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k [Música] Olá pessoal boa noite Eu sou José norva diretora de publicação da editora sintoma e estamos iniciando mais um lançamento o primeiro livro da linha editorial antologia já vou contar um pouquinho para vocês sobre esse livro sobre as nossas linhas editoriais quero agradecer a presença de vocês quero chamar aqui os outros autor para darem Boa noite também Juliana Portilho Sander Machado Vitor Burgo Oi pessoal boa noite Boa noite a todos e todas pessoal boa noite boa noite pessoal quero agradecer muito a presença de vocês Jander estarem aqui hoje nosso livro quando Freud fala de
arte e Então pessoal Eles vieram aqui para dar um boa noite eu vou conversar primeiro com vocês daqui a pouquinho Eles voltam também então daqui a pouquinho eu chamo vocês de novo tá bem pessoal eh Tô muito feliz hoje temos aqui um lançamento muito especial o livro quando Freud fala de arte é um livro que eu organizei então tenho publicado aí vários livros né da editora sintoma e esse então é o nosso quinto livro então Além de eu participar aí como diretora de publicação e editora também sou a organizadora do livro né esse livro tem
seis ensaios eh três dos autores estão aqui e também eu e nós temos mais dois autores eu já já vou eh falar deles para vocês mas antes eu queria situar um pouco né a editora sintoma alguns de vocês talvez já nos acompanhem há mais tempo já estão nos acompanhando aí há um ano e alguns talvez estejam chegando agora então eu vou Bem brevemente apresentar a nossa Editora a editora sintoma faz parte do grupo esp Eh quero agradecer então ao nosso diretor geral do esp Bruno Moreto eh por estar sempre junto pensando os projetos e também
nos dando bastante liberdade pra gente poder pensar as publicações eh e nós já temos então quatro livros publicados né pela Editora nós temos já a linha [Música] editorial psicanálise Clínica e cultura o livro da Patrícia leque eh que se chama escritas em psicanálise o livro inconscientes do Ricardo goldenberg e na nossa coleção fundamentos da psicanálise nós já publicamos repetição do professor Richard siman e complexo de ético e sexualidade da Fernanda samico e já já vai chegar mais um livro tá da coleção fundamentos daqui mais algum tempo Vocês já vão também ter o terceiro livro da
coleção que é uma introdução a Jaque Lacan do Alexandre starnino que também tá chegando então já aproveito para agradecer também o Alexandre starnino que é da nossa equipe eh editor né sempre trabalhando aí em conjunto pra gente pensar as linhas editoriais Quero agradecer também aos nossos conselheiros editoriais A Andréa Silvana Ross Cristina roer que deve est aqui nos acompanhando sempre nos acompanha aqui nas lives eh também o Richard siman Daniel Omar perz a Valéria e a Patrícia leque que são aí os nossos conselheiros editoriais e agradecer também ao Murilo veol que faz aí toda a
parte da Coordenação gráfica e de design eh sempre importante situar porque um livro nasce a muitas mãos né então acho importante que a gente possa sempre agradecer toda a equipe a os revisores todas as pessoas né que eu não não consigo nomear toda a equipe Mas quero deixar aqui esse agradecimento a todos que contribuem e que fazem com que os livros possam nascer e também para vocês eh entenderem né as nossas linhas então como eu coloquei nós já temos dois livros da coleção fundamentos dois livros do Clínica e cultura e agora esse é o primeiro
livro eh da linha antologia o que que é a nossa linha antologia é justamente a linha editorial onde nós temos eh um organizador e vários ensaios publicados né então Eh aqui o nosso tema é a psicanálise com a arte e são seis ensaios nesse livro quero falar para vocês um pouquinho de cada um e apresentar também a ideia do que eu trabalhei no meu texto e depois a Juliana o Vítor e o Sander também vão eh apresentar para vocês um pouco do que eles trabalharam no texto assim para vocês terem uma ideia como são muitos
autores eu achei importante que a gente pudesse mostrar para vocês justamente essa pluralidade né temática não é não é de uma única forma que a gente pode abordar a relação eh do Freud com a arte então eh uma Primeira ideia que eu queria colocar para vocês é justamente desse Campo que não é um o campo diretamente Clínico né a gente tem assim eh uma denominação que se chama psicanálise aplicada que foi uma denominação que eh ganhou algumas modificações ao longo do tempo que é justamente pensar a psicanálise fora da clínica então é como se nós
tivéssemos uma uma psicanálise eh cujo material se produzisse na clínica e esse esse material seria mais privilegiado e a psicanálise aplicada como um material que se produz a partir de reflexões eh sociais e artísticas e que num primeiro momento foram muito importantes pro Freud né o próprio Freud participou eh da revista imago onde começaram a ser publicadas eh publicados textos e pesquisas sobre psicanálise aplicada inclusive o primeiro capítulo de tótem e Tabu Ele publicou nessa revista e isso foi sendo chamado de psicanálise aplicada com o tempo eh de certa maneira até por algumas incompreensões do
modo de se fazer eh ou por alguns desvios do modo de se fazer essa leitura ou até por alguns excessos do uso da psicanálise em outros Campos que não o Clínico Esse foi um campo que foi ficando um pouco menor ou um campo que foi sendo muito criticado porque começava você a se dizer ah mas o que será que tá sendo um bom uso da psicanálise né fazer uma interpretação social ou pensar estética a partir da psicanálise Será que a psicanálise ela não tá indo longe demais então essa discussão eh longe de responder ou de
fechar a questão mas é uma uma questão a ser aberta né então o la planche tem uma expressão que inclusive eu eh cito na Minha introdução que é a psicanálise fora do tratamento ele vai chamar de uma de um campo também muito importante né Freud teve muitos textos sociais como psicologia das massas e análise do eu totem e tabu mal-estar na civilização futuro de uma ilusão Moisés e o monoteísmo e da mesma maneira muitos textos dialogados com a arte que é o foco do nosso livro e a ideia é pensar como é que a gente
pode também dar um estatuto de importância a esses textos tanto para tentar pensar se há uma possibilidade de um pensamento estético em Freud quanto para pensar o quanto esses conceitos ampliam o modo de compreender a clínica então Eh um texto como Moisés de michelângelo pra gente pensar a interpretação é um doss temas que eu desenvolvo eh é muito interessante né tanto quanto a Interpretação dos Sonhos né no Moisés de michelângelo onde ele vai justamente analisar a escutura do Moisés né Eh ele vai fazer toda uma metodologia sobre o que é interpretar então é um um
texto super interessante para pensar interpretação ou por exemplo um texto como o estranho ou infamiliar né a gente tem várias traduções para esse texto o quanto é um texto super interessante para pensar complexo de castração para pensar angústia Então são textos que ampliam o modo como a gente pode eh chegar próximo da Clínica eh e da mesma maneira como a gente pode se aproximar de um certo pensamento estético em Freud né como é que Freud também eh entendeu a arte como um lugar privilegiado de pensamento porque aí a gente também tem uma outra ideia né
que é como se a arte fosse um lugar vazio de de de pensamento né como se ele fosse um lugar de entretenimento né que a talvez a a indústria inclusive se apossou um tanto disso né no sentido de pensar bom agora eu eu não quero pensar em nada eu quero me distrair Então vou ver um filme e é como se aquilo ali eh não tivesse então justamente uma reflexão e não é essa não é essa ideia de Freud eh também queria dizer que eh o título né Queria falar do título para vocês A ideia é
que quando Freud fala de arte ele inaugura uma certa posição da psicanálise então tem até a brincadeira né quando o Freud fala de arte fala mais de Freud do que de arte do que é que ele fala né ele ele inaugura a psicanálise enquanto um lugar que dialoga com aquilo que os artistas acharam importante por exemplo o mundo da fantasia Esse é um dos primeiros argumentos de Freud né para a sua aproximação com a arte e que os artistas dão muito valor ao mundo da fantasia que é um valor muito forte na neurose então o
Freud ele vai ele começa a se interessar por esses mecanismos de produções de Mundos Paralelos de mundos duplicados assim como ele vai dizer que a criança duplica o mundo na brincadeira né cria uma um certo duplo de si mesmo o sujeito se divide ali na fantasia e o método o modo como os artistas fazem isso interessa a Freud então ele vai buscar uma certa compreensão do mecanismo psíquico então quando ele vai ler uma gradiva por exemplo não é uma um texto literário da gradiva ele vai se interessar eh em como é que o inconsciente né
Eh se manifesta justamente por ocultamentos deslocamentos condensações eh bloqueios de memória então ele vai ler a gradiva justamente para perceber como uma obra artística né literária ali naquele caso consegue monar lugares das formações psíquicas que é como se o artista conseguisse né segundo ele de uma maneira mais fácil acessar processos psíquicos então quando você vai tentar desdobrar o funcionamento dessa obra você acaba desdobrando o próprio funcionamento da mente né o próprio funcionamento psíquico eh então quando ele vai no Poeta e o fantasiar né fazer toda uma relação da brinc com a fantasia né inclusive ele
vai dizer que eh nada mais difícil do que abrir mão de uma satisfação um dia experimentada e essa satisfação Inicial é a da brincadeira né a brincadeira da criança eh seria uma satisfação da qual o adulto não consegue abrir mão e a partir disso ele começa então a fantasiar mas o adulto teria vergonha da fantasia daí a gente pensar o lugar da arte às vezes colocado como um lugar meio envergonhado como um lugar de entretenimento porque é meio vergonhoso que a gente assuma né Essa satisfação em fantasiar que é algo que a criança já faz
sem nenhuma vergonha então no Poeta fantasiar ele vai fazer toda uma história né dess dessa transição entre brincadeira fantasia neurótica e produção artística então esses três elementos se encadeiam isso é só um né uma das formas que ele se aproxima eh depois também o tratamento da angústia que ele vai dar né na no segundo momento da sua teoria com esse texto que eu já citei para vocês que é o estranho ou infamiliar ele vai mostrando quanto esse mundo de fantasia também não é um mundo tão prazeroso apenas né é um mundo que também nos revela
traumas né nos revela nos revelam marcas psíquicas um tanto quanto cômodas eh eu queria também apresentar aqui o Sumário como a gente tem temos os autores para ouvir também no final pessoal temos sorteio no final ó tá temos sorteio no final e temos também eh Vamos abrir para perguntas Então quem tiver pergunta tá Depois a gente pode ir retomando os temas que a gente vai lançar aqui para vocês enquanto uma certa provocação de leitura tá bem eh quero falar para vocês então do nosso sumário para vocês entenderem a estrutura do livro então nessa introdução eu
digo justamente disso a psicanálise dentro e fora do tratamento trazendo aí essas relações né da Clínica e do campo artístico eh pra gente poder eh pensar os conceitos da psicanálise o meu texto se chama formas do efeito estético em Freud então Justamente eu vou trabalhar aí dois momentos da teoria e a frediana quando ele explora né os efeitos de prazer e depois os efeitos de estranheza os efeitos de angústia eh a Juliana que tá aqui com a gente escreveu o texto sintoma cinema e mau-estar o Sander Machado escritas do Real também vai comentar um pouco
pra gente eh O que que o que que tem aí nessa no impossível do escrever eh que Talvez possa ser escrito né eh o Vitor Burgo escreveu dostoievisk desejo do pai e morte do filho trazendo também uma questão Super Interessante em relação a à teoria psicanalítica do Édipo do ttem e Tabu trabalharem o parricídio Né o assassinato do pai e vem o Vítor e pergunta mas e o assassinato do filho né e Laio que também encomendou a morte de Ed muito antes de que Ed assassinasse o seu pai então tenta fazer essa reflexão muito interessante
o William eh maccormick que não está aqui com a gente na Live mas é psicanalista eh pesquisador escreveu o texto a retórica e a metáfora psicanálise Literatura e antropologia e a Bianca Dias que escreveu ato artístico ato biográfico tentando pensar a ideia de ato analítico né de de Lacan a partir da ideia também eh daquilo que a arte pode produzir eh a partir da biografia eh a partir de uma uma uma manifestação eh biográfica né que pode fazer aí uma interlocução entre o individual e o coletivo Então esse esse é o nosso a nossa estrutura
do livro vou apresentar um pouquinho os autores aqui bem rapidamente para poder passar ué pera aí não tem som vocês estão me ouvindo Tá tudo certo Ah tá e não achei que não tava indo o meu som aqui agora fiquei preocupada Então pessoal bem rapidamente apresentando né os nossos autores para poder passar a palavra a eles A Juliana é psicóloga psicanalista mestre e Doutora pela USP em filosofia pós-doutora em psicologia Clínica e professora Universitária o Vittor Burgo é psicanalista especialista em escrita e criação mestre em direitos humanos e Doutor em ciências jurídicas pela Universidade São
Paulo então vocês vão perceber o texto do Vittor também traz bastante diálogo com a com a sociologia o Sander Machado é psicanalista pesquisador independente autor de gramáticas do masoquismo sócio da abertura para outro Lacan de São Paulo e membro do Centro de Estudos psicanalíticos de Porto Alegre eh o William maccori como eu falei também é psicanalista pesquisador professor universitário e a Bianca Dias é psicanalista e crítica de arte todos eles né todos esses autores estão na graduação de psicanálise e Arte e literatura que eu coordeno pelo esp né Então essas interlocuções também esses textos vão
sendo produzidos eh a partir da pesquisa particular de cada um E também a partir daquilo que a gente vai trabalhando eh na pós-graduação bom eh Espero poder voltar depois conversar um pouquinho mais com vocês eh sobre também o meu texto lancei só algumas ideias porque a gente quer vi um pouco também de cada autor e de cada texto produzido então eu vou primeiro chamar o Sander Machado para conversar com a gente e quero aproveitar para lembrar pessoal que a gente vai fazer o sorteio para eh ganhar um kit né da editora que é o livro
A nossa ecobag o Marc página e a nossa caixa especial Vai ser lá pelo Instagram então também fiquem de olho que a gente avisa aqui tá Vocês precisam vão precisar comentar então é um sorteio ligado à publicação do Instagram então mais adiante eu explico ali como que vai funcionar também tá bem Sander boa noite tudo bem Quero te agradecer prazer contigo novamente tudo bem Espero que com todos Eh boa noite também pra Juliana e pro Vítor que vamos nos acompanhar e a todos que estão nos assistindo e que enfim a gente possa dialogar um tempo
aí no no final como tu comentou né Eh queria começar dando os parabéns Ah obrigada fala pel pelo trabalho editorial que eu tô bem eh bem bem curioso também para ter o livro em mãos e tal parece tá com uma estética bem interessante de Fato né acho que teria que ter ser um livro objeto né já também que se o assunto se trata de eh da da relação da psicanálise com a arte e parabenizar o Instituto esp também eh pela Editora com essa proposta de essa articulação dessas diferentes linhas editoriais acho que tem uma estratégia
bem bem bacana aqui Como contribuição para comunidade psicanalítica como um todo né por poder ter essas diferentes linhas editoriais Então queria começar Te dando os parabéns Obrigada Sander quero aproveitar e dizer pro pessoal que o livro tá em capa dura então como diz o Sander o Sander tá chamando de livro objeto então espero que vocês queiram ter esse livro objeto tá muito bonito sou suspeita mas tá muito bem cuidado muito bonito e aproveitem também que agora a gente tá na pré-venda com desconto e e agradeço mais uma vez tanto pelo texto quanto por estar aqui
vou passar a palavra para você e depois eu volto então obrigada Sander bom eh mais uma vez boa noite a todos Eh vamos nessa queria em linhas Gerais vou tentar ser bastante breve né vou fazer dois comentários que partem do dos títulos né o título quando Freud fala de arte e o título do meu capítulo que é escritas do real né formato aí de interrogação mas por falar isso na verdade eh quando me deparei com esse título né Eh quando Freud fala de arte eh fiquei pensando que facilmente daria para colocar um ponto de interrogação
no final dessa frase eh e aí a pergunta seria por exemplo em que momentos eh da obra do Freud ele trabalharia com esse tema falaria de arte enfim né Eh mas me ocorreu eh que a gente poderia na verdade colocar uma série de questões sobre isso né Por exemplo quando desculpem quando Freud fala de arte eh como a Josiane já acho que fez uma introdução bastante interessante sobre isso Qual que é a posição dele em relação às obras de arte e os artistas né né Eh Ou seja qual que é o seu método de trabalho
então isso teria a ver com essa posição estabelecida né Eh ele tem um comentário bem interessante sobre isso eh acho que se não me engano bem na abertura do texto sobre Moisés de michelângelo né que ele assume a posição de leigo e mas que a pergunta dele diante das obras é entender eh qual o efeito estético eh não só com o efeito estético no sentido daquilo que Ele sente mas de porque que ele sentiu isso ou aquilo né então digamos assim a josen introduziu essa questão de se teria uma contribuição eh no pensamento freudiano né
se haveria um pensamento estético em Freud nesse sentido que pelo menos algumas pistas a gente tem né que teria inclusive um diálogo com uma área específica aí da da estética ou da história da arte né que seria estética da receptividade me parece que isso no texto estranho eh e no texto do Moisés is isso é bem um traço bem característico a da posição do Freud né bom então quando Freud fala de arte e qual que é a recepção dos Artistas em relação aos textos e à teses do Freud né Acho que essa também é um
seria uma linha de discussão interessante eh E além disso eh quais diálogos que se produzem quando Freud fala de arte que diálogos se produzem Que efeitos se produzem eh em especial esse diálogo ele se dá em que termos né acho que a josene também já introduziu o termo da psicanálise aplicada até enquanto escutava lembrei tem um texto eh interessante do Freud Curioso em alguns aspectos também se eu não me engano é de 1913 se chama o interesse científico da psicanálise né para pedagogia para história da civilização etc inclusive um dos itens lá eh para as
artes né e em geral teria essa ideia da psicanálise então aplicada claro que eh nesse meio eh nessa relação né nessa interlocução entre psicanálise e Arte também tem algumas críticas a a a certos usos eh e aplicações da psicanálise alguns autores também vão propor a ideia então de uma psicanálise implicada com a arte que seria uma estratégia um tanto diferente da psicanálise aplicada essa é uma discussão né e bom e uma ideia então também de um debate ou de Pesquisas também de de ordem interdisciplinar isso tô dando um mapa muito eh condensado e geral aí
do que eu conheço do do tema a título então de de uma introdução breve aí da da minha fala para dar um um um plano de fundo assim mais geral né Eh e partindo para fazer um eh um breve comentário assim um um spoiler talvez do do que eu trabalho no meu no meu Capítulo nesse livro que eu queria enfim mais uma vez agradecer né pela pela possibilidade então o o título se chama eh escritas do Real bom aqui eh já teríamos um problema que é um Talvez um dos conceitos eh mais densos e difíceis
paraa psicanálise né Eh cunhado pelo pelo lacam eh mas existe uma discussão de como ele estaria presente eh ou não no no no texto freudiano enfim na psicanálise eh como um todo mas uma coisa é no nos perguntarmos eh O que que é o Real paraa psicanálise outra coisa é quando a gente nos pergunta o que que seria o Real paraa arte do ponto de vista da arte porque essa é uma discussão que também pertence ao campo da arte em termos diferentes eh com direções eh com fins diferentes mas eh algumas escolas de eh de
arte vinculadas ao Realismo estuda perspectiva eh E por aí vai muitas vezes se perguntou né ou até houve algumas definições né da da arte da pintura realista Em algum momento da escultura clássica por exemplo da da arte como uma espécie assim de eh janela pro real ou algo assim né Eh isso eh com com a arte moderna e depois com a arte contemporânea vai sendo cada vez mais Eh desconstruído mas é é um tema eh interessante aqui que poderia ser digamos uma uma ponte essas concepções do que que seria eh o real para cada para
cada um desses Campos né que teria um um possível eh diálogo aqui né o outro termo que eu destacaria do do meu Capítulo é a ideia de escrita porque a escrita bom Freud a josan já citou inclusive né E tem outros capítulos que também vão trabalhar sobre isso com dostoevsky né um texto clássico sobre o pardio do Freud pred cita muitos poetas eh trabalha com falo do GATE gradiva de Jensen né o próprio estranho que eu já citei também vem de uma do homem de areia do Hoffman né Eh é muito comum que a relação
entre arte e psicanálise quando se dá pelo por essa ponte então né nesse recorte eh da escrita seja uma relação entre eh psicanálise e na verdade Literatura e que foi um um campo muito na urado e bastante explorado eh por Freud eh porém a gente poderia Eh aí realmente eh arriscando um diálogo interdisciplinar pensar que a escrita no campo da arte ela pode ser tomada eh de diferentes formas para dar um um um exemplo eh rápido disso tem um um crítico de cinema eh Alexandre astru que mais ou menos na época da novel vag se
eu não me engano em referência a novel vag eh e o cinema moderno especialmente ali o cinema francês uma espécie de renovação do cinema em relação ao cinema clássico eh tanto na França como na na América do Norte ele vai dizer que certos eh movimentos de câmera a montagem do filme ou seja a a decupagem do filme né que ela seria uma espécie de forma descrita então ele vai usar a expressão eh e câmera estilo estilo é caneta né como que então o o diretor do filme ele produziria uma espécie de escrita e é interessante
que a linguagem cinematográfica quando a gente passa então Eh por aquilo que é visualmente apresentado eu não me refiro aqui necessariamente eh ao cinema mudo mas poderemos incluir o cinema mudo nessa discussão Mas a forma com que algo é mostrado muitas vezes prescinde de palavras prescinde de de textos ou diálogos e de fato os críticos de cinema vão eh em geral inclusive dar mais ênfase ao modo como um diretor utiliza Então essa caneta a câmera como caneta a montagem do filme e outros elementos eh como eh iluminação trilha sonora e tantos outros que a gente
pode eh textura ah de lente de câmera e por aí vai do que a própria questão dos diálogos em si né então aqui eh a gente também tem uma espécie de linguagem que também segundo esse autor produziria uma uma certa escrita eh a gente poderia bem pensar então em outros Campos da arte que também produzem escrita mas não é escrita eh como a gente tá acostumado no sentido assim tradicional de texto e aqui eh vou dar um salto para falar então Eh do que que o o o Lacan né num sempre num num diálogo com
Freud mas também com alguns Campos da eh da matemática e também se deparando eh com filosofia da ciência Especialmente na companhia do epistemólogo que é o o coir ou quarré depende da eu não sei qual que seria a pronúncia mais correta mas que eh vai propor eh uma ideia de escrita que na verdade é a topologia o grafo do desejo os nós borromean as suas fórmulas algébricas o Lacan vai dizer que são um escrito então aqui dependeria da letra né Eh e a letra Tô condensando muito isso que eu tô dizendo aqui mas para quem
quiser buscar referência a gente poderia encontrar na quarta lição lá do seminário 20 em textos dos outros escritos lá como litura terra a Instância da letra do inconsciente e a razão des de Freud também temos algumas passagens sobre isso né da letra indiferença do significante né E esse conceito de letra especialmente lá no leitura terra ele vai dizer assim que faz fronteira eh entre os simbólico e o Real nesse sentido a formalização da psicanálise ela seria digamos assim [Música] eh uma tentativa de abordar o real né Eh vou dar uma referência aqui no do campo
da pintura que participa ali da da abertura do meu Capítulo cito um pouco sobre essa obra que é o eh o quadrado branco sobre fundo preto né que também existe o o o contrário eh como a obra do casimir malevich né que foi criada lá para uma preça de teatro e que tem toda uma discussão bom isso é arte isso não é mas enfim é só um quadrado em cima de um fundo e mas que ela trabalha com formas geométricas e tem toda uma discussão ali eh da abordagem do que que é o Real o
que que é a representação porque o problema da representação é um Talvez o um dos principais problemas né da da da arte moderna e depois da arte contemporânea de de maneiras diferentes mas também eh e esse de certa forma também é um problema da psicanálise colocado em outros termos e então aqui toda essa área de trabalho do lac de formalização da psicanálise especialmente com um campo das Matemáticas aí que ele chamou de topologia e E aí vai ter lá um seminário do Lacan seminário 23 três em que ele vai eh abordar eh por um recurso
topológico que é a teoria do nobo Romeo eh que muitos de vocês devem conhecer depois se for eu vou passar muito breve por isso porque não não é o nosso foco aqui é mais marcar Qual é a relação e não o detalhe dessa teorização do lac em si mas que ele vai então a partir de uma certa teoria eh do enlaçamento ali ou e também fraturas e desiles ent entre Real Imaginário simbólico que ele eh formaliza topologicamente então pelo nobo Romeo ele vai fazer uma abordagem eh de da escrita literária que é uma escrita muito
peculiar do James Joyce então fica chamado como o caso Joyce né ele se faz uma pergunta se o James Joyce ele era eh louco ou não E lança alguns outros problemas assim para pensar eh o real na escrita do James Joyce por este caminho então do do nobo romeno o que eu vou trabalhar eh no meu Capítulo é o problema da escrita eh num digamos assim num estudo comparativo das aproximações das Diferenças eh é um ensaio né sobre essas aproximações de diferenças da escrita então e alguns digamos entre aspas casos da psicanálise Esse chamado então
o caso Joyce que não é exatamente um caso Clínico né Eh o caso schreber que também não é exatamente um caso caso Clínico Freud vai trabalhar em cima das memórias né um texto Eh autobiográfico Ou até autoficcional que a gente poderia dizer que o schreber escreve para com tentativa de desinternação né Depois que ele foi afastado em função da da Psicose paranoica dele inclusive de um de um cargo estatal bastante importante na época seria equivalente a a Ministro da Justiça algo assim né e também eh aquilo que a gente também vai vai poder discutir no
texto ali uma uma forma descrita do homem dos logos seja das memórias mas também através de um autro retrato dele inclusive um dos livros que o Lacan mais trabalha além do próprio fans Wake e do ulices no caso James Joyce é o retrato do artista quando jovem que também é um texto autobiográfico ou autoficcional a questão é que eh Por que que esses caras escrevem né schreber Eh seri BF né o homem dos lobos eh e o James Joyce do que que eles estão dando conta ou em outros termos eh mais psicanalíticos né qual que
seria é o Real desses casos né a gente poderia questionar se isso tem a ver com o problema da filiação com o nome do pai ou da relação entre filiação eh e o conceito de nome do pai aí eu vou desenvolver eh isso ao ao longo do do do meu ensaio da minha discussão o fato ali é que que a proposta do Lacan é a inserção de um quarto nó que ele vai chamar de santom ou sintoma eh com th então lá que o James Joyce né na na queda dos seus referenciais da inscrição do
nome do pai que seriam a a pátria a igreja ele teve uma educação jesuítica super forte ou mesmo o idioma né Eh da Irlanda colonizada pela pela Inglaterra ele tenta então não escrever em inglês ele quase como que cria principalmente no figan wake eh um outro idioma ele usa muitas palavras ou fonemas de de mais ou menos 40 idiomas diferentes é um texto que seria difícil de dizer que ele foi escrito em inglês inclusive né Eh e o Lacan vai dizer que essa escrita que ele produz ela diferente do que é comum Nos romances ela
não é eh um trabalho ali eh convergente do Imaginário com o simbólico que estaria Nos romances mais tradicionais inclusive dessa relação com a psicanálise por exemplo lá é breve romance de sonho doart schnitzler que o Freud disse para ele que ele é o seu duplo etc né Ela é uma escrita eh que ele vai chamar assim fora de sentido [Música] eh no na ideia de que ela não tá predominantemente articulada entre eh Imaginário e simbólico ela é uma escrita que tem essa relação com a letra e por isso estaria então voltada ali para o real
e que a função dela é criar Esse quarto nó esse santom eh que vai amarrar os três outros aí isso tô dando isso é é mais sabido né mais conhecido lá do seminário 23 e aí eu eu tento pensar como é que isso eh aconte como é que isso trabalharia se articularia ou não nesses outros dois casos schreber e homem dos lobos em especial no caso do homem dos lobos com a ideia que o s Tom dele né que o Esse quarto nó de suplência de amarração eh seria o nome que a nomeação que o
Freud dá para ele né o wolfman Inclusive a ele tem um sonho né que ele produz um desenho ele era um pintor e que depois ele começa a vender quadros assinar lá o homem dos lobos Ele atende o telefone ele escreve cartas assinando como o homem dos lobos e que essa espécie de santom psicanalítico dele é um uma tentativa ali de de rearranjo digamos assim do certo real do caso que a escrita a pintura ou a gente poderia tomar que a pintura também como forma de escrita nesse sentido ampliado que eu discuti antes seram digamos
assim maneiras eh de a partir da escrita tentar dar conta de um real claro que a gente tá falando isso em diferentes níveis né seja pela topologia ou essa abertura que o Lacan faz a partir do James Joyce e como pensar isso em outras articulações aí com com Arte então falei um monte de coisa muito rápido mas só só para dar uma espécie aí de de spoiler e de provocação para vocês então eu vou vou concluir por aqui depois Se alguém ficar com curiosidade o tema e tá a gente discute aí pro final vou passar
a bola aí pros colegas Obrigada Sander muito obrigada é o tema do Sander é super interessante pessoal essas escritas diversas Né desde o matema até a escrita dober muito bom obrigada Sander pessoal queria só dar alguns avizinham Juliana então Eh sim O sorteio vai ser no final da Live eh a partir de um post no Instagram Tá bom a gente vai publicar um post lá vocês comentam O sorteio vai ser assim eh o desconto e o frete grátis eh vão até domingo tá bom então a gente tem aqui olha Eh vocês podem entrar no no
link da Bio eh e também no nosso site sintoma tor sintomas.com.br tá bem que o livro tá lá é disponível e no link da Bill também tem o link disponível para vocês certo e também pergunta se alguém quiser deixar pergunta No final a gente também comenta um pouco eh se tiver alguma questão aqui que vocês queiram deixar tá bem então vou chamar a Juliana para falar aqui de sintoma cinema e mau-estar essa ligação que que e a Ju faz com a clínica que é bem interessante Obrigada Ju mais uma vez por participar da Live e
também eh por ter topado participar do livro vou passar a palavra para você acho que você tá sem som Ju aí agora foi tava agradecendo falando Obrigada a você porque queria contar para vocês pessoal que escrever esse texto foi muito prazeroso assim eu gostei muito quando eu escrevi esse texto ele de algum jeito ele ficou ali nas minhas mãos durante um tempo até que teve essa possibilidade aí de publicá-lo nessa nessa edição que tá linda né então Eh tô muito contente tô muito contente de poder eh colocar em circulação aí um texto que foi muito
prazeroso para mim escrever eh vou contar para vocês um um pouco talvez porqu né e fazer uma apresentação breve das ideias que tão aí que permearam a elaboração desse texto eh antes disso falar pro Sander que eu fiquei com vontade de discutir né nossa que percurso eh grande né da obra freudiana da obra lacaniana aí que você mapeou no teu trabalho é muito interessante né Eh e acho que você também traz aí algumas alguns links possíveis aí para para dialogar com o meu texto também né acho que vai ser um encontro bem feliz bem eh
queria dizer também sobre a pertinência aí do título do livro né quando Freud fala da arte e quando Freud fala da arte Talvez nós possamos aí pensar que existem várias maneiras de olhar né para essa fala do Freud sobre a arte e pensei nisso sobretudo quando eu vi o título desse livro e percebi e ali o meu interesse o meu encantamento eh em escrever sobre sobre o que eu escrevi aí nesse nesse texto que vocês vão ter as nas mãos aí nessa nessa edição eh eu já trabalho né com a relação da arte com a
psicanálise é bastante tempo trabalhei bastante tempo com com a relação de Freud com a arte mapeei aí na na nas obras freudianas do começo ao fim como Freud se utiliza das Artes né das diferentes manifestações artísticas privilegiando sempre a literatura depois dediquei bastante tempo trabalhando com as artes na obra lacaniana né Eh ali investigando a relação da da da de algumas Artes específicas e a elaboração do conceito de objeto a Lacan eh mas eu cheguei no momento né da das minhas pesquisas aonde eu fiquei muito detida no meu interesse de explor eh mais profundamente os
objetos artísticos no seguinte com com a seguinte intenção de uma maneira muito diferente né a O que Freud fez o que Lacan fez na utilização aí da das Artes sempre há uma crítica né geralmente vindo aí da filosofia ou do campo das Artes de que a psicanálise se serviu das Artes né E daí utilizando uma expressão que não é min mas que eu acabo sempre eh copiando que é do Alan Badu que ele diz que as artes serviram como prestadoras de serviço gratuito a psicanálise eu acho isso interessante essa acho essa crítica importante acho ela
importante até hoje eh não só em Freud mas para pensar em Lacan porque parece que essa crítica Ela traz ela abre uma possibilidade de nós pensarmos assim e se né a gente exercitasse fizesse o tal aí que eu que eu digo provoca os alunos um pouco fizesse um exercício epistemológico né de ensaio para explorar o quanto que os objetos arte né eles servem aí para como modelo talvez utilizando um pouco do do do do que o Sander trouxe ali na na apresentação dele quanto que os objetos Artes manifestações artísticas algumas delas elas servem como modelo
para pensar o sujeito seria aí uma inversão um pouco do papel do sujeito né como interpretando objeto arte como sujeito Sujeito da psicanálise ali eh utilizando a arte para ilustrar os seus conceitos para desenvolver teorias né Eh e fazer um movimento eh contrário né o quanto que os objetos aí eles mais do que uma fonte de inspiração pro sujeito eles têm em si algo inerente a eles que pode servir como uma espécie de modelo sim aí eh pro sujeito pra gente pensar isso eh é fundamental que a gente volte aos objetos volte às características inerentes
dos objetos dos objetos arte no caso né que eu tô explorando com vocês eh e o que que seria voltar essas características inerentes seria pensar aí o que que na na nesses objetos eh possibilitou a sua criação nas técnicas inerentes na criação de alguns objetos né Eh o que que esse objeto tem o que que esse objeto tem na manifestação da sua imagem na sua forma ou no seu informe eh de representação né nessa possibilidade mesmo da representação de de análise da representação material do objeto tá eh e daí talvez testar um pouco não uma
inversão do do sujeito para objeto como se fosse objeto para sujeito porque isso não seria possível mas exercitar a dialética dessa relação né Para Além aí do que a gente tem na teoria mas com isso aí que eu que eu provoco como um exercício epistemológico tá que poderia levar a nós a uma experiência estética bem eh vou contar um pouco aí então dentro dessa dessas minhas ambições né Essas vou falar ambições atuais Mas ela já já tem aí um um bom tempo né de escrita de Pesquisas aí que eu que eu venho desenvolvendo mas paraa
escrita desse texto teve um encontro que foi muito específico e foi um encontro na obra de Freud eh que se refere a uma maneira uma maneira que eu eh pude olhar aí de Freud falando da arte e esse encontro aconteceu numa leitura numa das das das várias leituras vezes que eu que eu já fiz né Eh do texto mau-estar na cultura do Freud que é um texto que foi publicado em 1930 escrito em 29 publicado em 1930 e aonde Freud lá no comecinho dele ele vai falar uma coisa que é tão vai falar uma coisa
ele vai trazer uma ideia que é tão interessante e eu já tinha lido aquilo já tinha passado por aquilo algumas vezes e dessa vez me brilhou alguma coisa né pra gente pensar aí quanto quanto a leitura de Freud é é muito especial né magnânima bem a Freud vai começar ali na parte inicial do mau-estar na na cultura ele vai propor aí aos leitores dele eh um voo da Imaginação ele vai falar assim vamos exercitar a imaginação Vamos fazer um exercício de voo pra imaginação E por que que ele tá propondo vou falar um pouco do
objetivo do Freud nesse texto Freud tá falando do mau-estar na civilização o que que ele tá trazendo ele tá trazendo uma notícia de uma maneira muito genérica que um texto é muito consistente pra gente trabalhar e com a relação né Eh da influência eh da cultura na subjetividade é desde o seu do seu momento mais incipiente né do seu momento mais originário o front está trazendo a notícia sobre o mal-estar e o mal-estar ele se relaciona aí à nossa condição né a condição mais trágica de todos nós de Nós seres humanos que é vivermos aí
na não correspondência entre o nosso desejo e a possibilidade de realizá-lo né Eh na realidade na realidade comum basicamente a ideia da onde vem o mal-estar de todos nós né a direção das nossas pulsões nunca vai encontrar uma correspondência satisfatória Essa é condição humana essa condição trágica humana e ele vai trabalhar com isso a a partir da ideia de que a partir Então desse malestar eh a subjetividade todos nós iremos produzir né Eh os nossos sintomas para dar conta disso certo o que a gente poderia trazer que tem aí inspirações inclusive em outros textos freudianos
como a nossa eh criação subjetiva nosso sintoma Enquanto essa ideia da criação subjetiva a partir desse mal-estar inerente bem essa é uma ideia aí bem bem geral que vai est presente no texto do Freud de 1930 e bem no início dele tá aí um encontro que eu tive que ele vai propor esse voo da Imaginação e ele vai falar assim vamos imaginar eh por exemplo ele vai citar alguns exemplos mas Vamos citar imaginar por exemplo que lá aonde hoje a gente consegue ver o Coliseu eh em Roma a gente conseguiria ver também a casa Dourada
de Nero tá casa Dourada de Nero que foi ali eh foi destruída no incêndio de Roma lá na na na no ano de 60 64 depois de Cristo né e o Coliseu que foi a construção aí posterior e o frud tá provocando nessa nesse voo da Imaginação ele tá pedindo para que nós eh pudéssemos ensaiar a a presença né a materialização dessa experiência aonde uma experiência do passado poderia ser compartilhada com uma presença eh com a presença do do do presente e da início ele tá especulando e ele tá falando ele vai falar assim mas
espera aí a gente pode falar disso na nossa vida psíquica Esse é o trabalho da psicanálise né resgatar essas notícias do passado no presente no entanto vamos encerrar o voo da Imaginação que eu tô propondo ele fala isso mesmo vamos encerrar o voo da Imaginação e encerrar por quê porque ele tá dizendo que lá nessa época em 1930 1929 no caso ainda não se com eh ainda não se tinha à disposição eh alicerces né que pudessem aí presentificar as notícias do passado e no presente em termos pictoria é o que ele vai falar né através
de imagem bem Freud escreveu isso eu li isso e falei pera aí né Freud foi lá em 1929 inclusive no ano que ele escreveu esse texto o Freud foi eh eh paraa Nova York assistir né um uma exibição de cinema e é o que consta lá na na a partir dos seus biógrafos não deu a mínima né não deu muita bola para aquela nova arte ali que tava em imersão né aí na na contemporaneidade bem eh o que eu vou trazer para esse texto é que talvez o cinema o cinema possa ser aí uma possibilidade
é claro que é uma provocação né porque provavelmente outras manifestações artísticas também pudessem explorar aí essa provocação freudiana que na verdade é uma provocação aí para o trabalho para o que o psicanalista faz né que é trabalhar com o passado aí em em presentificação eh na sua contemporaneidade mas eh outras manifestações artísticas poderiam fazer isso mas que talvez o cinema possa fazer de uma maneira muito peculiar e pra gente pensar isso como eu falei lá no início com a minha ambição então de pensar na arte no objeto artístico na sua materialidade enquanto sim talvez um
modelo interessante para nós pensarmos a subjetividade né nós teríamos que voltar a ASC características desse objeto no caso desse objeto seria o objeto do cinema tá quais técnicas Estão aí inseridas dentro dessa manifestação Quais são os artifícios da criação que o artista ou os artistas utilizaram aí para possibilidade da manifestação da criação de determinadas imagens e nesse texto eu vou trabalhar com o recurso técnico específico eh do cinema que é a montagem cinematográfica tá e como que a montagem atog gráfica esse recurso técnico do cinema né que acaba fazendo aí um processo eh de corta
e cola né de imagens diferentes eh isso é interessante porque a gente pode associar aí com com manifestações artísticas contemporâneas e tudo mais mas o quanto que na montagem cinematográfica que tá inserida dentro do objeto artístico do cinema nós podemos pensar aí no modelo interessante eh de organização de compreensão pro sujeito e daí pegando ali Talvez um pouco eh pela inspiração do que eu escutei do do Sander nós temos aí no percurso da psicanálise desde Freud até Lacan diversos modelos né e vou chamar modelo aqui de artifícios teóricos conceituais que foram utilizados para que nós
pudéssemos dar conta da experiência subjetiva né Freud Freud a gente tem por exemplo né primeira tópica segunda tópica em Lacan a gente tem eh a o modelo da da dialética depois nós vamos ter o modelo ali da da Estrutural né a partir da da da ideia do inconsciente estruturado como uma linguagem depois a gente vai ter a topologia depois a gente vai ter os nós se a gente pensar de uma maneira um pouco radical radical no sentido ali de raiz pra gente discutir o problema na sua origem eh todos esses modelos eles são artifícios né
que foram criados pra gente dar conta da experiência subjetiva que transcende né a nossa ordem simbólica que transcende a nossa ordem imaginária que certamente aí tem uma eh uma Evocação né Eh paraa compreensão de uma outra Instância que não é o Imaginário nem o simbólico que o lac chamou de real sim mas como que a gente faz para dar conta disso a gente cria modelos a gente cria íos nós humanos aqui né com as nossas possibilidades bem a arte enquanto um modelo eh foi pouco explorada tá E ela foi pouco explorada para que ela seja
explorada ela precisa um retorno pro objeto é por isso que eu falo dessa inversão né não é uma inversão sujeito objeto mais uma inversão do objeto pro sujeito e ver eh tensionar essa relação de forma dialética para ver ainda as possibilidades do que que a arte pode trazer de Notícias não simplesmente né como um recurso interessante para interpretação psicanalítica né uma um um um uma possibilidade interessante talvez umas das da mais interessante né no sentido das da possibilidade de liberdade para imaginação que a arte dá né para explorar determinados conceitos como o conceito de real
que é um conceito absolutamente eh complexo né E precisa de estrutura precisa no mínimo de um vaso né pra gente conseguir dar conta dele eh mas mais do que isso né eh pensar realmente na estrutura no modelo que a arte tem e pode ter servir ainda para compreensão ou que quem sabe também para ir paraas possibilidades de uma escuta sobre o sujeito tá para isso eh é necessário voltar às características é isso que eu vou fazer nesse trabalho eu quero deixar mais como curiosidade para escutar vocês caso apareça eh eu vou trabalhar de uma maneira
mais profunda talvez mais profunda do que eu tenha feito em outros trabalhos que eu escrevi vou trabalhar com a técnica cinematográfica tá vou utilizar aí principalmente da exploração quanto que essa técnica traz a possibilidade do encontro com imagens com imagens interessantes que tão ali não submetidas eh não Ou pelo menos não deveriam estar submetidas tão rapidamente aí a a a a ideia de que são imagens aí que que que tão inseridas pro campo da linguagem né ou imagens que querem aí representar uma narrativa mas imagens que falam por si só a partir das suas características
inerentes tá que só existe a partir de um processo de colagem ou de montagem que tem essa característica de formas ali estabelecidas que não t correspondência aí com as nossas as significações pré-estabelecidas que traz a experiência da psicanálise Clínica como Freud trabalhou no mal-estar de presentificar tempos diferentes né então é uma provocação estética sim eh que leva Ou que talvez possibilite um modelo interessante ainda para explorar a subjetividade tá e a nossa subjetividade aí que tá não o sintoma em si vou trabalhar com a ideia do mau-estar e a relação do sintoma mas também trabalhar
com a ideia do sofrimento né do sofrimento que tem uma característica mais Eh mais não mas tem uma característica de transitividade no tempo né quer dizer os Sofrimentos eles são sempre transitivos em relação à contemporaneidade e por isso talvez aí encontrar ainda outras ferramentas para explorar as novas formas de subjetivação que nós temos disponíveis seja interessante é uma provocação que fazer nesse texto e acho que Pode render bons bons debates tá vou deixar por aqui minha apresentação acho que já falei deais eh tomara que tenha perguntas a eu posso falar mais Obrigada Ju muito obrigada
pela sua apresentação acho que vão ter umas perguntas aqui ó tá me separando ali no chat e esse tema ele é muito interessante né justamente Porque você trouxe algo eh do debate justamente de de não colocar né entre aspas a psicanálise aplicada num campo menor né Eh é uma alguém até comentou aqui no chat né da dialética justamente também alguém colocou de que não é uma submetida a outra mas é o quanto né esse campo abriu as as as nossa perspectivas de Freud uh esto dizer que inclusive o trabalho que o michelângelo fez com Moisés
né distorcendo a figura de Moisés pelo menos na interpretação de Freud me parece que foi uma um encorajamento pro Freud escrever o seu Moisés né e o monoteísmo onde ele também faz distorções da figura bíblica de Moisés então a arte ela é muito inspiradora nesse sentido criativo né não é uma relação de submissão esse texto do Moisés eu trabalho ele eu acho ele é uma pérola né Eh eu trabalho ele como Freud e fazendo esse exercício que eu tô provocando né o Freud foi lá no objeto né ele foi lá escrachar nas características do objeto
vê o que que tinha naquela representação que tinha que presentificado né um Rastro por trás daquilo que podia ser captado pela experiência visível para a aí pensar a sua a sua psicanálise a partir das notícias do objeto então é Freud já fazia isso né E quando ele fala assim ele ele deixa ele abre né essa possibilidade inclusive de depois de ter lido esse texto mesmo texto 30 anos ainda fique surpresa e ainda consiga produzir a partir dele né é genial é simplesmente genial sim eu vou fazer o seguinte Então Ju vou pedir para você esperar
um pouquinho para voltar depois com as perguntas e vou chamar o Vittor Burgo para contar um pouquinho do trabalho dele do texto dele também Oi Vittor Olá boa noite de novo Boa noite para quem não tava aqui a todas as pessoas que chegaram depois eu quero rapidamente agradecer Jose pelo convite pela oportunidade de participar dessa dessa coletânia desse livro eh agradecer pelo espaço para desenvolver essa ideia que como eu disse é uma ideia que ainda me me atormenta e ela é Inicial quero deixar meus efusivos agradecimentos ao Caio a quem eu torturei bastante com as
pesquisas das referências que eu lancei no texto de uma forma bastante arbitrária confesso e o Caio foi genial Muito obrigado a ele publicamente e agradecer a todas as demais pessoas e as instituições a assim toma pela pela publicação eu quero começar aproveitar que deixa pronto os que já me antecederam eh apresentaram bastante do livro da proposta do livro por onde a gente vai caminhando a Jose inicia falando justamente sobre de onde a gente parte eu acho esse ponto muito importante que o título do livro para mim talvez não seja tão tão Óbvio a todas as
pessoas mas para mim ele é muito Evidente quando Freud fala de arte e a Jose pontua né Ele fala mais de Freud que de arte acho que é bastante importante a gente entender que não é um mero exercício ou Capricho se fosse um exercício estava suficientemente bom não é um mero Capricho estético não é um mero deleite estético quando Freud fala de arte é justamente uma tentativa que cada um de nós seis fizemos cada um em sua em seus incômodos clínicos fizemos eh de nos valer da arte e do caminho que o Freud inicia Juliana
agora colocou muito bem né ele foi lá ele fez isso ele cara funcho o objeto eles Car funch a arte e não por acaso a obra as obras completas que saíram pela companhia das Letras todas elas são abertas com imagens de objetos que o Freud tinha que o Freud guardava que o Freud utilizava então eh a gente parte falando de arte justamente para dar conta de algo E aí talvez seja o texto do Sander para dar conta de algo que inicialmente não daria para dizer de outra forma talvez seja um pouco isso e eu digo
isso muito pelo trabalho que eu entrego nesse livro e que mais uma vez deixo claro é um incômodo muito grande que ainda não se esvaziou com a escrita desse texto é um incômodo muito grande que ainda merece ser trabalhado por mim e o lançamento desse texto no livro é justamente uma tentativa de receber todas as possibilidades de apontamentos e críticas e sugestões e adesões que seja mas críticas sugestões para que eu possa olhar esse problema ou essa questão por vários e diversos ângulos eu quero quero dizer que do complexo de Édipo eh uma coisa que
já vinha na clínica me tocando era justamente o ponto do parricídio sobretudo e a Joseane pontuou no começo da fala dela que o texto Tem algo aí de sociológico e Sim tem mas sobretudo porque eh os números de violências São cada vez maiores Então essa coisa vai me atormentando de um lado de violências contra crianças mas ao mesmo tempo a escuta na clínica vai me apontando para pessoas que estão sempre se queixando das mais diversas violências recebidas de seus cuidadores e esse é um termo que eu vou usar tirado da da V iaconelli das mais
diversas violências e no estudo no estudo da psicanálise na leitura na releitura e como disse a Juliana na na milésima passagem pelo mesmo texto o que foi ficando para mim desde sempre com o complexo de Édipo foi um acirramento muito grande entre pai e filho mas sempre para mim com uma tônica nessa observação de que o filho vai atentar contra o pai que o filho se incomoda com a posição que o pai ocupa na tua formação da subjetividade que o filho é quem vai investir contra o pai porque essa é a construção que se dá
e isso para mim sempre ficou um pouco manco um pouco eh faltando um um equilíbrio manco no sentido de faltar um equilíbrio eh isso para mim sempre me trouxe um um certo incômodo porque eu falava falta um escuta e aí eu tô falando da parte Clínica falta uma escuta que se oriente de uma outra maneira e na leitura e releitura e releitura do máximo recalca no livro que se chama complexo de Telêmaco ele traz o o complexo de Telêmaco como oposto ao Complexo de edipo E aí ele pontua Justamente que diferente de edipo Telêmaco não
teria essa relação tão rivalizado com o pai seria um outro tipo de relação numa leitura repetida desse texto eu falei é isso tem alguma coisa que ele tá apontando que ele tá dizendo mas que eu acho que dá para resolver com edipo eu não preciso ir para outro complexo para outro Mito para outra ideia embora o livro dele assim como ele seja genial e nesse texto que tá no livro eu quis fazer um retorno ao edipo Então o que eu faço é justamente um retorno ao edipo lendo não só o primeiro livro mais A trilogia
tebana lendo A trilogia tebana só o primeiro livro EDP Colono já dá suficientemente para matar essa questão mas lendo A trilogia tebana Isso fica muito mais Evidente para nós que essa relação entre eh edipo L Jocasta não é exatamente dessa maneira como desde o começo vai se apresentando daí que essa leitura não é propriamente originária minha isso tá desde o início colocado no texto eu parto de incômodos que já foram apresentados pelo quin eu parto de incômodos que já foram apresentados pelo Inácio Paim é o parto de de incômodos que já foram apresentados pelo rascon
kov meu Deus pelo rascovski confundi os personagens Olha aí pelo rascovski o autor de um texto sobre dois textos importantes sobre o filicídio e daí voltando ao Edo eu fui me dando conta de que sim tem no Édipo uma coisa mais e essa coisa mais que tem no Édipo é justamente essa preteridas pra gente essa preter velada que acaba sendo mitigada e o que se dá tônica no edpo é a violência com que edpo ataca Lio é a violência com que épo investe posteriormente em relação a creonte para garantir tua posição e Hora nenhuma a
tônica vem sobre por que motivo edipo não estava junto de lá e Jocasta por que motivo zipo desde o começo foi tirado da aquela cidade Esse é o ponto eh ótimo Rosângela adorei lei aqui no cantinho seu comentário e a partir desses incômodos e dessas fricções que o texto do Édipo eh foi me trazendo ou na verdade esses três textos da trilogia tebana obviamente eu só podia da leitura de Freud partir pros irmãos karamazov e a proposta do meu texto e articulado o Ed e também totem Tabu é justamente de que essa é a minha
proposta os irmãos karamazov não não é uma obra esse livro não é uma obra que trata do parricídio esse livro é uma obra que trata do filicídio E aí pegando no próprio texto do Freud a gente pode perceber como ele já indica desde o começo o quanto o pai foi terrível para esses filhos e o quanto esse parricídio ele advém obviamente dos males que foram infligidos a esses filhos indo ao texto indo a dostoyevski ali a gente vai encontrando diversos pontos em que essas falas são justificadas diversos pontos mas o mais interessante disso é que
o próprio Freud no texto em que ele aborda num dos textos em que ele aborda a questão do do pardio que é o parecer que ele dá um parecer jurídico e não o o outro texto que tá na coletânea de arte da autêntica eh sobre parricídio num desses textos ele deixa muito claro que Dimitri é sempre apontado com aquele que foi responsável por matar o pai o velho karamazov e Freud coloca mas não foi ele foi um outro filho e ele deixa aberto foi um outro pro filho ele pode estar falando de smer diakov ou
ele pode estar fazendo o que eu mais gosto da Leitura uma abertura para que a gente possa pensar Afinal quem foi o filho responsável por esse parricídio já que E aí trazendo um trechinho que eu coloquei no texto já que nessa brincadeira eh o filicídio é certo e o parricídio sempre inserto s ou seja a gente não sabe Apesar de o texto em alguma passagem deixar claro que aquele assassinato foi por Dimitri ou de aquele ou de que aquele assassinato foi por esmer diakov ou de que houve um consórcio entre os dois a ideia de
que o parricídio ele tá tanto sem autoria assinada nos irmãos carazas apesar disso o o filicídio é muito claro e aí por causa disso também há um trabalho no texto sobre as ideias de filicídio porque o filicídio na verdade não seria assassinar os filhos tal qual o termo parricídio sempre evoca em nós há formas atenuadas de filicídio e elas podem ser as mais diversas violências que são provocadas por cuidadores em relação aos às crianças em relação aos menores Então passa muito por aí e foi por isso por causa de da revisitação aos textos de épo
A trilogia tebana por causa da revisitação dos irmãos Caram e toda construção que é feita e voltar aos irmãos karamazov com as ferramentas disponíveis desses questionamentos em relação ao Ed foi isso que me trouxe a possibilidade de olhar de voltar pra clínica então dos textos voltar pra clínica e falar bom tem alguma coisa outra aí há uma outra de se ver a questão esse pessoal é o meu incômodo que permanece e que eu trago em uma primeira abertura nesse texto e que eu espero que quem está aqui presente hoje que vá ler o texto e
que outras pessoas que venham a ler o texto eu espero que possam trazer um diálogo para mim para que a gente possa ampliar essa discussão e para que eu possa conseguir dar conta do mínimo intento que eu botei em em curso que eu botei no trilho aí vou parar aqui minha fala seja porque acho que já é suficiente seja porque a gente precisa de um tempinho para discutir as perguntas postas no chat e outras perguntas que a gente possa vir a formular J Muito obrigado obrigada Vittor Eu que agradeço né o Vittor também traz aí
uma problemática Super Interessante a partir da Leitura que o Freud faz né Eh do parricídio Aliás o texto do Freud eh dostoyevski o parricídio é um texto bem é dos mais controversos porque ele faz uma uma interpretação sobre o dostoyevski né então é uma é um desses textos que geraram dúvidas né a respeito dessa relação entre psicanálise e Arte Eu até queria comentar o seguinte eh que achei muito interessante que eh todos todos tomaram o título né quando o Freud fala de arte e uma das ideias do título era Justamente que ele é quase como
se ele tivesse três pontinhos Porque tem uma estrutura de frase né quando Freud fala de arte né três pontos e aí cada um vai podendo aí de certa maneira né continuar a frase e desdobrar então é uma frase título que é uma pergunta né quando o Freud fala de arte o que que acontece né então ele inaugura um certo encontro com a criação poética né Isso é o que eu escrevo na Minha introdução né de que quando Freud fala de arte ele inaugura um certo modo da psicanálise se apresentar o que me faz pensar que
não é possível tirar o diálogo com a arte para pensar conceitos psicanalíticos né Eh Se vocês forem reparar bem eh praticamente todos os grandes conceitos da psicanálise eh Freud também trabalhou a partir eh desse encontro com os objetos artísticos né como a gente já citou vários aqui então não vou retomar eh acho que podemos colocar algumas perguntas tem uma pergunta aqui do Carlos ja de repente a gente pode chamar vamos fazer o seguinte eh Dá para colocar essa pergunta Bruno e aí o Vitor pode comentar Eu também comento depois eu passo para outra a gente
chama outro convidado Vítor Quer comentar essa pergunta eu vou ler aqui ó é possível pensar uma clínica psicanalítica de emancipação de sujeitos pela prática da estética nos moldes da inesquecível Nise da Silveira não ao dsm e sim ao inconsciente como Liberdade olha Eh Carlos Eu gostei muito da sua pergunta e eu vou responder de uma maneira que eh se pretende aberta se você a escutar de outra forma me interpele por favor mas a meu sentir a prática eh Clínica da psicanálise já feita de acordo com o que a gente apregoa ou preconiza como a ética
da psicanálise ela já funcionaria um tanto nesses termos obviamente não eh de forma tão eu vou chamar de radical para dizer de que pega na raiz mesmo tão radical como a Niz porque a Niz fazia tinha um trabalho que era absolutamente direto do no caso do paciente com com o objeto né Eu acho que a Juliana tocou muito isso da do da relação Direta com o objeto do fazer do do desenhar do pintar do esculpir enfim talvez na nossa Clínica eh nós não façamos isso propriamente mas seguindo a ética da psicanálise a gente se afasta
e se e se defende na medida do possível do dsm Então acho que com relação à segunda parte da da pergunta eh ficaríamos bastante fora disso e sim eu eu defendo que nós já trabalhamos assim e quem não trabalha talvez veja Qual qual é a linha que tá aderido porque o dsm não faz muito não faz muito par com a prática psicanalítica Seja lá de qual orientação for agora com relação à primeira parte da pergunta sim entendo que entre a clínica psicanalítica e aise há uma distância mas acho que dá para encaminhar nesse sentido de
boa maneira produtivamente pelo menos acho eu vou chamar a Juliana para responder também Vitor obrigada E aí eu vou fazer o seguinte eu eh se puderem colocar a pergunta da Selma aqui também eu vou fazer um comentário e daí eu passo para você Ju eh que é o seguinte Olha só né acho que era outro tinha uma outra pergunta da Selma aqui a psicanálise não seria também uma forma de arte porque isso olha só se é uma boa aventura a psicanálise não seria também uma forma de arte a arte da escuta do inconsciente eu acho
que tem algum microfoninho aberto que tá chiando não tá ou não ou só para mim aí porque aí eu fiquei pensando o seguinte em relação à pergunta anterior né que apareceu e que o Vittor comentou eh porque aí a psicanálise não seria também uma forma de arte mas não é a forma de arte da Nise da Silveira né que o Vitor fez essa Digamos que a gente não trabalha diretamente com aquilo que inclusive outras áreas chamam de arte terapia né e eu queria ouvir um Pou Pinho né a Juliana também que trabalhou um pouco essa
esse tema né da do sintoma da leitura do sofrimento a partir da arte etc porque eu fico pensando isso que às vezes há uma defesa na psicanálise Lacan né não de todos apesar do do lac trabalhar sobretudo no no fim da sua obra muito próximo a a poesia chinesa né e e defender a sua intervenção a partir da poética né a desconstrução do sentido e cada vez mais eh tentar pensar né a a arte poética e ele diz assim não sou poeta suficiente inclusive ele diz né mas existe ali uma certa resistência às vezes por
conta daquilo que eu coloquei lá no começo né que é muito freudiano né a vergonha da fantasia a vergonha da arte né como se a arte fosse um uma forma menor de trabalho então Eh como o Vitor pontuou né a a o método psicanalítico lacaniano e mesmo freudiano são diferentes do método junguiano da Nis da silveir a arte terapia também é muito diferente né mas o que é que poderia ter né de arte da escuta e aí acho que tem mais uma pergunta da Selma também se quiserem colocar porque parece que complementou ela fez uma
brincadeira né eh podemos brincar com a frase de Lacan sobre o inconsciente fazer um troc cadil e pensar se um inconsciente é estruturado como arte eh eu acho que o que essas essas três perguntas vêm dizer né Para Além de como a gente pode responder cada uma delas é mas é da dificuldade de situar o lugar da arte na psicanálise então isso vai aparecer ou como algo inferior né Eh psicanálise aplicada que foi tendo o seu sentido deteriorado ao longo do tempo não era não era inferior no começo mas fo foi sendo deteriorado eh ou
como se esses sentidos né não tivessem o mesmo estatuto de dignidade que outros outras leituras diretamente clínicas como se a gente não pudesse extrair daqui também Clínica né porque o Freud faz esse diálogo né com a criação poética eh para pensar Clínica né E então é é uma pergunta muito interessante assim queria ouvir um pouquinho da Juliana também o que que ela acha já chamo Sandra aqui também para conversar tá mudo o seu Ju falei ai que bom que você me chamou eu adoro Vitor eh se eu entendi bem a tua pergunta porque ela sumiu
dali e eu não não não anotei é pensar na relação da psicanálise com a arte a partir de uma perspectiva de uma pegada política isso é muito interessante isso é muito interessante porque assim na provocação que eu tava trazendo que é um pouco das minhas pesquisas mas que ela tem esse objetivo final e que eu acho que tem tudo a ver com que a Selma escreveu ali no no trocadilho né numa provocação porque é uma bela de uma provocação Celma que tem que ser levada muito a sério tá e dá para levar a partir de
diversas perspectivas Vou traçar uma aí de curiosidade mas eh voltando ao que vor trouxe na ideia de que se a gente voltar pro objeto nas características inerentes do objeto tem uma pretensão política disso quer trazer uma certa autonomia pro objeto e paraa experiência estética que ultrapassa aí a nossa maneira de visão de interpretação sobre os objetos o que que isso traria minimamente a nós né uma possibilidade de libertação da Imaginação uma outra possibilidade de experiência estética é uma autonomia pro objeto mesmo é trazer o ob obeto no lugar anterior né a a ao discurso psicanalítico
ao conceito psicanalítico e daí sim talvez como modelo e eu vou dizer assim eu não acho que Lacan tenha fugido muito disso né Vamos pensar a década de 70 de Lacan como o Lacan tá lá as pessoas brincam que Lacan morreu fazendo o quê né brincando com aquele com aquelas coisas ali com aqueles nós que nada mais são do que eh imagens né do que formação do que a materialização ali de imagens aonde ele tava criando uma estrutura um modelo de possibilidade aí De captação que eu chamo de artifício pra gente dar conta de da
experiência subjetiva inclusive que o Sander provocou muito bem em relação como é que a gente dá conta do real né a gente cria aí com os recursos que a gente tem em mãos se a gente voltar pra ideia dessa emancipação do objeto do objeto artístico talvez a gente possa pensar sim né mas daí não sou eu sujeito aqui nomeando com os meus recursos simbólicos com a minha narrativa ali para estabelecida bem disposta o que esses objetos estão aí para me servir né mas indo lá dentro deles testando eles com as mãos ou indo lá com
o Senor Freud lá fez Dr Freud indo lá contratando desenho emprestando Corpo e Alma né para aquela estátua e daí talvez a gente tenha eh possibilidade de especular sim a arte como modelo eh para pensar a ordem subjetiva Acho que sim isso tem uma pegada política muito grande porque é uma pegada de emancipação né de transformação de transformação do sujeito do meio né boas excelente perguntas aí eu vou pedir para colocar uma outra pergunta aqui vou passar pro Sander a pergunta da Julie Julie boaro Sander vou passar para você que trabalhou aí schreber homem dos
lobos Joice eu vou passar essa pergunta aqui para você olha Vocês poderiam falar um pouco sobre o conceito de devaneio para psicanálise e se possível sobre o devaneio excessivo fazendo aqui uma concessão a devaneio né porque a gente teria que diferenciar aí né devaneio fantasia Delírio né mas talvez Sander pensando a partir do teu texto né se você puder eh trazer algo do que possa contornar essa pergunta Hum que que você acha então vamos tentar né Eh é tanta coisa que a gente tá falando ao mesmo tempo interessante e problemática boa discutir que inclusive é
é é bom ter a pergunta para dar um recorte de por onde ir né que vai pensando e anotando várias coisas aqui eh o devaneio né Eu não sei se pronuncio bem talvez seja trum tag alguma coisa assim em alemão que poderia ser traduzido digamos assim mais ao pé da letra eh por Sonho diurno né Eh tem uma passagem eh de Bates numa criança ou uma criança espancada também tem uma questão aqui de de tradução eh em que o Freud diz assim que inclusive eh essa esse essa fantasia ou fantasma da criança espancada ela pode
assumir uma superestrutura narrativa o que ele ele chega a dizer assim quase como que vira um filme né É É um um um devaneio né Um Sonho de urno que pode adquirir assim uma super estrutura narrativa eh como ele costuma dizer né que eu acho que teria essa ideia do do sonho de urno né no sentido assim que tem a relação com o campo da fantasia como no no sonho no sintoma enfim eu acho que o ponto principal aqui é a relação com o desejo né aliás um comentário muito rápido sobre isso né se eu
não me engano na primeira lição lá do seminário 11 que o lac diz algo como não é bem que o Freud descobriu ou inventou o inconsciente né O que ele nos apontou foi a relação do desejo com a linguagem né E aí por isso a ideia eu trouxe a ideia da da narrativa né Eh e o Claro narrativa onírica né tá bem Tem muitas aproximações aí com o cinema se a gente quiser pegar por esse lado né mas a ideia do digamos assim do sonho de urno ele é imaginado e ele é mais texto assim
né e um dos eh modelos e do sonho de urno na obra do Freud é Inclusive a fantasia aí de de bate-se numa criança né para tentar dar algum algum Contorno e alguma referência de de discussão para esse tema né mas eu queria aproveitar o gancho eh se eu puder fazer uma pergunta mas se eu puder fazer um comentário também sobre outras perguntas rapidamente assim né sobre o tema da emancipação que ele acho que é um tema muito caro para pra arte eh não em toda a história da arte masem certamente em muitos momentos né
e eu acho que um link interessante aqui eh é da gente pensar que uma vez um um uma um amigo contou uma uma uma história né conhecido enfim que fal Ah eu tenho eu sou poeta eu tenho eh V mas não tô com nada publicado meus livros estão estão todos engavetados né seria de se perguntar se se essa pessoa é escritor ou é artista né na medida em que ele possa ter escrito isso possa ter sido um processo eh pessoal elaborativo interessante e tal nem falo sobre a qualidade dos textos que eu também nunca pude
ler nem sei se saíram da gaveta ou não mas que teria que ser algo compartilhado né então aqui acho que não dá para pensar em algo da Ordem do individual né o objeto de arte acho que isso tem relação com a ideia de emancipação e com a o lugar do desejo na psicanálise né porque Bom enfim se o desejo é o desejo do outro se a gente tá sempre eh numa relação com o campo do outro né Eh a obra de arte também e até daria para pensar aqui eh a arte como um outro para
psicanálise nesse sentido eu não eu não sou muito afeito de pensar que o psicanalista seria um artista eu acho que teriam pontos em comum por exemplo a ideia da sensibilidade e da criatividade ela digamos ela eh é bom que ela esteja presente desejável que ela esteja presente na nossa prática Clínica mas eu acho que a gente também não pode esquecer que o artista por mais lá o salvador daali o surrealista que vai né botar na tela coisas vamos dizer assim entre aspas sem pé nem cabeça oníricas etc eh existe um formalismo e uma tecnicalidade ali
que a gente que ligo nem consegue compreender o quanto Aquilo é feito de de caso pensado e dentro de toda uma uma formalidade né Eh que muita coisa não é tão espontânea não é tanto de inspiração como a gente também poderia pensar então aqui acho que eu acho que tem uma diferença entre os campos que também é legal de marcar o diálogo os pontos em comum mas essa essa diferença acho que ela também é interessante de ser eh colocada em questão assim né mas enfim aí já é mais um um devaneio meu para pegar a
expressão a da pergunta e isso que você traz na verdade s tem a ver com acho que é uma última pergunta que eu vou colocar aqui da Carolina e vou aproveitar eh isso que você traz né porque voltando no no Moisés de michelângelo é isso né o quanto quando a gente olha aquela escultura né a gente desconstrói a ideia de espontaneidade né porque para você chegar naquela forma né naquela naquela escultura Divina que é fantástica e que com convoca o Freud o tempo todo né e é é a forma até tava eu tava numa aula
com o Vittor esses dias a gente tava discutindo isso e eu falei exatamente dessa diferença né de que o que diferencia é porque H há a forma estética né mesmo um processo de análise né a fala da associação livre ela não tem tratamento estético né Por mais que a gente possa fazer aí aproximações e diálogos mas ela não tem tratamento estético o que o o Freud inclusive vai dizer que o artista consegue colocar a público porque ele deforma o material original que seria um horror que é o horror ele vai a o horror da escuta
Em análise você escutar né em análise a gente vai para dizer as coisas em formas difíceis de dizer e difíceis de escutar e o estético ele já daria um tratamento a isso né O que já faria uma certa diferença eh então é também é é legal dizer disso daquele que e do analista enquanto aquele que de alguma maneira convoca esse lugar que tem um parentesco mas não são idênticos né digamos né porque aí tem a diferença que ele faz né a gente tem no mínimo três no Poeta e fantasiar que é o brincar o fantasiar
e a criação artística são três coisas diferentes que fazem uma linha que dialogam mas a fantasia não é brinc a criação artística não é a fantasia então Eh é muito bom essa essa pontuação que você trouxe também posso só fazer um comentário porque me é caro esse assunto e É acho que pra gente colocar tencionar um pouco assim eh Talvez isso que seja esteja sendo abordado como tratamento estético né como se tivesse aí uma eh Parece que tem uma idealidade em relação ao tratamento estético eu ao acho que o essa ideia do artista é uma
ideia que pode ser muito parecida sim com a fala do do do do analisando na construção né cada um aí esculpindo e dando forma né a sua narrativa de uma maneira muito similar e falo isso pra gente não cair no campo muito da idealidade em relação à arte porque senão a gente volta pra estética da beleza né do Belo da manifestação do Belo e talvez seja aí por isso que vem arte contemporânea para quebrar tudo a gente tá falando de arte tá falando desde Michelangelo ar mas está falando dos quadros do malev lá me atrapalho
falar também né só falar sim é eu acho assim pessoal na verdade né Eu até tava comentando antes ali também com o Vittor né de que é um livro que vem trazer problemáticas né esse espero que venham outros né Inclusive a gente precisa bolar aí mais eventos de sobre isso porque tem um ponto aí né até do que a Juliana traz agora né Será que uma uma fala em análise é uma obra de arte ou aquilo que o Sander diz o que tá na gaveta é uma obra de arte acho que é nesse sentido né
de tentar pensar aproximações e diferenças então será que aquilo que eu produzo dizendo numa análise é o mesmo que o artista produz o que que teria ali então né como que a gente pode aproximar esses essas esses dois fenômenos né como é que eu poderia até uma uma instalação interessante seria né uma uma pseudo transcrição de análise colocada no museu quer dizer esse gesto me faria dizer que isso agora é arte porque em si aquilo que tá no dia a dia da Clínica aquilo que eu escutei hoje dos meus analis Anes eu poderia dizer que
aquilo é arte ou tem estrutura né mas acho que não sei se é da Ordem da idealização o problema é é o que a gente chama de áte né Nós estamos nossos jeitos dizendo Ah isso é R é então por isso que eu vou vou colocar a última pergunta ó eu vou colocar a pergunta então aqui que vai ajudar a continuar essa esse debate Será que dá pra gente pôr a da Carolina E aí gente para encerrar a última pergunta viu Senão ó lá ó a Carol não não era esse não Morgana você vai me
brigar comigo que eu tirei tua pergunta mas é que eu não tinha visto que era depois a gente volta naquela então só para ficar mas essa aqui ó porque tem a ver com que a gente tava discutindo tá por isso que eu tinha pedido da Carolina Desculpa pessoal era só porque para fazer o gancho né porque ela tá dizendo aqui agora ela tá querendo aproximar de mais uma mais uma forma de aproximação né o final de uma análise traz consigo uma marca de estilo que estaria em analogia com a estética do inconsciente então é mais
uma pergunta sobre essa tensão que a gente tava discutindo acho que pode ficar aí também em aberto pra gente pensar não sei se alguém quer comentar sobre sobre essa especificamente Ah eu posso dar uma uma palavra eh sobre isso eh não sei se tem essa referência implícita ou fui eu que que que li me lembrei dessa referência né mas essa ideia de fim de análise eh e estilo né eu sei que autores como o jo birma outras pessoas também que chamam de estilo singular de subjetivação do sujeito e tal eh aqui poderia ter algo se
fosse lincar com com o trabalho que eu escrevi pro livro eh o Joyce não foi analisante e muito menos do do lac e tal eh mas que teria um trabalho eh digamos algum trabalho que que não pela via da psicanálise em si mas que também produz um certo estilo uma certa posição no mundo uma certa amarração do nó lá como o o lac propõe né então digamos assim eh uma questão interessante para abrir uma outra pergunta para acrescentar na verdade não é bem uma resposta né mas digamos quando um analisante é artista ou tem alguma
prática criativa Mesmo que não seja necessariamente como arte como isso participa da análise eh no sentido da produção desse estilo de subjetivação né Eu queria aproveitar já que você falou disso porque o goldenberg tem uma uma ideia super interessante acho eu não sei se ele escreveu isso em algum lugar mas eu ouvi dele num num curso que fiz com ele que ele diz que o analista do Joyce foi a língua inglesa acho isso muito bonito né porque não havia como ele supor saber em alguém ele não iria supor saber em alguém ele supôs saber na
língua inglesa aí eu acho interessante de pensar também eh essa ideia né de de como é que o porque o que porque aí volta no do Freud fala de arte e e eu e eu pontuo a ideia de que ele inaugura um método de de de fazer com a arte e nesse sentido me parece que essa é é a provocação que nos permitiria dizer algo desse desse tipo assim de fazer uma analogia de método não que sejam coisas semelhantes né não são atividades semelhantes Mas elas têm uma analogia de método e uma pode se servid
a outra né Não no sentido de submissão então achei interessante tem a da Morgana aí porque senão ela depois vai ficar brava comigo que eu tirei a pergunta dela coloca aqui e daí vamos encerrar com a com a última tem aí Bruno ainda ou perdemos a pergunta dela tá bem pertinho aqui dofin aí ali eh Caroline Morgana vamos lá algumas verdades só podem ser ditas como ficção sobre o horror do que se diz em análise e o impossível escrito em forma de ficção aí também queria fazer a ressalva que não é o horror do estranho
né é outro horror né pensando na diferença que o Freud faz que também a gente não precisa concordar com essa diferença mas tô pensando essa ideia né que também é uma ideia que depois ele ele eh expande muito contexto do estranho mas no personagens psicopáticos no palco e no Poeta fantasiar Ele trabalha essa a ideia da né estética como Aquela que permite né a a exposição daquilo que é é impossível de suportar então digamos para falar do horror de castração a gente tem aí figura medusa a gente tem o Édipo ele diz que isso são
formas de expressões na cultura a partir do mito a partir da arte a partir da literatura para se dizer de algo que se a gente fosse fazer um debate público eh sem atravessamento artístico né ainda que a gente tenha toda a problemática que a Juliana tá trazendo da ideologia da pergunto o que é arte né Aí teria que abrir mais um campo de discussão em relação a isso mas o Freud vai dizer daquilo que eh envergonha né E que claro que isso tem um atravessamento temporal né O que envergonha em determinadas épocas não é o
que envergonha em outras né porque aí a gente vai tendo também uma uma ideia é muito lacaniana Ai gente a gente vai longe aqui mas eu vou tentar encerrar agora porque a ideia do Lacan é muito interessante né vou dizer para pra gente ir tentando ir fechar mas ele vai dizer que o tempo histórico coloniza imaginariamente das Jing Então vamos para não jogar das ding do nada assim né esse contor esse vazio né digamos assim da do pulsional e do objeto da pulsão que a gente não tem um objeto né esse objeto ele na verdade
é um vazio mas culturalmente né a ideia que ele trabalha é que imaginariamente a gente sempre vai colocando alguma coisa no lugar isso é sempre ideológico de alguma maneira né Isso é sempre histórico Então a gente vai colonizando com édico a gente vai colonizando com narrativas contemporâneas para poder dizer eh de algo que tá ali eh causando um certo horror mas o se a gente fosse pensar o horror do ato analítico não é o horror da estética do estranho então É nesse sentido que a gente precisa acho que voltar no ponto que o Sander trouxe
a Juliana também de como é que a gente pode aproximar e diferenciar né mas vamos ter que ir encerrando pessoal porque olha o pessoal aqui também tá querendo ir ir pro ó já vão brigar comigo de todos os lados aqui vamos pro nosso sorteio Então como que a gente vai proceder Ah eu devia ter dito já já colocou o post no Instagram ó vai dar tempo de alguém responder alguma coisa ainda se quiser comentar enquanto a gente coloca o post no Instagram e vocês precisam comentar lá tá vai ter um post ali no Instagram de
sorteio Sigam as instruções que tão ali eh coloquem no comentário e dali é que a gente vai fazer o sorteio então enquanto a gente enquanto vocês vão lá no no Instagram fazer esse comentário dá tempo de alguém aqui Se alguém quiser comentar mais alguma coisa sobre o que a gente discutiu aqui no geral só me sinalizem ó lá então gente a publicação já tá disponível @ editor sintoma no Instagram eh basta entrar no post do sorteio e seguirem as regras tem umas regrinhas ali eu acho que as regrinhas são e seguir o eh seguir a
página e fazer algum comentário curtir o post e um minutinho Enquanto vocês comentam a gente já consegue a gente pode colocar aqui o livro também acho que tem um microfoninho aberto Será Acho que é o seu né Ju tá chiado eh a gente pode colocar aqui a imagem do livro e também lembro vocês que até domingo a gente tá com o frete grátis com desconto eh pode podem buscar no site editor sintomas.com.br no link da Bio também a gente tem lá o link que direciona vocês pra página certo e aproveito para dizer também o seguinte
nós vamos ter lançamentos presenciais então em São Paulo eu já tenho a data tá São Paulo vai ser 22 de Agosto então sigam também as nossas redes eh sociais para vocês eh terem as informações da datas e dos locais então São Paulo 22 de Agosto eh Rio de Janeiro não posso confirmar a data ainda certinha mas vai ser em Julho tá provavelmente ali 18 de julho a pessoa não está confirmando a data na pessoa no caso eu tá não tô confirmando ainda mas provavelmente vai ser essa data e depois eu vou dizendo as outras datas
para vocês também fazer em Porto Alegre né Sander Olha estamos aí seria seria muito legal acho que teria bastante interesse aí teria um público interessante ó tô vendo lá se o pessoal já tá então seguindo nos comentários já tem bastante comentário ali Cadê V vai me sinalizando Aqui o o momento que a gente que eu já posso anunciar a pessoa sorteada tô aqui esperando pessoal nesse tempo aqui se vocês quiserem comentar alguma coisa então Ju você ia falar alguma coisa Sander hã pode falar eu vi no vi que tinham várias questões ali no no chat
do YouTube e tal pessoas perguntando de Lars Font trier e muitas questões ali que que não se Juli acho que viu também e tal né Eh Então realmente teria teria muita coisa para pra gente abrir tô tô bem curioso Aí para para ler um pouco mais né eh e aí se possível né Juliana até te perguntaria assim comentou que vai trabalhar eh bastante no teu texto eh com o conceito de montagem né como conceito mesmo da linguagem cinematográfica e queria te perguntar assim por dessa opção né dentre outras digamos aspectos da linguagem cinematográfica né tu
tu escolheu esse eh enfim se pudesse comentar um pouco dessa estratégia fiquei bem curioso tem dois elementos né Sander primeiro assim é para tentar responder ali voltar ao voo do Freud que ele interrompeu né que era unir ali em imagem né em como que ele chama em em em em manifestação pictórica o passado e o presente que ele disse que não tinha recursos disponíveis bem o cinema traz esses recursos mas porque eu faço uma aproximação com o conceito de sintoma também a montagem cinematográfica sobretudo uma técnica específica inserida na montagem cinematográfica que é elipse temporal
que é justamente aí essa essa técnica né da Montagem aonde você consegue presentificar momentos diferentes do tempo ali eh da maneira da maneira ou de de uma maneira é cronológica né ou num tempo lógico inclusive né eu trago dois exemplos ali um exemplo bem bem ali bem hollywoodiano nem é hollywoodiano porque é de de é aquele filme em Rio sabe que foi um filme bem bem famoso e pego um um outro exemplo pego um exemplo dos surrealistas pego um exemplo lá do Sergei Stein também eh para debater como que essas essas características levam e criam
referências criam modelos de presentificação de existência subjetiva que são interessantes para pensar arte como modelo então vou pegar Alguns alguns negócios e trabalhar também com o negócio da da colag a montar ensinando Mota gráfica como equivalência à colagem tá colagem surrealista um monte de coisa é e é muito legal esse isso que a Ju faz de leitura né que é mais uma ideia do poeta o fantasiar né quando ele fala do cordão do desejo que há um cordão do desejo entre eh passado presente e futuro né E aí você trabalha justamente essa essa ideia né
como é que o cinema consegue fazer essas passagens né a partir da das imagens muito bom pessoal Olha então deixa eu ver se tem inclusive queria dizer a pergunta do fiquei louca para responder que me interessa muito mas você quer você quer falar porque ela tá pedindo indicação né se tinha algum texto alguma indicação em outros espaços acho que já passou de tempo né Mas se tiver alguma indicação acho para fazer sim na verdade eu ia falar o o trabalho com las Von foi meu primeiro projeto de doutorado que eu escrevi pro meu orientador pro
Vladimir safatle eu acabei mudando ele e trabalhando com os surrealistas com surrealismo mas eh o lasv e a a o o cinema do lasv é algo que me interessa muito eu não sei outra pessoa que desenvolveu Com certeza H né mas eu comecei tô louca para escrever se quiser me ajudar com gás motivacional né para isso que serve motivação eu espero que a gente continue porque tem outras Quest isso de imagem que vocês estavam falando também eu queria aproveitar Porque tem uma uma outro tema que eu tenho assim pesquisado e também tentado esboçar nessa ideia
da das imagens são as imagens médicas vamos chamar assim as imagens eh do charcot né porque o charcot para para fazer a leitura da histeria ele solicitava fotografias fazia um recurso a desenhos solicitava desenhos e também pegava desenhos de obras artísticas para tentar ler expressões expressões corporais expressões faciais essa ideia genial quem trabalha com ela de uma maneira muito interessante é o Jorge diman né ele vai falar que hisia as histéricas né as estéricas como a gente conhece ali no período pós pós charc elas foram criadas a partir da fotografia né daquelas fotografias específicas então
a gente cria um diagnóstico a partir do objeto artístico sim eu eu adoro essa ideia e e até pensar o próprio Leonardo a né aí voltando o que que é arte né porque ele desenhava e alguns desenhos eram pesquisa científica e hoje a gente vê como arte então assim esse é um tema Fantástico que daria para desenvolver alguns algumas desses limites né então o que que é análise o que que é arte o que que era medicina o que que era arte O que que a gente separou enquanto registro médico o que que ficou como
arte enfim pessoal mas já temos aqui os sorteados eu quero então fazer o seguinte Quero Agradecer Jon vou pedir acho que o microfone tá chiando imagina eh então quero agradecer muito aqui o Vítor o Sander e a Juliana tá mais um uma vez eu vou fazer o vou vou dar aqui a o nome da sorteada e quero dizer o seguinte então antes Olha só então o nosso livro mais uma vez em pré-venda tá estando em pré-venda pessoal ele vai ser começar a ser enviado daqui duas semanas esse período de pré-venda é o período que a
gente ainda tá fazendo essas finalizações vendendo com desconto então vocês vão começar a receber em 5 de Julho os livros Tá mas ele tá na pré-venda Portanto ele tá com desconto e frete grátis frete grátis é uma coisa assim poderosa né nos dias de hoje Então quem ficou interessado Aproveita porque aí eh é até domingo que vai a essa promoção aí tá do frete grátis Achei que ia colocar o livro aqui para mostrar mas acho que não então posso falar sorteado já a sorteada foi Érica Lauda certo @eric Lauda tá então você ganhou aí o
livro O marca páginas a ecobag e a caixa a gente entra em contato com você tá Érica também se quiser escrever pra gente ali em in boox mas já vamos entrar em contato com você e muito obrigada pessoal por terem nos acompanhado aqui na live Passamos um tanto do tempo né previsto mas quero agradecer demais aí as perguntas as problem áticas e acho que inclusive eu tenho dito cada vez mais isso nas minhas aulas nos meus seminários que eu acho que a psicanálise ela é muito mais do Campo dos problemas do que das respostas né
o quanto ela lança de de questão e de de problemas pra gente repensar né os conceitos e é um campo que eu espero aí que cresça muito né que a que todas essas discussões que a gente pode fazer dos conceitos psicanalíticos né a partir do diálogo com a arte né Eh me parece que são assim muito interessantes e até agora vou vou dizer algo do uma frase um pouco estranha mas elas nos ajudam muito a pensar os conceitos né assim parece que acaba que facilita Em alguns momentos que a gente se aproxime de conceitos muito
difíceis né mas não é facilitar na na na no mau uso dessa palavra tá assim não é ficar fácil mas parece que que aquilo abre uma luz Assim abre uma luz né de um de um de um campo perceptivo mesmo sabe me parece que a arte ela consegue ampliar essa nossa capacidade de percepção então É nesse sentido tá que eu tô dizendo não é do da facilitação não porque a gente tá num campo de de problemas espinhosos aí né mas eu acho que espero que esse livro possa ajudar que a gente leve adiante né e
eu até digo lá na introdução né que a gente possa elevar o o objeto arte à dignidade do conceito analítico Que tantas vezes ficou aí por conta do de certas compreensões da psicanálise aplicada e por enfim problemáticas né de aplicações que realmente foram um tanto questionáveis eh acabaram deteriorando um pouco o campo da do bom diálogo entre Eh esses dois lugares então muito obrigado obg pessoal E obrigada a vor Juliana e Sander e vamos ficando por aqui Esperamos vocês na nossa próxima Live de lançamento que vai ser logo logo viu esperem que logo logo vamos
lançar mais um livro da coleção fundamentos beijos pessoal boa noite obrigado boa noite tchau beijos boa noite beijo para todos tchau tchau
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