Se um dia você conhecer minha mãe, ela é desse tamanhozinho assim, ó. Eh, mas eu não sei como é que tanta brabeza pode caber naquele corpo pequeno, sabe? Braba, braba.
Dona Maria Helena. Manhã eu imagino que ela deve almoçar com os meus irmãos. Não vai dar tempo de eu chegar.
Porque eu tenho que ir aqui hoje é de tarde com coral. Mas eles vão poder almoçar com a minha mãe amanhã. Minha mãe, ela ela tem um temperamento assim muito característico.
Eu tenho percebido nos últimos anos que sou mais parecido com ela do que eu supunha, mas alertado por minha própria consciência, eu entendo, Manolo, tenta se concentrar apenas nos aspectos positivos. E a minha mãe, por ser uma pessoa brava e eu, por não ter sido um menino dos mais assim fáceis, semana boa lá em casa era era duas surras assim, semana boa. Mas vou dizer um negócio, até a última surra que eu tomei, eu tinha, imagino, quase 15 anos.
Ah, nunca apanhei injustamente. E antes que o pessoal aí comece a ficar histérico, que absurdo bater em criança, essa coisa toda. Eu não vou nem entrar no mérito hoje aqui.
Eu tô dizendo que eu precisava, não sei você. E se eu tivesse apanhado um pouquinho mais, é capaz de eu ter dado ainda um pouquinho melhor, sabe? Ela tentou de tudo.
Minha mãe, minha mãe tomou a decisão cedo. Ela decidiu que ela faria melhor que a mãe dela. E apesar de não ter lido muito, ter feito cursos e não ter assistido muita coisa que hoje tá aí à disposição aí, né, de educação e tudo mais, uma coisa eu sei, minha mãe tentou fazer adaptações entre eu, meu irmão e a minha irmã, e ela não disciplinava os três da mesma forma.
Nós não fomos educados da mesma forma. Minha mãe percebeu que para uns o castigo funcionava mais. você tirar ali, quem sabe, alguma atividade, alguma coisa, funcionava mais.
Minha mãe tentou comigo até medidas um pouco mais eh simples e fáceis. Já falei para vocês, uma vez, ela fez eu escrever 20 páginas de caligrafia dizendo assim: "Não devo mentir, não devo mentir, 20 páginas". Então, ela tentou alternativas um pouco mais assim socioeducativas, não é?
Quando a coisa não eh não funcionava assim, com medidas mais brandas, tinha um tinha um um cinto do meu pai muito semelhante a esse meu aqui, ó, pretinho, que meu pai usou muitos anos aquele cinto e aí ele ele se desgastou assim, ficou quebradiço, sabe? Então eles tiraram a fivela e acharam uma outra utilidade pro cinto do meu pai. era chamada carinhosamente de pretinha e ficava à vista da gente lá em casa como um lembrete constante de que você precisava andar na linha.
Quando por um acaso a pretinha não estava assim no lugar de sempre, mas à vista na sala ou na mesinha no sofá. Era o requinte de crueldade. Vai, vamos ter uma conversa aqui hoje, não é?
Mas dona Maria Helena conseguia às vezes me chamar atenção apenas com um olhar. Nunca foi de fazer escândalo, nunca foi de fazer muita muita estripolia na frente dos outros. As coisas eram resolvidas na intimidade da casa.
Eu imagino que deva ter sido no carnaval de 1997 ou 1998, acho que foi em 1998. No Brasil, tradicionalmente as igrejas vão acampar no carnaval. Eh, e nós íamos num lugar ali na região metropolitana de de Florianópolis e havia no retiro uma noite em que os homens cozinhavam para as mulheres.
Vocês já viram algo semelhante aí na história de vocês, né? Então, os homens iam pra cozinha, faziam o o, né, o jantar e outro, uma parte deles ia decorar o salão, né, para o jantar oferecido em homenagem às mulheres naquela noite e tal. Enfim, no meio do jantar você tinha ali algumas algumas dinâmicas, né?
Alguma alguma música e uma fala, aquela coisa toda. Eu tinha 15 anos de idade ou quase isso e por alguma razão que eu nem sei qual é, eu também ali ajudava a dar uma agitada no meio do jantar, sabe? De rir aqui, pegava o microfone, fazia uma graça ali, aquela coisa toda e tal.
15 anos de idade. Você imagina um negócio desse? Só que em algum momento ali daquele jantar, o a pessoa que estava ali comigo, era um homem adulto, um pai de família e tal, ele deu uma provocada num determinado rapaz lá que estava sentado porque sussurraram no ouvido dele de que havia um interesse ali para uma outra menina, tal.
E o menino levado pela emoção do momento, vai lá na frente, pega o microfone e pede a menina em namoro na fenda da igreja inteira, no acampamento de carnaval. Já havia um sentimento entre eles, não é? Já havia uma troca de olhares, uma perspectiva.
O rapaz sabia onde tava pisando e ele pede a menina em namoro. Pai da menina era ancião da igreja, você imagina. E aí começou lugar errado, Valtinho.
Começou, né, Valdinho? O cara arriscou demais, né, Valtinho? O cara arriscou demais.
E aí, rapaz, foi aquele negócio, a igreja foi a loucura, pá, aquele negócio todo foi respeitoso, pediu namoro, tal, não sei o quê. Aí o cara para dar uma, né, uma aliviada ali, falou: "Ó, não esquece de falar com o pai dela depois e tal, aquele negócio todo beleza, vai jantar aqui, vai jantar ali, alguém vai lá e sussurra no ouvido do infeliz de novo e ele resolve me colocar na mesma posição. " Nesse momento eu estava sentado na frente de dona Maria Helena, jantando, musiquinha de fundo e tal.
Manolo, estão dizendo aqui que você também tem algo a dizer. No que ele cita o meu nome, eu levanto os meus olhos e fito o olhar de minha mãe. Ela não diz nenhuma palavra, ela só me olha.
Ela me olha de um jeito que é como se ela invadisse minha alma. Ela me olha de uma forma que é como se ela entrasse dentro de minha mente e dissesse: "Não se atreva". Eu reconheci naquele olhar a ira de Deus.
Me levantei e disse: "Sim, eu tenho algo a dizer. " Peguei o microfone e disse: "Talvez alguns de vocês estranhem. Talvez alguns de vocês até se surpreendam, mas eu tenho algo a dizer na frente de todos vocês.
É um sentimento que é avaçalador. Eu mal posso controlar. Mãe, eu te amo.
Dei o microfone e fui lá abraçá-la. E ela sussurra no meu ouvido assim: "Eu ia te matar". Havia uma regra lá em casa.
Nem ouse antes de entrar na faculdade. Nem ouse. Nem ouse.
Eu vou olhar para qual câmera aqui? Ela deve est assistindo esse negócio aí. Vou olhar para essa aqui do Valtinha aqui.
Ô Anderson, vou falar aqui, ó. Mãe, eu te amo, mãe. É lógico que eu não ia fazer um negócio desse.
Outro dia eu conto para vocês qual foi a última surra. Eu tinha de 14 para 15 anos. Aí eu te conto.
Não foi injusta, viu? Não foi injusta. Mas é assunto para um outro dia.
Basta basta cada dia o seu próprio mal. Abra a sua Bíblia em Hebreus, capítulo 11. Hebreus, capítulo 11.
E o verso 23. Feche seus olhos mais uma vez, por gentileza. Pai amado, diante de tua face, abrimos a tua palavra e com profundo respeito, rogamos a tua intervenção.
Pedimos que o Senhor fale com a gente. Pedimos que o Senhor oriente a sua igreja, que o Senhor incentive, quem sabe, algum coração desanimado, que o Senhor conforte alguém com com a alma aflita e que ao deixarmos este recinto, tenhamos a clara certeza de que estivemos na presença do Deus todo- poderoso. Nós não merecemos, Pai, mas nós precisamos.
E porque tu és um Deus e um pai misericordioso, o Senhor tem prazer em atender seus filhos. Ouve, por favor, nossa prece. Nós a fazemos em nome de Jesus.
Amém. Verso 23 do capítulo 11 de Hebreus. Na minha versão, eu leio assim: "Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais durante três meses, porque viram que a criança era formosa.
Também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. " Datas comemorativas podem despertar sentimentos bem variados aqui entre nós. Tem gente, por exemplo, que acha o Natal a época mais encantadora do ano.
Outros se sentem um pouquinho desconfortáveis no mês de dezembro. Dia das Mães, como o deste final de semana pode despertar em você boas expectativas pelo que você vai viver amanhã. Ou pode também trazer a você ou despertar uma melancolia, quem sabe o resultado de memórias distantes que você tenha.
Saudade. Almoços de domingo, como os de amanhã, alguns que alguns terão, uma mesa farta, uma casa barulhenta, podem despertar sentimentos positivos, mas talvez em outros almoços de domingo trazem a memória uma tensão de uma relação desgastada pela intolerância, pela toxicidade. Então, é possível que nessa manhã eu fale para uma audiência com sentimentos bastante variados.
Talvez a gente romantize a vida demais. Talvez a gente projete a vida como uma daquelas propagandas de margarina sobre o sol de Toscana, uma mesa farta, o avô com uma barba branca numa extremidade, a nona outra, e cheio de filhos e noras e filhas e genros e netos e bisnetos correndo em torno de uma mesa cheia de comida, com lençóis secando no varal ali atrás, num gramado cortado, numa casa de campo, Mas nós já vivemos o bastante, alguns de nós, para sabermos que a vida não é bem assim. Talvez a gente fingja que a vida é uma coisa bem distante da realidade e quem sabe isso gere uma frustração em nós.
Para os que não preservam memórias sadias de Dia das Mães, talvez eu precise dizer: "A sua mãe não é perfeita, ela não foi perfeita. Ame a sua mãe. Se ela não fez o trabalho dela direito, a você eu digo hoje aqui pela manhã, liberte-se e perdoe a sua mãe.
Talvez você descubra quando tiver seus filhos que a tarefa é mais difícil do que você inicialmente supunha. E nada como um filho que olhava com suspeita aos seus pais quando se torna pai ou mãe para descobrir que não é tão fácil assim. Pode ser que nessa manhã eu esteja falando para mães que desejariam ter acertado mais.
Pode ser que eu precise me dirigir a mulheres cansadas da sua rotina, da sua repetição, da indiferença, da dúvida, de se sentirem mal apreciadas e valorizadas. Talvez a palavra de Deus sirva para você nessa manhã. Recue, por favor, ao relato primário do do texto que nós acabamos de ler e se referir a uma história antiga.
Êxodo capítulo 2. Nós vamos olhar um pouquinho paraa casa de Moisés nessa manhã. Capítulo 2 do livro de Êxodo, acaba narrando parte do nascimento e da infância desse grande patriarca.
Na minha versão, eu leio o verso 3 do capítulo 2 do livro do Êxodo. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tá falando da mãe, tomou um cesto de junco, calefatou com betume piche, e, pondo nele o menino, largou no carriçal à beira do rio. Todos nós conhecemos essa história milenar, a história do bebê Moisés.
Quando Joquebed fez o cesto e depositou aquela pequena criança, ela jamais teria imaginado que terminaria aquele mesmo dia com o seu filho nos braços, sem precisar escondê-lo mais. E ainda sendo paga para fazer seu trabalho de mãe. Quando ela coloca o seu filhinho no cestto e ela ora dizendo: "Senhor, tenha misericórdia", ela não podia imaginar que o dia terminaria tão feliz.
Ela só queria que o filho sobrevivesse. Joquebed, Joquebed sabia que ela teria pouco tempo com essa criança depois que a princesa confia a ela os cuidados e a educação na primeira infância. Ela sabia que ela teria pouco tempo com essa criança e ela tratou de aproveitar bem esse tempo.
Observe os versos 9 e 10 do mesmo capítulo. Lhe disse a filha de Faraó: "Leva esse menino e crie para ele e para mim. Eu vou te pagar o teu salário.
" A mulher tomou o menino e o criou. Sendo o menino já grande, ela o trouxe a filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: "Porque das águas o tirei".
Joquebed não preparou Moisés para conquistar o palácio. Pelo contrário, ela educou seu filho para resistir às tentações do palácio. Ela não o preparou paraa grandeza, mas para servir os outros.
O tempo que você tem com seu filho é um tempo relativamente curto. Antes que você se dê conta, ele terá alcançado a maturidade e a autonomia e você não terá mais gestão direta sobre ele. Por isso, aproveite o curto tempo que você tem com seus filhos, quando sob a tua influência você ainda terá condições de prepará-los para a eternidade.
A criança depositada naquele cesto impermeabilizado com betume, a mãe não sabia, mas ele faria tremer o reino mais poderoso da terra com um simples cajado de pastor. Aquele bebê conduziria milhares de pessoas pelo deserto. Aquele bebê se tornaria um homem que falaria com Deus face a face.
E aquele bebê teria o seu nome eternizado na história não de um povo, mas na história da humanidade. Você pode ir para qualquer canto. Provavelmente as pessoas já ouviram falar de um tal de Moisés.
Aquela criança se tornaria amigo de Deus. Aquela criança se atreveria a fazer pedidos atrevidos a Deus e a negociar com o soberano. Mas Joquebed não tinha a mínima ideia de que isso aconteceria.
A sequência do texto, quando você vai ver aí, vai descrever a fuga de Moisés do Egito. Estima-se que ele tinha por volta de 40 anos quando ele matou o egípcio e fugiu do país. E a gente pode inferir que a última coisa, a última notícia que Joquebed teve de Moisés, do seu filho, foi a sua fuga às pressas do Egito acusado de assassinato.
Talvez essa tenha sido a última coisa que ela ouviu falar de Moisés, porque ele com 40 anos, sua mãe provavelmente já avançada em idade, Moisés vai ressurgir no cenário bíblico apenas 40 anos depois, provavelmente com a sua mãe já morta. Assim sendo, a última coisa que ela ouviu a respeito de seu filho é que ele tinha deixado o país às pressas acusado de assassinato. Nessa altura do campeonato, qualquer um poderia dizer: "Que desperdício esse rapaz.
Esse menino não deu em nada. Esse cara não deu em nada. tinha tudo para dar certo.
Parecia tão promissor. Teve sua vida salva de forma extraordinária quando criança. Teve a oportunidade de ser educado nas pelos melhores tutores do Egito.
Versado na arte, na cultura, no idioma. Não deu em nada. Fugiu do Egito pela porta dos fundos, acusado de assassinato.
Joquebed não fazia a mínima ideia do que daria esse rapaz, mas deu sim. E eu digo a você, não se engane. O cuidado de Joquebed e sua fé formaram o caráter do libertador de Israel, algo que ela não teve a mínima chance de ver com seus próprios olhos.
Meus irmãos, especialmente mulheres, mães, coisas boas, elas não são acidentais. Para que coisas boas aconteçam com os nossos filhos, nós precisamos ser intencionais. Nós precisamos fazer as coisas de caso pensado.
Nós precisamos ter estratégia e nós precisamos colocar energia e esforço. Caso o contrário, não vai dar certo como um fruto e obra do acaso. Palavra do Senhor diz: "As recompensas da fidelidade de Joquebed foram colhidas não apenas em seu filho, mas em todos os que, como Moisés, aprenderam que os princípios eternos valem mais do que as riquezas do Egito.
" Talvez nessa manhã eu esteja falando para uma mãe que se veja perdida numa carreira interrompida. Talvez eu esteja falando para uma mãe que está imersa entre fraldas e faxinas. desencorajada por tarefas repetitivas e pouco avanço aparente, que faz, faz, faz todos os dias praticamente a mesma coisa e parece que não vê sentido nisso.
A você, eu quero dizer, me escute aqui. O que eu vou te dizer agora, o mundo ignora. O que eu vou te dizer não está na moda.
E o que eu vou te dizer é bastante impular. O Lar Cristão, página 234. A mãe que educa seus filhos para Deus está tão verdadeiramente fazendo uma obra missionária como aquele que vai a terras distantes pregar o evangelho.
Nós somos uma igreja cristã e a gente não pode se render a tendências socioculturais que reduzem, rebaixam ou desvalorizam. desencorajam uma vida simples e o desempenho de papéis comuns. As mães fiéis nessa manhã, essas que temem a Deus e ensinam seus filhos a amar o Senhor, eu quero lhes dizer: "O que você está fazendo tem consequências eternas e nada será mais apreciado na vida futura do que você salvar a sua casa".
Nada, nada será mais importante do que isso. Muitas vezes nós nos gastamos, nós nos desgastamos, nós nos afundamos com projetos terrenos e temporais, quando na realidade o melhor que nós poderíamos fazer pelos nossos filhos é garantir a eles um ambiente adequado para eles aprenderem a amar ao Senhor. Essa seria a maior e melhor de todas as heranças.
Nós não podemos esquecer que Deus está vendo aquilo que o mundo ignora. Deus vê o que o mundo ignora. Ouça essas palavras, elas são bonitas, quase poéticas.
A mãe é a rainha do lar. Os seus filhos são os seus súditos. Deve ela compreender que por uma grande medida, o destino de seus filhos está em suas mãos.
E agora eu faço uma pausa ao falar com as mães. E agora eu quero me referir aos pais. Por favor, você precisa reverenciar sua esposa em casa.
Ela é a rainha do lar. E em grande medida, os nossos filhos vão reproduzir o comportamento, o nosso comportamento, a maneira como falamos, como nos referimos, como tratamos a nossa esposa, a mãe dos nossos filhos, isso será reproduzido por eles. Reverência pela mãe.
Muito disso depende do exemplo e do esforço do pai. E às vezes, meus irmãos, não é a grosseria, não é o destempero, não é a falta de paciência ou a intolerância apenas. Às vezes são aquelas brincadeirinhas que vão minando a reverência e a imagem da mãe.
E a você eu digo, por favor, tome cuidado. Os filhos são súditos desta mulher que é considerada uma rainha desse lugar. Uma rainha.
A influência da mãe na formação do caráter dos seus filhos é mais poderosa do que a dos pregadores ou rei sobre os seus súditos. Isso é, essas são palavras da senora White no livro Lar Cristão, página 372. Mais importante do que a palavra dos pregadores ou dos reis é a palavra da mãe em casa.
Ela atua no momento de maior relevância na formação do caráter dos filhos, quando os pilares do que essa criança vai se tornar estão sendo colocados. Eu repito, Deus veio que o mundo ignora. E há um registro fiel de todo o esforço que nós temos empregado na educação dos nossos filhos e mães.
Muitas vezes um esforço mal apreciado. Mas Deus é justo e ele não tira os olhos de você. A mãe que educa fielmente os seus filhos para Deus, ela não está trabalhando apenas pro tempo presente, mas para eternidade.
E os anjos de Deus contemplam a obra dessa mãe com uma alegria indescritível. Lar Adventista, página 240. na vida futura, quando já dentro dos portais eternos, muitos filhos vão louvar a sua mãe pelas orações e pelo esforço e intercessão dela, pelo seu cuidado, pelo seu empenho em mantê-los no caminho da justiça e da verdade.
Eu volto a dizer a você, não caia na cilada de achar que a vida é como eles estão dizendo que ela precisa ser. Palavra de Deus pede para que nós coloquemos o reino do Senhor e a sua justiça em primeiro lugar. E a pergunta que eu faço é: as nossas escolhas estão nos inclinando, inclinando a nossa casa em que direção?
Não acredite que o seu papel de esposa e mãe, ele é muito pouco perto das tuas ambições profissionais ou perto daquilo que você quer conquistar através do seu esforço e do seu trabalho. Porque se há um trabalho que vai se arrastar pela eternidade, não é aquele que nós adotamos como profissão aqui, mas é a salvação de pessoas, onde nós colocamos esforço, empenho e oração para que a gente possa auxiliá-los no caminho pro céu. Se você se sente desencorajada, como eu já mencionei, pela rotina mal apreciada, por um avanço que aparentemente é muito pouco perto do esforço que você tem colocado, por favor, não desanime.
O Senhor vai sustentar as tuas mãos. Uma mãe fiel atrai a atenção do todo-pereroso como nada mais nesse mundo, porque ela está trabalhando em prol da salvação dos seus filhos. É possível que eu fale para alguém com um coração pesado, porque a mãe que você teve, quem sabe, não esteve à altura do encargo que lhe foi dado.
É possível que o seu coração seja ferido e machucado e haja em você memórias não muito agradáveis. Mas deixa eu dizer a você, mesmo essa possibilidade, ela já foi descrita nas escrituras. Por mais absurdo que pareça, uma mãe não cumprir adequadamente o seu papel, a escritura diz assim: "Mesmo que uma mãe se esqueça do filho que ainda amamenta, é muito difícil, mas é possível.
Mesmo que tal absurdo aconteça, o Senhor diz: "Ainda assim, eu não me esquecerei de ti. " Não é extraordinário? Pois bem, sabe como nós nos vingamos das memórias ruins?
Sabe como nós superamos traumas e absurdos e horrores a sobre os quais nós fomos submetidos? Quando chegar a nossa vez, nós devemos nos propor a fazer diferente. Se você conseguiu, pelo discernimento que Deus te deu, conseguiu observar as falhas, os defeitos, quem sabe os vacilos por omissão ou até mesmo por falta de habilidade, se você conseguiu, através do seu discernimento, identificar tais absurdos, sabe como você se vinga disso?
Quando você for um pai ou uma mãe, você vai precisar fazer diferente. E é pela graça de Deus. Sabe por quê?
Porque nenhum de nós tem a habilidade de ser o pai e a mãe que precisa ser, porque nós estamos estragados. Não há pai e mãe perfeito, porque não há seres humanos perfeitos. A lógica é simples e ela se estabelece.
Talvez ao deixar esse recinto hoje aqui, você precise como mãe de uma palavra de incentivo. Deus está vendo seu esforço e Deus está disposto a te ajudar a você cumprir a sua tarefa. Mesmo que a exemplo de Jokebed você tenha se esforçado tanto.
E a última notícia que você teve antes de ir pra sepultura foi que o seu famílo, seu filho teve que deixar o país pela porta dos fundos. Ela jamais podia imaginar que aquele bebezinho, aquele menino que ela educou, se tornaria o grande Moisés, um homem chamado de amigo de Deus. Muitas vezes os nossos esforços nós não conseguimos ver com os nossos próprios olhos.
Mas eu digo, aqueles que semeiam a semente em lágrimas, um dia vão ver os resultados e vão se alegrar com ele. Eu espero muito em breve que quando o Senhor voltar para nos buscar, você tenha a sua família reunida ao redor de si e que você desfrute do amor de Deus muito maior do que qualquer mãe abnegada que esse mundo já tenha visto. Porque Deus, ele não pode negar a si mesmo esquecendo de você ou negando o amor que ele dispõe a toda e qualquer criatura.
Feche os seus olhos, por gentileza. Vamos orar. Pai amado, nós te louvamos porque o Senhor nos ajuda a curarmos as nossas feridas.
Nós te louvamos porque o Senhor é aquele que cuida de nós quando todos os outros já nos esqueceram. Nós te louvamos porque através do relato bíblico, o Senhor nos dá garantia de que aqueles que confiam no Senhor, no final vai dar tudo certo. Obrigado porque o Senhor nos dá discernimento e através do poder do evangelho, o Senhor também cura as nossas os nossos traumas, as nossas feridas e o Senhor nos dá oportunidade de fazermos mais e melhor por aqueles que o Senhor confiou aos nossos cuidados.
Se existe aqui neste recinto hoje uma mãe e quem sabe aflita, com seu coração pesado, depois de tanto esforço, não perceber tanto avanço no comportamento dos seus filhos, eu peço, por favor, Senhor, console essa mãe e fortaleça as suas mãos e que ela não deixe de orar por sua casa, por sua família e por aqueles que estão sob. Há outros que, quem sabe, já não podem mais desfrutar da presença de sua mãe. Quem sabe alguns que a morte já levou, outros pela distância, não conseguem estar perto, não vão poder almoçar com a mãe amanhã.
A estes, que o Senhor também possa diminuir os efeitos da saudade e da distância. E que essa dor e a saudade e que as impossibilidades nos causam possam alimentar ainda mais a nossa esperança de um dia estarmos a salvos com o Senhor e para sempre reunidos com aqueles que nós amamos. Por favor, Pai, renova em nós o teu amor, a tua misericórdia, nos leva com a tua paz.
Nós oramos agradecidos em nome do Senhor Jesus. Amém.