O Príncipe de Maquiavel dedicatória aqueles que desejam conquistar as graças de um príncipe costumam apresentar-se diante dele com objetos que consideram os mais preciosos ou que pensam poder ser de seu máximo agrado de onde se verem amiúde cavalos armas tecidos de ouro pedras preciosas e outros ornamentos semelhantes oferecidos ao príncipe como dignos de sua grandeza desejando eu apresentar-me a vossa magnificência com algum testemunho de minha devoção não encontrei entre meus bens algo que me seja mais caro ou que eu mais valorize do que o conhecimento dos atos dos Grandes Homens que adquiri por força de
longa experiência nos negócios modernos e de contínuo estudo da antiguidade os quais tendo eu demoradamente perscrutando e examinado com grande diligência agora Envio reduzidos a um pequeno volume a vossa magnificência embora considere Este trabalho indigno do favor de vossa magnificência confio grandemente que em sua bondade o aceite considerando que não lhe posso fazer maior presente do que oferecer a oportunidade de compreender no tempo mais curto possível tudo que aprendi em tantos anos e com tantos incômodos e perigos trabalho este que não enfeitei com palavras infladas ou pomposas não recheei com figuras de retórica ornamentos externos
nem quaisquer adornos ao contrário de muitos que com isso costumam sobrecarregar e embelezar suas obras e isto porque não desejo que esta receba honra ou aceitação que não agrada pela verdade da matéria e pela seriedade do assunto discordo daqueles que consideram presunção se um homem de baixa e humilde condição ousa discorrer sobre normas de governo e interesses dos Príncipes porque assim como quem pinta paisagem se coloca na planície para contemplar a natureza das montanhas e das altitudes para observar as planuras se posiciona nos píncaros das montanhas também para bem conhecer o caráter do povo é
preciso ser príncipe para bem entendero do Príncipe é preciso povo receba pois este peo presente com intuito que me inspira ao enviá-lo se ele for lido e considerado com diligência vossa magnificência descobrirá meu enorme desejo de que advenha a grandeza que prometem a fortuna e suas qualidades e se vossa magnificência do Ápice de sua grandeza por vezes voltar os olhos para regiões mais baixas notará quão imerecidamente suporta um grande e contínuo Infortúnio capítulo I Quantas espécies de principados existem e como podem ser adquiridos todos os estados e governos que t ou tiveram poder sobre os
homens já foram e são repúblicas ou principados principados são ou hereditários onde a família está estabelecida no local há tempo ou são novos os principados novos são ou inteiramente novos como Milão foi para Francisco es Forza ou são membros anexados ao estado hereditário do príncipe que os adquiriu Como foi o reino de Nápolis para o rei da Espanha esses domínios adquiridos estão acostumados a viver ou sob o reino de um príncipe ou em liberdade e são adquiridos através das armas do príncipe ou de outros ou por sorte ou por habilidade Capítulo segundo sobre principados hereditários
deixarei de Fora todas as discussões sobre repúblicas já que já escrevi longamente sobre elas em outro momento e falarei apenas sobre os principados ao fazer isso manterei a ordem indicada antes e discutirei como esses principados deveriam ser governados e mantidos eu digo de imediato que existem menos dificuldades em manter estados hereditários e aqueles acostumados a tempo com a família do seu príncipe do que estados novos Pois é suficiente Apenas não transgredir os costumes dos seus antecessores e lidar de forma Prudente com as situações à medida que elas acontecem para um príncipe de poderes medianos se
manter no seu estado a menos que ele seja impedido disso por uma força extraordinária e excessiva E caso seja impedido quando qualquer coisa sinistra ocorrer com o usurpador ele reconquista Ará o poder nós temos na Itália por exemplo o Duque de Ferrara que não poderia ter superado os ataques dos venezianos em 1484 nem os do Papa Júlio em 1510 se ele não estivesse estabelecido nos seus domínios há muito tempo pois o príncipe hereditário tem menos necessidade ou razão para ofender e assim ele acaba sendo mais amado e a menos que vícios extraordinários façam com que
ele seja odiado é razoável esperar que os seus súditos sejam naturalmente bem bem dispostos com ele e com o passar do tempo e a duração do seu governo as memórias e as motivações para mudança são perdidas Pois uma mudança sempre Deixa aberto o caminho para outra mudança Capítulo terceiro sobre principados mistos mas as dificuldades ocorrem em principados novos em primeiro lugar se o Principado não é inteiramente novo mas é membro de um estado que se considerarmos a totalidade pode ser chamado de composto as mudanças ocorrem principalmente devido a uma dificuldade inerente que existe em todos
os novos principados pois homens mudam de governantes com satisfação acreditando que assim estarão melhorando e essa Esperança Os induz a levantar armas contra o atual governante no que se enganam pois depois descobrem com a experiência que foram de mal a pior isso é seguido por outra necessidade natural e comum que sempre faz com que o novo príncipe precise utilizar os seus soldados e outras infinitas injúrias sobre a sua recente conquista dessa forma você tem inimigos em todos aqueles que feriu ao adquirir aquele Principado e você não pode manter os amigos que o ajudaram pois não
conseguirá satisfazê-los da forma que esperam e não poderá usar medidas drásticas contra eles pois se sente ligado a eles pois mesmo sendo forte nas Forças Armadas ao entrar em uma província você sempre precisa contar com a boa vontade dos nativos foi por essas razões que luí xi rei da França ocupou Milão rapidamente e da mesma forma rapidamente a perdeu e para tirá-lo da primeira vez só foram necessárias as forças de Ludovico pois aqueles que haviam aberto os portões para ele ao verem que as suas esperanças para um futuro melhor não se concretizaram não suportaram ser
maltratados pelo novo príncipe é bem verdade que após reconquistar as províncias Rebeldes uma segunda vez é mais difícil perdê-las novamente e depois o príncipe com menos relutância USA oportunidade da rebelião para punir aqueles que lhe faltaram com a lealdade eliminar suspeitos e se fortalecer nos lugares mais fracos assim para que a França perdesse Milão pela primeira vez o Duque Ludovic precisou apenas fazer motins nas fronteiras Mas para que a perdesse pela segunda vez foi necessário trazer o mundo todo contra ele e que os seus exércitos fossem desbaratados e expulsos da Itália o que se seguiu
das razões descritas acima não obstante Milão foi tomado da França da primeira e da segunda vez as razões gerais da primeira foram discutidas resta agora explicar as da segunda vez ver que recursos ele tinha e o que qualquer pessoa na situação dele poderia ter feito para manter posse da sua Conquista melhor do que o Rei da França agora eu digo que estes domínios que quando conquistados são adicionados a um estado antigo por aquele que os Conquista São ou do mesmo país e linguagem ou não quando são é mais fácil mantê-los Especialmente quando não estão acostumados
a se autogovernar e para mantê-los Seguros é suficiente ter destruído a família do príncipe que reinava neles anteriormente porque os dois povos conservando as suas velhas condições e tendo costumes parecidos passarão a viver tranquilamente juntos como vimos ocorrer com Bretanha Borgonha gasconha e Normandia que por tanto tempo estiveram ligados à França e apesar de haver uma pequena diferença nas línguas mesmo assim os costumes são parecidos e os povos poderão se entender e se acomodar aquele que os anexou Se quiser mantê-los tem apenas que manter em mente Duas Medidas primeiramente que a família do antigo Senhor
da terra seja extinta e em segundo lugar que nem as suas leis nem os seus impostos sejam alterados para que em muito pouco tempo o território conquistado e o Principado antigo se tornem um só corpo mas quando estados são adquiridos em um país com língua costumes e leis diferentes dificuldades aparecem e sorte muita energia para mantê-los e uma das maiores e mais eficientes medidas é o conquistador morar no território conquistado isso torna a sua posição mais segura e duradoura como ocorreu com o turco na Grécia que apesar de todas as outras medidas tomadas para manter
a posse do estado se não tivesse ido habitar lá não teria conseguido mantê-lo por se você está no local pode ver brotar as desordens e assim remediá-los rapidamente mas se você não está por até ouvir falar das desordens elas não terão mais remédio Além disso o país não é saqueado pelos seus oficiais os súditos fic fizes podero prpe com mais faid assim sendo desde queiram B eles têm mais razões para amá-lo ou caso para temê-lo desejar o de fora teroid já que enquanto o príncipe residir no estado Ele só poderá ser tomado dele com extrema
dificuldade a outra medida eficaz é instalar colônias em um ou dois lugares que poderão agir como lugares chaves para aquele estado Pois é necessário fazer isso ou então manter lá muita cavalaria e Soldados um príncipe não gasta muito com colônias com pouco ou nenhum custo ele pode enviá-los e mantê-los lá e ofende apenas uma minoria dos cidadãos de quem toma terras e casas para cedê-los novos habitantes e aqueles a quem ele ofender permanecendo pobres e espalhados pelo território nunca poderão prejudicá-lo enquanto os outros habitantes permanecendo inalterados continuam tranquilos ao mesmo tempo estão receosos de errar
e acontecer com eles o mesmo que aconteceu com aqueles expulsos das suas terras concluo dizendo que essas colônias não são onerosas são mais fiéis causam menos danos e aqueles que são prejudicados Como já foi dito sendo pobres e estando espalhados nada podem fazer sobre isso tem que ser destacado que homens devem ser ou bem tratados ou destruídos pois podem se vingar de pequenas feridas mas não de feridas mais graves portanto a ferida que for feita em um homem deve ser tal que você não precise ficar com medo da sua vingança mas ao manter em colônias
homens armados gastasse muito mais tendo que gastar com as forças militares todo o dinheiro arrecadado naquele estado fazendo com que a aquisição se torne um prejuízo e muitas pessoas são prejudicadas pois todo o estado sofre com as constantes mudanças de alojamento do exército todos se tornam hostis e se tornam inimigos pois mesmo perdendo a batalha continuam capazes de ferir por todas essas razões portanto Tais Guardas São tão inúteis quanto uma colônia pode ser útil novamente o príncipe que tiver a posse de um país com as diferenças citadas acima deverá se tornar o chefe e defensor
do e seus vizinhos poderosos enfraquecer aqueles que são os mais poderosos dentre eles cuidando para que nenhum estrangeiro tão poderoso quanto ele apareça sem querer por lá pois Como já vimos sempre acontecerá de um desses ser chamado por aqueles que estão infelizes ou por ambição excessiva ou por medo os romanos foram levados à Grécia através dos óli e em todos os outros países onde conseguiam colocar os pés eles eram trazidos pelos habitantes e o que normalmente acontece é que assim que um estrangeiro poderoso entra em um país todos os estados são atraídos para ele movidos
pelo Ódio que sentem contra o atual governo então Então no que diz respeito a esses estados não é necessário muito trabalho para obter seu apoio Pois logo todos eles voluntariamente se unem a quem conquistou a terra ele precisa apenas ter o cuidado de não permitir que adquiram muito poder e muita autoridade e então com as suas forças e a boa vontade do povo pode abater aqueles que ainda estão fortes para se tornar senhor absoluto daquela província e aquele que não fizer isso satisfatoriamente logo perderá a sua Conquista enquanto puder conservá-la terá infinitos aborrecimentos e dificuldades
os romanos nos países que anexaram observaram de perto essas medidas fundaram colônias e mantiveram relações amigáveis com os menos poderosos sem aumentar a sua força eles abateram os mais fortes e não permitiram que nenhum poder estrangeiro forte ganhasse autoridade a Grécia é um bom exemplo os aeus e os eólios tornaram-se amigos dos Romanos o reino da Macedônia foi abatido antíoco foi expulso porém os méritos dos aqueus e dos etólia lhes permitiu aumentar o seu poder nem a persuasão de Felipe induziu os romanos a serem seus amigos sem antes abatê-lo nem a influência de antilo conseguiu
fazer com que eles o autorizassem a manter seu domínio naquela província os romanos fizeram nesse caso o que todos os príncipes prudentes devem fazer notaram não apenas os problemas correntes mas também os problemas futuros pelos quais deviam se preparar com toda a sua energia pois quando previstos a tempo São facilmente remediados mas se você esperar até que eles evoluam não poderão mais ser curados pois o mal já se tornou incurável acontece aqui como os médicos dizem acontecer com a tuberculose no princípio o mal é fácil de curar mas de difícil diagnóstico mas ao longo do
tempo sem ser diagnosticado ou curado ele se torna fácil de diagnosticar mais difícil de curar assim ocorre nos assuntos do Estado pois quando os males que os atingem são previstos o que só acontece se o encarregado é um homem sábio podem ser rapidamente revistos mas quando por não serem previstos conseguirem vê-los não há mais solução Por isso os romanos prevendo problemas sempre lidavam com eles imediatamente e até para evitar a guerra não deixavam que ocorressem pois sabiam que a guerra não pode ser evitada mas somente adiada para vantagem dos outros por essa razão queriam lutar
contra Felipe antíoco na Grécia para que não tivessem que lutar contra eles na Itália ambos podiam ter evitado as duas batalhas mas não queriam fazer isso nem em momento algum lhes agradou aquilo que os sábios de nosso tempo estão sempre falando Vamos gozar as coisas boas do momento mas apenas aquilo que resulta do nosso próprio valor e da nossa prudência pois o tempo lança à frente todas as coisas e pode transformar o bem em mal e o mal em bem mas voltemos à França e examinemos se ela fez alguma das coisas mencionadas olhando a conduta
de Luiza XI e não de Carlos vi pois a conduta dele é mais fácil de ser observada já que Manteve o domínio da Itália por mais tempo você verá que ele fez o contrário do que se deve fazer para conservar um estado com elementos tão diferentes o rei Luiz foi conduzido a Itália devido à ambição dos venezianos que desejavam obter metade do estado da lombardia através da intervenção dele eu não vou criticar as medidas tomadas pelo Rei pois querendo manter um pé na Itália e sem ter nenhum amigo lá pelo contrário vendo que todas as
portas se fechavam para ele devido à conduta de Carlos foi obrigado a aceitar as amizades daqueles que estavam abertos a ele e teria conseguido que queria se não tivesse cometido erros em outras áreas o rei porém tendo conquistado a lombardia reconquistou de imediato a autoridade que Carlos havia perdido Gênova cedeu os florentinos tornaram-se seus amigos o marqus de o Duque de Ferrara o bentivoglio a senhora de forli os senhores de Faenza de pesaro de Rimini de camerino de piombino os luques os pisanos os ceses todos tentaram se tornar seus amigos então os venezianos puderam perceber
a temeridade da resolução que haviam tomado para poderem conquistar dois vilarejos na lombardia haviam transformado o rei em senhor de dois teros da Itália Vamos considerar agora com que pouca dificuldade o Rei poderia ter mantido a sua posição na Itália se tivesse observado as regras mencionadas anteriormente mantido todos os seus amigos Seguros e protegidos pois apesar de serem numerosos eles eram fracos e tímidos alguns com medo da igreja outros com medo dos venezianos e assim todos teriam que sempre ficar do seu lado e através deles ele poderia ter facilmente obtido Segurança contra aqueles que permaneciam
poderosos mas ele assim que chegou a Milão fez o contrário auxiliando Papa Alexandre a ocupar a romanha nunca sequer passou pela sua cabeça que com isso ele estava se enfraquecendo afastando os amigos e aqueles que lhe tinham anado os braços enquanto engrandecia a igreja acrescentando ao pod espiritual tamanha força temporal e tendo cometido esse primeiro erro foi obrigado a segui-lo tanto que para fim à ambição de Alexandre evitar que este se tornasse Senhor da toscana foi necessário ir pessoalmente à Itália e se já não fosse o bastante ter engrandecido a igreja e perdido os seus
amigos ele desejando ter o reino de Nápolis dividiu com o rei da Espanha e sendo o primeiro árbitro da Itália aí colocou um companheiro para que os ambiciosos daquele país e os descontentes tivessem onde se abrigar e em vez de deixar naquele reino um soberano sujeito a ele tirou-o para em seu lugar colocar outro que pudesse expulsar o próprio luí dali o desejo de conquistar é muito natural e comum e homem sempre deve tentar conquistar terras quando podem e por isso serão louvados e não censurados mas quando a conquista é extremamente difícil porém desejam obtê-la
a Qualquer Custo isso é tolice e merece ser censurado portanto se a França pudesse ter atacado Nápolis com as suas próprias forças ela deveria ter feito isso se ela não pudesse fazê-lo então não deveria tê-la dividido e se a divisão que ela fez com os venezianos na lombardia fosse justificada pelo fato de de que assim conseguiram firmar o pé na Itália essa outra divisão merece censura pois não podia ser justificada por essa necessidade Luis tinha portanto cometido esses cinco erros eliminou os menos fortes engrandeceu um dos grandes poderes na Itália trouxe um poder estrangeiro não
foi habitar no país e não instalou colônias erros que se ele tivesse vivido não teriam sido grandes o suficiente para feri-lo caso não tivesse cometido um sexto erro ao tirar os seus domínios do venezianos Pois se não tivesse Tornado Grande a igreja nem introduzido a Espanha na Itália teria sido bem razoável e necessário enfraquecê-los mas como tomou as outras medidas anteriores nunca deveria ter consentido com a ruína deles pois eles sendo poderosos teriam sempre mantido outros longe da lombardia isso porque os venezianos jamais iriam consentirem qualquer manobra Contra esse estado a menos que se tornassem
os senhores lá da mesma forma que outros não iriam querer tomar a lombardia da França para dá-la aos venezianos e ninguém tinha coragem para ir contra ambos E se qualquer pessoa falar o rei Luiz cedeu a romanha Alexandre e o reino a Espanha para evitar a guerra eu respondo com as razões citadas anteriormente que uma crise nunca deve ser utilizada para evitar a guerra pois a guerra nunca é evitada apenas adiada para sua própria desvantagem E se alguém alegar que a promessa que o rei havia feito ao Papa de que ele o ajuda empreitada Em
troca da dissolução do seu casamento e do Chapéu cardinalício concedido a juão dois a isso respondo que escreverei mais tarde sobre a fé dos Príncipes e como ela deve ser mantida o rei luí assim perdeu a lombardia por não ter seguido nenhum dos princípios observados por aqueles que conquistaram países e os mantiveram Não há aqui nenhum milagre mas simplesmente coisas razoáveis e naturais e sobre isso falei in Anes com juão quando Valentino chamado popularmente na Itália de César Borja filho do Papa Alexandre ocupava a romanha quando o cardeal de ruon observou para mim que os
italianos não entendiam de guerras respondi-lhe que os franceses não entendiam de estado querendo dizer que se entendessem não teriam deixado a igreja se tornar tão grande e de fato já foi visto que a grandeza da igreja e da Espanha na Itália foi causada pela França e a sua ruína pode ser atribuída a esses dois estados disso pode-se extrair uma Regra geral que nunca ou raramente falha aquele que a causa do poderio de alguém se arruína pois tal poder foi alcançado ou através da astúcia ou da força e ambas são suspeitas para aquele que se tornou
poderoso um Duque Ludovico era Ludovico moro Filho de Francisco sforza dois o Arcebispo de ruão George de amboise eleito Cardeal por Alexandre vi capítulo 4to por que o reino de Dario conquistado por Alexandre não se rebelou contra os sucessores dele após sua morte consideradas as dificuldades que existem para conservar a conquista de um novo estado algumas pessoas podem se perguntar como vendo que Alexandre o Grande se tornou o senhor da Ásia em poucos anos e faleceu quando ainda não estava bem estabelecido nesse local onde seria razoável imaginar que todo o império teria se rebelado mesmo
assim os seus sucessores se mantiveram no poder e não enfrentaram nenhuma outra dificuldade além das que surgiram entre eles com as suas próprias ambições eu respondo que os principa dos quais temos registros são governados de duas formas ou por um príncipe com um grupo de Servos que o ajudam a governar o reino como ministros Escolhidos por ele ou por um príncipe varões que mantém esta posição com o passar do tempo devido ao seu sangue e não pela graça do Príncipe esses varões têm estados e seus próprios súditos que os reconhecem como senhores e dedicam a
eles natural afeição os estados que são governados por um príncipe servos t o príncipe com maior autoridade por toda sua prov não existe alguém reconhecido como superior a el e se os súditos obedecem alguma outra pessoa fazem em razão de sui deist e eic n Fei esp desses dois tipos de São o e da frda poric sen osus e dividindo seu reino em san ja ele envia diversos administradores e os troca e muda quando quer mas o Rei da França está em meio a vários senhores antigos reconhecidos pelos seus súditos e amados por eles eles
têm as suas próprias prerrogativas e o rei não privá-los delas sem se colocar em perigo portanto quem es pensando nesses dois estados reconhecerá grandes dificuldades em conquistar o estado turco vez conquistado terá facilidade em mantê-lo razões das dificuldades em conquistar o reino turco são que o usurpador não pode ser chamado pelos Príncipes daquele reino nem pode esperar ser ajudado por aqueles que cercam o senhor isso decorre das razões especificadas acima pois os seus ministros sendo todos escravos só podem ser corrompidos com grande dificuldade e pode-se esperar muito pouco deles uma vez corrompidos já que não
poem influenciar as outras pessoas à sua volta pelas razões já especificadas portanto aquele que atacar o turco Tem que manter em mente que o encontrará Unido e ele terá que depender mais da sua própria força do que da Revolta dos outros Mas uma vez que o turco já tiver sido conquistado e desbaratado em batalha de modo que não possa refazer os seus exércitos Não há nada a temer fora a família do príncipe e esta sendo exterminada não restará mais ninguém a temer já que os outros não têm nenhum prestígio junto ao povo e como o
conquistador não dependeu deles para sua Conquista não precisará temê-los após a Vitória o contrário ocorre nos reinos que são governados como o da França porque se pode facilmente invadi-lo obtendo o apoio de algum Barão do reino Pois é sempre possível encontrar pessoas descontentes e que desejam uma mudança Estas pessoas pelas razões referidas podem abrir o acesso à aquele estado e facilitar a Vitória mas se você quiser manter a conquista encontrará infinitas dificuldades Seja com aqueles que ajudaram Seja com aqueles que você derrotou não é o suficiente acabar com a família do Príncipe pois os senhores
que permanecem se tornam chefes das novas revoluções contra você e como você não pode nem contá-los nem exterminá-los perde aquele estado assim que aparece a oportunidade agora se você examinar a natureza do governo de Dario verá que ele era bem parecido com o reino do turco e portanto foi apenas necessário Alexandre derrotá-lo no campo de batalha e então ganhar o estado dele após essa vitória estando Dario morto o estado permaneceu seguro so o domínio de Alexandre pelas razões citadas acima e se os seus sucessores tivessem permanecido Unidos teriam gozado do Estado tranquilamente pois não havia
tumultos no reino além daqueles provocados por eles mesmos mas é impossível manter a posse de estados como a França com tanta tranquilidade por isso surgiram rebeliões tão frequentes contra os romanos na Espanha França e Grécia devido aos vários principados presentes nesses estados dos quais enquanto a memória deles permanecesse os romanos sempre teriam uma posse segura mas com o poder e a continuidade do império a memória deles desapareceu e os romanos se tornaram os dominadores seguros e quando combatendo mais tarde em lutas internas cada um pôde se ater à sua parte do país de acordo com
a autoridade que havia adquirido nela e essas províncias por não mais existir o sangue de seus antigos senhores não reconheciam senão a soberania dos Romanos consideradas todas essas coisas ninguém se impressionará com a facilidade que encontrou para manter o Império da Ásia ou com as dificuldades que outros tiveram para manter uma conquista como pirro e muitos outros isso não ocorreu por causa de pouca ou muita habilidade do conquistador mas sim devido ao desejo de uniformidade no estado conquistado Capítulo V sobre como governar cidades ou principados que viviam sob leis próprias antes de serem anexados quando
os estados que forem adquiridos estiverem acostumados a viver sob leis próprias em verdade existem três caminhos que podem ser trilhados por aqueles que desejam mantê-los o primeiro é arruiná-los o segundo é habitar no estado e o terceiro é permitir que continuem vivendo sob suas próprias leis arrecadando um tributo e criando dentro dele uma oligarquia que se manterá fiel a você como esse governo sendo criado pelo príncipe sabe que não permanecerá sem a amizade e os interesses do Príncipe faz o máximo para apoiá-lo portanto aquele que quiser manter uma cidade acostumada à liberdade consegu isso mais
facilidade por intermédio dos seus próprios cidadãos como exemplo temos espartanos e romos espen eend olia poré mesima cago ecia ees quercia como os espartanos fizeram tornando livre e deixando com as suas próprias leis e não conseguiram então para mantê-la foram obrigados a desmantelar muitas cidades daquela província pois a verdade é que não há como mantê-las sem arruinas eele que se tnar mestre de uma cidade acostumada a liberdade não destruí poderá se preparar para destruído por ela pois em nome da sua rebelião utilizará liberdade e os antigos privilégios coisas que nem o tempo nem benefícios apagarão
e oer que você faça ou Providencie eles Nuna escer a liberdade e os privilégios que tinham a menos que sejam desunidos ou dispersos mas a cada oportunidade irão se unir em nome dessas causas como fez pisa 100 anos após estar submetida aos florentinos mas quando cidades ou países estão acostumados a viver sobre um príncipe e sua família exterminada eles estando por um lado acostumados a obedecer e por outro lado não tendo mais o príncipe antigo no poder não conseguem chegar a um acordo para a escolha de outro líder e não sabem como se governar por
essa razão são muito lentos em tomar as armas e um príncipe pode vencê-los e se apoderar da cidade com mais facilidade mas em repúblicas há mais vitalidade mais ódio e mais desejo de Vingança o que nunca permitirá que eles se esqueçam da antiga liberdade então o caminho mais seguro é destruí-los ou habitá-los pessoalmente Capítulo sexto sobre novos principados conquistados com armas e habilidades próprias não fique surpreso se ao falar sobre principados completamente novos Como irei fazer eu usar os exemplos mais grandiosos de Príncipes e estados porque os homens andando quase sempre nos caminhos já trilhados
por outros e seguindo através da imitação as suas ações ainda são quase completamente incapazes de seguir fielmente as trilhas alheias ou alcançar o poder daqueles que imitam um homem sábio deve sempre seguir os caminhos trilhados por Grandes Homens e imitar aqueles que têm sido Supremos para que caso a habilidade não se iguale a deles Pelo menos você poderá chegar perto deixe que ajam como os arqueiros espertos querendo atingir um ponto que parece estar muito distante e sabendo os limites dos seus Arcos miram muito além do ponto que querem atingir não para alcançar com sua flecha
tanta altura mas para poder com a ajuda de uma Mira tão alta atingir seu alvo eu digo portanto que em principados completamente novos onde há um príncipe novo encontra-se mais ou menos dificuldade para mantê-lo de acordo com a habilidade de quem os conquistou agora como se elevar de particular a príncipe pressupõe ou habilidade ou sorte fica claro que um ou outro desses fatores diminuiria as dificuldades mesmo assim aquele que dependeu menos da sorte será estabelecido com mais força e ainda os problemas são facilitados Quando o Príncipe não tendo nenhum outro estado é obrigado a habitá-lo
pessoalmente para falar daqueles que através de habilidade própria e não pela sorte se tornaram Príncipes devo dizer que Moisés Ciro Rômulo Teseu dentre outros são excelentes exemplos e apesar de não devermos discutir sobre Moisés tendo sido ele apenas um Executor da vontade de Deus ele deve ser admirado mesmo se for apenas pela graça que o tornou digno de conversar com Deus mas consideremos Ciro e os outros que conquistaram ou fundaram reinos e veremos que todos são admiráveis e se as suas ações e condutas forem examinadas elas não ficarão a quem das de Moisés que teve
tão grande preceptor e ao examinar as suas ações e vidas nós não conseguimos ver que eles deviam algo à sorte além da oportunidade que lhes deu o Material necessário para moldar as coisas da forma que melhor lhe serviria sem essa oportunidade o poder das suas mentes teria acabado e sem este poder a oportunidade teria sido vã era necessário então que Moisés encontrasse o povo de Israel escravizado e Oprimido no Egito pelos egípcios para que se dispusesse a segui-lo e se libertar era necessário que Rômulo não permanecesse em Alba e que fosse abandonado no seu Nascimento
Para que pudesse se tornar rei de Roma e fundador daquela Pátria era necessário que sira encontrasse os persas infelizes com o governo de mées estivessem moles e efeminados pela prolongada paz tezeo não poderia ter demonstrado sua habilidade se não tivesse encontrado os atenienses dispersos essa oportunidades portanto tornaram esses homens afortunados e a alta capacidade de cada um permitiu que reconhecessem a oportunidade para enobrecer e tornar famosa sua Pátria aqueles que por suas virtudes se tornam Príncipes como esses homens conquistam um Principado com dificuldade mas conservam com facilidade as dificuldades que eles têm para conquistá-lo surgem
em parte de regras e métodos novos que são obrigados a introduzir para estabelecer o seu governo e assegurá-lo e deve ser lembrado que não há nada mais difícil de controlar mais perigoso de conduzir ou mais incerto de alcançar sucesso do que liderar a introdução de uma nova ordem pois o inovador tem como seus inimigos todos aqueles que se davam bem sobre as antigas condições e defensores mornos naqueles que talvez se deem bem sob as novas regras esta fraqueza surge parcialmente do medo dos oponentes que tem as leis do seu lado e parcialmente da incredulidade dos
homens que não acreditam facilmente em novas até que tenham bastante experiência com elas e então acontece que a qualquer momento em que aqueles que são hostis tiverem a oportunidade de atacar eles o farão como sectários enquanto os outros defenderão com fraqueza de forma que ao lado deles o príncipe corre perigo é necessário portanto Se quisermos discutir mais esse assunto perguntar se esses inovadores podem usar as suas próprias forças ou se dependem de outros Isto é se para levar adiante sua obra Precisam fazer preces ou podem utilizar a força no primeiro caso sempre acabam mal e
não realizam nada mas quando dependem de si mesmos e usam a força então raramente estão em perigo e é por isso portanto que todos os profetas armados venceram e os desarmados foram destruídos além das razões já descritas a natureza dos povos varia enquanto é fácil persuadi-los de uma coisa é difícil firmá losos nessa persuasão e portanto é assim necessário tomar Tais medidas para que quando não acreditarem mais se possa fazê-los crer pela força se Moisés Ciro tezeu e Rômulo estivessem desarmados eles não poderiam ter implementado as suas constituições por tanto tempo como aconteceu nos nossos
tempos com o frei Jerônimo savonarola que fracassou nas suas reformas assim que a multidão passou a não acreditar mais nele e ele não tinha mais como manter firmes aqueles que acreditavam ou fazer com que os descrentes acreditassem por isso eles têm tantas diades em continuar com seu propósito Pois todos os perigos estão no seu caminho porém com habilidade eles irão superá-los mas quando eles são superados e aqueles que os invejaram exterminados eles começarão a ser respeitados e continuarão depois poderosos Seguros honrados e felizes a esses grandes exemplos quero acrescentar outro menos grandioso Mas que mesmo
assim tem semelhanças com os outros espero que seja o suficiente para ilustrar todo um grupo é erão de este começou como homem comum e tornou-se príncipe de siracusa ele também não devia Nada à sorte mas à oportunidade pois o povo de siracusa sendo Oprimido escolheu o como seu capitão de onde ele foi recompensado sendo feito príncipe ele era tão habilidoso que mesmo quando cidadão comum quem escreveu sobre ele disse que não queria nada além de um reino para poder ser rei esse homem aboliu a velha milícia organizou a nova abandonou as antigas alian formou novas
E como tinha os seus próprios soldados e aliados sobre Tais alicerces pode construir qualquer Edifício e assim enquanto ele teve muito trabalho para conquistar teve pouco trabalho para manter sua Conquista capítulo sétimo sobre principados novos conquistados com armas dos outros ou com sorte aqueles que somente se tornam Príncipes após serem cidadãos comuns devido à sorte TM pouco trabalho para conseguir isso mas apenas com muito esforço assim se mantém eles não encontram nenhuma dificuldade pelo caminho porque sobem voando mas encontram Muitas dificuldades quando chegam ao topo é assim com aqueles aos quais é concedido um estado
ou por dinheiro ou pela graça do concedente como aconteceu com muitos da Grécia nas cidades da Jônia e do helesponto onde foram feitos Príncipes por Dário a fim de que conservassem as cidades para sua segurança e sua glória assim como aconteceu ainda com aqueles imperadores que através da corrupção dos Soldados passaram de simples cidadãos e alcançaram o domínio do império esses estão lá simplesmente devido à Fortuna e a vontade de quem lhes concedeu Esse posto duas coisas muito inconstantes e instáveis eles também não têm a sabedoria necessária para manter a posição pois a menos que
sejam homens de grande valor e habilidade não é razoável esperar que deveriam saber como comad dar Tendo sempre vivido fora do governo além disso eles não podem manter o poder pois não não tem forças que possam manter amigáveis e fiéis estados que surgem inesperadamente Então como todas as outras coisas na natureza que nascem e crescem rapidamente não podem ter os seus alicerces e os seus relacionamentos com outros estados fundamentados de tal forma que a primeira tempestade não os extinga a menos que como foi dito aqueles que inesperadamente se tornam Príncipes sejam homens de tanta habilidade
que saibam da necessidade de estar preparados para manter de imediato o que a sorte lhe jogou nas mãos e que aqueles alicerces que outros estabeleceram antes de eles se tornarem Príncipes eles precisam estabelecer depois no que diz respeito aos dois modos citados de se tornar Príncipe por habilidade ou por sorte quero dar dois exemplos que aconteceram no nosso tempo e este São Francisco sforza César borgia Francisco pelos meios certos e com grande habilidade de cidadão tornou-se Duque de Milão e aquilo que ele conquistou com muitas angústias Manteve com pouco trabalho por outro lado César borg
chamado pelo povo de Duque Valentino adquiriu seu status com a ascensão do pai e com o seu declo perdeu isso mesmo tendo tomado todas as medid necessárias e feito tudo aquilo que deveria feito por um homem sábio eaz para estab raízes fortes naqueles estados que asas e a fortuna de outra pessoa tinham concedido por como se disse acima quem não Lan os alicer primeiro com muita habilidade poderá estos mais tarde mas Ao serem estabelecidos trarão aborrecimentos ao arquiteto e perigo ao Edifício se portanto considerarmos todos os passos tomados pelo Duque veremos que ele estabeleceu sólidos
alicerces para o seu futuro poderio os quais não julgo supérflu do escrever pois não sei que melhores preceitos poderiam ser dados a um novo príncipe do que exemplos das suas ações e se as suas disposições não obtiveram êxito não foi sua culpa mas simplesmente extraordinária e extremada sorte Alexandre vi ao querer tornar grande seu filho o Duque Teve muitas dificuldades imediatas e futuras primeiramente ele não viu como torná-lo senhor de nenhum estado que não fosse um estado da igreja e se ele estivesse disposto a roubar a igreja sabia que o Duque de Milão e os
venezianos não concordariam porque faen e Rimini já estavam sob a proteção dos venezianos Além disso vi as armas da Itália em especial aquelas que poderiam ajudá-lo nas mãos daqueles que deviam Temer a grandeza do Papa como zne e colona e seus seguidores era então necessário perturbar aquela organização dos estados e desarticular os poderosos para seguramente se tornar mestre de parte desses estados isso foi fácil de fazer pois encontrou os venezianos movidos por outras causas dispostos a trazer os franceses de volta à Itália ele não apenas não se opos a tal ação como também a tornou
mais fácil com a dissolução do primeiro matrimônio do rei Luiz o rei portanto chegou à Itália com a ajuda dos venezianos e o consentimento de Alexandre mal havia chegado a Milão e o Papa obteve dele tropas para a conquista da romanha que se rendeu devido à reputação do rei o Duque portanto tendo ocupado a romanha e derrotado colona queria manter a conquista e avançar mais mas foi impedido por duas coisas uma as suas tropas que não lhe pareciam fiéis a outra a Boa Vontade da França Isto é o Duque temia que as tropas dos orsen
das quais se valerá não seriam fiéis a ele não só impedindo de conquistar mais como também tomando-lhe o que havia conquistado e que o rei também poderia fazer o mesmo dos zoren teve um aviso quando depois da Conquista de Faenza Ao atacar Bolonha viu-os ir sem vontade ao ataque quanto ao rei ficou sabendo da sua disposição quando ele tomado ducado de urbino atacou a Toscana e o rei o fez desistir dessa campanha e assim o Duque Decidiu não depender mais das Armas ou da sorte dos outros primeiramente enfraqueceu as facções dos orne e dos Colon
em Roma atraindo para si todos os adeptos deles que fossem Cavaleiros fazendo os seus Cavaleiros pagando-lhes bem e de acordo com as suas linhagens honrando-os com Ofício ou comando de tal forma que em poucos meses toda a afeição que mantinham pelas facções foi destruída e voltou-se completamente para o Duque depois disso ele esperou uma oportunidade para esmagar o orsen tendo dispersados adeptos da casa de colona isso logo surgiu e ele aproveitou bem a situação pois o zen percebendo que o crescimento do Duque da igreja seria sua ruína organizaram uma reunião em magioni no perugino dessa
reunião nasceram a rebelião de urbino e os tumultos da romanha com infinitos perigos para o Duque o qual a todos superou com f dos Franceses tendo readquirido a sua autoridade e por não querer deixá-lo em risco confiando nos franceses ou em outras tropas estrangeiras para não as fortalecer escondeu suas intenções e por intermédio do senr Paulo orsen a quem o Duque não falhou em assegurar atenções de todos os tipos dando-lhe dinheiro aparatos e cavalos os orne foram reconciliados de tal forma que a simplicidade deles levou-os à senigalia tendo eliminado os líderes e transformad os pard
os deles em seus amigos o Duque havia estabelecido uma base boa o suficiente para o seu poderio possuindo toda a romanha e o ducado de urbino e com o povo agora começando a apreciar a sua prosperidade ele ganhou toda aquela população e como este fato Vale comentar e deve ser imitado por outros eu não estou disposto a não incluí-lo quando Duque ocupou a romanha encontrou-a sob o governo de senhores impotentes os quais roubavam os seus súditos em vez de governá-los dando-lhes mais mais motivos para desunião do que para União fazendo com que o país fosse
repleto de roubos brigas e de muitas outras formas de violência e então querendo trazer de volta a paz e a obediência à autoridade ele achou necessário instituir um bom governante por isso promoveu o senr Ramiro de orco três homem cruel e solícito a quem ele deu os mais amplos poderes este homem em pouco tempo restaurou a paz e a união mais tarde o Duque percebeu que não era sábio dar tanta autoridade a um só homem pois ele não tinha dúvidas de que esse homem poderia vir a odiá-lo ele instalou então um juízo civil no país
com um excelente Presidente e cada cidade tinha o seu advogado e como sabia que o Rigor do passado havia causado ódio no povo para que as pessoas não achassem que a culpa era dele e poder conquistá-las completamente ele decidiu mostrar que se alguma crueldade havia ocorrido não nascerá dele mas sim da cruel natureza do ministro sob Essa desculpa certa manhã ele pegou Ramiro e o executou e deixou na praça pública de casena com o bloco e a faca em sanguentada ao seu lado a barbaridade desse espetáculo fez com que a população ficasse ao mesmo tempo
satisfeita e amedrontada Mas vamos voltar para o começo eu digo que o Duque vendo que estava poderoso suficiente parcialmente seguro de perigos imediatos já que estava bem armado e tendo em grande parte destruído aquelas forças ao seu redor que poderiam feri-lo caso quisesse continuar com sua Conquista agora tinha que se voltar para a França pois sabia que o rei que havia percebido tarde o seu erro não o apoiaria e começou então a procurar novas alianças e temporizar com a França na incursão que os franceses faziam rumo ao reino de Nápolis contra os espanhóis que assediava
Gaeta a sua intenção era se garantir Contra Eles O que teria conseguido se Alexandre não tivesse morrido Essa foi a sua política quanto à situação atual mas quanto ao futuro ele tinha que temer em primeiro lugar que o novo sucessor à igreja não seria amigável a ele poderia tentar tirar dele aquilo que Alexandre lhe havia dado E então decidiu agir de quatro formas primeiramente exterminando as famílias dos Senhores que havia espoliado para assim tirar esse pretexto do Papa em segundo lugar conquistando Todos Os Cavalheiros de Roma para poder controlar o Papa com a ajuda deles
como já expliquei em em terceiro lugar trazer o colégio para próximo de si em quarto lugar conquistar tanto poder antes que o Papa morresse que poderia resistir sozinho a um primeiro embate quando Alexandre faleceu o Duque havia realizado três das quatro medidas ele havia assassinado todos os senhores despojados que pôde alcançar deixando apenas poucos vivos Ele havia conseguido o apoio dos Cavalheiros romanos e controlava a maior parte no colégio e quanto a novas conquistas ele resolvera se tornar Senhor da toscana pois já possuía perua e piombino e Pis estava sob a sua proteção e como
não tinha que pensar mais na França pois os franceses já tinha sido expulsos do reino de Nápolis pelos espanhóis e assim ambos queriam a sua amizade ele saltou sobre pisa depois disso Luca e Siena cederam rapidamente em parte devido ao ódio e em parte devido ao medo dos florentinos e os florentinos não teriam remédio caso ele tivesse continuado a ter sucesso como havia feito no ano em que Alexandre morreu pois o Duque havia conquistado tanto poder e tanta reputação que teria mantido sozinho e não mais necessitava da sorte ou das foras dos outros só de
seu próprio pod e habilidade mas Alexandre morreu 5 anos depois que ele comear a desembainhar a espada ele deixou o Duque apenas com o estado da romanha consolidado com todos os outros no ar entre dois poderosos exércitos inimigos e doente gravíssimo porém o Duque era tão corajoso e habilidoso conhecia tão bem como se conquistam ou se perdem os homens e tão sólidos eram os alicer que em tão pouco tempo havia estabelecido que se não tivesse tido aqueles exércitos sobre si ou se estivesse bem de saúde teria superado todas as difices e está claro que seus
alicerces er Bis a romanha o esperou por mais de um mês baglioni vitell e orne pudessem ir a Roma nada poderiam fazer contra ele se ele não pudesse tornar papa Quem queria pelo menos poderia evitar que fosse eleito quem não queria mas se ele estivesse bem de saúde quando Alexandre morreu tudo lhe teria sido fácil no dia em que Júlio foi eleito Ele me disse que havia pensado sobre tudo que poderia acontecer quando o pai morresse havia encontrado uma solução para tudo mas jamais havia pensado que quando seu pai morresse ele também estaria à beira
da morte quando todas as ações do Duque são lembradas eu não sei como culpá-lo mas me parece como eu já disse que deveria usá-lo como exemplo para todos aqueles que através da Fortuna ou das armas dos outros chegam ao governo pois ele tendo um espírito animado e metas abrangentes não poderia ter agido de outra forma e somente a brevidade da vida de Alexandre e a sua própria enfermidade frustraram as suas conquistas portanto aquele que achar necessário se assegurar no seu novo Principado fazer amigos vencer ou pela força ou pela fraude fazer-se amado e temido pelo
povo ser seguido e reverenciado pelos soldados eliminar aqueles que TM poder ou razões para feri-lo trocar a ordem antiga das coisas por Nova Ordem ser Severo e grato magnânimo e Liberal destruir uma milícia Infiel e criar uma nova manter amizade dos Reis e dos Príncipes de modo que o ajudem com zelo ou o ofendam com temor não poderá encontrar Melhor exemplo do que as ações do Duque somente ele pode ser culpado pela eleição de julho para papa ele fez uma escolha errada pois como foi dito não podendo eleger o papa que quisesse podia impedir que
qualquer um que não quisesse fosse eleito assim não deveria jamais ter consentido no papado de um Cardeal que tivesse ferido ou que teria razões para temel caso se tornasse papa pois homens ferem ou por medo ou por ódio ele havia ferido dentre out S Pio ainca colona sor e ASC ponto Qualquer um dos outros tornando-se Papa teria que temê-lo exceto juão e os espanhóis estes devido aos seus relacionamentos e suas obrigações e juão pelo poder e por ter o reino da França ao seu lado consequentemente antes de tudo o Duque deveria terado um papa espanhol
e não sendo possível deveria consentir que fosse eleito o cardeal de rão e não o de S Piero ainca aquele que acreditar que novos benefícios farão com que grandes pessoas esqueçam velhas injúrias se engana Portanto o Duque errou na sua O que foi caus de sua ruína final riro de lqua a jlio iia sido cal de S Pietro a vincula de sorg foi raael rário e ASC é o Cardeal ASC esza captulo sobre aqueles que conquistaram um Principado através da perversidade apesar de um cidadão comum poder se tornar Príncipe de duas formas nenhuma das quais
pode ser atribuída inteiramente à Fortuna ou à genialidade não me parece correto não falar sobre elas ainda que de uma delas se possa falar mais amplamente quando analisamos as repúblicas estas formas ocorrem quando ou por maldade ou por ato perverso se alguém acende ao Principado ou quando um cidadão comum torna-se Príncipe de sua Pátria pelo Desejo de seus concidadãos e falando do primeiro método ele será ilustrado através de dois exemplos um antigo e outro atual e sem falar mais sobre este assunto acredito que esses dois exemplos serão suficientes para aqueles que desejam segui-los agatres o
Siciliano se tornou rei de siracusa não só a partir de uma posição de simples soldado Mas também de uma posição ínfima e abjeta esse homem filho de um Oleiro ao longo de todas as mudanças na sua existência teve uma vida criminosa todavia ele cercou todas as suas infâmias com tanta habilidade que tendo se dedicado à profissão Militar foi avançando na carreira até se tornar pretor de siracusa uma vez investido nesse posto e tendo-se decidido a se tornar príncipe e conquistar isto através da violência Sem dever favores a ninguém Chegou a um entendimento com amilkar o
cartaginês que estava lutando com seu exército na sicília certa manhã ele reuniu o povo e o Senado de siracusa como se tivesse de deliberar sobre assuntos pertinentes à República e a um sinal combinado seus soldados mataram todos os senadores e os mais ricos da cidade com os opositores mortos ele ocupou e Manteve o Principado daquela cidade sem qualquer desordem civil e apesar de ter lutado duas vezes contra os cartagineses e acabar ciado ele não somente pôde defender a sua cidade deixando parte dos seus homens encarregados dessa defesa como com o restante assaltou a África e
em pouco tempo libertou siracusa do sítio os cartagineses reduzidos a Extrema dificuldade foram obrigados a se render a gatl deixando a sicília para ele tiveram que se contentar com a posse da África portanto aquele que examinar as ações e a genialidade desse príncipe verá que não há nada ou muito pouco que possa ser atribuído à sorte suas conquistas resultaram como mostrado acima não do favor de alguém mas de sua ascensão passo a passo na profissão militar passos que foram dados com mil aborrecimentos e perigos e que ele Manteve corajosamente entre muitos desafios e riscos porém
não se pode chamar de virtude o assassinato dos seus concidadãos nem a traição aos amigos ser sem fé sem piedade sem religião Tais modos podem conquistar um império mas não a glória mas mesmo assim se considerarmos a coragem de agat cisal entrar e nos sair dos perigos e a grandeza de seu ânimo ao suportar e superar as adversidades não se achará porque ele Deva ser julgado inferior a qualquer do dos mais excelentes capitães contudo sua crueldade Extrema e sua desumanidade com infinitas maldades não permitem que ele seja celebrado entre os homens mais ilustres o que
ele conquistou não pode ser atribuído nem à sorte nem à genialidade nos nossos tempos durante o reinado de Alexandre vi olivoto de fermo tendo ficado órfão muito anos antes foi criado por um tio materno chamado Giovanni fogliani no início da sua Juventude foi mandado lutar sob o comando de Paulo vitelli a fim de que sendo treinado naquela disciplina pudesse atingir Alguma posição alta na profissão militar após a morte de Paulo ele militou sobre veluso irmão de Vitali e em muito pouco tempo sendo engenhoso e tendo físico e ânimo fortes tornou-se o primeiro homem de sua
milícia mas parecendo-lhe coisa serviu ficar sob as ordens de outra pessoa ele decidiu com a ajuda de alguns cidadãos de fermo que achavam mais importante a servidão que a liberdade de sua Pátria e com a ajuda dos vitelli ocupar fermo então ele escreveu a giovanne fobian dizendo que por ter passado muitos anos fora de casa desejava visitá-lo e de certa forma conhecer o seu patrimônio e apesar de não ter trabalhado para adquirir nada fora honra para que seus concidadãos vissem como não tinha gasto o tempo em vão queria chegar com pompa iria então chegar acompanhado
de 100 cavaleiros de amigos e servidores e pediu a Giovan que fosse recebido pelos cidadãos de fermo com todas as honras o que não somente o dignificar mas também ao próprio Geovan já que fora ele quem o havia criado Giovan portanto não deixou de dar atenção a seu sobrinho e fez com que fosse recebido com todas as honras pelos fermos ele o hospedou em sua própria casa onde tendo passado alguns dias e organizado que era necessário para as suas cruéis intenções olivoto preparou um banquete solene para fogli e os principais homens de fermo quando a
comida e todos os outros entretenimentos usuais de Tais banquetes haviam terminado olivoto começou um discurso habilidoso falando sobre a grandeza do Papa Alexandre e do seu filho César e dos Empreendimentos deles o que provocou respostas de Giovan e dos demais presentes repentinamente ele se levantou dizendo que tais assuntos deveriam ser discutidos em um lugar mais privado e se retirou para um cômodo e Giovan e todos os outros acompanharam mal haviam sentado soldados que estavam escondidos apareceram ao redor deles e mataram Giovan e os demais após estes assassinatos olivoto montou o seu cavalo correu à cidade
sitiou o Supremo magistrado no palácio fazendo que o povo com medo fosse obrigado a obedecer-lhe e formar um governo do qual se fez príncipe ele matou todos os descontentes que poderiam feri-lo e se fortaleceu com novas ordens civis e militares de tal forma que durante durante o ano em que Manteve o Principado ele não estava apenas seguro na cidade de fermo como também era temido por todos os seus vizinhos e a sua destruição teria sido tão difícil quanto a de agatres se ele não tivesse sido enganado por César Borja que o prendeu como fez com
os orsen e os Vitali Como já foi dito e assim um ano após ter cometido parricídio ele foi estrangulado juntamente com veluso Mestre de suas virtudes e suas maldades algumas pessoas podem se perguntar como agathocles e outros parecidos com ele puderam viver Seguros nos seus países por tanto tempo após tantas traições e crueldades e ainda se defender dos inimigos externos sem que os seus concidadãos tivessem conspirado Contra Eles vendo que muitos outros através da Crueldade nunca foram capazes de manter o estado em períodos de paz e muito menos em tempos de guerra eu acredito que
isso resulte do fato de as cudades serem mal ou bem usadas bem usadas pode ser dizer daquelas se do Mal for lícito falar bem as quais se recorre instantaneamente pela necessidade de manter a própria segurança e que não são utilizadas comcia a menos que poss vir a favoráveis para os súditos crueldades mal usadas são aquelas que mesmo Pou aio o decorrer do tempo aumentam ao invés de se extinguirem aques queem do primeiro modo podem remediar sua situação com o apoio de Deus e dos homens como aconteceu com agris para os outros que seguem o outro
modo é impossível se manter no poder por isso podemos notar que ao ocupar um estado o usurpador deve examinar de perto todas as feridas que será necessário causar e fazê-las de uma só vez para não precisar repeti-las a cada dia e assim ao dar segurança aos hom el poderá conquistá-los Com benefícios aquele que fizer de outra forma ou por timidez ou por ma conselho terá sempre necessidade de manter a faca na mão não podendo nunca confiar em seus súditos Pois estes também não confiarão nele devido às injúrias contínuas e repetidas pois as feridas devem ser
feitas todas de uma só vez para que Ao serem sentidas por menos tempo ofendam menos já os benefícios devem ser feitos aos poucos Para que sejam mais bem apreciados e sobre todas as coisas um príncipe deve viver com seus súditos para que nada inesperado bom ou ruim o faça mudar porque Se isso for necessário em adversos não estará em tempo de fazer o mal e o bem que fizer não o ajudará pois julgarão que foi forçado a isso e portanto não resultará emg gratidão Capítulo nono sobre um Principado civil Mas passando ao outro ponto quando
um cidadão importante se torna príncipe do seu país não por maldade ou qualquer violência intolerável mas devido a vontade dos seus concidadãos Isto pode ser chamado de Principado Civil para isso acontece ser não é necessário genialidade ou sorte mas simplesmente astúcia afortunada eu digo então que tal Principado é obtido ou pela vontade do povo ou pela vontade dos Poderosos por em todas as cidades esses dois grupos estão presentes e disso transparece que o povo não quer ser governado ou Oprimido pelos poderosos e os poderosos desejam governar e oprimir o povo e destes dois desejos surge
em cidades um destes três possíveis resultados ou um principal ou o autogoverno ou a anarquia um Principado é criado ou pelo povo ou pelos poderosos conforme uma ou outra destas partes tem a oportunidade os poderosos ao ver que não conseguem resistir ao povo começam a aumentar a reputação de um dentre eles e o tornam Príncipe para poderem sob sua sombra realizar as suas ambições o povo vendo que não pode resistir aos poderosos também engrandece a reputação de um dentre eles e faz O Príncipe para que possa ser defendido pela sua autoridade aquele que se torna
príncipe com a ajuda dos Poderosos se mantém com mais dificuldade do que aquele que chega oposto com a ajuda do povo pois ele se encontra cercado de pessoas que o consideram seu igual e por causa disso ele não pode nem reinar sobre eles nem gerenciá-los da forma que gostaria mas aquele que chega ao Principado devido à vontade do povo se encontra sozinho e não tem ninguém ou tem poucos à sua volta que não estejam prontos para obedecê-lo além Alé disso não se pode satisfazer os poderosos através da honestidade sem prejudicar os outros mas é possível
satisfazer o povo pois o objetivo dele é mais honesto do que o dos Poderosos estes querem oprimir enquanto o povo só deseja não ser Oprimido também se deve dizer que um príncipe jamais pode estar seguro contra um povo hostil pois há muitos deles enquanto com os poderosos Ele Pode garantir sua segurança já que são poucos o pior que um príncipe pode esperar de um povo hostil é ser abandonado por ele mas dos Poderosos inimigos não só deve temer ser abandonado como também deve temer que se levantem contra ele pois estes tendo mais visão e maior
astúcia nesses assuntos sempre agem a tempo de se salvar e de obter favores daquele que esperam que venha vencer ainda o príncipe tem de viver necessariamente sempre com o mesmo povo Mas pode viver bem sem aqueles mesmos poderosos sendo capaz de fazer e desfazer deles diariamente dando ou tirando autoridade quando quiser então para esclarecer Esta parte eu digo que os poderosos devem ser analisados de duas formas Ou eles agem de tal forma que os liga completamente ao seu futuro ou não aqueles que se ligam a você e não são ladrões devem ser honrados e amados
aqueles que não se ligam a você podem ser encarados de dois modos eles podem fazer isso por pusilanimidade e por uma falta natural de coragem neste caso você deve se aproveitar deles em especial dos que são bons conselheiros e assim na prosperidade você os honrará e na diversidade não precisará temê-los mas quando eles movidos pela própria ambição resistem a se unir a você é sinal de que pensam mais em si próprios do que em você e um príncipe deve ficar atento a isso e temos como se fossem inimigos declarados pois na adversidade sempre ajudarão a
arruiná-la por isso quem se torna príncipe mediante o desejo do Povo deveria continuar amigo dele e isso ele pode fazer M já que a única coisa que lhe pede é que não seja Oprimido mas aquele que contrário ao desejo do povo se torna príncipe devido ao desejo dos Poderosos deve sobretudo tentar ganhar o apoio do povo e isto ele pode fazer com facilidade assumindo sua proteção pois homens quando recebem o bem de quem esperavam somente o mal tornam-se mais ligados ao seu benfeitor e assim o povo se torna rapidamente mais devoto a ele do que
se o tivesse levado ao Principado o príncipe pode ganhar o apoio do Povo de diversas maneiras mas como estas variam de acordo com as circunstâncias fica difícil estabelecer regras e Por esta razão Não irei mencioná-las mas repito que é necessário para um príncipe manter o povo seu amigo para poder ter segurança em momentos de adversidade nabis príncipe dos espartanos suportou o ataque de toda a Grécia e de um exército romano vitorioso e contra eles defendeu a sua Pátria e o seu governo e para superar esse perigo lhe foi necessário apenas se proteger de poucos o
que não seria suficiente se tivesse o povo como inimigo e não deixe que ninguém refute aquilo que eu digo com aquele provérbio conhecido segundo o qual quem se apoia no povo firma-se na lama porque é verdadeiro somente quando um cidadão comum estabelece bases no Principado e imagina que o povo libertará caso ele seja Oprimido pelos seus inimigos ou pelos magistrados neste caso ele se sentirá frequentemente enganado como os gracos em Roma e ser Jorge Scar em Florença mas se o príncipe for alguém que se estabeleceu como falamos antes que possa mandar e seja um homem
de coragem que não esmoreça nas adversidades não falte em outras áreas e que através da sua determinação e energia Mantenha o povo encorajado sendo assim o povo jamais se sentirá enganado por ele e ficará visível que ele estabeleceu fortes alicerces esses principados estão sujeitos a perigo quando estão para passar da ordem Civil para um governo absoluto por esses Príncipes governam ou pessoalmente ou por intermédio dos magistrados neste último caso o governo deles é mais fraco e inseguro pois depende inteiramente da Boa Vontade dos cidadãos levados à magistratura que sobretudo nos tempos adversos podem acabar com
o governo facilmente ou através de Intrigas ou contrariando suas ordens e o príncipe não tem como em meio a tumultos exercer autoridade absoluta pois de cidadãos e súditos acostumados a receber ordens dos magistrados não estão preparados para lhe prestar obediência Em meio às confusões e sempre haverá uma carência de pessoas em quem ele possa confiar nos tempos incertos tal príncipe não pode depender daquilo que observa em tempos de calmaria quando os cidadãos precisam do Estado Por que em tal época todos concordam com ele todos prometem e quando a morte está longe dizem que morreriam por
ele mas na diversidade quando o estado precisa dos seus cidadãos então poucos são encontrados e esta experiência é tão perigosa que só pode ser testada uma vez por isso um príncipe sábio deve fazer que o seu cidadão sempre em qualquer circunstância tenham necessidade do estado e dele mesmo assim estes Sempre lhe serão fiéis Capítulo x sobre como se devem medir as forças de todos os principados é preciso pensar em outro ponto ao examinar o perfil desses principados Isto é se o príncipe tem tanto poder que caso precise possa se sustentar sozinho com os seus próprios
recursos ou se ele sempre precisa da assistência dos outros e para esclarecer melhor o que eu digo falo que defino aqueles que podem se manter sozinhos como aqueles que podem ou através da abundância de homens ou de dinheiro juntar um exército grande o suficiente para travar Batalha Contra qualquer um que venha a atacá-lo e defino aqueles que sempre precisam da assistência dos outros como aqueles que não conseguem lutar contra o inimigo no campo de batalha mas são obrigados a refugiar-se atrás dos Muros da Cidade o primeiro caso já foi discutido mas falaremos dele novamente caso
venha a ocorrer outra vez no segundo caso não podemos falar nada além de incentivar Tais Príncipes a aumentar as provisões e a fortificar as suas cidades em nenhum caso defender o País e aquele que fortificar bem a sua cidade tiver lidado com as outras preocupações dos seus súditos como falamos anteriormente Nunca será atacado sem grande temor pois homens são sempre contrações onde vê dificuldades e não será fácil atacar aquele que tem sua cidade bem fortificada e não é odiado pelo seu povo as cidades da Alemanha são absolutamente Livres Elas têm pouco território e obedecem ao
Imperador quando querem não temendo nem a este nem a outro poderoso que esteja Por perto por que são fortificadas de tal forma que todos pensam que tentar atacá-las será uma tarefa enfadonha e difícil pois vem que elas têm eficientes fossos e muros possuem artil suficiente sempre conservam nos seus depósitos grande quantidade de comida e bebida para continuarem lutando por um ano e além disso para manter o povo quieto e sem prejuízo ao estado tem sempre como dar trabalho à comunidade naquelas atividades que são a base da vida e da força daquela cidade nas quais o
povo encontra seu sustento elas também têm grande respeito pelos exercícios militares e mais importante tem muitas leis para ordená-las portanto um um príncipe que tiver uma cidade forte não for odiado não será atacado ou se alguém atacá-lo simplesmente Terá que se retirar com vergonha novamente como as coisas do mundo mudam tanto é quase impossível manter um exército por um ano inteiro no campo de batalha sem que alguém o acedi e a quem replicar se o povo tiver propriedade fora da cidade a vir ser queimada não permanecerá paciente o longo assédio e autopiedade farão que esqueça
o príncipe a isso eu respondo que um príncipe poderoso e corajoso superará Tais dificuldades ao dar aos súditos esperança de que o mal não durará muito tempo e também fazendo que sintam medo da Crueldade do inimigo e se protegendo com sabedoria daqueles súditos que lhe pareçam muito temerários além disso o inimigo iria naturalmente na sua chegada queimar e arruinar o campo quando o ânimo dos homens ainda está ardente pronto para defesa e por isso o príncipe deve exitar ainda menos pois após um tempo quando os ânimos estiverem mais frios os danos já terão sido causados
os males já terão sido sofridos e não haverá mais remédio e assim os súditos estarão ainda mais prontos a se unir com o seu príncipe parecendo que este esteja em dívida com eles agora que suas casas foram incendiadas e suas propriedades arruinadas para defesa dele pois é da natureza dos homens se unir tant pelos benefícios que fazem como por aqueles que recebem portant se considerarmos tudo não será difíc para umpe sábio manter firme o ânimo dos seus súditos Desde que não deixe de os apoiar e defender Capítulo xi sobre principados eclesiásticos agora nos resta somente
falar dos principados eclesiásticos Nos quais todas as dificuldades existem antes de conquistá-los pois são adquiridos ou devido à habilidade ou devido à sorte podem ser mantidos sem Nenhuma destas duas coisas isto porque são sustentados pelas ordens estabelecidas na religião que são todo Poderosas e de tal natureza que os principados podem ser mantidos independentemente de como o príncipe vive e se comporta só estes Príncipes possuem estados e não os defendem tem súditos e não os governam e os estados mesmo sem ser guardados por soldados não lhes são tomados e os súditos apesar de não serem governados
não se importam e não têm nem a habilidade nem o desejo de se alienar dele somente esses principados são seguros e felizes Mas sendo esses principados dirigidos por forças que a mente humana não compreende Não falarei mais sobre eles mesmo porque sendo exaltados e mantidos por Deus seria presunçoso e temerário discutir a seu respeito contudo se alguém me perguntar como a igreja obteve tanto poder temporal sendo que antes de Alexandre os potentados italianos e não apenas aqueles que eram ditos potentados Mas qualquer varão e senhor ainda que sem importância deram pouco valor ao poder temporal
e no entanto agora um Rei da França treme diante dele e ele pôde expulsá-lo da Itália e arruinar os venezianos mesmo que isto pareça Bem óbvio não me parece supf trazê-lo de volta até certo ponto à memória antes que Carlos Rei da França invadisse a Itália quatro seu território estava sob o domínio do Papa dos venezianos do Rei de Nápolis do Duque de Milão e dos florentinos estes potentados tinham duas importantes preocupações uma que entre eles mesmos nenhum aniro entrasse na Itália com tropas a outra que nenhum ocupasse mais território aqueles em torno dos quais
havia mais receio eram o papa e os venezianos para conter os venezianos a união de todos os demais era necessária como foi para defesa de Ferrara e para deter o Papa usaram Os Barões de Roma que estando divididos em duas facções orsen e colona sempre tinham pretexto para desentendimento e estando eles com as armas em punho sobre os olhos do pontífice mantiveram o pontificado fraco e sem poder e apesar de às vezes surgir um papa corajoso como foi Xisto nem a sorte nem a sabedoria poderiam livrá-lo desses problemas e a vida breve de um papa
também era causa de fraqueza pois em 10 anos que é a duração média da vida de um papa somente com dificuldade ele poderia enfraquecer uma das facções e se por exemplo um papa conseguisse quase destruir os coloneses surgiria outro Papa hostil aos zóne que apoiaria seus os oponentes e assim não teria tempo de liquidar os orsen foi por essa razão que se dava Pouca importância na Itália ao poder temporal do Papa Alexandre vi surgiu depois e de todos os pontífices que existiram foi quem mostrou como um papa com dinheiro e tropas poderia prevalecer e através
do Duque Valentino e com o pretexto da invasão dos Franceses ele realizou todas as coisas que apresentei acima com relação às ações do Duque e apesar de não ser a sua intenção engr ser a igreja mas sim o Duque mesmo assim o que ele fez contribuiu para a grandeza da igreja a qual após a sua morte e a ruína do Duque se tornou herdeira de toda a sua obra O Papa Júlio veio em seguida e encontrou a igreja forte possuindo toda a romanha Os Varões de Roma reduzidos a impotência devido às perseguições de Alexandre à
facções desmanteladas ele também encontrou o caminho aberto para acumular dinheiro de uma forma jamais praticada antes Júlio não apenas seguiu Tais práticas mas as aperfeiçoou E pretendia conquistar Bolonha arruinar os venezianos e expulsar os franceses da Itália todos esses Empreendimentos foram um sucesso com ele e ele ainda fez tudo para engrandecer a igreja e não para fortalecer algum Cidadão em especial ele também Manteve as facções orsine e colona nas mesmas condições em que as encontrou e apesar de ter dentre eles alguns com vontade de causar distúrbios mesmo assim Manteve duas coisas firmes primeiro a grandeza
da igreja com a qual ele os aterrorizava segundo não lhes permitindo ter os seus próprios cardeais os quais eram os causadores dos tumultos entre eles pois atir do momento essas fações T seus próprios Cis eles não ficam quietos por muito tempo porque os cardeais sustentam as facções dentro e fora de Roma Os Barões são compelidos apoiá-los e assim da ambição dos prelados nascem as discórdias e os tumultos entre Os Varões por essas razões sua santidade o Papa Leão encontrou o pontificado bastante forte e é de esperar que se outros o fizeram grande pelas armas ele
o fará ainda maior e mais venerado através da sua bondade e das suas outras infinitas virtudes qu Carlos vi invadiu a Itália em 1494 Capítulo 12 Quantas espécies de Milícias existem e sobre soldados Mercenários tendo falado sobre as características dos principados o os quais já no início me propus comentar e tendo considerado até certo ponto as causas de serem bons ou ruins mostrando os métodos pelos quais muitos procuraram adquiri-los e conservá-los resta agora discutir de forma geral os meios de ataque e defesa relativos a cada um vimos antes como é necessário para um príncipe ter
seus fundamentos bem estabelecidos do contrário necessariamente cairá em ruína os principais alicerces de todos os estados tanto novos como velhos ou mistos são boas leis e boas armas e como não se pode ter boas leis onde o estado não está bem armado segue-se que onde está bem armado ele tem boas leis deixarei as leis de fora da discussão e falarei sobre as armas eu digo portanto que as armas com as quais um príncipe defende o seu estado ou são próprias ou são Mercenárias ou auxiliares ou mixas As Mercenárias e as auxiliares são inúteis e perigosas
e se alguém mantém o seu estado baseado nessas armas não estará nem firme nem seguro pois elas são desunidas ambiciosas indisciplinadas infiéis Valentes diante dos amigos e covardes diante dos inimigos Mercenários não temem a Deus e não são fiéis aos homens e a destruição é adiada tanto quanto o ataque Pois quando a paz se é roubado por eles e quando a guerra se é roubado pelo inimigo o fato é que eles não têm nenhuma razão para continuar no campo de batalha que não o soldo o qual não é suficiente para fazer com que estejam dispostos
a morrer por você estão prontos para ser seus soldados enquanto você não está em guerra mas quando esta surge eles vão embora ou fogem do inimigo não será difícil provar isso pois a ruína da Itália se deve a nada mais do que depositar as suas esperanças durante muitos anos em Mercenários e apesar de Eles já terem demonstrado alguma valentia assim que os estrangeiros surgiram mostraram quem realmente eram e foi assim que Carlos Rei da França pode tomar a Itália com giz em sua mão cinco E quem disse que a causa disso foram os nossos pecados
dizia a verdade mas não eram os pecados que ele Imaginava mas aqueles que relatei e como foram os pecados dos Príncipes também foram eles que sofreram a penalidade desejo demonstrar ainda a péssima qualidade dessas tropas os capitães Mercenários são ou homens capazes ou não se forem capazes não se pode confiar n pois sempre aspirar à própria grandeza ou oprimindo você que é patrão deles ou oprimindo outros contra a sua vontade mas se o capitão não for um homem capaz você está arruinado do mesmo jeito e se alguém responder que qualquer um que estiver armado agiria
da mesma forma mercenário ou não eu direi que quando armas precisam ser usadas por um príncipe ou por uma república o príncipe deve ir pessoalmente com as tropas e exercer as atribuições do Capitão a república tem que mandar os seus cidadãos e quando mandar algum que não seja bom deve substituí-lo e quando um se revela bom soldado deve segurá-lo com as leis para que não deixe o comando e a experiência já nos mostrou Príncipes e repúblicas armados sozinhos fazendo grande progresso e Mercenários causando nada além de danos e é mais difícil fazer que uma república
armada com suas próprias tropas se submeta ao domínio de um de seus cidadãos do que aquela que esteja protegida por tropas estrangeiras Roma e Esparta foram durante muitos anos Armadas e livres os Suíços são completamente armados e bastante Livres das tropas Mercenárias antigas podemos citar como exemplo os cartagineses que foram oprimidos por seus soldados Mercenários Após a Primeira Guerra com os romanos apesar de os cartagineses terem seus próprios cidadãos como capitães após a morte de pamen onas Felipe da Macedônia foi feito Capitão dos seus soldados pelos tebanos e após a VIT lhes tirou a liberdade
com o Duque Felipe morto os milaneses alistaram Francisco es Forza para combater os venezianos e ele tendo Vencido o inimigo em caravaggi se uniu a eles para acabar com os milaneses seus patrões seu pai esfora estando a serviço da rainha Joana de Nápolis seis deixou-a desprotegida sendo assim forçada a se lançar nos braços do Rei de Aragão para salvar o seu reino e se os venezianos e os florentinos já haviam aumentado seu domínio com essas Tropas e os seus capitães não se tornaram Príncipes mas os defenderam eu respondo que os florentinos neste caso Foram favorecidos
pela sorte porque os capitães habilidosos que deveriam temer alguns não venceram alguns enfrentaram oposição e outros direcionaram a sua ambição para outro local um daqueles que não conquistou nada foi Giovanni al Cut 7 e como ele não conquistou nada a sua fidelidade não pode ser provada mas todos concordarão que caso tivesse vencido os florentinos estariam à sua mercê is Forza sempre teve os braxil contra si desse modo um Estava sempre vigiando o outro Francisco voltou sua ambição para a lombardia bradil contra a Igreja e o reino de Napolis Mas vamos voltar ao que ocorreu há
pouco tempo os florentinos fizeram Paulo vitelli e seu capitão homem muito Prudente que de cidadão comum havia alcançado ótima reputação Se esse homem tivesse conquistado PIS ninguém pode negar que teria sido correto os florentinos estarem com ele mesmo porque se ele se tivesse Tornado soldado de seu inimigo ninguém resistiria a ele tendo ao seu lado deveriam obedecê-lo se examinarmos as conquistas dos venezianos veremos que eles agiram de forma segura e gloriosa ao enviar seus próprios homens cavalheiros e plebeus para a guerra Isso foi antes de voltar em suas atenções para as terras mas quando começaram
a lutar em terra abandonaram essa virtude seguiram os costumes da Itália e no início de sua expansão territorial por não possuírem muito território e devido a boa reputação não precisavam temer muito seus capitães mas quando ampliaram suas conquistas como o que ocorreu sob carmignola sentiram o gosto desse erro pois tendo achado um homem muito Valente eles derrotaram o Duque de Milão sob a sua liderança e por outro lado sabendo como era morno no combate temeram que não conseguir iiam mais conquistas sob seu comando e por essa razão não estavam querendo e não podiam deixá-lo ir
e então para não perder novamente aquilo que haviam adquirido foram compelidos assassiná-lo para poderem se sentir Seguros tiveram depois como seus capitães Bartolomeu de bérgamo Roberto de São Severino Conde de pitigliano e outros sobre os quais deviam Temer a derrota e não a conquista como ocorreu depois em vaá onde em uma batalha perder aquilo que haviam conado com tant trabalho em 800 anos por dessas trasam apenas conquistas lentas tardias e de poua Perão e impressionantes ees exemp chegi à it que tem sido por Mercenários poros anos agora quero analisar essas trop mais seriamente para que
tendo visto a sua ascensão e o seu Progresso possa estar mais bem preparado para lidar com elas você precisa entender que recentemente o império vem sendo repudiado na Itália que o Papa tem adquirido mais poder temporal e que a itlia Foi dividida em vários estados isso porque muitas das grandes cidades se levantaram contra a nobreza a qual Antes favorecida pelo Imperador as mantinha oprimidas e a igreja estava faendo a para obter autoridade em seu pod temporal em muitas outras os seus cidadãos se tornaram Príncipes disso resultou que quase toda itlia C nas mãos da igreja
e de repúblicas e a igreja sendo feita de padres e as repúblicas de cidadão sem o hábito das Armas ambas começaram a alistar Mercenários estrangeiros o primeiro que deu fama a essa milícia foi Alberico da conil natural da romanha de sua escola vieram outros dentre eles braxil e sforza que nos seus dias eram os árbitros da Itália depois destes vieram todos os outros capitães que até hoje T chefiado as tropas italianas e o fim do valor destas foi quando a Itália foi invadida por Carlos saqueada por Luiz violentada por Fernando e insultada pelos Suíços o
princípio que os guiou foi dar menos importância à Infantaria para que pudessem aumentar a sua própria importância eles fizeram isso porque vivendo do que ganhavam e sem território não eram capazes de sustentar muitos soldados e pouca Infantaria não lhes daria autoridade e então usaram a cavalaria com uma força moderada e honrada e a situação tornou-se tal que em um exército de 20.000 soldados não havia 2000 infantes tinham Além disso usado todos os meios para afastar de seus soldados a fadiga e o perigo não matando nos combates mas fazendo prisioneiros e libertando-os depois sem Resgate eles
não atacavam as cidades de noite e aqueles que as defendiam não assaltavam os acampamentos à noite não cercavam os acampamentos nem con estacadas nem com fossos e não saíam a Campo no inverno todas essas coisas eram permitidas nas suas as regras militares estabelecidas por eles para evitar como eu já disse a fadiga e os perigos e foi assim que levaram a Itália a escravidão e a desgraça cinco foi apenas necessário ele pegar o giz para listar os soldados seis Joana segunda de Nápolis viúva de Ladislau rei de Nápolis sete Cavalheiro inglês líder dos Mercenários cujo
nome era S John alud lutou nas guerras inglesas na França Capítulo 13 sobre tropas auxiliares mistas e próprias tropas auxiliares que são a outra tropa inútil são utilizadas quando um príncipe é chamado com as suas tropas para ajudar e defender como foi feito pelo Papa Júlio mais recentemente pois ele tendo visto na sua empreitada contra Ferrara que seus Mercenários eram inúteis decidiu utilizar auxiliares e fez um acordo com Fernando rei da Espanha para ter a assistência dos seus homens armados essas tropas podem ser úteis e boas por si só mas para aquele que as chama
elas sempre são danosas pois ao perder estará no lado e se vencer será Prisioneiro delas e apesar de a história está repleta de exemplos não quero deixar de falar do exemplo recente do Papa Júlio I pois ele por querer Ferrara foi insensato e se jogou inteiramente nas mãos de um estrangeiro mas a sua boa sorte fez surgir um terceiro evento que evitou que colhesse os frutos da sua mais escolha Porque sendo os seus auxiliares derrotados em Ravena e tendo surgido Suíços e expulsados conquistadores contra todas as expectativas dele e dos outros o papa não se
tornou Prisioneiro dos seus inimigos tendo estes fugido nem dos seus auxiliares por ter vencido usando outras armas e não as deles os florentinos estando completamente desarmados enviaram 10.000 franceses para atacar pisa fazendo que corressem mais risco do que em qualquer outra época conturbada o Imperador de Constantinopla para ir contra os seus vizinhos mandou 10.000 turcos invadirem a Grécia os quais terminada A Guerra Não quiseram deixar o país esse foi o início da servidão da Grécia aos infiéis Então deixe aquele que não deseja conquistar fazer uso dessas tropas pois elas são muito mais perigosas do que
As Mercenárias porque com elas o estrago já está feito elas são todas Unidas todas obedientes a outros mas com as cenários após a conquista mais tempo e melhores oportunidades são necessárias para estas poderem feri-lo elas não são uma comunidade só são organizadas e pagas por você e um terceiro partido que você colocou como chefe não é capaz de imediatamente assumir tanta autoridade que lhe cause dano concluindo nas tropas Mercenárias o mais perigoso é a covardia nas auxiliares é o heroísmo o príncipe sábio portanto sempre evita essas Tropas e usa as sua próprias devendo estar mais
disposto a perder com elas do que conquistar com as outras não considerando que seja uma verdadeira Vitória quando Conquista com tropas dos outros eu jamais hesitarei em citar como exemplo César Borge e suas ações este Duque entrou na romanha com tropas auxiliares levando para lá apenas soldados franceses e com eles conquistou ímola e forli mas depois não acreditando que essas tropas eram confiáveis voltou-se para as mercen julgando serem menos perigosas e alistando os orsen e os vitelli posteriormente lutando com essas tropas Achou as dúbias infiéis e perigosas destruiu as e voltou-se para as suas próprias
tropas a diferença entre essas tropas pode ser facilmente detectada se examinarmos a diferença entre a reputação do Duque quando ele usava as tropas francesas depois quando usava os orc e os vitalii finalmente quando ficou com seus próprios soldados Nos quais ele podia sempre e cuja fidelidade apenas aumentava ele nunca foi mais estimado do que quando todos viram que era o mestre absoluto de suas tropas eu não pretendia usar exemplos além dos Italianos e dos mais recentes porém não desejo deixar de mencionar irão de siracusa um dos citados anteriormente este homem Como já disse Tornado chefe
do exército pelos siracusano logo descobriu que uma tropa mercenária como os nossos condottiere italianos não era de nenhuma idade e não vendo como poderia mantê-los ou dispensá-los cortou-o em pedaços passando depois a fazer guerra com as suas próprias tropas quero também lembrar de uma história do Velho Testamento que é aplicável a este assunto Davi se ofereceu a Saul para lutar contra Golias provocador filisteu para encorajá-lo Saul o vestiu com suas próprias armaduras algo que Davi rejeitou assim que lhe foram colocadas dizendo que não poderia usá-las e que preferia enfrentar inimig apenas com o seu estilingue
e a sua faca concluindo as armas dos outros ou caem das suas costas ou lhe pesam ou o constrangem vi pai de Lu x sua sorte virtude Liber Fran dos Ingleses reconheceu aidade de se armar suas própri for e estabeleceu emu reino o exito de calaria e Infantaria mais tarde o seu filho o rei Luiz aboliu a Infantaria e começou a alistar os Suíços este erro seguido de outros como vimos se tornou fonte de Perigo Para aquele reino pois a engrandecer os Suíços luia e subia out est acost lado dos suí passou que franes conseguem
lutar contra os Suíços e sem os Suíços não lutam bem contra os outros os exércitos da França portanto se tornaram mistos com parte das tropas Mercenárias e parte das tropas próprias tropas estas que juntas são muito melhores do que As Mercenárias sozinhas ou as auxiliares sozinhas porém mesmo assim muito inferiores ao exército próprio este exemplo mostra que o reino da França teria sido Invencível se a organização Militar de Carlos tivesse sido desenvolvida ou conservada mas a falta de sabedoria dos hom faz que começa uma coisa que lhes parece boa não conseguem discernir o veneno que
está escondido Como já exemplifiquei antes com a tuberculose portanto se aquele que governa um Principado só consegue reconhecer os males quando eles já estão à sua frente não é verdadeiramente Sábio e este Insight a poucos é dado E se considerarmos o primeiro desastre que aconteceu ao império romano veremos que ele começou com o aliciamento dos godos Pois foi a partir desse momento que o vigor do Império Romano começou a cair e todo o valor que o havia levado ao topo começou a ser passado para os outros eu concluo portanto que nenhum Principado está seguro sem
ter forças próprias pelo contrário fica completamente sujeito à sorte não existindo heroísmo para defendê-lo na diversidade e sempre foi a opinião e o pensamento dos homens sábios que nada pode ser mais incerto ou instável do que a fama e o poder quando não são fundamentados nas suas próprias forças as forças próprias são aquelas formadas ou de súditos de cidadãos ou de dependentes todas as outras são ou Mercenárias ou auxiliares e o modo de organizar as próprias tropas será fácil de encontrar se você refletir sobre regras que já mencionei e analisar como Felipe Pai de Alexandre
Magno e muitas repúblicas e principados se armaram e organizaram a essas Regras eu me reporto inteiramente Capítulo 14 sobre o que compete a um príncipe A respeito da Arte da Guerra um o príncipe não deve ter nenhum outro objetivo ou pensamento nem estudar Nada Além da guerra e das suas regras e disciplina pois essa é a única arte que compete a quem governa e ela é tão forte que não apenas mantém aqueles que nascem Príncipes mas muitas vezes permite a homens de condição comum subir aquele posto e ao contrário vê-se que quando os príncipes pensaram
mais em descansar do que nas armas perderam o seu estado e a primeira causa que faz você perder o governo é negligenciar essa e o que lhe permite conquistar o estado é o ser mestre Dessa arte Francisco esfora por ser um militar de cidadão comum se transformou em Duque de Milão e os filhos que evitavam os problemas e as fadigas das armas de Duques passaram a simples cidadãos comuns pois dentre todos os males que resultam de estar desarmado ele o torna desprezado o que constitui uma daquelas infâmias de que o príncipe deve se guardar como
mostraremos depois não existe comparação entre um príncipe armado e um desarmado não é razoável que quem esteja armado obedeça aquele que está desarmado nem que o desarmado se sinta seguro entre servidores armados como um sente desden e o outro insegurança não é possível que trabalhem bem juntos e portanto um príncipe que não compreende A Arte da Guerra além dos outros prejuízos já mencionados não pode ser respeitado pelo seus soldados nem pode confiar neles ele deve portanto nunca deixar que a guerra saia dos seus pensamentos em momentos de paz deve pensar ainda mais nos exercícios de
guerra do que em momentos de conflito isso ele pode fazer de dois modos com a ação e com o estudo quanto à ação ele deve sobre todas as coisas manter as suas tropas bem organizadas e exercitadas seguindo a caça assim acostumando os seus corpos com o cansaço e conhecendo a natureza dos lugares os traçados das montanhas como emboc os vares como se estendem as planícies e a natureza do dos rios e dos pântanos pondo muita atenção em tudo isso esses conhecimentos são úteis por duas razões em primeiro lugar ele aprende a conhecer o próprio país
e assim é mais capaz de defendê-lo depois devido ao conhecimento e à observação daqueles locais entenderá com facilidade qualquer outra região que ven a ter de estudar porque as colinas os vales as planícies os rios e os pântanos que existem por exemplo na Toscana tem semelhanças com os dos outros países de forma que com o conhecimento geográfico de uma província pode-se facilmente passar a ter conhecimento de outras e o príncipe que não tem essa habilidade está desprovido do elemento essencial de que um Capitão precisa pois ela o ensina a surpreender o inimigo escolher os locais
para estabelecer os acampamentos conduzir os exércitos ordenar as jornadas e fazer incursões nos vilarejos com vantagem sobre o inimigo dentre os elogios que escritores fizeram a filemes príncipe do zaqueus está o fato de que em tempos de paz não pensava em outra coisa senão nas regras de guerra E quando excursionava pelos Campos com os amigos frequentemente parava e com eles argumentava se o inimigo estivesse sobre aquela Colina e nós nos encontrássemos aqui com o nosso exército qual de nós teria vantagem Como poderíamos atacá-lo mantendo a formação da Tropa se quiséssemos nos retirar como deveríamos fazer
se ele se retirasse como faríamos para e assim enquanto andavam explicava a eles tudo que poderia acontecer a um exército ele ouviria a opinião deles daria a sua corroborando a com argumentos de maneira que com essas discussões contínuas jamais ocorreria que em tempos de guerra encontrasse algum imprevisto com o qual não soubesse lidar mas para exercitar a mente o príncipe deve ler sobre o passado e estudar as ações de homens ilustres para ver como se conduziram nas guerras examinar as causas de suas vitórias e de suas derrotas de modo a poder evitar as derrotas e
imitar as vitórias sobretudo ele deve fazer como o homem ilustre fez o qual adotou como exemplo outro que havia sido elogiado e famoso antes dele E cujas conquistas e ações sempre Manteve em mente como se diz que Alexandre Magno imitou Aquiles César Alexandre e Cipião imitou o Ciro e quem ler sobre a vida de Ciro escrita por xenofonte reconhecerá na vida de sipião que é aquela imitação o levou à glória e como na castidade afabilidade humanidade e liberalidade Cipião se assemelhava àquilo que xenofonte escreveu sobre Ciro um príncipe sábio deve observar Tais regras e nunca
ficar Ocioso nos tempos de paz mas sim aumentar os seus recursos com habilidade de tal forma que estarão à sua disposição na diversidade a fim de que quando a sorte mudar ele esteja preparado para resolver seus problemas Capítulo 15 sobre o que leva os homens sobretudo Os Príncipes a ser elogiados ou condenados resta agora ver Qual deveria ser o modo de Conduta de um príncipe para com os súditos e os amigos e como eu sei que muitos já escreveram sobre este assunto Imagino que seja considerado presunçoso escrever sobre isso neste livro Especialmente porque Começarei com
os métodos já dados por outros Mas sendo minha intenção escrever algo de útil para quem vai utilizá-lo parece-me mais apropriado ir em bus da Verdade extraída dos Fatos e não da Imaginação pois muitos escreveram sobre repúblicas e principados que jamais existiram porque o modo como se vive é tão distante de como se deve viver que aquele que negligência o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprenderá antes o caminho de sua ruína do que o da sua preservação Por que um homem que quer em todas as suas palavras fazer profissão de bondade se
perde em meio a Tantos que não são bons portanto é necessário para um príncipe que deseja manter o que é seu saber como fazer o mal e fazê-lo ou não de acordo com a necessidade assim colocando de um lado coisas imaginárias que dizem respeito a um príncipe discutindo aquelas que são reais eu digo que todos os homens Quando falamos a respeito deles e sobretudo dos Príncipes por terem uma posição mais alta são notáveis por algumas das qualidades que ou lhes trazem culpa ou elogios E é assim que um ganha a reputação de liberal o outro
de miserável usando um termo Toscano porque gavar o em nossa língua é ainda aquele que deseja possuir por roubo enquanto chamamos de miserável aquele que se abstém em excesso de usar o que possui Alguns são tidos como generosos outros rapaces alguns cruéis outros piedosos uns sem fé o outro fiel um efeminado e covarde o outro Valente e Feroz um afável o outro Soberbo um aivo o outro Casto um sincero o outro astuto um dif íc o outro fácil um sério o outro leviano um religioso o outro incrédulo e assim por diante e eu sei que
todos concordarão que seria perfeito Se encontrássemos todas as qualidades que consideramos boas em um príncipe mas como elas não podem ser todas inteiramente possuídas ou observadas pois a condição humana não permite isso é necessário que ele seja Prudente o suficiente para que saiba como evitar a infâmia daqueles vícios que lhe fariam perder o poder e também se manter se possível longe daqueles que colocariam o seu posto em risco mas se isso não for possível ele poderá com menos hesitação se entregar a eles e ainda o príncipe não precisa se sentir mal devido ao que as
pessoas falarão sobre esses vícios sem os quais o estado só poderá ser salvo com dificuldade pois se tudo for considerado se verá que algo que pode parecer uma virtude se praticada seria sua ruína e alguma outra coisa que tenha APAR de vício se praticada poderá lhe trazer segurança e prosperidade Capítulo 16 sobre liberalidade parcimônia começando então com a primeira das características citadas antes eu diria que é bom ter a reputação de Generoso contudo a liberalidade praticada de tal forma que por ela não lhe vem a reputação o fere porque se usada de forma honesta e
como deve ser usada ela pode não se tornar conhecida e não evitará a má fama do seu oposto portanto qualquer um que queira manter entre os homens a fama de liberalidade é obrigado a evitar qualquer atributo de ser magnífico de tal forma que um príncipe que agir assim consumirá em ostentação toda a sua receita E terá necessidade de no fim se quiser manter a reputação de Generoso aumentar muitos impostos e fazer tudo que puder para obter renda isso logo fará que seus súditos passem ao dialo ficando pobre ele será pouco estimado assim com a sua
liberalidade tendo ofendido muitos e recompensado poucos ele será afetado pelo primeiro problema e ficará sujeito ao primeiro perigo percebendo isso e querendo recuar o príncipe logo fica com a má fama de Ser miserável portanto um príncipe não podendo exercer a qualidade de liberal de forma que ela seja reconhecida sem se prejudicar com isso se ele for sábio não temerá a reputação de Ser miserável pois com o passar do tempo será mais bem visto assim do que por sua liberalidade porque ficará claro que com sua economia a receita é suficiente e ele poderá se defender contra
todos os ataques e poderá realizar Empreendimentos sem ser um peso sobre o povo assim o que ocorre é que ele venha a usar a liberalidade para com todos aqueles de quem não tira nada que são muitos e a empregar a parcimônia para com todos os outros aos quais não dá nada que são poucos atualmente não temos visto grandes realizações senão daqueles que foram considerados Miseráveis enquanto os outros falharam a fama de liberal ajudou o Papa Júlio i a chegar ao papado porém ele não se esforçou depois em conservá-la quando declarou Guerra ao Rei da França
e fez tantas guerras sem lançar nenhum imposto extraordinário sobre seus súditos pois pagava suas despesas adicionais com a poupança feita de longa data o atual rei da Espanha não teria realizado ou conquistado muita coisa se tivesse mantido a reputação de liberal um príncipe desde que não tenha que roubar os seus súditos para se defender ou ficar pobre e desprezado ou obrigado a se tornar ladrão não deve se importar com a reputação de Ser miserável Pois é um daqueles defeitos que permitem governar E se alguém falar que César chegou ao império pela liberalidade assim como muitos
outros que alcançaram postos altos por serem liberais e também serem considerados liberais eu respondo dizendo que Ou você já é príncipe ou está a caminho de se tornar príncipe No primeiro caso Essa liberalidade é perigosa no segundo é muito ser considerado liberal e César era um daqueles que queriam asender ao Principado de Roma mas se tivesse vivido mais tempo após chegar ao Principado e não tivesse diminuído as suas despesas teria destruído seu governo se alguém replicar dizendo que já existiram muitos Príncipes que conquistaram grandes feitos com os seus exércitos mesmo sendo considerados liberais eu responderei
que ou o príncipe gasta do seu ou do de seus súditos ou dos outros no primeiro caso ele deve ser parcimonioso no segundo caso não deve deixar de praticar nenhuma liberalidade e o príncipe que vai à frente com o seu exército sustentando através de rapina saques e extor manejando os bens de outros tem necessidade dessa liberalidade porque do contrário não será seguido pelos soldados e daquilo que não é seu nem de seus súditos você pode ser o mais Generoso doador Como foram Ciro César e Alexandre pois a sua reputação não é prejudicada se você aquilo
que é dos outros pelo contrário ela melhora é somente gastar o que é seu que o prejudica e não há nada que gaste mais rápido do que a liberalidade pois mesmo Enquanto você a exerce perde o poder de utilizá-la E assim se torna ou pobre ou desprezado ou então para evitar a pobreza rapaz e odioso e um príncipe deve se guardar sobre todas as coisas de ser desprezado e odiado e a liberalidade o conduz as duas coisas é mais sábio ter fama de miserável que é reprovado porém não causa ódio do que ser obrigado ao
tentar obter fama de liberal a ser conhecido como rapace o que gera reprovação e Ódio Capítulo 17 sobre crueldade Clemência e se é melhor ser amado ou temido voltando agora às outras qualidades antes mencionadas eu digo que todo príncipe deve desejar ser tido como Clemente e não como Cruel ele deve porém tomar Cuidado para não usar mal a Clemência César Borge era considerado Cruel Entretanto a sua crueldade levou a reconciliação da romanha unindo-a e Restaurando a paz e a lealdade e se examinarmos isso corretamente veremos que ele foi muito mais piedoso do que o povo
Florentino que para evitar a fama de Cruel deixou que pistoia fosse destruída portanto um príncipe desde que mantenha os seus súditos Unidos e Leais não deve Temer a má fama de pois com poucos exemplos ele será mais piedoso do que aqueles que por excessiva Piedade deixam acontecer as desordens que resultam em assassinatos ou roubos Pois estes costumam prejudicar todo o povo enquanto as execuções que emanam do Príncipe atingem apenas um indivíduo e dentre todos os príncipes é impossível que o príncipe novo Evite a fama de Cruel porque todos os novos estados estão cheios de perigos
e assim Virgílio pela boca da rainha de se desculpa pela falta de humanidade do seu governo devido ao fato de ser novo dizendo contra a minha vontade o meu destino um Trono inseguro um estado novo faz que eu defenda o meu reino com todas as forças e guarde com severidade as minhas fronteiras mesmo assim o príncipe deve ser lento no acreditar e no agir não deve demonstrar medo mas proceder de forma equilibrada com prudência e Humanidade para que um excesso de confiança não o torne incal e confiança exagerada não o faça intolerável daí surge uma
questão se é melhor ser amado que temido ou temido do que Amado a resposta poderia ser que se deve querer ser as duas coisas mas como é difícil uni-las em uma pessoa é muito mais seguro ser temido do que Amado quando uma das duas coisas tem que ser dispensada Isso deve ser dito em geral sobre os homens que são ingratos volúveis falsos covardes avarentos enquanto estão ganhando eles estão com você lhe oferecem o próprio sangue os bens a vida e os filhos desde que Como disse antes a necessidade de daro is esteja distante quando aproxim
Sepe que inteiramente em suas promas negou outas precauções arruinado pois amizades que Adidas comir e não devido a grandeza e a nobreza da mente podem até se compradas mas com elas não se pode contar e os homens têm menos escrúpulo em ofender quem amam do que quem temem pois o amor é preservado pelo vínculo da obrigação que por serem os homens maus é quebrado quando necessário mas o medo os mantém Unidos devido ao pavor do castigo que jamais vai embora porém o príncipe deve inspirar medo de tal forma que se não conquistar o amor evitará
o ódio pois ele po muito bem ser temido sem ser odiado o que sempre acontecerá desde que não tome os bens e as muleres de seus cidadãos e de seus súditos mas quando lhe é necessário tirar a vida de alguém Ele deve fazer isso com uma boa justificativa e com causa manifesta mas sobre todas as coisas não deve tocar na propriedade alheia pois os homens esquecem mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio Além disso nunca faltam motivos para justificar as expropriações e aquele que começa viver de roubo e sempre encontra
razões para posar-se doss bens alheios mais razões para tirar a vida de alguém são mais difíceis e se esgotam mais depressa mas quando o príncipe está à frente do seu exército e tem sob seu comando uma multidão de soldados é necessário que ele não dê importância à sua reputação de Cruel pois sem ela jamais conservaria o exército Unido e disposto a lutar dentre as admiráveis ações de Aníbal está a seguinte tendo chefiado um exército enorme formado por homens de inúmeras raças e lutado em terras estrangeiras nunca surgiu qualquer desentendimento entre eles ou contra o príncipe
se isso fosse mal ou boa sorte isto ocorreu devido à sua crueldade desumana que com as suas infinitas virtudes tornou-o sempre venerado e terrível na opinião dos seus soldados mas sem a sua crueldade as suas outras virtudes não teriam sido suficientes para produzir esse efeito e escritores mpes admiram de um lado esses seus feitos e de outro condenam a principal causa deles o fato de as suas outras virtudes não serem suficientes po pode ser comprovado se consideramos o caso de Cipião homem dos mais notáveis não somente nos seus tempos mas também na memória de todos
e Contra quem o seu exército se rebelou na Espanha isso ocorreu simplesmente devido à sua excessiva Piedade pois concedeu ao seus soldados mais liberdades do que convinha a disciplina militar por isso ele foi censurado no senado por Fábio máximo e chamado de corruptor da milícia Romana os locris foram destruídos por um legado de sipião mas for por eling nem insolência daqu legado foi punido inteiramente sua natureza fim que no senado quend disse a verom saor não errar doos seess continuado teria fama EA de sipião viend do sen essa sua característica prejudicial não som ficou escondida
mas contribuiu para sua glória voltando à questão de ser temido ou Amado concluo que os hom amam como querem e temem de acordo com o desejo do príncipe um príncipe sábio deve seoi naquilo quear e não nos outos como foi dito apenas se empenar para evitar o ódio 18 sobre como prncipes sua palo munda que é louvável umpe quecia mesmo a nossa experiência tem sido que aqueles Príncipes que fizeram grandes coisas têm dado Pouca importância à sua própria palavra e t sabido como com astúcia transtornar o intelecto dos hom E no fim conseguido superar aqueles
que se firmaram sobre a sua palavra vocêe saber que existem duas formas de contestar uma através das leis e a outra através da força a primeira forma é própria do homem e a segunda dos animais como a primeira forma frequentemente não é suficiente é necessário poder recorrer à segunda forma é portanto necessário para um príncipe entender como utilizar o lado animal e o lado humano isto tem sido ensinado aos Príncipes de forma figurada pelos antigos escritores que descrevem como Aquiles e muitos outros Príncipes antigos foram confiados aos cuidados do Centauro kiron que os educou de
acordo com a sua disciplina isso significa simplesmente que como tiveram como professor um ser que era metade animal e metade homem é necessário que um príncipe saiba usar essas duas naturezas e que uma sem a outra não é duradoura um príncipe portanto precisando saber bem empregar o animal deve escolher a Raposa e o leão pois o leão não consegue se defender dos laços e a Raposa não consegue se defender dos lobos portanto é necessário ser uma raposa para conhecer os laços e um leão para aterrorizar os lobos aqueles que agem apenas como o leão não
entendem como os laços agem portanto um senhor sábio não pode nem deve guardar sua palavra quando isso é prejudicial a ele e quando as razões de ele ter dito o que disse não existem mais se os homens fossem inteiramente bons esse preceito não se manteria mas como são maus e não manterão a palavra deles com você Não há razão para que você também cumpra a sua jamais faltaram a um príncipe razões legítimas para justificar a quebra da sua palavra eu poderia dar inúmeros exemplos modernos disso mostrando quantos ados e compromissos se tornaram vazios e sem
efeito algum através da infidelidade dos Príncipes e aquele que soube como agir como a raposa se saiu melhor mas é necessário saber disfarçar bem essa característica e ser um grande simulador e dissimulador os homens são tão simples e tão sujeitos às necessidades do momento que aquele que procura enganar sempre encontra quem se deixa enganar não posso me privar de dar um exemplo recente Alexandre vi não fez outra coisa se não enganar os homens nem ao menos Pensou em fazer outra coisa e ele sempre encontrava vítimas Pois nunca existiu homem que tivesse maior eficácia em asseverar
ou que com maiores juramentos afirmasse uma coisa que depois não cumprisse porém os seus enganos Sempre fizeram que as coisas acontecessem de acordo com o seu desejo pois ele conhecia bem esse lado das pessoas é portanto desnecessário que um príncipe tenha todas as qualidades anteriormente mencionadas mas é bastante necessário que ele d a impressão de possuí-las E ainda ouso dizer que tê-las e sempre usá-las é danoso enquanto aparentar ter essas qualidades é útil para ser piedoso fiel humano religioso íntegro mas com a mente preparada de modo que precisando não ser essas coisas possa saiba ser
o contrário e deve-se compreender o seguinte que um príncipe especialmente um príncipe novo não pode praticar Todas aquelas coisas pelas quais os homens são considerados bons sendo muitas vezes obrigado para manter o estado a agir contra a fé a amizade a humanidade e a religião portanto é preciso que ele tem uma mente disposta a mudar de acordo com os ventos e as variações da sorte e ainda Como eu disse antes não deixar de ser bom se possível mas se necessário saber então ser o inverso por essa razão um príncipe deve ter muito cuidado para não
deixar escapar de sua boca nada que não seja repleto das cinco qualidades antes mencionadas para que ele pareça para quem ver e ouvir repleto de Piedade fé humanidade integridade e religião nada mais necessário de aparentar ter do que essa última qualidade já que os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos porque todos poderão vê-lo mas apenas alguns poderão tocá-lo todos veem o que você aparenta ser poucos realmente sabem o que você é e estes poucos não ousam contrariar a opinião dos muitos que aliás estão protegidos pela Majestade do Estado e nas
ações de todos os homens em especial dos Príncipes que não é prudente desafiar julga-se pelos resultados por essa razão deixe que o príncipe fique com a glória de conquistar e manter o seu estado os meios sempre serão julgados honestos e ele será louvado por todos pois o povo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados e no mundo não existe senão o povo pois poucos encontram um lugar quando muitos não têm onde se apoiar um príncipe oito dos Dias de hoje que não convém nomear não prega senão a paz e a fé e ele
é hostil a ambas as coisas e se as tivesse praticado teria perdido sua reputação e seu estado em mais de uma ocasião o Fernando de Aragão capítulo 19 sobre a necessidade de evitar ser desprezado e odiado agora no que diz respeito às características que mencionei antes eu já falei das mais importantes as outras desej examinar de forma mais breve sobre essas generalidades o príncipe deve pensar como já foi dito em parte anterior em evitar Coisas que possam torná-lo odiado e desprezível e sempre que agir assim terá cumprido a sua parte e não deverá temer encontrar
Perigo em outros defeitos como eu já disse sobre todas as coisas ele deve evitar ser ladrão e usurpador dos bens e das mulheres dos súditos pois isto tornará odiado quando nem a propriedade nem a honra é violada a maioria dos homens vive feliz e ele terá que combater apenas a ambição de poucos que poderá deter facilmente de várias formas ser considerado volúvel leviano efeminado miserável e irresoluto tornam desprezível todas coisas das quais um príncipe deve se guardar como uma rocha e ele deve procurar mostrar em suas ações grandeza coragem gravidade e fortaleza e em suas
atividades particulares com os súditos Deve mostrar que os seus julgamentos são irrevogáveis e manter-se com tal ação para ninguém sequer pensar em enganá-lo ou traí-lo o príncipe que é bem visto transmite essa impressão e os homens não conspiram contra aquele que é bem visto pois desde que todos saibam que é um homem excelente e reverenciado pelo seu povo Ele só poderá ser atacado com dificuldade por essa razão um príncipe deve temer duas coisas uma de ordem interna que parte dos seus súditos e outra de ordem externa devido aos potentados externos destes últimos ele se defende
estando bem armado e tendo bons Aliados e se ele estiver bem armado terá bons amigos e tudo sempre permanecerá tranquilo internamente quando tudo estiver tranquilo externamente a menos que já tenha sido desordenado devido a conspirações e se eventos externos estiverem em desordem se ele tiver se preparado e vivido como eu já disse desde que não se desespere resistirá a todos os ataques Como disse ter feito o Espartano nabis mas no que diz respeito aos súditos quando assuntos externos geram distúrbios ele só tem a temer que possam conspirar secretamente contra ele problema do qual o príncipe
pode se proteger ao evitar ser odiado e desprezado e mantendo o povo satisfeito com ele coisa que é de extrema necessidade Como já foi dito e um dos Remédios mais eficazes que um príncipe pode ter contra as conspirações É não ser odiado e desprezado pelo povo Pois aquele que conspira contra o príncipe sempre espera gradar com a remoção dele mas quando o conspirador só pode avançar ofendendo o povo ele não terá coragem de seguir adiante pois as dificuldades que os conspiradores têm de enfrentar são infinitas e como se pode deduzir de experiências passadas já existiram
muitas conspirações mas poucas tiveram sucesso pois quem conspira não pode agir sozinho e só pode ter como companheiro aquele que acredita estar descontente mas assim que você revela os seus pensamentos a um descontente dá a ele motivo para ficar contente pois ao ele pode tirar todas as vantagens de forma que vendo o ganho certo ao fazer isso e percebendo que ao acompanhá-lo seu ganho é dúbio e repleto de perigo ele precisa ser um amigo raro ou então um Implacável inimigo do Príncipe para manter a sua palavra com você Resumindo digo que do lado do conspirador
nada for o medo a inveja e a possibilidade de punição que o atordoa Mas do lado do Príncipe existem A Majestade do Principado as leis a proteção dos amigos e do estado para defendê-lo e assim somando a isso a boa vontade do povo é praticamente impossível que alguém seja tão temerário que vem a conspirar pois quando em geral o conspirador tem que temer antes de executar o seu plano neste caso ele também deve temer o que acontecerá depois do crime pois terá ainda o povo como seu inimigo e portanto não poderá esperar que consiga escapar
inúmeros exemplos poderiam ser dados sobre este assunto mas me Contarei com o que morreu no tempo dos nossos pais Messer Aníbal bentivoglio príncipe em Bolonha avô do atual Aníbal foi assassinado pelos canesi que contra ele haviam conspirado não restando de sua família senão Messer Giovan que ainda era criança na época imediatamente após esse assassinato o povo se levantou e matou todos os canesi isso ocorreu porque na época todos os bentivoglio eram queridos pelo povo em Bolonha amor tão grande que mesmo sem restar mais nenhum membro da família que pudesse governar após a morte de Aníbal
os bolonheses sabendo da existência de um descendente dos bent vo em Florença até então considerado filho de um Ferreiro foram até essa cidade e lhe confiaram o governo da sua cidade que foi governada por ele até que Messer Giovan atingisse a idade para governar por essa razão acredito que um príncipe deve dar Pouca importância às conspirações quando o povo quer bem mas quando o povo lhe é hostil e o odeia ele deve temer tudo e todos o os estados bem organizados e os príncipes sábios tomam todos os cuidados para não levar os homens poderosos ao
desespero para manter o povo satisfeito e contente pois esses são os assuntos mais importantes para um príncipe entre os reinos mais bem organizados e governados dos nossos tempos está a França nele Existem várias boas instituições das quais dependem a liberdade e a segurança do rei a primeira delas é o Parlamento e a sua autoridade Pois aquele que fundou o reino conhecendo a ambição dos poderosos e a sua insolência julgou necessário frear luos por outro lado conhecendo o ódio do Povo baseado no medo dos Poderosos desejou protegê-los porém não queria que isso fosse uma preocupação do
Rei portanto para evitar a reprovação dos poderosos da qual ele seria vítima se favorecesse o povo e do povo se favorecesse os poderosos ele constituiu um terceiro juiz que fosse capaz de conter os poderosos e favorecer os cidadãos comuns sem que o rei fosse reprovado não seria possível ter um arranjo melhor ou mais prudente nem uma fonte de segurança melhor para o rei e o seu reino disso podemos tirar outra conclusão importante que os príncipes devem atribuir a outros aquilo que pode gerar reprovação e manter para si apenas aquilo que resultará em graça e mais
eu acredito que o príncipe deve estimar os poderosos mas não a ponto de se fazer odiado pelo povo pode parecer Talvez para aqueles que já estudaram as vidas e mores imperadores romanos que eles seriam exemplos contrários a minha opinião pois viveram de forma exemplar e demonstraram Grandes Virtudes e mesmo assim perderam o império Ou foram moros Por súditos que Contra Eles consar para então responder estas objeções falarei das qualidades de algunes e most que caus de sua ruína não for diferentes daquelas dadas por Mimo mesmo tempo falarei apenas daqueles fatos que são notáveis para quem
estuda os acontecimentos daquela época considero suficiente citar todos os imperadores que se sucederam no poder desde Marco o filósofo até Maximino Eles foram Marco e seu filho cômodo pertinax Juliano Severo e seu filho Antonino caracala Macrino heliogábalo Alexandre e Maximino é importante notar que enquanto nos outros principados era necessário apenas ficar atento à ambição dos poderosos e a insolência do Povo Os imperadores romanos tinham uma terceira dificuldade aquela de terem suportar a crueldade e a ambição dos seus soldados algo tão complicado que resultou na ruína de muitos pois era difícil satisfazer aos soldados E ao
povo ao mesmo tempo pois o povo amava a paz e por isso estimava Os Príncipes sem grandes ambições já os soldados amavam o príncipe que gostava de guerras e que era insolente cruel e rapace características que queriam que ele exercesse sobre o povo para que assim pudessem ganhar o dobro e dar aças a sua rapacidade e crueldade e a assim aconteceu que aqueles imperadores que por natureza ou por educação não tinham grande autoridade em maioria especialmente aqueles que chegavam em principados novos reconhecendo a dificuldade de conviver com esse conflito de interesses entre soldados e povo
acabavam dando satisfação aos soldados e Pouca importância para o fato de ferirem o povo esse comportamento era necessário por como o príncipe não pode fazer que todos o Amém ele deve em primeiro lugar evitar ser odiado por todo e quando isto não é possível Ele deve se empenhar para evitar o ódio dos mais poderosos por isso aqueles imperadores que por serem novos precisavam de favores aderiam mais facilmente aos soldados que ao povo atitude que era boa ou ruim para eles conforme soubessem como manter autoridade sobre eles devido a essas razões Marco Aurélio pertinax e Alexandre
todos eles homens de vida modesta amantes da justiça Inimigos da Crueldade humanos e benignos tiveram fora Marco um final triste somente Marco viveu e morreu honrado pois ele assumiu o império devido ao título hereditário e nada devia nem aos soldados nem ao povo e depois sendo dotado de muitas virtudes que o faziam respeitado Manteve sempre as duas ordens nos seus devidos lugares enquanto viveu não sendo nem odiado nem desprezado mas pertinax tornou-se Imperador contra a vontade dos Soldados que acostumados a viver licencioso sob cômodo não puderam suportar a vida honesta que o imperador desejava reduzi-los
assim dando razões para o odiar e ainda somando o desprezo que tinham por ele por já ser velho tomaram lhe o poder Logo no início de sua administração e aqui devemos notar que o ódio se adquire tanto pelas boas como pelas más ações então Como já disse antes um príncipe que quer manter o seu estado é frequentemente obrigado a fazer o mal pois quando aquele de quem precisa para manter o poder seja ele o povo os soldados ou os poderosos é corrompido você precisa seguir aquilo que ele quere assim as boas ações o prejudicarão Mas
vamos agora falar de Alexandre que era um homem de tanta bondade que entre os outros elogios que lhes são feitos está o fato de que nos 14 anos em que ele esteve no poder ninguém foi executado sem que tivesse sido julgado contudo sendo considerado efeminado e homem que se deixava governar pela mãe tornou-se desprezado o exército conspirou contra ele e ele foi assassinado mudando agora para as figuras Opostas de cômodo Severo Antonino caracala e Maximino você verá que eram todos cruéis e rapazes homens que para satisfazer aos seus soldados não hesitaram em cometer todo tipo
de injúria que pudesse ser cometida contra o povo todos exceto Severo tiveram triste fim mas Severo tinha tanto valor que ao manter os soldados como seus amigos mesmo com com o povo Oprimido pode sempre reinar com tranquilidade pois as suas virtudes o tornavam tão admirável na opinião dos Soldados e do povo que este último ficava pmo e atemorizado e os soldados reverentes e satisfeitos e por as ações deste homem como um prncipe novo foram grandes desejo mostrar rapidamente como ele soube usar bem a ação da Raposa e do leão naturezas estas que Como disse anteriormente
precisam ser imitadas pelos Príncipes conhecendo a preguiça do Imperador Juliano Severo convenceu seu exército do Qual era Capitão na esav de que tinham que ir à Roma vingar morte de pertinax que havia sido assassinado pelos soldados pretorianos e so esteet sem demar que aspirava Trono cond O exito romando àa antes que fosse not sua aar rom por assevero duas dificuldades para conquistar todo o império uma na Ásia onde penio Nigro chefe dos exércitos asiáticos se fizera aclamar Imperador a outra no poente onde Albino também aspirava ao império como ele acreditava que seria perigoso declarar-se hostil
a ambos decidiu atacar Nigro e enganar Albino Albino escreveu dizendo que tendo sido eleito Imperador pelo Senado desejava dividir com ele aquela dignidade enviou-lhe o título de César por deliberação do Senado tornou o seu colega Albino acreditou no que Severo lhe disse mas após Severo ter conquistado e assassinado Nigro e apaziguado os assuntos orientais ele voltou a Roma e se queixou ao Senado de qubino dando pouco reconhecimento aos benefícios que ele lhe havia concedido o tinha traído fazendo um plano para matá-lo e devido à sua ingratidão ele teria que puni-lo depois foi ao seu encontro
na França e tirou-lhe o governo e a vida aquele que portanto examinar cuidadosamente as ações desse homem verá que ele era um leão Valente e uma raposa astuta que era temido e reverenciado por todos e não odiado pelo exito e não precisamos ficar admirados com o fato de que ele homem novo tenha conseguido manter o império tão bem pois a sua boa reputação sempre o protu do ódio que o povo podia ter tido contra ele por causa da sua violência F anono era hom eminente possu exelentes qualidades que o tornavam admirável Aos olhos do povo
e aceito pelos soldados pois era um caráter militar que suportava muito bem a fadiga desprezava comidas delicadas e outros luxos o que fazia que o exército o amasse contudo sua ferocidade e crueldade eram tão grandes e excepcionais que após inúmeros assassinatos ele matou grande parte da população de Roma e toda a de Alexandria tornou-se odiado pelo mundo todo e temido por aqueles que o rodeavam de de tal forma que foi morto por um Centurião em meio ao seu exército e aqui se deve notar que mortes como essas deliberadamente causadas por uma pessoa decidida e com
coragem desesperada não podem ser evitadas por Príncipes Porque qualquer um que não teme a morte pode infringi mas um príncipe não precisa ter muito medo pois pessoas assim são muito raras ele deve somente se cuidar para não ferir gravemente aqueles que trabalham com ele ou ficam ao seu redor a serviço do Estado Antonino não tomou tomou este cuidado mas viente matou um irmão daquele Centurião que também ameaçava diariamente enquanto mantinha como seu guarda-costas essa acabou sendo uma resolução temerária que provocou a ruína do Imperador e agora vamos estudar cômodo para quem deveria ter sido muito
fácil manter o império pois sendo filho de Marco o havia sucedido e a ele bastava seguir os passos do pai para agradar ao seu povo e aos seus soldados Mas sendo de espírito cruel e brutal ele passou a os soldados e corrom pelos para poder usar sua maldade contra o povo por outro lado não mantendo sua dignidade descendo frequentemente as Arenas para lutar contra Os Gladiadores fazendo outras coisas vis e pouco dignas da Majestade Imperial tornou-se desprezível para os soldados e sendo odiado por uns e desprezado por outros conspiraram contra ele e foi morto resta-nos
discutir o caráter de Maximino ele era muito belicoso e os exércitos estando horrorizados com a moleza de Alexandre de quem já falei o mataram e colocaram Maximino no trono mas ele não Manteve o poder por muito tempo porque duas coisas o tornaram odiado e desprezado uma a sua origem humilde pois já havia cuidado de ovelhas na trácia Fato muito conhecido por todos e que causava grande indignação a outra o fato de ao ser eleito ter demorado a ir a Roma tomar posse do Trono Imperial Maximino também havia ficado com a reputa de ser extremamente Cruel
através dos seus prefeitos em Roma e em muitos outros lugares do império onde havia praticado muitas crueldades de modo que o mundo inteiro foi tomado por raiva e medo dele pelo seu caráter maldoso e sua ferocidade primeiro a África se rebelou depois o Senado com todo o povo de Roma e toda a Itália conspiraram contra ele inclusive o seu próprio exército este lutando em aquile e encontrando dificuldade para conquistá-la ficou horrorizado com as suas crueldades temendo o menos Quando viram que tantos estavam contra Ele o assassinaram não quero falar de heliogábalo Macrino ou Juliano os
quais por serem extremamente desprezíveis logo foram mortos mas concluirei este assunto dizendo que os príncipes de hoje têm dificuldade de satisfazer aos seus soldados até certo ponto pois apesar de lhes deverem alguma consideração o que logo pode ser feito nenhum desses Príncipes tem um exército que seja veterano no governo e na administração das províncias Como foram os exércitos do império romano e como naquela época era mais necessário dar satisfação aos Soldados do que ao povo hoje é mais importante para todos os príncipes exceto turco e o Sultão satisfazer o povo e não os soldados pois
o povo tem mais poder eu fiz uma exceção ao turco pois ele sempre tem a sua volta 12.000 infantes e 15.000 soldados de Cavalaria dos quais dependem a segurança e a força do seu reino e é que ele coloque de lado toda a sua consideração pelo povo e conserve os soldados como seus amigos o reino do sultão é parecido e estando inteiramente nas mãos dos Soldados c-se que não deve se preocupar com o povo mas sim em manter os soldados como amigos mas você deve notar que o estado do sultão é diferente de todos os
outros principados por razões semelhantes ao do pontificado Cristão que não pode ser considerado nemhum Principado hereditário nem um Principado recém-formado pois os filhos do velho príncipe não são herdeiros mas eleitos para o posto pelos que TM autoridade e os filhos se tornam apenas nobreza e sendo esse um costume antigo ele não pode ser chamado de Principado novo pois não existe nele nenhuma das dificuldades encontradas nos principados novos posto que embora o príncipe seja novo a constituição do estado é velha e é ordenada a recebê-lo como se fosse seu senhor hereditário retornando ao assunto que estamos
analisando digo que todo aquele que que estudar o que falei notará que o ódio ou o desprezo foram fatais aos imperadores citados e também será reconhecido que procedendo uma parte deles de um modo e a outra parte de modo contrário em qualquer um desses modos somente um teve fim feliz enquanto todos os outros terminaram arruinados teria sido inútil e perigoso para pertinax e Alexandre por serem Príncipes novos imitar Marco que foi Herdeiro do Principado da mesma forma teria sido extremamente destrutivo para caracala cômodo e Maximino imitar Severo por não possuírem virtude suficiente para poder seguir
seus passos portanto um prícipe novo Num Principado novo não pode imitar as ações de Marco tampouco é necessário seguiras de Severo mas ele deve tomar de Severo aquelas partes que forem necessárias para fundar seu estado e de Marco aquelas que forem corretas e gloriosas para conservar um governo que já esteja estável e firme Capítulo 20 serão vantajosas ou prejudiciais a fortalezas e muitas outras coisas a que os príncipes recorrem um para manter o estado com segurança alguns Príncipes desarmaram os seus súditos outros mantiveram divididas as terras dos súditos outros nutriram inimizades contra si mesmos outros
se dedicaram a conquistar o apoio daqueles em quem não confiavam no início dos seus governos alguns construíram fortalezas outros as arruinaram e destruíram e apesar de não ser possível julgar todas essas coisas sem conhecer as particularidades dos Estados onde alguma dessas decisões deve ser tomada mesmo assim falarei de maneira genérica como o assunto permite dois jamais existiu um príncipe novo que desarmou os seus súditos pelo contrário quando ele os encontrou desarmados sempre os armou isto porque armandos essas armas passam a ser suas aqueles homens que tinham sua desconfiança se tornam Leais e aqueles que eram
fiéis continuam assim e os seus súditos se tornam seus partidários e mesmo sem ser possível armar todos os súditos Quando aqueles que você arma são beneficiados os outros podem ser tratados mais seguramente e essa diferença no tratamento que eles percebem torna os primeiros seus dependentes e os outros achando ser necessário que aqueles que estão sujeitos a mais perigo e maiores obrigações devem receber mais Recompensas desculpam você mas quando você os desarma imediatamente os ofende por demonstrar que não confia neles ou por covardia ou por querer lealdade e ambas essas opiniões geram ódio contra você e
como você não pode permanecer desarmado segue-se que se volta a milícia mercenária que é como já falei mesmo que forem bons eles não seriam suficientes para defendê-lo de inimigos poderosos e de súditos desconfiados porém Como disse um príncipe novo e um Principado novo sempre distribuiu armas a história está repleta de exemplos mas quando um príncipe conquista um novo estado e o agrega como uma província ao seu antigo Estado então é necessário desarmar o povo do local conquistado salvo aqueles que foram seus cúmplices na conquista e estes com o tempo e Dada uma boa oportunidade devem
ser amolecidos e feminizados e os assuntos devem ser manejados de tal forma que todos os homens armados em seu território devem ser os seus próprios soldados daqueles que no estado antigo viviam em torno de três os noos antepassados e aqueles que eram considerados sábios costumavam dizer que era necessário manter pistoia através da divisão do Povo em facções e Pis através das fortalezas e com essa ideia eles mantinham discórdias em algumas das cidades conquistadas para assim conseguir manter a posse delas com mais facilidade isso pode ter sido suficiente naquela época quando a Itália apresentava certo equilíbrio
mas acho que não pode ser seguido como exemplo para os dias de hoje pois não acredito que as facções possam ser de alguma utilidade ao contrário parece-me certo que quando o inimigo chega até você e encontra as suas cidades divididas você é derrotado rapidamente pois a parte mais fraca sempre ajudará as forças externas e a outra não resistirá acredito que os venezianos levados pelas razões que citei antes incentivavam as facções guelfa e gibelin nas cidades que mantinham e mesmo sem nunca deixar que elas chegassem ao derramamento de sangue eles alimentavam essas divergências entre elas para
que ocupados com essas disputas os cidadãos não se unissem contra eles o que como vimos não aconteceu conforme eles imaginavam pois após a derrota á uma das partes tomou coragem e conquistou Todo o estado Tais atitudes revelam fraquezas do Príncipe pois facções Nunca Serão permitidas em um Principado poderoso esses métodos para ajudar alguém a lidar com os súditos com mais facilidade só são úteis em tempos de paz pois quando a guerra vem essa política se mostra falha quatro Sem dúvida alguma os Príncipes se tornam grandes quando superam as dificuldades e os obstáculos com que são
confrontados e portanto a fortuna Principalmente quando deseja tornar grande um príncipe novo que tem mais necessidade de adquirir reputação do que um príncipe hereditário faz que inimigos surjam e façam planos Contra Eles para que assim tenham a oportunidade de superá-los e por meio dele subir mais alto pela escada que os inimigos lhe oferecem por essa razão muitos acreditam que um príncipe sábio dada a oportunidade deve procurar ativar alguma inimizade para que tendo-a eliminado possa melhorar ainda mais a sua reputação cinco Os Príncipes em especial os novos tem encontrado mais lealdade e ajuda nos homens em
quem No início de seu governo não confiavam do que naqueles que no início eram seus confidentes Pandolfo petru Príncipe de Siena governava o seu estado mais por meio daqueles Nos quais não confiava do que pelos outros mas deste assunto não é possível falar de forma generalizada pois Varia muito de caso para caso direi apenas isto que aqueles homens que no início de um Principado haviam sido hostis se são de tal forma que precisam de ajuda para terem apoio esses sempre poderão ser conquistados com grande facilidade e assim os servirão com lealdade pois sabem que é
necessário que eliminem por meio de ações a má impressão que havia se formado deles assim o príncipe sempre extrai deles maior utilidade do que daqueles que servindo com excessiva segurança descuidam de seus interesses e já que o assunto permite não devo deixar de avisar os príncipes que por meio de favores secretos conquistaram um novo estado que eles devem analisar bem quais foram as razões que induziram aqueles indivíduos a favorec losos se não for devido a afeição natural em relação a eles mas somente por estarem insatisfeitos com o estado anterior então ele só os manterá como
amigos com muito trabalho e dificuldade pois será impossível satisfazê-los e considerando bem Todas as razões para isso que podemos extrair dos exemplos que tiramos dos dias de hoje do passado veremos que é mais fácil o príncipe tornar amigos aqueles homens que se contentavam com o regime anterior e são portanto seus inimigos do que aqueles que por estarem descontentes com o regime anterior foram favoráveis a ele e o ajudaram na conquista seis tem sido o costume dos príncipes para poder manter o seu estado com mais segurança construir fortalezas que sirvam como a Brida e o Freio
aqueles que desejam enfrentá-los e como um local de refúgio contra um primeiro ataque eu elogio esse sistema pois já é usado há muito tempo mesmo assim Messer Nicolau vitelli nos tempos atuais já destruiu duas fortalezas na cidade de castelo para que assim pudesse conservar esse estado Guido Baldo Duque de urbino tendo retornado ao seu domínio de que havia sido expulso por César Borja destruiu até os alicerces todas as fortalezas daquela província por entender que sem elas seria mais difícil per novamente seu estado os boglio aor à Bolonha chegaram à conus parecida fortalezas portant são úteis
não dependendo das cunstâncias sehe fazem bem de for prejudicam de outra EA Quest antepe que tiver mais a temer do seu do que dos estos deverá conu fortalezas mas aquele que tiver mais a temer dos Estrangeiros do que do seu povo deverá deixá-las o castelo de Milão construído por Francisco sforza causou e causará mais problemas para casa dos sforza do que qualquer outra desordem naquele estado por essa razão a melhor Fortaleza que pode existir é não ser odiado pelo povo Porque mesmo que você tenha fortificações elas não o salvarão se o povo odiar Pois nunca
faltarão estrangeiros para ajudar o povo que está contra você nos nossos tempos vê-se que as fortalezas não t sido proveitosas a príncipe algum senão aa de forli quando Conde Jerônimo seu esposo foi morto pois com isso ela pôde suportar o ataque Popular aguardar ajuda de Milão e assim recuperar o seu estado e as circunstâncias eram Tais que os estrangeiros não puderam ajudar o povo mas as fortalezas foram de pouca ajuda para ela mais tarde quando César Borja atacou e o povo seu inimigo aliou-se ao estrangeiro portanto teria sido mais seguro para ela nos dois momentos
se não tivesse sido ada pelo povo em vez de possuir fortalezas consideradas assim todas essas questões elogiare aquele que construir fortalezas e também aquele que não as construir e curarei aquele que dependendo demais das fortificações vem a subestimar o fato de ser odiado pelo povo capítulo 21 como um príncipe deve se portar para ganhar fama nada torna um príncipe mais estimado do que obter grandes conquistas e dar Bom exemplo temos na nossa época Fernando de Aragão atual rei da Espanha ele pode ser praticamente chamado de um príncipe novo porque de rei insignificante tornou-se por fama
e glória o primeiro rei dos cristãos e se examinarmos as suas ações veremos que todas foram grandes e algumas extraordinárias no começo de seu reinado assaltou Granada e este empreendimento foi a pedra fundamental dos seus domínios no início ele fez isso de forma discreta sem tem medo de ser impedido pois Manteve as mentes dos Barões de castelo ocupadas com a guerra e assim não pensavam em mudanças e não perceberam que através dessa Conquista ele estava adquirindo mais poder e autoridade sobre eles com o dinheiro da igreja e do Povo ele pode manter as suas Tropas
e através dessa longa guerra pode estabelecer a organização de sua milícia que depois o fez se destacar Além disso sempre usando a religião como desculpa para poder montar esquemas maiores ele se dedicou com uma piedosa crueldade a expulsar e livrar o seu reino dos mouros não poderia existir um exemplo mais admirável nem mais raro com essa mesma desculpa Ele atacou a África a Itália e finalmente assaltou a França e assim as suas conquistas e os seus desejos sempre foram grandes e mantiveram a mente do seu povo em suspense e admiração e desse modo ele o
Manteve ocupado suas ações nasceram de tal forma umas das outras que as pessoas nunca tiveram tempo de trabalhar continuamente contra ele novamente ajuda muito se um príncipe dá exemplos raros em assuntos internos semelhantes aqueles que são narrados por Messer barnab de Milão que a qualquer oportunidade que surgisse de alguém ter realizado alguma coisa extraordinária boa ou ruim na vida civil encontrava alguma forma de recompensá-lo ou puni-lo que fosse bastante comentada e um príncipe deve sobre todas as coisas sempre se empenhar em todas as atividades para ficar com a reputação de ser um homem grande e
notável um príncipe também é respeitado quando ele é um verdadeiro amigo ou um verdadeiro inimigo isto quer dizer que quando sem reservas ele se declara a favor de um e contra outro essa atitude é sempre mais vantajosa do que ficar neutro pois se dois poderosos vizinhos seus entram em guerra Eles são de tal forma que caso um deles conquiste o outro você tem que temê-lo ou não em qualquer destes dois casos sempre será mais vantajoso para você você se declarar a favor de um ou de outro e combater uma guerra digna porque no primeiro caso
se você não se definir invariavelmente será presa fácil do vencedor para o prazer e a satisfação do que foi conquistado e não terá nenhuma razão ou coisa alguma para protegê-lo ou defendê-lo por que aquele que conquista não quer amigos duvidosos que não o ajudarão nas adversidades e aquele que perde não lhe dá abrigo Por que você não quis abertamente com a arma em punho lutar com ele anti invadiu a Grécia a chamado dos eólios para expulsar os romanos en enviou embaixadores aos aquos que eram amigos dos Romanos para forçá-los a permanecer neutros enquanto do outro
lado os romanos tentavam convencê-los a lutar ao seu lado esta questão veio a ser deliberada no conselho dos aus onde o legado de antc os induzia a permanecer neutros a isso o representante Romano respondeu a respeito daquilo que foi dito de que é melhor e mais vantajoso para o seu o estado não interferir na nossa guerra nada pode ser mais equivocado Pois se não interferirem vocês permanecerão sem favor ou consideração a recompensa do conquistador e assim sempre acontecerá que aquele que não é seu amigo pedirá que você permaneça neutro enquanto aquele que é seu amigo
pedirá que você se defina com suas armas e príncipes irresolutos para evitar perigos imediatos em geral seguem o caminho da neutralidade são arruinados mas quando um prncipe se declara a favor de uma das partes se aquele a quem ele se une Vence mesmo que o vencedor venha a ser muito poderoso e você fique a merced dele ele está em dívida com você e uma ligação de amizade está estabelecida e os homens nunca são tão descarados a ponto de oprimi E assim se tornar um monumento de ingratidão as vitórias além de tudo nunca são tão completas
que o vencedor não deva demonstrar alguma consideração principalmente para com a justiça mas se aquele a quem você se aliou perder poderá ser amparado por ele enquanto puder ele poderá ajudá-lo e vocês se tornarão companheiros em uma situação que poderá surgir novamente no segundo caso Quando aqueles que lutam são de caráter que você não precisa ficar ansioso sobre quem será o vencedor é ainda mais prudente que se alie a um dos lados pois você ajuda na ruína de um ao ajudar o outro que se tivesse sido sábio teria salvado você e ao conquistar o que
será impossível conseguir sem a sua ajuda ele permanecerá em suas mãos e aqui se deve notar que um príncipe deve ter cuidado para nunca se aliar a alguém que é mais poderoso do que ele para atacar os outros a não ser por necessidade Como disse antes porque se ele conseguir conquistar você estará a mercê dele e os príncipes devem evitar ao máximo ficar à mercê de qualquer pessoa os venezianos aliaram-se à França contra o Duque de Milão e esta aliança que causou a ruína deles poderia ter sido evitada mas quando não pode ser evitada como
aconteceu com os florentinos Quando o Papa e a Espanha levaram seus exércitos para atacar a lombardia então neste caso pelas razões já citadas o príncipe deverá escolher um dos lados Nunca deixe qualquer governo imaginar que ele pode escolher um caminho completamente seguro ao contrário deixe pensar que enfrentará um caminho bem duvidoso Pois é frequente que ao tentar evitar um problema se esbarra em outro mas a prudência consiste em saber distinguir a natureza desses problemas e assim escolher o menos ruim um príncipe deve também se mostrar um amante das virtudes honrando as habilidades em todas as
artes ao mesmo tempo deve incentivar os seus cidadãos a praticar suas virtudes pacificamente sejam elas atividades no comércio na agricultura ou em qualquer outra ocupação de forma que o cidadão não tema melhorar as suas Posses por receio de que elas lhe sejam tomadas ou tenha receio de aumentar as suas vendas por temer os impostos mas um príncipe Dev Dev oferecer Recompensas a quem quiser fazer essas coisas e tiver qualquer intenção de realizar algo que honrará a sua cidade ou o seu estado Além disso ele deve entreter o seu povo com festivais e espetáculos nas épocas
convenientes do ano e como todas as cidades estão divididas em grêmios ou grupos sociais Deve cuidar bem desses grêmios e desses grupos e se associar a eles de vez em quando mostrando-se um exemplo de Cortesia e liberalidade mas mesmo assim sempre mantendo a majestade da sua posição pois ele não deve nunca deixar faltar nada capítulo 21 sobre os secretários dos Príncipes A Escolha dos servos de um príncipe não é de Pouca importância e as escolhas são boas ou não dependendo da Prudência dele a primeira opinião que se tem de um príncipe e do seu entendimento
é feita observando aqueles à sua volta e quando Estes são capazes e fiéis ele sempre pode ser considerado sábio Pois sabe reconhecer os competentes e tê-los fiéis mas quando não são assim não se pode ter uma boa opinião do Príncipe pois o maior erro que ele cometeu foi escolhê-los não houve ninguém que conhecendo Messer Antônio de venafro como servo de Pandolfo petruci Príncipe de Siena deixasse de julgar este senhor como muito inteligente pelo fato de ter venafro como Seu servo Por que existem três espécies de inteligências uma que entende as coisas por si outra que
discerne o que os outros entendem e a terceira que não entende nem por si nem por intermédio dos outros A primeira é verdadeiramente excelente a segunda boa e a terceira inútil portanto procede que se Pandolfo não se classificava no primeiro tipo estava necessariamente no segundo porque toda vez que alguém tem a capacidade de distinguir o bem e o mal que uma pessoa fala ou faz mesmo que não tenha tido a iniciativa sozinho pode discernir O Bom e o ruim no Seu servo e assim Pode elogiá-lo ou corrigi-lo de modo que o servo não pode esperar
enganá-lo e desta forma permanece honesto mas para que um príncipe possa formar uma opinião sobre o seu sero há um teste que nunca falha quando você percebe que o servo pensa mais em si do que em você e que em todas as ações procura o interesse próprio você pode concluir que esse jamais será um bom servo e nunca poderá confiar nele Pois aquele que tem o estado de outra pessoa em suas mãos não deve pensar nunca em si mas sempre no príncipe e nunca deve prestar atenção em coisas que não sejam de interesse do Príncipe
por outro lado para manter o Seu servo honesto o príncipe deve pensar nele honrando enriquecendo fazendo gentilezas dividindo com ele as honrarias e os cuidados e ao mesmo tempo deve deixá-lo ver que ele não pode ficar sem sua proteção para que as muitas honras não o façam desejar mais honras as muitas riquezas não o façam desejar maiores riquezas e os muitos cuidados o façam temer as mudanças quando pois os servos e os príncipes com relação a eles estão assim preparados podem confiar um no outro mas quando não for assim o fim sempre será desastroso ou
para um ou para o outro Capítulo chi como bajuladores devem ser evitados não quero deixar de fora uma parte importante deste assunto pois é um perigo do qual os príncipes escapam com muita dificuldade se não são extremamente cuidadosos e prudentes refiro-me aos bajuladores dos quais as cortes tão repletas dado que os homens são tão complacentes nos seus afazeres e de tal modo iludidos por eles que se defendem com dificuldade dessa peste querendo se defender correm o perigo de ser menosprezados por que não há outra forma de se proteger da bajulação do que fazer que os
homens entendam que a verdade não o ofende mas quando todos podem lhe dizer a verdade o respeito por você aumenta portanto um príncipe sábio deve proceder de uma terceira maneira escolhendo em seu estado os homens sábios e dando-lhes apenas a liberdade de lhe falar a verdade e mesmo assim apenas daquilo que pergunte e nada mais mas ele deve consultá-los sobre todos os assuntos e ouvir as suas opiniões e apenas depois tirar as suas conclusões com esses conselheiros em separado e também coletivamente ele deve se portar de tal forma que todos eles saibam que quanto mais
livremente falarem mais serão aceitos fora esses ele não deve dar ouvidos a ninguém mas seguir a deliberação e ser obstinado nas suas decisões aquele que procede de outra forma ou é derrubado pelos bajuladores ou muda tanto e tão frequentemente de opinião que acaba sendo menosprezado para este assunto gostaria de usar um exemplo moderno o padre Lucas homem do atual Imperador Maximiliano falando de Sua Majestade disse ele não se aconselhava com ninguém porém nunca fazia nada a seu modo disso resultava que ele seguia uma prática oposta queela entada antes pois o Imperador é homem discreto não
comunica a ninguém os seus desígnios Nem ouve opiniões sobre eles mas Ao serem postos em prática começam a ser conhecidos e descobertos e começam a ser contrariados por aqueles que o cercam e ele como é homem de opinião fraca os desfaz e assim resulta que as coisas que ele faz num dia são desfeitas no dia seguinte e ninguém nunca entende o que ele quer ou pretende e ninguém pode se basear em suas deliberações um príncipe portanto deve sempre se aconselhar mas quando ele quer e não quando os outros desejam ele deve pelo contrário deixar claro
a todos que devem dar conselhos somente quando ele pedir mas deve estar sempre fazendo perguntas e também ser um ouvinte paciente quando as pessoas respondem às suas perguntas e ainda ao saber que alguém sobre qualquer assunto não lhe falou a verdade deve demonstrar a sua raiva e se a pessoa que pensam que um príncipe que aparenta ser sábio não é pela sua natureza mas pelos bons conselheiros que o rodeiam Sem dúvida alguma estão enganadas pois está é uma regra que nunca falha um príncipe que não é sábio jamais segue bons conselhos a menos que por
acaso tenha depositado toda a sua confiança em um homem que é muito Prudente neste caso ele poderia ser bem governado Mas não seria por muito tempo pois esse homem em pouco tempo lhe tomaria o estado mas se um príncipe sem experiência a seguir os conselhos de mais de uma pessoa ele nunca terá os conselhos uniformes e não saberá como harmonizá-los cada Conselheiro pensará nos seus próprios interesses e o príncipe não saberá como controlá-los ou saber o que realmente estão pensando e não é possível encontrar conselheiros diferentes pois os homens sempre serão falsos A não ser
que você os mantenha honestos à força consequentemente conclui-se que os bons conselhos venham de onde vierem devem nascer da sabedoria do príncipe e não a sabedoria do Príncipe resultar dos bons conselhos Capítulo chil porque os príncipes da Itália perderam seus estados as sugestões que já foram dadas quando observadas cuidadosamente permitirão que um príncipe novo pareça bem estabelecido e logo tornarão mais seguro e mais firme no estado do que se fosse um príncipe antigo Por que as ações de um príncipe Novo São observadas mais de perto do que as ações de um príncipe hereditário e quando
ele é reconhecido como capaz atrair mais homens e estes estabelecem laços mais fortes do que pela tradição do Sangue Por que os homens são atraídos mais pelas coisas presentes do que pelas passadas e quando estão bem no presente apreciam isso e não procuram mais nada também defenderão um príncipe se ele não lhes faltarem outras coisas assim terá a dupla Glória de ter estabelecido um Principado novo e de tê-lo adornado e fortalecido com boas leis boas armas bons Aliados e um bom exemplo por outro lado será uma dupla desgraça para aquele que tiver nascido príncipe perder
o estado por sua falta de Sabedoria e se considerarmos aqueles senhores que na ITA perderam seus estados nossos tempos como o rei de Nápolis o Duque de Milão e outos acharemos neles primeiro um defeito em comum quantoas pelas razões que for expost depois veremos que alguns deles ou tiveram aiz doendo povo amig não garantir contra os podos sem esses defeitos estados que T força suficiente para manter um exército em Campo não podem ser perdidos Felipe da Macedônia não o Pai de Alexandre o grande mas aquele que foi derrotado por Tito V não tinha muito território
comparado à grandeza daquele dos Romanos ou da Grécia que o assaltaram porém sendo um homem de espírito militar que sabia atrair o povo e se garantir contra os poderosos sustentou por muitos anos a guerra contra os seus inimigos e se afinal perdeu o domínio de algumas cidades mesmo assim não perdeu seu reino portanto não deixe que nossos Príncipes culpem a sua falta de sorte para justificar a perda de seus principados após estarem em sua posse por muitos anos mas sim a própria preguiça pois em tempos tranquilos nunca achavam que algo poderia mudar é um defeito
comum dos homens na Bonança não se preocupar com a tempestade e depois quando chegaram os tempos adversos preocuparam-se em fugir e não em se defender e esperaram que súditos cansados da insolência dos conquistadores os chamariam de volta esse comportamento é bom quando os outros falham mas é muito ruim ter negligenciado todos os outros remédios por esse pois você não deixará de cair apenas por acreditar que encontrará quem o Levante isso novamente não acontece ou se acontecer não será para sua segurança dado que a defesa se torna viil se não depende de você as defesas somente
são com fiáveis certas e duradouras quando dependem de você e da sua virtude Capítulo XXV sobre as influências da sorte na vida e como lidar com ela sei bem que muitos homens já tiveram ou ainda tem a opinião de que a vida é governada pela sorte e por Deus de forma que os homens com sua sabedoria não podem modificar o andar das coisas nem ser ajudados por outros e por isso eles nos fariam acreditar que não é necessário insistir muito nas coisas mas deixar que a sorte os governe esta opinião tornou-se mais aceita nos nossos
tempos pela grande mudança que vimos nas coisas e que ainda podem ser vistas todos os dias que não dependem de nenhuma ação humana pensando nisso algumas vezes acabo concordando até certo ponto com eles mesmo assim para que o nosso livre arbítrio não seja extinto digo que pode ser verdade que a sorte é o árbitro de metade das nossas ações mas ainda podemos governar a outra metade ou talvez um pouco menos eu a comparo com a um desses rios torrenciais que quando enchem e transbordam alagam as planícies derrubando as árvores e os edifícios carregando a terra
de um lugar para outro tudo sai voando tudo cede a sua violência sem poder se opor a ele e mesmo assim apesar de a sua natureza ser essa isso não impede que os homens quando o tempo está calmo tomem providências com defesas e diques de modo que enchendo mais uma vez as águas corr um canal e a sua força não seja mais nem tão desenfreada nem tão perigosa assim acontece com a sorte que demonstra o seu poder quando a virtude não foi usada para se preparar para resistir a ela e assim ela volta seu ímpeto
na direção de onde sabe não existir em Barreiras e defesas para contê-la e se você considerar a Itália que é o berço dessas mudanças e é aquela que lhes deu impulso verá que é um país aberto sem barreiras e sem defesa alguma pois se tivesse sido defendida corretamente como são a Alemanha a Espanha e a França essa invasão não teria resultado nas grandes mudanças que resultou ou não teria ocorrido e com isso acredito ter dito suficiente sobre a resistência à sorte em geral mas restringindo-se ao mais específico digo que um príncipe Pode parecer feliz hoje
e arruinado amanhã sem que tenha mudado sua natureza ou sua personalidade isso acredito surge primeiro das razões que já expus longamente Isto é é que o príncipe que se apoia totalmente na sorte está arruinado quando a sua sorte muda acredito também que aquele que direciona as suas ações de acordo com os tempos terá sucesso enquanto aquele cujas ações não estão de acordo com o tempo não obterá sucesso pois os homens são vistos fazendo coisas que os conduzem ao fim que cada um tem por objetivo Isto é glórias e riquezas e chegam lá de diversas formas
um com cautela o outro com ímpeto um com violência o outro com habilidade um com paciência e o outro com seu oposto e cada um consegue chegar ao seu objetivo por essas diversas maneiras também é possível ver em dois homens cautelosos um alcançar o seu objetivo e o outro não e da mesma maneira dois homens que agem de forma diferente podem ser igualmente bem-sucedidos um sendo cauteloso e o outro Impetuoso isso resulta apenas do fato de adaptarem ou não os seus métodos ao Espírito do momento isso segue daquilo que eu disse que que dois homens
agindo de formas diferentes podem alcançar o mesmo efeito e dois homens que agem trabalhando de forma semelhante um pode alcançar o seu objetivo e o out não mudanas n riquezas das pessoas também disso pois se algém se orienta com cautela e pacia e os tempos e as situações se apresentam de que a sua administração seja boaça sua fortuna mas se os tempos e as circunstâncias mudam está arruinado se não mudar seu modo de agir Mas é difícil encontrar um homem que seja Prudente o suficiente para saber como se acomodar mudanças porque ele não pode se
desviar daquilo a que a natureza o inclina e também porque Tendo sempre prosperado seguindo por um caminho é difícil persuadi-lo a abandonar esse caminho assim Portanto o homem cauteloso quando é tempo de se tornar Aventureiro não sabe como fazer isso e cai em ruína mas se tivesse mudado a sua conduta com a mudança dos tempos a sua fortuna não se modificaria o Papa Júlio I trabalhava impetuosamente em tudo que fazia e os tempos e as circunstâncias conformam-se tão bem com seu modo de agir que ele quase sempre obteve sucesso consider a sua primir contra Bolonha
sendo aind vivo M Giovan Beno venezianos não conam ela nem o rei da Espanha e aati o assunto com o Rei da França mesmo assim deu inoi sua costa ferocidade e eneria atitude que fez a Espanha e os venezianos ficarem irresolutos e passivos os venezianos por medo e os espanhóis pelo Desejo de recuperar todo o reino de Nápolis por outro lado ele arrastou consigo o Rei da França porque este Rei tendo observado o movimento e desejando tornar o Papa seu amigo para humilhar os venezianos julgou impossível negar-lhe soldados sem ofendê-lo diretamente e portanto Júlio com
seu movimento Impetuoso conseguiu o que nenhum outro pontífice com simples sabedoria humana poderia ter feito pois se tivesse esperado em Roma até poder partir com todos os planos estabelecidos e tudo arranjado como qualquer outro Papa teria feito ele nunca teria sido bem-sucedido por que o Rei da França teria apresentado mil desculpas para não ir e os outros lhe teriam levantado mil receios Não falarei de suas outras ações já que foram todas semelhantes e todas foram um sucesso sendo que a brevidade da sua vida não o deixou experimentar o contrário mas se tivessem surgido que o
obrigassem a agir com cautela teria sido a sua ruína pois ele jamais teria se desviado daquele modo de agir a que a natureza o inclinava concluo portanto que como a sorte é inconstante os homens permanecem obstinados nos seus modos de agir desde que os dois estejam de acordo os homens obterão sucesso mas serão arruinados quando a sorte e o modo de agir não estiverem mais de acordo da minha parte Considero que é melhor ser Impetuoso do que cauteloso porque a sorte a mulhere se quiser dominá-la é necessário nela bater e contrariá-la e já foi visto
que ela se deixa dominar pelos impetuosos e não por aqueles que procedem mais friamente ela é portanto sempre como uma mulher amante dos homens jovens porque são menos cautelosos mais violentos e a dominam com maior Audácia Capítulo XXV uma exortação para libertar a Itália das mãos dos Bárbaros tendo considerado cuidadosamente este assunto e pensando comigo mesmo se o momento atual é uma boa hora para termos um novo príncipe se H elementos que dariam oportunidade a um príncipe Sábio e Virtuoso para introduzir uma nova ordem nas coisas que eu honraria e faria bem ao povo deste
país parece-me concorrer em tantas circunstâncias favoráveis a um novo príncipe que não sei de uma época melhor para isso do que o presente momento e se como eu já disse para conhecer a virtude de Moisés foi necessário que o povo de Israel fosse escrav para conhecer a grandeza do espírito de Ciro que os persas fossem oprimidos pelos medas e para conhecer a capacidade de tezeu que os atenienses estivessem dispersos também no presente para descobrirmos a virtude de um espírito italiano foi necessário que a Itália se reduzisse ao ponto em que se encontra no momento que
ela fosse mais escravizada do que os hebreus mais oprimida do que os persas mais dispersa do que os atenienses Sem chefe sem ordem surrada espoliada lacerada invadida e que tivesse suportado todo tipo de devastação apesar de recentemente ter aparecido um certo brilho em um certo príncipe que nos fez acreditar que ele tivesse sido ordenado por Deus para nossa redenção contudo foi visto Depois no apogeu de sua carreira que ele foi abandonado pela sorte de modo que abandonada como se sem vida a Itália espera por aquele que curará as suas feridas e colocará um fim aos
saques da lombardia às fraudes e aos impostos no reino e na toscana e a limpar aquelas feridas que estão há muito tempo infeccionadas vê se como ela implora a Deus para lhe enviar alguém que a livre dessas cudades e insolências bárbaras vê se ainda que ela está pronta e disposta a seguir uma bandeira desde que haja quem a impune nem se vê no presente momento alguém em quem ela possa depositar as suas esperanças a não ser na sua ilustre casa nove com a sua virtude Fortuna favorecida por Deus e pela igreja da Qual é agora
chefe e que erá agora se tornar chefe desta Redenção isso não será muito difícil se você recordar as ações e a vida dos homens que mencionei e apesar de terem sido homens grandes e maravilhosos eles eram simplesmente homens e nenhum deles teve mais oportunidade do que as oferecidas agora pois os Empreendimentos deles não foram mais justos ou mais fáceis do que este nem foi Deus mais amigo deles do que seu entre nós há muita Justiça pois essa guerra é exatamente o que é necessário e e as armas são levantadas quando não há nenhuma esperança senão
nelas aqui há a maior disposição e onde a disposição é grande as dificuldades não podem ser grandes se você segue o exemplo daqueles homens que apontei Além disso há exemplos extraordinários das formas como o desejo de Deus tem se manifestado o mar se abriu uma nuvem revelou o caminho a pedra verteu água choveu Maná tudo contribuiu para sua grandeza você deve fazer o restante Deus não está disposto a fazer tudo e assim tirar o nosso livre arbítrio e parte da Glória que compete a nós e não é de admirar que nenhum dos Italianos citados tenha
conseguido conquistar tudo que é esperado da sua ilustre casa se em tantas revoluções na Itália e em tantas campanhas de guerra sempre pareceu que a virtude militar estivesse extinta isso aconteceu porque a antiga ordem das coisas não era boa e Nenhum de Nós soube como encontrar uma nova ordem e nada traz mais honra a um homem do que estabelecer novas leis novos regulamentos quando ele acaba de se tornar príncipe estas coisas quando são bem fundadas e dignas fazem com que ele seja reverenciado e admirado e na Itália não faltam oportunidades para colocar essas coisas em
uso de diversas formas aqui existe grande valor no corpo enquanto falta valor na cabeça Observe atentamente os Duelos e os combates individuais o quão superiores Os italianos são na força na destreza e no engenho mas quando compar os exércitos sempre saem perdendo e isso resulta inteiramente da fraqueza dos líderes já que aqueles que são capazes não são obedientes e cada um julga saber melhor não tendo surgido Até agora ninguém que tenha se sobressaído ou pela virtude ou pela sorte de forma que os outros cedam a ele daí resulta que durante tanto tempo e em tantos
combates nos últimos 20 anos sempre que se formou um exército inteiramente italiano Ele sempre teve desempenho ruim como demonstram Alexandria capua Gênova vaá Bolonha mestri se portanto a sua ilustre casa quer seguir aqueles homens notáveis que redimiram as suas províncias é necessário antes de tudo como verdadeiro fundamento de qualquer empreendimento providenciar tropas próprias pois não há soldado mais fiel verdadeiro e melhor e apesar de eles serem bons individualmente juntos serão ainda melhores quando se virem comandados pelo seu príncipe honrados e mantidos por ele portanto é necessário preparar esses exércitos com armas para poder com a
virtude italiana se defender dos Estrangeiros e apesar de as infantarias Suíça e Espanhola serem consideradas terríveis em ambas existe um defeito razão pela qual uma terceira Infantaria poderia não somente se opor a elas mas se poderia depender dela para derrotá-los pois os espanhóis não resistem a cavalarias e Suíços têm medo dos infantes quando os encontram em batalha devido a isso e como já vimos e ainda se vê os espanhóis não resistem à cavalaria Francesa e os Suíços são derrotados por infantarias e apesar de uma prova plena deste último caso não existir mesmo assim houve evidência
disso na batalha de Ravena quando as infantarias espanholas Lutaram contra os batalhões alemães que seguem as mesmas táticas dos Suíços quando os espanhóis com a agilidade do corpo e o auxílio dos seus escudos avançaram de das lanças dos alemães e ficaram fora de perigo certos de poderem atacar enquanto os alemães permaneciam sem saída se a cavalaria não os tivesse atacado Eles teriam acabado com todos os inimigos é possível portanto conhecendo os defeitos dessas infantarias organizar uma diferente que resista à cavalaria e não tenha medo dos infantes isso sem precisar criar uma nova ordem mas simplesmente
uma nova versão da antiga e estes são os tipos de melhorias que aumentam a reputação e o poder de um príncipe novo não se deve portanto deixar passar a oportunidade de a Itália finalmente ver o seu Redentor nem é possível explicar com que amor ele seria recebido em todas as províncias que tem sofrido tanto devido a essas invasões estrangeiras com Que sede de Vingança com que obstinada fé com que devoção com que lágrimas quais portas se fechariam para ele quem lhe negaria obediência que inveja o prejudica qual italiano se negaria a homenageá-lo para todos nós
esse Bárbaro domínio fede deixe portanto que a sua ilustre casa se encarregue disso com aquela coragem e aquela Esperança com que todas as causas justas são abraçadas a fim de que sob a sua insígnia esta Pátria se torne Nobre sob os seus auspícios se verifique aquele ditado de petrarca virtu contra furore prenderá ele arme e fia o combater corto T Antico valore Neo italici não é ancor morto virtude contra furor pegará em armas e ao combate dará Porto pois o antigo valor no coração Itálico não está morto