O placar está empatado e o tempo está acabando. O próximo gol ganha o jogo! Você pode sentir a tensão no estádio.
A última coisa que qualquer torcedor quer é suportar a dor de ver seus rivais comemorarem a vitória. Como nos esportes, podemos ser rápidos em recorrer ao tribalismo em nossas vidas. Podemos nos aproximar daqueles mais parecidos conosco, enquanto afastamos os de fora.
Podemos fazer isso com base em nacionalidade, raça ou mesmo com aqueles que têm crenças e opiniões diferentes das nossas. Como veremos no livro de Romanos, quando o tribalismo se infiltra na igreja, pode ter efeitos devastadores. Enquanto Paulo estava sentado na cidade Grega de Corinto, que tinha dois portos, ele passou algum tempo contemplando os dez anos anteriores de sua vida.
Olhando para o porto oriental, refletiu sobre a fidelidade de Deus, levando-o a pregar a Boa Nova de Jesus em todas as terras do Nordeste do Mediterrâneo. Os navios no porto mudaram seus pensamentos sobre sua viagem de volta a Jerusalém. Por meses as igrejas que ele plantou estavam coletando dinheiro para enviar de volta com Paulo aos cristãos de Jerusalém que estavam sofrendo com a pobreza.
Sua visão sobre o porto ocidental, direcionou sua mente para todas as terras ainda não alcançadas com as Boas Novas de Jesus. A expectativa de levar a mensagem de Jesus a lugares distantes como a Espanha excitava Paulo. Entre a Grécia e a Espanha, porém, ficava a Itália e Roma, o coração do Império.
Se ele pudesse chegar a Roma, ele poderia construir um relacionamento com a jovem igreja que tinha o potencial de se tornar a mais importante do mundo. Paulo previu eles desempenhando um papel significativo em ajudar a levar a mensagem de Jesus ao Mediterrâneo Ocidental. Esta comunidade cristã em Roma antecedeu as viagens missionárias de Paulo, voltando a alguns dos primeiros dias do Movimento de Jesus.
(9”) Quando o cristianismo chegou a Roma, ele se espalhou principalmente entre a comunidade judaica. No entanto, a questão sobre se Jesus era ou não o Messias os dividiu. (10”) A tensão dentro da comunidade tornou-se tão grande que no ano 49 DC, o imperador Cláudio acreditava que eles estavam se revoltando.
Em resposta ele expulsou todos os judeus da cidade, independentemente de suas crenças sobre Jesus. Isso deixou apenas uma pequena população cristã gentia em Roma. Sem influência judaica, esses cristãos gentios não se sentiam mais obrigados a seguir algumas das leis e regulamentos dos judeus.
(8”) A circuncisão, as leis alimentares, juntamente com a observação do sábado e dos festivais perderam seu valor e não eram mais praticadas pela igreja em Roma. Com essas leis não mais em vigor, a igreja viu um tremendo crescimento entre os gentios. (17") Essa expulsão judaica de Roma durou até a morte de Cláudio em 54 DC.
Muitos dos judeus que foram forçados a fugir da cidade retornaram a Roma. Para os cristãos judeus, a igreja para a qual voltaram parecia bem diferente daquela que deixaram cinco anos antes. Eles discordaram de muitas das mudanças que testemunharam.
Enquanto isso, os gentios permaneceram inflexíveis com as leis e tradições judaicas. O orgulho étnico dominava os corações de cada grupo, pois demonizava aqueles que eram diferentes. Os cristãos judeus viam os cristãos gentios como ignorantes, impuros e irreverentes, desrespeitando as leis sagradas de Moisés.
Os cristãos gentios, por outro lado, zombavam dos cristãos judeus, acusando-os de abandonar as Boas Novas de Jesus em sua obsessão por detalhes legalistas. Esse orgulho e discriminação fragmentou a igreja romana. Paulo reconheceu a crescente influência desta igreja e sabia o quão importante era para eles refletir o amor e a unidade que somente Cristo pode trazer.
Como Paulo nunca tinha estado em Roma, ele lhes escreveu uma carta primeiro, para se apresentar como um verdadeiro apóstolo de Cristo, que prega a sã mensagem do evangelho. Nesta carta, ele explica o evangelho de uma maneira que aborda seu tribalismo e o substitui por unidade, igualdade e valor para cada judeu e cada gentio. Paulo os lembra que as boas obras de uma pessoa, ou sua herança, não influenciam sua posição diante de Deus.
Todo judeu e todo gentio são igualmente falhos e podem ser reconciliados com Deus de apenas uma maneira: pela graça dEle através da fé em Jesus. Quando colocamos em prática o Efeito Romanos, os muros de hostilidade são derrubados, as diferenças são aceitas e, por meio de nossa unidade, a graça de Cristo resplandece para o mundo.