grande Juventude e aí jovens tudo certinho só naquela Tranquilidade de sempre pessoal sejam mais uma vez aí bem-vindos e bem-vindas ao lei logo escrevo e hoje a gente tá aqui para quê você já sabe né para falar sobre obras literárias nas suas provas nos seus vestibulares ali com as nossas análises sempre super completas e hoje nós vamos falar a respeito de uma autora que fez já um grande sucesso logo no seu livro de estreia hein nós vamos falar da escritora rut Guimarães com o livro Água Funda um livro pertencente ao modernismo brasileiro naquela transição entre
segunda geração do Modernismo brasileiro com alguns detalhes também ali importantes já da terceira geração então ela tá nesse meio do caminho aí com detalhes bem importantes tanto da segunda quanto da terceira vamos ver então o que que a rut Guimarães contou pra gente nesse livraço aí chamado então Água Funda pessoal seguinte ó Antes de nós começarmos esse bate-papo deixa eu já te dizer que esse livro é um livro bem complexo e eu não tô falando aqui exatamente de dificuldade de leitura na verdade não esse é um livro relativamente fácil de ser lido Mas ele tem
muitos detalhes muitas questões técnicas Então essa análise será dividida em duas partes ou seja em dois vídeos beleza Tá sejam bem-vindos E bem-vindas então a parte um tá assista toda a parte um e não se esqueça já tá avisado Então vai ter parte dois pessoal falar sobre a rut Guimarães é falar então de uma mulher que nasceu na década de 1920 na região do Vale do Paraíba em São Paulo interior de São Paulo isso é importante hein ela vai falar muito sobre esse lugar a Rute pessoal teve uma infância ali né fazendeira ou seja uma
infância nesse ambiente de fazenda ali né na roça né e ela logo logo ainda na infância teve que se mudar para Minas Gerais né sul de Minas Gerais né então o livro vai se passar justamente nesses dois espaços dois espaços conhecidos pela autora ela foi professora tradutora jornalista e também crítica literária meu uma pessoa e uma profissional incrível tá e o seu primeiro livro pessoal já ganhou um super destaque que é justamente o Água Funda né ganhou um super destaque como livro de estreia tá E olha que interessante a própria rut Guimarães se definia se
apresentava da seguinte forma ela costumava dizer mulher negra pobre e Caipira eis as minhas credenciais tá então É bem interessante pensar no modo como ela se apresentava já com esse olhar com esse esse esse autoconhecimento essa autoanálise também e essa percepção do Papel dela não só como escritora mas como mulher como mulher negra num Brasil aí de primeira metade do século XX Então olha todos esses detalhes aí pra gente já começar a falar da obra Esse livro foi publicado no ano de 1946 E por que que isso é importante nós temos que lembrar pessoal das
Tais gerações modernistas lembra que nós tivemos lá a primeira fase ou primeira geração Modernista que vai de 1922 até 1930 né lembra lá né Semana de Arte Moderna de 1922 e todo aquele papo na sequência entre 1930 e 1945 nós temos então a tal segunda geração do Modernismo brasileiro depois de 1945 E aí vai para vai que vai né daí paraa frente nós temos então a terceira fase ou terceira geração Modernista a nossa autora então com esse livro está ali em 1946 é quase que um ano de transição né a gente sabe que as coisas
não funcionam de maneira tão tão categórica né em Literatura ah em 1945 termina uma coisa e 1946 exatamente começa a outra Claro que não é assim que funciona então nesse livro de publicação então em 1946 nós teremos muitas características da chamada segunda geração e também coisas interessantes da terceira pessoal quando a gente fala de segunda geração Modernista não tem jeito uma das coisas das quais nós temos que lembrar é do conceito de regionalismo lembra lá o que era o regionalismo era aquela ideia que dizia que os autores chamavam a atenção do leitor para lugares né
do do Brasil que não costumavam aparecer na L literatura tá locais que se distanciavam ali das grandes metrópoles dos grandes centros urbanos tá E aí os autores chamavam atenção então né situavam as suas narrativas nesses lugares mas não só isso além de você ter esses locais do Brasil né como pano de fundo das histórias a cultura desse lugar também aparecia emergia ali de maneira muito muito saltada saltava aos olhos e os autores de fato davam muita atenção pra cultura desses lugares então pessoal em um livro regionalista você vai ter elementos como as crenças do lugar
as comidas do lugar as roupas né que que as pessoas vestiam o modo como as pessoas falavam então aparecem algumas alguns eh detalhes de sotaque algumas algumas falas algumas gírias alguns termos expressões locais tá vão aparecer de maneira muito destacada tudo isso a gente tem nesse livro porém todavia mas lá na terceira geração do modernist do modernismo brasileiro surge um conceito que hoje nós chamamos de regionalismo Universal ou seja pessoal no regionalismo nós temos todas as características daquele local específico do Brasil algum local repito afastado dos grandes centros urbanos tá com muito destaque para todos
esses elementos que eu citei agora a pouco tá Porém quando o livro é pura e simplesmente regionalista todos os conflitos todas as tretas todas as dificuldades enfrentadas pelos personagens se a associam única e exclusivamente tão somente aquele lugar tá então são dificuldades inerentes ao local são pensamentos e reflexões inerentes ao local quando o livro né traz quando o autor traz o que a gente chama então de regionalismo Universal você tem um local do Brasil separado ou melhor dizendo distante dos grandes centros urbanos a a cultura daquele local é valorizada tem tudo isso porém os conflitos
vividos pelas personagens não se resumem mais somente aquele local Então você tem personagens que vivem naquele lugar dá-se um destaque né Muito grande para aquele lugar mas os conflitos agora são universais são conflitos humanos que atingem as pessoas daquele lugar mas poderiam atingir pessoas de quaisquer lugares não só Brasil mas mundo afora tá Então nesse livro nós temos sim uma carga regionalista muito forte mas nós temos já vários elementos que nos permitem afirmar sim que há um regionalismo Universal aí esse livro pessoal é dividido em 15 capítulos que são só numerados tá cada capítulo não
tem um um título ou um subtítulo aí só números mesmo tá agora a grande dificuldade Inicial é definir o foco narrativo né vocês vocês que conhecem aqui eu leio logo escrevo sabem que eu gosto de começar essas análises sempre do ponto de vista técnico falando de tempo espaço e foco narrativo e esse esse foco narrativo aí meu é é complexo a gente tem que ficar bem atento e a coisa funciona assim nós temos um narrador que via de regra é um narrador em terceira pessoa porque ele não tá contando a história de vida dele ele
tá falando de outras pessoas tá porém nós temos várias inserções desse narrador em primeira pessoa até porque anota isso que eu vou falar agora é um narrador em terceira pessoa que fala de outras pessoas mas que conviveu com essas pessoas no passado tá então ele conhece ou conheceu as pessoas das quais ele vai falar né sobre as quais ele vai contar toda essa história aí tá por fazer parte dessa galera dessa comunidade então é terceira pessoa mas ao mesmo tempo ele se inclui né vir Mex aparece um eu né na estrutura verbal ali né quando
ele olha pro interlocutor já vou falar desse interlocutor aí ele olha pro interlocutor e diz frases como Ah é o que eu quero dizer é que olha essa estrutura o que eu eu quero dizer quero eu primeira pessoa né mas são pequenas inserções em primeira pessoa via de regra então terceira pessoa e esse narrador pessoal ele é onisciente quando narra em terceira pessoa mas a gente tem que lembrar também que como ele se coloca em primeira pessoa em alguns momentos né como o narrador em primeira pessoa ele vai se transformar ali rapidamente num narrador meramente
observador né o narrador em primeira pessoa não vasculha né pelo menos né normal mente não não vasculha sentimentos e pensamentos e reflexões das personagens já o narrador onisciente faz isso então nós temos uma mescla é um narrador meio não definido tá pensa mais ou menos por esses caminhos que é sucesso e quem é o tal do interlocutor do qual eu falei agora a pouco pessoal imagina que o narrador né está conversando com um carinha que ele chama de moço então nós pressupomos nós imaginamos que seja uma pessoa mais nova do que o narrador porque ele
chama de moço é a única informação que a gente tem tá e em alguns momentos ele conversa com esse cara a gente fica com a impressão de que o tal moço fez alguma pergunta porque no livro A gente só tem o narrador Em alguns momentos respondendo n Em alguns momentos ele diz ah o que se ela era nova ah Era sim ah se ela era uma pessoa boa ah era assim então a impressão que dá é que ele tá respondendo uma pergunta fato é é que esse livro pessoal ele tem um tom um forte tom
de diálogo Então imagina um narrador né interiorano Desse interior Aí de Brasil Beleza já Adiantei no início né tudo vai girar ali ó Vale do Paraíba no interior de São Paulo e também sul de Minas Então imagina esse narrador interiorano contando para alguém contando para esse moço para esse interlocutor um causo então o livro inteiro Há uma grande contação de causo meu eu costumo dizer que esse narrador ele tem uma pitada assim meio fofoqueira daqui a pouco vocês vão ver só que ele faz de um jeito tão fofo que é tão bacana o jeito que
ele faz enfim daqui a pouco a gente vai falar desse desse Tom aí de de contação de causa então ah um detalhe tá nem narrador nem o interlocutor desse narrador são nomeados então nós sabemos que existem essas duas figuras um contando a história pro outro mas não sabemos né os nomes do narrador e nem do moço ou seja nem do interlocutor e olha só que interessante e emblemática a frase com a qual a autora abre o livro né numa página que vem ainda antes do capítulo 1 ela diz o seguinte estas coisas aconteceram em qualquer
tempo e em qualquer parte o certo é que aconteceram E como sempre se dá ninguém aprendeu nada do seu misterioso sentido Então ela diz que isso isso isso tudo que aconteceu pode ter acontecido em qualquer parte né só que você começa a ler o livro e você sabe que tudo aconteceu ali na região do Vale do Paraíba e também ali né um pedacinho no sul ali de Minas Gerais tá seria esse um indício então do tal do regionalismo Universal né percebe é Regional mas não é tudo isso aconteceu num lugar específico mas poderia ter acontecido
em qualquer lugar desse Brasil desse mundo afora justamente por conta dos conflitos vividos pelas personagens bem interessante isso aí hein e aqui também com essa frase ela já antecipa uma das principais características do livro quando ela diz né que aconteceu coisa para caramba mas no final das contas ninguém aprendeu nada fica a impressão de um ensinamento de uma grande moral e esse livro tem muito disso muitos ensinamentos populares né Tem uma grande moral no final na verdade tem tem vários momentos né em que aparece uma moral ali um ensinamento aqui um ditado popular a colar
Então ela já dá o Tom né do que será o livro logo nesse início aí e para fechar essa nossa parte mais técnica já anota aí nesse livro há duas linhas temporais o narrador está no tempo presente contando ali pro seu interlocutor algumas coisas que t a ver com uma tal Fazenda Olhos d'Água Mas ele também volta 50 anos no passado para falar sobre essas personagens aí que viveram no passado e que a gente já sabe que são personagens com as quis ele conviveu ele conheceu de fato essas personagens lá do passado Apesar de nós
não termos pessoal uma datação aqui específica a gente sabe que quando ele volta no passado a gente tá ali né próximo de algo em torno em torno de 1880 ou seja um Brasil ainda escravista tá como ele avança 50 anos né que é o tempo presente dele a gente sabe que no tempo presente ele tá ali então algo em torno de 1000 1930 então um Brasil ali já Republicano já não mais escravista mas que carrega ainda né carregava ainda muitos resquícios tá dessa realidade de um Brasil ainda escravista E aí quando o narrador começa a
trocar uma ideia com esse interlocutor então né esse tal moço ele já fala de um tal não um carinha que ele não cita o nome ele chama Por enquanto só de ele e ele fala que esse esse cara né Ele fala Ele parece que foi enfeitiçado né pela mãe de ouro tá E aí você começa a le falar à ele quem é ele mande ouro Quem é essa do que que ele tá falando e aí ele mesmo faz uma pausa e diz pro moço calma melhor eu contar tudo do começo aí que o narrador já
começa a alternar o tempo ele olha pro pro moço pro interlocutor e começa a falar que no passado tinha ali uma fazenda e ele fala que havia muitas pessoas então ele tá no passado mas ao mesmo tempo ele diz né hoje o ar anda triste ele fala ah tem uma uma um um espírito um ar aqui uma aura meio tristonha e tal então você já percebe que vai ter esse rolê passado e presente é nesse momento que o narrador fala que naquele local ali né que era a antiga Fazenda Olhos d'Água né havia uma mulher
a dona ali né a patroa que era a Sinhá Maria Carolina tá E é muito doido porque ele vai falar da Sinhá Maria Carol ol in e ele ele olha pro pro moço e diz Nossa meu às vezes eu fico com a impressão de que os olhos dela estão aqui até hoje parece que ela tá por aqui nossa passou um vento aqui você sentiu acho que é a morte já temos aqui um detalhe bem curioso é a presença da religiosidade das crenças populares e locais né então é mais um detalhe que torna esse livro um
livro regionalista beleza vão aparecer vários elementos místicos na verdade Pessoal esse livro ele vai né o tempo todo ele tá ali entre o que é real e o que não é né o real e o Místico né a crença religiosa será que é é só uma crença será que é Real o que que é isso enfim a gente vai ter essa ambiguidade então passeando pelo livro o tempo todo e lá nesse passado então né 50 anos atrás Ele conta que assim a Maria Carolina se casou lá né com um senhor e o detalhe importante se
casou contra a vontade dos pais Guarda essa informa a porque ela vai ser importante tá E foi uma festança aquele casamento que dura dias e tudo mais né a gente já começa a saber um pouco aí da Sinhá Maria Carolina Então e o narrador chega a contar pro moço que o marido da siná Maria Carolina saía com várias mulheres então traía a sinhar Carolina até umas horas e tal e ela aguentava calada e o que ajudou né A Sinhá Maria Carolina a aguentar tudo escalada foi a soberba da siná então a gente já fica sabendo
que ela havia sido lá naquele passado uma mulher extremamente soberba né cheia de si e aqui tem uma fala bem rápida do narrador que nos ajuda a perceber esse Brasil ainda escravista ele diz que assim a Maria Carolina tinha por costume mandar prender e castigar escravo fujão tá então a gente já fica sabendo que ela tinha escravizados né ali na sua fazenda e ela não pegava leve com eles então quando algum eh homem ou mulher escravizada tentava fugir ela punia severamente mas aqui pessoal tem um detalhe na fala do narrador Lembra que eu te disse
que ele tem essa pegada né de de contador de causa mas ao mesmo tempo parece que ele tá fazendo uma fofoca uma coisa enfim né lembra disso aqui a gente tem esse detalhe por quê ao mesmo tempo em que ele conta né pro pro interlocutor né pro moço sobre esse caráter meio Severo né punitivo da Maria Carolina ele para o a narração dele e diz mas isso moço Isso é o que o povo dizia nem sei se é verdade né moço o povo fala demais e ele faz isso várias vezes pessoal várias vezes então ele
conta alguma coisa pro moço de repente ele para e diz ó mas isso quem dizia é o povo tá tá ele faz isso por dois motivos primeiro pessoal ele associa essa esse conhecimento dele ao povo primeiro por uma proteção de Face não não não Professor fefo o conceito correto é preservação de face e não proteção entendeu Professor preservação de Face OK agora sim bora voltar para a análise então ele quer se proteger Ó quem dizia não era eu era o povo hein então não vai achar que que eu sou só um Fofoqueiro aqui era o
povo que dizia Tá mas além da proteção de Face ele também usa isso para ler legitimar o próprio discurso tá então Em alguns momentos Ele conta algumas coisas e aí o Tom dele muda né Ele fala a mesma coisa que era o povo que dizia mas num outro Tom ele diz ele diz pro moço algo e coisas mais ou menos assim né então moço é a mais pura verdade hein Não era só eu que observava não e que dizia isso não tá era o povo que observava o povo tava lá para para não me deixar
mentir então ao mesmo tempo que ele se protege ele também valoriza o próprio discurso né a gente tem aqui autoproteção né proteção de face e legitimação discursiva pessoal e aqui eu faço uma brevíssima pausa só para dar aqueles recados rápidos que você já conhece masu se você tá curtindo a análise Poxa pessoal deixa um like aí no vídeo se inscreve no canal também E por que não ativa o Sininho Assim você fica sabendo sempre que aparecerem vídeos novos tá se você curte também o formato áudio o formato podcast nós temos também aí né o podcast
do lei log escrevo tá nessas plataformas ou nessa plataforma que você tá vendo aí é só procurar lá leio logo escrevo tá o mesmo nome exatamente o mesmo nome do canal aqui no YouTube e você encontra também para acompanhar no formato áudio beleza e hoje eu trago um recado a mais pessoal tá se você curte o canal e quer dar uma força pro Canal aí financeiramente falando tá Já já está habilitado aí o botão Valeu esse botão só você clica e você consegue colaborar com o lei log escrevo né mandar uma ajuda financeira mesmo se
você achar que que é interessante beleza os valores são super variados então tem né valores aí para todas as possibilidades caso você queira beleza Tá mas lembre-se de que isso é isso é um detalhe se você quiser Manda brasa será extremamente bem-vindo senão o leio logo escrevo continua aqui continua de pé trazendo conteúdo aí gratuito pra galera por meio do YouTube beleza tá já agradeço demais valeu mesmo tamo junto e bora voltar pra análise ponto importante é que desse casamento né dessa relação nasce uma criança nasce a sinhazinha Gertrudes e a relação entre a Gertrudes
E a sua mãe a Maria Carolina é péssima Pensa numa treta o narrador chega a falar pra gente que a Gertrudes né a filha era Extrem ente o quê soberba altiva cheia de si só que a gente já sabe que a Maria Carolina também era Então imagina né duas personalidades extremamente fortes claro que dava treta só que pessoal lá na fazenda chamada Olhos d'Água então né da Maria Carolina a gente sabe que nessa Fazenda vivia ali um Capataz beleza tá E esse Capataz chamado Joaquim Dias esse Capataz tem um filho hum você já sabe né
É claro que o filho do Capataz e a Gertrudes vão ter ali um um negócio vão ter ali um enrosco né e tal só que o capais é um empregado né lembra que o capais é o chefe de de de todos os outros funcionários e empregados da fazenda tá então ele é uma espécie de encarregado ali dos outros funcionários mas ainda assim ele é um funcionário um empregado um assalariado tá e a Maria Carolina o viia de tal forma o viia exatamente dessa forma tá meu eu confio no Joaquim dias mas não passa de um
riz empregado tá então é claro que a Maria Carolina Quando ficou sabendo dessa relação da Gertrudes com o filho do Capataz ela não quis tá ela desdenhava o filho do Capataz falava isso aí é um pé rapado isso aí meu filho do do Capataz filha minha não vai se relacionar com com o filho do Capataz nunca Mas você lembra que a própria Maria Carolina se relacionou com o marido dela né contra a vontade dos pais fazis então você vê que meu é a impressão que a gente tem é que a história tá se repetindo E
aí a gente já tem os primeiros indícios também de umas ações bem hipócritas por parte da Maria Carolina Mas ó tem um detalhe aqui importante pra narrativa também tá antes mesmo pessoal de acontecer todo Esse envolvimento entre a Gertrudes e o filho do capatas tá a senha Maria Carolina perde o marido marido morre num desastre né e o que acontece é que ele sai para andar a cavalo e depois o cavalo volta sozinho ele morre no rolê aí né inclusive é uma morte muito doida porque a Maria Carolina havia sonhado que isso poderia acontecer mais
um daqueles elementos místicos e tal então a gente tem né algumas reflexões do tipo e o que é para acontecer acontece e tudo mais fato é que quando a Maria Carolina perde o marido ela na verdade ela tem ali uma das primeiras perdas de várias que ela vai ter ao longo da vida aí aqui enquanto o narrador tá contando pro moço sobre esse Pass do nada ele para o relato e faz um desabafo sobre o presente então você vê que ó passado e presente se alternando o tempo todo tá ele para né e faz um
desabafo dizendo que olha meu vou te falar moço no tempo aí né lá naquele tempo a fazendo Olhos d'Água era boa mas hoje hoje tá tudo diferente depois que a companhia comprou isso aqui e passou a administrar o lugar Ah aí a coisa anda uma tristeza então a gente já sabe que existe existe uma tal companhia que é apresentada com com c maiúsculo então nãoé companhia no sentido de uma empresa mesmo uma indústria aí uma empresa que administra esse local então onde antigamente 50 anos atrás ficava fazendo Olhos d'Água da Maria Carolina E aí sim
quando a Gertrudes já tá um pouquinho mais velha ali na adolescência né e tal o pai dela já havia morrido né o então marido da senha Maria Carolina tá nessa fase aí já da adolescência das Gertrudes né nos é apresentado um personagem que é o Inácio bugre pessoal tá um personagem de ascendência indígena um homem muito calado muito sisudo mas ao mesmo tempo extremamente carinhoso e ele cuida ali da da Gertrudes tudo bem E a relação dele com a Gertrudes pessoal é absolutamente paternal então ele é uma figura adulta né mas que tem esse cuidado
de fato é paternal ali né pela pela Gertrudes e tudo mais o povo Olha o narrador de novo falando do Povo né segundo narrador o povo não gostava muito do Inácio bugri não vivia dizendo pra Maria Carolina se eu fosse a senhora não deixava gertrud Dinha perto de Inácio bugre nunca se sabe o que pode acontecer mas a a Maria Carolina não ligava para esse Falatório do Povo lembra que não é o narrador é sempre o povo é o povo que diz tá a Maria Carolina não ligava pro Falatório e gostava desse cuidado aí né
do Inácio bugre em relação a gertrud Dinha então ass azinha Gertrudes aqui o narrador faz uma breve inserção também falando a respeito dos Pais da Maria Carolina ou seja os avós da Gertrudes Tá então não fala muito né mas enfim ele fala que em algum momento o avô da Gertrudes morre e aí a vozinha da Gertrudes ela nesse momento ela fica cada vez mais triste e a única coisa que a conforta são as visitas né da gertrud Dinha então todas as vezes que a neta vem visitá-la a avó então fica bem feliz a início pessoal
começa a engatar então começa a ganhar corpo aquele namoro né aquele relacionamento entre a Gertrudes e o filho do Capataz O Joaquim Dias tá E aí aparece a irmã da Sinhá Maria Carolina que é a a Maria Isabel tá e a Isabel pessoal Ela é super fã do namoro então ela fala pra irmã dela né Pra Maria Carolina né Meu deixa minha sobrinha namorar deixa sua filha mas ela vai namorar você também casou escondido casou Casou contra a vontade dos seus pais então deixa a menina mas assim a Maria Carolina não arreda o pé não
cede e fala na minha filha mando eu ela não vai namorar e aí pessoal nessa treta toda né a Maria Carolina não permitia o namor e tudo mais que acontece a gerdin se refugiava ali né nos cuidados da avó só que em algum momento a avó morre e quando a avozinha morreu então aí a gertrud Dinha pensou meu a minha mãe é insuportável não dá a gente só briga só treta na moral quer saber eu vou fugir e aí é que ela dá esse golpe né Um Golpe fulminante golpe fatal na mãe ela foge da
Fazenda ela foge com o namorado com o filho do capais então do o filho do Joaquim Dias tá E aí pessoal nesse momento que a sim a Maria Carolina vai ficando cada vez mais sozinha né já não ó pensa já não tinha o marido aí o pai dela já havia falecido a mãe mãe agora né acabou de falecer aí a filha Ger trudinha foi embora né E aí tem ali o Inácio bugre que era essa figura meio que amigo da família né só que aí o povo começa a espalhar o seguinte que meu foi o
Inácio bugre que ajudou os dois a fugirem juntos né E aí assim a Maria Carolina começa a pensar nisso e começa a ficar além de muito triste sozinha começa a ficar bem incomodada e aí de tanto o povo falar a assim a Maria Carolina vai lá tirar satisfações com o Inácio bugre falou meu e aí será que você ajudou mesmo o povo tá dizendo que você ajudou é claro que o bugre fica indignado ele era uma figura paternal cuidava né da da gertrud Dinha tal e ele tava sendo ali questionado ele fica extremamente indignado e
eles discutem eles tretam e aí tem um trecho bem interessante em que o buger dá uma alfinetada na Maria Carolina né Ela olha para ele e fala e se fosse a sua filha que tivesse fugido E aí dá uma olhada no que ele ele responde se fosse a minha filha ela não precisaria fugir para ela querer fugir bastava apenas ir contra ela e foi exatamente o que a sená fez ou seja né Se fosse minha filha não ia querer fugir não mas conhecendo a gertrud Dinha É só bater de frente que ela ia embora e
a a senhora né assim a Maria Carolina senhora fez o quê justamente isso bateu de frente fez exatamente o que ela precisava para ir embora né então ele dá uma alfinetada e fala f Meu a culpa dela ter ido embora é sua então aí ó altas tretas E assim a Maria Carolina ficando cada vez mais sozinha aí você deve estar pensando né Não mas assim a Maria Carolina né essa altura do campeonato pelo menos tinha a irmã a senha a Isabel e tinha o próprio Capataz que tava ali na fazenda o Joaquim Dias eh não
porque os dois resolvem também se afastar n a irmã dela Isabel Fala meu ó na moral fica aí com a sua arrogância com a sua soberba fica SZ que eu tô indo nessa falou e o Joaquim dias chega e fala ó depois de tudo isso que aconteceu eu eu tô me sentindo mal ao mesmo tempo envergonhado indignado com tudo que aconteceu é esse lugar não não me cabe mais tá então tô pedindo as contas aqui não quero mais trabalhar como capais na fazenda Olhos d'Água tá então tô indo embora e tal e aí sim a
Maria Carolina tá ali sozinha bom pessoal E aí como eu havia dito no iniciozinho do vídeo né como esse livro é um livro muito complexo com muitos detalhes questões técnicas e tudo mais né esse vídeo então é um vídeo dividido em duas partes eu encerro aqui essa primeira parte Mas já dá uma olhada porque provavelmente a parte dois já tá aí no canal já tá aí no Le logo escrevo Beleza te vejo então na parte dois cuidem-se muito valeu por terem ficado até aqui e até daqui a pouco é nós tchau