Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e para vós termine tudo aquilo que fizermos.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, é uma alegria receber vocês mais uma vez no nosso programa ao vivo.
Hoje, nós iremos falar a respeito da aparição de Nossa Senhora das Graças à Santa Catarina Labouré, que deu origem à Medalha Milagrosa. Nós celebramos esta aparição, a revelação da medalha, se você quiser dizer assim, no dia 27 de novembro. Então, para nós vai ser interessante, no programa de hoje, explicar a aparição, de tal forma que você possa se preparar com uma novena para o dia da Medalha Milagrosa, que é dia 27 de novembro.
Originalmente, quando Nossa Senhora apareceu, foi em um sábado, este ano vai cair em uma sexta, mas, coincidentemente, é a sexta que precede o primeiro domingo do Advento, do jeito que foi em 1830. Então, assim, quero também colocar nas orações de vocês, o pessoal do Cenplafam, que está fazendo uma grande novena para Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, para casais que estão com dificuldade de engravidar. Nós temos uma lista enorme de casais que querem engravidar.
Vamos pedir essa graça para Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Então, vamos colocar essas intenções, assim Nossa Senhora vai fazendo os seus prodígios. Então, vamos lá.
Para a gente entender a aparição da Medalha Milagrosa, a gente precisa primeiro colocar um certo contexto. Veja, o mundo moderno, como nós o conhecemos hoje, ele foi criado pela Revolução Francesa. Em 1789, a Revolução Francesa criou o mundo moderno atual, que é um mundo marcado por certos valores cristãos que enlouqueceram, digamos assim, valores cristãos que foram arrastados para lugares errados.
Fraternidade, igualdade, liberdade, são valores cristãos. No entanto, o fato é que em nome disso tudo, houve nas ruas de Paris e na França inteira uma carnificina enorme, e é neste contexto que então Nossa Senhora aparece na França, as três grandes aparições de Nossa Senhora do século XIX são resposta direta a essa realidade da Revolução Francesa. Então, a primeira aparição é essa que nós iremos falar hoje, a aparição na Rue du Bac, em Paris, depois a aparição de Nossa Senhora em Lourdes e a aparição de Nossa Senhora em La Salette.
São três aparições que, digamos assim, podem até, podemos dizer que se coroam com a aparição de Nossa Senhora em Fátima. Então elas têm uma continuidade de mensagem muito importante. Vamos então colocar o conteúdo dessa mensagem.
Peço desculpa a vocês, estou falando assim, mas gripe a gente não encomenda, ela vem sem pedir licença, então estou um pouco gripado, mas acho que está dando para entender o que estou falando. Então, muito bem, neste contexto da aparição de Nossa Senhora, nós vemos que Nossa Senhora quer preparar o homem católico, a pessoa que crê, para os males do mundo moderno. Na primeira aparição na Rue du Bac, que foi na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, antes de Nossa Senhora revelar a medalha, ela já disse: “Les temps seront mauvais”, os tempos serão maus.
Então ela está prevendo os males do mundo e essa previsão dos males do mundo vai culminar com tudo aquilo que será revelado em La Salette, depois em Fátima e, assim por diante, ou seja, Nossa Senhora, como mãe, quer estar ao lado dos seus filhos no momento que eles mais precisam, no momento da maior provação. Então, esse é o contexto geral, o quadro geral no qual nós queremos falar da aparição de Nossa Senhora. Vamos então ver quem foi a mensageira dessa aparição.
A primeira vez que eu fui, primeira e única vez que eu fui ao Santuário da Rue du Bac, em 1997, quando foi o Dia Mundial da Juventude em Paris, eu comprei esse livrinho em português lá no Santuário: “Um Raio de Luz para a Terra: a mensagem de Maria a Santa Catarina Labouré” e atrás tem uma frase de Catarina que é interessante, que introduz, que diz quem ela é, diz assim: “Fui apenas um instrumento. Não foi para mim que a Santíssima Virgem me apareceu. Se me escolheu, é para que ninguém pudesse duvidar dela”, ou seja, escolheu uma menina humilde, sem grande formação, etc.
e os prodígios, as profecias, as coisas foram tão maravilhosas que não há como duvidar que Santa Catarina foi um grande instrumento. Então, Catarina nasceu no norte da França e ficou órfã de mãe logo cedo. No dia em que sepultaram a sua mãe, ela subiu na cadeira, pegou a imagem de Nossa Senhora e disse; “Doravante, vós sereis a minha mãe” e ali ela viveu a sua vida cristã, fez a primeira Comunhão, tinha uma vida muito devota.
Até que um dia ela teve um sonho, um padre velho, celebrando Missa, e esse padre acenou para ela, para que ela se aproximasse, ela ficou tímida e não quis se aproximar. No sonho, ela foi visitar um doente, lá visitando o doente, o padre outra vez apareceu e chegou e disse: “Olha, você fugiu de mim, mas saiba que você virá até mim e você tem uma missão importante”. Tempo depois, ela vai visitar a sua irmã, que tinha se tornado Filha da Caridade, uma congregação fundada por São Vicente de Paula, qual a sua surpresa, quando ela vê um quadro com o padre que ela tinha visto no sonho, e era São Vicente de Paula.
Então ela viu claramente a sua vocação, entrou para as Filhas da Caridade, tinha 24 anos de idade e foi, então, imediatamente para o noviciado na Rue du Bac, em Paris, número 140. O famoso Santuário da Rue du Bac, a aparição da Rue du Bac. Lá ela era noviça, mas era noviça especial, por quê?
Porque ela chegou, estavam transladando o corpo de São Vicente de Paula, ela três vezes viu o coração de São Vicente de Paula, levitando no ar assim, uma vez o coração branco, para significar a paz, a pureza, outra vez o coração vermelho, para significar o amor ardente, outra vez um coração vermelho escuro para significar a dor. Não somente isso, Jesus apareceu para ela na Eucaristia, ou seja, ela via Jesus, a hóstia tornou-se transparente, ela via. E ela disse que durante todo o tempo de ser noviciado, ela via Jesus na Eucaristia.
Como o confessor dizia para ela que isso era coisa da imaginação dela, que ela deveria resistir, que quando ela resistia, ela deixava de ver Jesus. Mas quando ela se entregava, às vezes Jesus aparecia de forma tão súbita, que não dava para ela resistir e assim ela foi vendo Jesus, e viu Jesus destronado. Exatamente, Jesus é o Cristo Rei que deixa de reinar nos nossos corações, que é exatamente aquilo que a Revolução Francesa perpetrou, fez com a Europa e o mundo moderno, ou seja, Jesus deixou de reinar nos nossos corações, deixou de reinar no mundo.
Agora, Jesus foi relegado a uma sacristia. Bom, mas vamos direto então à aparição de Nossa Senhora, que é o que nos interessa. Na véspera da Festa de São Vicente de Paulo, a madre, que estava formando as meninas, Madre Marta, chegou e disse: “Olha, São Vicente tinha uma devoção enorme à Nossa Senhora”, então deu a elas pedacinhos do roquete, da sobrepeliz de São Vicente de Paulo.
Ela levou o pedacinho do roquete para o quarto e ela, que já tinha visto São Vicente, que já tinha visto Jesus, se lamentava que ela não tinha visto Nossa Senhora ainda. Ela disse: “Bom, São Vicente de Paulo tinha tanto amor à Nossa Senhora, ele vai me dar a graça de ver Nossa Senhora”, pegou metade do tecido do roquete, engoliu e foi dormir. Engoliu um pedaço de pano lá pelas onze e meia da noite, uma voz de uma criança de quatro ou cinco anos de idade: “Souer Labouré, Souer Labouré, Irmã Labouré, acorde”.
Ela tira a cortina, vê que tem uma criança lá, vestida de branco, luminosa que diz: “Vamos que a Virgem espera você na capela”. E ela pensou, no seu pensamento, ela disse: “Mas, vão me ouvir, eu não posso, eu sou noviça, eu não posso estar andando por aí a essa hora da noite”. E o menino respondeu ao pensamento dela: “Ne vous inquiétez pas”, “Não se preocupe, está todo mundo dormindo”.
E aí, ela foi, o menino ia à esquerda dela, iluminando o caminho. Quando ele tocou com as mãos a capela, a capela que deveria estar fechada, se abriu, e, de repente, a capela estava toda iluminada com os círios, com as velas todas acesas, e ela, então, se colocou de joelhos perto do altar. E nada de Nossa Senhora, Nossa Senhora não aparecia.
Depois de um tempo, ela, preocupada, olhava para ver se as irmãzinhas iam descobrir aquilo lá. E aí, o menino disse: “Eis aí a Santa Virgem”, “la voici”, “eis aí” e apareceu Nossa Senhora. Mas é interessante, as três aparições de Nossa Senhora são precedidas, me desculpem a palavra francesa, mas se você for olhar no dicionário português, existe isso, por um “froufrou”, por um “froufrou” de tecido de seda.
Nossa Senhora vinha com sua roupa de seda e se ouvia o “froufrou” da saia de Nossa Senhora. As vindas de Nossa Senhora foram todas anunciadas por esse barulho, é interessante essa delicadeza, essa coisa. Nossa Senhora aparece, ela não quer acreditar que é Nossa Senhora.
O anjo diz que ela depois identificou a criança como sendo o anjo da guarda dela, é Nossa Senhora e ela nada. Pela terceira vez, o anjo então foi e falou com voz de homem, era uma criança, ele tinha cinco anos de idade, mas ele falou com voz, mais ou menos uma voz grossa como a do Padre Paulo agora que está sem voz: “Eis a Santa Virgem”. Ela deu um pulo e Nossa Senhora estava sentada em uma cadeira no lado do Evangelho do altar.
Ela pulou, ficou ajoelhada, com as mãos apoiadas no joelho de Nossa Senhora e ela diz: “É indescritível o que eu senti naquele momento. Foram os momentos mais lindos da minha vida”. E Nossa Senhora então revelou a ela, você vai receber uma missão, ninguém vai acreditar em você, o negócio vai ser complicado, você vai falar para o confessor.
Então Nossa Senhora ensinou para ela detalhadamente como ela deveria responder ao confessor e manter seu coração em paz. E nesta primeira aparição, Nossa Senhora então faz uma série de previsões, profecias, dizendo que “o rei será destronado”. Agora vejam, neste momento na França se vive um momento aparentemente de paz e será exatamente essa profecia do rei destronado, porque dias depois o rei Carlos X será destronado, que vai fazer com que o confessor comece a acreditar nela.
Nossa Senhora então diz a ela e eu gostaria de ler aqui as palavras de Nossa Senhora nesta primeira aparição. Ela diz assim: “O mundo inteiro será “renversé”, será virado pelo avesso, pelos males de todo tipo, “venez au pied de cet autel. ”, mas venha ao pé deste altar, “là, les grâces seront répandues”, Lá as graças serão derramadas para todas as pessoas que pedirem com confiança e fervor, grandes e pequenos”.
Ainda hoje na Rue du Bac as pessoas vão naquele altar onde Nossa Senhora apareceu como grandes e pequenos humildemente colocando suas graças. Mas é importante, no entanto, ver que existe uma realidade mais ampla do que simplesmente o altar localizado na Rue du Bac, número 140. Existe a realidade do Sacrário que está nas nossas capelas.
Venha com confiança ao Sacrário porque Nossa Senhora aparece colocando o Santíssimo Sacramento como lugar onde nós devemos recorrer. O Tabernáculo, ou Sacrário. Então nós devemos confiar.
Ela diz assim: “De grands malheurs arriveront [chegarão grandes males] “on croira tout perdu” [as pessoas vão achar que está tudo perdido] “Lá, je serai avec vous” [Lá, eu estarei convosco]. Vejam aqui a. .
. Ela descreve: “Quando tudo parecer perdido, lá eu estarei convosco”. Essa mensagem é importantíssima.
É a primeira aparição. As pessoas ficam concentradas um pouco na medalha, mas a realidade é a mensagem que está por trás. “Quando tudo parecer perdido, lá eu estarei convosco”, essa é a mensagem de Nossa Senhora.
Depois Nossa Senhora desaparece. Ela diz que teve a impressão como se uma coisa se apagasse. O anjinho diz para ela: “Ela foi embora, vamos embora” e ela volta para a sua cela sempre iluminada pelo anjo.
Ela ouve o toque das duas da manhã. Então quer dizer que ela ficou das onze e meia até às duas da manhã com Nossa Senhora. Evidente que depois de uma coisa dessa ela não conseguiu dormir, ficou ali pensando nas coisas de Nossa Senhora.
Foi, revelou tudo ao seu confessor como Nossa Senhora tinha pedido. O Padre Aladel não acreditou em nada, logo depois vieram os acontecimentos do rei que foi deposto e ele começou a acreditar. Mas sempre ele dizia para ela: “Olha, minha filha, resista a essas imaginações”.
Resista, não dê atenção”. Aí então, no dia 27 de novembro, aí vem a revelação da Medalha Milagrosa, 27 de novembro de 1830, às cinco da tarde, cinco e meia da tarde. As irmãs estão todas na capela em silêncio rezando.
Mas, de repente, na frente do quadro de São José aparece Nossa Senhora. Eu quero ler a aparição de Nossa Senhora, por quê? Porque como ela descreve existem alguns detalhes que não são o que está na medalha hoje.
Por quê? Porque o bendito do confessor mudou a medalha. Aí você vai dizer assim: “Mas, padre, então nós temos que voltar à medalha original”, não, mas a própria Santa Catarina disse que Nossa Senhora resolveu dar as graças mesmo com a medalha alterada e que não se deve tocar na medalha.
Portanto, a própria Santa Catarina no fim da vida disse não toquem na medalha, é desse jeito que está aí. Mas a aparição mesmo de Nossa Senhora foi da seguinte maneira: “Ela estava de pé vestida de branco-aurora com um véu branco que lhe descia até a orla do vestido. Por baixo do véu percebi seus cabelos separados ao meio.
Tinha o rosto bastante descoberto. Os pés apoiavam-se sobre um globo ou antes sobre metade dele, pelo menos assim eu vi. Além disso, ela segurava nas mãos um globo que representa o mundo”.
Então não é Nossa Senhora com as mãos para baixo como a gente está acostumado a ver na pequena medalha. As nossas medalhinhas tem assim Nossa Senhora com a mão para baixo, na verdade, era Nossa Senhora com um globo aqui na frente do peito. “E em cada dedo, Nossa Senhora tinha três anéis com várias joias engastadas, várias pedras preciosas e dessas pedras preciosas saiam raios.
Uns mais luminosos conforme a pedra era mais preciosa, outros menos luminosos e havia anéis apagados”. E Nossa Senhora explica: “Essas são as graças que eu estou dando à humanidade e os anéis que estão apagados são as graças que vocês ainda não ousaram pedir”, mas vocês têm que pedir. Vocês têm que pedir.
“Enquanto eu me embevecia em contemplá-la, a Santa Virgem baixou os olhos, fixando-os sobre mim. Ouvi uma voz que me dizia: “Este globo que vedes representa o mundo inteiro, especialmente a França, e cada pessoa em particular”, bonito isso. “Este globo representa o mundo inteiro, a França”, por que a França?
Porque a França era o centro das revoluções das maluquices que estavam acontecendo e Nossa Senhora aparece na França exatamente com uma resposta divina às revoluções. Então “cada pessoa em particular”, então nós estamos nesse globo. “Aqui não sei exprimir o que senti, nem como eram belos, deslumbrantes os raios que via.
Esses raios são símbolos das graças que derrama sobre as pessoas que mais pedem. A Santa Virgem me fez compreender quanto lhes são agradáveis as orações dos que a invocam, quanto é generosa para os que lhe pedem favores e quanta alegria sente em conceder-lhes o que lhe suplica. Nesse momento não sei onde eu estava, nem onde não estava.
Formou-se então em torno da Santíssima Virgem um quadro oval”, por isso as nossas medalhas são ovais, “um quadro oval onde estava escrito com letras de ouro essas palavras: “Ó, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Essa invocação não era conhecida na época. E lembrem-se que a Imaculada Conceição não tinha sido ainda proclamada pelo Papa Bem-aventurado Pio IX, portanto, era um debate interessante como Nossa Senhora insiste no título de Imaculada em todas as aparições, nas três aparições, não é?
Na França e também na aparição de Fátima, porque Nossa Senhora é Nossa Senhora do Rosário de Fátima, mas é também o Imaculado Coração de Maria, ela aparece também como Imaculado Coração. Então, Imaculada, a Imaculada. “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo, todas as pessoas que trouxerem ao pescoço receberão grandes graças.
As graças serão abundantes para os que as trouxerem com confiança”, então, veja só, aqui nós então temos uma questão teológica. Nós estamos falando aqui de um sacramental, não de um amuleto. Não é?
Vocês têm que entender o seguinte a medalha não é para a gente usá-la com superstição para dizer assim: “Ah, não, eu vou usar a Medalha Milagrosa então. . .
”, não é a lâmpada de Aladim que você esfrega e acontecem os milagrinhos, não é isso. “As pessoas que a carregarem com confiança”, claro que Nossa Senhora pode atender orações até mesmo de pessoas que não confiam. Por exemplo, tem a famosa, a conversão clamorosa de Afonso Tobias de Ratisbona.
Ele era um banqueiro judeu, emparentado com os Rothschild, que judeu, portanto, não cristão, não acreditava em nada. Um amigo dele o desafiou: “Use essa medalha durante nove dias e durante nove dias recite o “Lembrai-vos”, aquela oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a Vós tenha recorrido”, etc. Pois o homem usou durante os nove dias e no meio dessa novena, Nossa Senhora apareceu para ele como apareceu a Santa Catarina Labouré, lá em Roma, em Sant'Andrea delle Fratte.
Sant'Andrea delle Fratte é uma igreja que fica perto, quem vai a Roma todo mundo visita lá a Fontana di Trevi. Perto da Fontana di Trevi e ali a Galeria Colonna, Montecitorio, etc. , entre as duas tem lá a Sant'Andrea delle Fratte.
E ali Nossa Senhora apareceu para ele, ele se converteu, tornou-se padre jesuíta. Então compreende que os milagres de conversão foram muito grandes e esse aqui é um dos mais famosos e clamorosos milagres de Nossa Senhora das Graças através da Medalha Milagrosa. Então, porque, o que Nossa Senhora quer de nós com essa medalha?
Bom, a primeira coisa que ela quer é uma oração. O que está escrito na medalha é: “Ó, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”, então confiar em quê? No Coração dela e no Coração de Jesus.
Do outro lado da medalha aparece também, Nossa Senhora mostrou para ela o outro lado da medalha, onde havia os dois corações, o Coração de Jesus coroado de espinhos e o Coração Imaculado de Maria transpassado por uma espada, um M entrelaçado com uma cruz e as doze estrelas como Nossa Senhora, no Apocalipse. Então aqui nós vemos a cruz da redenção, Nossa Senhora aos pés da cruz como corredentora e aqui medianeira de todas as graças. São os dois dogmas que a gente espera um dia ver proclamados, a medianeira de todas as graças e a corredentora.
Nossa Senhora então se manifesta nessa confiança que nós precisamos ter no seu sagrado, no seu Imaculado Coração. Confiar em Jesus e nela nestes tempos maus, nesses tempos terríveis. Depois Nossa Senhora apareceu mais uma segunda vez, novamente reforçando a questão da medalha, em dezembro do mesmo ano e aí Nossa Senhora disse pra Santa Catarina: “Olha, eu não vou aparecer mais pra você, mas você vai me ouvir durante a oração”, grande consolação, imagina se nós tivéssemos essa graça de toda vez que a gente vai rezar ouvir Nossa Senhora falar?
Então ela tinha essa locução interior, Nossa Senhora que lhe falava, ela falou isso ao confessor, o confessor novamente – padre é um negócio sério, não é? – teve dificuldade de acreditar, apesar da profecia cumprida, lá do rei que foi destronado. Mas aconteceu uma epidemia de cólera em Paris.
Diante de tantas pessoas que morriam, ele finalmente falou para o arcebispo, o arcebispo disse: “Olha, é uma coisa piedosa, se não fizer bem, mal não faz, vamos mandar fazer as medalhas”. Então ele mandou fazer as medalhas, no início só 1. 500, começaram a distribuir as medalhas, as pessoas começaram a curar da cólera e então veio logo o apelido: “Médaille Miraculeuse”, essa medalha é milagrosa, então é milagrosa, é milagrosa, medalha é milagrosa, medalha é milagrosa e o apelido pegou.
Na verdade é a medalha de Nossa Senhora das Graças, mas enfim, Nossa Senhora das Graças e outra coisa importante é que a Santa Catarina disse que Nossa Senhora apareceu como Nossa Senhora da Conceição e que, portanto, agora a gente chama Nossa Senhora das Graças, mas vejam que a invocação é: “Ó, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Bom, o fato porém e aqui é a coisa mais extraordinária é que Santa Catarina Labouré falou tudo isso para o seu confessor e o confessor não disse a ninguém quem era a freira que tinha visto, tinha tido a visão, ficou em absoluto segredo durante quarenta e seis anos não se sabia quem era a freira, se sabia que tinha uma freira que teve uma visão de Nossa Senhora e ela guardou esse segredo extraordinário. Essa humildade, é evidente que no meio dessa história toda você pode imaginar maus tratos, perseguições dentro da comunidade, etc.
, ninguém sabia, nem as superioras sabiam quem era a freira que tinha visto a medalha. No fim da vida começaram a deduzir, até que finalmente seis meses antes de morrer, quando ela já estava mal, não podia falar com o confessor, por um mandato do Céu, Nossa Senhora pediu então que ela falasse que foi ela. Ela falou, a superiora que a tinha maltratado durante tanto tempo, se ajoelhou diante dela pedindo perdão e ela então morreu.
Foi um triunfo. A mulher que viveu escondida, o enterro dela foi um triunfo, porque todo mundo: “Morreu a irmã da Medalha Milagrosa”. E aí depois de morta, então, ela ficou conhecida, Catarina Labouré, evidentemente a Igreja começou a pensar no processo de canonização.
Sessenta anos depois de morta, cinquenta e quatro, cinquenta e seis anos depois de morta, fizeram a exumação do cadáver: corpo intacto. Ainda hoje você pode ir lá na Rue du Bac e é impressionante procure na internet: Santa Catarina Labouré. Aquilo que vocês veem lá, a freira com as mãos assim, aquilo lá é o corpo dela intacto, quando o médico abriu o caixão e viram, teve um médico que foi e abriu os olhos dela, o médico deu um passo para trás e um grande grito porque os olhos estavam como que vivos, os olhos que viram Nossa Senhora, cintilavam.
Interessante com relação aos olhos de Santa Catarina, que um padre que conheceu também Bernadette Soubirous, a vidente de Lourdes, disse assim: “Os olhos de Bernadette resplandeciam de luminosidade e eu não vi nunca olhos luminosos assim a não ser na Rue du Bac”, porque conhecia a Catarina Labouré, já tinha conhecido a Catarina Labouré antes dela morrer. Então hoje nós temos Nossa Senhora das Graças que intercede por nós, mas temos também Santa Catarina Labouré que intercede por nós, que pede a Deus por nós e, portanto, essa realidade de nós termos essa devoção. O que é então a Medalha Milagrosa?
Repito: não é um talismã, não é um patuá, não é nada, é um sacramental que nos foi dado por Nossa Senhora e abençoado por um sacerdote. Para que nós usamos esta medalha? Para que ela nos recorde a confiança que nós precisamos ter na Virgem Maria.
Nesses momentos, nesses tempos maus, Nossa Senhora falou:“Les temps seront mauvais”, os tempos serão maus, mas quando tudo parecer perdido, eu estarei lá”, esta é a mensagem da Medalha Milagrosa, “Ó, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Então estas graças que Nossa Senhora quer acender, ela quer acender as graças que nós ainda não ousamos pedir, sem dúvida nenhuma, curas, prodígios, graças temporais, mas sobretudo, a graça da conversão e da salvação eterna, não é? Ou seja, a conversão do Afonso, depois ele tornou-se Afonso Maria, Afonso Tobias de Ratisbona, nos mostra como, de fato, acontecem inúmeras conversões de pessoas através da Medalha Milagrosa de Nossa Senhora, por quê?
Porque Nossa Senhora é participante da redenção junto com o Cristo. Algumas pessoas acham isso exagerado, mas não é exagerado, por quê? Porque, do jeito que o pecado entrou no mundo, assim também Deus quis que a salvação entrasse no mundo.
Eu sempre costumo dizer nas minhas pregações: existia uma mulher, número um: ela era virgem, número dois: ela era imaculada, número três: ela estava prometida em casamento a um homem, número quatro: ela foi visitada por um anjo, número cinco: qual é o nome dessa virgem? Todo mundo diz Maria. Não, essa virgem é Eva.
Eva era mulher, virgem, imaculada, porque antes do pecado original ela não tinha cometido o pecado original, ela era esposa de um homem chamado Adão e foi visitada por um anjo chamado Satanás, porque ela desobedeceu a perdição entrou no mundo. Agora, milhares de anos depois, Deus repete a história ao reverso: uma mulher, virgem, imaculada, esposa de um homem chamado José, foi visitada por um anjo chamado Gabriel e ela obedeceu e a salvação entrou no mundo, não é? Então, o Verbo Encarnado que é Nosso Salvador, Jesus Cristo, veio ao mundo através do sim de Maria e, portanto, ela tem uma forma, uma participação nessa herda da redenção.
Se vocês forem ver é uma coisa de fé apostólica, não está na Bíblia, mas é fé apostólica, o título de Maria como “Nova Eva”, não é? Quer dizer, nas primeiras gerações sub-apostólicas, os primeiros padres apostólicos e apologistas, se vê em toda a bacia do Mediterrâneo aparecerem manuscritos antigos das primeiras épocas do cristianismo dizendo que Jesus é o “Novo Adão” e Maria é a “Nova Eva”. Ora, para isso acontecer em todos os lugares ao mesmo tempo só pode ser de um tempo anterior que é o tempo dos Apóstolos.
Portanto, eu não tenho dúvida nenhuma que é parte do depósito da fé e que um dia nós veremos a proclamação do dogma da corredenção de Nossa Senhora, Nossa Senhora como corredentora, ou seja, Ele, o novo Adão, Redentor, único Redentor, e ela, corredentora. Corredentora quer dizer o seguinte: ela participou nesta redenção que Ele fez, ela tem uma participação única e, portanto, tem uma participação única também na salvação de todos os eleitos. Ou seja, carregar a Medalha Milagrosa é carregar uma lembrança de nossa eleição, fomos escolhidos por Deus para a salvação, para contemplar Deus face a face e, por isso, a corredenção, a cruz de Cristo e o M atrás da medalha.
E, porque corredentora, então ela é medianeira de todas as graças. Você vai dizer assim: “Mas, Padre, é absurdo Jesus é o único mediador entre Deus e o homem! ”, eu não tenho dúvida nenhuma que Ele é o único mediador, mas Ele que é a escada entre Deus e o homem, a única escada que existe entre Deus e o homem, entrou nesse mundo por uma porta e o nome dessa porta é Maria.
Você não pode negar isso, Ele é o único mediador, única escada, isso aqui é o sonho de Jacó conforme está lá no início do Evangelho de São João, quando Jesus fala com Nathanael: “Vereis os anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. Ele é a escada, os anjos vão trazendo as graças, subindo, levando nossas orações e trazendo as graças, e Jesus é a escada onde sobem os anjos. Jesus é o único mediador, mas os anjos sobem e descem também como mediadores, eles têm um sacerdócio, mas esta escada entra no mundo por uma porta, é a Porta do Céu, “Ianua Coeli”, Nossa Senhora, Porta do Céu.
E, por isso, medianeira de todas as graças, por quê? Porque todas as graças são o Cristo e o Cristo veio através dela. Então, quando nós vemos que, o que é a redenção?
A redenção é o quê? É a destruição do mal. A redenção é quando o nosso pecado é perdoado, quando o demônio é derrotado, diante dos males que afligem o mundo atual nós precisamos de um redentor, nós precisamos da corredentora, nós precisamos daquela que luta junto conosco.
Vejam que Nossa Senhora aparece com os pés em uma semiesfera e aos seus pés tem uma cobra e ela pisa a cabeça da cobra. “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a sua descendência e ela esmagará a tua cabeça”, é, sem dúvida nenhuma a mulher do Apocalipse. Santa Catarina Labouré descreve Nossa Senhora quando ela aparece na terceira aparição, ela brilha como o sol, a alusão ao Apocalipse é evidente, as doze estrelas na medalha, é evidente que estamos falando da mesma mulher que foi prevista em Gênesis e que no Apocalipse aparece revestida de glória.
Então, nossa confiança em Nossa Senhora deve ser realmente uma confiança inabalável, é isso que ela nos ensina com a Medalha Milagrosa, “Ó, Maria concebida sem pecado”. Imagina num mundo onde reina a maldade, você ter um coração concebido sem pecado, um coração humano de uma pessoa humana, porque Jesus tem um coração humano, mas Ele não é uma pessoa humana, Ele é uma pessoa divina, um coração humano, de uma pessoa humana completa, onde o pecado não teve lugar. E como esse coração é vencedor e triunfante!
Em Lourdes, quando o demônio tenta Bernadette Soubirous, Nossa Senhora, somente com um olhar, um olhar de repreensão faz com que o demônio se afaste. Então Nossa Senhora, sem dúvida nenhuma, nos dá os instrumentos nesta batalha, nesses tempos maus em que o mundo será colocado de cabeça para baixo, com males de todo tipo, nós estamos num mundo de cabeça para baixo, sem dúvida nenhuma. Então, essa é a mensagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Está bom? Vamos fazer um pequeno intervalo e depois do nosso intervalo voltamos para responder algumas perguntas, termos um momento de conversa. Até mais.
Voltamos então para tentar responder algumas perguntas num diálogo com você. Começamos com a Cecília Fraga: “Padre, como devemos usar a medalha? Ela deve ser colocada em nós por um sacerdote?
”, não, Cecília a medalha não é como o escapulário. O escapulário é uma espécie de um hábito, em que a pessoa é introduzida numa fraternidade, na fraternidade dos filhos de Nossa Senhora do Carmo, portanto, ligadas à Ordem do Carmelo, à Ordem do Carmo. Já a medalha não tem esse caráter de hábito, é um adereço que deve ser usado geralmente no pescoço, Nossa Senhora fala do pescoço.
É evidente que algumas pessoas gostam de unir as várias devoções, eu acho que aqui tem uma pergunta também uma pessoa que diz assim, o André Santos: “Padre, sua bênção é verdade que a Medalha Milagrosa e a de São Bento são as únicas medalhas consideradas sacramentais e existe algum exagero em usar outras medalhas e o escapulário de uma vez? ”, então veja, André essa questão de usar as medalhas de uma vez, ou seja, é claro, a gente não deve ser supersticioso, mas existe um hábito de muitas pessoas de usar, ao mesmo tempo, o escapulário, a Medalha Milagrosa e o terço sempre consigo. Algumas pessoas unem isto ao fazer com que o meio do terço, o entremeio do terço, os dois braços do terço tem aquela medalhinha que une ali no meio, então algumas pessoas gostam de comprar o rosário tendo ali no entremeio do terço uma Medalha Milagrosa, aí já une as duas devoções, você carrega o rosário e, ao mesmo tempo, a Medalha Milagrosa.
Eu tenho comigo sempre tanto a Medalha Milagrosa, como o escapulário, como o terço, o terço no bolso, escapulário e medalha no pescoço. Evidente que não é obrigatório, mas é que esses vários objetos nos lembram de coisas diferentes. Vocês têm que entender o que é um sacramental.
O sacramental é um sinal que não é como o Sacramento. O Sacramento realiza uma ação divina “ex opere operato”, ou seja, automática, no sacramental não. No sacramental existe uma ação divina conforme a minha disposição interior, então é evidente, Nossa Senhora do Carmo me recorda umas coisas, Nossa Senhora das Graças me recorda outras coisas, o terço me recorda outras coisas, então, tudo aquilo vai me ajudando para me dispor na minha oração.
Até mesmo santos, grandes místicos como Nossa Senhora, como Santa Teresa d'Ávila, ela não deixava de rezar com imagens, com objetos sagrados, portanto, não é algo que a gente deva desprezar. Com relação a essa coisa de que somente a Medalha Milagrosa e a de São Bento são consideradas sacramentais, eu não saberia te responder, André, eu teria que pesquisar, mas é a primeira vez que eu ouço. Veja, eu posso ser ignorante, não é, então no que eu ignoro é melhor ficar quieto.
Manuel Roldão: “À equipe do Padre Paulo Ricardo: vocês vão disponibilizar uma novena com material complementar”, sim, amanhã já vai estar no ar aí uma novena de Nossa Senhora para vocês se prepararem para a Festa da Medalha Milagrosa, no dia 27. Davi Maria: “Estou assistindo com meus irmãos. Padre, qual a sua posição sobre as aparições de Nossa Senhora no mundo atual?
”. Olha, Davi, nós vivemos tempos difíceis, por isso as aparições de Nossa Senhora parece que se intensificam. Eu não estou dizendo que tudo aquilo que se diz ser aparição de Nossa Senhora seja de fato, a gente não precisa ser excessivamente crédulo nessas coisas.
Nós sabemos que as aparições exigem de nós fé humana, o que quer dizer fé humana? São os argumentos que vão te convencer. É diferente da fé divina, a fé divina é, eu digo “Nossa Senhora é Imaculada”, bom, isso aí você tem que aceitar como fé divina, não preciso provar para você, a Igreja está dizendo, faz parte depois da revelação, é fé católica infalível, você crê e acabou.
Claro que você pode fazer raciocínios sobre isso e teologicamente pensar mais, porém, é fé divina. Já a fé a respeito das aparições é fé humana, isso quer dizer o seguinte: você vai e você tem que ver que provas você tem, que indícios você tem, que indicações você tem de que aquilo é crível. Então, por exemplo, os vários milagres com relação à Medalha Milagrosa, o corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré, para mim são provas mais do que suficientes de que aquilo realmente é um milagre de Deus.
É uma coisa realmente impressionante você ir na Rue du Bac e ver o corpo de Santa Catarina, ali, está lá para você ver, então. Agora vamos aqui lembrar de uma coisa: quando você tem a virtude da fé, você é católico, tem a virtude da fé, então é evidente que essa virtude da fé te ajuda, também pode te ajudar a dar esse passo de fé humana com relação às aparições. É importante recordar o seguinte: não sei se aqui saio muito do assunto, mas as pessoas têm que entender essa questão da virtude da fé.
Hoje à tarde eu conversava com um padre e o padre me dizia: “O Catecismo de São Pio V nos recorda que a virtude da fé é um todo”, quando você crê, você tem a virtude da fé, você tem que crer em todos os dogmas e em todos os ensinamentos. Se você diz assim: “Eu creio em tudo, menos na Imaculada Conceição”, então você não tem a virtude da fé. “Não, mas eu creio que Jesus é Deus”, tudo bem, você não crê que Jesus é Deus por fé divina, você crê que Jesus é Deus por um convencimento humano.
Então, não sei se dá para ver a diferença, ou seja, você crê que Jesus é Deus com fé divina quando você crê que Jesus é Deus, crê que a Igreja é infalível, crê no Sumo Pontífice, crê na Imaculada Conceição, etc. , quando você começa a não crer, você começa a escolher no que você vai crer, você vai perder a fé, você perde a fé inteira. Então, aí você veja como infelizmente existem irmãozinhos católicos que não têm fé, “Não, mas eu creio que Jesus é Deus”, sim, você crê, mas esse seu crer é uma fé humana, é uma opinião humana sua.
A fé sobrenatural, virtude divina infusa em nosso coração é um todo, ou você crê tudo ou você não crê em nada, porque se você começa a escolher em que você vai crer é um sinal de que você não está disposto a crer, você está disposto a ser convencido, entendeu? Então isso não é fé, isso é opinião humana. Então quem tem uma fé sobrenatural, por conaturalidade, pode então crer com mais, digamos assim, facilidade, nas aparições autênticas, embora as aparições autênticas exijam de nós fé humana e não fé divina.
Não sei se esclareceu alguma coisa, mas em todo caso a ideia é mais ou menos essa. André Cardoso: “Quais são as graças prometidas por Nossa Senhora para quem usar a Medalha Milagrosa e qual é o efeito dela contra Satanás? ”.
Olha, André, Nossa Senhora prometeu as graças necessárias para nós, para nossa salvação. As graças são várias, lembra os anéis? São várias graças, umas maiores outras menores, umas são graças sobrenaturais de salvação, etc.
, outras são graças concedidas para bens temporais, curas, coisas assim que são desse mundo, no entanto, estas graças claramente têm também, são todas uma força positiva na nossa luta contra o pecado que é aquilo que realmente nos impede de chegar ao reino dos Céus. O nosso maior inimigo são nós mesmos, nós sabemos que são três inimigos: Satanás, o mundo e a carne, mas o pior deles é a carne, eu mesmo. Por quê?
Porque Satanás pode me tentar desde fora, o mundo pode tentar me combater, mas, somente eu posso fazer a mim o verdadeiro mal, que é fazer com que eu perca a salvação eterna. A tentação do diabo nunca é tão grande que me obriga a pecar, o mundo nunca vai conseguir me tirar essa liberdade de crer e confiar em Deus, então é por isso que a Medalha Milagrosa é uma ajuda à minha fé para que eu, com decisão pessoal e confiança, esteja realmente recebendo de Nossa Senhora as graças para que eu não caia em pecado. A gente tem que pedir a graça de não ofender a Deus, a graça de ser santo, a graça de permanecer, a graça da perseverança final, temos que pedir a Deus.
Luiz Felipe: “Querido Padre, a medalha deve ser portada todo o tempo em um cordão ou pode ser levada conosco de outra forma, chaveiros, ilustrações, a bênção de Nossa Senhora depende do seguimento preciso? ”. Veja, na realidade, não se prescreve nada, as pessoas levam a medalha geralmente no pescoço, mas geralmente, eu sempre trazia comigo a Medalha Milagrosa no chaveiro do carro também, as pessoas podem colocar, o importante é o seguinte, é você lembrar que o sacramental não é um amuleto, ele está lá para te lembrar essa confiança, essa oração: “Ó, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”, esse recurso à Virgem Maria, essa confiança, essa confiança é que deve ser realmente o objeto.
Você tem que ver que a medalha é um instrumento, um instrumento, mas a ação interior é que é importante. Então, na realidade, não é tanto questão de estar no pescoço ou estar em outro lugar, é uma questão mais de você realmente confiar em Nossa Senhora e ter aquela medalha que ajuda você na sua vida de oração. Então vamos aí preparar a nossa novena dia 27, sexta-feira, nós iremos então ter a Festa de Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Esse aniversário dessa aparição tão importante, que teve frutos tão importantes e que nos dá esse instrumento, essa arma para nós combatermos os males do mundo com essa confiança filial da Virgem Santíssima. Está bom? Então vamos pedir a ela as suas graças: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém. Abençoe-vos o Deus Todo-Poderoso Pai, Filho e Espírito Santo Amém.