CEO's Talk Show com Nizan Guanaes: Marcelo Melchior, da Nestlé

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Meio&Mensagem
No segundo episódio do programa CEO's Talk Show, o publicitário Nizan Guanaes entrevista Marcelo Mel...
Video Transcript:
Quando eu cheguei aqui, a minha equipe falava: "Não, não, aqui o Brasil é muito complicado". Aí eu parei e falei para pessoal, estamos 100 anos de Brasil. Se tem alguém que sabe como é que funciona o Brasil, somos nós.
É. Como é que você mantém ou lidera a saúde mental dentro de uma empresa no mundo de pressão? Eu acho que o COVID fez um antes e depois com os temas de saúde mental.
líder com tantas faces de contato, como é que uma marca dessa se protege de fake news? Eu acho que não dá para se [Música] proteger. Olha, estamos aqui hoje com uma pessoa que eu já me acalmei, porque ele é o presidente da Nestle.
Ele tá com a Nestle há 37 anos. É um cara super calmo. Então eu que sou agitado, já saí daqui melhor, tá?
Ele faz yoga todos os dias, toca uma companhia de 104 anos no Brasil, é um carioca de 59 anos, ou seja, já tem um outro jeito de lidar com o mundo. Já teve cargo de liderança na Suíça, no Peru, na Venezuela, no México e há 7 anos ele é o CEO da Nestle no Brasil, maior mercado da companhia na América Latina e o terceiro maior do mundo. Marcelo Mequiô, muitíssimo bem-vindo.
Muito obrigado, Nizão. É um prazer estar aqui contigo. Vamos compartilhar um pouquinho e ver como é que nós podemos agregar aí pra equipe que tá escutando.
Com certeza. Olha aqui, como é que é para uma pessoa num mundo tão volátil que as pessoas não param nos lugares, fica 37 anos numa mesma companhia? Eu acho que eu não sei, mas isso é uma ótima resposta.
Eu fui e eu comecei aos aos 23 anos aqui na no Brasil como vendedor em São Paulo. E aí a vida vai te levando. Morei em 12 países diferentes, tive oportunidades e eu acho o que faz a diferença é a atitude, é querer fazer as coisas e poder fazer as coisas.
Então, não é que nunca tenha tido uma crise ou me sentido, ó, agora é hora de sair e tudo, mas eh o tempo vai passando e você não se dá conta que você passou 37 anos na mesma empresa mesmo, porque eu acho que não deve ter tido 2 anos que eu tenha feito exatamente a mesma coisa. sempre tem modificações aí, até quando você tá no mesmo cargo, compra empresa, eh, abre fábrica, tem alguns desafios, etc. Então, eh, passa muito rápido, Nisan.
Você sabe que a vida passa voando, passa. E outra coisa que você me falou que achei super interessante, quando eu lhe perguntei, como é que você atravessa esses ciclos do mundo, foi calma? É, eu acho que eh não é que a gente não se assuste, às vezes dá um sustinho, né?
passa uma noite sem dormir e essas coisas. Mas eh o importante é você entender, ó, nós, como você mencionou, no Brasil, nós estamos há 104 anos, então nós já vimos várias coisas. No mundo, nós estamos a praticamente 160 anos de existência.
Então, a gente já viveu algumas coisas que tá e e continuamos aqui. Temos uma duas vantagens que somos suíços, meio práticos, aquele perfil baixo e segundo que estamos em alimentos, que é um um tema que vai ser perene. Podem mudar todas as tecnologias, as coisas, mas sempre vão precisar comer e melhorar a qualidade de vida e tudo, mas através da alimentação.
Qual a característica de um CEO para se manter, né, veja bem, quase 40 anos você já enfrentou todos os tipos de Brasil e de mundo? Nós estamos falando com pessoas que estão aqui para aprender também. Qual é a característica, sabe, para essa durabilidade, né?
Porque eh de se manter num cargo, de est na liderança com toda essa volatilidade. Primeiro que você não começa como CEO, né? Você você vai começa nas bases da pirâmide e vai crescendo e tendo cada cada etapa tem seus desafios, né?
Mas eu acho que o que faz a diferença para qualquer pessoa e qualquer profissional é sua atitude. Não é aonde estudou, não é da onde veio, não é o que faz, é qual é a atitude que nós temos diante da vida em si, diante dos problemas, diante das dos desafios que nós temos. E eu acho, eu acredito muito que nós temos um, uma qualidade profissional no Brasil que eu não encontrei no nenhum lugar do mundo, que brasileiro gosta de falar mal do Brasil, né?
Mas eu acho que nós somos, é, o Brasil anda muito em popular no Brasil, mas nós somos, nós temos uma, uma vantagem espetacular, porque eu, como eu falei, eu trabalhei em 12 países, eu conheço os níveis profissionais e todo e o ser humano é muito parecido, mas no Brasil nós temos duas coisas que funcionam muito a nosso favor. São três, na realidade. Primeiro, nós somos muito flexíveis, nós somos muito bons profissionais, com a atitude certa, e nós colocamos o coração e a alma no que nós fazemos.
Então, quando funciona, sai festejando e tudo. E quando não funciona, fica até triste demais, né? fica meio deprimido e triste, chutando balde e tudo.
Então, eu acho que eh aqui nós podemos fazer uma diferença muito grande. E você vê, você agora que tava me contando que fez o curso em Harvard e tudo, você vê o capacidade profissional que nós temos aqui é impressionante. Não, o os meus colegas de Harvard, quando eles ficam reclamando dos problemas deles, eu falo: "Vocês não foram apresentados ainda em problemas".
Entendeu? Porque a gente se vira nos 30. A gente se vira.
A gente se vira. É um negócio impressionante. E e sai adiante.
Hoje eu tava num café da manhã com o pessoal, faço uma vez por semana um café da manhã com a equipe, com a com colaboradores em geral. E eu tava dizendo, ó, mas Marcelo, por que que você é otimista? Falei, eu sou otimista porque eu conheço a qualidade profissional que nós temos.
Vai funcionar, nós precisamos um pouco de sorte. Alguma coisa tem que acontecer para ajudar, mas sempre acontece. Olha, nesse programa nós vamos ter um fio condutor, que são três otimistas, entendeu, nessa aula.
Então é isso mesmo, entendeu? Aliás, tem uma frase que é do Jorge Paulo Lema que fala assim: "Eu não conheço muitos pessimistas que deram certo". Exatamente.
Entendeu? Exatamente. E aí você vê que culturalmente nós temos essa forma de fazer.
O que nós precisamos como brasileiros é ser um pouquinho mais apaixonados pelo nosso país, que eu acho que poucos países eh tem o que nós temos. A indústria de alimentos tem que fazer três coisas nesse mundo que uma coisa às vezes não orna com a outra, que é gostosa, saudável e rentável, né? Isso é um desafio, né?
É um desafio gigante. E você sabe que o consumidor é insaciável, ele quer tudo por nada. Não é?
Então, como é que é esse desafio do gostoso, do saudável e do rentável? Eu acho que é uma evolução e não adianta você só apostar nisso. Você não pode renegar o teu legado.
Você tem um legado de nós entramos no Brasil em 1921 com leite moça, uma fábrica em Araras. E na época leite moça era uma forma de conservar o leite porque não tinha geladeira. Então você colocava, você reduzia a quantidade de água, colocava açúcar e o produto durava um ano, 18 meses e tudo de de shelf life de de vida do produto.
Chegou mais ou menos em 1940, nós mesmos lançamos o leite ninho. Nossa, eu venho do Nordeste, né? E matamos o leite moça.
Eu venho do Nordeste. Leite ninho é tudo. Leite moça era tudo.
Pois. Pois é. Mas aí quando você lança, você mesmo faz o teu produto principal estrela obsoleto, mas já tinha 20% do consumo de leite moça, que era um ingrediente culinário.
Então, a equipe da época, claro que é fácil falar, deve ter demorado 10, 15, 20 anos, começou a criar um ícone, uma uma sobremesa que era o símbolo do leite moça e virou o pudim de leite moça. É. E foi e aí foi redirecionando o leite moça e o leite ninho virou um produto mais infantil e tudo isso.
Então eu acho que o truque do sucesso e da longevidade de uma empresa, de um negócio, mas também dos executivos, é a evolução constante. que a gente fala muito de inovação e pensa: "Ah, agora vai ser o carro voador e tudo isso, mas você tem que ir melhorando o teu produto eh base para manter aquele vínculo com o consumidor, senão você deixa de ter eh relevância, como nós vemos várias marcas que desapareceram porque perderam relevância. " Isso é uma coisa importante, porque as pessoas às vezes não entendem que para fazer sucesso da noite pro dia às vezes leva décadas bastante, né?
Outro dia um cara me falou o seguinte: "Puxa, Nissan, mas eu vou te pagar por uma ideia que você teve em minutos". Eu falou: "Para em minutos, eu levei 40 anos". Então isso é uma coisa importante de se falar.
Algumas matériaspras dos produtos Nestlê estão no centro da alta da inflação, como meu querido café, né? Eu sou metade café e o resto eu sou Copenhague, língua de gato. Tá ótimo.
E como é que se enfrenta isso? Quer dizer, é a circunstância externa, né? Primeiro, é um desafio gigante.
Você não pode simplesmente matériapra dobrou de preço, no caso do cacau triplicou de preço, você não pode passar o custo pro consumidor que não vai funcionar. Você tem que rever todas as tuas estratégia, porque os salários não subiram na proporção dessas matérias primas. E as matériaspras, ambas tiveram esse efeito pelo pelo tema climático, pela alteração climática que tá tendo e tudo.
Então, atualmente nós estamos repassando o preço de uma medida menor do que deveria ser feito pelo custo e estamos vendo que outras sinergias nós podemos fazer na empresa para que não seja afetado muito, mas é muito delicado para você entender que decisões nós tomamos para passar esse vale que nós estamos agora, mas que não afete o longo prazo das categorias. Então, eh, é mais difícil, é mais fácil você ver isso quando você olha no retrovisor, mas nós o constantemente estamos acatando e vendo que medida nós tomamos que não funcionou, volta atrás e que coisas nós podemos ir fazendo e também observando o que tá acontecendo no mercado. Mas é uma, tá acontecendo para a indústria em si, todos os que usam cacau, café, agora tem um tema de açúcar aí com a cana de açúcar também que vai nessa direção, nós vamos ter que ir para não afetar os nossos consumidores.
Olha aqui, outra coisa também eh que é importante falar, veja bem, uma marca enorme, né, num país que às vezes sucesso é uma ofensa pessoal, né, líder exposto a redes sociais, que todo mundo hoje em dia não pode ficar longe delas, né? Como é que uma marca dessa, com tantos produtos, com tantas faces de contato, ela se convive com e se protege de fake news? Eu acho que não dá para se proteger.
O que nós fazemos é lidar com a verdade constantemente. Sai um fake news, nós imediatamente falamos quais são as coisas que estão acontecendo, como são as coisas, mas você sempre tem uma desvantagem versus as notícias que saem, porque é a empresa falando. Então, alguns consumidores do público em geral, da internet tem a tendência a achar, não, é, eles estão falando isso porque eles são interessados no tema.
Então, nós tentamos dar fatos, mas sem que sejam fatos chatos demais, não muito longos, explicando a situação, mas eu acho que a interação é a forma mais clara para que se veja que é uma empresa grande, mas é feita por pessoas. São 30. 000 1 pessoas trabalhando no Brasil inteiro para que as coisas sejam eh feitas da melhor forma possível, o mais corretamente possível.
Agora, num mundo com tanta pressão de resultado trimestral, né, uma série de coisas, como é que você mantém ou lidera a saúde mental dentro de uma empresa no mundo de pressão? Eu acho que o COVID fez um antes e depois dos temas de saúde mental. Hoje em dia nós não temos vergonha de dizer: "Eu estou com problema de burnout psicológico, eu tenho nós nós temos um programa que nós lançamos agora com Einstein para trabalhar juntos, criar.
não são especialistas, mas são pessoas com mínimo de formação para ajudar os seus colegas como a primeira rede de apoio que possa saber o que fazer e orientar inclusive aos colegas para dizer: "Ó, eu tô achando que você tá com, não sei, numa conversa de cafezinho, fala: "Ó, eu não tô dormindo há uma semana, eu tô com problema de dinheiro, eu tô com tema de estress terrível que você consiga já detectar os primeiros e estágios que possa dar algum tema de saúde mental que a gente já possa atender. Então, nós estamos trabalhando, nós somos a primeira empresa a trabalhar com Einstein para ver como nós criamos essa rede de apoio que são colegas e esses colegas que vão trazendo a coisa, é como se fosse, sabe aquela brigada de incêndio das empresas, mais ou menos isso, mas do tema de saúde mental. E nós temos isso no Brasil inteiro.
Estamos começando, mas é um tema que tá no no top of mind nosso eh todos os todos os dias. Infelizmente, nós tivemos alguns casos que que saíram do controle, seja numa fábrica, seja em tudo isso, mas que nós estamos trabalhando nisso para que funcione perfeitamente. Eu queria falar com você sobre a a volta do chocolate surpresa e eu gostaria que você contextualizasse a solução, entendeu?
pra gente eh não ter um momento Odetman, sabe, nessa conversa aqui, porque ela é maravilhosa. mesmo no IG eh, escolhi um cachorro, tal, e, eh, e é muito interessante esse caso, mas sabendo, vamos repetir aqui, eh, eh, e esta é uma coisa que hoje em dia não seria bem eh recebida, né, ou ela teria eh sujeita a alguns comentários, mas é important, eu gosto porque ela é um caso lindo de uma resposta original e humana, porque eu que sou cachorrólogo, é, Eh, achei sensacional essa história. Não, o seguinte, eu tava comentando com o Nizan que e nós relançamos o Surpresa agora e eh interessante que o Surpresa era, eu era o o brand manager de surpresa no, como o Nizan falou, tenho 37 anos na empresa.
Então foi em 91, 92. Eh, uma época bastante antiga. E na época, bom, pessoal mais antigo lembra ou surpresa, eram um tabletinho de 20 g bem fininho.
E na época, para o produto não quebrar, você colocava um cartãozinho de de papelão, só para que o o tablete não chegasse todo quebrado na tua casa. Então esse cartãozinho do de papelão, ele tinha uma inscrição e era uma coleção. Você tinha um álbum, eram 30 figurinhas para completar o álbum e tudo.
E e nós tínhamos os animais do serrado, animais da Amazônia e tudo. Então, mas tava virando um produto muito específico, muito educacional e nós queríamos abrir mais para o público em geral. Então nós chegamos e falamos: "Bom, como é que a gente concorre nesse mercado que está muito pulverizado e muito promocionado?
" Na época tinha promoções dando casa, carro, eh, cozinha montada e tudo isso. Eu falava: "Bom, nós não temos esse poder de fogo, vamos fazer um negócio que tenha mais valor emocional que valor que valor real. " Então nós fizemos uma coleção de cães de raça.
Aí contratamos um desenhador que ele desenhava hiper realista os cães e tudo e fizemos os cães. Falar: "OK, agora como é que a gente lança essa coleção? " Falar: "Ó, vamos fazer uma promoção eh dando cães de verdade, filhotinhos.
" Vou repetir, né? Vamos atualizar essa ideia que hoje absolutamente impraticável nos nos dias de hoje, mas tudo foi foi cuidado com muito detalhe para que não tivesse eh temas de maltrato, tudo tudo tudo muito nós tínhamos especialistas fazendo, mas hoje em dia seria absolutamente eh impraticável. E o que nós fizemos foi que eh eram 300 cãezinhos que foram sorteados no Brasil inteiro e o consumidor podia, o ganhador, né, podia escolher que cão, que cão queria.
Então, nós tínhamos uma linha 800 e uma veterinária tentando eh casar a necessidade, a o desejo da pessoa com a o que faria uma um reality check, né? fala: "Pera aí, mas você quer um dobber, irmão, e você mora num quarto e sala e tem teus filhos e a tua esposa, isso não vai dar certo. É melhor um cãozinho que funcione mais num ambiente mais fechado, etc.
Então tudo isso foi feito na época sucesso trondoso. Na época você recebia, você para participar, você mandava quatro embalagens no envelope pelo correio. E claro, no sorteio tinha tanto envelope, tanta coisa que era uma piscina cheia de envelopes e e um mergulhador indo pegar o envelope e 300 desses que funcionassem.
Mas então é uma experiência e isso é só para demonstrar aquilo que eu falava antes, é a atitude. Nunca ninguém me disse: "Ó, não, isso não, isso não, não. Fala, ó, toma esses cuidados, vamos fazer isso dessa forma e tudo isso.
E com todos os cuidados tudo é quando se passa depois fica fantástico. Você parece um profeta que abriu abriu o Mar Vermelho, mas na realidade na época tinha vários cuidados que você tinha que tomar e como sempre Deus tá no detalhe. Como é que você vai resolvendo cada uma das coisas?
Eu tenho três coisas que eu eu acho que um CEO, ele é CEO desde que ele era traini, porque ele tem uma atitude. Tá certo. Tá certo.
E a outra coisa, o CEO ele tem mentalidade de fundador, tem. E a terceira eu esqueci. Então, eu, eu vejo que o CEO ele tem uma postura, né, de que são elementos na natureza dele.
Às vezes não é só o mais preparado se ele não tem atitude. Eu tenho eu tenho total convicção que pode ser o melhor preparado, se não tem atitude correta, não vai, não vai lugar nenhum. Exatamente.
Você foi atravessando diversas culturas, né, assim, Suíça, né, Peru, Venezuela, México, nãoé? Então são mares completamente diferentes, né? Como é que isso moldou eh a seu estilo de liderança?
Até porque o Brasil é Suíça, Peru, Venezuela, México e um resto de coisa em várias estações. Eu acho que isso é muito bom dividir com as pessoas que vão estar aprendendo aqui com você. Claro, na base, ser humano é muito parecido, né?
Todas as necessidades intrínsecas são parecidas. Na forma de expressar fica diferente, porque alguns são mais reservados, outros são mais expansivos, etc. Mas eu acho que primeiro você precisa de um grau de humildade para entender que não é porque você vem do país X pro país Y que você tem que replicar o que você fazia no X, no Y, porque não vai funcionar.
Você tem que observar e ver como são a dinâmica e as ferramentas que eles usam, como são as pessoas, como são as coisas que funcionam e ir adaptando tanto a você como a eles para que as coisas eh funcionem da melhor forma. Eh, vou te dar um exemplo. Você chega num país como Peru ou como México, são profissionais muito bons, porém eles têm uma um sentido de hierarquia muito alto.
Eu lembro que a primeira vez que eu morei no México duas vezes, né? Primeira vez que eu cheguei no México, depois de uma semana lá, eu voltei em casa e falei na época minha ex-mulher, eu falei para ela, sabe que tem um negócio? Ou eu fiquei, virei um gênio, ou ninguém tá me dizendo a verdade, aí ela virou para mim e falou: "Ó, eu não quero te desiludir, mas gênio, você não virou".
Então você começa a ver que o fato de você ser o chefe e você falar com as pessoas, essa tensão de dizer não ao chefe é insuportável para eles. Então eu encontrei um método de falar: "Bom, OK, que nem aqueles métodos de le manufacturing, vamos fazer perguntas, ó, vamos fazer, sei lá, vamos subir por essa escada aí todo mundo, ah, legal, legal". Pera aí, pera aí.
Como é que vocês fariam? E aí colocá-los cada vez numa posição que eles não estão dizendo não pro chefe. Eles não querem dizer: "Ó chefe, isso aqui não vai dar em nada.
Não vamos subir nessa escada aqui não, porque lá no final tem um precipício, a gente vai cair. " E eles não querem isso. El falar: "Não, não vamos subir por aqui, melhor subir pela outra, depois dar uma volta e tudo".
E você vai fazendo mais perguntas para sempre deixá-los numa forma de que eles estão agregando, mas não tão dizendo subentendidamente, a tua ideia é uma porcaria, esse tipo de coisa. Então é aí que eu acho que você vai entendendo como funcionar isso e e como dá. Mas de novo, é uma adaptação de si e também deles contigo, que é um tema que eles na certa também tiveram que se adaptar ao meu estilo, talvez muito direto, esse tipo de coisa, mas tudo tudo deu certo.
37 anos continua aqui, então quer dizer que não ninguém me mandou embora. Essa conversa tá sendo muito interessante porque é uma conversa ler lero free. Eh, ele usou pouquíssimos termos que agora as pessoas só falam coach, mindset, out of the box.
praticamente você daqui a pouco vai desaprender o português. Então eu fico muito feliz de est aprendendo eh com você, mas uma pessoa que tá falando objetivamente e que ajuda as pessoas que estão eh assistindo verem ideias novas e perspectivas diferentes. Claro.
Tem um negócio muito interessante que você é hand zone, né? adora entrar nas fábricas, perguntar e é conhecido como doutor pergunta, como um bom perguntador, né? Isso é um diferencial no mundo que as pessoas não ouvem muito, né?
Você sabe, tanto quanto eu, que quando você tá numa posição eh de CEO, é muito fácil você achar que você é Jesus Cristo e pode andar sobre as águas e achar que é o dono da verdade. Se você entra num lugar já com a solução em mãos, ninguém vai dar sua opinião e você vai perder a oportunidade de saber o que tem no cérebro de X pessoas que estão ao teu redor. Então, ninguém tem o monopólio de boas ideias.
A boa ideia pode vir de qualquer lugar. O nosso principal trabalho como líderes é tá com as antenas bem abertas para detectar aonde tem alguma coisa, porque com a nossa experiência nós podemos dizer: "Ó, é realmente não vai dar para fazer isso por causa disso, disso, disso. " Ou você fala: "Putz, aqui tem alguma coisa".
Vamos atrás disso aqui que eh de repente não é exatamente essa ideia, mas com um pouquinho de variação você tem alguma coisa boa que pode fazer e aí você aproveita profundamente a a inteligência coletiva e não achar que você tem todas as soluções, porque senão aí e aliás a tua qualidade de vida fica péssima, né? Não, eu acredito muito disso porque eu sempre digo que as minhas melhores ideias foram dos outros. O consumidor vem e ele te dá aquela ideia.
Uma vez eu tava trabalhando com uma empresa de seguros, seguros para empresas e eu fui visitar e e comecei a conversar com uma corretora e ela falou uma coisa que você só pode ouvir do consumidor. Ela falou: "Se Nizan, eu sei onde entrando numa empresa eu quais são os os as melhores pessoas para vender seguro de vida? é no lugar que tem porta retrato na mesa do cara, porque ele ama a família dele.
Então, essa coisa de perguntar é uma coisa extraordinária e difícil, difícil, difícil. Eu sou, eu falo demais porque eu sou baiano. Nós baianos podiam escrever o livro Como vencemos a timidez.
Mas olha aqui, eu queria que você falasse um pouco sobre como é a rotina de um CEO com todas essas atribuições, né? Como é que você faz eh no seu dia a dia para relaxar, para dar um tempo, para não perder o eixo? Bom, primeiro foram também etapas de evolução.
Passei mais de 10 anos na minha vida pilotando o avião para relaxar do trabalho. Então eu tinha o meu aviãozinho. Ou seja, você é semido doido, né?
Não, mas era um era bastante profissional. Bastante. Mas eh tem gente que joga golf, lógico, lógico.
Eu tô brincando. Aí eu eh hoje em dia o que eu faço? Eu eu tenho uma disciplina muito grande em termos de horários e de coisas para até cuidar um pouquinho também da minha saúde mental.
Então eu acordo todo dia às 5:30. A a minha minha mulher, eu tenho uma sorte danada, ela ela ainda eh quer passar tempo comigo, então a gente eh toma o café da manhã direitinho já de manhã cedinho e e eu saio muito cedo pro pro escritório porque eu quero eu quero ter impressão de que eu tô na frente dos eventos e das coisas que possam. Mas você faz yoga, né?
No final do dia eu eu termino o dia com a yoga. Então eu chego antes de de todo mundo e aí eu tenho o meu dia de trabalho, dia de trabalho que é muito variado, que é fantástico. Às vezes você tem um um tema eh de governo, às vezes você tem uma entrevista com uma pessoa fantástica, como e às vezes eh você tem que ir numa fábrica ou em vendas, etc.
Então tem muitas coisas muito variáveis. Mas eu termino o dia invariavelmente às 6 horas da tarde e eu faço a minha aula de yoga todos os dias às 6:30. Isso é uma coisa importante, porque se terminar 6 da tarde, não desse certo, os Estados Unidos tinha dado errado, porque é muito assim nos Estados Unidos, quer dizer, né?
Exatamente. Aí eu faço a minha aula de yoga e a aula de yoga minha, ela serve para fazer uma um colchão entre os temas de trabalho, que a mente continua eh a 200 por hora e depois tá pronto para terminar o dia, conversar, esse tipo de coisa. E aí até dormir bem, porque uma noite boa de sono é fundamental.
O Jeff Bezos fala isso. Ele jamais faria isso se ele não tiver dormisse 8 horas de sono. Exatamente.
Eh, eu acho que esse é um valor, né? É administração de si mesmo. Har tem um livro disso, How to Manage Yourself.
Então, se uma pessoa é bom gestor, ela tem que ser eh bom gestor da própria vida. Claro, é que nós não podemos liderar efetivamente uma equipe e mostrar o exemplo para ele se nós não estamos bem. Nós temos que trabalhar isso.
Isso não quer dizer que não tenha um dia mais estressante que o outro, é um dia que você não esteja uma dor de dente, etc. Mas eh em geral você tem que tá bem, porque as pessoas eh mais do que a gente fala, é o que você faz que as pessoas seguem. Não é o que a gente fala, porque tem muita gente que é muito bom em falar, depois faz outra coisa.
É o que a gente faz, que é o grande exemplo para todos, né? Ou seja, estão falando com um piloto que pilota a própria vida, pilota uma empresa enorme. Tenta, tenta, né?
Olha aqui, morar a 30 minutos da Nestle é uma decisão de vida ou de trabalho? De vida. De vida.
15 minutos, hein? Não, não, 30 minutos. 15 minutos e eu na medida do possível almoço em casa.
E aí o dia não me parece tão longo. Você tá 15 minutos, em meia hora você vai e volta, come em meia hora, um pouquinho mais. Então é absolutamente factível, dá para fazer direitinho e o dia não parece um dia de 10 horas e tudo, parece duas vezes 5.
Eu acho isso maravilhoso, maravilhoso. Olha, eu sou um ótimo mau exemplo porque durante minha vida, eh, eu esqueci de tudo isso. Se eu tivesse ouvido os conselhos de Marcelo Serpo, o Brasil, os dois maiores publicitados brasileiros são Washington e Marcelo Serpa.
Aham. Só que o Marcelo Serpa tem uma outra grande qualidade, como ele administrou a vida dele, tá? Tá.
Então lá atrás, quando ele trabalhava comigo, ele falou, diz: "Ah, você precisava fazer análise". E eu levei 30 anos para pensar nisso, mas fez. É, mas fez, mudou de vida, hoje em dia triatleta.
Sim, mas eu tive que bater na luna, né? Alcoolismo com bariátrica mal feito e tal. Então eu cheguei no bom caminho através de péssimos caminhos.
Não precisava dessa dessa não precisava, não precisava, né? Por isso que é sempre bom falar assim: "Eu preciso aprender pelos meus próprios erros, né? É melhor a gente aprender com os erros dos outros, é menos doloroso.
" Eh, como é que você faz para ter autonomia eh numa multinacional e os gringos te deixarem em paz? Ah, mas isso é uma uma virtude da Nestle. O DNA da Nestle é muito descentralizado.
Uma empresa suíça que já na primeira década de vida da empresa, 1870, já começou a sua internalização porque o mercado local era muito pequenininho. Suíça é um mercado muito pequeno. Ela se instalou em vários países e depois eh não tinha forma de comunicar.
Telefone era um negócio, era era mandar por cartas. Então a autonomia do gerente local é a parte do DNA. Não é como aquelas multinacionais que você recebe uma ordem, tem não, tem que ser vermelho, pantone e tal.
Não, não, nada disso. Aqui você se adapta e faz as coisas em função do que eh do que faz sentido para o Brasil. Tanto que cada país que eu mudei, a linha de produtos forte num país pode ser fraca no outro país.
Então, muda totalmente. No Brasil é chocolates, no eh no Peru é MAG e no México é cafés. Então, não tem nada a ver uma coisa com outra.
é porque foi se desenvolvendo localmente com a sua parte. Então, eh, eu tenho uma autonomia muito grande, graças a Deus, porque, olha, isso parece simples, mas eu, por exemplo, atendi o Walmart e os telhados do Walmart eram a prova de neve. É, não.
E vendia taco de taco de beisebol no SS Club. É essa. E veja, as próprias agências elas sofrem muito no sentido de que existem regras que funcionam lá fora, mas que não vão dar certo aqui dentro.
Por exemplo, a gente tá exposto no Brasil a processos trabalhistas que lá fora não tem. Então tem uma série de circunstâncias, tanto operacionais quanto culturais, que precisam ser respeitadas. Eh, como um todo, não.
Quando eu cheguei aqui, a minha equipe falava: "Não, não, que o Brasil é muito complicado". Aí eu parei e falei para pessoal, estamos 100 anos de Brasil. Se tem alguém que sabe como é que funciona o Brasil, somos nós.
É, então que é complicado ou não seja complicado, vamos fazer funcionar. É, o Brasil quando tá muito calmo, presta atenção, porque tem alguma coisa que vai acontecer. Olha aqui, eh, em quem você se inspira quando o assunto é liderança?
Sabe que eu me inspiro numa pessoa que não tem nada a ver com o mundo corporativo, que é a minha própria esposa. Ela é uma pessoa que eh sempre tem uma palavra que te mostra o fundo da coisa e não o teatrinho que está acontecendo na visível. Fala: "Não, mas esa aí é esse sentido até com até em situações complicadas fala: "Puxa, tô saindo de casa, tem que que mandar tal pessoa embora, não sei quê".
fala: "Ó, eu só te digo uma coisa, seja não é o momento de ser muito longo nas tuas explicações. Seja o mais curto possível, porém o mais amoroso possível, porque é um momento complicado pra pessoa. " Então esse é só um exemplo de como uma visão totalmente diferente que não vem do mundo corporativo, ela é psicóloga e tudo isso, mas que eh te mostra mais o que realmente é importante e não as aparências e o que tá acontecendo na parte visível que a gente vê pelos olhos, né?
Olha, eu acho sensacional porque eu mesmo tenho um conselho de administração que é minha mulher, minha sogra, meus filhos. Você sabe que uma vez eu pintei meu cabelo Aham. E ficou a caju.
E não tinha nenhum filho da mãe para falar para mim que meu cabelo tava uma merda. E aí meu filho, né, naquela época ele era pequeno, ele tinha língua presa e ele falou: "Mas seu cabelo tá uma merda". Então você tem em volta de você pessoas que vão te dar olhar as coisas com a perspectiva, seja do comercial, quando o comercial tá ruim, ninguém fala, é silêncio.
Aham. Sabe, não é? Então, se você quer saber muitas vezes se a comunicação da sua empresa e tal, passa o filme e assiste de costas, tá?
pela reação das pessoas ou pelo comentário do seu cunhado. Exatamente. E pessoas que não têm nada, nenhum interesse, a não ser que você esteja bem.
É, é. Olha, eu eu tive um caso, você vê como é a perspectiva das coisas, né? Eh, eu vou muito para Trancoso, que é assim, eu acho que é meu lugar do mundo.
E e eu tenho uma tinha uma casa em Trancoso e a Gisele, que é amiga do meu irmão, a Gisele Binchen, foi lá e adorou. Aham. Né?
Adorou. E aí ela falou para meu irmão, será que eu posso levar meu namorado? E claro que eu digo, lógico, óbvio.
E ela levou o Leonardo Capo naquela época. Aham. E o povo de Trancoso descreveu a passagem de Leonardo CRO com a seguinte frase maravilhosa: "A Gisele esteve aqui com um gordinho".
Então o povo entendeu? pessoa. Exatamente, né?
Outra coisa, qual é o produto que você mais consome na Nestley? Eu sei o meu. Eh, hoje em dia café, sem dúvida.
Eu consumo muito um dortgusto neo que nós lançamos eh o único país do mundo, o primeiro de longe, que nós lançamos um sistema novo com uma cápsula eh não é reciclada, é compostável. Se você jogar no chão, ela se desfaz como se fosse o café. É feito de um material parecido à aquele material do da caixinha de ovo, sabe?
aquele é é isso. Então, eh, eu consumo muito disso e eu acho que esse é o sistema do futuro que vai ocupar as cafeteiras das casas de todos os brasileiros. É, porque é um produto serviço, né?
Exatamente. Eu eu sou louco por língua de gato. Café eu tomo.
Eu sou um bully. Aham. Né?
E língua de gato. Minha mulher é a maior chocólatra que eu conheço. Eu já peguei ela comendo chocolate, dormindo, entendeu?
Então eu eu sou revusa dos seus produtos. Para finalizar essa conversa maravilhosa que eu aprendi muito e eu espero que você também. Qual é o conselho que você dá ao traini que quer ser no futuro?
Primeiro, eu não faria nada de um business plan. Eu trabalharia dedicando ao máximo o que eu posso fazer, mas gostando muito do que eu faço. Você não pode ter sucesso se você não gosta do que faz.
Então vai com atitude, vai paraa frente, mas tem que ter esse amor pelo que você faz, senão não vai funcionar. E claro, se você quer ser CEO no futuro, tem que cavar as suas oportunidades e ter sorte, porque as pessoas que dizem que não precisam de sorte, na minha opinião, são os idiotas, porque a gente precisa de sorte até para atravessar a rua e sempre precisa de uma sorte aí, um anjo da guarda que esteja te empurrando porque senão não vai. Aí eu não tenho dúvida nenhuma.
O Napoleão, você sabe o que ele fazia quando ele pegava informações para escolher os generais, ele jogava para cima e tirava uma e ele falava: "Eu quero que meus generais tenham sorte". Que bom, que bom. Então, olha aqui.
Foi uma sorte para mim tá aqui com você, eu acho que com as pessoas também. Eu quero pedir a vocês que estão acompanhando a gente aqui nesse teatro maravilhoso do Iberapoera, uma salva de palmas para esse nosso convidado aqui. Espetacular.
Muito obrigado. Conversa maravilhosa. Muito obrigado.
Eu espero que você tenha aprendido. Eu aprendi muito.
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