e de verdade eu acho até que acaba sendo uma armadilha você simplificar fatores humanos em fator humano e como temos uma indústria que a gente usa muito as mãos né a nossa atividade produtiva usa muito as mãos que que a gente conclui no final do ano os nossos acidentes foram mais com as mãos e aí o que a gente a gente faz um Ban bonitão coloca todo mundo colocar a mãozinha colorida todo mundo assina fica lindo pro marke eu adoro essa ação Mas essa não é uma barreira de proteção uma frase também muito batida contexto
influencia o comportamento isso faz muito sentido para mim [Música] bom hoje eu recebo no bate-papo com o especialista o Engenheiro Tomás Douro Tomás é um prazer te receber aqui no canal SSM em PA Obrigado Rogério prazer é todo meu esse é um espaço muito didático um espaço que a gente admira muito então para mim é muita felicidade estar aqui conversando com você obrigado meu amigo poderia te apresentar um pouquinho melhor para quem não te conhece eu sei que muita gente conhece na na nossa área mas podia né né explorar um pouquinho mais isso né quem
é o Tomás da onde é que tu é um pouquinho da tua trajetória com certeza meu amigo bom para quem não me conhece não tá acostumado aí eu sou Tomás eh eu tenho dois filhos Eu tenho a Maria Clara de dois aninhos tenho João Pedro de 5 anos tô apaixonado pela paternidade a paternidade entrou muito profundamente na minha vida né então Eh muita das coisas até que eu falo do que eu faço tem muita ver com com esses aprendizados da paternidade eu sou casado com a Bárbara Bárbara também é engenheira de segurança então aqui em
casa são dois engenheiros de segurança né para tormentar um pouco a vida da criançada a gente mora atualmente em Macaé numa cidade aqui do Rio de Janeiro mas eu sou natural de Volta Redonda do interior do Rio também né eu já tô na área de sms há mais ou menos 20 anos eh vou fazer no ano que vem 20 anos Comecei em 2005 na área de sms Passei por algumas indústrias metalurgia Passei pela área hospitalar grandes construções né eu passei por exemplo no na construção de imunidade no Comper em Tabaí uma unidade bem grande e
a gente chegou a ter 3.000 empregados ali nessa construção né nessa nessa obra eh mas o meu maior momento meu maior tempo de de de experiência ele é no ramo offshore né então trabalhei em operadoras trabalhei em em prestação de serviço para para Petrobras né e é onde hoje eu atuo hoje eu atuo aqui na Petrobras eh de Formação eu sou técnico de segurança desses 20 anos aí 10 anos foram como técnico de segurança e dos outros 10 anos como engenheiro de segurança né Eu sou formado em engenharia ambiental de base engenharia de segurança e
pois eu fiz um NBA com o nosso amigo Fábio Arruda que já teve aqui né com NBA de gestão de SST e fatores humanos né Eh então um pouquinho aí da minha história eu também tenho um um uma um sou um influencer ali do Instagram gosto de fazer lives eu tenho ali um um um canalzinho bem bem particular né Eu costumo dizer que é uma terapia para mim ali né Eh que chama prevenção em livros e eu também tenho faço parte de um projeto que chama segurança e saúde nas escolas é um projeto que começou
com orlandino Tec segurança lá de Du de Caxias mas a cada ano ele vai ganhando força crescendo e hoje ele já tá pelo Brasil inteiro Rogério é fantástico Ministério Público adotou Ministério do Trabalho a it e assim eu vejo cada ano que passa esse projeto crescendo demais o orlandino é deve sentir muito orgulho do que ele começou porque é um projeto muito bacana né bom sou apaixonado aí por Livros apaixonado por viagens sou um ex grafiteiro um grafiteiro aposentado mas ajuda um pouquinho aí da das criatividade as loucuras que a gente tem aí de aprendizado
né e sou com autor dos livros aí do Fábio Arruda eu não tô com nenhum deles aqui mas eu costumo participar anualmente aí com e de S bom um pouquinho da minha vida pessoal profissional e do que eu gosto de fazer me legal cara Acho que eu eu também tô fazendo NBA lá com Fábio agora mesmo que tu já fez tô tô fazendo esse ano então Fábio me fez o convite aí também eu tava horas querendo e vou vou participar do livro do Fábio também nos o primeiro lá el me convidou não consegui encaixar nenhum
ainda agora esse ano eu disse para ele que vou vou estar junto lá com vocês né E vai ser um maior prazer também bom eu te acompanho nas redes né Tomás e e te vejo sempre envolvido pauta sobre fatores humanos porém eu eu ainda acredito que existe um Talvez uma falta de entendimento sobre esse tema e talvez até uma confusão sobre o que que é fator humano e que que são fatores humanos né tu pode nos Explicar sobre isso bom cara muito legal você começar com essa pergunta Ô rogo e de verdade eu acho até
que acaba sendo uma armadilha você simplificar fatores humanos em fator humano né quando você pensa em fator humano você tá pensando Só no indivíduo em Como Influenciar o indivíduo com o que ele pode lhe entregar né então com a sua expertise com sua experiência com seus treinamentos você fica preso naquilo né só comportamento como que eu mudo o comportamento então o fator humano ele ele ele simplifica a complexidade que é você olhar uma atividade com essa cabeça com viés de fatores humanos né porque fatores humanos é além do indivíduo é é é o indivíduo no
centro mas tudo que interage com esse indivíduo para que ele possa tomar a sua a sua ação tomar a sua decisão né E aí que você vê a complexidade que é então quando a gente fala de fatores humanos é a gente olhar para essas interações né se a gente pensar num desenho né Tem um gráfico muito legal que o Josué apresenta que é um um dos tutores nossos de fatores humanos aí no Brasil seão no mundo né Eh mas é colocando o indivíduo no meio e tudo que interage em volta né então você tem um
indivíduo interagindo com a tecnologia né com fatores organizacionais com os seus fatores individuais com os fatores ambientais Por que não os fatores financeiros né então tudo que você consegue imaginar que vai interagindo com o ser humano para a sua decisão né que influencia na sua tomada de decisão ou na sua ação aí você tá tá olhando para fatores humanos no plural né Eu costumo também trazer uma forma bem didática pra gente imaginar né Vamos pensar num soldador soldador ele é o fator humano né o soldador ele é o fator humano O que que você precisa
para que aquele soldador faça sua atividade né então você precisa que ele tenha uma máquina de solda precisa de Epi precisa de manta precisa de eletrodo cara um monte de coisa tecnológica para que ele possa desempenhar sua atividade o que que ele precisa para para fazer a sua a sua solda ele precisa de padrão ele precisa de hierarquia ele precisa de de eh eh Cultura né como que as coisas acontecem naquele ambiente que ele tá trabalhando Então são fatores organizacionais que influenciam na sua solda né O que que o soldador precisa em relação ao ambiente
que ele tá inserido né você tem ruído se tem calor se como é que tá o layout da onde ele tá trabalhando né a disposição das máquinas né os acessos se é trabalho em altura se é trabalho no espaço confinado né E também o fator individual como é que ele tem treinamento sua expertise suas ansiedades seus medos enfim Olha a quantidade de interação que tem que acontecer para acontecer a solda então fatores humanos é perceber tudo isso interagindo né então é muito simplista a gente olhar fator humano no singular sendo que é tão complexo a
gente entender que todas essas interações precisam acontecer para que a gente tenha a solda a atividade é ele fazer a solda numa tubulação mas ele precisa se envolver com tecnologia com organizacional com ambiente com outros indivíduos e tudo mais né então Eh para mim é uma armadilha Porque aí às vezes as pessoas pega só o fator individual né coloca como fator humano e aí você vê algumas ações reduzidas dentro de um contexto de fatores humanos esses dias uma empresa tava apresentando que colocou a carinha de feliz ou triste no DDS né e falou ó aqui
a gente tá trabalhando com fatores humanos no meu DDS tem se o cara tá triste ou feliz não é que isso não seja uma uma ação não não é criticando ação mas acreditar que aquilo ali é você fazer fatores humanos né é muito simplista então tem que tomar cuidado fator humano é o indivíduo fatores humanos é tudo que você vê interagindo para que esse indivídu possa entregar né o o que ele tá te propondo né a atividade dele a tarefa dele perfeito cara tu explicou de uma maneira bem didática acho que quem tá nos assistindo
que não n que não tinha esse tinha essa dúvida ainda com certeza agora ficou mais claro né Eh Tomás eh fatores humanos também não é algo tão novo né a gente já fala sobre isso aí há mais de 20 anos embora tem muitas pessoas que não ten conhecimento sobre o assunto eh na tua visão com a experiência que tu tens como que os fatores humanos eles impactam a segurança do trabalho bom cara você tem Total razão fatores humanos ele não tem nada de novo né e a interação de tudo isso com o trabalho né ele
já é conhecido há muito tempo a ergonomia por exemplo que a gente pode assemelhar com fatores humanos Ela é bem mais antiga né e a gente às vezes às vezes não né aqui a gente pegou ergonomia e tornou ela encadeia como o pessoal brinca né E fica vendo só altura de computador e tal então ali já era pra gente estudar o trabalho e ver quais as interações que você tem para que você possa ter o melhor desempenho humano né Eh quando você pega também muito antigo Primeira Guerra segunda guerra mundial né quando o o pessoal
voltou da segunda guerra mundial eles perceberam que eles eram muito mais abatidos por uma questão própria né de aeronave de piloto do que pelo próprio inimigo eles estavam perdendo a guerra para eles mesmos né então na próxima guerra Eles já estruturaram melhor a seleção desses pilotos já melhoraram a tecnologia que era o o a aeronave então assim fatores humanos é realmente muito antigo né que a gente vê agora ele entrando muito forte na indústria que eu tô atuando né na indústria de olho gás e eh tem se discutido muito sobre isso tá isso já na
Aviação já é muito mais antigo eles já estão muito mais estruturados inclusive acaba sendo uma de nossas referências né mas eh eh na nossa indústria é uma coisa mais mais nova Então vem agência a agência começa a a colocar fatores humanos dentro do regulamento você pegar o regulamento da NP ela tem muitos pontos que ela fala de fatores humanos ent a fase de projeto comissionamento fase de de de descomissionamento né então a vida útil toda de uma instalação e aí você vê as operadoras de o mercado se movimentando para que possa possa implementar fatores humanos
Então para mim não é 20 anos nem saberia precisar o tempo mas o que a gente percebe é que a gente a gente entendeu que a gente vive uma complexidade diferente de antes né época de Taylor que o pessoal tinha lá o pessoal brinca né do dos Tempos Modernos né que o pessoal era uma atividade muito menos tecnológica Então não dá pra gente ver a nossa indústria ver a segurança ver o nosso com a mesmo olhar daquela época então a gente precisa de uma nova visão e para mim a fatores humanos é você olhar diferente
pra mesma coisa né então você tem as mesmas relações o trabalho tem que ser conduzido entregue mas a complexidade é outra Você precisa olhar diferente né Então para mim não é uma abordagem nova mesmo mas a forma como a gente entende o erro humano hoje para mim é uma abordagem nova da segurança tradicional que a gente tanto vivia né então então acaba que fatores humanos conseguem impactar a indústria porque sai de um patamar não sei se você já reparou mas quando você pega o gráfico dos acidentes fatais no Brasil você pega os últimos 20 anos
a gente tá ali ó 2500 acidentes fatais por ano não muda a gente mata 2500 pessoas por ano por acidente do trabalho né então é é é é mais do que provado que a gente tem que fazer alguma coisa diferente pra gente melhorar esse cenário e fatores humanos acaba trazendo essa oportun idade da gente olhar as interações de trabalho as interações para que a gente possa entregar e aí de fato a gente alçar novos voos né Então para mim fatores humanos acaba sendo novo pela visão Mas é bem antigo por toda ciência estudo e aplicação
perfeito e é possível medir a aplicação de fatores humanos né a gente quem trabalha com engenharia quem trabalha no mundo corporativo a gente sempre sabe da importância de de mostrar que isso né Por exemplo numa numa aplicação de fatores humanos é é é possível tem indicadores que mostram se existe evolução em termos de saúde e segurança ou não cara é engraçado a gente tem o Adilson já teve aqui também né o Adilson fala uma coisa engraçado né o engenheiro gosta de tudo gosta de botar tudo no gráfico né o engenheiro gosta de tudo pornográfico né
ele faz essa brincadeira e faz muito sentido né Realmente a gente quer indicador medir tudo e e a gente a gente acredita que a gente só consegue gerenciar o que a gente mede tem algumas falas aí do de de grandes pensadores até que que que que que corroboram com isso né bom de verdade para mim o que muda não é o que a gente mede para mim a a nova percepção olhar com vias de fatores humanos é mudar o como tá então Existem várias formas da gente medir fatores humanos e para mim o que tem
que mudar é o como o que que a gente tá medindo o que que a gente tá buscando o que que a gente tá querendo gerar com com com o que a gente tá medindo Então vou dar um exemplo né a gente aqui na indústria tem uma ferramenta que chama auditoria comportamental e que ela conhecida por muita gente né E como ela foi medida a vida inteira eh quem fez quem não fez é a meta o supervisor tinha que fazer 10 no mês e a gente mede lá se ele fez 10 ou não fez 10
não importa o que ele fez né importa se ele cumpriu a meta né você olhar com fatores humanos né Eh eh eh você buscar o aprendizado Não importa se ele fez 10 ou se ele fez uma mas importa o quanto Meu sistema tá sendo eh eh alimentado e melhorado com essas auditorias comportamentais Então você troca Como que você vai medir o que que o que que você vai medir né como que você vai medir né a gente tem uma indústria isso também não é do do do do da indústria offshore isso é de uma maneira
geral pela segurança tradicional uma crença que aquelas empresas que T baixa taxa de acidente é uma empresa segura a gente mede né segurança pela ausência de asdente isso aí já é batido né então você olhar com fatores humanos você sai desse olhar de acreditar que a segurança é medida pela ausência do acidente para outros olhares Então você só muda o como que mede então por exemplo uma coisa importante pra gente medir é o backlog de manutenção né que são aquelas manutenções que não são executadas conforme o plano isso diz muito mais pra gente do que
o cara que teve uma topada no dedão andando na na na passarela da plataforma né então e é é a gente trocar esse olhar e e olhar o pessoal às vezes fica esperando indicador de fatores humanos Às vezes a gente até Brinca Aqui internamente onde eu trabalho o pessoal quer um indicador que esteja com nome e fatores humanos mas na verdade cara você fazer indicadores montar indicadores e perceber tudo que interage com o ser humano você está eh eh criando indicadores para ver o seu desempenho dentro do viagem de fatores humanos né então manutenção pra
gente é super importante por quê Porque interage diretamente com a tecnologia disponível para que o cara possa eh executar o seu trabalho né então outra coisa também que a gente costuma medir nr35 33 aqueles treinamentos né então se você for numa segurança tradicional O que que você mede que é o vencimento né Você tem 10 pessoas trabalham em altura quantas que estão vencido quantos que não tão vencido beleza vamos medir isso mas a gente consegue medir quanto que a gente tá gerando de aprendizado com trabalho altura ao longo do tempo daquele trabalhador olhar para fatores
humanos é a gente extrair esse indicador quantos simulados eu fiz né quantas eh eh rodas de conversa eu fiz sobre trabalho em altura né quanto aprendizado ativo eu tive dentro de trabalho em altura e não só se o Car foi treinado a cada 2 anos né o treinamento a cada 2 anos formal 8 horas a gente mostra aquilo ali como indicador de segurança olhar com fatores humanos é você indicar que ao longo daqueles dois anos você foi criando uma educação continuada para aquela tarefa né então assim procurar um indicador que esteja lá eu tenho fatores
humanos ou não não conheço a gente acha que não vai ter né o J José sempre fala a gente quer o checklist de fatores humanos a gente não vai ter o checklist de fatores humanos mas entender a importância desses indicadores que eu fui comentando backlog de manutenção auditoria comportamental gerando aprendizado a educação continuada você está gerando indicadores que olham com viés de fatores humanos paraa sua operação quer dizer que até um um um DDS se né se se bem utilizado ou se bem eh estruturado ele ele pode gerar indicador de fatores humanos com certeza com
certeza é sair do que pro como né ou como que eu vou medir que que eu quero enxergar que que eu quero medir que que eu quero aprender né porque pensar em fatores humanos é é pensar em aprender e melhorar né não é culpar e punir é aprender e melhorar então se eu conseguir fazer esse indicador me gerar aprendizado e melhorar o meu sistema eu já tô com viés de fatores humanos perfeito e tu pode compartilhar já falou alguns exemplos Mas pode compartilhar alguns outros exemplos práticos de como essas abordagens aí focadas em fatores humanos
elas impactam ou podem impactar nos resultados de segurança no trabalho bom Rogério eh eu acho que assim antes da gente pensar em fatores humanos eh uma coisa que converso muito com com o pessoal da área de fatores humanos né e e é que a gente tem que entender que o que o erro humano hoje é um é é diferente do passado a gente precisa acreditar nisso sabe entender isso né Por que que eu tô te falando isso os exemplos práticos é é uma demonstração de como a gente era simplista numa segurança tradicional e como que
a gente aprende quando a gente põe fatores humanos no no no no nosso na nossa nossa bolsa na nossa mochila de aprendizado né então eh a gente tem uns projetos aqui onde eu trabalho onde a gente aprende com esses acidentes eu posso te dizer dizer que há anos atrás muitos anos atrás né quando eu comecei a fazer análise de acidente eh chegar naquela naquela caixinha ali de que o cara errou que o cara não percebeu o risco isso era muito comum isso era muito comum então hoje a gente recebe ainda muita análise como se fosse
um problema de percepção de risco uma problema de falta de atenção né então como exemplo prático por exemplo uma vez Caiu um um uma peça um equipamento ele caiu e a primeira coisa que veio na análise era o cara amarrou errado simples assim né ó o que você faz ou treina faz DDS abrangência no DDS demite né ações do tipo né quando a gente começa a explorar o trabalho real Como é que é seu trabalho no dia a dia me conta como é que a carga chega como é que você Isa Quais são os padrões
que te ajudam o que que te atrapalha quando você começa a entender isso a nossa análise saiu de um problema de mar ração para uma ramificação extremamente complexa on a gente tinha oito nove causas que contribuíram para aquela ocorrência né então isso é um exemplo prático outro exemplo prático o cara uma vez tava foi trabalhar ele foi pegar numa no m xarifado uma parafusadeira ela não funcionava aí ele foi de novo no homo xarifado para pedir uma outra parafusadeira ela não funcionou E aí ele foi pela terceira vez pegar uma parafusadeira essa tava improvisada Mangueira
dela tava com engate improvisado mas ela funcionava Ele usou ou não usou ele usou furadeira é claro que ele vai usar a parafusadeira né E aí obviamente ela se rompeu e ela bateu na canela dele tá então desculpa eh é um exemplo prático de que o seguinte a gente deixou uma parafusadeira a tecnologia chegar errado para uma atividade produtiva né então a gente precisou analisar como é que a gente alugava isso como é que ela chegava na nossa empresa como é que a gente levava isso para Bordo e todos os passos Então você analisar isso
com viés de fatores humanos é é você sair dessa culpabilização do que é simples para olhar pro sistema né uma coisa que a gente faz todo ano todas as empresas eu já fiz milhares de vezes a gente olha pros nossos acidentes e como temos uma indústria que a gente usa muitas mãos né a nossa atividade produtiva usa muitas mãos que que a gente conclui no final do mano que os nossos acidentes foram mais com as mãos N E aí o que que a gente faz a gente faz um banner bonitão coloca todo mundo para colocar
a mãozinha colorida todo mundo assina fica lindo pro marketing eu adoro essa ação Mas essa não é uma barreira de proteção olhar com fatores humanos é quais atividades que eu tenho e que colocam a mão do meu profissional em risco ali ó em contato direto então uma coisa que foi feita aqui muito legal né E tem até um vídeo no YouTube no canal segurança positiva eu acho falando sobre isso eh a gente fez um book de RS off né todas as ferramentas que tiram a mão do Risco e a gente começou a estudar e pilotar
né Vamos tirar o risco da mão por exemplo para usar chave de impacto Vamos colocar o fing save né Vamos tirar o risco da mão com o uso da marreta Vamos colocar Ash de impacto a gente começou a substituir né Por tecnologias aquilo que colocava a mão em risco né então pensar em fatores humanos é isso ao invés de insistir pro cara que o cara tem que ter atenção né uma coisa que a gente brinca bastante aqui também ainda a gente fica insistindo naquela posição para levantar carga manual né e bom é importante a gente
precisa saber qual é a postura adequada mas hoje já tem tecnologia pra gente PR ajudar a gente Nisso porque você imagina um cara que vai descarregar sei lá 100 caixas no dia o cara ficar pensando né e e cara poxa a gente precisa sair dessa para uma uma visão mais sistêmica né do que ficar ali retre o cara retre faz deds troca o cara e o problema continua né E a gente vai continuando com o problema então só alguns exemplos práticos aí que a gente pode mudar a nossa perspectiva quanto a gente negar o trabalho
real Isso vai acontecer né é isso tá muito potado lá no taylorismo que a gente falou lá em cima né porque assim antes era alguém pensa e alguém executa não tinha a participação de quem executava e quem pensava mas vivemos uma era diferente cara você imagina minha filha de 2 anos cara ela já tem a a a o que ela quer ela já sabe mexer no meu celular ninguém ensinou ela não fez curso ela já nasceu sabendo praticamente então assim não dá pra gente tratar com o mesmo remédio Rogério é essa a questão né então
a gente sempre vai ter variabilidade a gente nunca vai conseguir pegar o real e o e o prescrito idêntico mas a gente precisa perceber isso né e a gente precisa ouvir as pessoas pra gente diminuir isso e tornar o sistema resiliente ao ponto que essa diferença Ela não ela elas ela ela Gere pra gente uma falha segura é complexo é difícil mas esse é o nosso objetivo né po gente tá falando de fatores humanos desde o início do nosso papo aqui mas e aquela pecinha fundamental para que tudo isso aconteça que é o ser humano
dentro desse contexto todo qual olhar e qual posição que a gente deve inserir o ser humano para mim é no desenho que eu fiz inicialmente você coloca ele no meio no centro né E você a partir do ser humano a partir do trabalho a partir da tarefa você entender todas as interações que provocam sucessos e insucessos nesse ser humano e a gente poder mexer nessas interações a gente poder influenciar né uma frase também muito batida o contexto influencia o comportamento isso faz muito sentido para mim né então se eu puder mexer no contexto se eu
puder mexer no contexto influenciar o contexto eu tô influenciando e eh o ser humano para isso ele tem que tá no centro para isso ele precisa participar para isso ele precisa ser consultado né para isso ele precisa estar envolvido ele tem que tá engajado né não é fácil mas é isso a gente fazer com que ele participe da da da construção do trabalho dele né Eh por isso que eu falei né assim a visão taylorista ela ainda é uma visão muito de quem pensa e quem executa né então acaba que a gente às vezes não
consegue fazer isso então a gente vê a gente brinca também muo eu falo que a gente brinca né porque a gente tem uns grupos aí que a gente conversa bastante sobre o assunto e às vezes a gente vê o pessoal em grupo de WhatsApp pedindo análise de risco de de tal e tal situação ou pedindo um treinamento e aplica aquilo lá descontextualizado nem sa né cara não dá para fazer segurança dessa forma né então a gente precisa contextualizar precisa influenciar quem executa ol participar quem executa né então eu acho que o ser humano o executante
quem faz precisa tá o tempo todo participando e colaborando pro sistema evoluir pro sistema aprender e melhorar fala muito aqui no canal também sobre Carreira dos profissionais de scma né Eh na tua visão os profissionais de segurança e saúde eh de maneira geral eles conhecem e conseguem ter uma abordagem de fatores humanos ou ou não né e o que que que é preciso fazer para que isso eh venha né Eh para Para conhecimento dentro desses novos desafios que a gente tem atualmente né com esse mundo complexo com esse mundo dinâmico é cara eu posso te
dizer que assim a gente ainda tá caminhando em passos lentos né quando a gente vê a nossa formação ela não ajuda ela não propicia né então você não tem isso sendo discutido na na na na universidade isso sendo discutido no curso técnico né mesmo vendo força de algumas pessoas com iniciativas do tipo né Você tem o Diego prata em Campus por exemplo com projeto social magnífico num curso de técnico de segurança levando esses assuntos de forma gratuita para os alunos né A Eloísa Guimarães parece que tem alguma coisa também em Vitória né a deí também
parece que tem alguma coisa eu comecei aqui em Macaé junto com com SEMAL uma escola aqui de de de Macaé então assim existe alguns movimentos muito individuais ali muito eh eh voluntá eh voluntário né desses profissionais para fazer um um um barulhinho ali né mas isso hoje ainda não é da formação a gente continua formando os profissionais com essa cabeça ainda muito eh de uma segurança tradicional tá aí cara hoje tem uma coisa que que complica um pouco pra gente que é a quantidade de informação hoje a gente é engolido pela quantidade de informação você
tem YouTube você tem podcast você tem livro você tem um monte de coisa né E aí às vezes a gente fica um pouco perdido né então hoje o profissional de segurança quando me procura E isso acontece com frequência e e fala Tomás o que que eu posso olhar o que que eu para onde que eu tenho que olhar que que eu preciso fazer para poder abrir um pouquinho mais a minha cabeça eu levo ele para alguns canais que eu tenho mais eh eh afinidade e e que eu costumo usar pro meu aprendizado né então o
professor Josuel tem um canal no YouTube muito bacana sobre fatores humanos a ubq traz direto e discussão sobre fatores humanos aí Traz a NP traz a a jusa Monteiro da dnv que ela tem vários exemplos Magníficos da prática eh você tem a ergonomia da atividade do Raoni Rocha né Eu acho até que ele não tá fazendo muito mas ele já produziu tanta coisa né o próprio ssma em Pauta que traz um monte de gente bacana né para que a gente possa aprender com com com com as pessoas que que estão fazendo alguma coisa que traz
alguma prática o podcast da análise de risco os meninos também são muito bom Inclusive eu eu eu Junho vou est lá num análise de risco com os meninos do podcast né tô dando um spoiler aqui não sei nem se eu podia mas eu vou est lá com os meninos eu assisto também né então a gente a gente são eu eu concordo contigo são todos os canais do rauni também eu assisto agora acho que ele deu uma parada né de de mas assim também tem conteúdos maravilhosos né e e o análise de risco eu assisto com
certeza exato então assim tem alguns canais assim é é você realmente conhecer ali os profissionais que tão estudando ou influenciando de alguma forma para você seguir os canais que eles estão né hoje em dia tem muito filme série também então se você pegar o Netflix tem fukushima bopal tem eh o da Bong o caso da Bong cara o problema é esse né Tem muita informação então eu sempre oriento o pessoal assim ó com com relação a a a a conteúdo da internet tenta se orientar pel aquelas pessoas que você acredita que tá falando uma coisa
legal então se ele tiver um canal do YouTube olha se ele tiver participando num canal de um colega vai lá e olha se Ele publicou algum material lá no Linkedin você olha Então vai vai devagarzinho conhecendo as pessoas não tenta afogar não senão você e se mata e de Formação mesmo a gente tem o curso do do Fábio Arruda que é o que eu conheço né eh do Instituto Rui Barbosa tem o dapc mas o dapc hoje ainda é só para profissional da Petrobras Então ainda não tá aberto ao público né E você tem também
um de ergonomia acho que na frj com Francisco Duarte né então são poucas formações ainda tá ô Rogério Então hoje a gente tá pouco caminhando em Passo lento né A minha sugestão é que as pessoas reconheçam quem tá produzindo alguma coisa para acompanhar o trabalho né E se quiser uma formação tem que procurar essas três formações aí que eu citei e pros profissionais que que estão nos assistindo aqui que querem implementar uma abordagem focada em fatores humanos na empresa que que hoje trabalho quais estratégias que tu sugeres aí Tomás com com a tua experiência muito
bom cara bom a gente eu costumo dizer que a gente não Tem bala de prata e a gente não tem o checklist de fatores humanos né então isso já é um um um relaxa gente vamos sentar na cadeira vai vir turbulência e a gente precisa ser forte né o pessoal achar que esse passo a passo aqui é simples é só volou lá a gente tá vivendo essa era né Rogério Telma a gente tem e o os 10 passos para ser magro feliz rico é sempre assim né a gente quer os 10 pass então assim não
existe né então mas assim existe um um um um eu fiz uma publicação na revista que chama educação SST no mês passado e eu coloquei exatamente isso que eu vou falar aqui né então Eh o primeiro passo tem que ser no engajamento da liderança ah Tomás a minha liderança é engajada com com com segurança né Eh eu por exemplo vivo numa indústria onde não tem como um líder não ser engajado com segurança tem como um cara que numa indústria do offshore o cara não tá nem aí paraa segurança ele só tem muito pratinho para equilibrar
mas o cara tá preocupado o cara se responsabiliza o cara tem engajamento com segurança Então quando você busca engajamento da liderança é para mudar esse mindset sobre o erro humano então o engajamento da liderança para mudar essa cabeça de que erro humano se resolve com culpabilização com penalização e que a gente não tem coisas para aprender no nível do sistema então é é esse engajamento para poder a liderança comprar essa eh e essa ideia e e e não tem como você seguir em frente se você não tiver uma liderança que compra essa ideia e depois
que a liderança entende isso fica mais fácil para você seguir um próximo passo que a gente costuma dizer que é o passo da fluência né então a liderança tá engajada agora vamos fazer todo mundo entender sobre isso vamos fazer uma fluência do dos operadores dos supervisores dos encarregados vamos trazer fluência para minha corporação né a liderança já engajei já já entendeu já vem dando sinais de que tá compreendendo ela já aprovou que eu faça uma fluência em todo o time né e isso é bacana Ô Rogério e trazer não só viés paraa segurança né é
uma coisa que a gente também se preocupa a gente costuma colocar a segurança como a parte da organização né então você tem a cultura da segurança e a cultura da organização e aí o negócio você fica assim quem que é mais importante aí tem que ir para aquela briga né eh segurança em primeiro lugar não produtividade ou então segurança é um valor não é prioridade bom então assim mostrar que quando você olha o erro de uma nova perspectiva você não tá falando só de segurança imagina se você olhar o erro da pessoa né Tem um
dos princípios do Hop que é como a gente responde à falhas importa muito né mas você imagina que uma pessoa mandou um e-mail errado ela não trouxe nenhum risco paraa segurança mas aquele meio errado pode trazer um problema financeiro pra empresa né como você responde as falhas importa muito tanto pra segurança quanto pro e-mail errado então mudar essa visão no engajamento é mudar essa percepção do erro humano fluência bota todo mundo para poder entender todo mundo para praticar depois você vai pra aprendizagem prática né então você precisa mexer nos componentes que tem dentro da organização
você precisa eh eh mudar os seus padrões eu trabalhei numa empresa que o padrão começava na página 15 né porque a primeira página capa segunda contra capa terceira índice depois responsabilidades aplicações eh definições cara ô quem que vai levar isso aí para poder trabalhar cara como como como procedimento da tarefa bom então você começa a mexer na na na na fazer essa aprendizagem ela entrar dentro do sistema como que eu aito uma terceirizada eu vou ter uma terceirização do meu serviço eu vou auditar e vou ver que a a a terceirizada que tem menos acidente
é a que ganha no no bid não eu tenho que olhar outras coisas então você começa a mexer no sistema para que essa aprendizagem seja práticas do dia a dia né Depois você faz uma mexida nos seus indicadores eu começo mostrar indicadores que estão mais conectados com o que a gente tá falando aqui né saio desses indicadores aí melancias né que é tudo verde na tela na reunião bonitinho mas que tá tudo vermelho né e eu passo para indicadores que me mostram de fato o quanto o meu sistema está aprendendo e melhorando né e por
fim né Você tornar isso vivo ao ponto de que ele seja resiliente vai aprendendo e melhorando vai aprendendo e melhorando aprender melhorando então se eu tivesse que dar um passo a passo e e de novo não existe passo a passo Mas seria engaja a liderança dá fluência no assunto mexe no sistema nas coisas que atrapalham cria indicadores que possam realmente mostrar o o o esse trabalho como ele tá sendo eficiente né e por último torne isso vivo não para não não faz com que ele aprenda melhor aprenda melhor né Eh o o demin mudou o
PDCA para eh pdsa mas ninguém fala do pdsa né mas era no lugar do do do do c do check era stury né de você fazer o sistema aprender e melhorar aprender e melhorar né só que a gente não pegou o brasileiro pegou só o o cheque brasileiro gosta de controle né gosta de controlar controle né então mas eu eu iria por esse pdsa né nesse último aí de de de tornar o sistema resiliente eito Car Tomás eh prazer te conhecer prazer bater esse esse papo contigo né tem ser certeza que esse que esse que
esse vídeo aqui vai né servir aí de de aprendizado para um monte de gente que nos assiste aqui então só tenho que te agradecer prazer mesmo tá aqui contigo Que bom cara eu fico muito feliz né a gente vai devagarzinho ocupando alguns espaços aí para que a gente possa aprender não tenha dúvida Rogério toda vez que eu vou num espaço eu aprendo muito mais do que ensino né porque querendo ou não a gente tem que estudar como é que vai falar como como é que a gente né como é que a gente concentra tudo que
a gente porque senão cara a gente fica igual doido fala fala fala e não fala nada né então eu aprendo muito participando de espaço como esse e eu queria te agradecer demais e agradecer o o o público que vai ver esse vídeo e principalmente se a gente tiver a oportunidade de ter um feedback da Galera comentar lá o que que não fez sentido o que que fez sentido né ou mandar para um amigo a gente vive aprendendo né ess mset de aprendizado pra gente é importante então vê lá galera dá uma olhada faz sentido Não
faz apliquei testei não deu certo me traz de novo Pô Tomás eu fiz isso aí que você falou não fez sentido nenhum é assim que a gente vai aprendendo e evoluindo Obrigado meu amigo e aí gostaram desse vídeo Então se inscreva lá no nosso canal e Ative o Sininho para receber as notificações dos próximos vídeos muito obrigado e até uma próxima