o que que é isso os materiais do frio né [Música] tá bom Como você já deve ter visto em algum local desta tela o tema do vídeo de hoje é a mão esquerda da Escuridão ou o rei está grávido poder gênero e narrativa e Úrsula le guin agora não com títulos duplos mais fiz um quadrado alguém devia tentar me parar moça diga first things first né vamos começar pelo começo eu estou muito contente porque esse vídeo ele tá acontecendo em parceria com o clube de leitura pelo qual eu sou apaixonada só as meninas do tinta
águia outro Itália se você for muito italianinha o grupo funciona mais ou menos assim É todo mês as meninas e mais uma pessoa convidada é selecionam uma obra ou de fantasia ou de ficção científica ou de terror literatura fantástica E aí você que participa do clube recebe em casa um kit em mais ou material online que elas preparam para acompanhar essa leitura normalmente são dois textos dois vídeos e uma live sobre cada livro que ela selecione o livro de agora é o mão esquerda da escuridão da Úrsula le guin é e eu sou uma das
convidadas porque eu tô fazendo em parceria com a Ana rusche maravilhosa amor da minha vida foi minha professora fez curso com ela a gente fez Live junta falando sobre Dior Dior tudo assim se eu tivesse que casar com alguém agora seria com ela bom e onde que eu entro nisso é eu preparei um artigo que vai acompanhar o clube de leitura desse mês que tem esse título que ao título do vídeo de hoje né então o rei está grávido que é uma passagem do livro acontece lá para metade do livro O rei está grávido e
aí: a gente vai discutir sobre gênero poder e narrativa na Úrsula Ale e as datas para para você fazer parte desse desse clube é agora de primeiro a vinte e sete de abril e as vagas são limitadas Tá mas vai estar tudo na descrição do vídeo como de praxe se você não conhece a autora a gente já fez um vídeo aqui no canal sobre ela o esperança é imaginação política é eu vou te dar algumas informações sobre a Úrsula le guin para evitar ficar aquela coisa da Wikipedia ela nasceu não sei quando que ninguém parar
eu vou dizer o seguinte para vocês a dona Úrsula ela é uma das maiores intelectuais sem sombra ela era uma professora Universitária é sem sombra de dúvida uma das maiores intelectuais que a gente teve no século passado ela acabou de falecer a dona Úrsula é uma das responsáveis para que a gente começasse a estudar texto de ficção científica com a mesma seriedade que academia destina aos escritores do chamado Realismo Então ela é mundialmente p já foi traduzida para uma porção de língua vencer um monte de prêmio Ela é filha de dois intelectuais muito importantes é
o pai dela era antropólogo a mãe também ao cura tem textos inacreditáveis livre lá Blue joga no Google o que me interessa aqui para essa discussão é que a Úrsula é uma das pessoas que diz uma coisa que volta e meia eu digo para vocês que que o tipo de narrativa é o material usado para construir a narrativa fantástica ele possibilita diferentes acessos diferentes fissuras no tecido social que que significa exatamente por narra um tipo de realidade diferente o narrador da ficção fantástica narrador da ficção fantástica nos permitem que a gente imagine outros mundos possíveis
inclusive nessa edição que vai fazer parte do clube esse mês é da editora é um dos prefácios que abre a obra é da Úrsula e Inês prefácio ela fala uma coisa muito interessante é que o trabalho do escritor de ficção científica não é prever o futuro mas é mente só que não é uma mentira deliberada no sentido de enganar pelo contrário é um estilo discursivo de mentir o que é esse narrador essa narradora faz é descrever a realidade de outra forma de forma ardilosa inventiva sinuosa tortuosa para que em algum momento depois de dessa pilha
de mentiras quem acompanha o raciocínio possa dizer ficar Essa é a verdade e aí ela ela tem essa passagem bonita na introdução que ela diz o seguinte que eu tô tentando te contar através da minha descrição é que se você olhar lá fora pela janela agora ela escreve livros 69 Nós já somos de alguma forma andrógenos e andrógenas a Oi tá fazendo uma provocação muito potente um dos temas do livro Talvez o principal é e por isso o título do meu artigo do livro também é o mesmo é a ideia é de poder gênero e
narrativa então eu vou contar ou para vocês um pouco do livro não vou dar nenhum spoiler né Lembrando que não existe spoiler em Literatura a gente nunca ler para saber o que a gente leva saber como mas vou contar um pouco do livro e vou trabalhar com dois artigos da própria Úrsula essa pilha de livro aqui beré calma que eu parei de fazer ó essa pilha de livro são alguns dos que eu usei no artigo né então é corpos que importam da Judith butler meses do our baú feminismo é feminino da Maíra Marcondes Moreira o
gênero nas Ciências Sociais A Dominação masculina do Pierre bourdieu e políticas do sexo da Gameloft e não é tudo viu porque ainda tem os livros em PDF que eu não tenho físico tipo da professora amargaram solto né música para pobres e outros ensaios de literatura brasileira não tô querendo que você fique desesperado desesperado para ler meu artigo tá besteira então aqui no vídeo eu vou tentar falar sobre que eu falo no artigo né porque que eu tô falando vou estar em casa porque é um artigo de mais de 20 mil caracteres o Twitter você pode
fazer 140 tão de vida e 20 mil por cento e quarenta Então seria uma frase na Twitter mais de 142 mil tweets basicamente a gente vai acompanhar um ser humano homem é o gene Ai que viaja para este outro planeta que é tem numa missão específica em super política tá toda obra da Úrsula le guin é super política os despossuídos que há outro livro dela fala sobre modelos políticos e modos de produção e a ideia e de realização humana quem a mão esquerda a gente acompanha esse rapaz humano esse homem que vai para lá e
vai tentar participar de um esquema político e vai viver a eclosão de uma guerra Onde está o pulo do gato é que a população deste planeta né que os Guetta ele anos eles não têm Dona Rita eles não fazem sexo não é isso eles não têm características sexuais permanentes é todas as pessoas deste planeta apresenta um corpos que vão poder gerar a vida gestacionar a vida e amamentar crianças a depender do encontro com um parceiro né então um dos dois corpos durante o intercurso sexual vai engravidar e essa característica como acontece em outro planeta lilui
a nós a ideia de gênero é super importante voltar que a Úrsula le guin tá escrevendo esse livro nos anos 60 né Então ela tá pegando um caldo cultural da segunda onda do feminismo a Simone de voar é uma das Pedras fundamentais de isso então a Simone no livro dela vai chegar no entendimento que para hoje para gente é mais ou menos tranquilo para gente né ainda tem jeito que não entendeu que que mulher é ser humano mas a Simone ela ela vai discutir a inexistência da mulher né tô usando um termo arte o Lacan
ao qual Lacan vai ser referir também Inclusive a butler fala disso em problemas de gênero no primeiro capítulo e a Maíra meu amor linda tá lançando outro livro agora eu escreveu o prefácio do livro novo dela ela começa o trabalho dela sobre essa questão né da mulher que não existe e como a teoria crítica A Teoria queer EA psicanálise se apropria a ideia voltando qual que é esse caldo cultural sobre o qual a Úrsula tá escrevendo é o entendimento de que o gênero é uma é uma forma de opressão social é de que isso da
coisa da mulher do papel da mulher da expectativa sobre a mulher e sobre o homem também são socialmente historicamente politicamente economicamente construídos no existe nada de natural nada de biológico nisso e como essas estruturas vão sendo manejadas e manobrados para que alguns corpos dominem e exerçam o poder é por isso que eu uso a dominação masculina do Pr burns é o que o Pierre tá trabalhando é exatamente isso como existe uma normalização biológica não é assim sempre foi assim tem que ser assim naturalmente mais forte naturalmente fala mais e como tudo isso é blá-blá-blá é
apenas um discurso é sobre isso eu também usei o gênero nas Ciências Sociais vou ler um trechinho é da abertura é e vôlei outros trechos também aqui com você volta para o livro da dona Úrsula eu vou deixar dois artigos dela na descrição que são gênero é mesmo necessário e a a teoria da bolsa na narrativa esse segundo é é como eu pretendo concluir a as ideias aqui ele foi publicado aqui no Brasil pela editora e n - 1 tá então volta na mão esquerda da Escuridão é a dona Úrsula fala o seguinte existem três
ausências muito importantes a primeira delas é a ausência de guerras essas pessoas os retinianos eles nunca viveram uma guerra alguns conflitos assassinatos que validade Richa mais uma guerra né como a gente entende que depende da de um estado-nação né um estado nacionalista invasão ifronteira a ação disputa essas pessoas nunca viveram isso a segunda é ausência de exploração né esse povo nesse outro planeta vive no sistema a comunista e Sindicalista então não existe uma diferença abismal de classes é não existe uma superexploração da força de trabalho não existe escravidão e nunca existiu e não existe a
opressão de gênero meus anjos mensagens opressão de gênero é o seguinte a simoninha ela fala no segundo sexo sobre a mulher ficar presa sobre o próprio corpo né então como as culturas dos povos a sociedades vão lidar com questões da mulher por que que eu tô colocando a entre "menstruação gravidez amamentação são questões da mulher elas foram ao passo que durante uma extenção histórica a gente só tem uma categoria de mulheres mulheres ainda que dentro da Oi Bia você vai ter mulheres escravizadas e Libertas mulheres seus realizadas e não mulheres filhos da classe trabalhadora e
da classe proprietária EA ideia de opressão vai ser distinta para cada uma dessas mulheres Mas qual que é a questão aqui essa opressão de gênero que a Simone fala sobre um aprisionamento sobre o próprio corpo né É É ser lida como uma fábrica de trabalhadores o Seu útero se vendido no casamento o estado prescrever o que você pode ou não fazer não poder votar eles nunca viveram isso os grattini anos e a terceira ausências é essa de uma sexualidade continuar né é esse povo não seria portanto homem ou mulher mas seria uma outra coisa é
sobre isso tem um fragmento mundo da Úrsula no gênero é mesmo necessário que ela disse que ela tentou apagar gênero uma numa tentativa no Exercício e ela fala um pouco do ainstein é dos heidinger a gente conhece ele por aquele experimento do gato sabe um gato em uma caixa terá que está vivo Será que tá amor ela fala isso é o experimento Mental é é fazer esse exercício do índice na sua cabeça para colher as os possíveis resultados e o exercício desse né esse experimento mental que a Úrsula tá fazendo é como seria uma sociedade
liberta da opressão de gênero só que meus anjos tem uma coisa à qual me refiro várias vezes no artigo vou dar um exemplo que é o horizonte histórico de imaginação Esse é um termo que a gente usa na teoria literária é porque o horizonte de imaginação é aquilo que eu falei no vídeo narrar o mundo toda narrativa é Reflexo do seu tempo não tem como a gente romper com o tempo dentro dele existem certas ideias que estão inacessíveis para gente certas realidades que estão em é para gente por causa do tempo no qual a gente
está inserido não tem como analisar um autor de outra época com as ideias de uma época né Isso se chama anacronismo Então como essa altura de ficção vai imaginar o mundo sem gênero se ela vive no mundo profundamente organizado estrutural de marcado por gênero a resposta é ela não vai na tentativa da Úrsula de apagar gênero o que ela faz é uma pagamento do feminino né como se a condição natural de todos os corpos fosse ser masculino aliás esse artigo né que eu tô falando ele é de 76 né então alguns anos depois sete anos
depois que ela publica a mão esquerda e ele vai ser reeditado em 88 né bem depois quando ele surge esse artigo A Úrsula está colhendo algumas críticas das pessoas que leram a mão esquerda da Escuridão o curioso né porque para lidar com gênero o que A Úrsula faz o que a imaginação dessa altura faz é extinguir o feminino mas o masculino não é instinto e a Úrsula prepara esse texto falando sobre isso um ano 88 ela re-escreve esse texto a partir de um ponto de vista que ela fala mesmo em 76 eu estava cega para
algumas questões que em 88 com avanço dos debates sobre gênero sexualidade ela vai compreendendo o que vai me levar para duas questões uma delas é que a gente entendo o seguinte meus anjos meus anjos tudo que a gente agrupa separa classifica através de gênero é mais ou menos arbitrário né e a ideia de que uma pagamento feminino resulta numa manutenção masculina ela ainda está permeada pela ideia de gênero um dos pontos para pensar isso eu vou usar no texto não cheguei na põe preciado queria usar Manifesto contra-sexual isso vai aparecer só no vidro no artigo
não porque no Manifesto contra-sexual tem uma passagem interessante cima que o povo faz uma brincadeira né É que antes do homem havia o Nildo a brincadeira que ele tá falando é uma que eu tenho que explicar no artigo por outras vias a ideia de homem ela vai ser socialmente construída depois do que a prática de homem já tá feita é meti vem antes da ideia de homem é e muito provavelmente os corpos que mentiam não eram apenas corpos de homem explicar isso assim causa uma grande confusão né porque eu levaria algum tempo para fazer essa
explicação o que o óbito no artigo e vou tentar fazer aqui também é lançar seguinte ideia tudo isso que a gente entende como um gênero masculino as marcas que foram acopladas reivindicados e de certa forma tornados exclusivas por um grupo que as Manteve as preservou para se não é por acaso que o poder ficou restrito a um grupo não é por acaso que a possibilidade de governar e legislar de prescrever Ele Decide ficou com um grupo e é por isso e a Úrsula diz né que é uma das falhas do livro dela é que a
gente Leia uma personagem que é straven como um homem e não como uma mulher e não como uma pessoa que está livre do gênero é a tentativa da Úrsula era Será que depois que eu consegui tirar todas as camadas de gênero que sobra não é o que vai ser verdadeiramente humano e ela descobriu que o que sobraria né na ficção dela foi uma normalização da masculinidade quando a gente fala estudos de gênero quando a gente fala Jenner o sociais quando a gente fala tem imagina uma mulher bom você foi cooptado se gênero é o que
tá nomeado se General que tá para fora da Norma a norma tá invisível e você não tá vendo que a masculinidade também é gênero né é que é um campo de estudo e também é socialmente criada que não é natural que ela aparece no momento que cada sociedade definido um jeito uma das brincadeiras à que que aparece no prefácio é esse é um livro é publicado por uma série de altura as francesas aqui no Brasil ele foi publicado pela Unesp pela UnB essa brincadeira que a Naira Pinheiro dos Santos faz numa resenha dela e que
as alturas do prefácio também fazem a Lourdes Maria Bandeira EA Tânia Mara Campos de Almeida então elas falam como em francês é normar e mais que seria macho é se parecem muito e portanto essa essa brincadeira donor macho esse normal que é o macho e conhecida em por acaso e o que tá fora é doente o que tá fora vai ser estudado que tá fora não tem poder e E aí isso é o interessante de poder agora em 2020 se voltar para essa obra da Úrsula é entender como Horizonte de imaginação dela já faz um
diagnóstico aguçado de um tempo envia o entendimento que inclusive e ainda ia demorar para se consolidar nas ciências humanas por isso que estudar literatura é desbravador por isso que ter contato com a arte desbravador porque muitas vezes as ideias começam no campo das Artes antes de serem formalizados né pelos Campos de saberes formais científicos acadêmicos beblue qual que é essa noção de que o que nomeia Norma o que se estabelece como Norma quem decidiu e também é o normal acho uma das perguntas que tá no artigo que eu vou tentar trabalhar é será que existe
narrativa masculina em oposição ao a narrativa feminina bom se a gente pensar que a gente vive num mundo marcado por gênero que tu tem gênero que curtem gênero É claro que vai ter narrativa masculina e feminina porque nós somos culturalmente condicionado cê condicionadas a percebeu o mundo como normativo masculino a primeira pessoa que eu conhecia estudar Isso foi a professora Margarida do solto ela ela nasceu na Itália morou a maior parte da vida dela na Venezuela ela é uma usina a professora Universitária muita publicação interessante e esse livro ao qual me referi é música de
pobre ensaio sobre literatura brasileira tem um artigo que eu trabalhei na faculdade sobre Clarice Lispector e para falar de Clarice amarga vai tentar chegar na ideia de um narrador masculino que é esse que sai no e sai numa jornada que conta para você da Caçada é que empreende um périplo e por exemplo Homero a Ilíada Odisseia é uma narrativa masculina e haveria uma narrativa feminina que tá presa no espaço que está cuidando de criança é que empreende uma jornada subjetiva que olha para dentro de si né E aí por exemplo a Clarice Lispector só que
a narrativa masculina ou feminina não tem a ver com o gênero de quem escreve vamos lá um exemplo bem doido para bagunçar a cabeça de vocês as mil e uma noites é quem conta a história é a Sheherazade uma mulher mas quem Escreve a história provavelmente é o autor homem então você tem um autor homem falando através de um eu lírico feminino ou uma narrativa masculina Tá vendo como baixar bagunçar na paixão segundo GH da dona Clarice Clarice é uma mulher fazendo uma através de um eu lírico feminino a GH fazendo uma narrativa a Nina
comeu uma barata ela vai dar uma garrafada na barata barata como signo feminino né né aquilo aquilo que não pode ser visto aquilo que tem que ser escondido aquilo que é nojento né porque ela come a barata porque ela tá tendo em com né porque o maior medo do casca essa ainda metamorfose é vira uma barata enfim tô abrindo Veredas porque os próximos três vídeos do canal não sei se já perceberam isso eu sempre volto quatro vizinhos de uma mesma cor é porque o assunto é mais ou menos o mesmo essa série que eu tô
começando agora de quatro e vou falar um pouco sobre gênero imaginação e tô abrindo com a Úrsula le guin como que eu queria encerrar e lendo um trechinho desse ensaio no qual ela vai falar sobre a teoria da bolsa na narrativa na literatura nós fomos condicionados e condicionadas a pensar que a boa narrativa ela é baseada em conflito disputa a guerra viagem e que se não tem um personagem masculino é não é boa essa narrativa o texto se chama a teoria da bolsa porque historicamente evolutivamente provavelmente um lugar para guardar coisas foi muito mais importante
do que eu não falo né uma lança uma flecha um 2001 Uma Odisseia no Espaço o osso que você vai usar para matar para perfurar para bater para rasgar evolutivamente e a gente sabe disso né com com os estudos arqueológicos a dieta dos seres humanos era era constituída de coletores muito mais do que de caçadores Mas quem foi eternizado nas paredes com pinturas rupestres o caçador de mamutes a narrativa foi apropriada pelo masculino tão urso alegria o romance é a história fundamentalmente não eroica é claro que o herói frequentemente o dominou sendo essa sua natureza
imperialista e o seu impulso Incontrolável o de dominar tudo de governar tudo enquanto ele faz decretos e leis severas para regular o seu impulso incontrolável de matar aquilo que ele conquistou assim o herói de Creta através dos seus portadores de vozes os legisladores primeiro que a forma adequada da narrativa é a da Flecha a da lança né a compreenda adorar quem tem uma ponta aqui na chuca Começando aqui indo direto até lá Exu acertando o seu alvo que cai morto quando mundo que a preocupação central da narrativa incluindo o romance é o conflito e terceiro
que a história não é boa se ele não estiver nela porque que quando vai a temperatura só estuda homem Deus anjo porque e quando vai falar de romance é a as romancistas ficam de escanteio as poetisas ficam porque E aí a dona Úrsula fala Eu discordo de tudo isso arrisco dizer que a forma natural própria adequada do romance é a da sacola da bolsa um livro contém palavras as palavras contém coisas elas carregam significados um romance é uma caixa de primeiros socorros Mantendo as coisas em relações particulares e Poderosas umas com as outras e conosco
se é possível romper com gênero se é possível imaginar é uma estrutura é onde poder não tem a ver com gênero onde narrativa não tem a ver com gênero a resposta é não sabemos mas a coisa mais importante a fazer é ser capaz de sustentar a posição de que não saber isso é sair de uma estrutura toda fálica para uma não-toda fálica é isso meus anjos dessa semana que vem Espero que a cabeça de vocês pro dão que vocês Leiam e aproveitem a explosão tá um beijinho tchau tchau [Música]