como a Europa racialização europeia contribuiu para a criação de divisões étnicas que acabaram culminando no genocídio de Ruanda em 1994 hoje nós vamos explorar essa intrigante história mas desde já se inscreva no canal e venha comigo caçar mais esta impressionante história [Música] a nossa história de hoje começa em Ruanda na África mas precisamente em itarama que fica no distrito de bugesera próximo da capital kigali neste local se encontra o centro Memorial do genocídio de intar este centro Memorial é um dos seis principais locais em Ruanda que são dedicados à memória do genocídio ruandês que aconteceu
em 1994 os outros centros incluem O Memorial de murambi O Memorial do genocídio de kigali e os memoriais em niamat bzero e narub bui Mas o que aconteceu exatamente neste lugar em tarama entre 6 de Abril e 17 de julho de 1994 ocorreu um dos mais terríveis genocídios da história que aconteceu em Ruanda onde um grupo étnico os tutsis foram alvo de uma campanha de extermínio conduzida por extremistas rutus durante este período houve vários ataques generalizados e sistemáticos contra a população civil motivados pela identificação étnica do dos tces e também por razões políticas no dia
6 de Abril de 94 após a morte do presidente riar manana no acidente aéreo os assassinatos de tutsis começaram a acontecer em kigali em 7 de Abril casas de tutsis em itarama foram incendiadas com alguma resistência dos fazendeiros locais a milícia interam de in tarama que estava provocando os assassinatos pediu reforços de outras milícias de bugueira e juntos atacaram os tses que fugiram para a igreja em itarama isso foi a partir do dia 9 de Abril muitos acreditavam que estariam Seguros na igreja pois em episódios violentos anteriores locais religiosos haviam sido poupados mas em 13
de Abril sobre a liderança de franois Carira a milícia emram que estava cometendo os assassinatos fez um censo de quantos tutes tinham na igreja dizendo a eles que o governo garantiria sua segurança mas essa era apenas uma estratégia para reunir aqueles que estavam escondidos e no dia que 15 de abril Soldados do governo e a milícia Inter Ram retornaram e lançaram um ataque coordenado contra aproximadamente 5000 tses no complexo da igreja o ataque começou com o uso de armas de fogo e granadas e mais tarde os interam Entraram na igreja usando facões e outras armas
para finalizarem os assassinatos O Ataque à igreja de intar foi brutal no prédio da escola dominical crianças foram brutalmente assassinadas fro liderou o ataque comandando os soldados a milícia em terram e o grupo de civis rutus 5000 pessoas foram mortas com poucos Sobreviventes em 30 de Abril de 94 os ataques se concentraram no Rio niab barong que fica em akagera muitos tes incluídos Sobreviventes fugitivos da igreja de intar se esconderam nos pântanos próximos utilizando ali os Matos a vegetação como cobertura mas a milícia interama frequentemente vasculhava O Pântano com ajuda de cães para encontrar e
matar ou afogar qualquer TSE que estivesse escondido era uma limpeza étnica o genocídio nesse distrito de bugesera terminou somente em 14 de Maio de 944 quando os soldados da frente patriótica ruandesa chegaram em niamat a igreja de itarama foi transformada em um memorial para honrar a 5000 vítimas que perderam suas vidas ali este local ele é de particular importância nacional e os restos Mortais roupas e objetos usados pelos mortos na igreja permanecem em exposição no local como uma vívida lembrança do que o ódio racial é capaz de causar Mas qual é a origem de tanto
ódio interracial na África mas para entender esta história vamos voltar um pouco no tempo antes da presença dos europeus como colonizadores neste lugar já haviam habitantes nos territórios de Ruanda milhares de anos antes de Cristo os povos habitantes de Ruanda eram antes do processo Deon iação nos fins do século XIX reconhecidos entre si por uma única etnia um único povo e um único tronco linguístico os banar ruandas uma população ruandesa que era dividida em três subgrupos tutsis tuas e rutus no ano de 1500 foi fundado o reino de Ruanda que era governado pelos Mamis ou
seja Reis tendo ali todo o seu apoel por volta do século X Mas de qualquer forma no século XIX estes três grupos étnicos dominantes estavam profundamente integrados a ponto de ser difícil impossível distingui-los os grupos tinham uma linguagem comum muitas das mesmas práticas culturais e acreditavam e praticavam a mesma religião a sociedade de Ruanda era segmentada principalmente por seus meios de produção pastores de gado eram conhecido como tutsis agricultores como rutus e Caçadores e coletores como tuas assim que as descisões eram feitas Além disso como eles utilizavam diferentes modos de produção haviam questões de diferença
entre os thá e o resto dos povos ruandeses os habitantes da floresta os tuas eles estavam engajados principalmente na Caça e na coleta e eles eram naturalmente opostos a uma economia pastoril agrícola Porque isto exigia o desmatamento das florestas para abrir terras durante o período Inicial os clãs ou o booco era um princípio de organização social mais amplo e dominante em vez de etnia que só teria alguma importância alguma significância a partir do período colonial os clãs continuariam sendo significativamente importantes para o pertencimento ao longo da história de Ruanda e frequentemente eram constituído de pessoas
de todos os três grupos étnicos tanto tutsis quanto rutus quanto tuas cada clã tinha uma figura patriarcal que era conhecido como pai dos clãs que coordenava as atividades do clã os clãs foram constituídos por meio de uma mitologia de descendência patrilinear compartilhada o que era isso onde as pessoas traçaram suas origens através das Linhas masculinas de suas famílias na realidade isso era mais como um sistema de alianças entre unidades familiares menores que era conhecido como inzu à medida que uma quantidade cada vez maior de poder e riqueza era acumulada por uma única pessoa à frente
de um clã huanda viu o surgimento de uma variedade de pequenos reinos hereditários e esses reinos eram governados por uma aristocracia poderosos pastores de gado com um rei como símbolo de soberania por volta de 1500 Ruanda era composta por uma miríade de reinos menores já no século X os Mamis esses Reis eles estabeleceram um sistema hierárquico que era conhecido como ubak onde as pessoas que cultivavam os rutus prestavam seus serviços e colheitas aos pastores tses em troca do uso de terra e gado e através deste sistema de ubak um faz endir o rutu inclusive poderia
adquirir gado e com um rebanho grande o suficiente se tornar um pastor Tuts normalmente o sistema era baseado em um cliente prestando serviço a um patrono rico em troca de gado e terras mais ou menos assim Portanto o sistema urak tinha um certo tipo de mobilidade social que se baseava mais na afiliação ao Clã do que na divisão étnica no entanto alguns historiadores inclusive argumentam que havia menos fluidez entre essas classes sociais no reino de Ruanda do que no reino de burundi onde também haviam povos tutsis rutus e tuas em 1884 portanto no final do
século XIX acontecimentos na Europa mudariam profundamente a trajetória histórica do reino de Ruanda durante a conferência de Berlim sem qualquer consulta ao povo ruandês foi decidido que Ruanda faria parte do império alemão em 1890 apesar de nenhum europeu jamais ter visitado o país o reino foi incorporado a um protetorado da África Oriental alemã dois anos depois em 1892 o primeiro europeu um alemão chamado Oscar Bauman ele entrou no reino de Ruanda em 1894 o muam kiger IV ele se encontrou com o capitão alemão vz em 1889 Ruanda se tornou Colônia do império alemão sendo oficialmente
incorporada a África Oriental alemã no início do domínio Colonial houve algumas revoltas em grande escala os colonizadores governavam por meio de um sistema conhecido como governo indireto onde as autoridades locais governariam em nome do Poder Colonial isso significava que todas as instituições do rei e a aristocracia permaneceriam intactas mas estavam a Mercer de seus supervisores coloniais as autoridades locais então coagir o trabalho forçado mas agora o trabalho seria usado para construir infraestrutura e extrair recursos para beneficiar o império alemão ao invés da Elite local dentre os grupos étnicos de Ruanda os tutsis eram majoritariamente pecuaristas
e os rutus agricultores sendo que a posição de pecuaristas dos tses estava mais vinculada a uma questão de prestígio social uma vez que o gado não era somente para o consumo de carne ou abate Mas também como acumulação de riqueza quanto mais gado mais prestígio social já os rutus eles eram o celeiro de Ruanda produtores em larga escala de alimentos que seriam consumidos por todos inclusive pelos senhorios tutsis mas isto não era uma posição que conferia prestígio social como criar gado podemos dizer que os rutus eram agricultores e os tuis donos de muita terra e
gado o que traçava um contorno de uma sociedade em que rutus eram servos e os tues senhores Anastasia chiaka um acadêmico ruandês destaca que por mais que houvesse esta distinção social entre rutus e tutsis não se permitia distinção de cor ou não existi nem de traços físicos mas sim uma vivência que era baseada numa relativa unidade mesmo que estivessem em posição de submissão aos senhores em função do trabalho apesar de 85% da população ser agricultora ou seja ser rutu o restante eram tutsis e tuas a aristocracia era em grande parte Tuts mas não havia guerra
étnica entre eles porque o rei oami ele passava uma mensagem de que não havia rutus ou mas uma unidade chamada Bani Aruanda ou seja não eram tutsis rutus ou tuas Eram todos banar ruandas de forma que havia uma hierarquização no universo do trabalho mas não um conflito étnico entre rutus e tutsis ao menos até chegar a colonização belga e alemã e durante a conferência de Berlim Como eu disse em 1884 e 85 a África passa por um momento de divisão entre as sete pot europeias iniciando o processo de colonização conhecida como a partilha da África
wuanda foi uma colônia alemã por um curto período de tempo mas com a perda do império alemão na primeira guerra mundial Ruanda foi transferida para se tornar parte do império colonial belga como parte do mandato da Liga das Nações posteriormente seria conhecido como Nações Unidas a ocupação Colonial belga teve um efeito muito mais duradouro em Ruanda e com a colonização o rei acabou perdendo o destaque gradativamente suas atividades passaram a ser contestadas pelos Belgas como dar ou retirar vacas administrar terras e entre outros benefícios que ele tinha como monarca fazendo com que sua imagem fosse
desgastada e desprezada e trocada pela presença do colonizador tornando o rei apenas uma questão simbólica abaixo da liderança belga ou seja um rei fantoche dessa forma a Colonia em Ruanda chega por meio de liderados a presença belga servia-se do muam o rei para governar indiretamente como fica claro no Mandato do muam mutara rud guwa como parte de seus esforços para controlar o povo ruandês o governo colonialista belga escolheu a igreja católica e os missionários para doutrinarem o povo especialmente a aristocracia e isso em direção a uma disposição europeia em 1930 os missionários católicos também assumiram
toda a educação primária no país e as Crianças tutes foram informadas de que eram melhores do que as rutus e a educação para as crianças rutus destinava-se apenas para prepará-los para o trabalho manual veja bem as crianças tces eram ensinadas pelos padres que elas eram melhores que as crianças rutus as autoridades coloniais Belgas elas continuariam I uma política alemã de cimentar ali as identidades entre rutus e tutsis em categorias raciais permanentes e biologicamente determinadas e aqui entra uma história extremamente perigosa antes dos europeus as identidades tuttis rutus e tuas eram fluidas e pelas quais as
pessoas entravam e saíam dependendo do trabalho que faziam e do seu status na sociedade mas o governo Colonial tornou estes marcadores permanentes de forma que as pessoas que eram rutus ou tutsis seriam para sempre rutus ou tutsis Nasceu rutu permaneceria rutu Nasceu tuts permaneceria tuts mas seu tuar permaneceria tuar não havia mais essa mobilidade social mas sim uma hierarquização racial as pessoas categorizadas como tutsis eram então favorecidas pelo trabalho de maior prestígio e com maior poder e tomada de decisões por meio da aristocracia do Rei isso foi fundamentado com a reforma que aconteceu entre 1926
e 1936 que fez com que todo o povo rutu fosse governado por líderes tutes a década de 1930 também foi um período em que as autoridades coloniais aumentaram seus esforços para racializar as identidades rutus e tutsis o senso oficial de 33 e 34 foi a primeira medida prática para construção de uma identidade rutu e de uma identidade Tutsi como categorias raciais Tintas em 1935 as autoridades Belgas começaram a emitir carteiras de identidade para pessoas que se declaravam ser rutu Tutsi uá o ano de 1931 marca o período colonial na história de Ruanda com a introdução
das carteiras de identidade discriminando definitivamente etnias assim a colonização ao chegar a Ruanda reconhece os grupos como raças onde os rutus não eram civilizados e os tutes eram agentes em ção dos europeus para civilização o processo de racialização culminou no período de 33 e 34 com o senso demográfico atribuindo a um rótulo etn racial onde as crianças herdariam a identidade étnica do seu pai e Havia três critérios para decidir quem era rutu e quem era Tuts quais eram essas três características estes três itens primeiro relatos da igreja a igreja deveria confirmar se ele era Tuts
rutu ou toá segundo medidas e aparência física e terceiro propriedade de grandes rebanhos de vaca desta forma eles congelaram distinções sociopolíticas que antes eram fluidas e abertas em raças a ideia de civilização e subordinação entre grupos eram destacadas principalmente pela teoria cía e os missionários tiveram grande participação no processo de diferenciação desde a colonização alemã disseminando a ideia de semelhança dos tces com os brancos eles diziam o tuds é um europeu de pele negra conforme já foi referido pelo padre François menar a diferenciação por meio dos traços biológicos dos banar wandas do Povo banar Wanda
tinha como parâmetro a altura as medidas dos narizes a pigmentação da pele traços estes que buscavam melhor semelhança com os europeus Belgas assim a ideia de proximidade dos tces com os europeus no âmbito racial também é revertida em questões Pol já que a partir de sua suposta superioridade os tutes deveriam ocupar postos como conquistadores que foram destinados a governar não seria nem preciso dizer que esta ideia daria muito errado e deu muito errado uma sociedade que era hierarquizada no universo do trabalho passa a ser então racializada neste aspecto o colonialismo fortaleceu a monarquia pois ressaltava
a soberania dos tutes contra os rotus e tudo isto baseado na ideologia de superioridade defendida por médicos por antropólogos por autoridades religiosas como a Igreja Católica através dos Missionários Belgas que tiveram uma participação significativa e sobre estas teorias raciais teorias de racialização Eu já falei e falo muito aqui no canal e eu deixo uma lista de vídeos com aulas sobre essa questão aqui na descrição do vídeo para que você possa conferir a catequização religiosa ela foi um Ponto Central na distinção entre tutsis e rutus já que os padres e os bispos eles ensinavam e proclamavam
que a população Tuts era superior e mais bem quista por Deus o que agradava a monarquia ruandesa antes da colonização existia a possibilidade de uma determinada pessoa de um grupo migrar para outro através da Posse ou vice-versa agora a questão era racial e mutável uma vez tsis sempre tutsis um sistema que fortalecia a superioridade Tuts tornando virtualmente impossível aos rutus se transformarem obviamente em tses e aos Belgas Coube aperfeiçoar a administração de um sistema de segregação enraizado no mito da superioridade Tuts mas até onde foi esse apoio dos Belgas aos tutsis não foi muito longe
durou apenas até os tutsis reclamarem a independência de Ruanda e neste momento o que que aconteceu começa a apoiar os rutus como revolucionário a independência de Ruanda ela é marcada pela revolução rutu de 1959 que dá início ao fim da supremacia Tuts e a abertura de uma série de conflitos com perseguições e mortes a revolução ela começou em novembro de 1859 com uma série de motins e ataques incendiários à Casas dos tutsis após o ataque do político rutu Dominique em bonu mutua por um extremista Tuts a violência se espalhou rapidamente por todo o país esta
campanha Nacional de violência doss rutus contra os tutsis ficou conhecida como o vento da destruição os meses que se seguiram muitos tutsis começaram a fugir de Ruanda inclusive o governante hereditário que tinha apenas 25 anos de idade os reis e os políticos tutes tentaram um contra-ataque para tomar o poder e condenar os rutus e também os Belgas mas foram frustrados pelo General belga gilog guest que foi trazido pelo governo Colonial belga e nesse momento eles estavam apoiando os rutus veja bem a revolta popular além de ganhar visib idade demonstrar força rutu conseguiu também a admiração
do coronel belga Gui Logi que teve como uma das suas ações trocar chefes e subchefes que eram tutsis por rutus isso lá no início da década de 60 revolução de 59 marcou expressivamente uma mudança no poder administrativo do país que antes era dirigidos por tutsis agora por uma parcela rutu foi então eleito um governo provisório agora com maioria rutu que criam a Constituição de Ruanda e elegem Gregor cai banda como presidente de Ruanda e proclamam oficialmente a independência em 1eo de julho de 1962 as questões étnicas são evidenciadas fortalecidas mas elas não foram resolvidas o
governo muda de Tuts para rutu do que foi caracterizado como opressor e agora Oprimido ou de oprimido para o opressor os Belgas então continuaram com uma ampla influência e inserção na política e na economia ruandesa Mesmo durante o período da sua independência e esta influência foi determinante pro genocídio de Ruanda em 94 onde rutus massacraram mais de 800.000 tses em apenas 100 dias provocando o maior Êxodo humanoo da era moderna a onda de violência foi fruto da divisão entre a maioria rutu os autores do massacre e a minoria Tuts algo que segundo o próprio Presidente
ruandês o pa kagami ele disse que foi fomentado pelos colonizadores europeus sobretudo a França em 1994 esta data é muito importante no espaço de apenas 100 dias mais de 800.000 pessoas foram mortas em Ruanda a maioria a golpes de facões no caso de Ruanda a França era quem fornecia as armas para os rutus e também são acusados de treinarem as milícias em terram pois era uma grande apoiadora do governo rutu de Ruanda a França historicamente desempenhou um papel de liderança na colonização da África e tentou ser o ator dominante na região em todos os sentidos
na década de 90 e no âmbito desta agenda excessivamente ambiciosa a França se envolveu em Ruanda em outubro de 90 sob o pretexto de trabalhar paraa democratização de Ruanda e de acordo com as diretrizes traçadas pelo então presidente da França François miterran na cúpula Franco africana em labol isso em junho de 90 a administração francesa posteriormente apoiou a conclusão dos acordos de paz entre o governo eh ruandês e a frente patriótica ruandesa em 4 de agosto de 93 o acordo de paz foi então assinado mas a França é acusada de ter apoiado os rutus no
genocídio inso inclui venda de armas ao governo rutu e laços estreitos com seus líderes relatos sugerem que a operação militar francesa chamada operação Turquesa não foi apenas para proteger civis mas também para apoiar o cdas em 2017 organizações de direitos humanos eles entraram com uma ação judicial contra a França e o banco francês bnp paribas eles acusaram o banco de financiar a compra de 80 toneladas de armas que foram usadas para cometer o genocídio em Ruanda em 94 essas armas foram supostamente fornecidas aos organizadores do genocídio facilitando a violência em massa que ocorreu no país
em 5 de Abril de 2019 não muito tempo atrás o presidente francês Emmanuel macron ele pediu ao Historiador Vicent duclair que liderasse uma comissão para revisar todos os arquivos franceses relacionados a Ruanda abrangendo os anos 90 até 94 o objetivo era examinar o período Pré genocida e o próprio genocídio avaliando ali o papel da França e de outros envolvidos a comissão ela deveria concluir este relatório em dois anos então o relatório de declaire foi apresentado a macron em 26 de Março de 2021 o relatório foi mencionado que alguns documentos importantes não foram acessados incluindo arquivos
parlamentares sobre o genocídio eles não tiveram acesso a todos os documentos o relatório foi extenso com 976 páginas detalhando os documentos analisados e as descobertas sobre a responsabilidade francesa Inclusive eu vou deixar esse relatório aqui na descrição o link para que vocês possam acessá-lo veja o que diz um trecho do relatório desta comissão diante de tal tragédia podemos parar em apenas uma observação historiográfica a crise de Ruanda terminou em desastre para Ruanda e em derrota para a França a França é cúmplice do genocídio dos tutes se com isso queremos dizer uma disposição para se juntar
a uma operação genocida nada nos arquivos que foram examinados demonstra isso no entanto por muito tempo a França esteve Envolvida com um regime em Ruanda que encorajava massacres racistas permaneceu cega a preparação de um genocídio pelos elementos mais radicais deste regime adotou uma visão binária opondo-se por um lado ao aliado rutu personificado pelo presidente rabiar imana e por outro lado ao inimigo descrito como ugandense Tuts para a frente patriótica ruandesa demorou para romper com o governo interino de Ruanda que realizou o genocídio e continuou a colocar a ameaça à frente patriótica ruandesa no topo da
sua agenda a França reagiu tardiamente com a operação Turquesa que salvou com muitas vidas mas não aquelas da vasta maioria dos tutsis ruandes exterminados nas primeiras semanas do genocídio a pesquisa portanto estabelece um conjunto de responsabilidades tanto sérias quanto avassaladoras estas responsabilidades são políticas na medida em que a autoridade francesa demonstrou uma cegueira contínua em seu apoio a um regime racista corrupto e violento concebido Originalmente como modelo para o uma nova política francesa na África conforme introduzida no discurso em labol em 2021 Emmanuel macron o presidente da França visitou Ruanda E ele disse em seu
discurso em um dos memoriais onde 250.000 vítimas estavam enterradas somente aqueles que passaram por aquela noite podem perdoar e ao fazê-lo dar o presente do Perdão eu humildemente com respeito estou ao seu lado hoje reconhecendo a extensão de nossas responsabilidades os assassinos que espreitavam os pântanos as colinas As igrejas não tinham o rosto da França a França não era cúmplice estas foram as palavras dele fomos omissos fomos responsáveis apoiamos o regime genocida mas não eram cúmplices mas veja só após a segunda guerra mundial foi criada a convenção para prevenção e punição do crime de genocídio
é conhecida popularmente como convenção sobre o genocídio ela foi assinada em Paris em 9 de Dezembro de 1948 e entrou em vigor em 12 de janeiro de 50 a França foi um dos países que assinou a convenção desde o início e ratificou inclusive em 14 de outubro de 1950 se comprometendo a prevenir e punir o Crime de genocídio esta convenção sobre o genocídio ela define claramente o crime de genocídio e as ações associadas que são consideradas crimes sob o direito internacional Veja só o artigo primeiro declara que o genocídio é um crime Independente de ser
cometido em tempos de paz ou de guerra o artigo sego significa que o genocídio inclui atos como matar membros de um grupo Nacional étnico racial ou religioso causar sérios danos físicos ou mentais a membros do grupo se submeter o grupo A condições de vida que levem a sua destruição física Total ou parcial impedir Nascimentos dentro do grupo transferir a força crianças do grupo para outro grupo já o Artigo terceiro veja só ele lista os atos puníveis relacionados ao gên genocídio incluindo o quê o próprio genocídio conspiração para cometer um genocídio não precisa nem ter cometido
só conspirado C incitação direta e Pública para cometer genocídio tentativa de cometer genocídio e veja só o que diz na letra e cumplicidade no genocídio como se pode observar nas disposições da convenção sobre genocídio ela prevê punição não apenas para aqueles que cometem diretamente o genocídio mas também para os cúmplices que auxiliaram ou colaboraram de alguma forma com esses atos ou seja não era apenas os rostos estavam lá no Pântano caçando e matando os tutsis mas aqueles também que os apoiaram e ajudaram com que eles promovessem esse extermínio em Ruanda Essa foi a resposta da
França e a Bélgica nemum Pio sequer sobre o assunto a Bélgica foi uma grande responsável pela semente fértil e duradora do ódio racial em Ruanda Pois é mas somente em abril de 2000 que pela primeira vez o primeiro ministro belga FAD foi aig e disse o seguinte em nome do meu país e do meu povo imploro seu [Aplausos] perdão pardão por o genocídio de Ruanda ele é um testemunho brutal do legado de violência e opressão do colonialismo europeu não há como negar ao artificialmente dividir a população ruandesa em categorias raciais e instaurar um sistema de
dominação os colonizadores Belgas eles plantaram a sementes do ódio e da desconfiança que floresceram em um dos genocídios mais terríveis da história a imposição de uma entidade racial a exacerbação de diferenças culturais e a promoção de um sistema de castas foram ferramentas cruciais paraa manutenção do Poder colonial e a justificativa de práticas violentas o genocídio de Ruanda é portanto um crime contra a humanidade e tem suas raízes Profundas no colonialismo suas raízes Profundas no racismo europeu eu era um Adolescente em 1994 e me lembro daquelas cruéis imagens que chegavam pela TV e que eu conseguia
ler nas revistas e jornais e sempre me perguntei ninguém vai parar com essa insanidade quem são os responsáveis a Europa o ocidente e em particular a Bélgica e a França tem uma dívida histórica com o povo ruandês e com a humanidade o genocídio de 94 foi resultado Direto das políticas coloniais que dividiram a sociedade ruandesa em castas e raças e fomentaram o ódio racial é fundamental que os países europeus assumam sua responsabilidade histórica e ofereçam sim repara às vítimas e aos descendentes dos Sobreviventes do genocídio Além disso é preciso que haja um reconhecimento público e
oficial dos crimes cometidos durante o período colonial por isso aqui no canal temos diversas aulas sobre as origens do racismo para que possamos aprender que o racismo é cruel é brutal e mata E você o que achou desta história deixe nos comentários eu terei o maior prazer em ler e lembre-se tudo tem história tudo é história a África tem muita história e vim aqui contar para você e lembre-se tudo tem história tudo é história a África tem muita história e vim aqui contar para você [Música]