaba. Quando eles marcaram em Piracicaba, eu acho que essa aqui eu contei lá no teu, não foi?
Não, com toda a igreja. Só quando quando a gente marcou morreu aguenta, esse esse cara que deu saber esse cara que deu o cara do posto morreu nessa ocorrência. Aí esse esse que tava trabalhando com a gente, a Varé, [ __ ] Tiraram tiraram da cadeia para ir junto para acompanhar.
Por isso que a gente, Sabe por que que a gente se revolta, cara? Porque assim, ó, eu tomei uns 10 dias de imprensa me desgraçando, dizendo que eu eu apaguei arquivo com a morte dele na ocorrência. Esse cara, velho, ele ia me dar uns negócios de dentro do sistema fortíssimo, meu.
Ele ia me dar uma uma situação de um diretor de um presídio. Não, mas vota, cara. Volta que senão ele ele não poderia ter morrido nessa ocorrência.
E eu fui acusado pelo sistema todo de eu ter apagado ele na ocorrência. E ele era um, ele tava se tornando um parceiro de informação, [ __ ] O louco do sargento da área que matou ele lá porque trombou com ele com a arma na mão e matou. Mas vou voltar de Piracaba.
Aí chegamos lá em Piracicaba, cara, a gente ia fazer um negócio num posto de gasolina. Então fui eu, o Buffer já deu o nome e mais dois agentes. E o coronel Racort, que na época era tenente, foi com o pelotão de matutina e ficou na obra de frente.
Todos eles vestidos de pedreiro lá com jaleco amarelo, capacete branco, com as viaturas escondida. Nós chegamos 4 horas da manhã, porque eu falei, ó, se chegar a rotona à noite em Piracicaba, os caras vão saber qual é que é, então já vão ficar de noite lá. Beleza.
Aí os caras chegaram no posto em três. Chegaram em três e nós, a gente não tinha costume, não sabia como é que era a lida com os com os caras, entendeu? Então eu já tava porçãozinha e cerveja.
Quando os caras chegaram a gente, ô, toma uma. Os caras falam: "A gente não bebe serviço não, mano". Eu falei: "Caralho, mano, caralg da Tá bom, mano.
Tá bom". Aí ele falou: "E aí, mano? Você você é ladrão de onde, mano?
" O cara me olhando e o cara não tirava olho de mim assim. Que e o cara já um pouco mais velho que eu, pai? Ele falou: "Você é ladrão de onde, mano?
" Eu falei: "Eu não sou ladrão não". Falou: "Como é que você não é ladrão, [ __ ] Você não é, você não é irmão". Eu falei: "Não".
Ele falou: "E da onde você tá pegando essas peças aí? Como é que é esse negócio que eu não tô entendendo mais? " O parceiro lá falou que vocês são tudo irmão.
Falei: "Não, eu trabalho numa transportadora e meu patrão quebrou". Aí para dar uma levantada na transportadora, ele tá trazendo pistola e fura porque tá vendendo igual água, mano. Mas a gente é só fornecedor, não sou ladrão não, mano.
Porque se ele começasse a me fazer pergunta de muito profunda, eu ainda não tava preparado para tudo isso. Mano, ol, entendeu? Aí ele pegou e falou assim: "Que situação, hein, mano".
É, mano, embaçado o negócio assim, porque você não é, você não tem histórico, pá. Ele falou pro cara assim, falou: "Toco, vai ver a peça aí. Esse esse de Cavanhaque, novinho, falou aí, irmão, mostra para mim aí".
Por sorte, cara. Eu peguei um parafal que a gente tinha no CPO, juro para você. Peguei Durepox, passei o Durepox no prazão da PM, peguei uma caneta bicic preta.
Escuta, essa careta bicic preta e fui espremendo a tinta preta e ficava passando com o dedo a tinta preta para tampar o brasão. Peguei um um aquelas bag de calibre 12, enfiei o fuzil lá e nós colocamos no porta-mala do Celta. O Celta era um carro particular do sargento Edivaldo, porque a gente não tinha a viatura do da inteligência.
Olha e o Edivaldo, cara, de frentista no posto, ficava olhando para nós assim. Eu falava assim: "E esse desgraçado vai atirar em mim". Ele ficava assim, ó, mano.
Tipo o Pitbull quando vê o bagulho que ele quer pegar, eu falava: "Ai, Jesus! " Aí eu levantei, fui até o Celtinha, abri o porta-mala num canto do posto, abriu o bag assim, ele pegou, ele olhou, ele falou assim: "Ô irmão, esse bagulho aqui ele dobra, mano? Ele é retrátil.
" Eu fu, eu eu inventava as coisas, cara. Eu era maluco, cara. Eu falei assim: "Não sabe o que que é isso aí, mano?
Isso aqui é daquelas FARC. Os caras salta de paraqueda e não não tem que dobrar para ficar menor. E essas porras das FARC tá vendendo tudo na fronteira.
Ele: "Nossa, irmão, isso aqui para banco é top. Nós vamos querer os 30". Eu falei: "É de vocês".
Aí fechei assim, ele voltou todoão, sentou na mesa, falou: "Patrão, o bagulho é top, top, top, é nosso". Aí ele falou assim: "Irmão, o bagulho tá fechado, os 30 são nossos". Falei: "Então, mas e o dinheiro?
E os Ele falou assim: "Nós vamos marcar em outro lugar. Você acha que eu vou fazer um negócio com você aqui? " Aí eu falei: "Não, tudo bem.
Onde você quer? " Ele falou: "A gente vai te ligar". Falei: "Tá bom".
Aí eles saíram, saíram os três num scorte Ztec na época. Aí saíram. Aí, cara, a gente tava nums cinco, seis agentes, saímos do posto e fomos num France Café.
Sentamos no France Café, os caras da minha equipe falou: "E aí, chefe? " Eu falei: "Mano, agora não sei mesmo, porque mudou o lugar. " Eles falaram: "Então, mas aí nós não vamos ter apoio, né?
Porque Rotona não vai sair daí". Eu falei: "É, aí vai embaçar". Ele falou: "E tem outra coisa, né, mano?
Esses caras são o bicho. O senhor sabe como é que é, né? Não dá para ir de qualquer jeito.
Aí eu falei: "Não, eu tô entendendo o que que vocês quer". Eu falou assim: "Não, ou vai com tudo ou não vai com nada, porque também não vou me envolver com uma quadrilha desse tamanho aí, de qualquer jeito. " Falei: "Então bora com tudo, mano.
Vamos para cima". Aí os caras, então, firmou. Aí liguei pro Racord e falei: "Irmão, nós estamos indo para outro lugar, se os caras confirmar".
Ele falou: "Não vai, não vai, não vai". Eu falei assim: "Não sai do prédio que se você sair vai estragar tudo. Os caras vão ver as as rotonas já era.
" Ele: "Meu, você não vai ter apoio". Eu falei: "Não, fica tranquilo, vai dar certo. " Ele: "Não vai, irmão, não vai".
Eu desliguei. Vai dar certo. Aí eu desliguei na cara do racord.
Falei: "Ele vai, ele vai". Fica tentando me convencer e ele ligado, eu não atendia. Beleza, passou uns 40 minutos, o cara ligou.
Aí o alemão, eles me chamaram irmão alemão. Ô alemão, tá fechado o bagulho, é no posto tal, rodovia tal. Eu nem sabia onde era.
Falei: "Ah, tá bom, estamos indo para lá". Aí nós somos a hora que nós entramos no posto assim, mano, tinha uma loja de conveniência e os três estavam, o Zetec e um Monza. Aí eles eles falaram assim: "Ó, vou te vou te apresentar um parceiro lá da Baixada".
Mano, saiu um bichão lá de dentro comendo um dog, mano. Mano, o cara grande, feio, velho. Eu olhei para aquele, falei: "Jesus, que picanha, mano".
Meu Deus do céu, Jesus. Ó, ó o tamanho, olha as figuras, mano. As figuras picanha comendo dog.
Olha as figura, velho. Eu já falei aí, rapaz. E eu olhava pro meu, pra minha equipe, mano, e a gente não tinha combinado nada.
Aí os caras ficavam assim para mim. Aí eu falei assim: "Ô, ô fulano, cadê? " Ele falou assim: "Tá no carro, bora pegar as peças".
Eu falei: "Não, tá na chácara, mano. Ele viu, só tem um aí". Ele falou: "Então, bora para essa chácara aí".
Eu falei assim: "Não, cara, eu preciso olhar. Eu não vou levar vocês na casa do meu patrão sem eu ver que os bagulho tá aí, né, meu? " Ele falou: "Foi a primeira vez que eu ouvi essa frase, depois eu ouvi mais".
Falou assim: "Ô, rapaz, aqui é ladrão da antiga, conversa de ladrão não faz curva. Não sou moleque igual você não". Eu falei: "Não, não é que não é que eu sou moleque.
Eu, se eu fizer comédia lá, eu morro lá. Se eu fizer comédia aqui, eu morro aqui. Então eu vou seguir o que me falaram.
Eu vejo, nós vamos paxar, cara. Ele entra na [ __ ] do carro aí no Monza, [ __ ] Aí os caras da minha equipe assim, ó. Não.
Aí eu olhava pra cara deles. [ __ ] Castrão. Castrão.
Olha pra cara deles, os cara assim, ó. E o posto, mano. Posto chique, fervendo, meu.
Tipo, oito bombas lotado. E os caras assim, ó. E não.
E você imagina a situação, quatro ladrão bichão, seis polí tudo armado, todo mundo querendo o oposto e nós olhando pra cara do outro. Cara, eu falei: "Ai Jesus". Eu o senhor falou assim, eu lembrei daquele do filme do Bob Major quando os caras foram lá que chamaram o passes vão passar.
Escuta o resto, você não vai botar uma fé. Aí só no meio assim. Aí aí ele vai, mano.
Entra no carro aí, amor. Aí eu peguei e entrei. Aí ele saiu com Monza, cara.
Ele saiu, ele entrou na rodovia, começou a acelerar, quebrou a primeira direita assim, ó. Quebrou outra, quebrou a direita. Eu falei: "Mano, esse cara tá indo, velho".
E a milhão, a milhão. Aí ele parou com tudo. No câmbio do Monza, ele levantou aquela aquele aquela bolsinha que tem ali, enfiou a mão ali, enfiou a mão embaixo do volante assim, apertou, escutei um barulhinho, fez assim, aí ele, olha lá atrás, ó.
Aí eu fui para trás assim, a hora que eu olhei tava os tijolos e os pacotão de dólar. Aí eu falo, voltei, sentei, [ __ ] irmão, nós vamos ganhar dinheiro para [ __ ] Vou trazer muita coisa para você de lá. Nós vamos ganhar dinheiro.
Ele falou: "Aqui não, aqui não é comédia não, rapaz. Nós vamos ganhar dinheiro. Bora.
" Falei: "Pode voltar, o negócio tá fechado. " Aí ele saiu milhão. Quando nós entramos no posto, cara, aí que ferrou, porque, tipo assim, eu vi que tava tudo lá, tava tudo certo, mas não tinha convidado que ia fazer.
Não tinha chácara nenhuma, tinha nada, né, velho? Aí, aí, mano, eu desci, um sargento que é bicho solto mesmo, virou para mim e falou assim: "E aí, alemão? Tá tudo aí?
" Eu falei: "Tá. " "Ah, mano, ali nós estava tudo na frente, no meio de todo mundo no posto. Ele sacou para enquadrar.
" Quando ele sacou, os caras começaram a sacar, meu. Começou assim, ó. Pau, pau, pau.
Tudo de perto, cara. Tudo de perto. Pau, pau, pau.
Eu sei que eu fui tipo tentando me proteger para perto deuns carros assim. Só que a hora que eu virei esse do cavanhaquezinho veio de frente comigo. Aí eu dei, mano, já viu o cachorro atropelado que a parte de trás cede?
Aí ele cedeu, caiu assim, eu já catei a arma dele, falei: "Fica na moral, fica na moral, senão você vai tomar mais". Aí ele não parou, parou, perdi, ficou caído ali e os tiros, beleza? Os caras correram, um dos caras correu pra rodovia, um deles, só que deu de cara com o sub que tava lá de matraca e os caras começar vu, vu, pegaram lá, ou seja, pegamos todo mundo.
Só que a hora que eu saí do carro, que era para começar a socorrer, primeira desgraça, tinha um advogado abastecendo que deitou no chão lá, já começou a fazer escândalo. Desesperado. E eu comecei a escutar uns tiros, mano.
Oxe. Aí não parava assim, ó. Pau, pau.
Aí eu falei: "Que [ __ ] é essa, velho? " Quando eu olhei assim na rodovia longe, cara, tipo assim, sei lá, 300 m, 400 m, tinha um cara fardado atrás atrás de um ponto de ônibus e ele fazia assim, ó, pá. Aí ele olhava, tava na Dea que pariu.
E era da banda. Era da banda. Eu vou, você não vai, você não vai acreditar quem era o cara, [ __ ] Aí, mano, eu comecei a levantar, era o Jex.
Mas nem que ele quisesse ele ia acertar de tão longe, cara. Aí eu comecei a a balançar a matraca assim, HK, e comecei a gritar para ele: "Polícia, pôra, é polícia. " Aí ele: "É polícia".
Eu falei: "É polícia". Ele: "Ah, ah, pá". Mas sabe, sabe quem era esse cara?
Quem era? Era o tenente do PPJM, irmão. Tava indo trabalhar.
[ __ ] já tava com notebook, já tava notebook, já colocou em cima do carro. Sargento doando, cara. Tava ligando pro sargento.
[ __ ] mano, que juro, mano. Quando eu liguei pro Racort, quando eu liguei, quando eu liguei pro Racortte, velho, ele chegou já tava. E sabe o meu maior prazer dessa ocorrência?
Primeiro assim, o advogado do patrãozão, que esse patrão era da Baixada, o advogado dele vão, vão. O advogado dele é advogado do mano, se você tá parando para pensar, não fala, [ __ ] Não precisa falar. Então vamos falar assim, ó.
A parte a parte é é [ __ ] É [ __ ] É [ __ ] Então melhor, ó. Então vou falar outra coisa. Sabe uma coisa que me deu um prazer nessa ocorrência?
A gente tava lá, chegou uma equipe do Goia e desceu um tira, não tinha orelha, tava tudo zoado aqui, zoado. Aí ele veio, me abraçou, cara, e já é difícil, né? Esses caras não tm essa proximidade com a gente.
Aí ele me abraçou, ele falou: "Tenente, com os olhos cheios de lágrima, cara". Falou assim: "Eu tô te agradecendo no meu coração. Essa merda que tá no chão aí, ó, me deu um tiro de fuzil na cara aqui.
Não rouba banco. Esse diabo aqui, ó, é sequestrador e ladrão de banco. Nós estava na bota dele há um tempão, cara.
O o do cavanque é o novinho, [ __ ] E dessa dessa daí morreu quantos? Três. O que tomou o tiro lá o Cqu também morreu.
Morreu, [ __ ] mano. E droga, dólar, tudo pra mão, tudo. E tinha só um fuzil gamelo.
Pelo da PM. Ah.