PSICOPATIA - MISTÉRIOS DA MENTE

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Investigação Criminal
Falta de empatia, apego ou sentimento de culpa. #Egocentrismo. Ausência de relações pessoais em toda...
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sempre terá suas perguntas respondidas durante o programa e seu nome citado em agradecimento incrível né sendo membro você também ajuda o nosso canal a continuar sendo independente e trazendo informações de qualidade para vocês já escolhe o seu nível e venha participar do nosso time D de lobo Muito obrigado seja muito bem-vindo e a gente hoje vai conversar com o doutor que é um psiquiatra forense dos melhores que temos aqui no nosso país já fez muitos casos que eu sei mas hoje a gente vai falar sobre um assunto que eu acho que é o assunto que
mais mexe com as pessoas né que mais causa dúvidas que suscita muita desinformação que é a questão do transtorno antissocial de psicopatia ou o famoso psicopata ou A Psicopata eu vou pedir Doutor Prof senhor explicar pra gente começar a explicar o que que é esse transtorno Carla Muito obrigado pela oportunidade de trazer esclarecimento para o vosso público então a psicopatia ela é uma condição mental de alteração da personalidade ou seja o indivíduo tem um Conjunto de características que se expressam de maneira muito diferente daquela que era a expectativa da família dos vizinhos dos colegas de
escola dos professores Ou seja é uma deformidade é uma alteração grave que repercute do ponto de vista comportamental com problemas graves para o próprio indivíduo e para a sociedade é difícil o diagnóstico é complexo por isso que a gente não pode sair por aí dando sabe na primeira impressão você já tentar fechar o caso ou dar um psicodiagnóstico tá Principalmente quando a gente fala em psicopatia para você ter ideia desde o século XV né Eh os médicos que trabalhavam com medicina legal ligados aos criminosos às execuções né eles já estavam observando um comportamento alterado então
Eh esse conceito essa definição de psicopatia é muito antiga Né desde lá o século eh XVII então o que que acontece surgiu esse interesse no meio criminal criminoso e durante um bom tempo esse termo psicopatia esteve ligado Justamente a comportamento criminoso é e quando a gente fala desse transtorno né Eh o que as pessoas também T não entendem e elas né também ficam com muitas dúvidas é que nem todo psicopata vai se tornar um criminoso E aí quando eu digo um criminoso também não vai se tornar um homicida correto Doutor perfeito Inclusive a minoria dos
indivíduos com psicopatia expressam os seus comportamentos através de homicídio a minoria Expressa o seu comportamento através de estupros a minoria expressa os comportamentos por atos agressivos a maioria deles é Expressa em condições de espertezas de estratégias ilícitas de comportamentos e Morais que muitas vezes não são reconhecidos como sendo de uma alteração da personalidade então associer psicopatia automaticamente com crimes dolosos contra a vida isso é um erro porque se trata de uma exceção existe também uma população de pessoas com eh psicopatia de característica menos grave e Especialmente quando estão em famílias muito contidas tanto do ponto
de vista Educacional como do ponto de vista religioso como do ponto de vista de um acompanhamento de uma supervisão contínua que esses sintomas não chegam a se expressar a menos que passe a ter por exemplo eh uso e consumo de substâncias psicoativas como o álcool e as drogas ilícitas por isso que eu falo muito PR os meus alunos o indivíduo ele é muito mais do que o crime que ele cometeu se você quer alcançar a personalidade daquele indivíduo chegar exatamente no que é você não pode considerar só o crime da mesma maneira o indivíduo ele
não é só a doença que ele tem né daí todo esse eh essa nova visão que tem que você não pode enxergar o indivíduo Ah ele é ele é um ansioso ele é um depressivo então aqui eu vou dar um medicamento para você tá resolvido não é né até assim intuitivamente a gente sabe disso com o criminoso também porque se eu ficar só fixado no crime então todos os crimes violentos a gente vê o tempo todo na mídia inclusive esses repórteres policiais é um psicopata e não é na maioria das vezes não é tá por
quê Porque muitos profissionais e o primeiro foi lá na década de 40 quando se estruturou esse nome né se chegou ao construo dentro da Psicologia de psicopatia ele Estendeu para fora do Meio criminoso ele falou assim olha eu vejo características essas características que a gente elencou para classificar um psicopata eu vejo em pessoas comuns Eles não têm todos mas tem muitos então eu tô vendo um cara que é extremamente narcisista então ele é um psicopata não eu vejo esse indivíduo que é um mentiroso patológico ele é um psicopata não e quando a gente fala de
comportamentos imorais eu acho que são um é um tema bastante importante né porque comportamento imoral não é crime E aí eu queria que o senhor explicasse pras pessoas o o que que é esse comportamento e moral que o psicopata né ele ele tá a flora e ele vai fazer porque quando a gente Para para pensar num psicopata e muitas pessoas colocam isso né já conversei com outros estudiosos também e eles nos explicam o seguinte Olha nós temos vários psicopatas ocupando cargos né de proeminência que são presidentes de empresa ou podem ser políticos são pessoas que
têm uma ascensão e que às vezes para chegar naquele determinado topo ou naquela naquele local que ele deseja ele vai trabalhar esse comportamento que você bem colocou essa imoralidade é que essa indecência que inclusive é um conceito muito amplo e não necessariamente da psicopatologia da psiquiatria forense da psicologia jurídica nós estamos aqui relacionando exatamente essas possibilidades do indivíduo usar meios artifícios estratégias que rompam por exemplo com a progressão natural que vários profissionais estão esperando para galgar um determinado cargo e aí através de mentiras fofocas armadilhas negó ócios ilícitos acaba por demonstrar uma competência que de
fato não tem uma habilidade que efetivamente não é real para poder adquirir por exemplo progressão na empeza da mesma forma que nas relações familiares pode acontecer por exemplo de ter relações e múltiplas em sociedades em famílias onde isso não seja permitido e também que aja nos negócios ainda que por exemplo empresário por exemplo pessoas que trabalham com diferentes atividades econômicas que passam a ter associações parcerias contatos indevidos por exemplo para concorrência desleal enfim que usam de meios que não são aqueles digamos convencionais Morais e aceitos portanto muito mais nas progressões de trabalho em situações específicas
em negócios e em relações familiares se expressa psicopatia do que em crimes dolosos contra a vida então a gente poderia dizer Doutor H que um psicopata vai fazer de tudo para alcançar o objetivo dele existe como todos as alterações mentais Carla os casos leves moderados e graves entre aqueles graves esta tem uma tendência maior de comportamentos é independente dos efeitos de Sofrimento para terceiros porque o objetivo é uma satisfação essencialmente própria e no segundo plano do seus e não do interesse coletivo coletivo tanto e social maior como também de mais pessoas envolvidas Então esta é
uma característica dos mais graves eh alinhado com essa vossa pergunta existe aqueles que já são mais eh com características mais moderadas que inclusive são muito maior quantidade que os Graves felizmente felizmente Carla os Graves estão em menor número os de intensidade moderada tendem a fazer alterações comportamentos impróprios condenáveis de menor intensidade e felizmente a maioria dos dos indivíduos com psicopatia tem a sua expressão leve que são esses que mais facilmente as forças contensores familiares sociais educacionais e da Justiça causam ou levam a um maior temor de serem pegos e dessa forma expressam menos esses comportamentos
de obterem os seus benefícios a Qualquer Custo portanto nós temos aproximadamente 1% da população adulta como eh tendo característica de psicopatia e nesse 1% uma porcentagem menor desses de expressão mais grave uma porcentagem intermediária é de intensidade moderada E a maioria dentro desse 1% de intensidade leve o que é bom no sentido que o os transtornos familiares econômicos políticos sociais criminais sejam Em menor número E aí doutor eh tem também essa máxima né que a pessoa que tem esse transtorno ela não tem empatia Isso é uma verdade essa é uma característica predominante mas não é
exclusiva até porque a psicopatia ela tem um Conjunto de características então a falta de empatia a falta ou diminuição da Cap cidade de se colocar no lugar do outro a aquela e aquele entendimento pessoal de se compadecer de sentir dó de sentir necessidade de ajudar de sentir-se e com a responsabilidade que pode Minimizar evitar ou reduzir a dor de outro de outros ela é diminuída então a empatia tende a estar mínimamente reduzida em nos indivíduos com psicopatia mas ela pode ter inclusive ou essa empatia funcionar de maneira planejada e não autêntica com a finalidade demonstrar
que é legal que é educado que é colaborativo que é voluntário mas com o objetivo de fazer uma demonstração que não é genuína para obter um um ganho secundário Qual que é a diferença de um condut pata fronteiriço um normal mentalmente Eu costumo dizer que é o que o condut Pata não tem que o normal mentalmente tem o condut Pata não tem isso é básico ele não tem sentimentos superiores de Piedade compaixão e altruísmo sentimentos superiores não existem no conduto opato sentimentos superiores Piedade compaixão e altruísmo claro que isso tem implicações por exemplo eu me
torno absolutamente egoísta eu só penso em mim só me interessa as coisas que dizem respeito a mim então isso é isso é básico é clássico do condut Pata uma das perguntas que são feitas para os condut patas quando a gente vai examinar e a gente já suspeita que é um caso de condut opatia e é perguntar se se ele está arrependido do crime isso é clássico Claro que precisa esperar um certo tempo para fazer uma certa empatia para poder penetrar no no no no psiquismo do examinando então H certo momento se pergunta Você tá arrependido
do que você fez a resposta também é clássica Claro que estou arrependido eu estou preso ou estão me chamando de monstro Como foi o caso do fará e quando a gente pensa nesse transtorno também Doutor de a pessoa ela nasce com ele ou isso é algo que vai aparecer ao longo da vida como como como vocês médicos entendem esse transtorno ela nasceu ou ela vai adquirir Carla isto ainda não é muito consensual entre os pesquisadores ex uma linha que fala por exemplo que entende Tecnicamente e não pessoalmente que existe uma alteração na região suborbital Ou
seja que existe uma alteração e morfológica na forma do cérebro especialmente nessa região aqui do cérebro abaixo na região abaixo do olho e que esses já teriam nascido com esta alteração e que inevitavelmente evoluiria para o comportamento de psicopatia ao longo da vida e uma característica dos indivíduos que nascem já com a predominância do fenótipo da expressão comportamental da psicopatia isso começa a manifestar muito cedo cara que é o que se CH e não se usa o termo psicopatia para menores de 18 anos usa-se transtorno de conduta então uma característica dos indivíduos que já nascem
com viés para expressar a são esses que muito precocemente começam a ter esses comportamentos que são chamados então daqueles com transtorno de conduta ou seja cujas características por exemplo são comportamentos agressivos desde uma Baixa Idade comportamentos escolares inadequados e condenáveis é desde muito cedo e também a busca do prazer com drogas de maneira muito precoce e já de a fase de criança adolescente ter uma resistência enorme a admitir aceitar e cumprir regras desde aquelas do núcleo famar familiar aquelas da escola e até aquelas aí do Estatuto da Criança e do Adolescente já os indivíduos que
tem essa característica de desenvolverem a psicopatia ao longo da vida são aqueles que preenchem aquele critério que geralmente se aplica paraa maioria das doenças e dos Sofrimentos mentais que é do da das causas multifatoriais Ou seja que haveria então aspectos genéticos ou seja endógenos de dentro mais familiares mais contextuais que levariam a esse comportamento então não se trata ainda de uma explicação consensual entre os pesquisadores e quem atua na área essencialmente a tendência é aceitar que já nasceu com essa condição aqueles que a expressar de maneira muito muito precoce aí nós fomos para uma outra
parte não é o meio é que produz isso e nós temos até hoje alguns profissionais que acreditam que a psicopatia ela se desenvolve a partir de traumas de uma infância abusiva negligenciada mas a gente sabe que não é ele nasce é evidente que ele é suscetível também a todas essas influências ambientais Todos nós somos então todo mundo é o resultado do que traz ao nascer e a todas as coisas que acontecem na nossa vida tá de uma infância muito boa de uma infância abusiva inclusive O Psicopata é claro que isso pode alterar pode levar a
um amadurecimento precoce pode levar uma erotização precoce se ele vem de um Meio violento né isso pode ser pode eh ele pode começar a superestimar esse tipo de coisa então assim um uma eu acho que é uma questão importante é que as famílias passem a prestar atenção em alguns comportamentos dos seus filhos já muito pequenos como você muito bem colocou aqui que é não aceitar né receber ali ordens ou normas ou regras pessoas que t esse comportamento mais violento né crianças e adolescentes inclusive também já se falou muito M da questão com os animais né
que eh São pessoas também que não têm esse amor esse carinho pelo animal então eles podem fazer né pequenos vamos dizer danos ao animal ou até realmente fazer coisas muito graves em cachorros em gatos em passarinhos como colocar fogo maltratar machucar pelo simples prazer de maltratar de ver a dor do outro é isso doutor essa questão com animais geralmente nós eh perguntamos nós avaliamos em todas as situações onde há dúvida ou a possibilidade de estarmos pesquisando sobre psicopatia é uma característica muito comum de um comportamento maldoso de um comportamento claramente voluntário de um comportamento claramente
pré-determinado para machucar maltratar matar animais e especialmente muitas vezes mostrando esta capacidade de expressar a maldade para os pares para os colegas para os familiares e algo muito importante que aí nós aqui né Carla com a sua função social tão importante preocupante nós temos as crianças adolescentes que acabam machucando os animais por terem características de dificuldade de se organizar comportamentalmente dentro do transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade A grande diferença é que as crianças e adolescentes com transtorno de atenção e hiperatividade acabam machucando os animais por questões de acidente por dificuldade de organizar nos
movimentos e que acabam causando algum dano aos animais mas que expressam arrependimento que expressam preocupação e que buscam tratar aquele animal machucado da maneira mais rápida possível enquanto que as crianças adolescentes com características mais eh de comportamentos então correspondentes ao transtorno de conduta a além negam que tenham causado esse mal negligenciam causam muitas vezes machucados que não são perceptíveis pela família especialmente animais mais peludos e que expressam indiferença e até expressam que tem uma capacidade superior de ter coragem de fazer maldade para os animais Então essa é uma característica muito diferente das crianças que eh
machucam mas que se arrependem e daquela faz de maneira acidental daquelas que faz de maneira intencional e Doutor de O senhor falou muito bem né Essa questão do amor aos animais né E às vezes tem criança que ama tanto que acaba machucando até tava lembrando aqui de um desenho do Lunes que tinha uma personagem que ela ela queria tanto ela abraçava tanto que ela sufocava o Coitadinho do animal mas naquela era uma psicopata era aquele o excesso né então às vezes o EXO e ela no final quando ela entendia que ela machucava o bichinho ela
chorava ela se arrependia então é interessante mostrar isso pra criança também e o que que ela tá fazendo Olha você tá aqui aqui Você machucou o bichinho ela entende ela se arrepende e ela inclusive ela se contorce com aquilo porque ninguém quer ver um bichinho machucado já a outra criança que tem Possivelmente vai caminhar com esse transtorno Ela não se importa ela tá machucando o animal é isso né Doutor é essa é uma explicação absolutamente Clara Carla que dessa Bela síntese que você fez em que nós diferenciamos basicamente isso na relação com os animais aqueles
crianças e adolescentes que machucam e que compadecem imediatamente solicita pra família que precisa levar ao veterinário que precisa cuidar que precisa dar remédio que precisa adiantar a alimentação que tem que deixar eh trazer do lado de fora para ficar dentro de casa ao contrário das Crianças adolescentes com esse perfil de comportamento eh do da tror de Conduta que machucam intencionalmente e que além de negarem muitas das vezes quando revelam revelam com Total indiferença e muitas vezes até para demonstrar é pavor e medo em terceiros nos irmãos nos primos nos colegas da escola do tipo eu
tenho coragem de colocar um gato dentro do micro-ondas por exemplo até ele ter uma estourar Então essa é a grande diferença crianças que machucam acidentalmente e que querem cuidar e recuperar e das crianças que machucam intencionalmente E aí doutor quando a gente fala desse transtorno também existe alguma relação genética Então se uma pessoa tem esse transtorno se ela vier a ter filhos existe uma possibilidade que esses filhos ou netos venham também a trazer esse transtorno dentro da vida delas Carla geralmente quando falamos em genética a tendência natural das pessoas a lembrarem se da genética é
que nós estudamos lá no ensino médio cor de olho com cor de olho ervilha rugosa com ervilha Lisa que era uma herança monogenético ou seja de um gên ou de poucos gens se interagindo as heranças comportamentais genéticas das doenças mentais de maneira geral elas são poligênicas Ou seja a interação de de muitos genes dos pais e das Mães então em relação a um histórico familiar de psicopatia ele não é determinante para que os descendentes apresentem psicopatia ele é um fator a mais de risco nessa multifatorial para o desenvolvimento da psicopatia em síntese quem tem um
históri de familiares com psicopatia tem uma probabilidade maior de vira expressar Mas jamais é um determinante por dois motivos porque é uma combinação poligênica que leva as expressões comportamentais afetivas e cognitivas de memória atenção concentração e além disto é estas causas elas dependem como falado da genética da sociedade dos fatores educacionais da religiosidade e também dos fatores contextuais ou seja em países mais rígidos tende a ter menos expressão de psicopatia em país onde as leis são mais tolerantes mais flexíveis tende a ter mais ex pressão de psicopatia especialmente Carla para os para os casos de
intensidade de gravidade leve moderada porque geralmente os casos muito graves eles vão se expressar independente do contexto independente dos fatores contensores dos fatores protetivos e quando a gente pensa na questão do gênero esse transtorno afeta mais homens ou mulheres é um transtorno de predominância muito maior no gênero masculino do que no gênero feminino ou seja Então os homens são mais afetados por isso que nós encontramos mais psicopatas homens do que mulheres mas nós temos também psicopatas mulheres a proporção de pessoas diagnosticadas com psicopatia ela está muito maior entre a população masculina do que a feminina
quando nós pegamos esse 1% da população que estatisticamente tem o diagnóstico de psicopatia esse 1% ele é muito mais predominante de homens do que de mulheres existem alguns questionamentos sobre isto que mas que não são validados de maneira consensual que as mulheres e com psicopatia teriam habilidades inteligências capacidades e condições muito mais eh e com muito mais condição de esconder de fazer as suas práticas sem que fossem reconhecidas sem que fossem diagnosticadas sem que fossem questionadas sobre essa condição do que entre os homens há também algumas explicações que também não se consolidam que eh naturalmente
Os Profissionais de Saúde observam com menos Rigor as mulheres em relação à expressão da psicopatia então estatisticamente é uma predominância masculina mas com essas observações não consolidadas em relação ao gênero feminino e Doutor eui esse transtorno tem tratamento Essa é uma das questões mais polêmicas que se tem na nossa área eu sou de uma perspectiva terapêutica que esta condição é sim possível de ser tratada por alguns motivos primeiro porque qualquer ação comportamental ainda que seja uma disfunção que o indivíduo que ten a condição não se reconheça não se permita não contribua com os tratamentos Eu
tenho um ótimo reconhecimento da psicoterapia ou seja um procedimento Profissional ou do psicólogo do psiquiatra ou do profissional habilitado para fazer esta abordagem e Carla se algum nível ainda que mínimo de reflexão algum nível mínimo de amadurecimento algum nível mínimo de diminuição da rudez de um indivíduo da agressividade de um indivíduo por psicoterapia eu entendo que se há a mínima possibilidade de aplicar uma terapeutica ela seja feita uma das características comportamentais da psicopatia é a impulsividade ou seja de ter comportamentos de naturezas diversas inclusive dirigidos contra si de tentar ativo suicídio sem que tenha tido
uma reflexão sem que tenha tido uma avaliação de consequência Então isso é comportamento impulsivo ou seja uma atitude de maneira muito imediata sem ter tido um tempo pessoal de avaliar os desfechos que aquilo colocaria no curto médio e longo prazo e felizmente Carla nós já temos o reconhecimento de medicamentos que são usados para diminuição da impulsividade não só da psicopatia mas de várias condições clínicas uma delas por exemplo são os anticonvulsivantes então anticonvulsivantes sabidamente tratam convulsão epilepsia obviamente e também alguns comportamentos impulsivos portanto a minha compreensão a minha linha de raciocínio técnico científico terapêutico que
esses indivíduos precisam passar por terapia e inclusive medicamentosa e o mais importante de tudo Carla dificilmente mais perto da exceção do que da regra Carla os indivíduos com psicopatia apresentam comorbidade coexistência de algum outro transtorno mental como por exemplo transtorno afetivo bipolar como por exemplo dependências químicas diversas medicamentosa álcool drogas e Carla se automaticamente essas outras condições clínicas são tratadas a tendência é que a expressão da psicopatia também seja em algum nível aplacada diminuída e algumas vezes até neutralizada isso é muito importante que o senhor trouxe Porque então ele nunca está praticamente sozinho ele tem
uma outra comorbidade junta Ou seja quando você consegue tratar pelo menos essa outra comorbidade você vai enfraquecendo essa questão desse transtorno é isso Doutor Carla se eu tiver Conseguido passar esta como sendo uma das mensagens que vai reverberar que vai surtir efeito educativo eu já estou mais que satisfeito dessa oportunidade de eh participação aqui com finalidade informativa ou seja então quando se tem desde lá a fase de criança de adolescência esses comportamentos que chamam a atenção por estarem desviantes da Média que era expectativa da família da escola dos vizinhos quanto mais precoce quanto mais cedo
se busca a avaliação quer seja psicológica quer seja psiquiátrica quanto mais cedo se tem a confirmação de características ou desse diagnóstico maiores serão os resultados positivos para que essa condição não tenha um agravamento ao longo da vida por exemplo se já nos primeiros usos de drogas e Álcool a família leva para tratamento ou seja se preveniu desse álcool e dessa droga funcionar como gatilho para a expressão dos piores genes dos genes que levaria aos comportamentos mais condenáveis e deformados e felizmente Carla existe a aplicação de uma testagem na infância adolescência chamada avaliação neuro psicológica que
é um tipo de testagem que os psicólogos especialistas fazem que verificam já desde muito cedo memória atensão concentração capacidade de empatia capacidade de controle dos impulsos capacidade de adequação às regras sociais e que de maneira muito precoce dentro desse diagnóstico se faz tanto psicoterapia e algumas vezes uso de medicamentos e especialmente como as comorbidades felizmente são tratáveis elas tendo a diminuição de seus sintomas tende a diminuir também a expressão é das características da psicopatia do transtorno de conduta nascem se desenvolvem e morrem condut opatas não é algo que eu adquiri na minha trajetória pela vida
ou fruto de uma vivência dolorosa que eu tive no passado etc Não isso não existe as vivências dolorosas Elas têm força para criar neuróticos inconformados mas não pessoas insensíveis sem sentimentos eu posso ser um neurótico que Tô inconformado com isso ou com aquilo por uma vivência dolorosa minha do passado mas não que eu vou ser insensível e ficar fazendo algo nesse sentido pois bem então eles nascem normalmente é uma deformidade orgânica muitas vezes mensurável técnicamente mensurável no cérebro eles se desenvolvem dessa forma e morrem sim e não existe um tratamento que possa levá-los a ter
aquilo que eles que eles de fato nasceram sem se fosse aplicada a lei e se fosse se os operadores do direito realmente fizessem valer aquilo que é ele nunca mais ele voltaria para o seio social já conhece a loja do canal operação policial o único lugar onde você encontra os produtos oficiais com as marcas das nossas temos canecas cadernos de diferentes tipos e tamanhos canetas e muito mais não vai esperar para começar a sua coleção vai eu acho que esse assunto suscita de novo muita curiosidade mas é um grande Tabu porque ninguém nenhuma família quer
ter um psicopata né porque você fica sempre pensando no naquele no psicopata que virou um cereal Killer ou ele é um grande homicida é isso que vem na cabeça das pessoas mas como o senhor muito bem explicou A grande maioria não vai cometer crimes Mas não é fácil conviver com uma pessoa que tem esse transtorno e pelo que o senhor tá explicando quando quanto mais cedo a família conseguir diagnosticar algumas coisas alguns comportamentos ela inclusive vai est ajudando esse indivíduo seja ele um homem uma mulher mas você vai ajudar essa pessoa e a gente porque
a gente nós não podemos aniquilar as pessoas da sociedade correto Doutora então assim elas vão conviver conosco Então mas nós precisamos coexistir né então porque aquela questão ele não é um criminoso ele pode ter um comportamento reprovável ele pode fazer coisas que a grande maioria das pessoas não fará mas se ele for tratado e se ele for diagnosticado precocemente ele se torna uma pessoa que pode ter uma convivência melhor é isso Doutor é isso sim Carla e qual que é a nossa percepção porque o objetivo aqui é conciliar o conhecimento científico com os casos práticos
para que as nossas informações sejam as mais aplicáveis possíveis existe Carla pelo menos desses 22 anos de prática duas condições muito difíceis de serem relatadas aos pais eh e de serem aceitas pelos pais para que possa ter as as melhores condutas então Eh até um certo tempo atrás a au ismo era uma condição de muito desconforto para as famílias de terem confirmação ou do autismo ou do chamado agora ampliado transtorno do espectro autista felizmente por tantas campanhas o envolvimento de tantos artistas autoridades políticos cientistas e que essas informações foram sendo cada vez mais pulverizadas disseminadas
e com qualidade Eu Noto que de 5 anos para cá as famílias aceitam com muito mais tranquilidade a confirmação do diagnóstico de transtorno espectro autista por outro lado ao longo da minha vida inteira sempre você teve muita dificuldade das famílias admitirem os filhos com retardo mental com deficiência intelectual de modo que especialmente em famílias Aonde a maioria dos membros são de alta performance intelectual Então esta é uma dificuldade muito grande de admissão do retardo mental Então os três diagnósticos que historicamente Eu sempre tive mais dificuldade de que as famílias entendessem compreendessem aceitassem e especialmente aceitassem
a abordagem do tratamento eram autismo retardo mental e transtorno de conduta felizmente ten a comemorar autismo se aceita muito mais retardo mental e trastorno de Conduta continua sendo bem difícil e é a partir de oportunidades Como esta de formação qualificada que nós vamos cada vez mais trazer pessoas para que possam tanto dar a permissão de serem ter os seus filhos avaliados e em caso de confirmação de aceitarem o tratamento é exatamente porque não adianta a gente tratar o assunto como um tabu né a gente precisa trazer essa conversa pro dia a dia e ajudar essas
pessoas essas famílias eu sei que não deve ser nada fácil né tratar ou ter que conviver com uma pessoa que tem esse transtorno né O que é a psicopatia por tudo que ele representa mas quando a gente entende que existe de alguma forma uma luz no fundo do túnel a gente precisa ajudar essas pessoas por mais que elas não tenham empatia Mas nós somos empáticos né e nós não queremos por eh na verdade que essa pessoa evolua para alguma coisa muito ruim ou muito negativa que ela chegue nesse nível que o senhor colocou muito bem
que é o nível mais pesado né que aí ele vai cometer crimes contra a vida e aí então a gente precisa fazer alguma coisa eu acho que é papel não só da Imprensa mas a gente precisa trabalhar em conjunto inclusive ajudando pais e mães que se vem nessa condição né Tipo olha meu filho maltrata animais Não isso não é legal a gente não tem que achar que o psiquiatra né porque ainda existe muito Tabu em relação à Psiquiatria e a psiquiatria trata de Nós seres humanos né é uma área da Medicina extremamente Importante que pode
inclusive nos orientar então eu sempre digo o quão é importante a gente diagnosticar as coisas de forma precoce para que aquilo não vire uma bola de neve não se torne uma coisa maior né como parar para pensar Imagina eu tenho um filho homicida ninguém quer isso então vamos vamos tentar cuidar né dessa dessa dessa criança pequena desse adolescente para que ele não chegue nesse ponto Tão vamos dizer assim eh agressivo lá na frente né Carla e olha o tanto que é importante quando se eh detecta eh inclusive algumas vezes não é possível fazer uma confirmação
objetiva mas quando se tem característica perfis e algumas expressões duvidosas sobre estas condições graves que nós estamos falando qual que é a tendência natural das famílias que se permitem Esse reconhecimento é que a partir dali passe ter um cuidado mais intensivo ou seja se faz psicoterapia mais vezes por mais tempo vai mais ao pediatra para quem não quer ir ao psiquiatra ou vai mais a ao outro tipo de psicoterapias se coloca numa escola aonde as regras sejam mais rígidas para ter aspectos contensores maior se busca apoio nos ministros religiosos que a maioria das vezes tendem
a ter felizmente nos últimos anos cada vez mais uma participação positiva do que colocar apenas na conta da espiritualidade como infelizmente acontecia no passado com alguns ministros religiosos então quando se tem número um a família verificando pela própria escola pelos pares pelos familiares apontamentos de questões comportamentais graves que se permite fazer avaliação precoce que se a partir daí faz um acompanhamento mais rigoroso mais próximo primeiro se for expressar alguma doença mental comórbida ela é detectada também de maneira muito precoce quanto mais precoce detectada melhor é o tratamento mais rápida é a recuperação e mais é
a prevenção dos desfechos é graves o que que eu chamo desfechos graves suicídio homicídio criminalidade e aspectos inclusive não tão voluntários como por exemplo de aumento do risco de acidentes e Doutor deixa eu lhe fazer uma pergunta as nossas escolas né os nossos professores estão capacitados a identificar esse tipo de transtorno Carla eh como eu tenho esse histórico de de 22 anos então já trabalhei em cidades do interior capital então é um histórico bem grande o que que eu noto que felizmente tem tido um progresso nesse tipo de preparo do professor tanto para abordar a
família de maneira adequada e pertinente oferecendo apoio e não só condenando comportamentos inapropriados então felizmente tem tido um amadurecimento contínuo mas que infelizmente ainda tímido e bastante insuficiente Eu por exemplo sempre sugeri que deve fazer parte da grade de formação dos professores habilidades para o reconhecimento precoce de alterações do aprendizado do humor do comportamento e especialmente da relação com álcool e drogas e agora Doutor vamos passar para uma parte que o Senhor conhece muito eh é um outro dado também que eu acho que a gente precisa tirar as informações falsas né as fake News as
pessoas acham que a grande maioria das pessoas que está no sistema carcerário são psicopatas Isso é uma mentira é uma mentira a absoluta ou seja pelo contrário Então o que acontece é o seguinte Carlo eu falei de 1% da população adulta com psicopatia no sistema carcerário essa porcentagem é mais de 1% mas mas não são todas as pessoas que estão lá De forma alguma que apresenta essa condição então a então A grande maioria são de pessoas que cometeram crimes ali que estão ali dentro mas eles não têm esse transtorno de personalidade Então se a gente
tivesse que chegar num num percentual o senhor diria que nós teríamos quanto hoje variável em torno de 30% 30% em torno de 30% Lógico que também não é uma estatística digamos consensual ou seja eh 30% especialmente naquelas prisões onde tem os autores dos crimes mais graves Ou seja que é uma porcentagem muito maior do que da população geral ou seja essa é uma porcentagem máxima geralmente não passa disso mesmo nessas unidades É de de crimes especialmente de ondos E aí doutor quando a gente fala também de um psicopata ele não é um inimputável ele é
um imputável correto Carla essa também é uma das questões mais polêmicas eh que nós temos em discussão o indivíduo com psicopatia pura ele na ele ela na maioria das vezes absoluta é totalmente imputável ou seja teria em tese condições de entender e de se controlar diante de Atos antijurídicos contra a lei os indivíduos com psicopatia que apresentam apenas psicopatia de uma intensidade leve poderia dizer praticamente que todos seriam são imputáveis tem culpa plena daquilo que cometem os de intensidade moderada também os de intensidade grave Carla existe uma porcentagem deles de uma incapacidade muito grande de
controlar os seus impulsos os seus comportamentos sem planejamento então esses teriam correspondência ali no parágrafo no parágrafo único do artigo 26 do Código Penal que que corresponderiam a uma incapacidade parcial de determinação uma incapacidade parcial de controle das próprias ações então entre os psicopatas de maneira predominante são imputáveis aqueles psicopatas graves que é a porcentagem menor uma uma parte deles poderia ter a semi-imputabilidade por capacidade parcial de controlar os seus impulsos quero voltar na questão Carla que é raro ter a psicopatia de maneira isolada ela Geralmente se expressa em coexistência com outros transtornos mentais registro
dependência de álcool maconha cocaína craque medicamentos ou seja as dependências químicas também são transtornos mentais e quando se associa psicopatia mais um transtorno mental aumenta-se a possibilidade de se discutir a semi-imputabilidade ou até a inimputabilidade por isso que então alguns inclusive Eles não estão no sistema carcerário comum eles estão naquele outro sistema que é hospital de Custódia e tratamento psiquiátrico então que eles estão hoje nesse hospital de Custódia eles estão em em uma outra unidade é isso Doutor Carla Quando é o juiz sentencia a inimputabilidade é um destino comum é ao invés desta pessoa ir
para o sistema prisional comum ir para o hospital de Custódia e tratamento psiquiátrico Qual que é o objetivo deste local é fazer um tratamento obrigatório um tratamento impositivo para esse indivíduo durando o tempo que continuar a sua periculosidade o seu perigo de voltar a cometer fatos antijurídicos graves e aí na em todo o seu trabalho Doutor em toda a sua pesquisa Você acredita que um um psicopata nesse nível mais grave que inclusive esteja sendo tratado num hospital de Custódia ele consegue se ressocializar existe uma porcentagem sim Carla especialmente aqueles que recebem um tratamento contínuo rigoroso
e se observa um fato externo ao indivíduo o sucesso o melhor resultado Carla dos tratamentos psiquiátricos e aqui eu incluo todos e dentro desse todos nós estamos discutindo psicopatia e psicopatia com comorbidades quando esse indivíduo com psicopatia e comorbidades tem o suporte familiar contínuo apesar do sofrimento apesar do desgaste apesar dos custos de toda natureza financeira emocional social de se estar acompanhando o famíliar o resultado tende a ser melhor tanto é que as boas avaliações de cessação de periculosidade as boas avaliações para verificar seu indivíduo continua ou não perigoso Carl são aqueles que incluem o
médico com a finalidade de verificar continua ou não adoecido em que nível o tratamento medicamentoso está adequado ou não número dois avaliação psicológica para verificar o quanto que esses sintomas ainda estão presentes especialmente da impossibilidade Carla importantíssimo nesse tripé avaliação psicossocial avaliação social avaliação do da assistente social e especialmente Carla Quando esse ou essa assistente social vai verificar as condições externa ao hospital de consultório de tratamento psiquiátrico ou seja que esse social vai em loco na casa daquela família que vai receber esse indivíduo para verificar a estrutura Econômica emocional de estrutura de esgoto dos vizinhos
da proximidade com o sistema de saúde quer seja o Posto Saúde o Centro de Atenção psicossocial então Carla as avaliações que são as mais seguras são aquelas que envolvem os aspectos biológico do médico tem ou não a doença em nível qu remédio psíquico dos aspectos comportamentais de planejamento de futuro do psicólogo e dos resultados das psicoterapias que recebeu e eu valorizo demais do assistente social Esta é uma avaliação de sensação de periculosidade de responsabilidade multiprofissional cuja conclusão Pra justiça será a melhor possível ou seja Doutora é muito complexo né porque são muitos profissionais e é
uma responsabilidade enorme felizmente nós temos já ferramentas recursos conhecimentos científicos que jamais poderemos garantir que sejam 100% Seguros mas que aproxima muito de um nível de segurança Especialmente quando os profissionais participantes conciliam os conhecimentos e mais a experiência adquirida ao longo do tempo eu particularmente acho que nota-se né Carla Sou bastante otimista com essas perspectivas então a sinalização que eu faço que os melhores resultados desses tratamentos são aqueles que as cujas famílias permaneceram permaneceram ligadas permaneceram visitando permaneceram por exemplo levando medicamento quando o sistema público não tinha condições de fazê-lo E especialmente também quando esse
indivíduo nesse processo dito de ressocialização tem a oportunidade de ter acesso ao trabalho ainda que seja junto com a família Isso não é um demérito que o condut pata ele nasce se desenvolve e morre condut Pata não há possibilidade de cura não existe um tratamento que modifique ou que dê valores éticos e Morais a um indivíduo que não tem ou sentimentos superiores de piedade de compaixão e de altruísmo não tem nunca então não existe tratamento eles nascem se desenvolvem e morrem e esses indivíduos quando eles estão em cargos de chefia são absolutamente nocivos aonde onde
eles estiverem por exemplo comandam são os que comandam rebelião nos presídios na política são e e a história tem muitos condut patas políticos inúmeros Não não é porque assim tem alguns casos né que são inclusive muito famosos e e e que eles todos foram diagnosticados com esse transtorno e que por tudo que o senhor tá explicando aqui principalmente por essa questão né da ressocialização de você ter a necessidade de ter um esse ambiente familiar seguro Então vamos pensar aqui no caso do champinha que também foi diagnosticado com esse transtorno e ele hoje não não tem
uma família que queira recebê-lo então quando a gente Para para pensar ele a gente eu já ouvi muito né de de vários psiquiatras e entre outros juristas que hoje ele está numa gambiarra jurídica porque el quando ele foi preso inclusive ele era um menor de idade Ele já deveria estar solto mas ele continua preso vários psiquiatras forenses dizem que se ele for solto ou ele mata ou ele morre o que que o senhor acha Doutor nesse caso específico Até onde eu sei ele está interditado pelo Estado porque assim que ele eh estivesse na idade maior
ele seria liberado então eu não acompanhei as avaliações de sensação de periculosidade dele e nem sei se essa terminologia se aplicaria a ele agora os aspectos que seriam ou devem ser avaliados na possibilidade de ressocialização dele incluem esses primeiro estar tratado das suas condições psíquicas tanto por psicoterapia como por medicamento e além de tratado estabilizado segundo ter uma estrutura familiar para recebê-lo Terceiro ter a possibilidade de estudar e trabalhar e quarto de ter um contexto social receptivo a ele a grande observação que eu faço é que estas avaliações elas precisam ser feitas com periodicidade até
para que os profissionais que estejam cuidando tenham mais pesquisa mais habilidade mais estudo mais discussão para poder fornecer o melhor tratamento possível em relação à probabilidade de vir a cometer novos atos existe uma possibilidade que não temos na nossa cultura não temos o nosso recurso não temos o nosso sistema que seria a figura do acompanhante terapêutico o que que é o acompanhante terapêutico é um profissional treinado para supervisionar essa transição do indivíduo de um regime fechado para um regime semiaberto e depois para um regime aberto até porque costuma ser muito diferente as expressões comportamentais afetivas
e relacionais do indivíduo quando ele está no interior do cárcere quando ele está transitando entre o cárcere e a sociedade e quando ele está só com a sociedade então note mais uma vez Carla que eu tenho sempre uma perspectiva muito otimista quando as questões são tratadas com os recursos científicos terapêuticos que se tem disponível aquele tempo é que eu acho que é muito importante né é que a medicina avance nessa área porque nós precisamos né de eu acho que inclusive os médicos né de mais informação inclusive para estudar esse comportamento né como o senhor bem
falou que é um comportamento reprovável pode ser ele pequeno nesse primeiro momento uma coisa leve e aí quando a gente pensa num homicídio né é um comportamento vamos dizer extremo né ele quando a gente acabou de falar do champinha o que ele fez com aquela moça e com o namorado dela é assim é inimaginável né o o tempo de tortura que ele impôs aquela moça né Não só de abuso físico e de tortura psicológica porque ela ficou muitos dias com ele e e e você via né inclusive o o poder daquele menor de idade em
relação à aqueles outros maiores de idade porque era um grupo né que fiz que eles cometeram aquele crime eh eu acho que vocês médicos precisam muito estudar tudo isso porque assim quando a quando chega pra sociedade que eu digo né É é é muito é assim é um é uma dor muito grande porque não tem como você não sofrer a dor daquele pai né quando você você olha o que fizeram com a filha dele com a dor da mãe quando você para para entender o que fizeram com o filho dela então assim porque não é
simplesmente matar né É mais do que isso é a tortura é é o abuso então assim você imagina o sofrimento que aquela família vive né porque a gente sempre diz né ah existe a prisão perpétua assim paraa família da vítima que ela não consegue viver longe daquilo né vamos eh eu eu conheço muito a Glória Perez então eu acompanho toda essa essa história de vida dela de 30 anos né da morte da filha dela então assim a família vive numa prisão perpétua né imaginando o que o meu filho não passou o que a minha filha
não passou que o meu pai não passou é é assim é um é um é uma dor horrível é muito difícil e é muito difícil pra sociedade entender mas essa pessoa é recuperável depois de ter feito tudo que fez né porque não é que ela deu um tiro numa outra sei lá é um entrou numa briga uma coisa idiota não foi é é muito mais Severo é muito mais perturbador eu acho que essa é a palavra que eu queria usar e por isso que eu acho que é tão importante a gente falar entender explicar paraas
pessoas e e e as pessoas entenderem também que como o senhor falou é tudo muito novo ainda né a gente tá falando o queê de 50 anos de estudo é muito pouco quando a gente Para para pensar no resto da medicina tem um campo aí que ainda precisa ser explorado precisa ser estudado para que vocês encontrem mecanismos de ajudar essa pessoa desde aquele momento mais leve e de proteger a sociedade para essa pessoa que tem esse transtorno mais agravado porque a gente precisa proteger a sociedade correto Doutor perfeito dois aspectos muito importantes um em relação
a evolução é dos tratamentos que infelizmente ainda estão muito insuficientes mas felizmente já evoluíram bastantes uma evolução que eu sempre gosto de falar Carla uma porcentagem das pessoas com adoecimentos mentais diversos tem como característica do adoecimento não se reconhecer doente logo tem como consequência Geralmente se não reconhece doente não aceita o tratamento medicamentoso via oral tomar medicamento duas três vezes por dia nisso felizmente se tem uma evolução muito grande e ainda não completa que é dos medicamentos ditos injetáveis de depósito o que que é o medicamento de depósito é uma injeção que faz o efeito
por uma semana já temos tratamento de uma injeção que faz o efeito do tratamento por 15 dias e até um mês e alguns em pesquisa até para mais tempo embora o custo seja Muito alto isso limita o uso e a outra é questão é que antes tinha tínhamos no ordenamento jurídico brasileiro o exame criminológico o que era o exame criminológico quando o indivíduo apenado recluso cumprindo Pena em regime integral ele aventa-se chegava-se o momento da possibilidade jurídica de ele ir para um sistema menos restritivo por exemplo e semiaberto para o aberto se tinha a avaliação
também tripla do médico do psicólogo e do assistente social então o criminológico e aqui não é nenhum Lobby Mas de fato uma é uma perspectiva muito positiva que isto era um elemento técnico dos Profissionais de Saúde do serviço social exatamente para verificar doença ou não planejamento de vida e a estrutura externa o quanto estava adequada para receber se estivesse Ok se não estivesse ter um tempo de prepará-la o exame criminológico que atualmente ele é opcional então o juiz que vai escolher se tem ou não eu entendo que esta é uma falta importante que se faz
para o sistema penal no sentido de ter eh mudanças de regime de maneira mais segura Tecnicamente não que esse fosse um fator eh definidor do Sucesso da saída e das ressocializaçao muito importante Doutor eu de muito obrigada o senhor explicou muito bem a questão da do psicopata desse transtorno e ele vai voltar muitas outras vezes porque ele vai explicar pra gente outros transtornos né inclusive outras questões aí realmente de doenças mentais sérias como a esquizofrenia né que aí realmente o que que é um surto quando é que uma pessoa entra em surto Qual é o
tempo prolongado do surto eu vou ter que chamar o senhor para voltar aqui muitas vezes o senhor volta muito obrigado Carla pelo carinho pela receptividade uma equipe maravilhosa parabéns e assim eu como sei Universidade Federal ten um compromisso e com a sociedade de retribuir de alguma forma e a principal maneira que eu tenho de viabilizar isto de maneira coletiva é trazendo informação qualificada e muito obrigado por me dar essa oportunidade muito obrigada dout udi foi ótimo
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