A Medalha Milagrosa

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Padre Paulo Ricardo
Acesse: http://bit.ly/1NXuZqC No dia 27 de novembro se comemora o aniversário da revelação da Medal...
Video Transcript:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito  Santo. Amém. Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em  vós comece e para vós termine tudo aquilo que fizermos.
Por Cristo, Senhor nosso. Amém.  Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.  Muito bem, é uma alegria receber vocês mais uma vez no nosso programa ao vivo.
Hoje, nós iremos  falar a respeito da aparição de Nossa Senhora das Graças à Santa Catarina Labouré, que deu origem à  Medalha Milagrosa. Nós celebramos esta aparição, a revelação da medalha, se você quiser  dizer assim, no dia 27 de novembro. Então, para nós vai ser interessante, no programa de  hoje, explicar a aparição, de tal forma que você possa se preparar com uma novena para o dia da  Medalha Milagrosa, que é dia 27 de novembro.
Originalmente, quando Nossa Senhora apareceu,  foi em um sábado, este ano vai cair em uma sexta, mas, coincidentemente, é a sexta que precede o  primeiro domingo do Advento, do jeito que foi em 1830. Então, assim, quero também colocar  nas orações de vocês, o pessoal do Cenplafam, que está fazendo uma grande novena para Nossa  Senhora da Medalha Milagrosa, para casais que estão com dificuldade de engravidar. Nós temos  uma lista enorme de casais que querem engravidar.
Vamos pedir essa graça para Nossa Senhora da  Medalha Milagrosa. Então, vamos colocar essas intenções, assim Nossa Senhora vai fazendo os  seus prodígios. Então, vamos lá.
Para a gente entender a aparição da Medalha Milagrosa, a gente  precisa primeiro colocar um certo contexto. Veja, o mundo moderno, como nós o conhecemos hoje,  ele foi criado pela Revolução Francesa. Em 1789, a Revolução Francesa criou o mundo moderno  atual, que é um mundo marcado por certos valores cristãos que enlouqueceram, digamos  assim, valores cristãos que foram arrastados para lugares errados.
Fraternidade, igualdade,  liberdade, são valores cristãos. No entanto, o fato é que em nome disso tudo, houve nas ruas de  Paris e na França inteira uma carnificina enorme, e é neste contexto que então Nossa Senhora  aparece na França, as três grandes aparições de Nossa Senhora do século XIX são resposta direta  a essa realidade da Revolução Francesa. Então, a primeira aparição é essa que nós iremos  falar hoje, a aparição na Rue du Bac, em Paris, depois a aparição de Nossa Senhora em Lourdes e a  aparição de Nossa Senhora em La Salette.
São três aparições que, digamos assim, podem até, podemos  dizer que se coroam com a aparição de Nossa Senhora em Fátima. Então elas têm uma continuidade  de mensagem muito importante. Vamos então colocar o conteúdo dessa mensagem.
Peço desculpa a  vocês, estou falando assim, mas gripe a gente não encomenda, ela vem sem pedir licença, então  estou um pouco gripado, mas acho que está dando para entender o que estou falando. Então, muito  bem, neste contexto da aparição de Nossa Senhora, nós vemos que Nossa Senhora quer preparar o homem  católico, a pessoa que crê, para os males do mundo moderno. Na primeira aparição na Rue du Bac, que  foi na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, antes de Nossa Senhora revelar a medalha,  ela já disse: “Les temps seront mauvais”, os tempos serão maus.
Então ela está prevendo os  males do mundo e essa previsão dos males do mundo vai culminar com tudo aquilo que será  revelado em La Salette, depois em Fátima e, assim por diante, ou seja, Nossa Senhora,  como mãe, quer estar ao lado dos seus filhos no momento que eles mais precisam, no momento da  maior provação. Então, esse é o contexto geral, o quadro geral no qual nós queremos falar da  aparição de Nossa Senhora. Vamos então ver quem foi a mensageira dessa aparição.
A primeira vez  que eu fui, primeira e única vez que eu fui ao Santuário da Rue du Bac, em 1997, quando foi o  Dia Mundial da Juventude em Paris, eu comprei esse livrinho em português lá no Santuário:  “Um Raio de Luz para a Terra: a mensagem de Maria a Santa Catarina Labouré” e atrás tem  uma frase de Catarina que é interessante, que introduz, que diz quem ela é, diz assim: “Fui  apenas um instrumento. Não foi para mim que a Santíssima Virgem me apareceu. Se me escolheu, é  para que ninguém pudesse duvidar dela”, ou seja, escolheu uma menina humilde, sem grande formação,  etc.
e os prodígios, as profecias, as coisas foram tão maravilhosas que não há como duvidar que  Santa Catarina foi um grande instrumento. Então, Catarina nasceu no norte da França e ficou órfã de  mãe logo cedo. No dia em que sepultaram a sua mãe, ela subiu na cadeira, pegou a imagem de Nossa  Senhora e disse; “Doravante, vós sereis a minha mãe” e ali ela viveu a sua vida cristã, fez a  primeira Comunhão, tinha uma vida muito devota.
Até que um dia ela teve um sonho, um padre velho,  celebrando Missa, e esse padre acenou para ela, para que ela se aproximasse, ela ficou tímida e  não quis se aproximar. No sonho, ela foi visitar um doente, lá visitando o doente, o padre outra  vez apareceu e chegou e disse: “Olha, você fugiu de mim, mas saiba que você virá até mim e você  tem uma missão importante”. Tempo depois, ela vai visitar a sua irmã, que tinha se tornado Filha da  Caridade, uma congregação fundada por São Vicente de Paula, qual a sua surpresa, quando ela vê um  quadro com o padre que ela tinha visto no sonho, e era São Vicente de Paula.
Então ela viu claramente  a sua vocação, entrou para as Filhas da Caridade, tinha 24 anos de idade e foi, então, imediatamente  para o noviciado na Rue du Bac, em Paris, número 140. O famoso Santuário da Rue du Bac, a aparição  da Rue du Bac. Lá ela era noviça, mas era noviça especial, por quê?
Porque ela chegou, estavam  transladando o corpo de São Vicente de Paula, ela três vezes viu o coração de São Vicente de  Paula, levitando no ar assim, uma vez o coração branco, para significar a paz, a pureza, outra  vez o coração vermelho, para significar o amor ardente, outra vez um coração vermelho escuro para  significar a dor. Não somente isso, Jesus apareceu para ela na Eucaristia, ou seja, ela via Jesus,  a hóstia tornou-se transparente, ela via. E ela disse que durante todo o tempo de ser noviciado,  ela via Jesus na Eucaristia.
Como o confessor dizia para ela que isso era coisa da imaginação  dela, que ela deveria resistir, que quando ela resistia, ela deixava de ver Jesus. Mas quando  ela se entregava, às vezes Jesus aparecia de forma tão súbita, que não dava para ela resistir e  assim ela foi vendo Jesus, e viu Jesus destronado. Exatamente, Jesus é o Cristo Rei que deixa de  reinar nos nossos corações, que é exatamente aquilo que a Revolução Francesa perpetrou, fez com  a Europa e o mundo moderno, ou seja, Jesus deixou de reinar nos nossos corações, deixou de reinar no  mundo.
Agora, Jesus foi relegado a uma sacristia. Bom, mas vamos direto então à aparição de Nossa  Senhora, que é o que nos interessa. Na véspera da Festa de São Vicente de Paulo, a madre, que estava  formando as meninas, Madre Marta, chegou e disse: “Olha, São Vicente tinha uma devoção enorme à  Nossa Senhora”, então deu a elas pedacinhos do roquete, da sobrepeliz de São Vicente de Paulo. 
Ela levou o pedacinho do roquete para o quarto e ela, que já tinha visto São Vicente, que já tinha  visto Jesus, se lamentava que ela não tinha visto Nossa Senhora ainda. Ela disse: “Bom, São Vicente  de Paulo tinha tanto amor à Nossa Senhora, ele vai me dar a graça de ver Nossa Senhora”, pegou  metade do tecido do roquete, engoliu e foi dormir. Engoliu um pedaço de pano lá pelas onze e meia da  noite, uma voz de uma criança de quatro ou cinco anos de idade: “Souer Labouré, Souer Labouré, Irmã  Labouré, acorde”.
Ela tira a cortina, vê que tem uma criança lá, vestida de branco, luminosa que  diz: “Vamos que a Virgem espera você na capela”. E ela pensou, no seu pensamento, ela disse: “Mas,  vão me ouvir, eu não posso, eu sou noviça, eu não posso estar andando por aí a essa hora da noite”.  E o menino respondeu ao pensamento dela: “Ne vous inquiétez pas”, “Não se preocupe, está todo mundo  dormindo”.
E aí, ela foi, o menino ia à esquerda dela, iluminando o caminho. Quando ele tocou  com as mãos a capela, a capela que deveria estar fechada, se abriu, e, de repente, a capela  estava toda iluminada com os círios, com as velas todas acesas, e ela, então, se colocou de joelhos  perto do altar. E nada de Nossa Senhora, Nossa Senhora não aparecia.
Depois de um tempo, ela,  preocupada, olhava para ver se as irmãzinhas iam descobrir aquilo lá. E aí, o menino disse:  “Eis aí a Santa Virgem”, “la voici”, “eis aí” e apareceu Nossa Senhora. Mas é interessante, as  três aparições de Nossa Senhora são precedidas, me desculpem a palavra francesa, mas se você  for olhar no dicionário português, existe isso, por um “froufrou”, por um “froufrou” de tecido  de seda.
Nossa Senhora vinha com sua roupa de seda e se ouvia o “froufrou” da saia de Nossa  Senhora. As vindas de Nossa Senhora foram todas anunciadas por esse barulho, é interessante essa  delicadeza, essa coisa. Nossa Senhora aparece, ela não quer acreditar que é Nossa Senhora.
O  anjo diz que ela depois identificou a criança como sendo o anjo da guarda dela, é Nossa  Senhora e ela nada. Pela terceira vez, o anjo então foi e falou com voz de homem, era uma  criança, ele tinha cinco anos de idade, mas ele falou com voz, mais ou menos uma voz grossa como  a do Padre Paulo agora que está sem voz: “Eis a Santa Virgem”. Ela deu um pulo e Nossa Senhora  estava sentada em uma cadeira no lado do Evangelho do altar.
Ela pulou, ficou ajoelhada, com as mãos  apoiadas no joelho de Nossa Senhora e ela diz: “É indescritível o que eu senti naquele momento.  Foram os momentos mais lindos da minha vida”. E Nossa Senhora então revelou a ela, você vai  receber uma missão, ninguém vai acreditar em você, o negócio vai ser complicado, você vai falar para  o confessor.
Então Nossa Senhora ensinou para ela detalhadamente como ela deveria responder ao  confessor e manter seu coração em paz. E nesta primeira aparição, Nossa Senhora então faz uma  série de previsões, profecias, dizendo que “o rei será destronado”. Agora vejam, neste momento  na França se vive um momento aparentemente de paz e será exatamente essa profecia do rei destronado,  porque dias depois o rei Carlos X será destronado, que vai fazer com que o confessor comece a  acreditar nela.
Nossa Senhora então diz a ela e eu gostaria de ler aqui as palavras de Nossa  Senhora nesta primeira aparição. Ela diz assim: “O mundo inteiro será “renversé”, será virado  pelo avesso, pelos males de todo tipo, “venez au pied de cet autel. ”, mas venha ao pé deste  altar, “là, les grâces seront répandues”, Lá as graças serão derramadas para todas as pessoas  que pedirem com confiança e fervor, grandes e pequenos”.
Ainda hoje na Rue du Bac as pessoas  vão naquele altar onde Nossa Senhora apareceu como grandes e pequenos humildemente colocando  suas graças. Mas é importante, no entanto, ver que existe uma realidade mais ampla do que  simplesmente o altar localizado na Rue du Bac, número 140. Existe a realidade do Sacrário que  está nas nossas capelas.
Venha com confiança ao Sacrário porque Nossa Senhora aparece colocando o  Santíssimo Sacramento como lugar onde nós devemos recorrer. O Tabernáculo, ou Sacrário. Então  nós devemos confiar.
Ela diz assim: “De grands malheurs arriveront [chegarão grandes males] “on  croira tout perdu” [as pessoas vão achar que está tudo perdido] “Lá, je serai avec vous” [Lá, eu  estarei convosco]. Vejam aqui a. .
. Ela descreve: “Quando tudo parecer perdido, lá eu estarei  convosco”. Essa mensagem é importantíssima.
É a primeira aparição. As pessoas ficam  concentradas um pouco na medalha, mas a realidade é a mensagem que está por trás. “Quando  tudo parecer perdido, lá eu estarei convosco”, essa é a mensagem de Nossa Senhora.
Depois Nossa  Senhora desaparece. Ela diz que teve a impressão como se uma coisa se apagasse. O anjinho diz para  ela: “Ela foi embora, vamos embora” e ela volta para a sua cela sempre iluminada pelo anjo.
Ela  ouve o toque das duas da manhã. Então quer dizer que ela ficou das onze e meia até às duas da manhã  com Nossa Senhora. Evidente que depois de uma coisa dessa ela não conseguiu dormir, ficou ali  pensando nas coisas de Nossa Senhora.
Foi, revelou tudo ao seu confessor como Nossa Senhora tinha  pedido. O Padre Aladel não acreditou em nada, logo depois vieram os acontecimentos do rei  que foi deposto e ele começou a acreditar. Mas sempre ele dizia para ela: “Olha, minha  filha, resista a essas imaginações”.
Resista, não dê atenção”. Aí então, no dia 27 de novembro,  aí vem a revelação da Medalha Milagrosa, 27 de novembro de 1830, às cinco da tarde, cinco  e meia da tarde. As irmãs estão todas na capela em silêncio rezando.
Mas, de repente, na frente  do quadro de São José aparece Nossa Senhora. Eu quero ler a aparição de Nossa Senhora, por quê?  Porque como ela descreve existem alguns detalhes que não são o que está na medalha hoje.
Por quê?  Porque o bendito do confessor mudou a medalha. Aí você vai dizer assim: “Mas, padre, então nós temos  que voltar à medalha original”, não, mas a própria Santa Catarina disse que Nossa Senhora resolveu  dar as graças mesmo com a medalha alterada e que não se deve tocar na medalha.
Portanto, a própria  Santa Catarina no fim da vida disse não toquem na medalha, é desse jeito que está aí. Mas a aparição  mesmo de Nossa Senhora foi da seguinte maneira: “Ela estava de pé vestida de branco-aurora com um  véu branco que lhe descia até a orla do vestido. Por baixo do véu percebi seus cabelos separados  ao meio.
Tinha o rosto bastante descoberto. Os pés apoiavam-se sobre um globo ou antes sobre  metade dele, pelo menos assim eu vi. Além disso, ela segurava nas mãos um globo que representa  o mundo”.
Então não é Nossa Senhora com as mãos para baixo como a gente está acostumado a  ver na pequena medalha. As nossas medalhinhas tem assim Nossa Senhora com a mão para baixo, na  verdade, era Nossa Senhora com um globo aqui na frente do peito. “E em cada dedo, Nossa Senhora  tinha três anéis com várias joias engastadas, várias pedras preciosas e dessas pedras preciosas  saiam raios.
Uns mais luminosos conforme a pedra era mais preciosa, outros menos luminosos  e havia anéis apagados”. E Nossa Senhora explica: “Essas são as graças que eu estou dando à  humanidade e os anéis que estão apagados são as graças que vocês ainda não ousaram pedir”,  mas vocês têm que pedir. Vocês têm que pedir.
“Enquanto eu me embevecia em contemplá-la, a  Santa Virgem baixou os olhos, fixando-os sobre mim. Ouvi uma voz que me dizia: “Este globo que  vedes representa o mundo inteiro, especialmente a França, e cada pessoa em particular”, bonito isso.  “Este globo representa o mundo inteiro, a França”, por que a França?
Porque a França era o centro das  revoluções das maluquices que estavam acontecendo e Nossa Senhora aparece na França exatamente com  uma resposta divina às revoluções. Então “cada pessoa em particular”, então nós estamos nesse  globo. “Aqui não sei exprimir o que senti, nem como eram belos, deslumbrantes os raios que via. 
Esses raios são símbolos das graças que derrama sobre as pessoas que mais pedem. A Santa Virgem  me fez compreender quanto lhes são agradáveis as orações dos que a invocam, quanto é generosa para  os que lhe pedem favores e quanta alegria sente em conceder-lhes o que lhe suplica. Nesse momento não  sei onde eu estava, nem onde não estava.
Formou-se então em torno da Santíssima Virgem um quadro  oval”, por isso as nossas medalhas são ovais, “um quadro oval onde estava escrito com letras  de ouro essas palavras: “Ó, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.  Essa invocação não era conhecida na época. E lembrem-se que a Imaculada Conceição não tinha  sido ainda proclamada pelo Papa Bem-aventurado Pio IX, portanto, era um debate interessante como  Nossa Senhora insiste no título de Imaculada em todas as aparições, nas três aparições, não  é?
Na França e também na aparição de Fátima, porque Nossa Senhora é Nossa Senhora do Rosário de  Fátima, mas é também o Imaculado Coração de Maria, ela aparece também como Imaculado Coração.  Então, Imaculada, a Imaculada. “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo, todas as  pessoas que trouxerem ao pescoço receberão grandes graças.
As graças serão abundantes para os  que as trouxerem com confiança”, então, veja só, aqui nós então temos uma questão teológica.  Nós estamos falando aqui de um sacramental, não de um amuleto. Não é?
Vocês têm que entender  o seguinte a medalha não é para a gente usá-la com superstição para dizer assim: “Ah, não,  eu vou usar a Medalha Milagrosa então. . .
”, não é a lâmpada de Aladim que você esfrega e  acontecem os milagrinhos, não é isso. “As pessoas que a carregarem com confiança”, claro que Nossa  Senhora pode atender orações até mesmo de pessoas que não confiam. Por exemplo, tem a famosa, a  conversão clamorosa de Afonso Tobias de Ratisbona.
Ele era um banqueiro judeu, emparentado com os  Rothschild, que judeu, portanto, não cristão, não acreditava em nada. Um amigo dele o desafiou:  “Use essa medalha durante nove dias e durante nove dias recite o “Lembrai-vos”, aquela oração de São  Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que  a Vós tenha recorrido”, etc. Pois o homem usou durante os nove dias e no meio dessa novena, Nossa  Senhora apareceu para ele como apareceu a Santa Catarina Labouré, lá em Roma, em Sant'Andrea  delle Fratte.
Sant'Andrea delle Fratte é uma igreja que fica perto, quem vai a Roma todo mundo  visita lá a Fontana di Trevi. Perto da Fontana di Trevi e ali a Galeria Colonna, Montecitorio,  etc. , entre as duas tem lá a Sant'Andrea delle Fratte.
E ali Nossa Senhora apareceu para ele,  ele se converteu, tornou-se padre jesuíta. Então compreende que os milagres de conversão foram  muito grandes e esse aqui é um dos mais famosos e clamorosos milagres de Nossa Senhora das Graças  através da Medalha Milagrosa. Então, porque, o que Nossa Senhora quer de nós com essa medalha? 
Bom, a primeira coisa que ela quer é uma oração. O que está escrito na medalha é: “Ó, Maria concebida  sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”, então confiar em quê? No Coração dela e no Coração  de Jesus.
Do outro lado da medalha aparece também, Nossa Senhora mostrou para ela o outro lado da  medalha, onde havia os dois corações, o Coração de Jesus coroado de espinhos e o Coração  Imaculado de Maria transpassado por uma espada, um M entrelaçado com uma cruz e as doze estrelas  como Nossa Senhora, no Apocalipse. Então aqui nós vemos a cruz da redenção, Nossa Senhora aos pés da  cruz como corredentora e aqui medianeira de todas as graças. São os dois dogmas que a gente espera  um dia ver proclamados, a medianeira de todas as graças e a corredentora.
Nossa Senhora então se  manifesta nessa confiança que nós precisamos ter no seu sagrado, no seu Imaculado Coração. Confiar  em Jesus e nela nestes tempos maus, nesses tempos terríveis. Depois Nossa Senhora apareceu  mais uma segunda vez, novamente reforçando a questão da medalha, em dezembro do mesmo ano e  aí Nossa Senhora disse pra Santa Catarina: “Olha, eu não vou aparecer mais pra você, mas você vai  me ouvir durante a oração”, grande consolação, imagina se nós tivéssemos essa graça de toda vez  que a gente vai rezar ouvir Nossa Senhora falar?
Então ela tinha essa locução interior, Nossa  Senhora que lhe falava, ela falou isso ao confessor, o confessor novamente – padre é um  negócio sério, não é? – teve dificuldade de acreditar, apesar da profecia cumprida, lá do rei  que foi destronado. Mas aconteceu uma epidemia de cólera em Paris.
Diante de tantas pessoas que  morriam, ele finalmente falou para o arcebispo, o arcebispo disse: “Olha, é uma coisa piedosa, se  não fizer bem, mal não faz, vamos mandar fazer as medalhas”. Então ele mandou fazer as medalhas,  no início só 1. 500, começaram a distribuir as medalhas, as pessoas começaram a curar da cólera e  então veio logo o apelido: “Médaille Miraculeuse”, essa medalha é milagrosa, então é milagrosa,  é milagrosa, medalha é milagrosa, medalha é milagrosa e o apelido pegou.
Na verdade é a  medalha de Nossa Senhora das Graças, mas enfim, Nossa Senhora das Graças e outra coisa importante  é que a Santa Catarina disse que Nossa Senhora apareceu como Nossa Senhora da Conceição e que,  portanto, agora a gente chama Nossa Senhora das Graças, mas vejam que a invocação é: “Ó, Maria  concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Bom, o fato porém e aqui é a coisa mais  extraordinária é que Santa Catarina Labouré falou tudo isso para o seu confessor e o confessor não  disse a ninguém quem era a freira que tinha visto, tinha tido a visão, ficou em absoluto segredo  durante quarenta e seis anos não se sabia quem era a freira, se sabia que tinha uma freira que  teve uma visão de Nossa Senhora e ela guardou esse segredo extraordinário. Essa humildade, é evidente  que no meio dessa história toda você pode imaginar maus tratos, perseguições dentro da comunidade,  etc.
, ninguém sabia, nem as superioras sabiam quem era a freira que tinha visto a medalha. No fim da  vida começaram a deduzir, até que finalmente seis meses antes de morrer, quando ela já estava mal,  não podia falar com o confessor, por um mandato do Céu, Nossa Senhora pediu então que ela falasse  que foi ela. Ela falou, a superiora que a tinha maltratado durante tanto tempo, se ajoelhou diante  dela pedindo perdão e ela então morreu.
Foi um triunfo. A mulher que viveu escondida, o enterro  dela foi um triunfo, porque todo mundo: “Morreu a irmã da Medalha Milagrosa”. E aí depois de morta,  então, ela ficou conhecida, Catarina Labouré, evidentemente a Igreja começou a pensar no  processo de canonização.
Sessenta anos depois de morta, cinquenta e quatro, cinquenta e seis anos  depois de morta, fizeram a exumação do cadáver: corpo intacto. Ainda hoje você pode ir lá na Rue  du Bac e é impressionante procure na internet: Santa Catarina Labouré. Aquilo que vocês veem lá,  a freira com as mãos assim, aquilo lá é o corpo dela intacto, quando o médico abriu o caixão e  viram, teve um médico que foi e abriu os olhos dela, o médico deu um passo para trás e um grande  grito porque os olhos estavam como que vivos, os olhos que viram Nossa Senhora, cintilavam. 
Interessante com relação aos olhos de Santa Catarina, que um padre que conheceu também  Bernadette Soubirous, a vidente de Lourdes, disse assim: “Os olhos de Bernadette resplandeciam  de luminosidade e eu não vi nunca olhos luminosos assim a não ser na Rue du Bac”, porque conhecia  a Catarina Labouré, já tinha conhecido a Catarina Labouré antes dela morrer. Então hoje nós temos  Nossa Senhora das Graças que intercede por nós, mas temos também Santa Catarina Labouré que  intercede por nós, que pede a Deus por nós e, portanto, essa realidade de nós termos essa  devoção. O que é então a Medalha Milagrosa?
Repito: não é um talismã, não é um patuá, não é  nada, é um sacramental que nos foi dado por Nossa Senhora e abençoado por um sacerdote. Para que nós  usamos esta medalha? Para que ela nos recorde a confiança que nós precisamos ter na Virgem Maria. 
Nesses momentos, nesses tempos maus, Nossa Senhora falou:“Les temps seront mauvais”, os tempos serão  maus, mas quando tudo parecer perdido, eu estarei lá”, esta é a mensagem da Medalha Milagrosa, “Ó,  Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Então estas graças que Nossa  Senhora quer acender, ela quer acender as graças que nós ainda não ousamos pedir, sem dúvida  nenhuma, curas, prodígios, graças temporais, mas sobretudo, a graça da conversão e da salvação  eterna, não é? Ou seja, a conversão do Afonso, depois ele tornou-se Afonso Maria, Afonso Tobias  de Ratisbona, nos mostra como, de fato, acontecem inúmeras conversões de pessoas através da Medalha  Milagrosa de Nossa Senhora, por quê?
Porque Nossa Senhora é participante da redenção junto com o  Cristo. Algumas pessoas acham isso exagerado, mas não é exagerado, por quê? Porque, do jeito que o  pecado entrou no mundo, assim também Deus quis que a salvação entrasse no mundo.
Eu sempre costumo  dizer nas minhas pregações: existia uma mulher, número um: ela era virgem, número dois: ela era  imaculada, número três: ela estava prometida em casamento a um homem, número quatro: ela foi  visitada por um anjo, número cinco: qual é o nome dessa virgem? Todo mundo diz Maria. Não, essa  virgem é Eva.
Eva era mulher, virgem, imaculada, porque antes do pecado original ela não tinha  cometido o pecado original, ela era esposa de um homem chamado Adão e foi visitada por um anjo  chamado Satanás, porque ela desobedeceu a perdição entrou no mundo. Agora, milhares de anos depois,  Deus repete a história ao reverso: uma mulher, virgem, imaculada, esposa de um homem chamado  José, foi visitada por um anjo chamado Gabriel e ela obedeceu e a salvação entrou no mundo, não  é? Então, o Verbo Encarnado que é Nosso Salvador, Jesus Cristo, veio ao mundo através do sim  de Maria e, portanto, ela tem uma forma, uma participação nessa herda da redenção.
Se vocês  forem ver é uma coisa de fé apostólica, não está na Bíblia, mas é fé apostólica, o título de Maria  como “Nova Eva”, não é? Quer dizer, nas primeiras gerações sub-apostólicas, os primeiros padres  apostólicos e apologistas, se vê em toda a bacia do Mediterrâneo aparecerem manuscritos antigos  das primeiras épocas do cristianismo dizendo que Jesus é o “Novo Adão” e Maria é a “Nova Eva”.  Ora, para isso acontecer em todos os lugares ao mesmo tempo só pode ser de um tempo anterior que  é o tempo dos Apóstolos.
Portanto, eu não tenho dúvida nenhuma que é parte do depósito da fé e  que um dia nós veremos a proclamação do dogma da corredenção de Nossa Senhora, Nossa Senhora como  corredentora, ou seja, Ele, o novo Adão, Redentor, único Redentor, e ela, corredentora. Corredentora  quer dizer o seguinte: ela participou nesta redenção que Ele fez, ela tem uma participação  única e, portanto, tem uma participação única também na salvação de todos os eleitos. Ou seja,  carregar a Medalha Milagrosa é carregar uma lembrança de nossa eleição, fomos escolhidos por  Deus para a salvação, para contemplar Deus face a face e, por isso, a corredenção, a cruz de Cristo  e o M atrás da medalha.
E, porque corredentora, então ela é medianeira de todas as graças. Você  vai dizer assim: “Mas, Padre, é absurdo Jesus é o único mediador entre Deus e o homem! ”, eu não  tenho dúvida nenhuma que Ele é o único mediador, mas Ele que é a escada entre Deus e o homem, a  única escada que existe entre Deus e o homem, entrou nesse mundo por uma porta e o nome  dessa porta é Maria.
Você não pode negar isso, Ele é o único mediador, única escada, isso aqui  é o sonho de Jacó conforme está lá no início do Evangelho de São João, quando Jesus fala com  Nathanael: “Vereis os anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. Ele é a escada, os anjos  vão trazendo as graças, subindo, levando nossas orações e trazendo as graças, e Jesus é a escada  onde sobem os anjos. Jesus é o único mediador, mas os anjos sobem e descem também como mediadores,  eles têm um sacerdócio, mas esta escada entra no mundo por uma porta, é a Porta do Céu, “Ianua  Coeli”, Nossa Senhora, Porta do Céu.
E, por isso, medianeira de todas as graças, por quê? Porque  todas as graças são o Cristo e o Cristo veio através dela. Então, quando nós vemos que, o que  é a redenção?
A redenção é o quê? É a destruição do mal. A redenção é quando o nosso pecado é  perdoado, quando o demônio é derrotado, diante dos males que afligem o mundo atual nós precisamos  de um redentor, nós precisamos da corredentora, nós precisamos daquela que luta junto conosco. 
Vejam que Nossa Senhora aparece com os pés em uma semiesfera e aos seus pés tem uma cobra e ela  pisa a cabeça da cobra. “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a sua  descendência e ela esmagará a tua cabeça”, é, sem dúvida nenhuma a mulher do Apocalipse. Santa  Catarina Labouré descreve Nossa Senhora quando ela aparece na terceira aparição, ela brilha  como o sol, a alusão ao Apocalipse é evidente, as doze estrelas na medalha, é evidente que  estamos falando da mesma mulher que foi prevista em Gênesis e que no Apocalipse aparece revestida  de glória.
Então, nossa confiança em Nossa Senhora deve ser realmente uma confiança inabalável, é  isso que ela nos ensina com a Medalha Milagrosa, “Ó, Maria concebida sem pecado”. Imagina num  mundo onde reina a maldade, você ter um coração concebido sem pecado, um coração humano de uma  pessoa humana, porque Jesus tem um coração humano, mas Ele não é uma pessoa humana, Ele é uma pessoa  divina, um coração humano, de uma pessoa humana completa, onde o pecado não teve lugar. E como  esse coração é vencedor e triunfante!
Em Lourdes, quando o demônio tenta Bernadette Soubirous,  Nossa Senhora, somente com um olhar, um olhar de repreensão faz com que o demônio se afaste.  Então Nossa Senhora, sem dúvida nenhuma, nos dá os instrumentos nesta batalha, nesses tempos maus  em que o mundo será colocado de cabeça para baixo, com males de todo tipo, nós estamos num mundo  de cabeça para baixo, sem dúvida nenhuma. Então, essa é a mensagem de Nossa Senhora da Medalha  Milagrosa.
Está bom? Vamos fazer um pequeno intervalo e depois do nosso intervalo  voltamos para responder algumas perguntas, termos um momento de conversa. Até mais.
Voltamos então para tentar responder algumas perguntas num diálogo com você. Começamos com  a Cecília Fraga: “Padre, como devemos usar a medalha? Ela deve ser colocada em nós por um  sacerdote?
”, não, Cecília a medalha não é como o escapulário. O escapulário é uma espécie de  um hábito, em que a pessoa é introduzida numa fraternidade, na fraternidade dos filhos de Nossa  Senhora do Carmo, portanto, ligadas à Ordem do Carmelo, à Ordem do Carmo. Já a medalha não tem  esse caráter de hábito, é um adereço que deve ser usado geralmente no pescoço, Nossa Senhora fala do  pescoço.
É evidente que algumas pessoas gostam de unir as várias devoções, eu acho que aqui tem  uma pergunta também uma pessoa que diz assim, o André Santos: “Padre, sua bênção é verdade que  a Medalha Milagrosa e a de São Bento são as únicas medalhas consideradas sacramentais e existe algum  exagero em usar outras medalhas e o escapulário de uma vez? ”, então veja, André essa questão de  usar as medalhas de uma vez, ou seja, é claro, a gente não deve ser supersticioso, mas existe um  hábito de muitas pessoas de usar, ao mesmo tempo, o escapulário, a Medalha Milagrosa e o terço  sempre consigo. Algumas pessoas unem isto ao fazer com que o meio do terço, o entremeio do terço,  os dois braços do terço tem aquela medalhinha que une ali no meio, então algumas pessoas gostam de  comprar o rosário tendo ali no entremeio do terço uma Medalha Milagrosa, aí já une as duas devoções,  você carrega o rosário e, ao mesmo tempo, a Medalha Milagrosa.
Eu tenho comigo sempre tanto  a Medalha Milagrosa, como o escapulário, como o terço, o terço no bolso, escapulário e medalha  no pescoço. Evidente que não é obrigatório, mas é que esses vários objetos nos lembram de  coisas diferentes. Vocês têm que entender o que é um sacramental.
O sacramental é um sinal que não  é como o Sacramento. O Sacramento realiza uma ação divina “ex opere operato”, ou seja, automática,  no sacramental não. No sacramental existe uma ação divina conforme a minha disposição interior, então  é evidente, Nossa Senhora do Carmo me recorda umas coisas, Nossa Senhora das Graças me recorda outras  coisas, o terço me recorda outras coisas, então, tudo aquilo vai me ajudando para me dispor  na minha oração.
Até mesmo santos, grandes místicos como Nossa Senhora, como Santa Teresa  d'Ávila, ela não deixava de rezar com imagens, com objetos sagrados, portanto, não é algo  que a gente deva desprezar. Com relação a essa coisa de que somente a Medalha Milagrosa  e a de São Bento são consideradas sacramentais, eu não saberia te responder, André, eu teria  que pesquisar, mas é a primeira vez que eu ouço. Veja, eu posso ser ignorante, não é,  então no que eu ignoro é melhor ficar quieto.
Manuel Roldão: “À equipe do Padre Paulo  Ricardo: vocês vão disponibilizar uma novena com material complementar”, sim,  amanhã já vai estar no ar aí uma novena de Nossa Senhora para vocês se prepararem  para a Festa da Medalha Milagrosa, no dia 27. Davi Maria: “Estou assistindo com meus irmãos.  Padre, qual a sua posição sobre as aparições de Nossa Senhora no mundo atual?
”. Olha, Davi, nós  vivemos tempos difíceis, por isso as aparições de Nossa Senhora parece que se intensificam. Eu  não estou dizendo que tudo aquilo que se diz ser aparição de Nossa Senhora seja de fato, a gente  não precisa ser excessivamente crédulo nessas coisas.
Nós sabemos que as aparições exigem de  nós fé humana, o que quer dizer fé humana? São os argumentos que vão te convencer. É diferente da  fé divina, a fé divina é, eu digo “Nossa Senhora é Imaculada”, bom, isso aí você tem que aceitar como  fé divina, não preciso provar para você, a Igreja está dizendo, faz parte depois da revelação,  é fé católica infalível, você crê e acabou.
Claro que você pode fazer raciocínios sobre isso  e teologicamente pensar mais, porém, é fé divina. Já a fé a respeito das aparições é fé humana, isso  quer dizer o seguinte: você vai e você tem que ver que provas você tem, que indícios você tem, que  indicações você tem de que aquilo é crível. Então, por exemplo, os vários milagres com relação à  Medalha Milagrosa, o corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré, para mim são provas mais do que  suficientes de que aquilo realmente é um milagre de Deus.
É uma coisa realmente impressionante você  ir na Rue du Bac e ver o corpo de Santa Catarina, ali, está lá para você ver, então. Agora vamos  aqui lembrar de uma coisa: quando você tem a virtude da fé, você é católico, tem a virtude da  fé, então é evidente que essa virtude da fé te ajuda, também pode te ajudar a dar esse passo de  fé humana com relação às aparições. É importante recordar o seguinte: não sei se aqui saio muito  do assunto, mas as pessoas têm que entender essa questão da virtude da fé.
Hoje à tarde eu  conversava com um padre e o padre me dizia: “O Catecismo de São Pio V nos recorda que a  virtude da fé é um todo”, quando você crê, você tem a virtude da fé, você tem que crer  em todos os dogmas e em todos os ensinamentos. Se você diz assim: “Eu creio em tudo, menos na  Imaculada Conceição”, então você não tem a virtude da fé. “Não, mas eu creio que Jesus é Deus”, tudo  bem, você não crê que Jesus é Deus por fé divina, você crê que Jesus é Deus por um convencimento  humano.
Então, não sei se dá para ver a diferença, ou seja, você crê que Jesus é Deus com fé  divina quando você crê que Jesus é Deus, crê que a Igreja é infalível, crê no Sumo Pontífice,  crê na Imaculada Conceição, etc. , quando você começa a não crer, você começa a escolher no que  você vai crer, você vai perder a fé, você perde a fé inteira. Então, aí você veja como  infelizmente existem irmãozinhos católicos que não têm fé, “Não, mas eu creio que Jesus é Deus”,  sim, você crê, mas esse seu crer é uma fé humana, é uma opinião humana sua.
A fé sobrenatural,  virtude divina infusa em nosso coração é um todo, ou você crê tudo ou você não crê em nada, porque  se você começa a escolher em que você vai crer é um sinal de que você não está disposto a crer,  você está disposto a ser convencido, entendeu? Então isso não é fé, isso é opinião humana. Então  quem tem uma fé sobrenatural, por conaturalidade, pode então crer com mais, digamos assim,  facilidade, nas aparições autênticas, embora as aparições autênticas exijam de nós fé humana e  não fé divina.
Não sei se esclareceu alguma coisa, mas em todo caso a ideia é mais ou menos essa. André Cardoso: “Quais são as graças prometidas por Nossa Senhora para quem usar a Medalha Milagrosa  e qual é o efeito dela contra Satanás? ”.
Olha, André, Nossa Senhora prometeu as graças  necessárias para nós, para nossa salvação. As graças são várias, lembra os anéis? São várias  graças, umas maiores outras menores, umas são graças sobrenaturais de salvação, etc.
, outras  são graças concedidas para bens temporais, curas, coisas assim que são desse mundo, no entanto,  estas graças claramente têm também, são todas uma força positiva na nossa luta contra o pecado que é  aquilo que realmente nos impede de chegar ao reino dos Céus. O nosso maior inimigo são nós mesmos,  nós sabemos que são três inimigos: Satanás, o mundo e a carne, mas o pior deles é a carne,  eu mesmo. Por quê?
Porque Satanás pode me tentar desde fora, o mundo pode tentar me combater, mas,  somente eu posso fazer a mim o verdadeiro mal, que é fazer com que eu perca a salvação eterna. A  tentação do diabo nunca é tão grande que me obriga a pecar, o mundo nunca vai conseguir me tirar essa  liberdade de crer e confiar em Deus, então é por isso que a Medalha Milagrosa é uma ajuda à minha  fé para que eu, com decisão pessoal e confiança, esteja realmente recebendo de Nossa Senhora as  graças para que eu não caia em pecado. A gente tem que pedir a graça de não ofender a Deus, a graça  de ser santo, a graça de permanecer, a graça da perseverança final, temos que pedir a Deus.
Luiz Felipe: “Querido Padre, a medalha deve ser portada todo o tempo em um cordão ou pode  ser levada conosco de outra forma, chaveiros, ilustrações, a bênção de Nossa Senhora depende  do seguimento preciso? ”. Veja, na realidade, não se prescreve nada, as pessoas levam a medalha  geralmente no pescoço, mas geralmente, eu sempre trazia comigo a Medalha Milagrosa no chaveiro  do carro também, as pessoas podem colocar, o importante é o seguinte, é você lembrar que o  sacramental não é um amuleto, ele está lá para te lembrar essa confiança, essa oração: “Ó,  Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”, esse recurso à Virgem Maria,  essa confiança, essa confiança é que deve ser realmente o objeto.
Você tem que ver que a medalha  é um instrumento, um instrumento, mas a ação interior é que é importante. Então, na realidade,  não é tanto questão de estar no pescoço ou estar em outro lugar, é uma questão mais de você  realmente confiar em Nossa Senhora e ter aquela medalha que ajuda você na sua vida de oração. Então vamos aí preparar a nossa novena dia 27, sexta-feira, nós iremos então ter a Festa  de Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Esse aniversário dessa  aparição tão importante, que teve frutos tão importantes e que nos dá esse instrumento, essa  arma para nós combatermos os males do mundo com essa confiança filial da Virgem Santíssima. Está  bom? Então vamos pedir a ela as suas graças: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco;  bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe  de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém. Abençoe-vos o Deus  Todo-Poderoso Pai, Filho e Espírito Santo Amém.
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