A todos vocês, de todo coração, Amin Khan e eu queremos agradecer, nesta noite e amanhã de manhã, por estarmos compartilhando esses momentos preciosos de comunhão e aprendizado. Quero agradecer também ao Josimar pela música inspiradora e os momentos alegres que ele nos proporcionou. Obrigado!
Nossa expectativa é que este tempo que estaremos juntos seja um tempo de crescimento na Palavra de Deus, dentro do tema que está proposto para o nosso encontro, que é "A Vida Começasse Agora". Meu objetivo, então, é abordar esse tema geral nas três palavras que terei com vocês, focando naquilo que costumo ouvir como pastor no gabinete pastoral há muitos anos. Os casais costumam dizer: "Se eu soubesse disso antes de casar, talvez fosse diferente.
" Ah, se eu tivesse imaginado que era assim. . .
então, talvez a gente não estivesse nessa situação em que estamos hoje. Tentei fazer uma lista; geralmente, as coisas giram bastante em torno de problemas de finanças, relacionamento sexual, resolução de crises, problemas de comunicação, criação de filhos. Grande parte dos casais diz que, se tivesse uma compreensão melhor de como lidar com essas coisas antes do casamento, não é que teriam optado por não casar, mas talvez teriam abordado algumas dessas questões de maneira diferente.
Selecionei três dessas questões que os casais costumam dizer: "Se eu soubesse. . .
" Não é pensando no "se a vida começasse agora", mas que coisas você gostaria de entender melhor à luz da experiência que já teve? Primeiro, os papéis que cada um desempenha no casamento. Acredito que essa seja uma das fontes de maior conflito no relacionamento matrimonial: a falta de uma compreensão clara do papel de cada um.
Isso contribui muito para o estado atual da nossa sociedade, que mistura e confunde esses papéis, trazendo conflitos, dificuldades, confusão, falta de satisfação e alegria no relacionamento. Portanto, hoje à noite, gostaria de tratar dessa questão: se a vida começasse agora, o que você precisaria entender melhor a respeito dos papéis que o marido e a mulher desempenham no casamento? Amanhã de manhã, irei abordar outra questão, que seria mais ou menos assim: "Eu gostaria de ter entendido melhor o quanto posso aguentar antes de pedir para sair.
" Certo? Vamos tratar da questão do divórcio: quais são os limites, até que ponto podemos aguentar, até que ponto podem ir, e quais situações legitimariam um pedido de saída. Ainda pela manhã, uma outra questão é que os casais costumam dizer, e talvez não haja uma resposta definitiva, mas alguns casais, se começassem de novo, gostariam de saber como cuidar melhor dos filhos.
Que maneira seria possível lidar com os filhos, especialmente quando eles não querem mais seguir o caminho, se mostram rebeldes, se desviam, saem da igreja e não querem mais a vida com Cristo que aprenderam desde crianças? Como lidar com isso? Eu gostaria de ter me preparado melhor para enfrentar essa situação.
Muitos pais são surpreendidos ao descobrir que os filhos não querem ter a mesma fé, não querem andar nos mesmos caminhos que os pais andaram e que lhes foram ensinados desde pequenos. Como disse, a lista é grande de assuntos que todo mundo gostaria de saber melhor após casar, embora a gente geralmente faça essa lista 20 ou 30 anos depois de casados. Não porque, na hora de casar, a gente pense que sabe de tudo, mas só com o tempo, depois, é que a gente olha para trás.
Se eu pudesse recomeçar, gostaria de estar melhor preparado em algumas áreas. Mas, como foi dito aqui, graças a Deus que podemos recomeçar, rever, mudar e, pela graça de Deus, ter um casamento e uma família abençoados. Hoje à noite, vamos focar nessa questão dos papéis.
O que talvez você precisasse ter conhecido melhor? O que você gostaria de estar melhor preparado antes de entrar no casamento, com respeito ao papel do marido e do papel da esposa? É claro que o texto clássico para nós conversamos a respeito disso é Efésios, capítulo 5, do verso 22 até o verso 33.
Vou pedir que você abra sua Bíblia, e nós faremos uma leitura do texto. Depois, tentaremos entender o que nos é dito aqui, na expectativa de que isso nos ajude a uma renovação da compreensão do papel que cada um de nós tem no casamento. Efésios, capítulo 5, a partir do verso 22: "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo.
Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, tendo-a purificado por meio da lavagem de água, pela palavra, para apresentar a si mesma igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo.
Quem ama a esposa, assim mesmo se ama; porque ninguém jamais odiou a própria carne, antes alimenta e dela cuida, como também Cristo faz com a igreja, porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará o homem a seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. ” Só carne grande esse mistério, mas eu me refiro a Cristo e à Igreja.
Não obstante, vejo cada um de si mesmo, assim como a minha própria esposa, como a si mesmo. E a esposa respeita ao marido. Talvez você gostaria de ter entendido melhor essa passagem antes de casar.
Ou, mais ainda, talvez você gostaria de ter sido capaz de praticar essa passagem depois que você casou. Sem dúvida, essa passagem representa um desafio enorme para os casais cristãos que levam a Bíblia a sério. Nesta pergunta: se a vida começasse agora, o que eu faria?
Nós sabemos que a resposta inclui ter um roteiro, que é a Bíblia. Nós não vamos responder essa pergunta assim, de qualquer jeito, porque para nós a Bíblia é a regra de fé e prática. Então, se a vida recomeçar agora, nós temos que mudar alguma coisa ou alterar alguma compreensão, isso deve ser à luz daquilo que nós entendemos ser a revelação do Deus Criador e Soberano para nós.
A sua Palavra é que tem que servir de guia para nós. Se nós vamos começar outra vez, o alvo é sempre entender melhor essa revelação e praticá-la de forma mais acurada, de forma mais precisa, na certeza de que, no caminho da obediência, Deus haverá de nos abençoar, sanar nossos relacionamentos e nos proporcionar um casamento abençoado, como todos nós desejamos. Várias coisas podem ser ditas aqui.
A primeira delas é que talvez você veja que o homem deveria ter prestado atenção no fato de que, desses 22 ou 23 versículos, 3 se referem ao papel da mulher e 9 ao papel do homem. Então, você deveria ter entendido isso antes de casar, que é muito mais pesado do seu lado, tá certo? Então, para definir o papel da mulher, Paulo gasta 3 versículos; do homem, 9.
Mas talvez não seja porque seja mais difícil, porque o coração do homem pode ser também mais duro, né? Então, por isso esse peso, e isso coincide com o que nós conhecemos do restante da Bíblia, que dá ao homem a responsabilidade primeira pelo andamento do seu casamento. A julgar pela proporção aqui, nós vemos então esse fato.
Nós reafirmamos essa compreensão, a Bíblia toda, do começo ao fim, embora sem negar nem anular a participação da mulher como esposa e companheira, mas atribui ao marido a responsabilidade pelo bom andamento do seu casamento. A gente percebe isso logo no início do relato da criação, muito embora a mulher tenha sido a primeira a transgredir. Mas a cobrança feita vem do nome de Adão.
Não veio primeiro para ele; a primeira pergunta de Deus foi para ele: "O que aconteceu? Por que vocês estão assim? Eu quero explicações.
" Disse o Criador: "Como é que é? " Então, já de cara, olhando o texto, você talvez gostaria de repensar isso. Se fosse começar de novo, talvez você deveria recomeçar dizendo assim: "Poxa, eu tenho que me conscientizar de que eu sou o responsável número 1 para que isso aqui funcione e para que isso aqui de certa forma tenha responsabilidade sem excluir a minha esposa.
" Não é a responsabilidade primeira, então talvez você devesse ter compreendido isso. E se, milhões de vezes, a gente vai recomeçar de novo, para que uma boa coisa para você já colocar de cara? A responsabilidade número 1 é sua, sem excluir a da esposa.
A segunda coisa é que, se você vai recomeçar, nós já devemos começar a pensar a respeito desses papéis. É lembrar em que contexto esses papéis foram dados. É claro aqui que, quando o apóstolo Paulo, inspirado por Deus, diz que o papel ou o foco da mulher é a submissão e do marido é o amor, não está dizendo que é só isso.
Não é que o papel da mulher seja passar o tempo todo pensando nessa questão de submissão e o homem só exclusivamente nessa questão de amor e tudo mais. Não é. Ele está, obviamente, dizendo qual deve ser a preocupação primeiro no casamento, no que diz respeito à participação de cada um de nós nessa sociedade, para que ela funcione.
Portanto, um sócio vale lembrar que a responsabilidade número 1 é a sua missão, e o outro sócio vai lembrar que a responsabilidade número 1 dele é o amor. Uma vez que isso é feito, fica fácil. É fácil a gente se submeter a quem nos ama e é fácil amar quem se submete.
Uma vez que os papéis são cumpridos, a sociedade funciona bem. Agora, é importante notar em que contexto esses papéis foram dados, e esse contexto, às vezes, ele se perde por conta de um mau problema de tradução. É um problema na paginação; não sei qual seria o nome que eu daria para isso.
Aqui, na forma como eles formataram esse texto, o texto grego, Paulo escreveu nessa língua. Na época em que Paulo escrevia, a língua que ele usava era o grego, com o grego koinê, bem diferente do nosso alfabeto brasileiro. O grego não tem vírgula, não tem ponto e vírgula, não tem sinais; as palavras não têm espaço entre elas.
É tudo coladinho, é tudo junto. Não tem parágrafo. Quem já viu alguma foto dos manuscritos gregos antigos e olha assim, não sabe nem onde é o começo nem o fim de uma sentença.
Não tinha numeração, não tinha capítulo, não tinha versículo. Então, você está vendo que é uma tentativa dos tradutores de dar uma forma inteligível para nós do que é que o apóstolo Paulo inscreveu, e nem sempre eles conseguem acertar. Eu acho que uma das coisas que eles não deveriam.
. . Ter feito era separar o verso 21 do verso 22 na sua Bíblia.
Provavelmente, esses dois versos estão separados aí por um subtítulo, não é isso? Na minha Bíblia, diz no lar cristão, marido e mulher. E aí é para o verso 21 dos 22.
O problema é que você perde o contexto; você tem a impressão de que o verso 22 está começando um assunto novo. Ele acabou de dizer no verso 21, e agora no verso 22 ele vai falar do lar cristão, marido e mulher. Ou seja, você perde a continuidade do pensamento do apóstolo Paulo.
Na verdade, esses papéis que Paulo coloca aqui são uma explicação do verso 21. No verso 21, Paulo está dizendo que nós temos que nos submeter uns aos outros no temor de Cristo. E aí ele explica de que maneira a mulher cristã casada cumpre esse mandamento da submissão mútua, que é começando em casa, se sujeitando ao seu marido.
Em seguida, ele explica de que maneira o homem cristão casado cumpre esse mandamento da sujeição mútua, que é amando a sua esposa. É amando a esposa que ele cumpre esse papel de cristão e se sujeita mutuamente, de nos sujeitarmos uns aos outros. A prova do que estou dizendo é que, por exemplo, no verso 22, na língua original, no grego, não aparece a expressão "sejam submissas".
Sei que muitas mulheres aqui devem estar dando aleluia por isso, né? Mas a verdade é que no verso 22 não está a expressão "sejam submissas". Na língua original, mas também não precisa, porque o fluxo do pensamento é esse: "verso 21: sujeitando-vos uns aos outros, no temor de Cristo; as mulheres, ao seu próprio marido, como ao Senhor".
Ou seja, o verso 22 usa o verbo do verso 21, que é ser submisso. Como eles se separaram o verso 21 dos 22, foi preciso repetir o verbo, não é? Repetir o verbo.
Então, o que acontece? Um leitor desatento não percebe a conexão que existe entre os papéis e essa ordem geral, para que os crentes sejam submissos uns aos outros. Isso nos ajuda a entender, então, e a compreender, e até, num certo sentido, a amaciar um pouco, a diminuir o impacto daquela ideia que às vezes é imposta à mulher cristã casada, da submissão, como sendo quase que a única coisa que ela deve fazer no casamento.
Não é que é só ela que se submete. Agora a gente pode ver que não é bem isso que o apóstolo Paulo está dizendo, porque ao definir o papel do homem, ele faz no contexto da submissão mútua. Seja como é que o homem cristão cumpre a ordem da submissão?
Amando a sua mulher. Porque, para você amar alguém do jeito que é descrito aqui, você tem que abrir mão, você tem que renunciar, você tem que se sacrificar. E não é isso uma forma de submissão?
De considerar o outro superior? Você servir ao outro? Então, talvez, servir ou queria ter compreendido isso melhor antes de casar.
Porque, quando os casais não compreendem isso, primeiro, é a briga. O marido já vem dizendo: "Ó mulher, submissa! " Já vem fazendo esse tipo de cobrança em cima da esposa, quando, na verdade, a sua missão também é dele.
E, a partir dele, deveria se chamar a esposa e compreender a esposa e ver de que maneira pode ser útil nesses momentos de crise e dificuldade que, porventura, o casal esteja passando. Mas eu quero dizer que esse contexto, então, nos ajuda a colocar os papéis na perspectiva correta. Como é que nós vamos olhar para esses papéis?
Ah, mas tenho o contexto um pouco mais adiante. Um pouco mais remoto nos indica também, nos dá outra indicação muito boa, que é muito útil nos lembrarmos quando pensamos nos papéis. Muito de cada um é que esse verso 21, ele, na verdade, é um desdobramento daquela ordem que o apóstolo Paulo dá no capítulo 5, verso 18.
No verso 18, o apóstolo Paulo diz: "Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. " Há um imperativo aqui. Há uma ordem que é dada pelo apóstolo Paulo para que os cristãos se encham do Espírito de Deus.
Essa é a parte final da Carta aos Efésios, onde Paulo está tratando das questões práticas de que maneira os cristãos devem viver aquelas verdades que eles põem na primeira parte da carta, que vai do capítulo 1 até o capítulo 3, dos 4 aos 6. Tenha participado bem no meio, tem essa ordem em encher-se do Espírito Santo. Aí ele explica de que maneira os cristãos podem se encher no Espírito Santo.
Funciona assim: o verso 18, "enchei-vos do Espírito". Aí a gente pergunta: "Paulo, como eu posso oferecer essa ordem? " Resposta: verso 19: "falando entre vós com salmos, entoando e louvando ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo ao nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, e sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
" Ou seja, aquela ordem do verso 21 para a sujeição mútua é uma explicação de como nós podemos ser cheios do Espírito Santo. Como é que eu me encho do Espírito? Como é que nós nos enchemos do Espírito, como coletividade, como igreja?
Primeiro, cantando entre nós; segundo, falando entre nós a palavra de Deus; terceiro, dando graças em tudo; e quarto, nos sujeitando uns aos outros no temor de Cristo, as mulheres a seu próprio marido. Então, essa conexão nos ajuda a ver que a mulher sujeitar-se ao marido e o marido amar a sua esposa são parte da sujeição mútua, que é condição para a plenitude do Espírito Santo. Faz a conexão entre o cumprimento desses papéis e uma vida cheia do Espírito Santo.
Essa conexão pode ser tanto de resultado como de condição. Ou seja, o que o apóstolo Paulo pode estar dizendo aqui é que, se você quiser ser cheio do Espírito Santo, vamos começar com a esposa. Se a mulher cristã quiser ser cheia do Espírito Santo, a condição número um para que ela faça isso é que ela, em casa, em todas as situações — nem começa em casa, começa no casamento — deve se submeter ao seu marido.
Porque uma das condições para ser cheia do Espírito Santo é a submissão. Muito a mulher cristã faz se submetendo ao marido. Da mesma forma, o homem cristão casado que quer ser cheio do Espírito Santo começa no casamento, amando a esposa como Cristo ama a igreja.
Aí ele vai ser cheio do Espírito Santo. Mas, ao mesmo tempo, há uma relação de causa e efeito: a mulher só vai poder sujeitar-se ao marido como a igreja está sujeita a Cristo se ela for cheia do Espírito Santo. Sem a ajuda do Espírito Santo, ela não vai.
Da mesma forma, o marido não terá condições de amar a esposa como Cristo ama a igreja se não for pela influência do Espírito Santo de Deus na sua vida. Ou seja, tanto como resultado quanto como condição, o fato é que existe uma conexão no texto, muito clara, entre os papéis do homem e da mulher no casamento e a plenitude do Espírito Santo, a ponto de nós podermos dizer que podemos medir a espiritualidade de uma família, de uma igreja ou de várias igrejas pelo nível do casamento, pela maneira como os casais vivem, se comportam e se tratam. É como se nós pudéssemos dizer assim: eu não estou impressionado se você falar em línguas, ressuscitar mortos, curar leprosos e levantar aleijados.
Eu quero saber como você trata seu marido. Isso aí vai impressionar. Não quero saber se você tem visões, se viu o anjo, se ouviu a voz de Deus.
Eu quero saber como você trata sua esposa, porque isso é que vai revelar o seu verdadeiro estado espiritual, em que nível espiritual você está. Então, talvez você, essa é uma das coisas que eu acho que muitos deveriam ter clara antes de casar: a importância do papel que cada um, que a Bíblia atribui no casamento. Há papéis distintos e papéis diferentes que são atribuídos na Escritura ao homem e à mulher, e eles não são apenas uma questão cultural; alguns costumam dizer que Paulo aqui está refletindo o viés cultural da sua época, do antigo Oriente, patriarcal, machista e misógino.
E a gente está acostumado com tanto nome aí, né, que o pessoal costuma dizer. Mas é curioso, porque você vê que quando Paulo vai argumentar em favor desses papéis distintos, ele usa argumentos teológicos, como, por exemplo, a questão da plenitude do Espírito. Ou mesmo, a gente vai ver que é um terceiro ponto que eu queria trazer pra vocês: ele vai usar uma analogia que é baseada na relação de Cristo com a igreja.
Então, a relação de Cristo para com sua igreja é universal; ela vale na China, vale no antigo Oriente, vale aqui no Brasil, vale nos Estados Unidos, vale na Dinamarca, vale na Rússia, para todas as épocas, propostas de todas as culturas, casamentos em todas as culturas. Não é questão de cultura, é uma questão de princípio. E esse aqui é o meu terceiro ponto: não é que, quando Paulo vai definir esses papéis, ele faz isso não com base numa acomodação cultural, mas em princípios supra culturais.
Ele faz isso usando uma analogia com a relação de Cristo e da igreja, que eu já acabei de mencionar pra vocês. Ou seja, esse conceito da relação de Cristo com a igreja é fundamental pra compreensão do cristianismo. Nós nos entendemos como sendo um grupo de pecadores perdidos, justamente condenados por causa dos nossos pecados, merecedores somente da ira de Deus e nada mais.
Mas, por causa de Cristo Jesus, que nos amou, que nos representou e na cruz do Calvário levou a nossa culpa, pagou nosso débito, sofreu por nós. Nós podemos ser perdoados e aceitos por Deus, e Deus nos abençoou, nos aceita, nos dá a vida eterna em união com Jesus Cristo. Nada chega fora de Cristo; ou podia, caixa dois, é sempre através de Cristo.
É por ele. Não tem contabilidade paralela; nada é só por Cristo. Sem ele, não existe nada que provém de Deus para nós fora de Cristo que vem de Deus sobre nós.
É só ira; só ira. Agora, em Cristo, chega redenção, perdão, reconciliação, vida eterna, paz, felicidade, do Espírito Santo que nos é concedido como penhor de tudo isso. Então, a união com Cristo, essa relação de Cristo com o seu povo, é fundamental para a essência do cristianismo.
Para você entender o que é o cristianismo, o cristianismo é um relacionamento com uma pessoa que é o nosso Redentor e Salvador, que foi enviado por Deus, Criador de todas as coisas, exatamente com essa missão aqui no mundo. E eu estou unido a ele, estamos unidos a ele pela fé; e, pela fé, e através dessa união, nós recebemos todos os privilégios, todas as bênçãos que Cristo conquistou quando ele morreu na cruz e ressuscitou dentre os mortos, estando vivo até o dia de hoje, assentar à direita de Deus, onde ele também intercede por nós. Então, essa relação de Cristo com o seu povo é usada pelo apóstolo Paulo aqui como uma analogia, além de dividir o contrário.
O casamento é usado como uma analogia para poder explicar essa relação de Cristo e da igreja. E nessa comparação. .
. Talvez seja o melhor termo aqui: o apóstolo Paulo disse que o papel que a igreja tem nesse relacionamento com Cristo serve de base para o papel da esposa no relacionamento com o marido. A questão de cultura não é questão de cultura; a questão teológica, a questão espiritual não muda com o tempo.
Isso porque também a relação de Cristo e da igreja, para com Cristo, não muda com o tempo; ela permanece a mesma, sempre foi e sempre será, isso a eternidade afora. Da mesma forma, Cristo tem um papel ou desempenha uma função no que diz respeito à sua igreja, e essa função é que serve de modelo para o apóstolo Paulo dizer aqui qual é o papel do marido, que é modelado a partir do relacionamento e da ação de Cristo com relação à sua igreja, com relação ao seu povo. Então, é nessa minha terceira observação.
Não é que o papel é definido a partir da relação de Cristo com a igreja; nós percebemos, então, a validade universal desses papéis. E isso eu digo numa época em que reafirmar isso é muito relevante, por conta da confusão que tem sido semeada na nossa sociedade. A sociedade ocidental moderna não é cristianizada; já está virando pós-cristã rapidamente.
Na Europa, já virou pós-cristã e caminha a passos largos para isso. Mas, ainda assim, a nossa sociedade foi influenciada profundamente pelo cristianismo; esses valores foram impregnados na cultura a partir dessa visão cristã do mundo. Eles vêm sendo cada vez mais atacados a partir do movimento do ativismo gay, a partir da ideologia de gênero, a partir do movimento feminista, que no começo queria algumas coisas que eram justas: igualdade para as mulheres no que diz respeito a salários, quando o trabalho é o mesmo, acesso à educação, acesso a cargos públicos.
Eu seria um feminista no começo do movimento, na década de 50, com as suffragettes lá na França; eu acho que a causa delas era perfeitamente justa. Mas, depois, o movimento feminista virou outra coisa, né? Segurou o papel da mulher e quer agora o contrário.
E, na onda do movimento feminista, veio o movimento ativista pró-gay, LGBT, etc. Não sei que letras agora, né? , em que se introduce essa confusão de papéis.
E a última é exatamente a questão da ideologia de gênero, que causa, inclusive, essa mutação. Primeiro, havia a afirmação de que a identidade sexual de uma pessoa é definida biologicamente quando a pessoa nasce; então a pessoa pode nascer hétero, pode nascer homem ou mulher, ou pode não ser gay. Até pouco tempo, essa era a bandeira do movimento, que era que a pessoa nasce gay.
Mas agora já mudou; não sei se vocês perceberam a mudança! Agora, é outra. A ideologia de gênero se contrapõe a isso e diz que a sexualidade, o gênero, ele é definido socialmente.
Não é a questão biológica, mas é definido socialmente. Por isso é que eles dizem: "Nasceu menino, não quer dizer que vai ser menino; nasceu menina, não quer dizer que vai ser menina. " Impondo comportamentos típicos tradicionalistas de meninos e meninas, deixa crescer e ele vai escolher o que é que ele vai ser.
Então, já não é mais considerado que é uma definição biológica, mas é uma definição social. Então, a nossa própria sociedade está absolutamente confusa e eles mesmos se contradizem. Então, nós precisamos de um roteiro seguro.
Vamos começar de novo, vamos lá! Em que direção? Como assim?
Vamos seguir. E a resposta é a Palavra de Deus, é a revelação eterna de Deus, é imutável, de Deus, que define o papel no casamento de cada um de nós. É importante observar que tem tantas observações que a gente pode fazer a partir dessa análise, nessa comparação que é feita dos papéis.
Vou tentar colocar algumas delas aqui que me vêm à mente. A primeira delas é que o casamento, e talvez isso, muita gente deveria estar bem ciente, é a papéis definidos. No casamento, eu sei que hoje em dia a ideia de casamento: até usei essa expressão, mas num contexto que é uma sociedade assim, onde todo mundo faz a mesma coisa do jeito que quiser e tal, e não é bem assim.
Há papéis definidos, e quando eu falo isso, estou dizendo não somente o papel da esposa, mas o papel do marido também, bastante definido. Então, Deus, ao estruturar a sociedade humana, o fez de tal maneira a instituir uma ordem, uma maneira de ser. Então, ele não deixou ao nosso arbítrio resolver de que maneira nós vamos viver como casados ou de que maneira o casamento vai ser.
Mas como é uma instituição que tem origem no próprio Deus, quem vai dar as regras e vai instituir papéis é Deus. Então isso deve ter ficado claro. Não é antes de casar que você está entrando numa instituição; você vai agora entrar em um status onde há um papel definido, um roteiro, um ritual a ser seguido e que isso não é negociável, do tipo assim: "Não, fazia o seguinte, não funcionou aqui, da seguinte maneira," né?
E aí a coisa se inverte, ou então nem acontece: o homem toma o seu papel de amor, de liderança; a mulher não renova a pretensão de se submeter ao homem, especialmente se o salário dela foi maior do que o dele. E uma série de outras coisas. O que acontece na vida real é que não existe isso, mesmo.
Então, se vamos recomeçar, vamos recomeçar entendendo que esse é o casamento e os papéis distintos que Deus colocou ali. Há papéis diferentes e há papéis distintos. Além de uma outra coisa que essa comparação com Cristo e com a igreja nos chama a atenção é para a gente entender melhor.
Esse conceito, que às vezes é introduzido quando se fala em submissão, fala em submissão pessoal. Pula por dois metros de altura, hoje em dia, é porque há a ideia que é passada: submissão implica em inferioridade. Submissão implica em inferioridade e é evidente que isso não é bom.
Nem chegar no poder, a Bíblia agora, mas eu vou começar da própria experiência. Durante dez anos, fui chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que é a universidade da nossa denominação, uma das melhores universidades do país, e lá eu conheci muita gente com alto nível acadêmico. Eu confesso para vocês: as mulheres dominam.
São resumidas, mulher com PhD, de onde você imaginar de título obtido no exterior. Em qualquer lugar, elas estavam lá, livre, departamento, chefe de divisão, não é orientadora, chefe de banco, que você imaginar, elas ocupavam esse papel lá. Professoras destacadas, extraordinárias, e que davam de dez a zero os marmanjos que tinham por lá.
Então, não é uma questão de superioridade intelectual ou qualquer outro tipo, mas é apenas uma questão de papéis diferentes. E sabe o que é que nos ajuda a entender isso? Exatamente essa relação entre cristianismo, a igreja e, particularmente, a relação de Cristo com o seu Pai, que é Deus.
Aqui, em Primeiro Coríntios, capítulo 11, o apóstolo Paulo destrincha melhor essa questão quando ele diz que o homem é a cabeça da mulher, Deus é a cabeça de Cristo e Cristo é a cabeça do homem. Colocando na ordem lógica, ele está dizendo: Deus é a cabeça de Cristo, que é a cabeça do homem, que é a cabeça da mulher. Ao olhar isso aqui, podemos ser levados a princípio a pensar que é uma hierarquia.
Hierarquiza-se aqueles a palavra é baseada em status, onde a pessoa que está mais embaixo é considerada inferior. E, na verdade, isso não é assim, porque nós sabemos que Cristo é, que ele, Jesus, e no Deus Filho, ele é idêntico, idêntico não, ele é um com o Pai. Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em glória, honra, poder, majestade, domínio, autoridade.
Nós adoramos os três. As três pessoas são Deus e recebem nossa adoração, louvor e gratidão. Mas elas se organizaram pra salvar o homem: o Pai mandou o Filho e os dois mandaram o Espírito Santo.
Então, na organização da salvação, existe uma hierarquia: o Pai manda, o Filho executa, o Espírito aplica. No casamento, é a mesma coisa. Os dois são iguais diante de Deus.
Lá no relato de Gênesis, criou Deus o homem e a mulher; os criou à imagem de Deus. Homem e mulher os criou. Foram feitos à imagem e semelhança de Deus.
Só que Deus lhes atribuiu papéis distintos e a execução desses papéis não implica superioridade de um ou inferioridade de outro, mas simplesmente o desempenho de funções. Essa analogia de Cristo com a igreja e de Cristo com o Pai, a igreja sendo o produto final nessa cadeia, ela nos ajuda a entender que nós estamos falando não de inferioridade, como os gregos pensavam. Aristóteles, quando falava a respeito do homem e da mulher, ele usava a imagem de um elefante, né?
E ele dizia, assim, como o macho é maior e domina a fêmea, assim também é na raça humana: é o homem que deve dominar a fêmea porque ela é menor, e por aí vai. O cristianismo revolucionou esse tipo de pensamento. Não é porque vê a mulher e o homem criados ambos à imagem e semelhança de Deus, tendo o mesmo valor e dignidade, porém exercendo papéis que se complementam.
Nesse sentido, nós não somos igualitários, mas complementares. Eu entendo que essa é a posição bíblica correta. Então, talvez, se nós vamos recomeçar, a minha sugestão é que vocês se sentem diante da Escritura, marido e mulher, e digam: "Ok, vamos rever aqui em que é que eu falei, o que é que eu deixei de fazer.
Vamos recomeçar e vamos recomeçar certinho. " Agora, vamos projetar e nem vamos para os detalhes, e eu vou procurar ser breve. Aqui, de 22 a 24, o apóstolo Paulo, então, detalha qual seria o papel da mulher.
Mas, como eu digo, isso aqui não esgota tudo que há de compromisso e o que fazer no casamento, mas apenas aquilo em que a mulher deveria focar. Ele diz aqui em 22 que as mulheres devem ser submissas ao seu próprio marido, e ele faz uma comparação: como ao Senhor. Ou seja, da mesma forma que a esposa cristã é submissa ao Senhor, ela deve ser submissa ao seu marido.
Ou seja, ele nos dá uma razão devocional: submeter-se ao seu marido faz parte da sua religião. Minha irmã, a gente costuma brincar com isso, né? Mas faz parte da sua religião.
Sem submissão, sempre faz parte da sua vida espiritual. Paulo diz que essa submissão que você deve ao seu marido é como aquela que você deve ao Senhor Jesus Cristo. Onde também a gente tem aqui uma questão: não tem mais um ponto que merece ser levado em consideração.
Se a gente vai recomeçar, pra que uma mulher, então, seja submissa ao seu marido como ela é ao Senhor, ela primeiro tem que ser submissa ao Senhor. Na verdade, então, primeiro a mulher vai ter que ver como anda a sua vida com Deus. Se conhece ao Senhor Jesus Cristo, minha irmã, você é submissa a Ele?
Você o ama? Você o segue? Ele é o homem da sua vida, por assim dizer.
Ele é o número um na sua vida, a quem você dedica seu coração, o que você é e tudo mais. Porque, se isso acontecer, não vai ser difícil você tratar seu marido similarmente. Note que não é a mesma coisa; ele diz como, né?
O "como" introduz uma comparação. Há limites no momento em que sua. .
. Devoção e compromisso a Jesus Cristo entra em conflito com aquilo que o seu marido está dizendo, querendo, então, sua lealdade número um: é Jesus Cristo. Tendo disso, eu creio que a desobediência civil no casamento não é quando você tem que fazer aquela escolha que os apóstolos tiveram que fazer antes.
Importa obedecer a Deus do que obedecer aos homens. Então, há momentos em que a esposa vai ter que fazer isso, mas tem que ficar muito claro que houve, então, um conflito entre a lealdade a Jesus Cristo e a lealdade ao marido. Mas, tirando isso, um espelho do outro, como é que a mulher vai ser submissa ao seu marido se ela não é submissa a Jesus Cristo?
Se ela não ama Jesus, ela não anda com o Senhor Jesus, não conhece o Senhor Jesus, não se relaciona com Ele. Então, o primeiro tem essa razão devocional e, depois, tem uma razão teológica que é colocada no verso 23, quando ele diz: “porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo Salvador do corpo”. Na constituição da família, Deus deu ao homem o papel da liderança; isso que é representado pela cabeça.
Então, ele tem esse papel de liderança, mas é uma liderança que nós vamos ver aqui em amor, é uma liderança serva; não é uma liderança autoritária. É positivo, porque senão essa analogia com Cristo não funcionaria. A ponto de que podemos dizer que essa submissão que a mulher tem para com seu marido, espelhada no relacionamento com Cristo, além de ser funcional, faz parte da sua vida espiritual.
Mas ela também é voluntária. O argumento teológico aqui é esse: que Cristo é o cabeça da Igreja, é o líder nessa relação; Ele é um líder nessa relação. A Igreja O segue, é Ele que dá inspiração, direção, caminho, e isso é colocado em paralelo como sendo também o papel da esposa, que deve ser voluntário.
E também, no verso 24, nós encontramos o apóstolo dizendo: “como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam tudo submissas ao seu marido”. A palavra "em tudo" aqui levanta a questão do limite que já tratei; ou seja, em tudo aquilo que não for contrário a Cristo, não for contrário a Deus, a esposa deve ser submissa ao seu marido. Eu sei que nesta altura haverá pastores que não vêem um problema de tradução, que parece tão forte isso, a submissão, especialmente no nosso contexto.
Não é problema sobre isso; não é problema de tradução. O verbo grego que está aqui é o mesmo verbo que aparece em outros contextos para indicar a submissão: alguém ouvir a voz de, ou colocar-se abaixo da voz de alguém, ou atender ao que é falado. Então, não é uma questão de tradição; a tradução é essa mesmo, não tem como fugir da força do que está dito aqui.
Agora, quando entendido no contexto e “cheios do Espírito, sujeitai-vos uns aos outros”, percebemos que isso, na verdade, para a mulher cristã, deve ser um deleite, uma alegria; é a forma dela servir a Deus e mostrar de que maneira é fiel a Cristo e busca a plenitude do Espírito Santo. E ver que está tudo ligado, não é? Casamento, família e a nossa vida espiritual, nosso relacionamento com Deus.
E aqui a gente chegou no marido, no verso 1974. Vou deixar para outra vez, nem pastor, já a área já está avançada, não é? Brincadeira, 25:33.
Ok, foi. Ela respondeu: “Ouvi”. Percebi: maridos, amai vossas mulheres.
A partir daí, o apóstolo Paulo começa a usar a comparação, quando também Cristo amou a Igreja. Este amor de Cristo pela Igreja é colocado como sendo o modelo do amor que o marido deve ter pela esposa. Apenas para efeito didático, nós podemos olhar para essa passagem aqui da seguinte perspectiva: “Cristo amou” é o primeiro, essa relação de Cristo com a Igreja, esse amor de Cristo com a Igreja no passado.
Paulo usa o verbo no passado, mas o imperativo presente: “amai a vossa mulher como Cristo amou a Igreja”. Então, esse verbo aqui, ele está no tempo verbal que indica uma ação complexa realizada; na língua grega, aponta para um evento no passado. Então, que evento é esse que Paulo se refere e que expressa o amor de Cristo pela Sua Igreja?
Isso foi explicado na frase seguinte: “que Ele amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Então, é claro que Paulo está se referindo aqui à morte de Cristo na cruz, quando Ele voluntariamente se entregou na cruz pela Sua Igreja para pagar os pecados do Seu povo, para sofrer por aqueles que são do Seu povo. Um ato voluntário e sacrificial feito no passado.
Acabou. E no verso 26, Paulo diz que Ele fez isso para que. .
. É santificação, se tendo a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, indicando então qual foi a razão pela qual Cristo se deu pela Sua Igreja. Então, é o que está acontecendo no presente: Cristo fez isso para santificar a Igreja.
Agora, para que a Igreja, que é composta de pecadores como vocês e como eu, a viver uma vida santa, reta, justa e cheia de amor, de graça, de perdão e de misericórdia, que reflete exatamente aquilo que Cristo fez por nós no passado. Cristo morreu pela Igreja; no presente, Ele está santificando a Igreja; e no futuro, no verso 27. .
. Para apresentar a Si mesmo a Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar suas mulheres como o próprio corpo.
O amor de Cristo pelo Seu corpo, que é a Igreja, O levou a se sacrificar pela Igreja, a se sacrificar voluntariamente, a fazer isso incondicionalmente. Isso porque ele nos ama e ama a si mesmo. Ele faz tudo para a sua glória, e isso é a base do amor para o marido.
Então, vamos recapitular o amor do marido por sua esposa: primeiro, ele é sacrificial. Não é uma questão de paixão, porque a gente costuma muito confundir amor hoje com sentimento. Não é isso que a mídia, toda arte, toda cultura, toda a nossa sociedade, toda literatura e os meios de comunicação confundem: amor, compaixão, paixão, com sentimento.
Não estou dizendo que a química está fora; a química é importante. Se não tiver química, é melhor não enfrentar. Então, é importante.
Mas Paulo, que está falando de outra coisa, ele está falando daquilo que é o que mantém o casamento, aquilo que é essencial do casamento, da parte do marido, que é o amor dele pela sua esposa. E esse amor, em primeiro lugar, se note que tudo aqui é atitude. Não é do tipo: "Assim bastou, vou me divorciar porque meu amor acabou.
" Peraí, o amor não acabou. Eu sei que você está dizendo que aqueles sentimentos que você tinha pela sua mulher há 20 anos atrás, quando se reconheceram, estão lá embaixo. Porque amor é uma atitude.
Amor é um compromisso, é uma decisão, é uma maneira de agir. E não é esse "ele acabou"; ele pode ser aprendido. Amor é uma coisa que se aprende.
Não foi isso que Paulo disse às mulheres lá em Tito? Que as mulheres mais velhas têm que ensinar as mais novas a amar um marido? Por amor.
Então, é uma coisa que se aprende, que se aprende. Não é uma questão de ter ou não ter, mas é uma questão de aprender. Então, isso de dizer que vai terminar o casamento porque o amor terminou, na verdade, o amor aqui é o que vai manter, o que vai renovar, segurar e impedir que o casamento termine.
Esse amor de Cristo pela Igreja: note, em primeiro lugar, como eu disse, ele foi sacrificial. Ele amou a Igreja, se entregou por ela. O amor do marido pela esposa tem que ser de sacrifício, renúncia, entrega por ela.
Quantas vezes no dia a dia a gente tem oportunidade de mostrar isso? Não é tantas oportunidades no dia a dia de você abrir mão do seu conforto, do seu prazer, até do seu direito em certas ocasiões, por amor à sua esposa, para cuidar dela, para dar prioridade para ela, para mostrar para ela que é uma pessoa amada e querida. É o amor sacrificial.
Segundo, foi o amor voluntário. Ninguém obrigou Cristo a vir do céu à Terra morrer por nós; ele fez porque quis. Então, é algo que parte do coração do marido; ele tem que querer fazer isso, ele tem que desejar fazer isso.
Note, a terceira coisa foi incondicional. Quando Cristo veio morrer por nós, pecadores, fala em Romanos, capítulo 5, Paulo diz assim: “Pois um justo até pode ser que alguém se anime a morrer, mas Deus provou seu amor para conosco pelo fato de que Cristo morreu por nós quando nós éramos ainda pecadores, ímpios, infratores. ” Então, o amor de Cristo foi incondicional.
Não foi do tipo: "Assim, eu vou morrer pelo bonzinho. Eu vou morrer porque eles merecem. " Foi incondicional.
Então, o seu amor pela sua esposa tem que ser incondicional. Com os anos, a gravidade puxa tudo para baixo e você vai ter que continuar a amar sua esposa do mesmo jeitinho que há 25, 30 anos atrás, na verdade. Porque incondicional: se ela ficar doente, se ela tiver um acidente, se ela ficar incapacitada, se acontecer alguma outra coisa, ainda é a sua esposa.
Esse amor incondicional não está baseado na beleza da esposa, na saúde da esposa, nos humores da esposa; ele é incondicional. Entendendo porque foi preciso, em Efésios 5, verso 29, conta 39, verso 3, exatamente porque é responsabilidade nossa amar a esposa como Cristo amou a Igreja. Paulo termina essa passagem, o que ele tinha que dizer, é o cerne.
Está aí até o verso 28; do verso 28 até o verso 33, ele explora essa frase que ele disse: “Quem ama sua esposa se ama a si mesmo. ” E disse que da mesma forma que a gente cuida do nosso corpo, alimenta, assim também nós temos que fazer com a esposa. Ele diz que esse é o grande mistério, se referindo a Cristo e à Igreja, e como casamento ilustração disso.
Ele termina em 63, dizendo: “Portanto, cada um de vós, individualmente, ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa, respeito o marido. ” Vamos começar de novo? Vamos começar por aqui, sentar juntos, quem sabe hoje à noite, antes de dormir, abrir essa passagem e fazer realmente um inventário?
Não vamos começar de novo. O que é que eu preciso fazer? Não pergunte: "Não vai ser assim, eu vou dizer o que você precisa fazer.
" Não, você vai dizer: "O que é que eu preciso fazer? " Vamos começar de novo e eu vou dizer o que eu preciso fazer à luz do que eu estou vendo aqui. Porque se eu vou começar de novo, eu gostaria de saber melhor quais são os papéis, qual é o meu papel no casamento.
A importância disso, gente, eu já expliquei. A boa parte dos problemas que têm no casamento resulta exatamente dessa confusão, falta de definição, falta de clareza a respeito disso. Conhecer esses papéis e, pela graça de Deus, viver neles traz mais satisfação, plenitude, harmonia, estabilidade e caminho para a resolução de crise; caminho para a resolução de crise.
Se nós sempre, toda vez que a crise chegar, o casal sempre pergunta: "Tudo bem, qual é o meu papel nessa crise? " A mulher diz: "Não, você tem que ser submissa ao marido. " E sim.
. . Mas eu tenho que te amar.
Não pode deixar comigo; você não precisa abrir mão, eu abro. Vamos fazer, então? Ajuda, não é isso que os papéis estão definidos?
Ajuda a resolver crise quando não estão definidos. Aí que ninguém sabe direito o que vai fazer. Mais uma vez que está claro que cada um assume.
Então, ajuda; resolveu passar a vocês. O Senhor, te damos graças porque sempre podemos começar, e nós queremos começar da forma certa. Por isso, nos ajuda assim a entender com mais clareza os papéis que o Senhor determinou para nós como expressão da relação que existe entre Pai, Filho e Espírito Santo, como expressão da relação de Cristo e sua Igreja.
Nos ajuda a entender tudo isso. Ora pelos casais que aqui se encontram nessa noite e que têm passado por momentos difíceis exatamente pela falta de definição nessa área. Ora pelos homens, para que eles sejam cheios desse amor, que possam amar a esposa sacrificialmente, voluntariamente e incondicionalmente, como o Senhor Jesus nos amou.
Ora pela esposa que respeita o seu marido, sujeito ao seu marido, como a Igreja está sujeita a Cristo, e que, nesse relacionamento mútuo, lhes encontre alegria e satisfação em plenitude. O que nós pedimos em nome de Jesus. Amém.