Oi e aí tudo bem sofredor Iva sou professor universitário e eu quero então continuar falando de Michel ficou eu tô fazendo um rastreamento dos principais conceitos da filosofia e Michel focou já fiz a primeira parte hoje eu quero fazer então a segunda Quero dar continuidade a esse trabalho primeiro eu quero te lembrar se você ainda não é inscrito no meu canal tá assistindo esse vídeo não se esqueça de se inscrever Ative o Sininho aí para toda vez que tiver um conteúdo novo você se avisado quem é ficou então lembrando vamos começar por aí é um
filósofo francês que viveu entre 1926 e 1.984 normalmente Nós estudamos focou trabalhando a partir da hipótese o da perspectiva de que a obra dele pode ser estudada a partir de três eixos ou 3 o locamentos da obra de O primeiro é a arqueologia do saber e o abordei num num vídeo anterior hoje eu vou falar sobre a genealogia do poder e no próximo vídeo eu vou falar sobre a ética do cuidado de si Então vamos lá vamos vamos listar O que poderia ser identificado como importante O mais importante dentro dessa fase pelo menos na minha
opinião tá eu não vou falar de todos os conceitos vou considerar aqueles conceitos que são mais importantes para mim para o meu trabalho como pesquisador tá primeiro Claro a gente tem discutir o que é uma genealogia então primeira coisa importante para se dizer sobre genealogia quando começa a utilizar o termo genealogia tem um termo que ele se apropria da filosofia do nit ele usa a genealogia no sentido de poder corrigir uma certa limitação que ele percebia na fase anterior é no seu trabalho anterior que era a a cirurgia do saber então ele ele acha que
é arqueologia tava muito voltada para os saberes especializados né outros saberes acadêmicos E aí então ele quando usa o termo genealogia ele tá tentando é dar uma amplitude maior ou seja ele estava já preocupado em discutir questões relacionadas ao poder ele estava na fase anterior preocupado em perceber como é que poderes saber se associavam e o que ficou tenta fazer através da genealogia é amplificar e isso quiser perceber como os poderes e instrumentalizam os saberes não apenas no âmbito dos saberes especializados ou acadêmicos mais numa produção de saber que atinge a sociedade como tudo né
não é apenas academia não é apenas os saberes especializados que estão associados ao poder bom então ficou queria Então encontrar um termo e vamos ver assim uma forma de trabalhar que pudesse dar conta desses elementos que vão para além da academia e aí começa a falar em genealogia bom é importante também ressaltar que a palavra genealogia não não designa a génese a origem de um determinado fenómeno mas está relacionado sobretudo a um deslocamento ou a múltiplos deslocamentos que se faz em relação a um fenômeno conhecido na qualidade e deslocamentos que vão ser dos feitos em
direção ao passado Então eu preciso explicar isso né não é tão simples assim ou ainda a gente pode estar da coisa mais concreta né do que do que isso então quando por exemplo eu parto da existência na atualidade de uma expressão que instrumentalizam uma série de práticas que é a água e se parte do pressuposto que a humanidade está dividida entre pessoas normais e pessoas anormais né E que normalidade e anormalidade são palavras que permitem classificar as pessoas é óbvio que toda a classificação ela produz exclusão e Normalmente quando você classifica gente regra ou a
gente classificador é se coloca naturalmente sempre um polo positivo no Polo de empoderamento descer e consequentemente de desempoeiramento do outro né você quando você cria a regra de normalidade seja em relação à que a gente chamaria de normalidade psíquica que o foco trabalha com essa categoria né então o que que é uma pessoa normal é uma pessoa que tem determinado perfil psicológico O que é uma pessoa é uma pessoa que destoa desse perfil é de normalidade então ficou vai fazer por exemplo uma genealogia da anormalidade Então você tem um fenômeno constituído na atualidade a anormalidade
pessoas determinadas as pessoas estão sendo classificadas como anormais Então como é que ele coloca em xeque a categoria de normalidade anormalidade fazendo deslocamentos para o passado Então quando você vai para o século 17 e 18 por exemplo não existe a categoria de anormalidade existem outras categorias o monstro social o individuo a ser corrigido o masturbador então o que que você tá fazendo Você tá mostrando que essa categoria é historicamente constituída e que em momentos distintos da história essa categoria não existia esse essa categoria e fica evidente que ela é historicamente construída se ela historicamente construída
significa que ela pode ser também historicamente desconstruído ou destituídos né então procedimento genealógico ele tem essa função né Por exemplo o Unite quando fez a genealogia da moral' o que ele tava procurando fazer era demonstrar que isso que a gente chama de princípios Morais não são elementos Sobrenaturais ou elementos que estão fundamentados na realidade são fatores que estão estritamente fundamentados numa convenção que a construída por seres humanos e o trabalho de Unity é mostrar como a religião se apropriou do canto na moral depois quando a sociedade se tornou um pouco mais larga a filosofia se
apropriou do campo da moral depois quando a sociedade foi a cada ao extremo a ciência tomou o campo da moral né vamos lembrar por exemplo que a Sexualidade por exemplo que era uma questão que estava ligado ao âmbito religioso começou a ser incorporada começou a ser normatizada pela ciência né pela ciência sexual né foram produzidos os sexólogos se sexóloga as pessoas que irão prescrever o tipo de sexualidade saudável tipo de sexualidade não saudável né então quando você vai produzindo uma genealogia você vai esvaziando a essencial A pertença Essência desse fenômeno e conferindo a esse fenômeno
e historicidade o que que é historicidade das cidades é a propriedade de ser histórico quer dizer o que é histórico é algo que passou a existir em algum momento da história portanto aquilo que passou a existir num determinado momento da história e é isso sim mesmo ou seja vai deixar de existir em algum outro momento então não tem que substância não tem legitimidade por si só a ideia era essa no cocô da genealogia né e a grande O Grande Lance da janela hoje é que lhe permite fazer isso com os saberes acadêmicos especializados mas também
fazer isso com formas e saberes não especializadas formas de saber que estão espalhadas por toda a sociedade o fogo também utiliza nesse período a expressão microfísica do Poder né Essa é uma ideia de que quando for começa a discutir a microfísica do Poder as práticas de poder eram analisadas fundamentalmente na sua dimensão macro estrutural né e é sempre bom lembrar que a dimensão macro estrutural do poder é extremamente importante né e eu diria que a maior contribuição para se pensar o poder na sua Dimensão Máquinas Oi gente da filosofia marxista que é uma filosofia extremamente
importante que foi extremamente importante para o cocô que foi valorizado por e mais que o focou procurou eu diria No meu modo de ver na minha interpretação procurou complementar dimensão macro estrutural através também de uma produção de conceitos que permitiriam analisar o poder na sua dimensão microestrutural provocou por exemplo não existe um fora do Poder todos nós estamos nas malhas do Poder Em alguns momentos somos agentes de poder em outros momentos somos objeto da ação do Poder mas todos nós estamos nessa malha do poder e aí o debate sobre a microfísica do poder é um
debate extremamente importante né porque aí permite a gente de mencionar o poder na sua no seu cotidiano né então relação Por exemplo quando a gente fala de hoje a gente está falando de relações de poder que acontece no cotidiano né É lógico que eventualmente Você pode ter um estado com uma política eventual menos você sempre tem práticas machistas né gente poderia chamar de machismo estrutural uma dimensão macro estrutural do machismo mas o machismo se atualiza no cotidiano né os homens e as mulheres eventualmente também são cooptados por esse machismo estrutural né e agem Então os
homens e forma machista né procurando subjugar as mulheres procurando obstruir oportunidades para as mulheres legitimando práticas macroestruturais que obstruem o acesso das mulheres a técnica determinados papéis ou a determinados cargos a determinadas funções na vida social então ficou estava interessado nessa dimensão macro estrutural e provavelmente muito mais interessado na expressão do poder na sua dimensão microestrutural Ou seja no modo como ele aparece no cotidiano das pessoas que ficou também usa diria muito mais nessa segunda fase aquilo que se chama de práticas discursivas Quiser ao invés da palavra exclusivamente discurso ele usa muitas vezes aqui a
palavra práticas discursivas isso promete para tentar corrigir a ideia de que o discurso é um fenômeno exclusivamente teórico né que Z tá ligado a fala o a escrita ou a veiculação e imagética de uma mensagem mais o cocô sem procurou pensar a questão do discurso na conexão que ele tem com práticas ou seja concepções e práticas são sempre dois lados da mesma moeda aquilo que é feito e instruído pelas crê o e as crenças são legitimados e reforçadas pelas práticas né Se você pegar por exemplo a loucura ou as práticas discursivas em torno da loucura
existe um saber médico ou psiquiátrico especializado que classifica as pessoas entre normais e pessoas loucas Então você tem uma produção discursiva que vai conferir realidade entre "objetividade ao fenômeno loucura mas não é apenas a produção discursiva no sentido teórico dela mas a sua produção discursiva no sentido Prático também quer dizer existem o Existiam os hospitais psiquiátricos Existiam os médicos As Enfermeiras os enfermeiros Existiam os personagens que tratavam os loucos estão sujeitos que foram computados pelo discurso em torno da loucura que foram rotulados e classificados e todas o ponto de práticas faz com que a produção
discursiva vamos assim mais teórica seja ao mesmo tempo legitimada e seja ao mesmo tempo com vencedora da objetividade nesse fenômeno afinal de contas que existe o look internado num Hospital Psiquiátrico como é que alguém poderia duvidar que a loucura seja de fato um fenômeno objetivo nome da minha experiência de pesquisa eu tenho eu trabalhei no doutorado com uma genealogia do diabo né então o que que eu faço eu pego o diabo tal como ele está constituído no âmbito do neopentecostalismo brasileiro contemporâneo e começa então a fazer digressões né então eu vou para o período por
exemplo da idade moderna eu vou para o período outro mundo antigo e vou pro a demonstrar que a face do diabo em outros momentos da história Era uma Face muito distinta dessa Face do diabo que existe na atualidade então o objetivo disso é mostrar que o diabo é discursivamente constituído através de uma série de conceitos e práticas estão conectados a uma determinada instituição no caso específico neopentecostalismo mais que o diabo tal como ele apresentado no âmbito do neopentecostalismo ele não é um fenômeno natural objetivo ele é um fenômeno socialmente construído historicamente construído como é que
eu percebo isso quando dimensão quando eu vou para momentos anteriores da história eu posso fazer isso da forma mais aleatória possível posso ir para o mundo antigo numa primeira viagem eu posso ir para o mundo moderno uma segunda viagem ou vice-versa Tanto faz O importante simplesmente é mostrar que em outros a história o diabo tinha facetas diferentes Portanto o diabo é um fenômeno historicamente construído socialmente construído se você preferir e isso permite você naturalmente também perceber a singularidade do diabo não Pentecostal né quando você produz uma genealogia quando você dimensione historicamente o fenômeno do diabo
as crenças no Diabo as práticas no diabo você vai perceber é que tal como ele se configura na atualidade no âmbito do neopentecostalismo algo absolutamente singular você pode assim olha existe algo parecido com a idade média existe mas o diabo não Pentecostal por exemplo está conectado ao universo afro indígena católico brasileiro então é é óbvio que isso não existe no mundo medieval então a conceitos e práticas que se parecem um arquivo já aconteceu em outros momentos da história mas fundamentalmente existe algo de absolutamente singular né E no caso específico do diabo neopentecostal brasileiro a sua
singularidade existe na identificação do Demoníaco do diabólico com universo afro indígena católico brasileiro seja tudo aquilo que puder de alguma forma estar identificada com a cultura brasileira ou afro-brasileiro afro indígena brasileiro ou católico brasileiro no sentido de cultura popular católica e isso é demonizado identificado como o âmbito é tudo demoníaco pelo neopentecostalismo brasileiro e você vai percebendo aqui que fazer historiografia fu cotidiana e implica sempre em procurar a singularidade de um fenômeno histórico que mostra que o focou é um estoicismo né mas não sente a procura sempre a singularidade daí tudo que é histórico é
singular né porque cada fenômeno em cada momento da história açougue uma faceta única mudou o espaço geográfico mudou a dimensão cronológica o fenômeno também é alterar né Isso é o que a gente chama de singularidade histórica tá bom Espero ter esclarecido ter trazido alguma luz para essa segunda fase do pensamento do cocô e a gente ainda se encontra no terceiro vídeo onde eu vou falar então da terceira e última fase do trabalho do ficou e e também do modo Como eu utilizo esses conceitos e práticas de origem ficou Tina na minha no meu trabalho como
pesquisador até lá história que a gente se encontre na habbid