Em 7 de março de 2014, o voo Malaysian Airlines 370 partiu de Quala Lumpur com destino a Pequi. 40 minutos após sua decolagem, a aeronave perdeu contato com o solo, desviou de sua rota planejada e nunca mais foi encontrada. 11 anos após o ocorrido, as buscas por este, que é considerado um dos maiores mistérios da aviação, foram retomadas.
E no vídeo de hoje você confere toda a cronologia por trás desse incidente, como a busca envolveu dezenas de nações ao redor do mundo, com os esforços cancelados e retomados várias e várias vezes para novamente retornarem. Além disso, também verá algumas das principais teorias traçadas pelos investigadores que até hoje, anos depois, seguem sim apresentar uma explicação plausível para o que possa ter acontecido. Vamos lá.
Tudo começou na madrugada de 8 de março de 2014, quando o voo MH370 saiu de Koala Lumpur à meite 41 com destino previsto a Pequim às 6:30 da manhã. Um voo que deveria ter durado apenas algumas horas jamais chegou ao seu destino. E não apenas isso, mas os radares chineses nunca registraram a entrada da aeronave em seu espaço aéreo.
Ao todo, haviam 227 passageiros a bordo e de 14 nacionalidades diferentes, sendo a maioria composto por chineses. Além dos passageiros, havia também 12 tripulantes, sendo que em nenhum momento durante o voo a tripulação relatou algum tipo de problema. Já nas primeiras 24 horas após o desaparecimento, vários países do sudeste asiático se uniram para buscar pela aeronave.
Quando a busca inicial não deu resultados, os militares da Malásia enviaram uma segunda leva de helicópteros e navios. Conforme as horas avançavam, mais e mais países se uniram à busca. Todas as disputas territoriais na região foram suspensas, temporariamente deixadas de lado, enquanto a China se unia a busca enviando navios de resgate e as Filipinas enviaram aviões da Força Aérea.
O Vietnã foi outro que também contribuiu, enviando navios e aeronaves. Até mesmo pescadores vietnemitas se uniram às buscas, relatando qualquer sinal suspeito que encontrassem no mar. Roy de Veraturda, o comandante do comando ocidental das Forças Armadas das Filipinas, chegou a declarar que em tempos de emergência como este, temos que mostrar unidade de esforços que transcende fronteiras e problemas.
Enquanto as buscas aconteciam, amigos e familiares dos passageiros do voo foram deslocados a um hotel próximo ao aeroporto de Pequim, aguardando por notícias. Nos dias seguintes, a China intensificou a ajuda, enviando dois navios de salvamento. O presidente chinês Shin Ping disse que não pouparia esforços para encontrar o avião.
No dia 10 de março, a área de busca foi ampliada de 90 para 180 km. Essa expansão aconteceu ao redor do ponto onde o controle aéreo perdeu o contato com a aeronave entre o leste da Malásia e o sul do Vietnã. Essa expansão só foi possível, pois cada vez mais novos países se uniam às buscas.
Eram cerca de 40 navios e 22 aeronaves, vindas da China, Estados Unidos, Vietnã, Malásia, Filipinas e Singapura. No dia 11 de março, a Força Aérea da Malásia informou que após análises, o avião teria alterado sua rota original durante o voo. Segundo fontes militares, um radar da Força Aérea poôde identificar o avião sobrevoando uma região conhecida como Estreito de Malaca, por volta de 2:40 da manhã.
Com isso, os investigadores puderam deduzir que após o último contato com o controle de tráfego aéreo, o avião teria se desviado de sua rota inicial. No entanto, mais tarde, o próprio comandante da Força Aérea desmentiu essa informação, dizendo que, apesar dos radares militares terem captado algo, não era possível afirmar que se tratava do voo MH370. No dia 12 de março, Escandar Sarudim, o embaixador da Malásia em Pequim, se uniu com os amigos e familiares dos passageiros para atualizá-los do que sabiam até então.
Entre as informações, ele revelou que o último contato com a torre de controle veio do copiloto quando o avião estava prestes a entrar no espaço aéreo Vietnamita. A última mensagem do copiloto teria sido um simples tudo bem boa noite e desde então nada mais foi dito. Em 13 de março, o jornal americano Wall Street Journal publicou uma reportagem relatando que conforme investigações americanas, a aeronave teria voado por mais 4 horas após ter desaparecido dos radares.
Um voo de 4 horas poderia ter levado o avião para até bem longe de seu destino, até regiões do Paquistão, Mongólia ou até mesmo na Austrália. As autoridades da Malásia, no entanto, negaram essa versão apresentada pelos investigadores dos Estados Unidos, dizendo ser impossível afirmar que o voo tenha realmente desviado de sua rota original. Porém, no dia 15 de março, Najib Hazak, o próprio primeiro-ministro da Malásia mudou essa narrativa, confirmando que, conforme investigações, a aeronave realmente teria se desviado de sua rota por um longo período, seguindo em direção às ilhas de Andamento.
Conforme declarações do primeiro-ministro, o percurso do avião, até o momento em que saiu da cobertura do radar militar primário da Malásia, é consistente com a ação deliberada tomada por alguém em seu interior. Isso, por si só, descartou a possibilidade de que o avião tenha sido atingido por alguma pano. Além disso, o destino mais provável, segundo o ministro, teria sido a Indonésia.
Após as falas do primeiro- ministro, a Índia se juntou à busca, procurando, por sinais do voo, pelas mais de 500 ilhas que formam o arquipélago de Andaman. Agora, as buscas já contavam com 25 países. No dia 19, já sem respostas por mais de 10 dias, os parentes dos desaparecidos entraram em confronto com a Polícia da Malásia.
Enquanto as autoridades malaias realizavam uma coletiva de imprensa para fornecer atualizações sobre as buscas, os amigos e familiares invadiram o local, reclamando da falta de informações e exigindo maiores esforços por parte das autoridades. Eles alegavam que as autoridades malaias estariam cometendo diversos erros na investigação. No dia seguinte, realmente foi comprovado que erros estavam sendo cometidos.
No dia 20 de março, a In Marsat, a empresa britânica de satélites, criticou duramente a maneira com que o governo da Malásia vinha conduzindo a busca. Em suas críticas, eles afirmavam que desde o dia 11 de março vinham avisando ao governo da Malásia que eles estavam procurando pelo voo na região errada. Até aquele momento, o governo da Malásia concentrava as buscas no mar do sul da China e também no estreito de Málaga.
A Imarsat afirmava que aquela não era a região correta, pois conforme análises de seus satélites, os esforços deveriam ser direcionados no Oceano Índico. Mesmo assim, a Malásia apresentou resistência para alterar o local de busca. Foi somente no dia 24 de março, durante uma coletiva que o primeiro-ministro da Malásia finalmente confirmou que após analisar os dados recebidos dos satélites, realmente o avião teria caído em algum local no Oceano Índio.
Nessa coletiva, ele declarou: "É com grande tristeza e pesar que eu tenho que informar a vocês que, de acordo com os novos dados, o voo MH370 chegou ao seu fim no sul do Oceano Índico. E nesse mesmo dia, a companhia aérea Malaysia Airlines também se pronunciou dizendo que, sem qualquer dúvida, o avião estava perdido no mar e não havia sobreviventes. No dia 30 de abril, navios e aviões das diferentes nações que estavam na região do Oceano Índico começaram a debandar, retornando às suas respectivas tarefas nacionais.
Mas isso não significa que eles estavam desistindo das buscas, apenas optando por uma abordagem diferente. Após quase dois meses de busca, sem nenhum tipo de avanço, era considerado improvável que destroços do avião fossem encontrados na superfície do oceano. Com isso, a busca passou a ser realizada por submarinos.
E nesse momento, empresas privadas especializadas em explorações submarinas começaram a ser contactadas pelas autoridades para ajudarem nas buscas. Foram meses de busca submarina com regiões do oceano sendo mapeadas, porém sem nada ser descoberto. Em janeiro de 2015, o Departamento de Aviação Civil da Malásia declarou que o desaparecimento do voo MH370 foi oficialmente um acidente com todas as 239 pessoas a bordo consideradas oficialmente mortas, mesmo que nada sobre eles jamais tenha sido descoberto.
Foi somente em julho de 2015 que finalmente uma descoberta sobre esse mistério foi realizada. Durante uma limpeza na praia, moradores da ilha de reunião próxima a Madagascar encontraram partes da asa da aeronave. Além da asa, também foram encontradas almofadas de poltronas e janelas de avião.
O primeiro ministro da Malásia chegou a confirmar o achado dizendo que a equipe internacional de especialistas conclusivamente confirmou que os destroços da aeronave encontrados na Ilha Reunião são de fato da MH370. Apesar de parte do mistério ter sido respondido, os familiares dos desaparecidos não se contentaram, dizendo que ainda queriam saber o que realmente havia acontecido com o avião e seus passageiros. A descoberta dos destroços teve também um caráter financeiro para os familiares, principalmente quanto às indenizações que receberam.
Mais de 30 familiares chineses processaram a companhia aérea logo após os destroços terem sido descobertos. Caso fosse comprovado que o motivo da queda do avião foi uma falha técnica, mais e mais famílias se comprometeram a entrar com o processo civil. Em janeiro de 2017, 3 anos após o ocorrido, as buscas pela aeronave foram oficialmente finalizadas.
Austrália, Malásia e China, os únicos países que ainda se enchiam na busca, concordaram em finalizar as atividades. Com um gasto estimado de 145 milhões de dólares e unindo dezenas de países em um mesmo objetivo. Essa ficou marcada como a mais cara e complexa busca na história da aviação.
Contudo, mesmo com os governos oficialmente dando por encerradas as buscas, esse ainda não foi um fim desse mistério. Em 2018, o governo da Malásia fechou um contrato com a empresa privada norte-americana Ocean Infinity, especializada em buscas submarinas. A empresa se comprometeu a dar prosseguimento às buscas, mapeando grande parte dos mares com seus equipamentos avançados.
O acordo firmado previa um pagamento de 70 milhões de dólares para a empresa, porém com uma importante cláusula. O pagamento só seria realizado caso eles conseguissem efetivamente encontrar a aeronave. ou pelo menos das caixas pretas dentro do prazo de 3 meses.
Apesar do contrato vantajoso e das promessas feitas pela Ocean Infinity, o prazo de três meses expirou e nenhum avanço foi realizado nas investigações. Agora em 2025, mais de 10 anos depois, as buscas pelo voo MH370 foram retomadas. Em dezembro de 2024, o governo da Malásia anunciou que as buscas seriam retomadas em 2025 novamente pela Ocean Infinity.
7 anos após ter tentado e falhado, a Ocean Infinity voltou às buscas, novamente assinando o contrato no qual apenas receberá consiga encontrar a aeronave. Então, o que é que mudou de 2018 para 2025 e por retomar as buscas logo agora? A tecnologia desenvolvida pela Ocean Infinity melhorou nesses últimos anos, a ponto deles confiarem que agora estão prontos para encontrar a aeronave.
Dentre os diversos veículos submarinos autônomos que eles possuem, está também um navio de busca armada 7806, todos utilizados para vasculhar uma área do fundo do mar com cerca de 15. 000 km². Essa é a área na qual os pesquisadores acreditam que possuem mais chances de encontrar os destroços.
Anthony Lock, o ministro dos transportes da Malásia, confirmou a confiança na empresa, dizendo que eles nos convenceram de que estão prontos. É por isso que o governo da Malásia está dando continuidade. Entretanto, para a surpresa de todos, pouco tempo depois das buscas serem iniciadas, elas foram novamente interrompidas sob a justificativa de falta de temporada.
De acordo com Anthony Lock, trata-se de uma suspensão temporária e a Ocean Infinity retomará as buscas mais uma vez no final de 2025. Toda essa indecisão, com interrupções e remícios apenas frustram os familiares das vítimas, que exigem das autoridades respostas sobre o que realmente aconteceu. Já são mais de 11 anos sem respostas, com cada vez mais dúvidas sendo levantadas.
Até o momento, as autoridades envolvidas no caso não são capazes de fornecer explicações para o que realmente aconteceu com por ha cidadãos norte-americanos no voo, até mesmo o FBI participou das investigações tentando encontrar uma explicação para esse mistério. Eles também não foram capazes de encontrar nada. Antes de explorarmos as principais teorias sobre esse mistério, você arrisca alguma explicação sobre o que possa ter acontecido?
Apesar de não haver explicações oficiais, algumas coisas foram descobertas e muitas delas levantando as mais diversas teorias da conspiração, sendo que um ataque terrorista é a narrativa favorita de muitos. O que ajuda a reforçar essa ideia está no fato de que as autoridades da Malásia descobriram que duas pessoas que embarcaram no voo não deveriam estar nele. O italiano Luigi Marald e o austríaco Christian Kell estavam na lista de passageiros do MH370.
No entanto, nenhum deles estava na Malásia nesse dia. Ambos tiveram seus passaportes roubados anos antes, quando estavam em uma viagem de férias na Tailândia. sendo que no momento do voo cada um estava em seu país de origem.
Os passaportes roubados reforçaram as teorias de que o avião havia sido vítima de um possível ataque terrorista. Após diversas investigações, as autoridades conseguiram identificar quem eram os passageiros com passaporte falsificados. Tratava-se dos iranianos Mouria Nour Mohamad, de 19 anos, e Delavar Seed Mohan Madreza, de 29 anos.
Apesar dos passaportes roubados, a polícia da Malásia diz acreditar que eles não são terroristas. Conforme a polícia, o mais provável era que ambos tentaram emigrar ilegalmente para Europa, sendo que a mãe de um deles o aguardava na Alemanha e alega desconhecer o fato de que ele viajava com passaporte roubado. O fato de duas pessoas com passaportes roubados terem embarcado no avião demonstra uma brecha de segurança.
Porém, trata-se de algo relativamente comum. em uma região considerada ponto de atração para imigração ilegal. Além dos dois passageiros que não deveriam estar no voo, a polícia também investiga passageiros que na última hora decidiram por não embarcar.
Cinco pessoas chegaram a realizar o chequin para o voo, despachando até mesmo as malas, mas no último minuto possível desistiram da viagem. As bagagens que já estavam embarcadas tiveram de ser removidas do avião antes da decolagem. Teriam eles tido alguma premonição antes da viagem?
Conforme as investigações realizadas pelas autoridades da Malásia, os desistentes foram interrogados e não demonstraram motivos específicos para a desistência. E no final foi apenas a sorte ou algo a mais que os salvou desse destino. O que também chamou bastante a atenção das autoridades foi o fato de que diversos familiares dos passageiros que sumiram relataram que os celulares deles ainda estavam tocando horas depois do desaparecimento.
E não apenas isso, mas através do serviço de mensagens chinês o que também era possível ver o estatus dos passageiros como online. Em resposta, as autoridades da Malásia informaram que, apesar de alguns telefones realmente ainda estarem tocando, isso não significava necessariamente que eles estivessem conectados a uma rede. Poderia significar apenas que o sistema da empresa de telefonia estava procurando pelo número de telefone e tentando completar a ligação.
Agora, já com relação ao status de online de algumas pessoas no QQ, isso acontece quando alguns usuários logam nele através de outros dispositivos, como computadores, notebooks ou tablets e permanecem conectados com seu status, sendo definido constantemente como online. No final, a maior parte das dúvidas recaiu sobre aquele que era o principal suspeito, o piloto do avião. No momento em que ficou constatado que o avião realizou uma mudança em sua rota original, toda a suspeita recaiu sobre Zahari Armad, o piloto de 53 anos que entrou para Malasia Airlines em 1981.
Ao investigarem a casa do piloto, a polícia encontrou um simulador de voo que ele próprio montou. No simulador constavam pistas para a simulação de aterriçagem nos seguintes locais: o aeroporto das Maldivas, a ilha de Diego Garcia e as pistas na Índia, no Sri Lanka. Inicialmente, a presença do simulador não levantou suspeitas, pois o próprio Zarri falava abertamente sobre ele em suas redes sociais.
Contudo, o que levantou suspeitas foi o fato de que grande parte dos dados do simulador foram apagados. Especialistas começaram a trabalhar para tentar descobrir o que teria sido apagado, com a polícia não descartando a possibilidade de que o piloto pudesse ter utilizado o simulador para treinar o pouso em uma pista que não tivesse um monitoramento pesado. Para tentar entender melhor o percurso da aeronave, os pesquisadores chegaram a utilizar o Boeing 77200, que é um modelo similar ao MH370, para reconstruir o percurso que ele supostamente teria seguido.
O avião de reconstituição seguiu pela mesma rota e, para evitar todos os radares civis, teve de incluir movimentos em ziguezague. E isso apenas forçou a teoria de que quem quer que tenha conduzido o voo tinha experiência no que estava fazendo. Apesar das investigações tanto a Malaysian Airlines quanto os amigos de Zarha declararam não acreditar que ele tivesse desempenhado qualquer papel com o desaparecimento da aeronave.
Ao longo dos anos, diversas hipóteses surgiram sobre o que poderia ter acontecido, a maioria delas colocando Zahari como principal suspeito. Há que indica que usando uma máscara de oxigênio, ele teria despressizado a cabine para deixar todos os tripulantes inconscientes e feito um pouso na cidade de Penang, local em que nasceu. Outros apontam como um gesto de despedida do piloto que vinha sofrendo de transtornos mentais e estaria decidido a fazer desta sua última viagem.
Apesar das teorias, as investigações oficiais jamais foram capazes de apontar evidências, evidências concretas contra Zarha. E o mistério permanece até hoje. A única maneira com a qual esse mistério chegará ao fim será quando o avião ou sua caixa preta forem encontrados lá no fundo do mar.
Até lá. Nossa, vai chover acusações e teorias da conspiração. Até a próxima.