o olá todas e todos meu nome é professor gustavo se clara e o nossa aula de hoje será sobre os fundamentos da neuropsicologia e não trazendo inicialmente uma visão geral da nossa aula de hoje a gente vai tá vendo aqui o histórico da neuropsicologia né como é que a neuropsicologia surge enquanto ciência juntamente com as neurociências a então a gente vai ver um pouco dos de como o conhecimento sobre o funcionamento do cérebro ele vai acontecendo né ao longo da sala a gente vai ver também sobre padrões de funcionamento do cérebro principalmente em aspectos históricos
pois existiu durante muito tempo um debate seu cérebro ele funcionava de maneira localizada com compartimentos independentes onde cada área do cérebro estava associado a um tipo de habilidade ou uma visão mais globales tata que defendia que o cérebro funcionava como um grande agregado de habilidades e fique quanto maior a lesão ou alteração no cérebro maior seria mais grave seria alteração sobre o comportamento humano a gente vai ver também é o método da dupla dissociação que é o método utilizado principalmente na chamada neurologia clássica para tentar fazer a relação entre o funcionamento de áreas o áreas
cerebrais e alterações no comportamento é um método é classicamente estudar depois a gente vai ver as características do exame neuropsicológico né quais são os procedimentos quais são as etapas que caracterizam o exame neuropsicológico a avaliação neuropsicológica apresentando alguns esquemas que trazem um pouco o panorama da neuropsicologia mais atualmente e depois a gente vai falar sobre os princípios da avaliação neuropsicológica trazendo né quais são esses elementos o que é constroem a avaliação neuropsicológica quais são as etapas quais são os produtos né que estão associados a avaliação neuropsicológica e ao trabalho do neuropsicólogo o inicialmente né trazendo
um pouco o histórico do termo da neuropsicologia veja que é um termo relativamente recente tá então termo neuropsicologia ele foi falado inicialmente na década de 50 com através de um famoso psicólogo chamado donald hebb né aonde ele traz um livro chamado a organização do comportamento né a teoria neuropsicológica é um livro de grande impacto e marca é um surgimento daquilo que vai ser uma primeira área né forte dentro da psicologia que é a neuropsicologia ao longo da década de 50 década de 60 você tem uma popularização e o aumento do uso do termo neuropsicologia mais
que resultado na verdade nessas décadas de 50 e 60 é do grande avanço sobre o conhecimento do cérebro e o a neuropsicologia a pós segunda guerra mundial é porque não é pós-segunda guerra mundial porque é durante a segunda guerra mundial você começa a ter várias vários indivíduos com lesões cerebrais com alteração no funcionamento do cérebro que você precisava até algum tipo de tratamento para essas pessoas né que tiveram problemas legends não pode quer mas voltando um pouco mais né nessa linha do tempo né vou tá trazendo um pouco aqui é a origem né das primeiras
estudos sobre o funcionamento do cérebro a partir de um famoso pesquisador né do século 19 o francês grau o que é defende a né o trouxe um conhecimento da frenologia né e ele defende a partir do conhecimento da época de que o comportamento humano ele era moldado a partir do formato do crânio do indivíduo tá então do ponto de vista teórico isso hoje em dia não tem o menor fundamento mas do ponto de vista histórico franz gall ele tem uma relevância significativa porque é apesar da teoria deles em uma teoria eugenista é racista e a
teoria dele é ele conseguiu né naquela época no século 19 sistematizar um conhecimento ou tentar sistematizar um um conhecimento é a partir para a compreensão do funcionamento do cérebro e o funcionamento do comportamento humano porque ao longo de muitos séculos né a a psicologia das diferenças individuais ela não existiu é o nós enquanto sociedade né ou pelo menos o mundo ocidental ela era muito pautado né o mundo ocidental eurocêntrico foi muito pautado na ideia é colete vista de sociedade então as ciências como um todo aqui também estava surgindo né com iluminismo as ciências como um
todo elas procuravam muito mais é entender em um dia como a sociedade funcionava e franz gall ele é traz uma uma importância grande para o conhecimento científico porque ele começa a tentar entender porque as pessoas são diferentes que caracteriza o que faz com que as pessoas sejam diferente então ele é um dos principais marcos daquilo que hoje a gente acha tão comum que é o chamar a chamada psicologia das diferenças individuais o que é que me diferencia de você o que diferencia você das pessoas que vivem ao seu redor e hoje né hoje em dia
isso parece um pensamento muito comum dentro da psicologia mas para época a gente era visto como algo bastante nova dois franz gall ele sistematiza esse conhecimento de tentar entender porque que as pessoas eram diferentes né e a ideia que ele trazia a época seria a partir do formato do crânio como a gente pode ver aqui nessa imagem e aí o que ele defendia era que determinadas regiões determinadas protuberâncias e dependendo do formato da caixa craniana do indivíduo ele teria então alterações no comportamento e essa segunda imagem aqui é uma imagem do museu de ciência de
londres aonde representa bem né aquilo que franz gall é defende a segunda seu a teoria aonde ele trazer a ideia desse cinco graus de inteligência e a gente vê claramente aqui né uma ideal é ariano né diogenes tá onde você teria um padrão muito mais europeu no sentido de grau de inteligência até o a ideia de raças que se tinham né a época o que se defende a época aonde vocês teriam as raças inferiores e raças superiores tá então é do ponto de vista novamente né do ponto de vista teórico isso não tem o menor
fundamento né não tem o menor sentido no entanto a época e ele consegue sistematizar esse conhecimento desenvolvendo técnicas como a palpação e sistematizar todo esse conhecimento para tentar medir os comportamentos humanos a partir do formato do crânio bom então aqui é um outro equipamento também desenvolvido por franz gall também presente no museu de ciência de londres aonde esse equipamento né você fazer marcações no crânio do indivíduo e você tentava tirar algumas misturar ações para tentar então explicar o comportamento humano o e ao longo de muitos séculos houve um debate muito grande entre como é que
o cérebro funciona tão de um lado a gente tem uma visão localizaciones tá que é representado por exemplo por essa imagem é uma imagem de um cérebro de um paciente que ele teve um acidente vascular cerebral e aí o neurologista paul broca a época avalia esse paciente e ele descreve que esse paciente ele tem uma inteligência preservada ou seja ele consegue compreender aquilo que é falado para ele ele consegue expressar em termos motores no entanto o aspecto da produção da linguagem dele apresenta alterações significativas tanto que ele é conhecido como o paciente tam porque eles
só conseguirá repetir toda vez que falavam com ele ele com ele é compreende o que era falado para ele no entanto ele só conseguia responder tão pós-morte esse paciente tam foi feita uma necrópsia nenhuma avaliação do cérebro do cérebro titan e observou uma lesão significativa no lobo frontal esquerdo e aí associou-se eu defendia-se que o cérebro ele era dividido em compartimentos com habilidades específicas e essa seria uma das evidências de que o cérebro seria localizacionista tá a partir do paciente tam e a descrição do neurologista paul broca né com essa área de produção da linguagem
existiam outros neurologistas com outras vezes questões como o carro wernicke aonde ele descreve uma afasia é contrária a fazer do por broca na fazer dever esse é o que o quadro que se apresentava era uma pessoa que ela tinha uma produção da linguagem preservada no entanto a compreensão ela tava prejudicada ea gente vê um quadro oposto ao quadro né do povo do paciente tam descrito pelo neurologista ou broca então é nesse caso daqui e começam-se a defender eu começo a ter evidências de que o cérebro ele era localização localizado ao mesmo tempo outro quadro no
outro caso bastante famoso é que a gente vai ver com mais detalhes na aula mais à frente sobre funções executivas é o caso do paciente phineas gage é também no século 19 aonde ele colocava né socava pobre trabalhava numa ferrovia ele socava pólvora num pilão e por um erro técnico essa essa barra de ferro no momento que eles tocam a pobre ele explode e atravessa o olho esquerdo saindo nessa região aqui do a frontal e o que todos não acreditavam né que ele estava na outro olho ele conseguia enxergar ele conseguia falar conseguia ficar em
pé com a barra de ferro atravessada então esse 01 evidências que diziam que o cérebro na verdade ele funcionava de maneira localizada e não global ao mesmo tempo outros cientistas com pierre florence que trabalhava com pombos e outros cientistas principalmente que trabalhavam com animais eles começavam avaliar esses animais e começavam a fazer pequenas lesões nesses animais e eles viam que quanto maior a lesão no cérebro dos animais mais comprometido eram os comportamentos ou seja é são eram evidências de que na verdade o cérebro funcionava de uma maneira global e não localizada como defendiam né outros
cientistas da época então e debateu-se muito sobre essa visão seu cérebro funcionava né e você tinha evidências de que o cérebro funcionava de uma maneira global ou se o cérebro funcionava de uma maneira localizada então essa daqui seria mais ou menos não é uma imagem que representa então é que a gente teria cada compartimento uma determinada habilidade essa seria a visão localiza acionista e se você tem uma lesão numa determinada área então você vai perder aquela habilidade específica por um outro lado a visão holística ou globales tica ela trás e que todas essas áreas o
cérebro ele funciona como um grande agregado de funções mais ou menos como a gente vê que todas inter conectadas que a lesão e uma determinada área na verdade diminui a um pouco de habilidade em todas as outras áreas tá e já a visão associacionismo ela defendia que você tinha nem uma visão mais já contemporânea essa visão sócio acionista aonde você tinha essas várias áreas que elas se conectam entre si a mais a lesão numa determinada área poderia causar alterações em áreas que são associados então nesse caso a gente já ouvi né eu já vê um
pouco mais um avanço nesse debate em que se tinha se o cérebro funcionava de maneira localizada ou global bom então retornando né indo mais para frente nessa linha do tempo pode segunda guerra mundial né um pouco do que eu já adiantei anteriormente nas décadas de 50 e 60 começa a se um estudo do funcionamento do cérebro principalmente porque você tinha pacientes no pós-guerra né o pessoas no pós-guerra com lesões cerebrais então é começa a mudar o conceito de localização do cérebro para o conceito de redes neurais né ou muda-se o conceito de localização para a
função ou função cerebral função neuropsicológica porque começa a se observar de que o cérebro ele aparentemente ele tem algumas áreas que são localizadas localizadas no entanto essas áreas elas estão conectadas e inter dependem uma das outras fora o conceito de neuroplasticidade ou seja existe uma organização mais ou menos estruturada localizada no cérebro mais essa organização pode-se modificar dependendo da nossa neuroplasticidade então assim muito do que a gente tem descrito nessa primeira etapa né é uma descrição do mundo ocidental no leste europeu né gente precisa pensar no contexto da guerra fria década de 50 60 70
até mais ou menos da década de 80 e 90 no leste europeu em paralelo 22 dois grandes cientistas né dois grandes pesquisadores se destacam né e bastante famosos o primeiro é o vygotsky e e também o aluno dele o alexander luria ambos trabalhavam né na verdade o loiro desculpa ô lúria trabalhava em um hospital pós-guerra na união soviética e como ele tinha sido muito influenciado pelos é de vygotsky que traz para o conhecimento humano nem o funcionamento cerebral uma perspectiva muito mais culturalista e ambientalista para um funcionamento do cérebro então que bigodes que vai defender
é que os sistemas eles são funcionais e dinâmicos ou seja o cérebro ele não é compartimentalizado né ele tá ligado determinadas funções e essas funções elas são dinâmicas elas podem se modificar ao longo do tempo e se modificado dependendo do ambiente em que a gente se encontra e aí ele traz então esse conceito de que essas habilidades elas são interfuncionais e plásticas ou seja uma área depende da outra para funcionar de uma maneira adequada ao mesmo tempo que elas podem se modificar né e aí posteriormente a gente vai cada vez mais entendendo sobre o conceito
de neuroplasticidade iluria traz essa frase que eu gosto muito por isso que eu fiz questão de colocar aqui o que ele avança no conhecimento das funções mentais superiores que é o que a neuropsicologia vai estudar aonde ele defende que seus processos corticais superiores são dinamicamente localizado né quando a gente ouvi essa frase né aparentemente parece algo meio contraditório porque como é que algo que é dinâmico ele ele é localizado ao mesmo tempo e é mais ou menos como o cérebro funciona ou seja o cérebro ele é passível de várias mudanças mas a ideia que se
presta o ponho existe uma certa organização na no desenvolvimento e na construção das nossas funções cerebrais é e como é que essas pessoas como é que esses pesquisadores né estudavam essas pessoas né um período pós-guerra em um momento que você tinha um conhecimento muito limitado sobre o funcionamento do cérebro e o momento em que você não tinha exame gênero imagem como tomografia muito menos ressonância magnética então assim como era que era possível fazer esse mapeamento sobre as áreas cerebrais e o comportamento que o indivíduo apresentava então eu vou apresentar um pouco aqui sobre esse método
que é um método baseado em lógica para tentar relacionar as áreas do cérebro dissociar as áreas do cérebro a determinados comportamentos esse método é chamado de dupla dissociação então o que é uma dupla dissociação você vai comparar associações e isso tu ficas entre algumas estruturas neurais e consequências funcionais ou seja você tinha pacientes que tinham lesões cerebrais e tinham diferentes consequências no comportamentais ou consequências funcionais o que então se faziam eram tentar comparar esses pacientes que tinham diferentes lesões e tinham consequências funcionais diferentes para então tentar inferir sobre a organização e o funcionamento mental do
cérebro a gente vai ver mais à frente então elas são fundamentadas nas no seguinte raciocínio que eu vou apresentar no próximo slide aqui para vocês é tão que essa dissociação dupla você vai pegar duas habilidades ou duas funções né e tentar dissociar com a habilidades específicas e elas são fundamentadas no seguinte raciocínio acompanha aqui comigo o primeiro a primeira parte do raciocínio a seguinte se você tem uma lesão x ou seja você tem uma lesão no córtex pré-frontal você tem uma lesão no lobo temporal você tem uma lesão no lobo hospital você tem uma lesão
numa determinada a lesão e aí é que a gente chama de x ele compromete determinada habilidade vamos pegar aquele exemplo lá se você tem uma lesão no lobo frontal esquerdo ou seja um assunto uma lesão x que vão um paciente do paciente que eu falei a pouco do paul broca se você tem uma lesão no lobo frontal esquerdo qual é a sua consequência cognitiva e comportamental pelo povo bronca lá e aí olha tem uma lesão no lobo frontal esquerdo ele perdeu a capacidade de produzir sons ou palavras né o produzir um discurso adequado no entanto
ele preserva né a função cognitiva comportamental y no caso do paciente do paul broca ele perdeu a capacidade de produzir no entanto ele preservava a capacidade de compreender oi tá por um outro lado você pega um outro paciente como aquele descrito pelo cau br aonde você tem a seguinte relação o indivíduo ele tem uma lesão y no caso vamos pensar né o paciente do carro verde querer tem uma lesão no lobo temporo-parietal nem que entre essas duas regiões entre ao lobo temporal e o lobo parietal ele tem uma lesão nessa região temporoparietal a esquerda e
aí ele tem essa lesão nessa região e perde e compromete a função de compreensão da linguagem por um outro lado preserva a função x ou seja ele preserva a capacidade de produzir veja que você tem é um esquema que eles são inversamente é inversamente correlacionado por quê e enquanto o paciente do paul broca tá o paciente ta o paciente aqui ele tem uma dificuldade na produção tendo preservado a compreensão o paciente dois né eu paciente num segundo momento não paciente dois né pode ser paciente o paciente dois dele tem preservado a sua compreensão no entanto
desculpa com o paciente dois ele tem a compreensão prejudicada no entanto a produção ela tá é preservada e aí a gente tem um quadro inverso então enquanto aqui o paciente um ele não produz e compreendi aqui ele produz mas não compreende consequentemente assim a gente tem uma relação lógica logo a atividade na região x que essa aqui de produção do paul broca ela está relacionado a essa habilidade ou seja a área a lesão no lobo frontal esquerdo está relacionado à produção enquanto a atividade cerebral y ou seja a lesão no lobo né na área temporo
parietal esquerda está relacionado à determinada habilidade que é determinada habilidade de compreensão veja que com isso a gente não tem neuroimagem mais com esses dois pacientes com esses dois grupos a gente consegue fazer uma dissociação e descobri que a área do funcionamento cerebral esquerdo né frontal esquerdo tá ligado à produção da linguagem enquanto essa área temporo-parietal a esquerda tá ligado à capacidade de compreensão vamos ver mais um exemplo para tentar deixar isso daí é mais claro bom então veja esse seguinte exemplo aqui imagine que você tem um paciente a e você tem duas habilidades a
habilidade de memória de curta duração e você tem uma tarefa que avalia a memória de longa duração então o que é que você tem aqui ó você ao aplicar essa tarefa da memória de curta duração o paciente a ele tem prejuízo nessa habilidade ou seja memórias culturas de curta duração tá prejudicada no entanto você a pega essa mesma tarefa e aplica no paciente b ele tá normal e no entanto quando você pega uma tarefa que avalia a memória de longa duração veja que eu paciente a ele tá normal ele tem uma determinada né normalidade no
entanto paciente b ele tá prejudicado consequentemente a né baseado na loja que a gente consegue então descobrir que o paciente que tem uma lesão a ou paciente do grupo a a lesão que ele apresenta tá associado à memória de curta duração enquanto a lesão que eu paciente b tem está associado a memória de longa duração uma vez se ele tem prejuízos aqui e a gente consegue fazer essa relação inversa