Como uma cidade MARROQUINA foi parar na AMAZÔNIA?

no século XVII o império Português tinha uma difícil missão transferir toda uma cidade do Marrocos através do Oceano Atlântico e reconstruí-la na selva amazônica esse plano capitaneado pelo Marquez de Pombal Foi algo sem precedentes na história e marca até hoje muito da cultura do norte do Brasil mas por que transferiu uma cidade inteira do Marrocos o que o Marrocos tem a ver com Portugal O que aconteceu com a antiga estrutura da cidade E por que terá Amazônia como destino final no vídeo de hoje vamos te contar toda essa história fascinante mas antes de começar o

vídeo já deixa o dedo no like se inscreva agora mesmo aqui no canal para não perder as novidades por aqui a relação de Portugal com o Marrocos é muito antiga após o fim da reconquista do território português portugal ultrapassa a Europa para iniciar a cruzada contra o Islã em terras africanas reinado de Dom João I no século X o reino português conquista a cidade de cuta no norte da África e com o passar dos anos várias cidades são tomadas no norte da África para o domínio português como azila azamor Tanger alcer seguer e muitas outras

localidades na Costa do Marrocos inclusive o rei português Dom Afonso V passou a ser conhecido como o africano por conquistar em seu reinado quatro cidades marroquinas e entre as cidades conquistadas pelos portugueses encontrava-se Mazagão no entanto essas conquistas dos portugueses também traziam muitos problemas o ideal português na conquista das cidades do Marrocos era de estabelecer territórios na costa africana para depois rumar ao interior e conquistar assim o Marrocos para Portugal e para a cristandade era parte do esforço de cruzada de Portugal se os mouros invadiram a península ibérica agora seria a península ibérica que invadiria

o território dos mouros no entanto a despeito do ideal lusitano a realidade se mostrava bem diferente os portugueses após a conquista das fortalezas Mouras nos Marrocos ficavam confinados atrás dos muros das cidades Resistindo a incontáveis levas de incursões marroquinas e diferente dos territórios da Índia ou no Lu as cidades do Marrocos só davam despesa e não eram autossustentáveis tendo de depender de Portugal constantemente para se manter e com dezenas de localidades sendo mantidas constantemente e defendidas sem retorno portug tinha muita deses por conta disso e É nesse momento portug opta por abandonar muito de seus

castelos E focar especificamente na praça de Mazagão A coroa portuguesa decidiu reformular a sua Filosofia de ocupação da Costa do Marrocos concentrando as foras em uma fortificação que fosse inexpugnável construí segundo os princípios mais avanados da arquitetura Militar do renascimento a Cidadela de Mazagão foi a primeira cidade construída na raiz por europeus fora da Europa e foi pensada para ser inexpugnável e autossuficiente tinha uma estrutura Urbana racional dispondo dos meios necessários e infraestruturas para viver isolada em um ambiente completamente hostil inclusive um dos principais pontos turísticos Hoje em Dia da antiga Mazagão é a sua

enorme cisterna do tamanho de metade de um campo de futebol e feita em arquitetura manuelina Projetada para acumular água da chuva e assim abastecer sempre a cidade mesmo nas piores condições a cidade era ada por muralhas e tinha um castelo uma Catedral 10 igrejas e ermidas uma Alfândega cadeia vedor e um hospital de Misericórdia além de mais de 500 habitações sendo uma cidade planejada masagão tinha todos os seus traços milimetricamente pensados os edifícios nunca ultrapassavam a altura da Muralha isso porque os mouros rodeando as muralhas jamais poderiam saber como se dispunha a estrutura da cidade

e a localização de seus principais equipamentos a Fortaleza de Mazagão era tão excepcional que nunca foi tomada nem por terra ou por Mar em seus 250 anos de ocupação portuguesa apesar dos diversos cercos que sofreu em 1520 1526 1547 1562 e 1769 a população era formada por soldados funcionários Comerciantes artesãos e religiosos numa vida difícil e isolada dentro das muralhas o cotidiano era monótono e repetitivo O isolamento o tédio a esperança e a incerteza marcavam o dia a dia da comunidade que vivia numa disciplina rigorosa como forma de garantir a sua subsistência masagão era uma

fortaleza que despertava o desejo de conquista dos marroquin sofrendo várias investidas por parte deles inclusive uma dessas tentativas de conquista foi um episódio heróico que será tema de um vídeo específico aqui no canal no futuro o cerco de Mazagão de 1562 nesse cerco os marroquinos Contavam com um grandioso exército que ultrapassava centenas de milhares de soldados atacando poucas centenas de portugueses que se organizavam na Fortaleza de Mazagão os portugueses dois meses antes haviam espionado os mouros e assim pediram reforços antecipadamente a Portugal e defendendo a cidade os portugueses resistiram em ferozes lutas corpo a corpo

travadas em rampas construídas pelos mouros para passar os forços da Fortaleza Lusitana como não conseguiram tomar a Fortaleza pelo assalto direto os moros tentaram construir uma grande mina para tentar chegar a muralha por baixo A ideia era arrebentar na mina uma grande quantidade de pólvora que derrubasse a muralha assim mais facilmente poderiam entrar mas os portugueses percebendo as intenções construíram uma contamina que eram túneis feitos para entrar dentro dos túneis dos atacantes para desmoronar o túnel ou atacar os sitiantes que estivessem construindo os mouros após terem das contaminas portuguesas tentaram a explodir sem saber que

os luos tinham construído não uma Mas duas contra Minas uma mais Rasa e outra mais abaixo repleta de pólvora e após tentar explodir a de cima acabaram detonando também a de baixo sendo a explosão muito maior que o esperado e a mina Moura sendo destruída e muitos deles imediatamente S aterrados como os lusos tinham previsto masagão era uma obra inexpugnável de sofisticação da nata da engenharia militar Portuguesa e por isso o forte resistia a tantas investidas de tantas centenas de milhares de invasores e as táticas e engenhos militares eram aplicadas também nas batalhas travadas contra

os mouros vamos falar sobre o cerco de masagão em um episódio próprio no futuro aqui no canal no entanto por mais que dragão fosse inexpugnável e tivesse uma arquitetura impressionante o governo de Dom José iiro passou a considerá-la um gasto indesejado no século XVI Portugal tinha sido assolado pelo terremoto de Lisboa e não fazia sentido ao reino gastar recursos mantendo praças no norte da África assim o Marquês de Pombal põe em prática um plano inusitado como os mazagan eram pessoas que habitavam uma Fortaleza em um território hostil Protegendo o local contra os inimigos ao invés

de levá-los a Portugal o reino poderia transferi-los para um outro ponto do império que fosse pouco habitado hostil e que precisasse de proteção E esse local era Justamente a Amazônia portuguesa mais propriamente próximo da Foz do Rio Amazonas Como era a região muito Cobiçada pelas potências estrangeiras e pouquíssimo Pombal pensou que transferindo o povo para lá fortaleceria a região e a protegeria de ataques inimigos assim todos os habitantes da cidade iriam para o interior da Amazônia e seria fundada em 1770 a nova Mazagão conhecida hoje como masagão velho esse foi um acontecimento único na história

do mundo e envolveu três países de três continentes diferentes Portugal Marrocos e Brasil Europa África e América nunca antes tinha sido transferido a cidade inteira de um continente para o outro a transferência de Mazagão foi um processo complexo e demorado Pois foi necessário embarcar todos os bens dos maagan incluindo as pedras de igrejas e edifícios a serem reconstruídos para em seguida terem que viajar por cerca de 4 meses até chegarem ao Brasil entre os anos de 1770 e 1773 fidalgos portugueses cerca de 2.000 pessoas distribuídas em 470 famílias exiladas de Mazagão desembarcaram em Belém do

Pará com objetivo de Reconstruir na Foz a bacia amazônica no Amapá a sua cidade forte e a antiga cidade no Marrocos após ser completamente evacuada foi então aberta e os mouros puderam se apoderar dela hoje em dia ela se chama el jadida e é possível ver nela muito da arquitetura militar Lusitana no entanto a dinâmica da nova cidade de Mazagão do outro lado do Atlântico era muito difícil pessoas acostumadas por anos com o clima árido próximo do Saara passaram a ter de viver em uma Fortaleza em meio à selva amazônica as condições eram muito árias

e não demorou muito para que um grande desastre se sucedesse sobre o assentamento uma epidemia de Cólera e malária se abateu sobre a cidade fazendo com que muitos habitantes morressem diante disso os cidadãos de Mazagão se espalharam pelo Amapá e pelo Pará e por outras cidades do norte do Brasil e a cidade foi assim por muito tempo abandonada no entanto alguns esses cidadãos Sobreviventes retornaram depois de décadas às proximidades do antigo território e ocuparam a cidade conhecida hoje apenas como Mazagão ou Mazagão velho no Amapá e recentemente em estudos arqueológicos na região pesquisadores conseguiram encontrar

os vestígios da antiga cidade de Nova masagão encoberta pela lama e pela selva essa Incrível História de valentia brav vura cruzada contra os mouros e travessia do Oceano deixou no povo de Mazagão uma forte cultura de cruzada e reconquista as festas de Santiago ainda herança de Santiago mata mouros são fortíssimas na região e espetáculos que encenam as batalhas ocorridas contra os mouros nas possessões portuguesas são celebradas por seus habitantes até Episódios com o de espiões marroquinos pegos no flagra pelos portugueses são rememorados pelos habitantes nas festas e assim por meio dessas festas os habitantes de

Mazagão muitos deles descendentes dos antigos portugueses entricheirada A chama da tradição Lusitana e de seus antepassados no almar e você conhecia essa história imaginava a vinda de toda uma cidade do Marrocos para a Amazônia brasileira e então deixa agora mesmo seu like e compartilha esse vídeo com seus amigos para fortalecer o nosso trabalho e aproveita e se inscreva agora mesmo aqui no canal para não perder as novidades por aqui [Música] [Música]