o o outro homem na hora eo algés freqüentes em [Música] e é pensado justamente nesse conceito de dispositivo que eu chego naquilo que foi talvez a minha motivação primeira é essa nossa conversa aqui hoje que é pensar a cidade seus acontecimentos seus enunciados e pensar dentro das cidades brasileiras num certo momento histórico que é o final do século 19 como houve a instalação de dispositivos e dentre estes dispositivos eu quero analisar que com vocês um dispositivo escolar no momento assim próximo da proclamação da república no brasil final do século 19 e que como como pensar
esse dispositivo escolar partindo dessas quatro dimensões é que a dimensão da visibilidade da enuncia habilidade as linhas de força e à subjetividade como é que nós podemos pensar esse cenário é aí é da instalação desse dispositivo escolar no brasil [Música] [Aplausos] [Música] a gente não tá roubando porta a gente não tá quebrando coisa muito pelo contrário está deixando as portas estão fechadas fechado assim sobe quando a gente encontra a chave para não ter problemas problemas futuros né então eu só queria deixar um recado que é se acontecer qualquer coisa aqui é vocês não estão sabendo
você já estão informados o prédio está em perfeitas condições os alunos eles estão se organizando organizados e continuam se organizando para que mais alunos chegando todos todas as horas é então pra deixar claro que os estudantes eles querem fazer uma luta combativa uma luta que seja realmente uma luta justa então pra isso a gente não precisa quebrar a escola a gente precisa deixar intacta a gente precisa lutar né pela reestruturação da escola então a gente está de cara tampada mesmo pra prevenir a nossa vida vem [Música] a gol ae eu começaria essa análise da instalação
do dispositivo escolar pensando é na dimensão das linhas de força pensando aquilo que é as condições de possibilidade de emergência desse dispositivo quais eram as condições históricas no brasil no final do século 19 nós vivemos um momento de grandes convulsões né de grandes transformações algumas delas né é a passagem de um regime monárquico para um regime republicano a abolição da escravidão que tinha acontecido que transformava as relações do mundo do trabalho no brasil é a chegada dos imigrantes europeus no sul que vieram para substituir a mão-de-obra escrava a passagem de um país rural eminentemente rural
para um país é eminentemente urbano principalmente nas capitais brasileiras né as cidades ela se transformavam tão havia uma série de acontecimentos históricos que transformavam a tanto a macro política da passagem de um regime político pra outro mas ele é claro que a micropolítica forma do sujeito viverem o seu cotidiano se transformava com todas essas transformações a a proclamação da república foi um fato determinante porque junto que o ideário republicano era centrado nas idéias positivistas ali do final do século 19 principalmente a idéia do progresso a idéia da civilidade ea partir desse diário é do progresso
da civilidade aquele momento histórico necessitava a constituição de uma identidade brasileira tipo não somos mais uma colônia de portugal nos somos mais um país que tem um rei português uma família real à corte portuguesa nós temos nós somos agora uma nação independente temos que buscar então a nossa identidade republicana é brasileira havia portanto essa urgência histórica essa necessidade histórica e como eu disse o dispositivo escolar que vai ser instalado nesse momento vai responder a essa aí essa necessidade porque os dois pilares do ideário republicano da idéia do progresso e da civilidade eram a educação ea
saúde como fazer o povo brasileiro em culto em cível adquirir hábitos de higiene por exemplo adquirir hábitos de civilidade de relações de sensibilidade então essa questão da civilidade ela era extremamente importante ea escola vai certamente ter um papel muito importante aí né tá promover a transformação então é algo assim eu reformando a sociedade eu consigo reformar o sujeito e a escola vai se vai ter como papel principal e neste momento há a a construção desse sujeito moderno progressista que vai representar o brasil moderno e progressista então a isso vai corresponder à educação e à saúde
a a uma remodelação das cidades quase dez anos e tarifas por exemplo carlos chagas mas vai pôr todo modelo sanitário vai pro rio de janeiro que vai remodelar vai abrir grandes avenidas isso certamente vai acontecer em belém neste mesmo momento histórico vai acontecer em são paulo a cidade as paisagens urbanas vão se transformar para dar lugar a essa idéia de progresso a ideia de saúde e dentro dessa remodelação vai ocorrer a instalação diz que eu estou chamando dispositivo escolar a construção de prédios escolares surto osos vão ser implantados na paisagem da cidade como uma marca
desse progresso ela vão concretizar materializar o brasil progressista o brasil republicano que vai produzir o sujeito progressista e público e republicano a além da instalação dos prédios escolares evidentemente a isso também correspondeu um reordenamento das práticas escolares por exemplo ensino da língua portuguesa vai ser vai fazer parte desse reordenamento pedagógico ali até então em muitos lugares a língua portuguesa nem era língua mais falada nesse momento histórico outras línguas como o engato ua a as línguas indígenas outras línguas indígenas e nem crioulos eram falados neste momento é línguas de base africana a instalação da escola vem
com o objetivo de apagar todas essas outras línguas e construir o brasil republicano como o brasil em que a língua portuguesa é a nossa língua é a língua de todos os brasileiros talvez fizesse uma pesquisa mais refinada se pudesse compreender porque é que se pensa hoje o brasil como um país monolíngüe em que a língua portuguesa é falada de norte a sul é a única língua que existe isso tem tudo a ver com essa instalação desse dispositivo republicano ser moderno ser progressista é ter uma língua uma língua européia principalmente é de tradição européia é que
a língua portuguesa dentro do reordenamento das práticas pedagógicas e vão vai ser instituído o ensino da caligrafia uma um esforço para a alfabetização em massa é claro que essa não era uma escola para as massas né o próprio é ideário republicano ou o regime republicano era um regime popular e das massas no entanto ele contava com a simpatia popular então essa escola ela foi pensada para ser uma escola de massa entendendo-se o que seria a massa nesse momento histórico não era uma escola para todos mas para alguns grupos sociais que nesse momento já reivindicavam uma
instrução pública ah ah ah o reordenamento das práticas pedagógicas que vai ter como centro o ensino da escrita e da leitura em língua portuguesa vai produzir por exemplo a indústria do livro didático e só para vocês terem uma idéia olavo bilac foi um dos primeiros autores de livros didáticos coelho neto os painéis e anos né que eram muito envolvidos inclusive com o ideário republicano olá as poesias infantis do olavo bilac elas sobrevivem há gerações e gerações de brasileiros que vão estudar os livros didáticos vão reproduzir durante mais de um século poesias na escritas por exemplo
pelo lado bilac que que vão construir todo um imaginário desse país é progressista desse país civilizado é de 70 eu posso dizer que eu sou de uma geração em que os livros didáticos nos levavam a saber de copa existe que eu sei até hoje do lado bilac do coelho neto raimundo correia é porque eles fazem parte desse dispositivo né do dispositivo escolar que foi implantado última flor do lácio inculta e bela s há um tempo esplendor e sepultura ou nativo na grande impura à bruta mina entre os cascalhos venda amo-te assim desconhecido e obscura tuba
de auto com gol lira a singela que tem o tron e o circo da pro cena eo a rolo da saudade e da ternura amo te ouvir isso agreste e o teor oma de virgem selvas e de oceano largo ramos rudi doloroso de homem em que barbosa não acordou viu o filho henrique amorim chorou exibe amanhã o gênio inventor o amor sempre gosto de sentir a minha língua mostrar a língua de luís de camões posso descer e descarga e quero me dedicar a criar confusão de drogas e uma profusão de paródias que incluem dores e
só tem cores como camaleões gosto pessoal na tesoura da rosa no rosa e sei que a poesia estava na prova assim como o amor se está para a amizade disse ken read negar que essa é superior e ganhar de negar que esta aliança pr e deixa-os porto cais morrerem à míngua minha bati minha língua fala manhã na américa latina o que quer o imóvel estava em barra de santo antônio ela tinha o que quero o pote 4 só para ter uma idéia de como esse esforço nacional de implantação das escolas foi muito grande a primeira
escola a ser implantada foi na cidade de são paulo né que foi à escola normal caetano de campos a escola normal de são paulo foi instalado em 1894 bem próximo da proclamação da república portanto no rio de janeiro 1897 a terceira cidade a ter uma escola foi belém do pará em 1901 e é claro que isso tem a ver também com aquilo que já ficou chama de linha de força belém neste momento era uma metrópole é baseada na borracha no comércio da borracha dela era uma potência econômica assim como são paulo rio de janeiro e
são paulo eo rio de janeiro já porque é tinha sido a capital do brasil a capital do acordo são paulo por causa da cultura do café belém por causa da cultura da borracha então foi a terceira cidade do brasil a instalar né o prédio é o grupo escolar josé veríssimo foi instalado em belém em 1900 um enquanto a primeira escola que foi a caetano de campos em são paulo era de 1895 pra vocês terem uma idéia mas no brasil todo foram instaladas no maranhão em 1903 em são luís em belo horizonte em 1906 depois santa
catarina em 1908 mato grosso 1910 sergipe 1911 paraíba 1916 piauí 1922 então se a gente pegar as duas primeiras décadas da república nós vamos ver que entre o final do século 19 os anos 20 todas as capitais brasileiras conta passarão a contar com edifícios escolares cujo objetivo era a fome aqui eram escolas normais eram grupos escolares cujo objetivo era formar professores educar a infância para a leitura a escrita principalmente a escrita caligráfica a e os conhecimentos básicos na média aritmética de história de geografia educação física são os currículos escolares eles se baseavam num tripé que
seria a língua aritmética e os exercícios físicos e é claro que tem tudo a ver com a questão da saúde da educação tudo isso né isso vai fazer com que nas duas primeiras décadas se instale essa escola republicana e esse ideário ele vai sobreviver por muito tempo naquilo que a gente conhece como escola respondeu portanto há uma urgência teórica as linhas de força que eu que desenhar pra vocês era toda essa questão da construção da identidade brasileira então eu tenho uma remodelação das grandes cidades a instalação das escolas como um grande projeto republicano em que
vários dispositivos vão produzir ou se reproduzir o seu ideário é que nós podemos agora nos aproximar mais de si desse dispositivo escolar analisando com as outras de de as outras dimensões desse dispositivo a começando pela visibilidade e anunciar habilidade que me parece fascinante e por um motivo assim muito particular é que nesse mesmo momento em que se instalam os prédios escolares é o momento em que a história da fotografia e veja tem aí já aquilo que eu chamei de dispositivo midiático a fruta a história da fotografia chega num momento a hino final do século 19
e começo do século 20 que já permite já permite uma certa popularização é os recursos técnicos permitem por exemplo as câmeras portáteis claro que não tem nada a ver com as câmeras portáteis que nós conhecemos hoje né as câmeras digitais as câmeras eram portáteis elas eram imensas tal mas ela já tinham portabilidade e elas estavam se popularizando em 1881 já havia sido inventada pela kodak já tinha sido lançada pela kodak uma câmera em que um saiba mais e um especialista para fazer fotografias e os isp o próprio sujeito do cotidiano podia fotografar mas os especialistas
se tornaram mais se tornou mais popular nessa prática de fazer fotografias e essas escolas elas foram extremamente fotografadas então o meu trabalho vai nesse sentido de analisar por meio do dispositivo fotográfico que é um dispositivo de mídia daquele momento histórico como se construiu a visibilidade e anuncia a habilidade do dispositivo escolar analisando fotografias portanto né então eu tenho e basta uma pesquisa na internet para a gente observar o quanto eu tenho fotografias de todas essas escolas elas foram objeto de de fotografia tanto de grandes fotógrafos quanto de fotógrafos e de pessoas do cotidiano por exemplo
a caetano de campos na escola normal de são paulo a primeira fotografia dela foi feito pelo max é que é um grande fotógrafo eu encontro uma fotografia de dela feita é pelo pelo h em zurique que é um grande fotógrafo eu encontro a fotografia do grupo escolar josé veríssimo feito na época então a a visibilidade vai se constituir numa memória iconográfica uma memória fotográfica o que vai mostrar aí e é claro tem todo o ângulo da fotografia perspectiva que vai mostrar o quanto a nessas escolas né uma uma arquitetônica escolar elas são todas muito parecidas
tem uma regularidade na arquitetônica o estilo arquitetônico moderno então na sua arquitetura já está instalada a questão da visibilidade ea memória iconográfica e eu poderia dizer acho que a gente tem dois tipos de memória iconográfica aquela feita por grandes fotógrafos que foram contratados para produzir a visibilidade desse dispositivo e uma memória fotográfica que a própria instituição fez então o diretor e os professores e com o passar do tempo evidentemente essa prática vai se tornar mais comum tanto que a escola normal que é meu objeto de estudos caetano de campos de são paulo ela produziu álbuns
fotográficos da escola desde 1895 até 1.800 1991 século álbuns fotográficos todo ano e isso é uma preciosidade essa memória fotográfica é uma forma de é fazer a escrita da sua própria história por meio da fotografia dois álbuns fotográficos me interessaram no primeiro momento o primeiro feito pela caetano de campos e que é feita por grandes fotógrafos e que foi o tom é de 1895 e que fotografa os espaços da escola vazios os espaços os corredores arquitetônica salas e um segundo álbum já de 1908 portanto 13 anos depois que fotografa além dos espaços as atividades escolares
então já existem sujeito ocupando esses espaços eu acho que a gente pode analisar tais como a memória fotográfica vai inserir o sujeito né na mudança da escola eu acho que a gente pode analisar essa visibilidade a partir dessas fotografias é por exemplo uma fotografia da caetano de campos que que é uma perspectiva dos corredores está a forma como essa fotografia é feita nos mostra eu acho muito próxima à mente aquilo que michel foucault chama de sociedade disciplinar como aquela arquitetura da escola é pensada para controlar o tempo para controlar o próprio espaço para controlar os
corpos dentro desses espaços no álbum de 1908 a uma fotografia linda que é a saída da ala feminina do colégio a perspectiva mostra duas filas de meninas extremamente organizadas então tá é se instalado ali na memória fotográfica essa idéia da disciplina dos corpos extremamente simétricos que saem daquela fachada simétrica da escola a própria divisão do espaço entre uma ala feminina uma ala para as meninas uma ala para os meninos com entradas independentes de forma que eles não se encontrassem nunca também nos dá a dimensão dessa visibilidade ea invisibilidade desse dispositivo porque havia atividades femininas e
atividades masculinas do currículo por exemplo dos meninos constavam aulas militares republicanos né os governos republicanos eles eram militares na então os meninos tinham por exemplo aulas de tiro e nós vemos na fotografia os meninos uniformizados portando armas portando armas e que é a aula de tiro e as meninas na aula de ginástica dançando balé é com construindo seus copos a partir das aulas de balé então enquanto os meninos tinham aulas de tiro as meninas havia domésticas culinária e aí a gente chega naquela última dimensão do dispositivo que é a produção da subjetividade quer dizer todos
esses elementos da visibilidade da equipe e tônica dos espaços o controle dos copos aquilo que era se lia e que se fazia no interior da escola por exemplo as aulas de leitura existem fotografias que mostram a aula de leitura existem fotografias que mostram as aulas de caligrafia tudo isso é todos esses elementos de visibilidade anunciar habilidade jogos vão produzindo as subjetividades ea gente pode pegar de forma geral aí essa subjetividade desse sujeito disciplinado [Música] civilizado moderno que tem noções de higiene que controla o seu corpo que a produção do sujeito desejado pelo pelo ideário republicano
e num nível mais micro político a produção das identidades de gênero na medida em que há essa separação o feminino eo masculino então as subjetividades elas vão nascer nesses essas linhas de fuga das subjetiva ações elas vão nascer justamente de todas essas práticas das práticas discursivas daquilo que é lido dito falar do interior desse dispositivo e das práticas práticas daquilo que é feito com o corpo a maneira de se colocar o corpo no espaço a maneira de se construir arquitetônica então práticas michel ficou chamaria de discursivas e de não discursivas que envolve e como produto
de tudo isso as subjetividades então o dispositivo escolar ele é esse conjunto heterogêneo de práticas além disso de lei de normas então para analisarmos o dispositivo escolar nós temos que analisar como disse michel ficou a a rede que entrelaça todos esses elementos nas práticas pedagógicas por exemplo que eu acabei de dizer que no álbum fotográfico de 1908 da caetano de campos aparecem várias atividades então aparecem atividades é da sala de aula aula de leitura dos meninos aula de leitura das meninas e nós podemos analisar dentro dessas fotografias todo o ideário o ideário da disciplina e
diário do do controle do corpo o controle do tempo controle dos espaços e comum é tudo isso vai se inscrever nessas práticas é tanto práticas discursivas como práticas não discursivas por isso que eu disse que me parece muito importante estudar essa memória iconográfica por meio da fotografia porque era um momento histórico em que a fotografia ela era uma mídia muito importante para a produção da escrita da história desse dispositivo talvez seja o dispositivo escolar ea lia numa rede há um outro dispositivo que o dispositivo midiático para produzir a sua história ea caetano de campos ela
produziu tanto a a à memória uma voz que fala do interior da instituição ela mesma produziu na sua história e por meio da fotografia nesses álbuns quanto recorrendo a fotógrafos profissionais como por exemplo da enzima que foi um grande fotógrafo ele ele tem uma série que é chamada lembranças de são paulo em que ele mostra a transformação da cidade a transformação urbana da cidade ele foi contratado inclusive pela light que estava instalando né a energia elétrica na cidade de são paulo e pará estava remodelando toda a cidade dentre as fotografias que ele faz é que
vai ver que ele é considerado o fotógrafo que melhor nos mostra a belle époque paulistana neste momento é do final do século 19 e começo do século dentre as muitas fotografias que o ganso ele produziu é a caetano de campos vai aparecer insistentemente nessas fotografias bem vocês poderiam me perguntar mas tudo isso ficou no passado esse dispositivo escolar republicano já não existe mais e aí vem uma última questão que eu queria tratar aqui com vocês que é aquilo que eu já disse no momento anterior que são as linhas de estratificação e as linhas de atualização
michel ficou nos mostra que os dispositivos eles nunca estão é permanentemente fechados eles estão sempre em transformação e à subjetividade elas estão constantemente se transformando eu poderia por exemplo é pensar nessa questão da consolidação e da atualidade tomando uma fotografia da aula de leitura da carta de campos olhar pra essa fotografia e ver que muito disso que é que que eram as práticas pedagógicas escolares daquele momento permanecem na nossa escola atualmente os alunos sentados nas suas carteiras numa aula de leitura isso seria a sedimentação e isso está se alimentado que atravessa historicamente o dispositivo escolar
e que chega até nós no entanto como diz michel ficou o atual não é aquilo que nós somos mais aquilo que nós estamos nos tornamos [Música] ontem nem redor [Música] ae [Música] ae [Música] [Música] ai ai ai ai ai ai [Música] [Risadas] ao propor noção de dispositivo no interior da sua analítica do poder focou ao mesmo tempo em que mostra a sofisticação cada vez mais intensa das tecnologias do poder enfatiza o papel das resistências como elementos integrantes desses dispositivos as resistências são as linhas de força que atravessam os dispositivos que fazem com que as lutas
sejam intermitentes onde a poder há resistências e esta é uma máxima full cotidiana que ele repete à exaustão nos trabalhos da sua genealogia principalmente a partir dos anos 70 focou analisa as resistências não em termos de revolução mas de levantes sublevações revoltas ele opera então com as noções de emergência ou erro psam de forças e o que energia através dessas sublevações que focou observa a partir dos anos 70 era uma nova subjetividade coletiva e eram essas formas de subjetivação esses acontecimentos no porão da história que segundo ele o intelectual tinha por tarefa enxergar e explicar
levantes sublevações revoltas emergência errupção de forças insurreição de saberes dominados estas são segundo focou as formas contemporâneas das lutas não mais à revolução ea figura solitária do revolucionário mas a subjetividade coletiva das insurreições dispersas transversais organizadas em centro cito a história da sexualidade não existe um lugar da grande recusa a alma da revolta foco de todas as rebeliões leitura do revolucionário mas sim resistências no plural que são casos únicos possíveis e necessárias improváveis espontânea selvagem solitárias planejadas arrastadas violentas e reconciliável mais prontas ao compromisso interessadas ou fadados ao sacrifício por definição não podem existir a
não ser no campo estratégico das relações de poder as resistências não se reduzem aos poucos princípios heterogêneo não é por isso que sejam ilusão ou promessa necessariamente desrespeitada elas são o outro termo nas relações de poder inscrevem-se nessas relações como o interlocutor irredutível excelentíssimo senhor presidente excelentes resultados a todos os demais presentes boa tarde eu sou na júlia estudante secundarista do colégio estadual senador manoel alencar guimarães tenho 26 anos estou aqui pra conversar com vocês para falar sobre as ocupações a minha pergunta inicial é de quem é a escola a quem a escola pertence eu
acredito que todos aqui já saibam essa resposta ficou distingue três tipos de lutas sociais que ganham forma a partir do final dos anos 60 primeiro as que fazem frente as formas de dominação étnica de xenônio religiosa dê certo as que contestam as formas de exploração que separam os indivíduos daquilo que eles produzem 3 as lutas contra a sujeição contra as formas de subjetivação e submissão que confronta tudo aquilo que digo indivíduo a si mesmo e os submete aos outros para ficou apesar das lutas contra as formas de dominação e exploração não terem desaparecido a luta
contra a sujeição contra a submissão da subjetividade tornou se cada vez mais importante portanto pra ficou três tipos de lutas animam as insurreições contemporâneas em primeiro aquelas que afirma o direito à diferença segundo aquelas que lutam contra os privilégios do saber e 3º todas essas lutas atuais têm uma especificidade fugiram em torno da questão da identidade e assim da pergunta fundamental quem somos nós hoje além de apontar estas três grandes temáticas que animam as sublevações atuais foi procura definir o que elas têm em comum indicando algumas de suas principais características primeiro elas são transversais isto
é agrupa o sujeito e interesses diversos segundo elas têm por objetivos efeitos de poder enquanto tal o terceiro são imediatas e analistas no terceiro a característica aí e de artesiano na guia futebol afirma que essas observações não esperam encontrar uma solução para os seus problemas no futuro isto é liberações revoluções vem da luta de classes e por isso são lutas a nokia são os anexos porque o objetivo dessas lutas não é propriamente atacar em uma determinada instituição ou grupos determinados mas o post é uma forma de poder que transforma os indivíduos sujeitos nos dois significados
que esta palavra conforme sujeito alguém pelo controle dependência e sujeito a sua própria identidade pela consciência ou pelo conhecimento é poder e resistência são portanto as categorias de base da genealogia futino para encerrar esta minha fala sobre os dispositivos eu sinto trechos de dois textos e futuro a vida dos homens infames e genealogia e poder eles sintetizam o seu olhar para as formas contemporâneas de luta e podem nos iluminar em nossas análises genealógicas portanto nossa atitude teórica diante do saber e se poderes cito esse meu trabalho genealógica mente dirigido tem como base o fato de
que a partir da década de 70 podemos notar dois fenômenos que se não foram realmente importantes foram ao menos bastante interessantes por um lado ele se caracterizou pelo que se poderia chamar de eficácia das ofensivas dispersas e descontínua o caráter essencialmente local da crítica indica na realidade algo que seria uma espécie de produção teórico autônoma não centralizada isto é que não tem necessidade para estabelecer a sua validade da concordância de um sistema comum isso nos leva a segunda característica do que acontece há algum tempo esta crítica local se efetuou através do que se poderia chamar
de retorno de saber parece-me que sobre esta temática através dela ou nela mesmo o que se produziu é o que se poderia chamar insurreição dos saberes dominados por saber dominada eu entendo duas coisas por um lado os conteúdos históricos que foram sepultados mascarados incoerências funcionais ou em sistematizações formais os saberes dominados são esses blocos de saber histórico que estavam presentes e mascarados no interior dos conjuntos funcionais e sistemáticos e que a crítica pode fazer reaparecer evidentemente através de um instrumento da educação em segundo lugar por saber do nada se deve entender uma série de saberes
que tinham sido 10 qualificados como não competentes ou insuficientemente elaborados saberes ingênuos hierarquicamente inferiores saberes abaixo do nível requerido de conhecimento científico cidade parece de fato foi este acoplamento entre o saber sem vida da erudição e o saber desqualificado pela hierarquia dos conhecimentos das ciências que deu a crítica desses últimos anos sua força essencial tendo isso em conta delineou se minhas pesquisas o que se poderia chamar uma genealogia ou melhor pesquisas genealógicas múltiplas ao mesmo tempo redescoberta exata das lutas e memória bruta dos combates trata-se da insurreição dos saberes não tanto contra os conteúdos e
os métodos os conceitos de uma simples mas de uma insurreição dos saberes antes de tudo contra os efeitos de poder centralizadores que estão ligados à instituição e ao funcionamento de um discurso científico organizado no interior de uma sociedade com marcas sete mortos é de 7 cordas se as sociedades persistem vivem isto é seus poderes existentes não são completamente absolutos é porque para quem de qualquer submissão ou coerção e para além das ameaças das intimidações existe a possibilidade daquele momento em que a vida não pode mais ser comprada quando não é nada que as autoridades possam
fazer e quando enfrentando a força e as metralhadoras as pessoas se revoltam as insurreições pertencem portanto a história mas de certa forma lhe escapam um movimento com que um só homem um grupo uma minoria ou todo um povo diz não obedece mais e joga na cara de poder que ele considera injusto risco de sua vida esse movimento me parece irredutível queria poder é capaz de tornar o absolutamente impossível varsóvia terá sempre o seu gueto sublevada e seus esgotos povoados de insurrectos e porque o homem que se revela é em definitivo sem explicação é preciso dilaceramento
que interrompe o fim da história e suas longas cadeias de razões para que um homem possa realmente preferir o risco da morte a certeza de ter de obedecer não estou de acordo com tudo com quem diz é inútil para você voltar sempre vai dar no mesmo não se deve dar ordens aqueles que arriscam suas vidas diante de um poder revoltar se é ou não direito deixamos a questão em aberto as pessoas se revoltam e sofá é assim que a subjetividade dos grandes homens mas a de qualquer um a subjetividade é trazida para dentro da história
conferindo evita um condenado por em perigo sua vida para protestar contra punições injustas um louco não pode mais suportar ser confinado em um milhão uma pessoa reclusão regime que é o crime isso não faz o primeiro inocente não cura o segundo não assegura o terceiro amanhã prometido há de mais ninguém é obrigado ajudados ninguém é obrigado a declarar que essas vozes confusas campo melhor do que as outras e falam a verdade é suficiente que elas existam e que tenham contra si tudo o que está determinado a silenciá las até que haja um sentido e ouvi
las e em prestar atenção ao que querem dizer na questão de ética talvez uma questão de realidade sem dúvida todos os desencantos da história não alteraram a verdade é por causa de tais vozes que o tempo dos seres humanos não tem a forma de uma evolução mas sim precisamente de uma história e é por pensar em tudo isso que a minha ética teórica pode ser chamada de anti estratégica o que significa ser respeitoso quando uma singularidade e volta em um transe gente logo que o poder violar a universal uma escolha simples trabalho difícil pois é
preciso ao mesmo tempo olhar de perto um pouco sobre a história o que a fim de agir e se manter atento um pouco aquém da política aquilo que incondicionalmente a limita à final este é meu trabalho não sou o primeiro nem o único a realizá lo mas é o que eu escolhi minha ética teórica portanto propõe a perseguição a todas as formas de fascismo desde aquelas colossais que nos rodeiam do sismmar até aquelas formas pequenas que fazem a menina tirania de nossas vidas cotidianas [Música] apesar de todas essas de colonização desmoralização apesar de sermos surpreendidos
apesar dos problemas que a gente vai enfrentar a gente ainda consegue ter a presença da felicidade