O Vazio Existencial segundo Viktor Frankl

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Dr. Alberto Nery
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a primeira coisa que foi o que vai nos dizer é o seguinte que no século 20 o vazio existencial se tudo se transformou uma neurose de massa ou seja algo que passou a atingir as pessoas de maneira generalizada neurose de massa é nesse contexto a grande neurose de massa do século 19 seria a histeria por exemplo no século 20 foi que o plano está nos dizendo o seguinte mudou é outra grande neurose de massa é o vazio existencial vejam só esse é um dos pontos e ele diz o seguinte o problema que nos leva a
encher nossas clínicas então ele está falando como um psiquiatra e psicoterapeuta é agora o da frustração existencial esse é um outro nome que ele vai dar para o mesmo problema frustração existencial e vazio existencial do som a mesma coisa e assim termo que foi criado por mim em 1955 essa é uma das coisas que poucas pessoas sabem por que se fala muito no vazio existencial é um termo comum hoje em dia quem foi que criou esse termo quem foi que pela primeira vez apresentou o termo vazio existencial foi feito por frank em 1955 olha só
há quanto tempo atrás e eles assim mas eu já tenho descrito essa condição em publicações que chegam a 1946 ele está se referindo a ele a sua primeira grande publicação depois é da guerra as obra prima onde ele funciona ali já é característica desse vazio e posteriormente nas edições de verão depois na daquela primeira edição muitas delas têm o anexo que já fala de maneira direta da questão do vazio existencial o seguinte nós logo terapeutas podemos dizer que tínhamos consciência do que estava reservado às massas muito antes do que se tornar se um fenômeno de
se tornar um fenômeno de tão ampla difusão mundo entre que frank nos diz então que o zoólogo terapeutas a partir dele já de certa forma previram algumas das questões e eu aqui um pequeno parêntese aqui para reafirmar isso tem algumas coisas na nova terapia que me deixou extremamente admirado e talvez essas sejam as duas principais a primeira era a primeira escola teoria psicológica que abre um espaço e lançam um olhar saudável sobre a experiência religiosa e espiritual das pessoas então é a primeira escola que faz isso e segundo ela é a primeira escola de psicologia
que também antecipa qual seria o grande mal do indivíduo contemporâneo ou seja daquele até nos nossos dias qual é esse grande mal esse grande mal é vazio existencial você falar de vazio existencial hoje é quase que o senso comum não vai ter um psicoterapeuta que vai chegar pra você vai ser assim olha não vazio existencial não é um problema hoje em dia não vai ter um psiquiatra que não vai relatar pra você que os seus pacientes em algum momento trazem questões ligadas ao vazio existencial mas você falar disso nos anos 40 era realmente algo que
antecipava o que estava por vir e qual é o contexto então vamos pensar um pouco na etnologia no surgimento em comunhão disso vem a gente vem do século 19 talvez o auge do processo do desenvolvimento da ciência até então mais do que isso não só o desenvolvimento da ciência enquanto 111 meio para transformar a sociedade mas a crença de que a ciência poderia trazer inclusive um desenvolvimento moral é como se fosse uma superação saímos do estágio da crença da crença é religiosa e entramos agora no estágio de racionalidade um estágio na crença na ciência o
avanço tem um material talvez o autor que que eu já li que melhor explica esse processo todo esse aqui é o jorge curi shakhtar mas no livro é papel do pensamento ocidental ele descreve bem aqui toda essa história do que foi acontecendo e como o desenvolvimento da ciência foi trazendo uma crença absoluta progresso da sociedade então aquele modelo positivista se fazer ciência principalmente muito otimismo e os problemas sejam resolvidos doença sendo curadas grandes descobertas eletricidade automóvel o avião que quer dizer tudo muito promissor mas ao mesmo tempo já tinha lhe um lado b dessa história
como por exemplo a poluição muitos usam muitas das dos próprios cientistas ou mesmo das pessoas que observar um pouco mais viu aquela poluição perigo em grandes cidades industriais como por exemplo paris como por exemplo londres e aquilo ali já não era muito normal as condições de trabalho que eram terríveis sua grande maioria é a própria pressão que o modelo econômico já trazia também então não era tudo uma maravilha como se pensava a gente tem um momento de crise no próprio modelo de se fazer ciências muito por conta de uma nova gama de novas descobertas principalmente
no campo da física que colocaram assim antigas certezas em xeque mas o que realmente foi um golpe mortal ao no otimismo do século 19 e início do século 20 ele a belle époque acontecendo etc o golpe mortal foi o que a primeira guerra mundial porque nesse ponto tudo aquilo que é então trouxe progresso começa a ser utilizado para destruir a própria humanidade vale lembrar o seguinte que na primeira guerra mundial e por frank eu era uma criança é a fase onde ele sai da infância entra na sua adolescência em 1914 1918 ele nasce em 1905
e além disso ele vive em viena ou seja um dos epicentros da primeira guerra mundial assim de maneira intensa vale lembrar que todo o conflito começa ali com a morte do do herdeiro do trono alto império austro-húngaro então ele está ali vivenciar aquilo na pele relata os seus livros o a necessidade que ele e sua família passaram nessa fase ele está vendo isso como um observador direto como vim participar da história a gente tem a grande crise na economia mundial por conta da crise da bolsa norte-americana de nova york já no final dos anos 20
estendem o seu início dos anos 30 e nós temos no final dos anos 30 do meio para o fim dos anos 30 a ascensão do nazismo ea segunda guerra mundial então todo aquele otimismo em um espaço de tempo que vai de 1914 até 1945 ele é esmagado frank é um observador em primeira pessoa de todas essas coisas e ele começa então a entender que as certezas elas não são tão certas assim como as pessoas acreditavam ser e então ele vai dizer que em função disso que o vazio existencial ele é causado principalmente por uma dupla
perda qual seria essa dupla pela primeira às tradições que servirão como base para o indivíduo agir elas já haviam sido derrubadas isso quando isso antes desse período ou concomitantemente conforme a modernidade se impõe principalmente do século 19 e do início até o fim do século 19 e começo do século 20 as tradições vão perdendo valor enquanto fontes de determinar o comportamento das pessoas elas vão sendo questionadas as pessoas não agem simplesmente porque a crença porque a igreja porque os valores políticos me dizem que eu tenho que agir tudo isso é questionado esse aliás é um
processo que vem deles lá do final da idade média bom além disso os instintos qual seria outra fonte de ação os instintos os incêndios também não são tolerados o indivíduo não pode simplesmente agir instintivamente eu vou lá eu faço o que eu quero faça o que eu tenho vontade porque isso não é socialmente aceita então duas fontes de ação duas fontes de dois norte que as pessoas poderiam ter ele simplesmente não tem mais condições de determinar o que deve ser feito é uma dupla perda que foi que vai nos dizer e o indivíduo então já
que ele não sabe mais o que fazer e não pode contar com essas fontes de ação ele se vê em duas situações ele vai nos dizer uma delas é o conformismo então ele faz o que todo mundo está fazendo ou o totalitarismo ele faz aquilo que querem que ele faça se a gente for pegar o surgimento do do regime totalitário por exemplo da ascensão do nazismo do qual ele presenciou tem muito a ver com isso as certezas não são mais suficientes mas tem alguém dizendo é assim faça isso e as pessoas fazem as pessoas têm
essa necessidade de algo que lhes dê diz preencha essa angústia do vazio ou conformismo quando não tem necessariamente alguém impondo isso mas você busca copiar o comportamento dos outros tanto o totalitarismo enquanto conformismo impedem o desenvolvimento da autonomia do sujeito esse sim seria um estado de equilíbrio o indivíduo autônomo no grego autônomos aquele que tem as suas próprias leis que segue aquilo que ele acredita ser o correto ou seja esse indivíduo não tem vazio indivíduo autônomo ele está agindo não é motivado por aquilo que que produz para ele e em franca vai explicar depois um
sentido mas o indivíduo que está no vazio que ele não conta nem com as tradições ele não conta com os seus instintos ele se vê vulnerável ele acaba sendo levado para essas duas correntes voltando então o que eu acabei de falar vale a pena a gente fazer o seguinte o vazio existencial eles ele é o outro lado da moeda que é uma vida com sentido a gente tem os dois pólos uma vida cheia de sentido que é de uma pessoa equilibrada por isso que franco vai propor como a grande solução para os problemas do indivíduo
contemporâneo a busca pelo sentido o encontrar sentido porque eu encontrar sentido tira o indivíduo do vazio existencial funcionaria mais ou menos assim e ao mesmo tempo ele vai dizer então que o em outro pólo qual que é a vida com sentido e outro qual é o vazio existencial os dois lados da mesma moeda da existência humana no século 20 na passagem dos 19 para o 20 ele entende que isso começa a ter as suas raízes já no início do século 20 durante o século 20 e se consolida e eu na vida na leitura que eu
faço o século 21 isso só se intensificou ainda mais por isso que a leitura da logoterapia é tão atual por quê a gente vê ali está está acontecendo no momento não é que como a gente olha por exemplo a histeria do século 19 a gente olha já no final do século 20 falando uma coisa mudou não é a gente olha hoje para o vazio que vêm surgindo em meados do século 20 ea gente olha que no século 21 eles intensifica por isso logo terapia ainda válida mais do que isso ao meu ver por isso ela
é a melhor ferramenta que a gente tem para entender o indivíduo contemporânea porque como foi que eu dizia que o que enche boa parte das vezes os consultórios de psicólogos e psiquiatras ao redor do mundo é a frustração existencial é a falta de um sentido que conduzo individual vazio aí o que mais que ele vai nos dizer como efeitos colaterais desse vazio existencial nós temos principalmente três coisas acontecendo a depressão a agressão eo vício e é interessante que ele está falando essas coisas nos anos 50 nos anos 60 e se nós formos olhar o cenário
atual dos grandes mares psicológico do indivíduo contemporâneo nós vamos encontrar exatamente o que o qual é considerado o grande mal do século e é justamente a depressão ou ansiedade agora pergunta a ansiedade muitas vezes não é uma expressão de agressividade de cobrança excessiva do indivíduo consigo mesmo depressão de mais um indivíduo que se coloca no mundo e em um processo de ação é de conformismo e vai seguindo aquele aquela engrenagem que a vida contemporânea e ele acaba se agredindo com isso a depressão agressividade e o vício ea tóxico dependência em todas as suas formas desde
os remédios que são usados sem muitas vezes uma prescrição fora de um tratamento eles são usados realmente pra aliviar a dor da existência e essa não é a função da medicação psiquiátrica é a função que ela seja um tratamento mas eles são usados de outra forma em alguns casos até prescritos de uma outra forma de ser cada vez menos comum a gente tem dentro da psiquiatria uma mentalidade cada vez mais positiva em relação à maneira como se usa como se administra certamente a combinação os tratamentos medicamentosos conta-se com terapia então são completamente positivo da psiquiatria
contemporânea mas muitas pessoas usam isso na de outra forma e não somente as medicações mais outras formas de vista e de dependência como por exemplo as drogas eo álcool então vale a pena a gente abrir um pequeno parêntese aqui pra falar principalmente do álcool a glamourização da bebida alcoólica se você for olhar para várias das músicas que fazem sucesso no brasil hoje em dia nós vamos encontrar justamente letras que falam disso como se fosse uma coisa legal a pessoa ficar embriagada perder a consciência as faz parte da vida normal e muita gente que coloca em
prática e regularmente todas as semanas duas a três vezes por semana principalmente entre os jovens como jovens outro dizendo que jovens a partir dos seus 18 até os seus trinta e poucos anos de idade isso se tornou um problema de saúde pública o qual muitas vezes se fecha os olhos para isso quer dizer o seguinte que é isso sem falar de outras drogas então as drogas sintéticas por exemplo são usadas em muitas vezes nas festas o drogas mais calmantes são usadas para as pessoas relaxarem mas é uma existência mediada por substâncias que produzem alteração de
consciência as quais o indivíduo não consegue viver mais sem percebe vai dizer que isso é também uma das consequências desse vazio existencial é uma tentativa desesperada muitas vezes de se preencher a existência com algo só que qual é o problema essas coisas elas não fornecem sentido elas são paliativos elas anestesia um indivíduo outra coisa que quando vai nos dizer aqui é a compensação sexual então para que eles a frustração existencial acaba em compensação sexual podemos observar nesses casos que a libido sexual assume proporções descabidas no vazio existencial ele está descrevendo isso antes inclusive da própria
revolução do comportamento sexual dos anos 70 profetizou uma profecia não tem nada de místico nisso ele analisou analisou o indivíduo contemporâneo que na série com a contemporaneidade e ao mesmo tempo ele identificou quais seriam as conseqüências disso e o que a gente vê hoje o cenário que a gente vê hoje é exatamente esse ao mesmo tempo foi que não faz somente um diagnóstico e lhe propõe um tratamento qual é o tratamento é a lua terapia enquanto uma forma de ajudar o indivíduo a encontrar um sentido para a sua existência se você olha não é isso
não é só no brasil mas vamos falar nossa realidade se você olha a nossa realidade hoje a realidade brasileira o que acontece por exemplo com a vida de boa parte dos jovens no que diz respeito à conduta sexual e no que diz respeito ao a maneira como eles lidam com bebidas alcoólicas e outras drogas é exatamente isso aqui que a gente vê foi que eu escrevendo é o abuso é em ambas as coisas é uma atitude sem responsabilidade mediante estas coisas e é ao mesmo tempo uma forma compensar algo que nunca vai ser preenchido por
essas coisas então é um buraco sem fundo não adianta o indivíduo inserir um comportamento no na sua rotina de então ele vai ter muitos relacionamentos muito intensos vários e ele vai estar o tempo todo ocupado com com algo que o distraia com algo que dê a ele uma anestesia da dor existencial como é o caso de de substâncias que proporcionam alteração de consciência porque o efeito dessas coisas sempre acaba e essas coisas não têm a capacidade natural de produzir sentido por isso o indivíduo cai em um vazio cada vez maior então esse é para frente
o grande problema do indivíduo contemporâneo como o indivíduo lida com isso então qual seria uma solução saudável para o vazio existencial é a busca pelo sentido
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