Afinal o que é ser mulher bom vocês sabem que a Simone de Bá ela tem aquela clássica frase e o nosso vídeo hoje ele vai eh fazer um jogo com essa colocação por isso que eu tô abrindo por aqui né que ela diz eh não se nasce mulher torna-se uma mulher a gente se torna uma mulher é um vira ser né filosoficamente Você lembra tem uma discussão sobre o que é o ser que é o que seria uma essência e o que do outro lado um vira ser um tornar-se um construir-se então a Simon de
bovar era uma filósofa do século XX é francesa e ela vai colocar justamente eh vai tentar desconstruir milênios que vinham antes dela que tavam dizendo bom há um ser mulher há uma essência mulher há alguma coisa que tá colocado geneticamente como a gente diria hoje neuronal ou pelos Deuses ou pelos astros ou pela sociedade né que teria um ser mulher e ela diz não não é que a mulher seria mais doce mais acolhedora mais passiva mais Maternal mais aconchegadas mãe não tudo isso é uma coisa que a gente construiu e não tem um ser não
tem uma essência que que é ser mulher é um vira ser mulher é um tornar-se contínuo é fazer uma busca é pesquisar é poder ser o que a gente quiser ser basicamente é essa a a a o debate É essa a discussão agora Quais são as problemáticas derivadas disso né quando a gente diz Afinal o que é ser mulher Então a gente tem que tomar cuidado para não resvalar num no outro lado da gangorra e a gente negar tudo que milênios construíram sobre uma suposta identidade feminina e querer responder hoje ó ser mulher é a
b c ou d ou é eh mais ligado ao afeto ou ao amor ou ao trabalho né justamente a a saída para esse debate é mais interessante mais mais fiel ao que a gente está descobrindo sobre gênero e sobre diferenças sexuais e diferenças bioquímicas culturais históricas psíquicas é que não há um ser então você pode falar para mim mas esse não é o título do vídeo cliquei aqui para saber isso pois é a gente tá no Século XX e a gente está entendendo que pouquíssimas coisas formatam a priori O que é um ser mesmo um
ser humano ele pode ser muita coisa até o humano ele é tão diverso Agora imagina humano sexuado também é tão diverso agora o que é estritamente do feminino por hora a gente não tem tecnologia de fazer a reprodução da vida fora do corpo da espécie radicalmente falando a gente tem esse um traço que é específico do feminino e isso para ser Franca não é próprio só dos seres Racionais simbólicos falantes que somos nós isso é dos seres vivos que são eh fêmeas né a gente tem mamíferas a gente tem enfim várias espécies onde a gestação
na grande maioria das vezes se dá no corpo feminino Parece que tem uma ou outra são não é cavalo marinho essas coisas que de vez em quando a gente ouve mas o que é específico a singularidade última da mulher é gestar né e Pari e depois como somos mamíferas amamentar é só isso é um só isso que tem muitas implicações E aí a gente pode discutir aqui licença maternidade amamentação creche eh as responsabilidades com o o o lar que vai abrigar esse filhote esse bebê então a guarda é compartilhada não é quem é que vai
mais em reunião da escola porque que é muito mais a mãe quem é que é responsável por arrumar a comida a casa louça saber a logística Sim tudo isso é derivado dessa singularidade dessa única diferença e aí a gente tá aprendendo como Cultura a dividir tudo isso por essas três partes dessa operação que duram mais ou menos um ano grosso modo só um ano né entre gestar parir e amamentar um ano dois três poucos anos não precisariam ser 10 anos não precisaria ser 20 com a carga sobre a mulher né como se o homem Ele
pode sair que tem milhares de lares de mãe solo muito mais que de pai solo além do grande matriarcado Brasil e vários homens que chegam desaparecem fecundam somem não pagam pensão enfim aí a gente tem uma Trama social S psíquica que tá em jogo quanto aos lugares identificatórios então um outro traço importante desse é que essa mulher ela acaba com duas sobrecargas um a carga mental ou trabalho mental ou trabalho emocional lembra aquele conceito a gente discute aqui você pode até assistir né do inglês emotional Labor você tem um trabalho que você sabe onde tá
guardada a blusa do menino o aspirador de pó onde que vai guardar tal lça onde que vai fazer tal comida qual vai ser a ordem uma responsabilidade um dever fazer que precisa tá sempre drenando o libido da mulher Então tem um peso e um outro lado coligado a isso é que a mulher como ela fica presente sempre e né normalmente o pai ou o cônjuge o parceiro ou a parceira pode girar ela tem a carga psíquica de ser Polo identificatório para o outro ser a estabilidade né então você tem o filho a filha cresceu reproduziu
ele mesmo casou separou aí tem o clássico volta pra casa da mãe mudou mudei de estado de país de cidade desfiz a casa mas eu tenho uma parte das minhas coisas na casa da mãe que figura é essa né é uma figura que vira referência que vira Polo vira lugar de realização identificatória apoio real né a casa a estante o porão o nome o rosto o e real simbólico Imaginário então será que a gente tá sendo muito afun desse lugar afinal da Mulher será que a gente vai conseguir ampliar isso e fazer novas tramas para
que homens mulheres trans o que for para que a gente possa viver melhor e de forma mais híbrida [Música] coletivamente