Olá! Hoje eu vou falar sobre os estágios da aquisição da linguagem, tanto em crianças ouvintes quanto em crianças surdas Se você gostar do vídeo, peço que se inscreva no canal, dê o seu like e faça os comentários. Os estudos sobre a aquisição da linguagem basicamente apresentam três tipos de enfoques de abordagem.
A comportamentalista do Skinner, abordagem linguística de Chomsky, a abordagem interacionista de Piaget e a de Vigotsky. A abordagem comportamentalista de Skinner, ela consegue a aquisição da linguagem como um aprendizado de uma capacidade não muito diferente de qualquer outro comportamento e como um processo que se dá por estímulo reforço condicionamento treino e imitação. A abordagem linguística de Chomsky, tem como premissa básica a aquisição da linguagem como um processo de descobertas das regularidades das regras da língua que qualquer falante conhece e a determinação da existência de uma gramática universal, que é um dispositivo específico e nato para a aquisição da linguagem que permite à criança acionar a gramática da sua língua materna a partir dos dados lingüísticos a que ela está exposta.
A abordagem interacionista de Piaget separada, ela é separada por dois enfoques né, a Piaget e Vygotsky. A de Piaget, ela considera o desenvolvimento da linguagem como parte do desenvolvimento cognitivo não lingüístico e consequência do desenvolvimento cognitivo e social de Vygotsky, onde considera um ambiente lingüístico restringido por fatores que favorecem a aquisição da linguagem, fornecendo as crianças as experiências linguísticas necessárias. Vamos considerar a aquisição da linguagem na abordagem linguística onde a linguagem somente pode ser adquirida através da capacidade lingüística mental geneticamente determinada.
O ambiente e a interação social, apresentam importância inquestionável para o desenvolvimento do uso da linguagem. A aquisição da língua de sinais em crianças surdas, tem sido tema de pesquisas que evidenciam que essa aquisição, ela pode ser comparada com a aquisição das línguas orais. Essas pesquisas analisam somente a produção de crianças de filhos surdos, de criança de crianças surdas de filhos de pais surdos porque somente elas apresentam um input lingüístico adequado para análise de um processo de aquisição.
Não dava pra você fazer uma pesquisa dessa pesquisando surdos de de pais ouvintes. Então foi dividido os estágios da aquisição da língua de sinais, considerando que o processo, ele é análogo ao da aquisição das línguas faladas. Os períodos ou os estágios eles são divididos em cinco: O período pré lingüístico - antes da fala, o estágio de um sinal , estágio das primeiras combinações e o estágio das múltiplas combinações.
Eu vou falar de cada uma delas. Então, o primeiro é o período pré linguístico que acontece antes dos 12 meses de idade da criança. Um estudo relacionado sobre o balbucio em bebês surdos e ouvintes foi realizado considerando o mesmo período de desenvolvimento.
Foi verificado nessa pesquisa, que o balbuciou fruto da capacidade inata para a linguagem, está presente tanto em bebês ouvintes como bebês surdos. Nos dados realizados, eles apresentaram dois tipos de balbuciou manual encontrado nos bebês surdos. O de gesticulação, que também foi observado em bebês ouvintes e os silábico, que apresentou combinações que fazem parte do sistema fonológico da língua de sinais que foram encontrados somente um bebê surdos.
Então, tanto em bebês surdos como ouvintes desenvolvem balbucios semelhantes até determinado período e depois por causa do input cada um vai se desenvolver um dos modos de balbuciar de acordo com a sua modalidade. O estágio de um sinal vai dos 12 meses até os dois anos de idade. Esse estágio de um sinal se inicia por volta dos seis meses em crianças surdas filhas de pais surdos.
Em crianças ouvintes que esse estágio desenvolve -se a partir dos 12 meses. Essa diferença cronológica, se dá devido ao desenvolvimento físico das mãos e do trato vocal. Eles observaram que tanto em crianças surdas como ouvintes, apontam frequentemente para indicar objetos e pessoas.
Mas quando a criança entra no estágio de um sinal, essa "apontação", ela sofre uma mudança de conceito gestual e passa a ser visto como um elemento lingüístico. O estágio das primeiras combinações, vai por volta dos dois anos até aos três anos de idade. Ela acontece por volta dos dois anos nas crianças surdas e um pouco antes nos ouvintes por volta de 1 ano e 6 meses a 2 anos de idade.
A criança surda começa a utilizar o sistema pronominal, porém de maneira inconsistente. O padrão de aquisição das surdas é bastante próximo ao dos ouvintes para aquisição dos pronomes. Isso prova mais uma vez, que o processo de de aquisição é universal, apesar da diferença entre as modalidades linguísticas em questão.
O estágio das múltiplas combinações, ocorre por volta dos três anos em diante. Ocorre por volta dos dois anos e meio a três anos. È o momento de explosão vocabular.
Alguns mecanismos espaciais ainda não são usados pela criança como por exemplo, a referência a pessoas e objetos que não estejam fisicamente presentes. È possível verificar erros na organização dos elementos no espaço, porém com referentes presentes as associações são realizadas de maneira consciente. A partir da análise e reflexões sobre a aquisição da língua de sinais para crianças surdas, pode se chegar à conclusão que as línguas de sinais são organizadas no cérebro da mesma forma que as línguas orais, sendo considerada portanto como línguas naturais.
Dessa forma então, possui um período crítico e as crianças surdas estão iniciando muito tarde o seu aprendizado. Quando lhes é imposta uma língua oral em vez da língua de sinais, está se ignorando a maior habilidade dos surdos: a sua habilidade visual no desenvolvimento da linguagem. Uma criança surda, filha de pais ouvintes, precisa ter a língua de sinais como a sua primeira língua em tempo hábil.
Para isso, a criança deve ser exposta uma língua de sinais antes do período crítico da aquisição de linguagem. Só assim, o desenvolvimento da linguagem vai ocorrer de forma natural, num ambiente de interação linguística com adultos e com outras crianças em língua de sinais. Mas como assim?
Como se os pais são ouvintes essa criança precisa interagir com adultos na sua língua, sem perder o elo com a família. È possível que os pais aprendam a língua de sinais enquanto os pequenos adquirirem sem que a relação entre eles fique prejudicada. Assim, a criança tenha acesso à língua a partir do sujeito surdos que interagem com ela e não a deixam de manter os laços com seu pai, algo extremamente importante para a constituição da personalidade da criança.