Psicossomática e Psicanálise I - Joyce McDougall | Lucas Nápoli

Olá pessoal meu nome é Lucas Napoli para quem ainda não me conhece eu sou psicólogo psicanalista Mestrando em saúde coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e este é o primeiro vídeo que eu gravo pro meu blog cujo endereço é www. las Napoli pword press. com principalmente aí para quem tá assistindo o vídeo do viio ou então do YouTube e este é o primeiro vídeo do blog eu tenho intenção a partir de agora de sempre publicar um vídeo A cada novo do blog para que aquelas pessoas que não querem ler ou não não tem tempo de ler os vídeos possam ter acesso à mesma informação via áudio e imagem bom para começar esse primeiro vídeo primeiro vídeo do blog a gente vai ter como texto de referência o texto que foi publicado essa semana por m no blog chamado psicossomática e psicanálise 1 Joy mogle esse texto é o é o texto inicial da série psicossomática psicanálise que eu comecei nessa semana e nele eu exponho a concepção de doença psicossomática nessa autora da psicanálise que é a Joyce mcdog Ah por que eu tive o desejo eh de criar essa série eh justamente para esclarecer e pro público leigo e também pros profissionais de psicologia e psicanálise ah do que se trata o campo psicossomático Ah e como esse campo psicossomático entendido dentro da teoria psicanalítica a gente sabe que não é um tema muito muito debatido em sala de aula nos cursos de Psicologia um tema Marginal Por que não dizer e gera em função disso muitos Mal entendidos a respeito do que é doença psicossomática muita gente permanece naquela visão leiga no senso comum de que doença psicossomática são doenças somáticas orgânicas e com um fundo emocional essa palavra emocional é é bastante complicada porque ela obscurece uma série de outros fatores que não tem a ver apenas com o âmbito das emoções e por outro lado a gente nota também uma certa confusão por parte eh dos profissionais de Psicologia entre sintoma psicossomático e conversão estérica são duas coisas absolutamente distintas então se você quiser parar esse vídeo a partir de agora como eu disse no texto se você quisesse parar de ler o texto a partir daquele momento fique apenas com essa ideia que sintoma psicossomático é diferente de conversão histérica dito isso vamos passar pra primeira autora desta série que a gente vai analisar as concepções de psicossomática dessa autora que é a Joyce mcdog J mcdougall é neozelandesa e de nacionalidade mais radicada na na França ã na França ela teve acesso aos seminários do Lacan mas não é lacaniana ela teve influência do Lacan e do wcot principalmente e para quem quiser ter mais informações sobre os aspectos biográficos dessa autora e sua obra de forma geral pode ter acesso através de um link para um artigo do psicanalista Paulo Roberto Cicarelli eu postei no blog você acha no texto de referência para esse vídeo eu vou me ater aqui apenas aos aspectos da obra da autora que tem a ver com o entendimento das doenças psicossomáticas bom Joyce mcdougall à Não trabalhou necessariamente com doentes psicossomáticos ao longo de toda a sua vida ela começou trabalhando com psicanálise clássica de neuróticos Mas aos poucos foi percebendo a a presença cada vez mais frequente de P com problemas psicossomáticos na sua clnica ou seja doenças orgânicas que ela perceb uma vinculação com aspectos da subjetividade o que ela notava também é que a maioria dessas pessoas que sofriam de sintomas psicossomáticos sintomas orgânicos dentro da análise elas poss umso M pobre emos de Simbol ento libidinal e na sua fala que é uma característica da grande maioria das pessoas dos neuróticos ou seja era um discurso morto um discurso que carecia de vida e então a Joyce mcdougall eh observava isso e observava também que esses pacientes que pareciam não incluir afeto na sua fala eles acabavam eliciando estimulando produzindo do lado do analista uma série de afetos muito intensos então a a Joyce mcdog tinha essa equação de três termos esses três termos para fazer essa equação e entender do que se tratava com o que ela estava lidando e ela vai entender isso buscando na obra freudiana Ah o uma compreensão um entendimento acerca dos afetos né o problema principal dessa situação com esses pacientes era a questão dos afetos em Freud ela vai encontrar a concepção tradicional de psicanálise a respeito dos afetos que é os afetos são H manifestações psíquicas de excitações de cargas de excitação que vem do corpo eh na medida em que essas cargas de excitação essa essa essa tensão que vem do corpo em sendo acumulada gera como como manifestação psíquica fica um afeto de desprazer a tendência do nosso aparelho psíquico é descarregar essas tensões como mostrou Freud ah com o uso do termo princípio do prazer no entanto como essa descarga total é impossível nós temos como estratégia para fazer essa essa descarga da excitação um processo que a gente poderia chamar de drenagem a gente pega essa excitação e transfere desloca para as representações psíquicas assim as ideias que habitam a o nosso psiquismo ou em termos lacanianos os significantes Mas isso é possível para aqueles que possuem essas representações disponíveis para fazer esse trabalho de drenagem algumas pessoas não possuem ah e para possuir essa capacidade a gente deve contar no início na vida de bebê na vida infantil com um ambiente que faça esse trabalho pors porque quando crianas quando bebês nós não temos condições de fazer esse trabal dein a eneria queem Doo entaõ simplesmente porque a gente não tem aind essas representações quem faz esse trabal então é ambiente que na maioria das vezes é protagonizado é personalizado pela mãe o que a mãe faz então é fornecer à criança uma série de representações de palavras de significantes para que ela vincule essa energia que vem do corpo a essas palavras e assim não seja traumatizada porque que é o que é o trauma o trauma é essa quantidade de energia que não pode ser drenada que não pode ser descarregada atavés das representações o que a Joyce mcdog estabelece como hipótese é que nesses pacientes que ela encontrava que sofriam de somatizações e apresentavam um discurso pobre em afetividade o que havia acontecido é que esses pacientes não haviam contado com esse ambiente que fornecia ess essas representações essas palavras para descarga da excitação Ou seja que no Exercício trabalho que J MD vai chamar de para excitação e nesse sentido o o a dia que era que brotava do corpo não podia ser canalizada não podia ser drenada e o que acontecia então é que o bebê o a criança o sujeito ficava a mercê dessa quantidade enorme de afetos que vinha do corpo e como não tinha possibilidade de descarregar a única saída para não se desintegrar para lidar com essa angústia que vinha junto com esse com como resultado como manifestação psíquica dessa Energia era fazer de conta que o afeto não existe fazer de conta que essa energia não existe E aí então essas crianças esses bebês vão vão constituir uma estrutura que no futuro vai produzir como resultado esses sujeitos que não incutem afeto nas suas falas por quê Porque o afeto não pode ser realizado no nível psíquico já que não havia representações para para para as quais ele pudesse ser vinculado Então o que acontecia que esse afeto era ress somatizado essa palavra que a Joyce mcdog usa ou seja ele não é reconhecido psiquicamente então ele volta pro seu lugar de origem que é o corpo e quando ele volta pro corpo ele volta gerando efeitos deletérios porque a vamos dizer a saída natural o percurso natural dessa citação era ser vinculada nas representações nos significantes como não pode ser vinculado ela volta pro corpo e o corpo não aguenta porque o corpo não foi feito para lidar com essa quantidade absurda de excitações que não pode ser descarregada e isso gera como resultado o sintoma psicossomático ou seja o sintoma psicossomático em Joyce mcdougall é resultado primeiramente desse processo de que ela vai chamar de desafetação quer dizer o sujeito não tem condições de vincular a energia libidinal nas representações porque o ambiente não fez esse trabalho primeiro e Inicial permitindo a ele se apropriar dessa capacidade Então esse afeto que não pode ser vinculado a essas representações volta para seu lugar de origem o seu lugar de origem é o corpo e no corpo ele vai gerar efeitos deletérios porque o corpo não foi feito para receber essa essa rebordosa de afetos que não puderam ser canalizados Essa é a concepção psicossomática de Joyce mcdougall Ela guarda certas semelhanças principalmente com as ideias de Pierre Marti que nós vamos trabalhar ao longo desta série também com as ideias de jacqu Lacan que deu um acabamento conceitual um pouco mais formal nesse entendimento então espero você tenha gostado desse vídeo Espero que você tenha entendido o que aqui foi dito se você por ventura não entendeu algum aspecto volte ao texto e se ainda permanecer em dúvida me escreva luccasnoto eh para sanar suas dúvidas e também acesse ao blog Se você tiver acessando esse vídeo do YouTube ou do vímeo vá até o meu blog www.

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