[Música] o sus é o nosso sistema público de saúde é uma conquista do povo brasileiro porque ele nasce na constituição como uma grande revolução de que saúde é direito e não é consumo e que deve ser garantido pelas políticas públicas assim como outros países já vem fazendo e fazem até hoje que a gente chama de sistemas universais de saúde financiado por impostos gratuito para todos de qualidade essa é a aposta do nosso sistema público brasileiro que é o sus a gente tem desemprego a gente tem inflação a gente tem todos os problemas da pobreza mas
acima de tudo nós temos uma desigualdade muito grande países que têm muitas desigualdades e são desigualdades de várias ordens financeiras e econômicas relações de poder as questões de relações de gênero de raça e temos várias várias vários desníveis né societário de quem tem valor de quem não tem valor então se sociedades muito desiguais precisam de políticas de proteção social onde inclui saúde assistência e previdência que responda à necessidade dos seus cidadãos [Música] os sistemas de saúde a gente tem os sistemas que são o que a gente chama de sistemas de lógica de mercado como os
estados unidos as pessoas têm que pagar você tem uma doença grave você não tem nenhum tipo de de benefício nem de direito e você tem que ser individual ou morrer então os sistemas de exclusão importante é voltados a um mercado que dá conta de que com seu salário você individualmente e consiga cuidar da sua saúde com as desigualdades que a gente tem no brasil né imaginar que saúde é uma responsabilidade individual eu entendo que é uma irresponsabilidade mas a gente tem uma formação e uma incorporação de tecnologia muito próximo dos desejos nem americanos e isto
faz com que às vezes a gente tem um sistema universal e que tenha é muito pouca regulação e acaba acaba ficando às vezes confuso a gente estimula o consumo privado dos sistemas privados estamos é um sistema misto de verdade né mas que na constituição um sistema público hegemonicamente público ele é um sistema universal aos moldes do nhs o sistema inglês que coloca então que saúde é um direito para todos independente de você ter trabalho de você tem renda você tem a carteirinha né do inamps você vai ser atendido em qualquer serviço deste país vai ter
direito à vida é ter direito à saúde [Música] se você for olhar a atenção básica são políticas públicas muito exitosas muita gente teria morrido se não tivesse uma unidade de saúde promotora de saúde que para além do cuidado da doença produz vida naquele território um equipamento público que se compromete com a população daquele território olhando para além disso a saúde mental quem tem hoje uma pessoa com problemas de saúde mental só pensa no sus não pensa muito em outras coisas mas vai cuidar de alguém com uma consulta particular de vez em quando não especialista difícil
mas a gente tem um centro de atenção psicossocial multiprofissional apostas bastante ousadas de cuidar em liberdade mas tensa farmacêutica que nem todos os países incorporam saúde bucal sabe que muitos sistemas de saúde têm muita dificuldade de incorporar né esses outros essas outras ofertas que têm custo envolvem pessoas mas aposta do sul ela desde o início ela foi de um outro grande princípio da integralidade a integralidade cuidar de você da cabeça aos pés e não cuidar só da sua urgência que o pronto-socorro resolve mas é que inserir um sistema de saúde onde há uma atenção básica
no seu território e que a partir dela você possa com transparência com a agilidade que nem sempre acontece saber em que momento você chega nos outros níveis de complexidade [Música] tem dois grandes problemas a superar a superlotação das emergências e urgências e as filas de especialistas e exames né são esses dois gargalos que os não é só do sul na obra negativa só nossa são gargalos de todos os sistemas de saúde a questão é que a gente tem que enfrentar nós precisamos reconstruir essa atenção básica para que ela possa cuidar das pessoas vejam hipertenso ele
não precisa de um cardiologista amanhã não sei que ele tem uma lesão cardiológicas mas ele só ser bem cuidado pelo seu clínico pelo seu médico de família eles a reconstruir as possibilidades na sua vida para diminuir a hipertensão e ter um risco menor de complicações aqui a gente às vezes muito frequentemente se pergunta para os pacientes a gente fez algumas pesquisas vão até se está tratando do seu diabetes da sua pertença hoje na atenção básica ou especialista eu estou na fila este é um lugar perigoso lugar de não cuidar do quer dizer o clínico não
tá cuidando de você porque encaminhou o especialista o especialista não tapo não conseguiu chegar e o paciente muito freqüentemente fica sem opção de saber o que ele faz então veja uma atenção básica que funcione que inclui das pessoas temos que investir na atenção básica esse é o lugar assistencial que vai nos ajudar a diminuir a pletora ea superlotação dos das urgências e vai nos ajudar a diminuir a fila dos especialistas então o brasil é muito grande é um sistema único de saúde para o brasil todo precisa ser singular ele vai precisar dar respostas muito diferente
quando você pensa na população ribeirinha do amazonas nas aldeias indígenas ou aqui na grande são paulo na região metropolitana nas periferias ou no centro né então por exemplo a questão da contratação como foi a possibilidade de mais médicos com a ampliação de universidades com contratação de médicos de fora mesmo nessa nessa parceria com os médicos cubanos para você conseguir diminuir os vazios onde não há médico e sofreu muito quando você fala tem muitos lugares que têm vários vazios né ampliou muito é mesmo os serviços especializados é lógico no brasil inteiro na maioria dos estados você
vai ter concentrados nas capitais as grandes respostas de tecnologia neves e vai viajar provavelmente o estado inteiro é pra poder para a capital para conseguir fazer mas todas as capitais onde tem respostas em termos de câncer interno de transplante em termos da maioria das diálise das complexidades ou mesmo do idoso por outro lado você tem cuidados a hipertensos diabéticos crianças grávidas etc que podem ser feitas mais mas localmente também espalhados no território nacional inteiro uma das discussões que a gente tem feito é como é que a gente calcula e combina uma forma de repasse de
recursos dos governos federais estaduais para cada território na medida da necessidade uma alocação equitativa de recursos nos várias esferas de governo para que todos os municípios consigam cuidar dos seus munícipes na urgência na atenção básica e territórios regionalizados que tem outras respostas em termos de outras incorporações de tecnologia [Música] então não estou muito preocupado com isso porque é é uma certa falácia nem imaginar que tudo que é social público universal não deve existir né muitos países hoje vem discutindo se os sistemas universais são sustentáveis é e é por isso que nos assusta e nos preocupa
esse discurso de que não seriam eles não serão sustentáveis se eles continuarem com esta lógica fragmentada onde tudo se repete se faz se desperdiçara nenhum serviço conversa com ninguém você não consegue uma continuidade do cuidado a gente refaz um monte de coisa para poucos e muitos não chegam a fazer o que precisava a gente não vai conseguir um sistema sustentável se não tiver um financiamento adequado com o controle público adequado o problema não é ter um sistema solidário para todos que seja financiado pelos nossos impostos o problema eu não acreditar que os meus impostos possam
pelo governo ser utilizados adequadamente então é toda uma discussão da nossa construção política né do que o estado é capaz de nos oferecer e de produzir pra que a gente possa continuar acreditando em políticas sociais eu acho que a gente possa discutir mais com a sociedade o que significa de um sistema que é público pra todo mundo mesmo que você vai achar que ele não funcione porque eu acho que ele não funcione como é que eu vou contribuir para ele funcionar melhor né e o que significa ter um sistema privado que só pagando eu vou
poder ser atendida que eu vou poder ser cuidada e que as políticas mais coletivas não seria necessária para garantir a nossa saúde [Música] o