se vocês ouvissem o que já aconteceu nos Bastidores o episódio tenho certeza ficaria ainda mais interessante mas esa aí vamos começar do começo vamos começar apresentando Quem tá aqui com a gente hoje no Pera aí deixa ler os meus posts que é com muita alegria que eu vou até botar meus óculos para ler aqui a autodescrição que ele se fez como uma das dos exercícios mais difíceis da vida que é a gente se se resumir em algumas palavras Emanuel Aragão é filósofo dramaturgo e psicoterapeuta seu percurso de pesquisa começou com a formação em filosofia e
após uma incursão no mundo do cinema documental e uma carreira no teatro ele encontrou na exploração dos afetos sua linha de trabalho que o conduziu ao estudo da psicanálise e da neuropsicanálise hoje como psicoterapeuta e criador da autoescrita ele continua sua busca pela compreensão da edade emocional humana oferecendo um espaço para outras pessoas explorarem também os labirintos das suas subjetividades essa descrição tá aqui na contracapa deste livro incrível que foi lançado há pouco tempo chamado 10 princípios antes do fim que eu tive a honra de ser convidada a ler um pouquinho antes do lançamento para
escrever algo sobre ele aqui também na orelha eh e para mim só para eu contar para vocês o que eu escrevi aqui eu escrevi assim é pela gangorra dos paradoxos que esse livro nos conduz à nossas incongruências se você assim como eu busca mais amor ou amar mais não deixe de ler 10 princípios antes do fim o livro me pegou num momento da minha vida muito desafiador onde eu tava revendo vínculos profundos com a minha mãe e foi um presente para mim Emanuel essas sincronicidades que e a gente pode falar mais delas aqui você também
escreveu o prefácio do meu livro né que me deixou muito honrada e a gente tá se conhecendo pela primeira vez ao vivo hoje porque a gente só se conhecia pelos posts e pelas escritas que é uma forma interessantíssima de conhecer alguém mas essa é melhor sim então bem-vind obgado feliz de estar aqui muito bom prazer que prazer e aí eu quero passar a palavra pra Cintia Porque ela disse que que a gente tava falando aqui já mexeu com ela e já tava denso demais então quero saber o que aconteceu aí dentro Eu pedi para respirar
né assim antes da gente e iniciar oficialmente o episódio porque quando a gente tá falando né do dos princípios e aí do do fim eu acho que essa essas palavras né princípios e fim Elas têm muitos significados e eu comecei a sentir assim uma densidade mesmo uma coisa de energia de E aí ainda tô nesse movimento quando quando você falou da da autoescrita né que é o trabalho que é um dos trabalhos que você faz eu fiquei pensando no quão catártica é uma existência quando a gente se propõe a se auto escrever né e e
a gente tá falando de momentos de vida né em que cada um de nós aqui tá vivendo e certamente todo mundo que tá né nos dando a honra da sua audiência também e e mexeu e e e me trouxe um calor Até no momento da meditação de de emoção de pensar o que é a vida senão ia se borbulhar assim de de né O que a gente tá vivendo agora princípios não só como momentos que se iniciam mas daquilo que a gente acredita e que a gente não quer abrir mão eh ou que a gente
não consegue se desprender por não saber que o que vem depois né E aí o que é o fim se é que ele existe né Eh que não só o objetivo mas o término e para que serve alguma coisa E aí eu fiquei mexida com tudo isso isso vai Emanuel não bom é bastante coisa mesmo né é respirar perceba que porque eu vim para cá Acabei de chegar desci avião e tal e coisa e lembrar de respirar no processo do avião para mim é assim vai lá respira aí tá tudo bem porque assim são muitas
muitos a gente tá aqui junto mas qualquer processo na vida é um certo desafio né fazer uma coisa você ir até lá você conseguir você falar as coisas não são tão são simples né pelo menos para mim não são acho que tem gente que leva as coisas mais na flauta eu não tanto Então essa é isso de parar e respirar e pensar bom estamos aqui agora vamos seguir um pouco mais vamos ver o que que vai acontecer agora o que que eu vou aprender agora o que vou poder dizer agora ouvir agora é um processo
que aos poucos vai dando sentido pro troço todo né eu não acho que tenha um sentido em si no negócio assim Ah então a vida é isso mas eu acho que essas experiências vão construindo uma lógica um tecido que a gente vai conseguindo olhar para ele ele fala tá isso significou isso eh né Eu senti fiz esse sentido depois e assim a gente vai indo mas que legal que que tem esse monte de coisa mexendo aí uhum eu fiquei assim muito tocada com as palavras da Cintia eh e e com certeza já tô aqui ansiosa
para começar a ler o seu livro Vou começar já hoje porque eh tô vivem um momento pessoal né Muito desafiador e e há alguns Episódios atrás falei aqui sobre a minha relação com a minha mãe e eh da proximidade e tal enfim e e há 15 dias atrás a gente descobriu que ela tá com um um câncer muito avançado e a gente já instituiu o cuidado paliativo e ela foi para casa essa semana e estamos a poucos dias do fim né sim e e aquilo isso que a Cintia falou né como é difícil a gente
deixar deixar ir né e e como a gente fica pegado a ah mesmo sabendo que racionalmente eh o fluxo da vida tem que continuar né e eu sou uma pessoa que acredito muito nisso sou muito espiritualizada e sei que a vida não vai acabar depois da passagem que ela fizer mas eh como é difícil né Principalmente esse fim da vida né Desculpa já começar já com uma coisa muito pesada assim PR ch não chorar mas isso tem sido o meu grande desafio atual né e e como não me de um lado tem a Ana Paula
médica racional que obviamente aceita cuidado paliativo e que a vida toda falou que não ia deixar ninguém que ela ama sofrer e assim como eu não quero para mim não quero para ninguém que eu amo amigos familiares e do outro lado tem a Paulinha a menininha que que é colo dessa mãe que tá indo embora né então como como a finitude de qualquer coisa mas principalmente da vida nos nos coloca diante da nossa dualidade né Emanuel sim é muito eu falar muito legal é muito terrível mas é muito legal perceber isso né eu tô pensando
que a gente tá começando assim o livro começa com a morte do meu pai o primeiro capítulo É isso mesmo né também a gente começa pelo fim várias vezes mas essa essa posição que a gente ocupa na vida de que qualquer qualquer perda que a gente vai experimentar é uma recuperação de uma de uma posição inicial né Eh de de separação das primeiras separações que volta para essa menininha isso é irremediável de certa forma né então em qualquer processo de perda de ruptura a gente vai fazer uma atualização daquela primeira perda daquela primeira separada aquelas
primeiras separações as primeiras angústias né isso vai ficar inscrito como a gente táa falando na memória da gente né Isso fica guardado lá e memória não tem tempo né memória se atualiza quando precisa e E aí quando a gente encontra esses momentos por mais que a gente tem estudado lido feito análise virado médico virado sei lá o que que foi a gente e reencontra aquela experiência afetiva lá de trás e pensa que não vai mais ter aquele aquele Contorno aquele aquele acolhimento aquela solução paraa angústia que é a mãe né No momento Inicial Então eu
acho que não o Freud se perguntava aí se tem um texto dele chama a transitoriedade que é Um textinho pequeno e muito legal ele se perguntava isso mas como é que pode que a gente saiba tudo isso assim e não consiga aceitar que os troços acabam né E a gente não aceita porque a gente continua sendo as crianças né mesmo Mesmo sabendo e a gente ao mesmo tempo é tem essa viagem no tempo né a gente continua sendo a criança e se projeta no futuro como a criança que não vai mais ter aquele pai não
vai ter aquela voz não vai ter mais aquele cheiro não vai ter mais aquele Contorno o que o que quer que seja a experiência de de contorno que essa figura traz para você né Isso vai variar um pouco lógico Mas e as ambivalências que vem com isso também né mas a gente vai fazer essa viagem no tempo e vai de repente falar ih não vou mais ter e é louco porque mesmo que sejam pessoas que não são não são próximas que não você não tá você não V você pode não ver sua mãe todos os
dias você pode até ter uma relação mais complexa mas difícil mas você fala não vou ter como ter aquele acesso mais e isso é muito duro né e e e não tem não tem como não acontecer isso esse que é o ponto né você falou da palavra ambivalência era sobre o que eu tava pensando Né desde quando comecei aqui quando a gente chegou e falando com a Ana ela descreveu muito esse esse lugar da na Paula médica como essa fazedora que fica tomando a frente da vida para evitar todas as Sensações que estão por trás
dessa menina dessa criança que tá lá né sim e o quanto a gente se depara mesmo com as nossas ambivalências quando a gente tá diante de qualquer tipo de muro de finitude seja ele de um luto como a perda de um pai ou de uma mãe seja ele de luto de uma separação seja ele Do Luto de uma sei lá de uma entrada na faculdade que a gente tá deixando a escola e que a gente tem que deixar para trás uma vida também né porque a gente fala de luta todo mundo acha que luto só
é a morte né mas temos lutos cotidianos né né das nossas próprias imagens né das nossas personas que a gente monta ao redor da nossa da nossa vida para conseguir sobreviver nesse mundo né sim mas nessa ambivalência toda como é que a gente dá conta dessa criança que tá lá e e e aí depois a gente quer soltar um post que fala um pouco sobre isso seu porque essa sensação de que a gente não tem ao alcance mais aquele ser que vai resolver todas as nossas angústias Será que um dia a gente consegue se livar
dela Olha acho que talvez não mas acho que muita gente não acho que tem gente que vai apaziguar isso acho que vai variar muito de pessoa para pessoa né mas de certa forma isso é uma ilusão que a gente tem que a gente vai ficar adulto e não vai mais precisar de vínculo isso não faz sentido objetivamente Não faz sentido né a gente vai precisar Talvez um pouco menos de vínculo a gente vai poder achar em outras figuras a gente vai poder achar outras maneiras de vincular de se acolher né de se acolhido né se
a gente vai poder diluir um pouco isso não tem uma pessoa só porque a mãe é é aquilo que é tudo né né então quando a gente nasce a gente tem essa problemão que tá tudo organizado lá no útero funcionando tudo previsto tal tal tal tá rolando e de repente a gente vem para um mundo de imprevisibilidade caos E aí tem essa figura que resolve todos os desvios que a gente tem né todos os desequilíbrios que a gente tem tem uma figura que vai dar conta de resolver isso tudo é muito mágico né você pensar
é uma coisa assustadoramente fantástica então qualquer experiência que a gente vai ter depois qualquer experiência de perda é também uma remontar dessa experiência de perda de novo Tô falando isso de um ponto de vista simbólico mas tô falando também objetivo assim a gente quando a gente sente que tá perdendo alguma coisa a gente retorna a as primeiras instabilidades entendeu de primeiros Campos de não saber ela vai voltar não vai voltar eu vou conseguir comer não vou conseguir comer vou conseguir dormir não vou conseguir dormir vou conseguir acord enfim monte se eu dormir eu vou acordar
de volta ou não vou e assim vai né e e e fatalmente nesse campo de vínculo aí a gente vai experimentar com ambivalências então com raiva porque que ela não tá aqui com medo dela não voltar então tudo isso vai existir a relação com a mãe não é uma relação boa pura nesse sentido assim ah tá tudo bem nem de um lado nem de outro né então mas isso é é que a gente consiga compreender isso aliás pensão sobre a depressão por exemplo ou a ansiedade mas que é entender que as perdas são remontagens de
de uma outra perda sempre né então eu perdi minha fantasia de mim eu perdi meu emprego eu perdi minha idealização perdi namoro é o mais fácil né tem essa correlação terrível mas entre pé na bunda e depressão né que é que eu acho Fantástico assim um término indica 10 vezes mais possibilidade de depressão um pé na bunda 21 vezes mais que eu acho incrível um dado é Nossa não sabia incrível é eue posso te mandar pesquisa depois eu acho maravilhoso adorei isso is interessante adorou tá pensando em provocar depressão em alguém já não porque quando
eu tomei pés na bunda tomei alguns mais dois assim muito muito importantes Nossa que dor assim né que que que proximidade dessa depressão eu não sou uma pessoa depressiva mas como é doído como até já falamos aqui também em outro Episódio como dói né É então eu tem mas eu fiquei já me perguntei muito sobre Por que é assim né mas que tem uma obviamente tem uma ruptura né Tem uma e no amor romântico a gente deposita as esperanças de correção daquilo a gente perdeu lá atrás mas a ruptura com o pé na bunda ou
seja com a rejeição Ela implica algo muito fundamental paraa depressão que é tem algo de errado comigo que causou essa perda e que em outras perdas a gente várias vezes não tem né então se assim eu realmente sou inadequado eu realmente não sou suficientemente bom para ser amado Eu Não Pertenço muitas vez pertenço Não tô à altura eu não tô bem né e Qualquer que seja o atributo que a gente julga que seja o estar bem eh magra rica inteligente que seja não importa mas eh então é como se isso tudo que a gente construiu
como hipótese infantil de explicação pro fim do Amor ali que a gente tinha e a gente construiu nós neuróticos todos tentamos dar uma explicação por que minha mãe tá saindo meu filho de 2 anos e meio a mãe dele entra no banheiro e ele fica desesperado eu fala ela tá no banheiro ela vai sair cara eu tô aqui com você e ele cai no chão e chora e tal e coisa é é é terrível e maravilhoso falo ela ela tá ali são 10 cm eu só abrir a porta ela vai sair é só um xixi
e e e ele não consegue tal Hoje em dia tá um pouco melhor mas essa experiência de abandono é muito intensa né e acontece nas melhores famílias vamos dizer assim as pessoas falam mas eu não fui abandonado eu falo Foi várias vezes você foi abandonado Você só não sabe você não lembra Tá tudo bem eu não tô falando que seu pai necessariamente foi embora ou que a sua mãe resolveu não te criar mais mas a experiência de abandono que no fundo é a constatação do desamparo porque o abandono não é que desamparo aprendido depois também
é mas o desamparo tá dado a gente tá aqui meio sozinho sem sem Contorno só que a gente beber sabe disso né o bebê a gente tá lá contornado e de repente a gente percebe a gente fala cara não tem ninguém ela foi embora e aí a gente Lê isso como abandono né e a gente tenta explicar tenta explicar fala mas eu será que foi aquilo que eu fiz Será que foi aquele negócio que aconteceu e a gente vai montando as explicações estúpidas porque a gente é criança e não dá para fazer explicações muito elaboradas
sobre as coisas tipo ela tem que trabalhar porque custa caro a escola não dá né então a gente vai montando isso tudo e isso tudo é que Retorna depois em todas as perdas né então de novo Freud também já dizia isso lá atrás lá em 1916 sei lá é toda e qualquer perda é uma revivência dessa dessa desse desse primeiro amor dessa dessa primeira rejeição que a gente sofreu desse primeiro amor que não deu certo porque você não conseguiu ficar com a mãe lá né para você então sim é duro mas tá aí né Outro
dia eu tava almoçando com um amigo e aí a gente caiu por alguma razão falando de você e aí ele falou assim eu sinto que o Emanuel é pros pros já pros iniciados assim ele não é para qualquer pessoa ele precisa ter um certo estofo para aguentar o que ele vai o que ele vai dizer mas ele tava me contando que você ajudou ele a a encontrar essa primeira cena e lógico você e a análise dele também do desamparo desse dessa cena inaugural do desamparo e ele descreveu essa cena eh que eu acho que é
muito ilustrativa porque ele fala que ele devia ter uns 3 4 anos ele tava no berço a mãe dele morava numa cidade interior a mãe ia na frente tinha uma a vizinha do lado tinha a madrinha dele e a mãe falou assim pra madrinha ó dá uma olhada nele aí enquanto eu vou ali falar com a vizinha pedir alguma coisa ali pra vizinha e tal não sei o quê só que no meio disso ele acordou acordou começou a chorar ele falou Mari para mim a sensação de chorar ali foi uma eternidade chorando quando eu me
dei conta a segunda etapa da cena que eu tenho montada na minha memória é já eu sentada no murinho da porta da casa com a madrinha que tinha escutado o choro e tinha ido lá resgatá-lo né ampará-lo e min a mãe chega e vem da casa mas ele falou assim parecia que tinha demorado muito tempo só que eu demorei 40 anos para contar essa cena para minha mãe perguntar mãe essa cena aconteceu mãe como foi e a mãe lembrava da cena mas a mãe disz que dev ter demorado talvez uns 2 minutos né então tem
um pouco da nossa dificuldade de se autoexplicar né criar explicações pertinentes Não a minha mãe só foi ali buscar uma farinha na casa da vizinha para preparar um bolo para mim inclusive né mas também tem essa dimensão do tempo da criança que é muito diferente né a sensação é muito mais intensa sim a falta de explicação né porque você não você não entende como é que o mundo funciona uma mãe vai ali e já volta que que quer dizer isso a mãe vai trabalhar e já volta qu que do que que você tá falando não
faz sentido isso cognitivamente isso não fecha nada lá dentro então é muito complexo agora a narrativa do trauma tem tem outras coisas aí que são muito legais de pensar também muitas vezes acontece essa ah aconteceu tal coisa minha mãe me deixou na escola eu não qu a história da escola eu acho que é é a mais padrão né e eu falo pras pessoas eu falo entendo tô ouvindo tal tal beleza Ou então mais ainda né eu tinha do anos eu falo com 2 anos você não lembra no hipocampo não tá rolando não tá sentando memória
episódica mas vai Conta aí que a gente tá aqui junto eh mas o que ocorre várias vezes eu na minha opinião mas acho que é uma opinião razoável é que a gente experimenta os abandonos na vida e tem alguma cena que é suficientemente boa para explicar esse troço Então a gente tem uma sequência de abandonos na vida vão acontecer vários o tempo todo assim tá e não tá E tá e não tá mas tem uma lá que ganha uma certa força é iluminada porque ela é mais imprevisível ela é um pouquinho maior ela tá ela
você ficou ali numa situação de mais fragilidade e tal e ela vira a cena que vai explicar tudo pra gente e que a gente retorna para ela mas se a gente pensar efetivamente pensando nos filhos assim né a quantidade de vezes que eles experimentam abandonos na vida essa sensação acontece todos os dias o tempo todo de chorar e de falar todo dia eu vou lá de noite Vicente fala queero minha mãe falo não cara agora você vai ficar comigo ela tá dormindo e ele se transtorna entendeu e aquilo é terrível para ele eu sou o
pai dele eu faço o melhor que eu posso mas eu não sou a mãe então e ele poderia dizer lá na frente cara minha mãe não ia de noite eu lembro que teve entendeu mas no fundo tem essa história que a gente precisa achar um lugar para explicar né issso é um jeito de compreender trauma também né uma uma maneira de eh localizar ali uma coisa que é a causa mas na minha opinião muitas vezes ela é mais uma explicação do que uma causa no sentido de que ela ocorre a posterior e que a gente
vai contando essa história e ela vai ganhando carne né à medida que a gente conta ela vai ganhando corpo e ela vira a nossa história de trauma então é foi aquela vez que isso aconteceu você fala um pouco da memória nesse sentido no livro né dessa reconstrução da memória como esse caminho que a gente atravessa e ela vai sendo reconstruí esse caminho é construído a medida que a gente volta por ele né reconsolidação né então é uma é memória é muita coisa a gente fala de memória em geral querendo falar de lembrança né memória a
gente tem muitos sistemas de memória que que de declarativas e não declarativas coisas que T conteúdo de representação e coisas que não tem que são só procedimentos tipo a gente tá fazendo assim agora isso é uma memória a gente aprendeu a fazer assim a gente não tá pensando ah eu me lembro que fazer assim faz o outro pensar que eu t entendendo que ele tá falando a gente faz fazer assim gente para quem só tá ouvindo a gente é balançar a cabeça assertivamente assim F isso é memória né tudo isso é memória Então tudo bem
mas eh falando de memória episódica que são as memórias que são as cenas que tem né tridimensionais e tal que tem lá som e imagem coisa a gente a cada vez que vai para elas a gente faz isso que se chama reconsolidação né a gente leva para elas o que a gente tá levando a cada vez modifica um pouquinho elas né E vê se elas continuam servindo pra gente então e elas vão assentando na memória de longo prazo vão ficando lá até que um dia eventualmente se elas funcionam muito bem e não precisam mais ser
eh recobrados elas viram automatismo Então chega uma hora que a gente não precisa mais lembrar como é que faz para andar é o hábito ol ela vira vira o hábito a gente só faz isso acontece muito rápido às vezes eu por exemplo bobo eu troquei de filtro em casa filtro de água e o filtro antigo tinha um botão e um tempo e tal e aí eu troquei e eu acordo de manhã tomo um copo d'água eu não penso sobre isso eu penso pensava no Caf enfim outras coisas que eu também pensava e aí tá trocamos
de filtro e esse filtro agora é daqueles que roda cara is virou um problema por duas semanas como é que é eu tem que rodar isso aqui como é que funciona e aí cai a água derrama eu falo a meu Deus como é que volta eu tenho que pensar naquilo Agora já tenho duas duas semanas mais ou menos eu já não penso mais naquilo virou uma memória automatizada e a nossa vida é assim a gente tenta automatizar para facilitar o processo economizar energia economizar energia tempo agilizar o processo né que é um pouco que a
gente faz então então tem isso mas tem memórias que a gente vai ficar voltando a elas porque elas continuam servindo como explicação para algo que tá ligado a um a uma eu falo de homeostase necessidades em desvio né Então as memórias são caixinhas de resolução de problemas que a gente tem seja de Preciso comer tem aquele restaurante lá né Eu preciso de amor tem aquela pessoa lá então As Memórias servem um pouco assim para recobrar é são soluções né são caminhos o mar que é o cara que criou neurop análise ele tem uma frase que
eu acho muito boa que tá até no livro Até que é assim as memórias são uma coisa do passado para o futuro né elas vem de lá mas elas servem para adiante né então quando você fala dessa questão da memória me me passa pela cabeça que ainda que não seja uma memória eh consciente ou construída quando a criança por exemplo Experimenta a ausência da mãe que é a figura né psicanalítica que a gente tá abordando aqui o que é que ela do que é que ela sente falta quando a mãe se ausente ainda que seja
Aquela ansiedade da Separação dos TRS minutos do xixi né Uhum E e aí me ocorreu que a memória cria essa essa expectativa de que aquilo que eu tenho daquela pessoa é só aquela pessoa que vai me dar em termos de sensação de suficiência de de atendimento às necessidades Mas eu também fiquei pensando que o que é que a gente perde com essa ausência a sensação de que vem pronto e vem daquela pessoa e que eu de alguma maneira tenho que me bastar e e muito distante mas no final dessa linha eu enxergo lá autorresponsabilidade eu
não quero sentir que eu ável embora essas ausências né o desejo vem da falta né pro já dizia lá o lacam Mas é isso eh se eu se a minha mãe tá ali o tempo inteiro onipresente onisciente né onipotente e eu não vou me constituir como um ser interdependente independente nunca Uhum E então como é que a gente transforma isso aí já foi uma outra viagem que eu fiquei fazendo aqui na história do amor romântico quando a gente diz que o primeiro amor é a mãe Eh como em algumas relações isso vira um depara né
assim da eh eu tô esperando que o meu par romântico seja aquela pessoa que assim como a minha mãe deu ou não deu conta mas né tem que dar conta de mim sim sei lá são só reflexões não Total mas é é assim é isso é muito legal esse assunto é um assunto infinito né mas realmente quando eu converso conversa a gente tem só uma hora mesmo F preocupado mas eh tem uma coisa assim que é a a mãe no primeiro momento bebezinho tem muito muito poucas ferramentas de Em Busca das coisas né a gente
não consegue nem andar a gente depende depende mes a vida a morte define ali né Se alguém vai cu depende daquela outra pessoa por muito tempo a nossa infância é um troço longuíssimo né uma cagada assim porque assim você vem pro mundo você tem uns seis 6 anos às vezes 30 anos você vai depender daquela pessoa e aí é de se a 30 de se a 30 com com otimismo nessa faixa tá largando esse tempo n aí não se você pensa assim que eh então qualquer desvio que a gente fala de do desvio homeostático a
gente tem zonas de necessidade que estão lá fala só uma coisa para quem não sabe o que que é o é a homeostas ostase São zonas de Equilíbrio que mantém o nosso sistema funcionando né então a gente tem que ficar numa temperatura x 36,5 37 se a gente começa a desviar muito disso vai dar ruim então é má notícia e a gente que acontece com isso é que a gente sente um negócio então qualquer desvio homeostático para além de uma capacidade autônoma de regulação tipo ah tô aqui precisando de energia vou quebrar um glicogênio no
fígado e tal tal tal mas chega uma hora que não dá aí tem um negócio que a gente vai sentir que é fome então aí a gente sente um negócio e a gente vai em busca daquilo e aí as emoções são mais ou são uma versão disso né mas no começo dos tempos a mãe ela ela resolve todos esses é mágico mesmo e é realmente incrível ela resolve tudo isso só que a mãe no nosso modelo ela precisa sair antes do tempo que o bebê precisa que ela saia ela vai ter que trabalhar ela vai
ter que dar conta de um monte de coisa e a gente via de regra tem uma célula ali fechada burguesa eh no nosso modelo social que não tem outras pessoas que esse bebê reconhece como figuras de vínculo estáveis confiáveis e coisas e tal então vai ter quem que vai para vai pra creche tem uma babá o que que vai acontecer não é igual não é igual então ele vai experimentar essa separação antes do tempo que ele seria capaz de experimentar a separação é é é prematuro esse que é o lance então Ach chances são muito
grandes ele não se sentir capaz de construir as ferramentas para buscar os outros objetos de satisfação porque tão eles existem né a gente pode satisfazer com muitas coisas do mundo mas a gente sempre quase sempre vai sentir isso como cedo demais ou abrupto demais ou mal explicado então não é ai que legal eu vou ali e minha mãe tá aqui eu vou ali no parquinho né aquela cena clássica quando tá tudo bem Vai lá brincar vai tá tudo bem aí brinca lá aí cai aí volta e fala B caí tal Não tudo bem vai brinc
passou vai brincar de novo volta a mãe tá lá é o bebê que faz o movimento de ir voltar no na capacidade dele de buscar novos objetos satisfação né de outras coisas não é a mãe que sai e deixa o bebê lá e fala se vira agora um pouquinho que eu vou voltar ele não tem condições ali ainda de entender o que tá acontecendo ou de buscar outras coisas então a gente vai pra vida com a impressão de que a gente foi deixado cedo demais com raiva enfim com muitas coisas em relação a isso e
o amor romântico surge narrativa ente socialmente culturalmente como uma resposta para isso você fala tá ali deu ruim mas eu vou achar alguém que sim vai me entender que sim vai me olhar que sim vai corrigir tudo isso que deu errado comigo tá aqui só para me servir inclusive Porque é meu no meu narcisismo mesmo essa pessoa é o que eu preciso Ela não é uma pessoa ela é o que eu preciso que me que me escolheu porque eu sou incrível eu sou eu sou a coisa Eu sou o centro do universo e sou mesmo
meu Deus do céu então Eh então isso vai ocorrer e aí e aí o problema é que a outra pessoa lá do outro lado do amor român a gente tá pensando a mesma coisa ela tá pensando vou achar essa pessoa ruim não é Lego né é um paradoxo não vai funcionar é assim não tem textualmente não tem como funcionar sabe e assim a gente vai e a gente quebra a cara e aí o período né de quebra da projeção né assim da da não projeção no sentido de psicanálise estrit senso mas do que eu acho
que aquela pessoa tem que fazer nesse sentido assim né então de uma tela né eu projeto ali todo o meu filminho e aí essa isso vai começar a falhar e vai falhar então tem esse período de quebra enorme que é quanto que a gente sustenta isso e fala será que eu consigo construir uma relação aqui mesmo ou não é difícil né E aí cursos né ali é E aí você fica num numa encrenca E aí você vai buscar outra pessoa porque deve ter alguém que que que seja capaz de me reconhecer como certo universo eh
pegando esse gancho Aliás a gente poderia pegar muitos Ganchos aqui achei incrível que você trouxe e lá falando das nossas perdas né da infância os nossos traumas que muitas vezes a gente não tem consciência eh e agora essa coisa desse amor todo que a gente tá sempre buscando né a gente vai trazer um post que a gente escolheu entre tantos foi foi bastante difícil mas eh pra gente só falar um pouquinho dele quando chega uma Men uma declaração de amor para você por mais que você eh esteja namorando vamos dizer assim ou casado e tal
e tal uma declaração de amor é sempre recebida com uma certa excitação alguém me ama uau alguém se declarou para mim por quê não deveria ser a mesma coisa do que o prato de comida você tá cheio vamos dizer que você esteja cheio de amor né Você tá na homeostase do amor e aí eu pensei a gente nunca tá na homeostase do amor na nossa vida no nosso campo social na vida que a gente vive a gente tá sempre em déficit de amor e é por isso que quando chega uma mensagem a gente fala Ufa
uma chance quando vocês falam para mim ai incrível manu Você salvou minha vida eu falo por quê Porque eu preciso de amor entende mais e mais e mais porque não é suficiente bom mas o que que eu queria dizer com isso é que talvez essa nossa grande epidemia de depressão e de ansiedade de entristecimento e tal tem a ver com um certo déficit constante Desse nosso amor então a nossa experiência subjetiva consciente ela é sempre de uma falta ela é sempre de uma falta e aí eu pergunto para vocês né primeiro não é só você
que tá sentindo isso né não é só você natural que a sua consciência seja várias vezes da de dar errado então tem o lado de você perceber o seu percurso nisso e entender Será que tem como melhorar as suas formas de primeiro entender que você não é a pior a pessoa mais cagada mais azarada do universo segundo entender se tem como melhorar os mecanismos de alostase de tentativa e terceiro a gente pensar sobre essa essa essa epidemia de de essa essa essa espécie de coisa Geral de tonalidade Geral de falta de amor se tem como
a gente dar um jeito aqu coletivamente de alguma forma se tem lugares tem espaços pra gente mais ou menos se sentir um pouco mais amado eu não tô falando do Casamento Não tô falando disso não mas pra gente conseguir pelo menos Reconhecer essa nossa esse nosso déficit de amor e e lidar com ele de alguma forma e não só falar eu quero eu quero eu quero cada um falando eu quero eu quero eu quero mas sem entender que isso é uma coisa geral que nos une nessa falta que nos une como coletivo assim nesse sentido
como como grupo coletivo como grupo como coletividade como grupo humano que nos une nessa nessa espécie de carência constante por isso que a gente fica catando esse sinag de amor por aí esses likes essas coisas esses corações essas coisas todas porque a gente tá constantemente fora da nossa necessidade da satisfação da nossa necessidade de de de amor né da necessidade de ser amado como a gente fala no al escrito E aí tem como a gente se livrar coletivamente desse déficit de amor Pois é encena que tem vários conceitos aí que são tem que quando eu
vou ouvindo falar ai meu Deus UEL Você não explica nada tem que voltar atrás tudo agora como é que as pessoas enfim e as pessoas AM é mas mas é porque tem aí Alguma algumas premissas nessa história isso tá no livro também essa esse eu chama paradoxo da mensagem de amor mas que é a uma das ideias premissas da neuropsicanálise é que assim a nossa consciência tomar consciência de algo tem a ver com um erro de previsão que é priorizado pelo nosso sistema Isso é uma ideia muito fundamental assim que se assim a gente tá
no automático funcionando mas tem alguma hora que coisas que fala ó isso aqui você tem que prestar atenção e E aí a gente sente um troço e a gente pensa um troço né então tem lá isso meu último vídeo até sobre isso né tem a substância cinzenta periaquedutal que ela fica medindo os os errinhos de previsão que acontecem dentro da gente os desvios das zonas homeostáticas das zonas de de Equilíbrio e alguns desses são priorizados E aí quando eles são priorizados a gente vai pensar sobre eles e largar o resto para lá a gente não
consegue cuidar de tudo então muitas coisas vão ficar no automatismo e algumas coisas vão tomar a nossa consciência beleza essa é a premissa isso tá enfim tem um monte de referência mas não vou ficar entrando nisso aí então tá mas a ideia é que se não há um desvio não há porque isso ir pra consciência se não há um desvio homeostático você tá tudo bem nessa região você tá alimentado não tem para você sentir fome nesse sentido entendeu então não que não não ocorre Mas uma coisa que me intriga e sempre me intrigou é que
a gente se comve e presta atenção numa mensagem de amor de um jeito você pode estar casado tá tudo bem e tal tal Mas de repente você vê e fala será que eh seria quem seria como é e tal que é muito diferente de por exemplo você acabou de comprar um apartamento tá tudo bem com você você recebe uma mensagem Imobiliária você nem abre você fala não tô ótimo com o meu apartamento caguei para isso aqui tá tudo certo mas uma mensagem de amor ocupa a gente ocupa e a gente começa a cogitar fantasiar pensar
o que é e essa o que tá aí nessa ideia é essa essa essa hipótese é de que no fundo todos estejamos sempre por conta disso que a gente acabou de falar pensando se não tem um outro amor um outro lugar que daria conta de suprir esse tal desse déficit que é narcísico lá de trás que é assim Será que alguém Finalmente vai conseguir me contornar vai conseguir me acolher do jeito que eu preciso me olhar do jeito que eu mereço e tal então nas horas que isso surge a gente retorna para essa posição que
a gente tava tentando passar por cima dela V tentando amadurecer falar não a vida é assim mesmo a gente faz o que pode encontra pessoas eu não sou incrível também é isso aí outro pode ter alg eit também eu também posso cuidar de mim um pouco afinal eu consigo mas você sabe que você tá falando isso e eu tô aqui refletindo sobre as mensagens de amor que eu já recebi e que recebo né e tô tô tentando classificá-las para saber quais são as que realmente me trazem esse lugar tem alguma que não te traz nada
tem então é isso que eu tô tentando identificar nesse nesse nesse sen porque ela recebe mu que é uma vida muito específica ess sua a sim sim não sim porque essa história da figura pública Mas você também tem um pouco disso eu acho né n redes sociais e tudo mais então acho que tem uma coisa que é diferente tem alguma tem uma pessoa por exemplo que pode escrever lá eh sobre seus atributos físicos e te trazer uma coisa que talvez naquele momento você esteja com uma Sei lá tô com a vaidade lá embaixo tô me
sentindo mal Minha autoestima tal mas não necessariamente alguém que vai me chamar de gostosa lá linda e tá tá vai me trazer isso nesse lugar e da maneira como é feito né Depende dooa de quem de quem é também você pode se sentir invadido po tentando classificar um pouco a sensação e eu queria perguntar para vocês como é porque eu eu sinto assim que é interessante porque eu t eu tô pensando assim Ela atinge mais quando ela toca nas nossas nas nossas faltas reais né tal ou nas nossas percepções de falta né sim é o
exatamente o exemplo que eu uso no livro é eu Concordo totalmente com você um exemplo que eu uso no livro é assim a frase que tá lá eu acho Ass assim da mensagem é eu poderia passar o resto da minha vida olhando o seu sorriso Aham Aí você fala é cara quem é essa pessoa que tá me dizendo anonimamente que poderia passar o né Pera eu vou ter que passar o resto da vida também sorrindo porque mas não você sorri o tempo todo mas quando você sorrir eu vou olhar não esse esse talvez fosse um
tipo que não me pegasse també Pois é tem certeza cara nossa eu já gostei gostou gostei Fiquei pensando xaveco bom para mim ch me pega Claro claro que vai variar mas varia óbvio não eu também eu entendo eu recebo um monte de mensagem lá falando coisas des conhecido da internet mas alguém que eu conheça poxa Sei lá É alguma coisa eu acho que sim eu acho que sorriso [ __ ] Sorrisão legal que eu tenho meu marido não fala isso entendeu Ricardo vamos prestar atenção não sei se pensa Olha Que sorrisão que eu tenho gente
tem que valorizar Ricardo pensa ele é dentista eu tenho certeza que ele olha bem Mira bem aí o ideal seria que tudo fosse reconhecido como perfeito né O Sonho mesmo é cara você inteiro tudo aqui tudo que você faz o jeito que você ronca é tão Poxa incrível assim a maneira como você vai o banheiro o barulho da mastigação é tudo perfeito a sua TPM [ __ ] é única você fica sensível Pois é é difícil alguém que se apaixone pela nossa humanidade né assim sim porque as máscaras eu tenho visto muitos memes não sei
se é o meu algoritmo mostrando eh as pessoas assim se declarando justamente E aí a outra tentando sair de trás da máscara ou tirar a roupa do Avatar não não não não não volta aí no quadrinho seguinte a pessoa volta e volta para aquela declaração do do Tudo idealizado sim sim sim onde tem a humanidade que aí eu acho que é onde a gente tem a capacidade de construir vínculos eh bem no instinto ali eu acho que tem um um lugar que talvez torne as relações especiais até únicas em algum em alguma medida né a
Mari me disse uma coisa esses dias a gente estava trocando figurinha de assunto de amiga assim Aí ela falou é mas tem situações em que dependendo do que as pessoas estão vivendo aquilo que elas podem construir depois só é possível por causa daquilo ali que aconteceu que poderia ter sido uma catástrofe e aí os vínculos podem se tornar realmente muito intensos e muito melhores Por que não né E aí isso me lembra lembra de um outro vídeo seu que você fala do luto eh das das situações assim e será que eu não posso ser feliz
depois disso e às vezes o isso pode ser tanto o fim de uma relação como talvez a superação de uma situação difícil né mas você saiu totalmente do assunto é mas eu eu ten um ponto que eu acho eu ficava fiquei com tantas Abas abertas do assunto anterior eu caminhei desculpem quer voltar mas eu queria falar um negócio sobre o vínculo que eu acho que é muito importante tem a ver com o que você tá falando dessa da da essa humanidade que assim e com as redes e tudo isso que a gente faz que é
uma é uma cagada assim mas que é na paraa neurociência afetiva a definição de vínculo é a junção de duas coisas que tão desses dois sujeitos aí um é a necessidade de ser cuidado por parte de um e outra necessidade de cuidar por parte do outro então essa junção mãe e bebê que é o clássico disso mas que pode ser pai e bebê e tal ele Depende das duas necessidades então se a mãe não sente necessidade de cuidar ade mesmo tô dizendo que assim dói não cuidar e o pai também dói não cuidar eu falei
com o meu filho agora FaceTime descendo do avião chorei ali e tal e coisa dói efetivamente dói você se sabe bom não preciso explicar né mas essa junção implica que pro vínculo acontecer é preciso que um dos dois ou os dois em momentos alternados possam ser cuidados isso é fundamental e que quer dizer que a gente tem que poder falhar errar não ser perfeito é precisar pedir ajudais que é o tudo que a gente não faz e a gente fala que faz a fragilidade tal tal mas a gente não faz é Infernal isso assim a
gente discursa isso eu mesmo discurso isso o tempo todo a importância da fragilidade para que o vínculo se estruture por causa da necessidade de cuidar e quando eu me percebo tô lá eu tentando ser [ __ ] sabe tentando ser incrível tentando vir para cá volta pra idealização que aí volta PR essa declaração mas pera aí então o que você não faz é se colocar vulnerável para receber o cuidado você quer o cuidado Mas você exatamente eu entendo a lógica disso a necessidade que eu tô dizendo que para que o vínculo se estruture na definição
que a gente que eu dei aqui da Necessidade necia efetiva é preciso que alguém possa quebrar uhum possa de maneiras diversas né então o bebê fala ah precisa disso para para acontecer mas é muito difícil fazer isso e a gente eu sei que a gente todos nós aqui estamos tempo Tod é importante que a gente faça isso e tal mas na prática da vida é muito complicado conseguir falar gente não sei gente não tô conseguindo gente preciso de ajuda Então você sabe que ontem eu tava eh fui PR fui pro Mato Grosso para dar uma
palestra e fiz um exercício que tem muito a ver com isso assim né era um grupo de liderança de uma empresa e o convite foi o seguinte vamos porque já tinham me dado um um pequeno briefing de como era aquele grupo era um grupo com uma certa dificuldade de se colocar e de falar das emoções e tudo mais com questões ali Eh que que estavam complexas no sentido de vamos perceber a importância do cuidado né Tanto do autocuidado como como do Cuidado das relações do Cuidado dos processos do Cuidado desse time E aí o exercício
foi fazer o seguinte me conta uma vez nisso em dupla me conta uma vez qual foi a última vez que você cuidou de alguém uhum como é que foi quem era essa pessoa que você cuidou como é que foi nem perguntei o que que você sentiu como é que foi quem era e como é que foi E aí bom vieram depoimentos e todo mundo falando e Ah foi foi legal fazer esse exercício foi confortável confortável percebi que eu me senti feliz de ajudar outra pessoa que legal senti de gratidão por algo que eu não p
que eu não tinha sentido ainda E aí depois a proposta era qual foi a última vez que você foi cuidado uhum Como foi Quem te deu cuidado e o que você sentiu E aí a quantidade de gente que falou que esse segundo exercício foi muito mais incômodo Claro foi imensa e também pessoas que disseram Ah nunca ninguém cuidou de mim e eu nunca nem sei o que é isso com uma certa postura quase que se vangloriando dessa situação e e ninguém ninguém falou que a última vez que foi cuidado foi cuidado por si mesmo Uhum
E isso Me cham muita atenção porque Como assim né você não pode colocar você nesse papel também de cuidar de si óbvio que a gente tá falando de vínculo que é importante a gente se vulnerabilizar é porque são coisas diferentes mas claro que sim né mas é porque estrit aqui nessa lógica em princípio a gente precisa de um outro para cuidar da gente e a gente vai aprendendo maneiras de se preservar de se contornar de se compreender de se ouvir de se ajudar mas na minha opinião a gente sempre precisa do outro não infelizmente para
o nosso modelo social não tem jeito a gente vai precisar de outras pessoas não tô falando de namorados e coisas assim eu tô falando de pessoas que possam olhar pra gente falar eu tô entendendo o que você tá falando ou vou tentar entender o que você tá falando e mesmo que eu não consiga resolver para você eu vou vou tô tentando te ouvir isso implica que eu possa dizer né que eu possa então para poder dizer pro outro est troço eu tenho que poder ouvir aqui dentro né então é uma um processo que passa por
um troço que é nosso né de falar cara eu vou conseguir falar essas coisas eu vou tentar vou me autorizar a falar vou me autorizar me colocar nessa posição que a gente aprendeu ao longo da vida que é uma posição errada né que que e a gente de novo mesmo que a gente diga isso aqui que que isso é necessário todo o sistema eh funcionamento de trabalho e Coisa e Tal diz pra gente cara você tem que performar você tem que ser [ __ ] você tem que tá bem você tem que tá bonito você
tem que tá magro a gente luta contra isso mas isso tá aí né então é é uma é uma luta um pouco desleal assim sabe e e as relações sofrem muito com isso né então mas aí eu fico pensando na sua pergunta do post sobre como é que a gente faz para resolver o déficit coletivo de amor que a gente tá se a resposta não é a proatividade nesse sentido ao invés de esperar que a gente doe porque o que eu percebo E aí por experiência própria eu já tive muito nesse lugar de ficar pelo
amor de Deus quando você vai olhar para mim e me dar o cuidado que eu quero né E vocês sabem disso todos eu acho eh e aí quando quando eu me coloco nessa situação de oferecer aquilo que eu tanto quero é como se depois eu conseguisse de volta vou dar um exemplo básico eu posso esperar o cuidado do meu marido e aí ele não dá porque ele táa lá com as coisas dele com as questões dele com tudo mais e aí eu falo Caraca mas agora que eu não que eu não recebo esse cuidado e
eu ainda tenho que cuidar dos meus filhos e aí eu sinto dentro de mim uma raiva uma frustração não tenho condição de cuidar dos meus filhos agora porque eu que queria cuidado Eu que queria que alguém me colocasse na cama me cobrisse bonitinho fizesse um casulinho no cobertor nesses dias fios de São Paulo mas aí eu falo não cara vamos lá e aí vou ler uma história e me envolvo com a história e vou dar o cobertor que eu tanto queria e vou fazer o carinho e vou dar o beijo e vou dar espaço para
eles falarem à noite o que que eles TM para falar ainda do dia e se sentirem ouvidos aquilo Me Transforma Sim eu entendo e eu eu sou um pouco menos assim esperançoso talvez E otimista se é que dá para falar isso do que você em que sentido eu entendo que sim isso é muito positivo isso é muito legal e tal e pra gente aqui nesse Campo da neurociência afetiva pro P porque o cara classificou essas coisas a gente tá falando de coisas diferentes né então você tá satisfazendo um campo das suas necessidades tá criando um
campo de prazer e é prazer ele existe real tudo bem e que é a necessidade de cuidar é o prazer de cuidar que é de fato um prazer é gostoso para caramba se sentir capaz de cuidar de alguém é fala cara olha que legal e tal pessoas com as quais Você tem uma identificação né não é qualquer pessoa a gente quer ter empatia com qualquer pessoa e se cobra isso e não é assim que funciona infelizmente mas tudo bem mas eh isso isso infelizmente por isso t falando que eu sou menos otimista não substitui os
outros Campos né e o problema da gente é que a gente tenta substituir as coisas e e ocorre que na nossa vida algumas satisfações são muito mais fáceis do que outras de conseguir né então é é mais fácil Teoricamente conseguir um copo d'água do que conseguir estabelecer um vínculo com alguém é mais simples né é mais fácil conseguir Teoricamente estabelecer dominância você você ganha alguma coisa do que gerar uma relação de confiança e com alguém é teoric no nosso sistema é Teoricamente mais fácil você pode conseguir passar no negócio tá beleza né mas conseguir fazer
alguém cuidar de você é muito mais difícil né Então o nosso sistema também funciona com dentro da nossa priorização tem uma coisa que são as oportunidades de satisfação que a gente tá o tempo todo lendo então aqui não tenho amor mas tem o chocolate e aí então o chocolate é muito mais fácil né e beleza então tem isso isso ocorre então aqui não tem que os vícios adições tudo isso compulsões tem muito a ver com esse sistema que a gente vai achar um tipo de satisfação aqui mas que não é da Necessidade que tava em
desvio lá então na minha opinião isso funciona até a página x porque vai chegar uma hora que você vai falar cara a gente precisa conversar porque eu preciso que não precisa ser o tempo todo mas eu preciso que de vez em quando você possa perguntar como é que eu tô porque senão fica [ __ ] senão eu tô aqui sentindo que eu tô carregando tudo sozinho e tal mas o que eu sinto é que quando eu me dou essa satisfação a chance de eu chegar e falar cara a gente precisa conversar sem a raiva sem
a raiva sim sem dúvida né e sem todas as todas as projeções de uma maneira mais limpa sem o vitimismo de que você não tá cuidando de minim E aí tem um acesso mais fácil depois paraa outra pessoa chegar e cuidar então a minha ideia aqui é como se a gente tivesse um caldeirão de coisas nesse caldeirão do mundo do Déficit de amor eu vou voluntariamente depositar o meu amor esperando que aumente o total de amor desse caldeirão sim eu acho eu espero que seja certo é mas eu acho que faz sentido acho É porque
tem um al vínculo aí também né assim a maneira como eu me vinculo comigo e entendo que aquilo ali me fortalece né para algumas pessoas o vio adicção o chocolate traz a sensação de que tava buscando aqui o cuidar do outro me aquece me fortalece E aí eu consigo colocar né com menos R raiva talvez ou sem raiv eu sinto que a gente tá falando de dois conceitos diferentes também que é o prazer e a felicidade né o prazer nesse lugar da satisfação da de de de satisfação uma moment e e o e a felicidade
nesse lugar do contentamento mesmo É sim Acho que sim eu acho que a felicidade é uma é uma um complexo de satisfações a médio longo prazo que a gente pode olhar e falar Tá tudo bem Tá melhor mais bom do que ruim né vamos dizer assim tá melhor do que pior e acho que sim para PR para psicanálise para neuropsicanálise prazer Essa é o retorno a a a zona homeostática né então é assim tem um desvio lá acontecendo que cala tem uma sensação de prazer que é variável Depende do que é então pode ser de
raiva de medo de né de fome de sono de um monte de coisas quando a gente consegue retornar pra Zona homeostática a gente tem uma sensação de prazer que é diferente da ideia do Freud de descarga então um retorno para uma zona eh que eu acho bem mais legal do que a ideia de descarga mas eh tudo bem mas isso e agora felicidade ou uma sensação de contentamento vamos dizer assim envolve um uma certa paisagem né então eu tô aqui a vida não é perfeita mas ela é suficientemente boa então eu tenho eu tenho um
certo amadurecimento para conseguir Navegar isso aqui mais ou menos bem então mas eu acho que isso hoje em dia a gente tá perdendo um pouco né porque esse suficientemente bom como a gente tá na comparação o tempo inteiro através das redes sociais ele tá ficando cada vez mais distante né sim s porque isso is é nada é suficiente nunca nada é suficiente para o alto né É não com certeza e avante e além né então isso é muito nem na gente nem no outro né oscila né Eu não sou suficiente o outro não é suficiente
então a gente tá o tempo todo se lança muita raiva de mim Seme sempre muita raiva de mim muita raiva do outro e tal agora sobre essa coisa do autocuidado e aut vínculo que é um outro assunto que acho super importante mas e que de novo são para mim são coisas diferentes né Eh eu não acho que uma coisa substitui a outra entendeu então eu tava agora no avião lendo de novo eu tenho medo de avião né então eu tenho que fazer um sistema para eu conseguir passar por isso que vai passar por várias coisas
se eu tô com a flor ou se eu tô com os meninos muito menos medo eu falo Ah tá é se der ruim tá todo mundo junto e vamos seguir e eu não eu Ao contrário de você não acredito que tenha nada é para mim é isso mes eu tenho agorafobia né Por Conta do Pânico e tal eu fui para Salvador recentemente só cortando aqui um pouquinho no auge da do vuc Vuco ali com a mamã e tal com as emoções e eu precisava fazer uma palestra super importante profissionalmente para mim que não dava para
para voltar atrás já tinha acertado tudo eu levei minha filha de 12 anos sim e foi muito legal Foi incrível mas assim eu não daria conta né e e levei assim e e eu tenho isso é então aí é o vínculo né o vínculo realmente faz uma uma você se porque aí mesmo que ela não esteja cuidando de você o fato de você se sinta capaz de cuidar de alguém é você fala bom é falou lá ela ela tem medo da decolagem fui segurando a mãozinha dela tal a hora que eu fui ver a minha
a minha eu tenho uma uma médica que cuida de mim também porque os médicos também adoecem tem gente que acha que não e aí ela tinha me dado lá um remedinho caso eu tivesse uma crise de ansiedade quando chegou lá ela falou Chegando lá você pousou você me me manda uma mensagem quero saber como você chegou cheguei e falei Bia nem lembrei do remédio lre nem lembrei do Rivotril é exatamente eu ando com Rivotril na nessa é mas ISS isso é uma coisa e é o vnculo né então a necessidade de cuidar o prazer de
alguma forma abula Nossa na nossa condição de existência mas não substitui então não adianta você tomar muita água se você tá com fome entendeu porque vai chegar uma hora que você vai precisar comer esse aqui é sendo bem Tosco assim é esse que é o ponto mas é bom tomar água respirar e falar então preciso comer do que falar né Eu concordo também mas o essa coisa do do então dizendo t lendo um livro do Alejandro zambra que é um livro que é São cartas ao filho carta ao filho eu acho que é isso e
que é lindo e que de certa forma eu falei ó que legal tô lendo isso aqui produzindo uma espécie de identificação com o meu momento cuidando de mim mas nesse processo tem uma conexão com um outro que eu sei lá quem é que é a literatura as artes e tudo isso que passa por esse campo que de alguma forma ainda é vínculo uhum com o outro distante e tal mas eu tô pensando esse cara não mexe tá vivendo esse troço cuidando desse filho e [ __ ] eu eu sei que negócio é esse aí que
ele tá falando e chorei várias vezes no voo assim sentindo aquilo sabe de não estar tão sozinho e e isso que eu acho que é é a chave assim achar maneiras de não se sentir tão só que são maneiras diversas né são maneiras muito diversas que pode ser uma música que pode ser um filme que pode ser caminhar que pode ser olhar as pessoas que pode ser ouvir a psicanálise a terapia um amigo da natureza assim a flor tem muito eu não tenho tanto essa relação com a natureza mas ela ela vai para Sei lá
onde ela ela fica melhor e eu falar que bom e mas não eu não porque eu continuo assim ela fala cara para um pouco eu falo não tá tudo bem mas eu tô aqui e tal mas atender as pessoas para mim eu me sinto menos só e também eles não sabem bom sabem até certo ponto disso mas eu tô lá fazendo um serviço mas ainda assim tem uma coisa de ouvir as histórias e falar olha que coisa cara por onde tanto de que parecido quanto de que diferente fala Olha como a vida pode ser de
outros jeitos então isso também é muito legal que se abre aí né mas o o o meu ponto é que a gente vive objetivamente falando uma epidemia de solidão mesmo assim é um negócio tem muitos dados sobre isso assim é muito preocupante esse negócio e de ansiedade né ligado a isso então eu fico pensando como é que a gente acha maneiras e eu não tenho resposta para isso mas de ular um pouco essa situação e e eu fico tentando produzir o YouTube tem a ver com isso tentando produzir autoescrita tem a ver com isso espaços
de algum tipo de troca de reconhecimento Mas não é fácil porque todo todo o negócio empurra para um outro lado que é produzir trabalhar ser o melhor parecer melhor do que você consegue ser sempre e finge que não e se dopa de algum jeito com celular ou com alguma outra coisa remédio e tal e dorme e segue continua no dia seguinte não há uma expressão Livre Então mas eh você falou do livro e essa semana eu tive a companhia de um livro num num voo que eu fiz que foi um livro que me fez sentir
exatamente isso que você escreveu aí chamado long path não sei se vocês já leram de um cara chamado ar Ari walles e ele tem um é muito interessante a história de vida dele porque ele é um cara que perdeu o pai eh perdeu o pai cedo mas o pai tinha perdido os pais na segunda guerra mundial o cara judeu e os pais foram persegu perseguidos pelo nazismo morreram na Segunda Guerra Mundial ele ficou o o pai dele então portanto né ficou ficou órfão e depois o pai dele morreu muito cedo mas era um cara que
Embora tenha morrido muito cedo sempre falava do passado apegado ao passado e a mãe era uma futurista e que foi estudar artes no México inclusive você fala do México e e ele falou assim minha vida inteira eu vivi Entre esses dois lugares então desenvolvi também também ele é futurista E também desenvolvi o primeiro lugar pra gente pensar no futuro um pouco da da história da memória que a gente falou é reconhecer o passado então ele fala da importância da da do da de Honrar né Essa questão transgeracional mas aí ele fala um pouco sobre isso
sobre como diminuir a solidão do mundo né que é uma das questões que ele aborda no livro ele diz assim eu quero fazer com que as pessoas se sintam menos solitárias eh pros meus descendentes então eu quero aumentar eu quero ampliar essa linha de partida da solidão não quero que os meus descendentes se sintam tão sozinhos estão desvinculados então todas as oportunidades que eu tenho olha as pessoas nos olhos uhum seja o atendente da padaria seja a pessoa que vai me receber na portaria do prédio e que vai me dar um bom dia vou perguntar
o nome eu vou entregar alguma coisa e são essas pequenas coisas né e e na hora que a gente tava falando da história da natureza nós aqui somos desse jeito eu e ain é um pouco mais do que a Ana Paula mais parecido com a com a flor assim porque a gente chega em qualquer canto a gente já tá ótima se tiver uma árvore A gente já não tá mais sozinha eu tô aprendendo e tô curtindo viu não eu acho que é um caminho é então e me veio muito essa imagem da árvore que eu
acho que pra gente fazer essa chave de diminuir a solidão do mundo e esse déficit de amor a gente tem que espraiar as nossas raízes né porque a árvore ela não tem uma única raiz que vai para um lugar só ela não tira tudo do mesmo lugar como se fosse Ness o amor romântico ela ela ela faz um ela espalha a saia de raízes dela e e vai capturando aquilo que ela precisa de nutrição de vários cantos do do solo onde ela tá Ah que Coisa Linda essa imagem adorei isso e eu acho bonito quem
é isso né Tipo ela já se nutriu da minha imagem tá vendo já e eu eu um desenho e eu sinto que a gente precisa fazer isso né Tá bom então O Emanuel vai me trazer reflexões importantíssimas que V vão me ajudar a entender aquilo que eu sinto a Cíntia vai me trazer uma palavra de conforto naquele momento e vai ser a pessoa que vai me trazer complicidade Ana Paula vai me trazer as risadas que ela ninguém vai me dar tudo mas você vai ter maçãs né nessa macieira que eu desenhei aqui Você já pensou
que era uma macieira eu já tava mais numa Sama mas tudo bem não é que eu pensei eu tava até quando eu pensei na ideia do do da fruta daí veio a Copa né mas porque daí no fim você isso vira uma coisa que você produz para entregar pro mundo né e que não foi uma uma coisa que você criou necessariamente da sua própria semente e Raiz sozinha né a a planta depende da água do solo do lugar onde ela tá né e da né para poder se nutrir oferecer pro mundo sim total agora é
É engraçado porque a coisa da das Raí né dessa abertura porque o eu concordo que a gente precisa abrir o negócio e que pedir de um objeto só que ele de conta de tudo é uma estupidez e angustiante para todo mundo não é um bom negócio mas ao mesmo tempo eh eu acho que tem assim a gente faz uma passagem disso para um cara tem que ter muita gente e a gente começa a viver uma vida meio quantitativa relacional assim né e e e a gente vê isso o tempo todo né então os números né
Quantas pessoas seguem em quantas pessoas curtem quantas pessoas falam quantas pessoas você atende quantas pessoas você namora quantas pessoas você transa quantas quantos amigos e e e o que a gente tá dizendo não tem nada a ver com isso então isso é importante porque eh só cada pedaço dessa raiz só faz sentido se tiver qualidade de relação ali dentro acontecendo né que eu acho que é uma coisa que a gente perdeu muito assim a gente podia ter cinco pessoas mas eram cinco pessoas que de alguma forma É nutrem de fato né então quando você precisa
e pode ser cada uma para uma coisa real Total assim aquela pessoa tô com aquele problema aquela pessoa vai ser mais legal eu acho uhum eh mas alguma coisa vinha dali e não essa experiência que a gente tem que de novo é uma experiência de dominância de de né de de hierarquia de tenho quantas mil pessoas aqui comigo e vocês fazem isso aqui tenho certeza que vocês pensam sobre isso tanto quanto eu penso sobre isso sobre os números e sobre a performatividade das coisas e quanto que isso não tem nada a ver com que a
gente tá falando então a gente faz vive uma vida muito mais quantitativa do que qualitativa nesse sentido isso eu acho muito grave a gente passa pouco tempo investido na qualidade das relações e muito tempo investido nos números na performatividade e na quantidade e isso é estúpido assim mas é o que a gente tá estão dizendo que a gente tem que fazer e a gente vai porque a gente quer ser bom né não a gente não vai a gente aprende a gente não vai a gente não vai eu acho que a gente tem que Remar muito
Contra isso é mas vocês não se percebem fazendo isso ou s s não Então na verdade assim o que que eu é que é que para mim também de novo vem a minha coisa atípica né Eh nesse sentido como eu tinha números muito expressivos na quando eu tava na TV na Globo e eles nunca serão alcançados de novo e se eu ficar baseada nesses números que eu já tive vi eu já já era aí fui PR né foi pro pro meu Limbo então o que que eu fiz eu aprendi que isso não diz nada sobre
mim porque hoje é uma algo muito muito menor o que eu tenho né e e ir nesse caminho contrário me faz por exemplo hoje se você perguntar eu não sei quais são asos nossos episódios que dão mais audiência nesse lugar não é algo que para mim faz diferença Mas concordo com você que muito tempo da minha vida passei olhando para isso mas me dá muita liberdade de não olhar uhum me dá muita liberdade de não olhar é um processo né mas também pode ser ativo isso não vou olhar para isso totalmente é uma escolha você
fala não vou tem que ser ativo porque Tend a minha tendência a minha tendência é olhar sempre olhar crescimento curtidas e tal Ah o episódio pera aí como é que foi esse como é que foi esse corte como é que como é que como é que com é esse com é é quantas curtidas quantos compartilhamentos a minha tendência é essa e eu sei que a Mari não é bom porque aí Me põe nesse lugar de ó cal olha outra coisa também é mas é porque de algum jeito Isso aí a continuidade do trabalho tem a
ver com os números também né o dinheiro tem a ver com isso em algum S então a gente eu eu acho mas isso é meio daí não fim né É E às vezes eu acho que as pessoas com invertem n é é é meio com certeza é meio para alguma outra coisa inclusive o dinheiro é meio para quê né que é uma outra pergunta que a gente Vas vezes se faz eu quero dinheiro para quê Porque você fica vendo a conta mas e E aí que que é para onde que vai chegar mas é uma
a gente vive no mundo de de de numerações né né de sim e de muito menos contatos e e em muitos sentidos a gente produz ferramentas para ter menos contato né a gente fala que tá se conectando mas não tá então sempre fico preocupado com negócio do chat GPT por exemplo falando é ótimo porque eu não preciso acho tudo lá fala mas você pergunta o que para quem então agora hoje em dia você não lembra da conversa que levava duas horas de quem que era mesmo aquele ator não existe mais essa conversa a gente passava
dias às vezes tá viajando fala como era aquele filme e isso ficava conversa com o autor que você vai na livraria antes o cara fala Reserva um tempo para conversar exatamente a nossa vida era atravessada por não saberes assim e e agora a gente quer resolver as coisas muito rápido para poder fazer uma outra coisa que é uma produção de modo geral né que é pr eu tenho que agilizar isso aqui para conseguir fazer essa outra coisa que é uma coisa para produzir uma coisa para ganhar uma coisa para chegar a algum lugar que eu
não sei muito bem onde é mas então eu acelero o processo provavelmente likes e dinheiro likes e dinheiro porque tem isso ISO ca dinheiro né ISO isso é real isso existe eh bom eu faço YouTube Eu sei tá lá o negócio e você fica tentando achar maneiras disso não ser o centro e de ler os comentários de verdade quando eles são legais falar olha que legal As pessoas mandam um e-mail você pensa coisa aí é muito legal fala [ __ ] tô pensando um troço que eu não pensaria se não fosse por conta desse troço
que eu faço isso é muito maneiro Mas isso não é o tempo todo tem parte da máquina que é E aí cara se você não prestar atenção tingó é engole sim isso tá na vida de todos nós produtores de conteúdo ou das pessoas em geral que é assim o entregador do Rap imagina o que é isso né É É número é é uma é uma insanidade a gente tá falando de novo de um lugar de muito privilégio aqui muito legal mas que a vida das pessoas é pautada por um por um sistema de numeração assim
quanto que você faz quanto que você entrega e e e segue o baile rápido em São Paulo gente eu desci em São Paulo fal em São Paulo é carinal quais são seus princípios antes do F Tem um amigo meu que diz assim que você quer falando do fim Tem um amigo meu que diz assim São Paulo para quem trabalha é igual à morte um dia você vai acabar lá e eu acho uma frase muito boa porque tem essa carga mesmo em São Paulo né mas eu eu eu se a gente mergulhar nisso a gente vai
vai vai ainda mais estender aqui o nosso Episódio mas eu quero falar de novo voltar pro livro porque a gente falou falou falou falou e falou da mãe e não falou do pai e você é pai de dois e você fala fala do seu pai no livro aham Primeiro quero te perguntar como é que é ver essa história toda da mãe e desse vínculo que você descreveu tão bemm ao longo desse podcast como pai e rever agora é é é é muito legal né A minha mãe e falando da mãe é engraçado que eu fiz
uma escolha de não falar da mãe no livro eu não vou falar da minha mãe que minha mãe tá viva meu pai tá morto então mais fácil um pouco falar dele porque ele não vai ler o livro então eu tô um pouco mais liberado para falar coisas e eu eu tive esse cuidado com a minha mãe tem alguns pedaços do livro que eu falo dela mas pensando cara tentando não machucar o o enfim e e minha mãe é psicanalista e ela é especialista em crianças né então tem esse negócio lá específico também da coisa minha
mãe é especialista em bebês Nossa que interessante e já era quando você nasceu já era foi ficando mais ficando mais mas já era então é o caminho sem volta né porque começa essa Acho que sim Acho que sim Então essa essa potência da relação da mãe assim é uma coisa que eh fica vai ficando inegável né mesmo qu você querendo que o pai seja um troço maravilhoso e tal depois que eu tive meu primeiro filho Martim a gente se separou ele era muito novo e a gente fazia um negócio que era um dia para cada
lado então todo dia eu pegava ele devolvia e tal e E aí tinha essa experiência que era tenebrosa assim de tirar ele da mãe e ele ficava muito muito mal e chorava chorava chorava e tal e e quando eu devolvia ele ele ficava ótimo e aquilo me destruía fal cara que merda né e e e é assim e eu falei mas vai ser assim eu não vou vai ser assim e tal e tudo bem vamos nessa hoje em dia não é mais assim né ele ainda gosta mais da mãe do que de mim tudo bem
mas mas você que acha isso não eu eu eu bom eu S só pode ser mas eu acho que faz sentido meu meu meu achar Mas tudo bem talvez uma hora mude tá tudo certo e não é esse o ponto também eu não tive um filho para ser mais gostado do que alguém né exato É só uma boa lembrança Tod é para todo mundo não isso não vai resolver você ter o filho para isso é uma péssima ideia para tratar o amor incondicional não é um bom caminho mas não é mesmo porque você vai dar
muito mais e é isso aí mas então e aí agora tendo um filho num outro modelo que tando fazendo lá a triangulação constantemente né estando junto a a potência da mãe é um negócio é muito assustador né a força que isso tem e isso entrou no livro mesmo que eu não quisesse assim a importância desse primeiro objeto e é engraçado porque pro Freud isso quase não tava lá el só foi falar da mãe lá no final dos tempos é assim ah tem a mulher também a ambivalência pré edípica ele lembrou lá na década de 30
já que tinha isso é bem engraçado mas aí depois o pessoal corrigiu falou olha Então volta aqui atrás né e tal mas a essa força da mãe e a diferença que ela faz na maneira como a gente vai processar tudo que vem depois não é que ela determine as coisas né mas é aquilo a gente a gente vai fazendo aprendizado em cima de aprendizado né a gente vai como tudo a gente aprende adiante do que tava lá e e a mãe é é é esse objeto inaugural de todo aprendizado né de porque o aprendizado tem
a ver com um desvio que a gente acha uma solução e a gente aprende ou a gente acha uma não solução e a gente aprende então a mãe é isso né E esse essa primeira coisa eu tava até agora pensando se eu consigo escrever um livro sobre sobre e sobre a mãe e Mas é bem mais difícil eu perguntei do pai você só falou da mãe eu pensei nisso mas não é porque eu eu falo eu falo eu tô falando da minha função paterna em comparação à mãe entendeu Ah sim e e porque pensando é
isso né Eu acho que pensando no pai eu me percebo muito menos importante sabe e como é é isso é uma aceitação é bom assim de certa forma é é um certo é terrível por um lado né se perceber eh tão tão tão frágil assim e tão hoje hoje mesmo ontem antes de sair né dei um beijo no Vicente ele foi dormir com a flor e aí eu falei ah tá dei um beijo nele mas ele não precisava do meu beijo sabe ele podia dormir só com ela e Então qual que é a minha função
uma função de de alguma forma de um processo de identificação com ele dele poder fazer um modelo de alguma forma e mas na medida em que ele precisa sabe disso que ele precisar disso não na medida em que eu preciso disso então de certa forma é uma posição de est disponível para ele e em alguns outros momentos de tentar romper um pouco Essa dupla tão forte isso é o mais difícil talvez de fazer tem tanta fala uma cois você ag você CONSEG voltar lá atrás e de repente você acha que você dava mais importância ou
gostava mais da sua mãe do que do seu pai eu no no eu acho que muito mas aí aquela coisa da memória episódica né quando eu me lembro eu já sou muito grudado ao meu pai mas quando eu consigo me lembrar mas na verdade é óbvio que não hoje em dia eu sei que não que é uma ilusão então eu me lembro da uma das análises que eu fiz na vida no na o último dia eu falando só do pai meu pai tinha acabado de morrer e ele falou olha só para te lembrar que tem
uma mãe tá e eu só falava do meu pai eu falei é É verdade mas eu não me importo tanto com a minha mãe assim mas tava lá mas essa a eu eu pensando sobre a minha função hoje como pensando nessa função que eu tinha com o Martim que era muito doída e agora na função com Vicente a para mim talvez a coisa mais importante que o pai tenha que fazer e tem a ver com o que a gente falou antes de Quando que o outro tá preparado para buscar outros objetos né de satisfação é
assim interromper Essa dupla sabe mas é difícil de fazer isso é duído de fazer você toma umas porradas ele não quer que você faça ela não quer que você faça várias vezes mas isso salva todo mundo né salva é necessário que seja feito né mas a gente fica muito frustrado Porque o pai é muito maltratado nesse processo no início Pelo menos é então é muito fácil às vezes falar Ah então tá então fiquem aí porque vocês Vocês não precisam de mim tá tudo bem e tal mas é é uma certa luta de interrupção da dupla
que tem que ser feita com muito cuidado isso é muito difícil ter esse cuidado é muito você não acha que isso é uma questão de gênero porque vocês todos vocês três TM filhos homens eu tenho duas meninas e vocês estão aqui falando em casa não aconteceu isso as minhas filhas Acho que são um pouquinho mais grudadas em mim do que no pai tá mas foi muito fácil Essa transição de olha agora é com o papai e teve muito isso Porque durante um bom tempo eu trabal também são gêmeas né que não dá para ficar sim
sim mas durante um bom tempo eu trabalhei mais do que o Ricardo e eu dava plantão e tal Ricardo é dentista e Ricardo ficava com elas desde pequenininha e e a minha ausência era era fo foi elas foram se acostumando com isso e eu não não tinha essa coisa de berrar para ficar com o pai porque tem que a mamãe não tá E eles TM um vínculo elas TM um vínculo com o pai absurdo assim desde pequena então eu não sei se é porque ele já foi meio mãe desde o início para me ajudar porque
me ajudou muito como a gente fala que pai de gêmeas é é meio mãe sim mas eu não sei se acha que é uma questão de gênero com aquela história de que o filho homem com a identificação acho acho que no primeiro momento não acho que depois Possivelmente sim mas no primeiro momento eu acho que não eu acho que tem provavelmente Provavelmente tem mais a ver com essa estrutura específica de serem gêmeas e de que tinha um pai que tava tava muito presente lá então quando a gente tem por exemplo uma avó muito presente outras
pessoas muito presentes eu não tô falando de alguém que chega lá de vez em quando para interromper tô falando de alguém que tá realmente lá e o vínculo se constitui com essa outra pessoa né o vínculo não tá dado de cara o vínculo leva como a gente pensa se meses para acontecer ele começa a acontecer de fato o vínculo que não é simplesmente alguém me pega no colo e me dá um leite tal um calor né o vínculo com uma figura começa a acontecer a partir do sexto mês mesmo que você começa falar aquela é
aquela pessoa que faz aquilo você começa a montar as figuras né não tá dado isso de de cara tanto é que no início qualquer pessoa pega um bebê se não for um estúpido vai dar conta assim se fizer direitinho mas logo depois isso vai vai vai estranhando e tal mas provavelmente na sua estrutura isso aconteceu de uma maneira que que mas eu diria aqui que elas devem ter sentido Sua Falta muito provávelmente assim mesmo que tendo uma outra tendo uma a outra e tendo pá isso tenha sido mais ab lado e claro tem gente que
é mais ligado ao pai na vida do que a mãe mas é essa essa função do primeiro objeto a função materna como se diz que pode nem ser a mãe em certa de certa forma mas essa figura que fez essa função fura é então talvez ele tenha feito uma função materna não uma função paterna de interrupção né do terceiro como a psicanálise fala a função do terceiro eh que entra que é o mundo que interrompe ali que constitui uma compreensão de que aquilo não vai ter mais e que você passa a simbolizar construir linguagem fantasia
imaginar que é super importante mas a função materna é uma função inequívoca nesse sentido sabe até uma consulta que que pode ser feita por você tem dois pais por exemplo né que pode ser enfim não é não é esse o ponto da fala mas falei do pai ou não pensando agora agora acho que falou não é que eu fiquei pensando com Tod essa sua fala sobre o pai e em vários homens que eu conheço né E aí falando de uma relação são digamos assim mais típica que que muitas vezes diante dessa dificuldade de interrupção ou
por achar que a mãe satisfaz melhor as necessidades eh se abstém dessa tentativa de entrar em várias idades diferentes tanto no pon quando as crianças são muito pequenininhas quando depois por alguma coisa de separação ou tem um amigo por exemplo que a a esposa se mudou que separaram mudou para fora do país e ficou anos sem ver os filhos como se aquilo ali tivesse tudo bem bem não Eles não precisam de mim e tem um pouco desse lugar que entra numa certa zona de conforto né totalmente mas eu passei muito por isso ag agora com
a flor como a gente tá junto eu passo muito mais por isso do que eu passei antes paradoxalmente eu fui um pai mais presente do Martim porque estava separado do que eu sou do Vicente Uhum E é injusto comigo dizer isso mas é verdade por outro lado porque assim como tem a mãe lá eu posso dizer que é uma brincadeira que a gente faz quando tô exausto e tal eu falo Vicente quem que você quer que troque sua fralda olha com uma cara cara você é muito babac aí eu falo a eu falo não vamos
lá trocar vai tá mas mas enfim tem isso né e teve essa coisa específica de que ela ficou mais tempo em casa e eu fiquei trabalhando na natureza do trabalho dela é muito diferente da do meu então eu voltei a trabalhar com um mês da vida dele e ela ficou lá até um ano a gente conseguiu ela conseguiu ficar lá com ele a um ano ela começou a trabalhar de novo mas ainda assim de uma maneira bom gravando coisa é diferente de todo dia esse cara vai embora e todo dia tchau papai tchau papai e
tal então no começo era muito difícil mas por outro lado tem uma coisa que é assim ah não tá comigo é fácil falar não tá comigo eu chego cansado em casa o homem provedor e tal eu não sou provedor de nada mas essa ideia né é essa essa essa né fantasia e aí eh quem que vai dar banho nele fal porque dar banho no Vicente é um evento não é assim vai dar banho ele corre pela casa ele foge pelado tá ontem mesmo ele tava fazendo xixi pelos lugares cara pelo amor de Deus vamos tomar
banho e ele se diverte e tal se você tá de bom humor descansado aberto e tal é maravilhoso mas você tá exausto depois atender oito pessoas seguidas e não sei que e tará ou a flor Também depois de gravar Sei lá o qu não é fácil não é não é vocês sabem a gente se cansa então às vezes né é às vezes tem tem que cansar Mas então tem isso que é é às vezes é mais fácil dizer cara eh vai aí porque ele não quer que eu vá mas uma coisa que a gente fez
que foi muito importante foi que de noite eu passei aí sempre e porque a flor precisa dormir mais do que eu se ela não dorme ela fica muito malum ela fica muito transtornada real assim e faz mal pra casa inteira então eu posso ficar sem dormir mais fácil um pouco eu depois fico com herpes mas tudo bem é menos grave não é verdade uma hora que fiquei com fostera falei não aí aí já tá mais p mais Car porque é um negócio que tá Tá chegando mais cedo n pessoas também né mas aí mas de
noite eu vou então tem isso que é legal porque ele também já sabe ele fala Mamãe Fala não cara mamãe tá dormindo e aí Ah e tal e aí vai então isso é para mim é super importante sentir por exemplo a tirada fim da da mamentação ali a tirada da mamada da madrugada que a gente ele mamava de hora em hora no começo depois de duas em duas horas era desesperador meses de duas em 2as horas e a falor não dormia e eu falei cara agora eu vou interromper essa mamada da da madrugada primeira Pelo
menos foi uma guerra mas uma guerra de porrada mesmo assim Terrível ele me odiava mas foi e foi super importante para ele também ele aprendeu a dormir porque era ansiedade muito mais do que outra coisa eu tava lá com ele e tal eu não tô aconselhando ninguém não é isso tá tem que fazer isso nada cada tem suaa tem sua estrutura mas foi super importante mas várias vezes é mais fácil falar cara vai lá com a sua mãe porque né maman maman mamã ou eu não faço falta é ele não precisa tanto assim de mim
é uma é uma desculpa claro com certeza óbvio né porque a gente se cansa ou enfim deveria pelo menos poder cansar Mas o que eu fiquei de tudo isso assim tem muitas reflexões aqui mas a gente já Estendeu para caramba é o quanto a gente às vezes como mãe também E acho que eu tive consciência disso não talvez integralmente mas não reconhe a possibilidade de aprendizado para o pai né desse lugar onde ele é menos importante né de verdade assim porque uma relação onde a gente se sente não que seja menos importante não tô dizendo
isso mas onde a gente se sente menos importante é uma relação de um aprendizado absolutamente profundo porque tem esse lugar da Liberdade mas tem o lugar de uma humildade né e de um e e de qual é o lugar nosso então numa relação onde a gente não é a coisa mais importante porque o papel da mãe é muito confortável nesse nesse sentido né Ah tudo bem eu posso dizer que eu tô exausta mas eu sei que eu sou [ __ ] ali que eu sou insubstituível ali né É sim então ISO Pô muito amada né
cara é maravilhoso nesse é maravilhoso mas ele pode ser viciante e ele pode ter um monte de armadilhas n limitante para todo mundo também limitante para todo mundo sem sim não e várias vezes eu vou falar pra Flu falar cara eu preciso que você me deixe vai vai lá vou fazer tal coisa Aí vem ela fala Não mas esse eu falo não não não não eu tô vestindo ele agora você não vai vir aqui dizer que ele tem que botar tal coisa porque não dá eu tô vestindo ele ah não tá tá tem é muito
ambivalente né porque é muito cansativo estressante mas também tem muito é assim cara eu sou esse amor desse nesse grau nunca mais vou ter na vida ela é o centro do universo dele mesmo e mas você não acha que tem uma coisa também de construção social dos papéis e aí assim claro que o papel da mãe tá dito tá posto né e eu sinto e que o papel do pai tem sido revisto tem sido Felizmente revisitado sim mas também do da função paterna que eu acho que antes era tida como o provedor ou Eh o
cara que só faz essa inserção do mundo externo na relação simbiótica ali da da mãe com o filho e tudo mais e E aí eu eu me vejo lembrando assim muito do suposto saber né porque é é meio que uma cena clássica Como é que você sabe qual é a que vai fazer o bebê parar de chorar porque ele tá lá chorando e você sempre sabe que é a fome ou é o sono ou é a fralda né e na A bem da verdade que a gente supõe saber e porque a gente supõe saber a
gente se enche de de força ou cansaço não sei mas a gente tem uma ação que é amamentar ou olhar fraldo e às vezes o simples fato de chegar perto do bebê Já acalmou né e eu sinto que os pais faziam menos isso e hoje já tem essa construção social que permite total que vou dar banho eu que vou escolher a roupa vou tentar né é que não vou ter fé que vai dar certo é sim para mim foi um pouco específico isso porque eu já tinha eu eu já era pai quando eu fui pai
de novo e a flor não era mãe então tinha um monte de coisa que eu Tecnicamente vamos dizer assim sabia que ela não sabia tipo trocar uma fralda é uma bobagem mas trocar uma fralda é trocar uma fralda n li limpar a pessoas e tal é então mas eh Então tinha coisas ali que também você tem que revisar porque o outro bebê é o outro bebê ele não é aquele bebê então é tudo diferente mas que você fala não banho tudo certo trocar fralda entende ah botar para dormir vamos ver tem coisas que eu não
vou conseguir fazer que ele vai precisar do peito e não tem jeito né então tem isso que é do biológico vamos dizer assim até até a segunda ordem ainda estamos funcionando nisso Talvez uma hora não funcionem mais mas enfim as pessoas nascem ainda assim eh mas tem coisa que com certeza é do que é é bom ela tem que dar conta então ela vai dar conta ela vai saber às vezes mães muito jovens Sem condição de cuidar da própria vida que tem que dar conta de fazer aquilo e que dão um jeito de dar conta
de fazer aquilo com muito custo às vezes né E que os homens podem se arriscar um pouco mais eu acho que é um convite né para re É acho que podem e e e o legal disso é que quando a gente consegue fazer tem muito prazer na história que é um que é um negócio da necessidade de cuidar ali né tem um campo de satisfação que várias vezes a gente não conhece que a gente realmente fala numa boa assim não tem nada que se compare para mim a experiência emocional da do que eu sinto quando
eu penso nos meninos assim sabe nada assim é um negócio muito mais forte do que qualquer outra coisa e que isso passa por uma por um por uma lida por um trato por uma relação por uma construção de uma relação mesmo e que a gente vacila muito de abrir mão disso né sim você ficou emocionado eu fico sempre quando quando entra nesse nesse nessa coisa é é mas é muito legal né Muito cansativo mas é muito legal é qual que é a idade deles o Martim tem 10,5 e Vicente 2,5 que delícia só para agora
a gente encerrar de verdade vamos qual é a sensação o sentimento a emoção de ter feito esse livro cara esses dias um paciente me perguntou isso ontem eu falou E aí mano como é que você tá se sentindo lançando o livro e tal e aí eu falei ah muito muito bem mas eu fiquei pensando tô mesmo parei comigo assim fiquei pensando tô mesmo tô muito bem mesmo falei porque tinha que seguir a sessão né mas eh no no fundo é vai tô ótimo mas fala de você né porque eu não é esse assunto mas no
fundo para mim a coisa mais legal é escrever é conseguir escrever lançar é uma parada que é legal também e pode ser legal tipo isso aqui é legal porque a gente tá falando disso Isso é muito legal mas tem um monte de coisa de lançar que não é tão legal que é ah que faz assim que faz assado que não é tão legal mas conseguir elaborar na escrita as coisas para mim é genial assim é incrível eu tô aqui pensando que eu quero gastar mais tempo escrevendo do que lançando sabe eh pensando vou começar a
escrever o próximo logo para que minha vida não vire lançar coisas eu não quero ser um lançador de coisas eu quero ser um escritor de coisas né E então escrever escrever é para mim das melhores coisas da vida assim mas trouxe um vazio depois da finalização nesse trouxe uma felicidade muito grande ter conseguido terminar e mas aí tava minha sessão de análise nas últimas três semanas tem um poucoo sobre isso o que que eu faço agora qual o livro que eu vou escrever o que que é como é que é qual que vai ser pode
ser aquilo pode ser aquilo outro porque não tem a a pressão de terminar não tem mais aquilo e eu tô nesse momento da vida que não tem nada de errado sabe assim para resolver tipo não tem nenhum problema que eu tenho que resolver agora então eu fico Como relaxar né é não sei fazer relaxar em relação a negócio que eu que é o grande L minha próxima pergunta para ele Qual é o momento você vai sentar na árvore vai ali observar O Mar Não sei talvez eu eu eu ligo e aviso gente rolou mas mas
a minha coisa é assim eu fico pensando Qual é a próxima coisa que eu quero que eu quero fazer e eu acho que eu quero escrever um outro livro Um próximo livro vou relançar um primeiro livro agora que esgotou vou lançar ele de novo o que é legal também mas qual é o que esgotou chama reflexão a respeito do vaso isso que escrevi 12 anos atrás eh e é um romance curto mas mas eu quero escrever um outro então é isso para mim o momento de escrever é um pouco esse momento da natureza sabe eu
escrevo de manhã cedo eh tudo sem ninguém e aí é muito bom eu fico ali pensando 1 hora 1 hora e meia 2 horas aí os meninos começam a acordar e aí tudo é melhor tudo é muito legal quando Eles acordam e eu já passei por esse negócio aí todo dia fica melhor mas é isso me faz falta eu acho que esse é esse é um lance eu vou fazer uma provocação só porque você contou uma coisa Antes quando a gente estava conversando antes de escrever o próximo trata da dor na lombar é a dor
na lombar é um problema mas tô aqui inclusive tentando lembrar disso né Fala lembrar lembrar e tal mas mas sim vou tratar é importante antes de escrever porque tem esse momento que a gente fica lá absolvido né absolvido é completamente absorto na história do absolvido também porque a escrita traz uma certa absorção você tá l a energia reteu ali precisa circular é mas tem um tem desafio né das da do do corpo porque fica muito mental assim fica tô sabendo É né tá sabendo né T sabendo É eu quero eu depois a gente vai um
dia trazer ele para nossas coisas onde a gente escuta o corpo né vai ter natureza vai ter cor agrade a gente traz a flor também que ela vai adorar refratário esse tipo de coisa mas eu posso posso tentar posso tentar é não pelo menos tá com uma postura assim de abertura É sim sim sim ah maravilhoso Eu quero ler todos os livros dele quero ler todos os Liv ela quer cantar você que tem a voz para isso é esse trecho aqui mar você que tem voz PR aí óculos deixa eu ver se vai esc é
a Maria ela tem uma voz melhor que a gente para cantar a gente não quer pedir que as pessoas não assistam mais a gente mas ela tem que cantar ou ela pode só ler pode só ler né Ah você não pode cantar qual é qual é aquela você virar que tá vendo não já sumiu a voz já foi não mas então só lê Ah é que vocêa sabe também a gente você Ana canta não não canta que a gente então isso tá é isso tá me atravessando por his verá que é mesmo assim a história
não tem fim continua sempre que você responde sim e de repente a gente tá refratário hoje mas amanhã não tá É não sem dúvida né Tem tem que ter essa esperança é ela sempre vem com as músicas elas ficam na minha cabeça durante vou fazer alo V por outro Retiro de voz tá bom então combinado legal gente obgada Obrigada por ter pego o avião para vir para cá Mas foi bom foi bom É tá bom incrível Incrível a gente espera que tenha sido legal para você a gente foi ótimo também leg Obrigada 10 princípios antes
de um fim eh conta depois lá escreve faça uma declaração de amor pro Manuel para ele se sentir assim para ver se balanço esse coração mas Coloque mais amor no Caldeirão do mundo que a gente tá precisando eu acho que é sobre isso também muito Obrigada UEL e faça a nossa venda lá é bom eu Elas falam que eu sou o comercial do do podcast então se você assim como a gente aqui ficou de queix caída com esse podcast adorou Emanuel de repente não conheci que é difícil o trabalho dele segue Emanuel no YouTube no
Instagram e curte esse episódio compartilha manda para todo mundo Deixa teus comentários Leia esse livro e assim como eu já Enda os anteriores até os que estão vencidos esgotados aí porque logo mais vai ter relançamento e a gente te espera no próximo Episódio