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Video Transcript:
[Música] boa noite boa noite boa noite Marcos boa noite Marcos também eu tô tão feliz com essa nossa Live de hoje e eu também claro né Muito muito feliz nós estamos é um Marco para Editora né ou são dois Marcos para Editora Os mórficos para uma editora e faltava uma história da linguística para parábola né faltava uma história da linguística para parábola que ela Editora que publica basicamente nessa área então de fato precisava ter uma história da linguística faltava uma história da linguística para o Brasil assim sem dúvida né claro maravilhoso que seja a parábola
A ser a editora que preenche essa lacuna na bibliografia da ciências da linguagem dos estudos da linguagem com a sua obra [Música] publicada agora nos meses de junho e julho São o primeiro eu quero quero agradecer o seu o seu empenho o seu o seu o seu não esforço porque estudar a impressão de que não se fez nenhum esforço Pois é menina mas justamente para chegar a esse Tom é que a gente tem que se esforçar muito porque no meio acadêmico a gente acaba se acostumando a escrever daquela forma mais hermética mais burocrática né Então
até se torna mais fácil escrever assim para quem tá na academia do que escrever um texto mais fluido mais amigável né então tem um esforço sim e você sabe disso porque acompanhou hoje hoje inclusive o Ribas estava comentando que as primeiras palavras tem um tom tão claro tão didático que a apreensão de tudo que você faz nessa história nessa uma história esse uma gente é fundamental nessa uma história da linguagem será de um proveito imenso para as nossas leitores e leitores aliás eu gostaria de cumprimentar já as nossas leitoras os nossos leitores eu vejo aí
nomes queridos nomes conhecidos nomes novos eu quero mandar o nosso abraço para todas para todos e quero destacar aqui a professora Carlota está conosco Boa noite a professora Maristela Nossa TT de Pelotas está conosco o parabólico modelo Robson Mister Silva acaba de aparecer ali então hoje gente as pessoas até vão encontrar a novidade de que estamos fazendo a certificação da presença de quem necessite dessa certificação e um argumento venceu as minhas resistências a essas certificação sempre tive resistência mas um argumento venceu essa resistência quando se pensa que um encontro com o bairro um encontro com
Carlota um encontro com qualquer com qualquer das nossas autoras e autores acaba se tornando uma aula mesmo sendo um encontro um diálogo uma roda de conversa professores então é natural que a gente fale tentando ser didático explanando então é aquela conversa o cachimbo que entorta a boca né Nós professoras e professores em geral estão sempre dando aula até quando falamos com o nosso gato com a vizinha tem essa já é uma coisa assim uma deformação profissional né Pois é tivemos inclusive ouviu que nerd Júnior que já entrou dizendo certificado hoje certificado ontem certificado para sempre
Então quem sempre pede certificado e sempre teve negativa hoje tem um sim para todos os nossos eventos a partir de hoje e o certificado vai assinado pelo Marcos ele atestará a presença de quem é da graduação aqui conosco hoje bem-vindos bem-vindos uma outra coisa que eu queria avisar antes de passar a palavra ao Marcos é que desde a gramática pedagógica do português brasileiro o Marcos pensava em fazer a gramática em dois volumes e mais uma vez eu pedi a ele que nós fizessemos num único volume Porque toda a fundamentação histórica do português que ele faz
numa extensíssima primeira parte me parecia fundamental para embasar depois todo o conteúdo gramatical propriamente que ele propõe naquela naquela obra as obras fizeram concebidas Já indivisivelmente e agora com uma história da linguística nós tivemos a chance de fazer a obra em dois tomos com como se tratasse não como se se tratasse não como realmente uma única obra em dois consequência numérica que Avança para o autônomo 2 com os índices de nomes e de assuntos com as referências bibliográficas no último volume e isso não é um problema isso é um modo de editar também profissionalmente é
uma novidade que nós oferecemos a vocês não há aí nenhuma intenção de subtrair conteúdo todo o conteúdo está dado e nós esperamos que vocês aceitem bem essa novidade editorial que se faz no outros lugares do mundo nas boas casas do ramo e por não se fazer muito no Brasil pouquíssimas pessoas quiseram estranhar mas aqui estamos com os nossos dois somos uma história da linguística como um da antiguidade ao iluminismo e chegou ontem da gráfica tomo dois do século 19 ao Limiar do século 20 tomo dois já começa a ser expedido o Marcos chega a São
Paulo depois de amanhã e autografará todos os exemplares que já foram adquiridos dito isso por favor professor a palavra é com o senhor para lançar o topo 1 sim muito bem muito obrigado boa noite a todas e todos que estão aí mas eu queria retomar o que você disse porque há uma coerência nessa divisão que nós fizemos dos volumes porque na historiografia da linguística nós consideramos que o século 19 é realmente o período em que a linguística ganha autonomia como disciplina né se transforma numa ciência dentro dos postulados do que é uma ciência no século
19 no positivismo então é muito coerente separar o primeiro volume do segundo que é o primeiro volume fala de todo o processo de mais de dois mil anos de reflexão sobre a língua linguagem mas não feita com linguiças profissionais propriamente ditos né linguiças profissionais vão surgir apenas a partir do século XIX justamente então tudo que vem antes né tudo que está no primeiro volume no tomo um é justamente o que precede essa a transformação da linguística num campo específico de conhecimento numa área de investigação de pesquisa então vejam que o segundo tomo é todo dedicado
ao século 19 enquanto que o primeiro vai desde a Mesopotâmia até 1800 Então existe além da daquele que você falou a respeito do que é uma obra completa em dois alunos etc existe também essa divisão que me parece muito coerente né então antes do século XIX e o século XIX as primeiras décadas do século 20 porque ali é realmente o momento em que a linguística vai ganhar né a sua a sua autonomia o primeiro linguista profissional é o Hans Box é um grande comparatista ele foi a primeira pessoa a ocupar uma carta de linguística numa
universidade na ele é o nosso patrono digamos assim né mas até então antes disso O que havia era basicamente uma grande reflexão filosófica que começa lá com os gregos e prossegue né E também a produção de obras gramaticais destinadas ao ensino né então são esses dois grandes movimentos que a gente encontra nesse grande período antes do século 19 né filósofos que se dedicam a outras especulações mas também incluem a linguagem nos seus interesses e filólogos e gramáticos que produzem obras de descrição das línguas e principalmente de prescrição a lei também das obras gramaticais que foram
produzidas pelos missionários chegando as diferentes terras ocupadas pelo colonialismo europeu trataram de descrever aquelas línguas com diferentes objetivos né então aqui no Brasil o Padre José de Anchieta produziu a primeira gramática do Tupi que foi publicado em Lisboa em 1595 né arte de gramática da língua mais usada na Costa do Brasil esse título maravilhoso que me dá inveja né Então até Realmente esse consolidar a linguística como uma disciplina o movimento em torno da língua e da linguagem corria nessas diferentes nessas diferentes correntes né então não havia realmente uma dedicação exclusiva a língua e a linguagem
as reflexões filosóficas sobre a linguagem vinham atreladas ao resto do sistema dos diferentes filósofos como Platão por exemplo né então a reflexão do Platão sobre linguagem é perfeitamente coerente com todo o sistema filosófico dele né ele não quer fazer uma linguística ao contrário né a primeira obra sobre língua no Ocidente que é o prático ocrático de Platão é uma obra contra a linguagem isso que é muito interessante né porque segundo Platão a língua a linguagem não é não nos permite alcançar a verdade das coisas né Ela é o passo mais fraco não é mais velho
para a gente chegar a realidade das coisas a coisa em si né então o interesse que a gente tem nesse diálogo que inaugura as reflexões sobre linguagem no ocidente é justamente por isso porque ele é contratado contra a linguagem isso é fascinante como início das nossas reflexões sobre língua e linguagem no ocidente Então o que recebemos muito né aliás é o que eu tento mostrar nesse primeiro tomo é a importância fundamental da filosofia né eu já disse algumas vezes as pessoas até ficaram assim espantadas quando eu disse que a história da linguística na verdade a
história da filosofia da linguagem né que a linguagem inacessível nós não temos acesso empírico concreto a ela né então tudo que se faz é priorizar sobre a linguagem a única coisa que realmente tem nós temos de concreto são esses barulhinhos que a gente faz com a boca né Aí sim a substância sonora pode ser gravada pode ser estudada no espectro espectrográfica etc mas de resto né como isso se produz na cabeça da gente nós só podemos fazer isso teorizando Então os filósofos desde sempre se interessaram pela linguagem mas tentando incorporar as suas reflexões sobre a
linguagem ao seu sistema filosófico maior isso ao longo de toda essa história até o século 19 então nas diferentes etapas históricas que estão aqui no livro né Em cada diferente período abordado nós vamos encontrar em geral duas grandes correntes filosóficas que se opõe e que tem as suas próprias visões sobre a linguagem O que é a língua então é muito interessante ver De que modo a filosofia vai costurando tudo que a gente sabe né das reflexões sobre linguagem até justamente o século XIX então século 19 ruptura essa essa marca da filosofia na reflexão sobre a
linguagem em tantos séculos é uma coisa inclusive que se percebe com uma grande força na obra inteira e isso me faz pensar que um dos resultados junto às leitoras e leitores que estão aqui conosco será a produção de uma maior proximidade a filosofia e eu espero que isso que esse resultado aconteça por meio da Leitura dessa obra quando as pessoas vão encontrar figuras da filosofia de todas as épocas pelas quais você nos leva durante o percurso do tomou exatamente né a gente começa o esse tomou tem uma coisa que é diferente em relação às histórias
da linguística que a gente contra em outras línguas principalmente na língua inglesa né normalmente essas obras se debruçam sobre a história da linguística no ocidente ou seja na Europa né E quem avança no século 20 acaba chegando evidentemente os Estados Unidos mas eu fiz questão de colocar o primeiro capítulo falando de antigas tradições orientais que são muito importantes porque elas vão ter uma influência grande na linguística moderna digamos assim então eu começo a Mesopotâmia né Para realmente começar no começo né A primeira as primeiras civilizações urbanas na Mesopotâmia em seguida eu abordo três grandes tradições
religiosas a tradição hindu a tradição islâmica e a tradição Judaica Por que que é importante falar dessas três tradições porque elas têm uma coisa em comum as reflexões sobre língua e linguagem nessas três tradições tinham o objetivo de fixar os textos sagrados então para poder preservar o sânscrito na sua pureza para que as pessoas pudessem compreender toda aquela obra imensa que a literatura hindu os gramáticos hindus produziram reflexões sobre a língua extremamente sofisticadas que só no século 20 e até alguma coisa parecida aqui no ocidente né no chamado acidente então também os estudiosos islâmicos para
poder preservar O Corão né a sua pureza né a língua do Profeta a mensagem de Alá também a Bíblia não é com o passar do tempo hebraico foi deixando ser falado então era preciso estabelecer os textos bíblicos para que as pessoas os fiéis pudessem ler e fazer as suas devoções todas então eu fiz questão de começar por aí porque nessa nessa busca por manter uma língua Sagrada na sua pureza para ser compreendida houve uma grande produção de teoria de descrição criaram-se instrumentos heurísticos interessantíssimos a gramática do paninho e famosíssima 500 anos antes de Cristo né
uma sofisticação na descrição o próprio Thomas que vai dizer que as suas regras transformacionais foram inspiradas na gramática de 500 anos antes de Cristo né então achei muito importante começar a essa história falando dessas tradições orientais né e aqui eu quero agradecer de público a minha querida colega e a minha amiga a 40 anos que a professora orlene Carvalho da Universidade de Brasília que me deu essa sugestão quando eu disse para ela que eu escrevi uma história da linguística ela chegou na minha casa com livros em outras línguas em inglês principalmente dizendo olha fala um
pouco também do que aconteceu antes dos gregos né e me emprestou aqueles livros que Me serviram de base justamente para escrever este Capítulo então tem esse diferencial muitas obras de história da linguística que eu li que eu Consultei para fazer a minha começa diretamente com os gregos né E aí eu fiz esse recuo achei que era importante que as pessoas conhecessem também um pouco dessa tradição né para saber de onde vieram por exemplo na linguística histórica nós usamos diversos termos que vem tamente do Sucesso também é um fenômeno fonético esses termos nem todos os né
a noção de raiz por exemplo né vem diretamente das línguas o árabe e do hebraico então a influência dessas tradições a partir do Renascimento é muito grande por isso achei muito importante começar a nossa história com essas tradições orientais mas essa mas essa história começa antes eu gostaria que você desse um passo atrás e voltar-se a introdução geral onde você abusa do código dando uma nova interpretação estou falando logo existo é daí que você parte para construir essa uma história da linguística muito bem essa introdução ela eu escrevi para mim mesmo né Como guia para
que eu ia fazer em seguida Então as pessoas que forem ler essa introdução vai encontrar ali temas que vão ser depois é desdobrados desenvolvidos para os dois volumes né então eu queria saber o que que eu vou contar nessa história então comecei a levantar alguns pontos eu falei Quais são os grandes problemas que a linguística e a filosofia da linguagem vem tentando resolver a 2.500 anos então levantei esses problemas e tudo que viria depois e consequência deles né então qual é a origem da linguagem essa é uma pergunta que vem sendo feita há muito tempo
é um dom divino ou tem uma outra origem Por que que as línguas mudam a mudança linguística perturba os filósofos linguistas a 2.500 anos aliás desde a 500 anos antes de Cristo né os gramáticos indus queriam interromper a mudança linguística para poder preservar a língua da sua literatura Sagrada Então são essas grandes questões que vem aí percorrendo né a história das reflexões sobre a linguagem há muito tempo outro grande tema né existe relação entre linguagem e pensamento Esse é um problema insolúvel né mas que já teve já alimentou assim um debate gigantesco nesses últimos 2.500
anos né a linguagem é a exteriorização do pensamento ou uma coisa não tem nada a ver com a outra né E aí surgem as duas grandes disciplinas antiguidade a gramática a gramática é lógica que tentam responder essa pergunta né existe relação entre língua e pensamento ou não existe então a produção dessa dessa introdução foi justamente para eu balizar o caminho que eu ia fazer aí adiante e agora o interfone tá tocando mas eu não vou atender então uma das coisas que eu levantei justamente foi essa ideia né então tem o famoso dito cartesiano né penso
logo existo que um filósofo americano chamado rei ele disse que essa tradução não é boa né que como latim e o francês não tem o aspecto progressivo nos verbos né Ele acha que a melhor tradução seria estou pensando logo existo né Porque não basta eu ter a capacidade a faculdade do pensamento eu preciso estar pensando aqui agora para que o próprio é para que eu me sinto existindo e a partir daí eu disse ah então também nós podemos dizer estou falando logo existo né Porque não basta eu ter a capacidade da linguagem eu posso simplesmente
não exercer essa capacidade durante a vida toda né Mas o que me faz existir como ser humano como ser de linguagem é estar falando né então é está falando aqui agora que me faz existir Então já essa simples discussão sobre a tradução do dito cartesiano né qual que tu ergoso Tom Joci isso aí já dá anos para muitas mangas de reflexão né Então as diferenças entre as línguas O que é possível dizer numa não é possível dizer na outra né Essa introdução e serviu muito para isso né para falar para mim mesmo do que para
eu criar Digamos um roteiro né um roteiro de viagem então fala sobre a escrita que é fundamental fala sobre a presença muito forte né de ideias eurocêntricas isso também é importante porque eu já pensei até em batizar esse livro de uma história crítica da linguística né Porque no momento que nós vivemos Não podemos deixar de fazer essas críticas então por exemplo todos os nomes que estão nessa história da linguística são nomes de homens né não existem mulheres linguistas a não ser a partir do século 20 recentemente eu tenho visto obras que tentam mostrar a presença
de mulheres nas reflexões sobre a linguagem durante todo esse período né mas que ficaram escondidas né porque a nossa sociedade é eurocêntrica Branca machista também uma grande crítica ao colonialismo isso aí é muito importante né a ideia de que existem línguas primitivas línguas mais avançadas né que as línguas indoropeias só porque elas são flexionadas elas permitem uma sofisticação de pensamento que línguas como as línguas indígenas por exemplo não permitem então eu faço também uma crítica nesse sentido não simplesmente mostrar né contar a história da linguística mas mostrar os problemas que existem por trás dessa história
né como eu tenho uma formação muito fixada na sociologia também cada período é analisado nos seus aspectos econômicos sociais e políticos então além de toda o percurso filosófico eu faço questão de a cada período dizer naquela época a política era assim existiam essas situações né conflitos sociais eram Pais para que não fica uma história descontextualizada como se as reflexões sobre a linguagem ocorrerem no vácuo histórico não né tudo que a gente pensa tudo que a gente faz escreve tudo que a gente filosófica está agarrado no nosso tempo ancorado no nosso tempo né aquilo que em
alemão se chama de Side guys é o espírito da época o clima de opinião né então eu fiz questão de pelo menos na introdução de cada capítulo falar sobre isso né Então quais eram as escolas de pensamento que vigoravam naquele período e qual era a situação do mundo naquele momento em termos políticos estratégicos ideológicos etc né então é uma história da linguística mas é Principalmente uma história no sentido de que abrange todos os aspectos que o historiador deve levar em conta ao narrar a sua história então é foi uma uma grande pesquisa Imaginem 2.500 anos
de história não é pouco né e certamente essa obra vai ter diversas falhas né eu mesmo às vezes fico pensando Poxa podia ter falado de tal autor ou podia ter falado mais deste menos aquele mas somos obrigados a fazer opções né e fiz as minhas por isso que eu falo quem quiser agora a partir daí pode até fazer uma história da linguística melhor eu só queria dar o primeiro pontapé há uma coisa muito bem bebo uma aguinha enquanto eu interrompo você aqui estão acontecendo coisas excelentes na nossa na nossa página de bate-papo Aqui as pessoas
antes de eu dizer perguntas abertas já começam a fazer perguntas Então oficialmente as perguntas estão abertas eu tinha dito inclusive ao banho mais cedo que eu gostaria de fazer realmente uma roda de conversa uma conversa que desde o começo vocês pudessem conversar com ele fazer perguntas a ele e eu estou vendo ali o Johnny Davi reina escrevendo em portunhol deliciosamente dizendo olá Buenas noite ou ele é prestesianos fronteira Brasil entre Bolívia mas precisamente desde ela se dá de Guajará Mirim Rondônia Brasil boa noite E então mas antes de passar as primeiras perguntas eu queria que
você comentasse a respeito de a gente ter feito uma história da linguística com esse uma na frente né porque poderia ter sido história da linguística simplesmente mas acaba ficando esse uma E além disso porque nós estamos dizendo Esta é a primeira história da linguística escrito em português alguém que se lembrará do nosso querido da primeira história da linguística do nosso Matoso há uma história um motivo pelo qual nós estamos dizendo essa é a primeira história da linguística escrita em português eu gostaria que você comentasse esses dois pontos antes de eu passar a fazer as perguntas
Sim vamos lá Primeiro vamos falar do Matoso né Joaquim matou os câmara júnior o primeiro linguista digamos profissional do Brasil pioneiríssimo tentou abranger o maior número de áreas possível né porque ele é quis realmente fixar firmar a linguística como uma disciplina nosso meio Universitário a história da linguística do Matoso tem uma característica né Primeiro ela não foi escrito em português ela foi toda produzida em inglês porque eram anotações eram material que ele produziu para um curso que ele deu nos Estados Unidos Matoso passou muito tempo nos Estados Unidos interagiu muito com a os grandes estruturalistas
de lá inclusive o grande e ele produziu essa história da linguística em inglês e ele tem também uma postura de considerar que tudo que vem antes do século 19 ele chama de pré linguística então ele nessa história ele faz uma abordagem muito sucinta muito sumária do que veio antes do século 19 né E aí parte para falar do século 19 e do século 20 Então essa história da linguística do Matoso evidentemente tudo que ele produziu tem um grande interesse né mas quando nós dizemos que essa uma história da linguística que eu produzi é a primeira
escrita em português é aquela coisa escrita diretamente em português né então nós temos hoje a história da linguística do Matoso publicada em português porque ela foi traduzida né quanto a uma história da linguística é quase uma digamos assim uma propriedade Mas eu achei interessante sublinhar isso qualquer obra historiográfica é uma história de alguma coisa né você pega 15 historiadores para falar do mesmo assunto cada um deles vai falar de um jeito né então de acordo com a sua formação com as suas opções ideológicas com a sua com as teorias com que ele prefere trabalhar e
eu fiz questão de dizer que o meu trabalho é uma história da linguística né pode haver muitas outras né mas a minha é essa né Eu acho até que é uma uma forma até modesta de dizer né não é a história da linguística uma historinha da linguística né que eu resolvi comprar a partir do que eu lido que eu sei do que eu gosto que eu quero que eu acredito né então é uma história por isso é aquela que eu consegui fazer né E também porque ninguém ninguém vai conseguir produzir a história de qualquer coisa
né A história completa a história do Brasil né não existe a história do Brasil né Nós temos muitas histórias do Brasil a história sempre plural nesse sentido né de acordo com repetindo né a postura da pessoa que escreve então a pessoa pode até tendenciosa querer falar bem de uma coisa e mal de outra né então por isso que eu fiz questão de dizer uma história da linguística porque realmente não é a história da linguística né mas aquela que eu consegui fazer muito bem e agora vamos passar a palavra quem está conosco algo que surgiu naturalmente
nessa nossa Live hoje com a palavra com a palavra linguística Professor embora o que tenha chegado a nós tenha sido basicamente a escrita das línguas a na obra elementos mesmo que superficialmente que ressaltam a oralidade em disputa ou não com a escrita Sem dúvida porque Uma das uma das grandes questões que sempre foram colocadas por quem trabalhou com língua e linguagem ao longo desse longo período é a origem da fala né E como descrever a fala então muito cedo houve pessoas que se debruçaram sobre a descrição da fala a própria criação do alfabeto né a
produção da escrita tinha o objetivo de registrar a língua falada né então a escrita nunca está completamente ela não é autônoma em correlação a fala né a produção de a criação de um sistema de escrita era Na verdade uma teorização sobre a fala no meu livro né nessa história da linguística aparecem em vários momentos essas discussões sobre a relação entre língua escrita língua falada a forma como por exemplo europeus consideravam as outras línguas os outros continentes que não tinham escrito então eram língua só faladas não eram vinhos desenvolvidas né então sim e principalmente no segundo
tomou quando nós chegamos ao século 19 que vai haver a grande explosão da fonética da fonologia né a criação do alfabeto fonético internacional o interesse pela língua falada a dialetologia não sim nos dois volumes nós temos a todo momento algumas reflexões sobre a relação entre língua falada língua escrita ou apenas sobre especificamente sobre a produção oral da língua muito bem e eu aproveito que você mencionou os dois volumes para destacar os dois volumes têm exatamente o mesmo número de páginas o Primeiro Momento cinco capítulos fazendo esse grande recorrido histórico que nos traz ao século 9
e o século 19 ocupa as mesmas 320 páginas do primeiro volume Então temos uma história da linguística com 640 páginas antes de propósito parece que eu escrevi direitinho 300 para tudo e 300 pro século 19 mas foi totalmente fortuito nenhum momento eu sai contando o número de páginas Mas isso é comum viu nas histórias da linguística existe uma coleção que foi organizada por um linguista italiano diurésc que tem quatro volumes o último volume é o maior e é todo dedicado ao século 19 450 páginas não tem não temos como escapar porque o século 19 realmente
é a grande fonte né é o momento em que a linguística realmente se transforma numa ciência Ok Falando nisso falando em século 19 na impossibilidade de uma história da linguística contemporaníssima veja enquanto o seu o seu interfone nos incomodava o que comentou o Washington remix pode ser o social implorando o tombo 3 né ele nem escreveu o curso de linguística geral como que ele vai querer que eu escreva o tombo três vamos a pergunta do Maurício Souza Neto o senhor fala na introdução sobre o eurocentrismo a colonização e o racismo o senhor teve acesso à
produção sobre a história das línguas escritas no continente africano não infelizmente não e também isso exigiria uma um escopo maior né que também existem reflexões importantes sobre a língua linguagem no Oriente na China no Japão né inclusive atualmente né mas como o meu interesse era produzir uma obra que em que as pessoas qualquer que as pessoas pudessem se familiarizar com aquilo que é o mais comumente conhecido aquilo que realmente acabou fundamentando a nossa linguística inclusive no Brasil né eu preferia então fazer aquele primeiro capítulo com as traduções orientais antigas né e depois me concentrar no
chamado ocidente né que é basicamente a Europa porque a linguística só vai de fato começar a se produzir nos Estados Unidos a partir do século 20 né A partir principalmente da depois da segunda guerra mundial quando muitos linguistas europeus protegendo da guerra se refugiando os Estados Unidos e lá produzem um grande conhecimento evidentemente nos Estados Unidos já no comecinho do século XIX as reflexões o trabalho sobre língua vai ser feito por antropólogos que vão descrever as línguas indígenas norte-americanas né Então temos grande trabalho de descritivismo na das línguas do continente norte-americano mas existe já um
grande trabalho de descrição do que se fez de linguística na África especialmente a chamada linguística missionária que infelizmente a gente não gosta da ideia de pessoas lindas da Europa brancas para catequizar os indígenas os africanos mas do ponto de vista científico uma grande produção de descrições de trabalhos gramaticais sobre essas línguas e isso a gente chama de linguística missionária a nossa querida e grandes brasileira Cristina altman tem se dedicado a isso né chamada linguística missionária que nos informam muita coisa importante sobre as línguas africanas as línguas indígenas Americanas as línguas da Oceania e por aí
vai muito bem o Franklin pergunta quais os seus critérios professor na sua seleção e Quais dificuldades o senhor encontrou no levantamento nesse levantamento olha excelente pergunta né quais os critérios para a seleção basicamente é essa seleção foi feita a partir do que eu li então eu li uma quantidade enorme de obras historiográficas né e fui vendo aqueles autores Ou aquelas escolas que eram mais recorrentes em todas essas obras né Aí eu fui fazendo ao meu o meu critério mais ou menos assim né então todo mundo fala por exemplo John Locke no século 17 e mas
tem um diferencial né o fato dessa história escrito por uma pessoa de língua portuguesa leva uma coisa diferente né então por exemplo eu dedico uma boa parte do capítulo sobre o renascimento a dramatização da língua portuguesa então eu falo das primeiras gramáticas do português do Fernando Oliveira do João de Barros Tudo ato de leão eu perco de Magalhães gigantes vai encontrar em obras escritas né em italiano inglês ou em francês então tem essa diferença também todos os exemplos que eu dou eu procuro dar exemplos do português né para poder mostrar o que aquela teoria ali
está tentando dizer então eu acho que tem essa diferencial que é poder falar a partir da língua portuguesa a partir da história da Língua Portuguesa e a seleção dos autores foi por aí também né com essa ideia deve ser aquilo que é o mais representante representativo digamos de cada época né Isso é fatores Alguns são contornáveis não dá para falar da linguística onde Aristóteles de contrato Desse pessoal todo então como é uma primeira história da linguística no Brasil fez questão de trazer aqueles auto são considerados os mais relevantes nessa história né mas quando a gente
lê outras obras produzidas principalmente em inglês aparece autores que foram recentemente descobertos né foram revalorizados recentemente então tem toda uma um caminho aí né Para a gente conseguir estabelecer o roteiro aquilo aquilo que merece ser exposto né É sempre um trabalho difícil a principal dificuldade foi essa né resistir a tentação porque se eu fosse me deixar levar por tudo que eu quisesse dizer tudo que eu queria dizer ia fazer uma obra de 700 ou 700 páginas né então estaria valendo Tive que fazer muitos cortes né porque muitas vezes um autor só já dá uma discussão
enorme né você vai ver assim Platão sobre a língua Pronto tem várias obras que são só sobre isso né ou a filosofia da linguagem entre os gregos pronto 500 páginas né Então a nossa grande querida linguista Maria Helena de Moura Neves que nós perdemos recentemente tem um livro maravilhoso chamada vertente grega na gramática tradicional então é uma obra que trabalha só com como diz o título né com a vertente grega na produção de gramáticas é fabuloso é um livro fabuloso mas é do tamanho do meu do meu volume 1 então o critério foi esse né
então assim me controlar para não querer falar demais né sobre determinados autores né para poder criar um certo equilíbrio que não foi alcançado porque realmente sobre alguns autores eu achei importantíssimo me debruçar falar mais sobre eles né Isso é novidade dessa sua história quando surgem especialmente filósofos com as quais a gente nunca se encontra quando pensa em estudos linguísticos Isso é uma dificuldade que eu encontrei e que eu vou confessar agora foi quando eu topei com séculos 17 e 18 eu falei assim gente eu já li tanto sobre a linguística na entre os gregos e
os romanos na idade média no Renascimento mas eu não sei nada sobre as reflexões sobre língua linguagem no século XVIII eu empaquei e falei assim agora que que eu faço né aí mergulhei na leitura né parei tudo fui ler fui ler fui ler e acabei me apaixonando por esse período veja só né então ali nós temos a disputa filosófica entre empiristas e racionalistas maravilhoso estudar isso né E para ilustrar essa diferença eu faço uma análise da obra de dois grandes filósofos o John Locke que é o grande empirista em inglês e o seu adversário racionalista
alemão que é o lábios então eu eu mostro o capítulo sobre língua da obra do Loki vou mostrando tudo que as teorias dele sobre língua empirista né A primeira frase da do capítulo dele sobre língua assim não existem ideias inatas né então ele já mata a ideia do inatismo né ele já é antioxiano no século 17 e o lábios começa dizendo exatamente o contrário existem ideias inatas então o ensaio do livenes é ponto a ponto mesmo né até os títulos sobre capítulo acompanham o ensaio do Locke né É aí eu fiquei apaixonado por isso e
coloquei páginas e páginas dessa disputa que na verdade ilumina bem o que foi o pensamento sobre língua nesse período né são sem páginas como resultado Pois é então tem toda o surgimento do porísmo a Revolução Francesa e o que isso significou em termos de política linguística o início do descobrimento do outro né Então as reflexões sobre a linguagem durante muito tempo Ficaram só centradas nas línguas europeias às vezes só no latim né mas aí começaram a aparecer outras línguas né línguas ameríndias línguas africanas línguas da Oceania isso provocou também levou os filósofos da linguagem é
começar a pensar a questionar as suas tradições né então a Bíblia diz na torre de babel antes da Torre de Babel era uma língua só e aí surgiram 72 línguas olha só aqui no Brasil havia mais de mil línguas faladas então isso aí já baratinou a cabeça do pessoal que trabalhava com linguagem né E aí começou o deslocamento abandonar a tradição religiosa né a visão teocêntrica sobre a linguagem para alguma coisa um pouco mais empírica mais filosófica mesmo mais próxima da realidade isso começa justamente nesse bendito século 17 e 18 muito bem e aí então
vem bem a propósito a pergunta do Felipe satélite satélite com tanto Live nisso e todos os outros filósofos esse livro é para leigos ou somente para pessoas da área esse livro é para pessoas em geral né porque justamente a partir da base filosófica vão aparecendo esses nomes que são importantes para qualquer história do conhecimento ocidental então quando eu falo de Platão Aristóteles Santo Agostinho Live todo esse povo né esse esses pensadores eles têm uma grande importância na história do conhecimento ocidental e acompanhar o que eles pensavam sobre língua é acompanhar também o sistema filosófico de
cada um né então quem tem interesse em história das ideias em geral né a história da filosofia né contextualização geopolítica das escolas filosóficas tem aí um prato cheio Eu espero eu quero eu acho que sim na verdade algumas pessoas já me escreveram dizendo isso ah eu trabalho com história historiadora tô muito interessado no seu livro né então é para quem tem interesse para quem tem curiosidade né porque não precisa ser linguiça para se interessar pela língua e pela linguagem né a língua a linguagem é uma coisa tão estranhada na gente que desperta a curiosidade de
todo mundo né quem não quer saber tipo logo no começo né Ela é como você diz tudo é linguagem né esse computador é linguagem essa estante a linguagem meu gato que tá aqui do lado é linguagem né Nós não temos acesso à realidade a gente só tem acesso pela linguagem por isso que o patrão dizer que a linguagem não serve para saber a verdade né Então essas obras Eu espero que seja de fato interessante para todo mundo né não só para quem é especificamente da área da linguística elas para quem gosta de sociologia de história
da antropologia de filosofia porque é impossível contar uma história de qualquer coisa que seja sem passar por todos esses né por esses quebra-molas todos digamos assim e aí Felipe entra a escrita do banho que é toda feita para seduzir poucas pessoas no Brasil que escrevam com a mesma proximidade com o leitor com que ele escreve Então nós vamos passar por todo esse pensamento aprendendo e nos deleitando com a beleza da escrita do Marcos quando ele falou de já pensar os exemplos em português é algo que ele faz há anos nas traduções dele quando ele traduz
um texto do inglês os exemplos do inglês são todos usados em inglês quando quando impossível não ser de outro modo Mas onde há espaço para ele introduzir mais clareza com exemplos próximos de nós é uma coisa que ele faz metodicamente então Claro você verá a leitura te trará Além de muito conhecimento prazer estético diante da beleza da escrita você mas você sabe que sim prejuízo isso eu eu preciso dizer mas Aqui o Herbert Neves diz faz uma sugestão já passando para sugerir uma história da linguística no Brasil quem sabe será a próxima obra já existe
já existe eu citei a pouco a professora Cristina alto até dela de doutorado Justamente a história da linguística no Brasil dentro de determinado período né Então existe um grande grupo de pessoas hoje no Brasil que se dedicam a historiografia da linguística e com muita ênfase na história da linguística brasileira é um grupos importantíssimos aí muita gente publicando né Às vezes até sobre um período específico ou uma obra específica um autor específico Então já existe uma grande produção de historiografia brasileira faltava né uma obra que Contasse o essa que que desse essa fizesse essa narrativa né
para chegar até os dias de hoje né para o português se alguém não conhece o grande projeto do Ataliba o português no Brasil sim né Essas obras já existem e já estão aí o Franklin você pode fazer uma distinção entre história da linguística e a história das ideias linguísticas ou você as compreende como uma mesma e única abordagem Olha eu sei que existe um debate entre essas duas grandes correntes hoje no Brasil mas eu estou fora desse debate né eu chamo de história da linguística porque acaba sendo na verdade a história das ideias linguísticas para
mim não faz muita diferença mas os grupos que se dedicam os grupos de pesquisas que se dedicam especificamente a cada uma dessas duas correntes tem os seus postulados tem os seus argumentos Mas eu não estou ali dentro né Eu tentei fazer o que fazem historiadores em outras línguas fazer uma narrativa das coisas que foram ditas e pensadas sobre língua linguagem ao longo desse período todo né então eu não tenho nenhuma criação específica com relação a cada uma dessas duas correntes os pedidos por um tomou três onde perseguir por um bom tempo o Robson Lima Diz
aqui eu tomo três poderia ser uma história da linguiça contemporânea para ocupados eu vou dizer porque que não vai ter um Volume 3 é importante dizer isso né já existem no Brasil diversas obras especialmente obras coletivas que tratam das diferentes escolas de pensamento linguístico no século 20 eu parei em 1921 E essas obras dão conta de tudo que aconteceu no século 20 o professor ativa de Castilho diz o século 20 é uma explosão e de fato é né cada uma dessas tendências linguísticas essas escolas linguísticas volume imenso de trabalho né então nós temos obras coletivas
vou dar só um exemplo né introdução à linguística organizado por Ana Cristina Bentes e Fernanda moçalinha Editora Cortez 2001 são três volumes esses três volumes cada capítulo é escrito por uma pessoa diferente e lá nós encontramos tudo né estruturalismo sócio linguística pragmática no século 20 funcionalismo E por aí vai né então não é necessário que outra coisa publicada nós temos também muitas obras específicas sobre a introdução a sua linguística introdução a gramática gerativa introdução funcionalismo tem muita coisa aí né seria muito redundante e até reducionista se eu fosse fazer um volume de 300 páginas para
abarcar esse universo imenso Então não vai haver Volume 3 Mas quem quiser que escreva né Já disse isso brincando porque não precisa né Nós temos obras muito boas muito competentes que dão conta do século 20 muito bem Todas as vezes que você fala gerativismo gramática gerativa etc eu me lembro talvez da necessidade de você você faz isso na gramática de Porto homens na longa tradição ligando inclusive ao platonismo Eu gostaria que você falasse um pouco disso para mostrar o que é uma história da linguística quando essa linha longa no tempo põe esses autores em fecundação
Platão fecundando de repente O Jones que na contemporaneidade trata um pouco disso por favor Marcos isso é muito importante aliás Esse é um dos objetivos né Esse foi uma das minhas intenções a escrever essa obra Olha o grande linguiça romeno Eugênio rocherio Ele disse que a história da linguística é uma história estranha ele diz assim né as pessoas pegam determinado autor contemporâneo como se as ideias tivessem caído do céu né então começa a falar da história da linguiça com seus filhos como se o que tá ali no curso de linguiça geral tivesse tudo da ideia
da cabeça dele quando não é né e o cana também é um grande historiográfico ele fala que a partir dos anos 60 nos Estados Unidos secretário que a linguiça tinha nascido ali né com o último homem que que o resto tudo era de menor importância né então não podemos fazer isso de jeito nenhum né A história se faz pelo acúmulo de ideias pela acúmulo de conhecimento então a ideia que você lançou agora essa linha é importantíssima né porque o Johnson é um racionalista né ou seja essa vinculado diretamente a Platão né então o Profit 11
que fala vamos tentar resolver o problema de Platão qual é o problema de Platão é aquilo que se chama de pobreza de estímulo como é que uma criança a partir de uma certa idade já consegue falar de maneira absolutamente competente na sua língua se ela teve tão poucos estímulos né Então esse é chamado problema de Platão como é que nós temos tanto conhecimento né como é que nós podemos saber tantas coisas sem ter esse conhecimento prévio um dos livros mais importantes do Thomas que se chama linguística cartesiana descarte é o grande nome do racionalismo Então
temos aí uma linha direta Platão e a gramática produzida no século 18 na Abadia de pó Royale na França gramática e lógica né Jones que também vai dizer olha que interessante esses caras esses sacerdotes lá naquela Abadia tiveram algumas ideias interessantes que parece com que eu chamo de transformacionismo de gerativismo né então vejam aquilo que se diz em latim x-men nada surge do nada tudo vem de alguma coisa né então é claro que às vezes tem aqueles gêmeos que tem uma ideia brilhante inédita original né mas sempre foi alimentado por alguma coisa né tem aquela
frase famosa do Isaac Newton só pode ver mais longe porque me sentei nos ombros de um dos Gigantes né então a gente só pode produzir alguma coisa a partir daquilo que a gente conheceu né E mesmo quando é uma produção artística né uma obra estética sempre você vai ter influência de alguém se você é escritor você tem influência de outros escritores se você é compositor tem influência de outros compositores Então é isso a nossa produção a produção intelectual a produção artística é sempre derivada ela é um acúmulo né a própria língua é isso né a
gente sempre falando coisas novas mais a partir de formas antigas que a gente aprende né então é isso é a continuidade da coisa e essa esse repito né foi um dos grandes objetivos meus ao escrever essa história é mostrar para as pessoas que os pensadores que a gente cultua hoje em dia não tiveram aquelas ideias assim do nada né então vieram de longe né receberam influência de outras pessoas e por aí vai né a noção da arbitrariedade do signo isso está em Platão passa pela Aristóteles Vai para os históricos passa para o Santo Agostinho passa
por Dante Alighieri vai para Loki e chega no curso de linguística geral Então são 2.500 anos de trabalho sobre a regularidade do signo né as pessoas acham que a ideia de que o signo arbitrário foi uma ideia dos seus filhos em 1916 não foi né Essa discussão é antiquíssima né muito antiga e a disputa sobre a arbitrariedade ou não do signo linguístico você começa com os gregos do Platão né as palavras vem da própria natureza né são coisas em si ou são produtos da sociedade essa é uma discussão que vem desde lá né então o
conhecimento né dessa dessa cronologia é importante e eu posso até dizer que a minha história da linguística Ela está um pouco defasada com relação ao que se produz atualmente fora do Brasil porque atualmente as histórias da linguísticas são por tema né então assim a regularidade do signo linguística um capítulo aí vem gregos Romanos idade média até chegar aqui né inatismo Então as obras historiográficas hoje são feitas assim não mais em ordem cronológica por períodos mas por grandes temas né mas eu achei que precisava Para nós no Brasil a ver essa essa amostra cronológica como é
que as ideias foram sendo costuradas ao longo do tempo muito bem o jânfrandaloso pergunta se é algum ponto aspecto que poderia ser abordado com mais profundidade você falou antes que teve de fazer recortes Talvez seja a hora de fechar esse ponto [Música] tem algum ponto que exploraria bom evidentemente eu já disse isso cada Pensador cada escola de pensamento cada período poderia ter receber um aprofundamento né Fantástico né mas como eu tenho pretensões didáticas né como eu falei nós somos professoras a gente tá pensando neste tempo todo né então eu quero apresentar não superficialmente mas também
não profundamente demais as principais etapas dessa história da linguística né então é claro que haveria coisas muito mais Abrir alguns aspectos podiam ser abordados com mais profundidade eu acho que fiz isso com alguns autores né Em alguns momentos que me pareceu que era necessário né então o segundo volume quando eu falo dele eu me dedico muito a ele né já falei do lockers tem um autor francês do século 17 que é o contrário que também me interessei muito por ele no final do segundo volume o segundo volume acaba com a obra é um dos meus
heróis teóricos Eu gosto demais dele né até produzir um livro traduzir selecionei traduzir anotei o livro só com textos do meiê a evolução das famas gramaticais Então me dedico bastante a ele né eu tenho enorme interesse pelo fenômeno da gramaticalização então isso Acabou torcendo um pouco né o cachimbo porque os autores que de alguma forma tratavam na gramaticalização eu fui lá e dei um pouquinho mais de de terreno para eles né mas como eu falei né é o que a gente é o que a gente a gente escreve aquilo que a gente quer escrever aquilo
que a gente tem vontade de contar muito bem a Nina Nascimento quer saber você poderia explicar se as línguas antigas mencionadas tinham estrutura parecida com as línguas modernas eu fico pensando nesse línguas modernas Mas enfim a pergunta dela olha todas as línguas em todos os momentos né tem estrutura igual então por exemplo o assírio né ou babilônio falado quatro mil anos antes né Tem formas estruturas sem gramática parecida com as línguas da mesma família né então assim tanto quanto a gente pode recuar no tempo né as línguas humanas têm sido línguas dentro cada uma esse
tipo de língua mas esse tipo sem existido desde sempre né a gente não sabe o que aconteceu 10 mil anos atrás 15 mil anos atrás né aquele a espécie humana começou a falar e Em que momento a linguagem foi se articulando até se formassem esses tipos linguísticos né mas as línguas da Mesopotâmia as línguas da África as línguas do continente americano da Oceania ou chinês o japonês todas essas línguas né antigas são as línguas modernas sem as mesmas coisas línguas antigas né Então as transformações dentro de cada língua seguem determinadas tendências né mas as línguas
antigas as línguas modernas são línguas no sentido mais amplo da palavra muito bem a Heloísa pergunta adora essas essas pessoas você conta as que os pontos prediletos nos dois somos do livro Ai meu Deus abençoe devo dizer que para mim foi um encontro incrível eu eu eu sou o linguista que eu devia ter nascido no século 19 né Eu falo isso com o nosso querido amigo Paco né o Francisco Carlos Delon que nós adoramos firologia nós adoramos estudar línguas antigas nós adoramos etimologia nós fazemos comparação o tempo inteiro né então o século XIX é uma
maravilha para mim né porque primeiro porque é o surgimento da linguística científico o método comparativo é Fabuloso né aqueles caras eram completamente malucos né tentaram recriar uma língua que não era mais falada Fazia 4.500 anos né então a reconstrução de uma língua pré-histórica isso é maravilhoso é uma loucura total né então tem grande paixão por esse momento que é justamente a linguística histórica comparativa do século XIX Esse é um tema que atrai muito né mas também a descrição gramatical então a produção de gramáticas ao longo do tempo né Para que com que objetivo né são
muitos temas né porque não faltam o Marcos marceneiro coitado que teve que preparar o índice geral Ele sabe a quantidade de temas e assuntos abordados nesses dois volumes né então tem muita coisa tem muita coisa mesmo né então tem escrita fonética lógica mudança linguística gramaticalização E por aí vai né línguas crioulas a evolução relação entre a teoria evolucionista do Darwin e a linguística histórica então tem muita coisa tem muitos temas interessantes né como eu disse eu tive que me conter para mim poder para não falar demais de tudo isso né então são só dois volumes
só 640 páginas né mas não falta é tema ali né Eu adorei escrever sobre tudo né adorei escrever sobre todos esses temas porque às vezes a gente tem que falar de uma coisa mas eu amei Estudar ler pesquisar escrever sobre cada uma dessas histórias cada um desses momentos cada um desses pensadores perfeito ah você mencionou humbold eu queria que você dissesse as pessoas que estão aqui conosco temos uma boa audiência que a Orlando e traduziu e está publicada uma uma seleta de textos dele não é isso sim né este senhor escreveu milhares e milhares e
milhares de páginas e não publicou praticamente nada né ele é muito conhecido por ter uma escrita muito escura muito difícil de leitura muito difícil mas ele tem algumas ideias que influenciaram muito né a linguística até o dia de hoje é o famoso relativismo linguístico por exemplo se inspirou muito nas teses do rumor e a minha querida amiga orlene Lúcia sabor de Carvalho e o outro colega nosso também da Universidade de Brasília Hotel hardware selecionaram traduziram e publicaram escritos sobre linguagem De Ville Hemp humbold este livro está disponível para acesso gratuito na página da editora da
Universidade Federal de Uberlândia tá são ter eles conseguiram milagre que fazer uma tradução muito legível a medida que eles iam traduzido eles passavam para mim eu lia dava sugestões então a tradução está muito legível tá muito boa de ler né apesar das dificuldades da escrita do cúmplice Então quem quiser vai lá na Editora da Universidade Federal de Uberlândia procura virar escrito sobre linguagem vale muito a pena essa obra inclusive foi premiada essa a tradução ganhou um prêmio da Associação Brasileira de todos universitários então é um trabalho que deu muito trabalho né eles quebraram pedra ali
mas o resultado foi muito bom e é bilíngue para as pessoas que sabem alemão né Podem comparar a tradução com o texto em alemão O que é muito raro também no Brasil publicações bilíngues eu nem sabia que estava disponibilizado gratuitamente não pode ficar escondido lá no site da editora da federal de Uberlândia vão lá quem tiver interesse Claro e baixem esse material isso está aí à disposição aos poucos essas lacunas vão se preenchendo no nosso no nosso cenário com a iniciativa de várias editoras O Alejandro Araújo faz essa pergunta porque a maioria dos linguistas assim
como o próprio sossego recorre ao estudo da língua para resolver seus postulados porque não outra língua bom não é língua hindu é o sânscrito né Vamos deixar claro aqui porque foi a chamada descoberta dos sânscrito que impulsionou toda a linguística do século 19 Então muitos muitos europeus que estiveram na Índia a partir do século 15 e 16 já perceberam que o sânscrito que era uma língua que já não se falava mas estava preservada na imensa literatura hindu que é a maior literatura do mundo é a literatura em sânsito né perceberam que havia muita semelhanças entre
palavras do Santo e línguas falava de línguas europeias como italiano francês o inglês né mas foi no finalzinho do século XVII que o inglês quem trabalhava na Índia a Índia eram protetorado britânico fez um discurso em que ele dizia que realmente o sânscrito e as línguas europeias tinham uma fonte comum a partir daí foi o pontapé para o início da linguística histórica comparativa que se fez a partir do sânscrito então o sânscrito foi considerado né algumas até achavam que era a própria língua mãe de todas né mas adiante civil que não que existia uma língua
anterior né uma proto-língua que o sânscrito é também uma língua que vem desse tronco do próprio europeu então a comparação entre o sânsito e outras línguas é que permitiu o florecimento da linguística histórica comparativa Então os grandes linguistas do século 19 incluindo eram estudiosos o socio dava aula de sânscrito na universidade de gênero ele dava as aulas de linguiça geral mas também dava cursos de sânscrito porque quem quiser se fazer linguística no século 19 tinha que ter um conhecimento mínimo de Sasuke né porque a comparação toda se fazia o método se chama comparativo Justamente por
isso né você compara o sânscrito o grego o latim o germânico o Persa e vai estabelecendo as ligações entre elas e como são escrito é a língua considerada mais antiga e mais bem preservada né Essa imensa literatura hinduísta era básico conhecer o Sasuke A Elza tá aqui atrás a Elsa tá querendo participar mas o Gilson Lopes pergunta do Hermann Sim esse é outro herói é um dos meus heróis porque eu pessoalmente né Acho que o rapper foi ele sim o iniciador da linguística moderna Olha ela vai derrubar alguma coisa ali da Minha estante essa gata
louca né tô me Providência antes que ela desmonte a sua estante mas ela não derruba não é mas eu vou salvar minha estatueta espera um pouquinho gente mas ela não vai derrubar não pode deixar então o resultado publicou um livro que foi durante 40 anos o manual básico de linguística no final do século XIX início do 20 né E ali estão vários postulados várias ideias que vão aparecer no curso linguística geral sem nenhuma missão né inclusive trechos inteiros que parecem traduções da obra do Paulo né Eu tentei mostrar isso a minha tradução no curso de
linguística geral e também no capítulo dedicado ao seu ser na no segundo volume dessa história da linguística muito bem nós acredito já estamos a uma hora e quinze aqui conversando é a hora de a gente concluir esse lançamento e eu preciso avisar a vocês o Marcos vai lançar a uma história da linguística primeiro no gel na próxima semana aqui na USP na terça-feira dia 4 Nós faremos um lançamento na livraria Mega fauna aqui no centro de São Paulo no célebre Edifício Copan Quem estiver em São Paulo e quiser participar desse lançamento nós já convidamos o
já convidamos aqui o as nossas redes vão mostrar o endereço e fica a passos da estação República do metrô é muito fácil de chegar e além disso você também fará lançamento na Abrantes na sexta-feira Ace no congresso da Associação Brasileira de tradutores né Vamos estar lá com os livros para lançar né mas aí o Congresso é um congresso já fechado para o pessoal da associação né Eu estou convidando as pessoas basicamente para o nosso lançamento na megafall nas pessoas de São Paulo na mega fauna ali no centro na Praça da República do Edifício Copan estaremos
lá às 19 horas da terça quatro de Julho 4 de julho E além disso ele passará o final de semana que vem autografando livros porque os nossos amados parabólicos e parabólicas ficaram revoltados de não terem recebido seu autógrafo no tomo um esse é o momento de dizer os nossos assinantes do clube parabólicos receberam todos a história da linguística como dois depois de terem recebido a história da linguística um neste mês de junho eu gostaria então de agradecer já as perguntas as pessoas quiseram perguntas e que eu não pude trazer e peço que você encerre essa
sua aula foi mais um bate-papo as perguntas foram ótimas né Deram muito ensejo a que eu pudesse pensar é curioso porque a gente vai escrevendo livro de uma forma mais fluida a coisa vai fluindo e depois as pessoas começam a fazer perguntas e você vai se dando conta né daquilo que você fez aquilo que você não fez olha realmente né Eu disse isso eu podia pedir outra coisa então eu tava dizendo isso outro dia para o meu pai meu pai tá lendo o primeiro tombo e tá adorando né ele diz assim você escreve como se
fosse tivesse falando olha só depois de falar de Platão Temos que falar de Aristóteles ele ficava lendo alguns trechos dizendo eu tô ouvindo você falar né e a mesma coisa acontece quando a gente lê André é exatamente né então esse desejo de escrever e falar e poder comunicar com as pessoas né É isso que eu que eu quis fazer e faz o tempo todo e eu disse para ele pai o grande barato é escrever depois que o livro está pronto publicado tá vai lá mas o momento o momento não 10 anos né daquela escrita você
vai volta e reescreve reescreve joga fora ele escreve ai descobri uma outra coisa que esse autor Aqui tá dizendo vai lá inclui né para tudo para ler a obra que tem uma coisa muito importante nessa história da linguística da qual é o meu orgulho muito né que é o seguinte eu não fiz como muitas outras obras fazem simplesmente reproduzir o que outros historiográficos dizem eu parei e fui ler aí eu fui ler Platão eu fui ler Santo Agostinho eu li todo o ensaio do Loki todo e sai do lá é bonito do conto de Jack
né então isso é muito importante porque o grande Historiador da linguística ocana ele critica muito isso as pessoas escrevem histórias da linguística repetindo que outras disseram e não vão aos textos aí eu falei ah eu não quero ter essa reprimenda eu vou aos textos né então eu fui lá fui ler no palco eu fui ler o Whitney né O Ney evidentemente né então foi foi um período longo maravilhoso de muita leitura eu aprendi horrores esses 10 anos né eu tenho uma memória patológica sabe disso então tô com um monte de coisa guardada na cabeça Eu
já imagino que você está com todas as datas de nascimento e morte de todos os autores na cabeça eu falei assim mais ou menos mas o grande o gostoso é escrever né quando eu fazia teatro no século passado a gente também dizia isso o legal era ensaiar era experimentar as coisas fazer a peça já montada não tinha tanta graça né mas claro quando a gente lê a pessoa que lê a leitora o leitor aí tem uma outra descoberta que é a mesma que eu tenho quando vou ler um livro que não é meu né mas
é isso né Enquanto Tiver força de vontade quando tiver energia a gente vai produzindo encarando esses projetos malucos né que eu só faço essas coisas porque eu tenho esse maluco desse macionila que me incentiva que me dá ideias que me cobra né então traduza o curso de linguística geral eu vou lá e traduza né Por que que a gente não tem uma história da Lin vamos lá né então é isso a nossa colaboração né a 30 anos e o resultado estão aí né para quem quiser e puder né ver o tanto que a gente tem
produzido nesse período né e eu digo de novo né eu não teria produzido tanta coisa se não tivesse o apoio da parábola editorial que é realmente a minha casa já pensa nos livros né Já imagino os livros pensando né na parábola e por aí vai é a nossa casa aliás você disse que esse livro é meu presente de 60 anos sem dúvida claro que é mas com a palavra linguística faz uma observação que eu preciso comentar dizendo Estamos aguardando no Rio para participar como participamos do lançamento do nossa língua e outras encrencas da professora Ana
Elisa eu sei que é um plano de uma cozinha para as três universidades estadual do Rio a nossa querida UERJ E a federal do Rio de Janeiro nós estamos estudando o melhor momento e a melhor forma ele fará o lançamento nas três universidades em diferentes ocasiões numa mesma semana então acompanha as nossas redes sociais e você terá ali todos os próximos passos nós vamos trabalhar todas as possibilidades de encontro do Marcos com leitoras e leitores pelo Brasil todo mandem os convites para Andreia A Outra Face da parábola e todos os convites serão estudados todas as
sugestões serão estudadas é isso querido Eu que agradeço estava aqui com o coração na mão vendo a Elsa passar pela estante eu pensei que ela fosse derrubar mas ela não derrubou não O gato é um bicho muito curioso né como eu alterei um pouco a arrumação dos livros na estante Ela sabia a organização toda de cor e foi lá conferir alguma coisa estranha aqui nessa estante hoje né eu tinha Obrigado todas a todos estamos aqui escrevam mandem comentários no Facebook mandem comentários por e-mail Eu adoro conversar com as leituras os leitores né e Leiam descubram
a linguística que é fascinante uma amiga minha tá dizendo ah eu tô lendo esse livro como se fosse um romance né não precisa exagerar tanto mas de fato né é uma leitura que eu espero que você tão cativante quanto que eu tive ali os livros que me esperava muito bem muito obrigado então boa noite até a próxima [Música] [Aplausos]
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