Fala, pessoal. Vocês estão prontos para mais um Quer Que Desenhe? Porque hoje vamos falar sobre a Era Vargas.
Pedido da Ingrid, hein. E que mais de 300 pessoas apoiaram. Olha a nossa <i>responsa</i>.
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É só clicar no link da descrição aqui embaixo. Agora, vamos juntos? A primeira coisa que precisamos saber sobre a Era Vargas é que ela foi dividida em três períodos.
O primeiro é chamado de Governo Provisório, que começa em 1930 e vai até 1934. O segundo é o Governo Constitucional, de 1934 a 1937. E por último, temos o Estado Novo, começando em 1937 e terminando em 1945, durando quase 10 anos.
Parece muita coisa, mas calma que vamos ver essas fases uma de cada vez e ai você vai ver como é fácil entender tudo. Para começar, o Governo Provisório é o período inicial, quando Getúlio Vargas assume o poder logo depois da Revolução de 1930, em que sai de cena política -a Oligarquia Cafeeira Paulista. <i> -Quero café!
Quero café! </i> É nesse momento que Vargas suspende a Constituição de 1891, iniciando um processo de centralização política. E é por isso que o nome dessa primeira fase se chama Governo Provisório.
Certo? É nesse primeiro momento que ele cria os Ministérios, como os da Educação e do Trabalho; passa a nomear tenentes como interventores; começa a formular algumas leis trabalhistas e cria o Código Eleitoral, tornando o voto secreto e dando o direito de escolha de representantes para as mulheres também. O Conselho Nacional do Café também foi criado com o objetivo de valorizar o preço do produto no mercado internacional e centralizar a política cafeicultora brasileira.
Mas esse negócio de governar sem Constituição já estava incomodando uma galera por ai, obviamente, e, no caso, os paulistas mesmo. A oposição ao Vargas se concentrou em São Paulo, onde as oligarquias locais convocaram o restante da população paulista para irem às ruas, exigindo uma assembleia constituinte. Isso tudo aconteceu bem no início do governo, lá em 1932, e ficou marcado como A Revolução Constitucionalista Paulista.
Mesmo Vargas tendo reprimido fortemente esse conflito, ele promulga uma Constituição em 1934 e dá início à segunda fase desse período de poder. Agora, com uma nova Constituição, temos ai o Governo Constitucional da Era Vargas, como o próprio nome diz. Isso significa que oficialmente temos o voto secreto, o voto feminino e as leis trabalhistas presentes na Constituição, por exemplo.
Mas isso não quer dizer que os conflitos políticos acabaram. Não, de jeito nenhum. É nesse período que acontece uma radicalização ideológica, uma polarização mesmo, com a fundação da Ação Integralista Brasileira, chamada AIB, em 1932, que tinha preceitos fascistas e era liderada por Plínio Salgado.
E depois, já em 1935, foi criada a Aliança Nacional Libertadora, conhecida como ANL, que teve a participação de diversos setores de centro e de esquerda, incluindo o Partido Comunista Brasileiro, liderado por Luís Carlos Prestes. Nesse meio tempo, a gente tem também uma tentativa de golpe comunista, chamada de Intentona Comunista, de 1935. Mas o levante foi facilmente controlado pelo Governo, não tendo sucesso.
E ai, quando o mandato de Getúlio Vargas estava prestes a acabar e novas eleições deviam ser convocadas, surge um suposto ataque comunista, assinado por um espião soviético, chamado Cohen. Só que tudo isso não passou de um golpe do próprio Vargas para concentrar ainda mais o poder. Depois, descobriram que a carta foi escrita, na verdade, por Olímpio Mourão, com consentimento do Presidente.
Isso tudo aconteceu em 1937, e ficou conhecido como o Plano Cohen. Anotou? Que agora vamos para a terceira e última parte dessa história.
Agora, mais do que nunca, Vargas está consolidado no poder, concentrando cada vez mais tudo em suas mãos. Nessa altura do campeonato, utilizando-se da falsa ameaça comunista, ele fecha o Congresso e nomeia interventores em todos os Estados com o apoio do Exército Nacional. E é desse modo, num golpe de Estado, com apoio popular, que ele se manterá no poder por mais oito anos, dando início, então, ao Governo Ditatorial conhecido como Estado Novo.
Podemos dizer que essa é uma Ditadura Personalista. Isso quer dizer que a legitimidade do seu governo é por meio da personalidade "Getúlio Vergas", a pessoa em si, uma vez que todos os partidos políticos estavam na ilegalidade. E no caso do Vargas, ele consegue a legitimação da sua figura por meio da criação do DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda, decretando de vez a censura no país e assumindo o controle dos meios de comunicação, fazendo também forte propaganda do seu governo.
Já em relação à economia, Vargas promove a Industrialização Brasileira, criando empresas estatais como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN. Essa é a primeira vez que vemos a industrialização como uma política de Estado no Brasil. E para esse projeto dar certo, era necessário Vargas mediar os conflitos entre os trabalhadores e os empresários.
Inclusive, esse vai ser um dos motivos para que ele crie a Consolidação das Leis do Trabalho, a famosa CLT, sigla que vocês já devem ter ouvido falar por ai e que, na verdade, já era uma reivindicação bem antiga da classe operária, antes mesmo da ascensão de Vargas. A partir dai, ele passa a ser conhecido como O Pai dos Pobres. No entanto, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, do lado dos Estados Unidos, a ideia de democracia ganha força por aqui.
Os próprios militares que apoiaram o presidente se voltam contra ele. Era muita contradição um regime autoritário lutando contra ditaduras fascistas na Europa. Com a pressão de alguns setores da sociedade, a criação de partidos e até mesmo o retorno de outros, a oposição de Vargas chega ao seu auge.
Apesar de rolar todo um movimento feito pelos trabalhadores para Vargas ficar, o Queremismo, ele sofre um golpe militar em 1945 para garantir a realização de eleições. E Eurico Gaspar Dutra, que ameaçou contar para toda a população sobre o plano Cohen, é eleito Presidente do Brasil. E é assim que chega ao fim a Era Vargas, ou pelo menos a primeira parte dela, mas não exatamente o fim de Getúlio Vargas.
Ficou curioso, foi? O único <i>spoiler</i> que a gente pode dar é que a história de Vargas com o Brasil não acaba por aqui. Em 1951, ele volta para uma <i>Season Finale</i> digna de maratona, mas isso fica para outro vídeo.
Combinado? Agora é só baixar esse mapa lindão aqui no link da descrição para não esquecer de mais nenhum detalhe da Era Vargas. E se esse conteúdo foi útil para os seus estudos, deixe o seu <i>like</i> e seu comentário para a gente saber que ajudou.
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Valeu, galera. Até mais!