Falei anteriormente a respeito da importância da doutrina, doutrina de Cristo comunicada aos apóstolos, que por sua vez comunicaram à Igreja, que tem o propósito de determinar o trilho das nossas crenças e convicções, mas também da nossa conduta e que nos aperfeiçoa. O texto que li na ocasião é o mesmo texto que eu quero começar lendo hoje, 2ª Timóteo 3. 14 a 17.
“Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que desde a infância você conhece as sagradas letras que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. ” O que significa a expressão sagradas letras? Ele explica no verso 16.
Vou ler agora 16 e o 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção, para educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ” A Escritura, denominada por ela mesma como “sagradas letras”, “Palavra de Deus”, ela determina não apenas o trilho das nossas convicções de fé, mas também a nossa conduta. Portanto, ela é o quê?
Oo nosso manual de fé e de prática. Ela é que determina. Ela é a regra.
Ela é o padrão e tudo, tudo aquilo que eu e você creremos, ou a forma como nos conduzimos é pautado na vida do cristão pela Palavra de Deus. Portanto, depois de destacar a importância da doutrina, a necessidade de ensino nesse vídeo eu quero destacar qual é o tema, o teor, o conteúdo da doutrina. E esse, por sua vez, precisa estar fundamentado nas Escrituras.
Quando olho para a vida de Jesus, vejo que em todo o seu ensino e também na sua conduta, a preocupação de Cristo era andar alinhado com a Palavra de Deus, com as Escrituras. No deserto, nós lemos em Mateus, no capítulo quatro, que quando Satanás vem tentar Jesus o tempo todo, qual era a resposta dada por nosso Senhor? A resposta era: “Está escrito, está escrito, está escrito.
” Jesus estava dizendo: “Minha conduta é pautada pelas Escrituras. Ela é a regra de fé e de prática. Aquilo que eu creio é pautado, é determinado pelas Escrituras.
” E, ciente de que a Escritura pode ser distorcida, quando Satanás apresenta uma aplicação distorcida de um texto da Escritura, Jesus responde: “Também está escrito. ” E aqui ele nos chama para uma visão importante que diz respeito a interpretação. Em outras palavras, ele está comunicando que quem explica a Bíblia é a própria Bíblia.
Então Jesus está dizendo: “Eu não posso concordar com essa aplicação de Bíblia que você está tentando fazer, diabo, quando outras partes das Escrituras contradizem a aplicação que você está fazendo. ” E, portanto, vemos no zelo de Jesus, em toda a instrução e orientação bíblica, a importância de que a gente viva pela Palavra de Deus. Só a expressão “escritura” aparece 32 vezes no Novo Testamento.
A frase “está escrito” só no Novo Testamento são mais de 80 vezes que ela é utilizada. Sem contar quando tudo isso fica implícito sem que a frase “escritura” ou “está escrito” seja usada. Por exemplo, no livro de Hebreus, mais de uma vez, o escritor diz: “Como disse alguém em certo lugar”.
Ele não disse quem. Ele não disse onde. Mas ele estava se referindo às afirmações bíblicas ou em ocasiões como lemos “Deus ordenou” ou termos como “Palavra de Deus” que nós vamos ver sendo usado em Mateus no capítulo 15.
Quando percebemos no ensino de Jesus e dos apóstolos que tudo remete, tem como padrão a espinha dorsal da nossa crença, ela é toda baseada, fundamentada em cima das declarações das Escrituras, precisamos reconhecê-la como nossa regra de fé e de prática. E eu creio que o ponto de partida é estabelecer um fundamento. Qual é a autoridade do livro?
Por que esse livro tem esse nível de autoridade, de ser a regra de fé e de prática? Isso se origina no fato da sua inspiração divina. Então, em primeiro lugar, eu quero reconhecer que essa autoridade, esse poder de ser a regra de fé e de prática é porque não é um livro qualquer.
O material pode ter tido a cooperação e a participação de homens escrevendo mas a Bíblia é enfática de que toda a Escritura, não parte dela, não a maior parte, mas toda a Escritura é inspirada por Deus, como nós lemos em 2ª Timóteo 3. 16. Em 2ª Pedro 1.
20 e 21 nós temos também uma orientação adicional similar. “Sabendo primeiramente isto”, diz o apóstolo, “que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação, porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. .
” “Homens falaram”, a Bíblia não está eliminando a participação humana, mas mostra qual foi a sua inspiração. “Falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. ” Até mesmo Jesus, enquanto homem, a Bíblia diz em Atos 1.
2, que ele deu mandamentos aos seus apóstolos pelo Espírito Santo. É muito interessante observar que a Palavra de Deus faz esse destaque em Atos 1. 2.
O Espírito Santo está conduzindo todo o conteúdo, tudo aquilo que estava sendo ensinado. A comunicação e a revelação da lei do que foi entregue aos profetas no Antigo Testamento. Depois, a forma como Jesus vem trazendo um novo mandamento e isso tudo vai sendo ensinado e fundamentado em cima da própria Escritura, que previu, inclusive a própria mudança de lei.
Então nós percebemos o como a Bíblia, de fato, tem fundamentado a nossa fé ao longo do tempo, dos anos, dos séculos, de toda existência daqueles santos homens e mulheres que estão servindo a Deus e que eles têm aprendido algo em comum. A autoridade do livro é a sua inspiração divina. Vale dizer que Jesus reconheceu os livros do Velho Testamento denominando-os de “Escrituras”.
Ele se referia o tempo todo a eles dessa forma e declarou em João 5. 39: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas testificam de mim. ” Ou seja, Jesus disse que a vida eterna é encontrada por meio dela, a Escritura, por quê?
A Escritura aponta para ele. Em Lucas 16. 27-31, quando Jesus está falando a respeito do rico e Lázaro, Lázaro agora sendo consolado no seio de Abraão, o rico diz: “Manda, manda ele voltar a advertir o povo.
” A resposta de Abraão é: “Eles têm Moisés e os profetas. ” Traduzindo, eles têm a Lei, a Palavra de Deus foi comunicada para isso. Paulo diz a Timóteo, é o texto que nós lemos, “elas podem te fazer sábio para a salvação”.
Então a vida eterna vem, é comunicada por meio da Escritura. O próprio Jesus, no seu ensino, validou essas chamadas Escrituras no Antigo Testamento, quando fez referência às personagens das histórias bíblicas. Começando lá por Adão, Noé .
. . estou mencionando Adão e Noé por quê?
São histórias que muitas pessoas que hoje querem se dizer cristãs ridicularizam e dizem: “Não são literiais”. Há um liberalismo teológico tentando fazer da história de Adão e Eva ou mesmo do dilúvio algo como se fosse história da carochinha. A verdade é que Jesus autenticou um ensino bíblico sob Adão, autenticou um ensino bíblico sobre Noé e não apenas sobre eles, e falou sobre Abraão, ele falou sobre Ló, ele falou sobre Moisés, sobre Davi, sobre Salomão.
Ele fala de profetas como Elias, como Eliseu, como Daniel, Jonas, enfim, nós vemos, inclusive quero mencionar aqui Jonas, um outro episódio que o liberalismo teológico tenta relativizar, dizem: “Não, não é bem esse negócio do peixe engoliu e saiu inteiro”, Jesus autenticou essas verdades. E eu e você precisamos, de fato, crer em tudo. Em Atos 24.
14 e 15, quando Paulo está testemunhando diante do governador romano ele diz: “Porém, confesso ao senhor que, segundo o Caminho a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que concordam com a lei e os escritos dos profetas, tendo esperança em Deus como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos. ” E está dizendo: “Olha, o que vocês estão classificando hoje de seita eu quero que vocês saibam que nós acreditamos em todas as coisas que concordam com a Lei e com os profetas. ” Traduzindo: tudo o que nós cremos está fundamentado na Palavra.
Está fundamentado nas Escrituras. Jesus reconheceu a estrutura de divisão básica dos livros do Antigo Testamento. Hoje nós temos uma forma de divisão que não traz a mesma nomenclatura que os judeus daquela época tinham.
Em Lucas 24. 44, a Bíblia diz: “A seguir ,Jesus lhes diz: São estas palavras que eu lhes falei, estando ainda com vocês: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a respeito de mim”. Então ele diz: “na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos.
” Hoje, para nós, os Salmos vêm antes dos profetas. Para eles os profetas vinham antes. O verso 45 diz: “Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras”.
Olho para a Palavra de Deus, olho para a Escritura e vejo Jesus o tempo todo, validando não só os livros, mas inclusive a disposição. A menção dos homicídios feita por Jesus em Mateus 23. 35, o Senhor Jesus faz uma afirmação e muitas vezes isso nos passa despercebido.
Ele diz: “para que recaia sobre vocês todo o sangue justo derramado sobre a terra”, ele diz: “desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem vocês mataram entre o santuário e o altar. ” Quando ele diz “de Abel a Zacarias, filho de Baraquias” Jesus está apresentando algo que hoje poderia ser dito na nossa nomenclatura de Gênesis a Apocalipse. Ele pega a menção do primeiro homicídio em Gênesis, mas Jesus também cita em 2º Crônicas 24.
21, aquilo que, junto aos livros históricos, junto com os poéticos, com salmos, compunham o fim das Escrituras, é a menção do último homicídio na ordem em que os livros já estavam dispostos. Conclusão: se a Bíblia toda não é digna de confiança, Jesus, que baseou seu ensino nelas, também não era. Agora, se Jesus é digno de toda confiança, a Escritura tem que ser.
O que nós não podemos, em momento nenhum, é relativizar isso. Depois de reconhecer a autoridade do livro proveniente da sua inspiração divina e que por isso se torna nossa regra de fé e prática, todo cristão precisa entender o cuidado não só de crer no que está escrito, mas de viver por aquilo que está escrito. Essas orientações vinham sendo dadas por Deus desde a Antiga Aliança.
Por exemplo, em Josué 23. 6, ele diz: “Portanto, esforcem-se muito para guardar e cumprir tudo o que está escrito no Livro da Lei de Moisés, para que dela não se afastem, nem para direita nem para a esquerda. ” Então, desde a Antiga Aliança, a orientação é: precisamos viver por aquilo que está escrito.
Ao confrontar Satanás no deserto, Jesus deixou claro que ele viveria alinhado com as Escrituras. Já mencionamos isso antes. Não aceitaria nenhuma distorção dela o tempo todo dizendo: “Está escrito, também está escrito.
” Jesus também provou, pelas Escrituras, o plano de salvação. E aqui eu quero voltar lá em Lucas, no capítulo 24, no versículo 27, nós lemos: “E, começando por Moisés, e todos os Profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras. ” Ele fundamenta toda a fé dos discípulos, a chamada “doutrina de Cristo”, que os apóstolos pregariam, naquilo que a Escritura, que a Palavra de Deus ensinava, declarava e determinava.
Nós precisamos, como Paulo orientou os coríntios, aprender a não ir além do que está escrito. Em 1ª Coríntios 4. 6 ele diz isso: “Não ultrapassem o que está escrito.
” Estou lendo na Nova Almeida Atualizada. A NVI diz a não ir além daquilo que está escrito. Ou seja, não ultrapassar.
Nós precisamos entender quais são os limites, o que Deus determinou. Qual é a regra de fé e também de prática? A Escritura Sagrada.
E nós devemos viver de acordo com ela, pautar a nossa vida de acordo com ela. No livro de Isaías 8. 20 nós temos uma outra declaração também importante.
A Bíblia diz assim: “À lei e ao testemunho! Se não falarem segundo esta palavra, jamais verão a luz do alvorecer. ” Interessante que o versículo anterior está falando: “Será que um povo não deveria consultar o seu Deus?
A favor dos vivos se consultarão os mortos? ” Por quê? Havia pessoas dizendo: “Vamos consultar médiuns, adivinhos.
” Deus diz: “Não, não, não. Quem se consulta é Deus. ” E como se consulta Deus?
À lei ao testemunho, volte para a Escritura. A orientação que Deus tem para você é oferecida por meio das Escrituras. Esse é o ensino bíblico.
Em Atos 17. 11, nós lemos de quando Paulo está pregando o evangelho em Bereia e a Bíblia destaca o quão nobres aqueles judeus foram diferentes dos de Tessalônica, onde Paulo tinha pregado anteriormente. O texto diz assim: “Ora, estes de Bereia eram mais nobres do que o de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.
” Eles estavam receptivos a uma pregação, mas iam conferir, examinar as Escrituras. “É desse jeito? É exatamente isso que eles estão pregando?
É o que está lá? Realmente nós não vimos isso? ” E esse exame, destacado pela Escritura como um ato de nobreza, mostra a importância de que eu e você possamos dar valor às Escrituras.
Em Gálatas, no capítulo um, apóstolo Paulo foi um homem de muita revelação, mas esse homem de revelação diz, nos versos 8 e 9: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu pregue a vocês um evangelho diferente daquele que temos pregado, que seja anátema. Como já dissemos, e agora repito, se alguém está pregando a vocês um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja anátema. ” A palavra “anátema”, na melhor das hipóteses, significa algo abominável, na pior.
, maldito. Nós precisamos entender o quão séria era a doutrina, o conteúdo, o código de crenças pregado a ponto de dizer: “Não importa se quem está entregando o conteúdo se identifique como um anjo do céu, se está contrário à revelação das Escrituras,” ele diz “que seja anátema”. Portanto, nós precisamos ter o cuidado de viver por aquilo que está escrito.
E precisamos entender que não é só o diabo diretamente que quer distorcer as Escrituras, como fez com Jesus. Em 2ª Pedro, no capítulo três, nós lemos, por exemplo, no verso 15: “E considerem a longanimidade do nosso Senhor como oportunidade de salvação, como também o nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, segundo a sabedoria que lhe foi dada. Ao falar a respeito destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas cartas.
” Ele diz: “Nelas há certas coisas difíceis de entender, que aqueles que não têm instrução e são instáveis deturparão, como também deturparão as demais Escrituras para a própria destruição deles. ” Demais Escrituras. Isso significa que Pedro já reconhecia, o apóstolo Pedro já reconhecia os escritos de Paulo nos seus dias como sendo parte das Escrituras.
Ele diz: “Tem gente que está deturpando as Escrituras, não apenas o conteúdo das cartas de Paulo, como o restante das Escrituras. ” E ele diz: “Isso vai trazer destruição para essas pessoas”. E a Bíblia está, ao mesmo tempo, trazendo para mim e para você uma advertência, porque nos versos seguintes nós lemos , o 17 e 18: “Portanto, vocês, meus amados, visto que já sabem disso, tenham cuidado para que não sejam arrastados pelo erro desses insubordinados e caiam da posição segura em que se encontram.
Pelo contrário, cresçam na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno. ” “Não caiam no erro dessas pessoas, mas cresçam no conhecimento.
” Está falando do quê? Do conhecimento das Escrituras. Então, dito isso, eu quero agora abordar .
. . em primeiro lugar, falamos da Escritura, da autoridade da Escritura como regra de fé e prática, baseado na sua inspiração divina.
Em segundo lugar, o cuidado de viver pelo que está escrito. Mas, em terceiro lugar, eu quero terminar de forma prática, apresentando a você um conceito lógico, simples: para viver pela Palavra nós temos que conhecê-la. Não adianta apenas ter um livro que determina a nossa regra de fé e de prática, mas que nós não conhecemos.
Em Mateus 22. 29, Jesus afirmou: “Errais, não conhecendo as Escrituras. ” Isso significa que, em primeiro lugar, todos nós deveríamos nos dedicar a leitura bíblica.
Todo crente. Devemos nos dedicar ao estudo da Palavra. Em Colossenses 3.
16, a Escritura diz: “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo. ” Eu me lembro de um exemplo que li num livro ainda adolescente, dizendo que nós precisamos estar tão cheios, tão saturados da palavra que esbarrou na gente sai de nós palavra como uma esponja que está tão cheia de água que quando você toca nela, onde você toca, vaza água. E a pessoa dava o exemplo de Jesus.
Cada tentativa ou tentação de Satanás, a resposta era: “Está escrito, está escrito. ” Jesus estava tão cheio da Palavra que falava dela o tempo todo. Aliás, nosso Senhor diz que a boca fala do que está cheio o coração.
Eu me preocupo com crentes que nas suas conversas nunca falam a respeito de Bíblia, nunca falam de uma palavra que os inspirou, que os corrigiu. De alguma forma eu fico olhando e me perguntando: “Esse povo tem enchido o coração com a Escritura? Por que é que nunca falam disso?
” E Esdras 7. 10, nós lemos que ele determinou, se propôs no seu coração a 1. buscar a lei do Senhor, 2.
praticá-la e, 3. ensiná-la. Então, eu costumo dizer às pessoas que antes mesmo de poder praticar, nós precisamos conhecer, nós precisamos buscar as Escrituras.
E, depois de buscar, praticar com autoridade de quem vive, então nós temos a responsabilidade de ensinar e de transbordar. Por quê? Além do benefício pessoal do conhecimento, aquilo que afeta a nossa vida, eu e você precisamos entender a responsabilidade de transbordar esse conhecimento.
Por quê? Tudo o que nós recebemos de Deus precisa ser compartilhado. Então nós lemos em 2ª Timóteo, no capítulo três, no verso 16, principalmente no 17, que a Palavra nos aperfeiçoa tanto enquanto indivíduos como também como ministros.
Ele fala do servo de Deus, daquele que serve a Deus. Então nós precisamos desse aperfeiçoamento, tanto enquanto indivíduos que se relacionam com Deus em comunhão com Ele, como enquanto servos que trabalham para Ele para promover o seu reino e para comunicar a Palavra. Eu gosto sempre te dizer que o Deus que nos reconciliou também nos entregou não só de presente a reconciliação com Ele, mas o ministério da reconciliação.
Isso talvez possa nos levar a afirmar que nós somos reconciliados para reconciliar. Ou seja, precisamos entender tudo que a Bíblia fala sobre a nossa reconciliação. Em primeiro lugar, para que a gente possa viver isso, mas também para que a gente possa comunicar, para que a gente possa pregar a outros.
A palavra que nos trouxe esperança deve ser explicada a outros. O problema é que muitas pessoas não entenderam nem para viver, o que dizer para explicar. Mas o apóstolo Pedro diz, lá na sua primeira epístola, no capítulo três e no verso 15, que eu e você devemos estar sempre preparados, prontos.
Para quê? Ele diz: “estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm. ” Eu lembro ainda na adolescência, de ter sido atacado por uma pessoa que se dizia uma pessoa que não cria em Deus, que tinha abraçado o ateísmo e essa pessoa veio “vomitando” para cima de mim muitos ataques contra a nossa fé.
Eu lembro que eu pude rebater muita coisa do que a pessoa falou, mas teve ataques que aquela pessoa fez naquela hora que eu não tinha resposta. Eu descobri que eu não estava preparado. Aquilo não abalou a minha fé, porque eu sabia que a Escritura tinha resposta, mas aquilo mostrou que eu precisava estar melhor preparado.
E apesar de ser apenas um garoto de 15 anos que mal tinha começado a ler e estudar as escrituras, eu tomei aquilo como uma espécie de gatilho, de um impulso. “Eu preciso estar preparado, eu preciso estar preparado. ” Quando eu e você entendemos que se a Escritura determina tudo aquilo que nós vamos crer, praticar e que obviamente ela só tem esse poder e autoridade porque nos foi dada por Deus, a pergunta é: Como nós devemos nos relacionar com a Escritura?
Eu fico realmente assustado com crentes que não dão atenção a Bíblia, que não se importam com a palavra de Deus. Quando eu olho declarações como no livro dos Salmos: “Quanto amo a tua lei”. Auando olho para declarações falando a respeito dessa inclinação, dessa dedicação do salmista de estudar a Palavra, de querer entendê-la.
Salmo 119. 18 é uma oração que eu tenho feito desde a minha adolescência: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei. ” Salmo 19.
7: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma. ” Quando nós entendemos o valor, o tesouro que está ali acredito que nós precisamos nos dedicar e gastar tempo com a Escritura. Eu olho para a nova geração que conhece os heróis da Marvel, da DC, mas não conhece os personagens bíblicos.
Eu olho para uma geração que fala e discute sobre muita coisa: “Eu não acho que é assim. Eu acho que não é . .
. ” mas não conhece nada de Bíblia. Estão falando de coisas que não estão autorizados a falar, que não têm capacidade nenhuma de discutir.
Por quê? Eu vejo quando entro em alguns debates com algumas pessoas a ignorância das Escrituras que demonstra é tão assustadora que eu me pergunto: “Como a pessoa acredita que ela possa estar num lugar para discutir aquilo que ela não sabe, aquilo que ela não conhece? ” Mas a busca de conhecimento não tem que ser por causa de uma possível discussão ou de uma necessidade de explicação.
As pessoas me perguntam: “Pastor Luciano, o senhor começou a ler e estudar muito a Bíblia por causa do seu chamado para pregá-la, para ensiná-la? ” E normalmente eu digo para as pessoas: “Não, eu comecei a ler porque eu queria entender, eu queria entender porque eu queria praticar e depois eu descobri que aquilo que eu entendi e estava praticando era algo tão extraordinário que eu precisava compartilhar. ” Então a disposição de ensinar vem como uma gratidão por um entendimento que é libertador.
Jesus diz, em João 8. 32: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. ” O entendimento da Palavra vai nos levar a viver algo profundo e extraordinário.
Quando, por outro lado, a ignorância, ela tem um custo alto. Em Oseias 4. 6, a própria Escritura diz: O meu povo perece, porque lhe falta o conhecimento.
” À medida que eu e você conseguimos entrar nesse lugar de compreensão, de entendimento das Escrituras, isso impacta a nossa vida, muda o curso da maneira como nós nos relacionamos com Deus, mas também coloca sobre nós uma responsabilidade. Qual é a responsabilidade? É compartilhar com outros aquilo que nós entendemos.
É compartilhar com outros aquilo que nós absorvemos. Então, eu quero encerrar encorajando a você. Se para viver pela Palavra ou até mesmo para futuramente compartilhá-la, nós precisamos do conteúdo bíblico a pergunta é: Você tem se dedicado a conhecer as Escrituras?
Em 2ª Timóteo 2. 15, a Escritura diz: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. ” Manejar é algo que você faz com as mãos, e isso não significa apenas a capacidade de folhear um livro, de achar o que está escrito.
Mas a Bíblia está falando aqui da analogia da própria palavra como uma espada, e quem vai guerrear sabe muito bem manuseá-la. Quando você vê Satanás tentando Jesus tentando distorcer Escritura, e Cristo respondendo: “também está escrito”, você entende que ali nós temos um obreiro aprovado, que não tem de que se envergonhar, vive pela palavra, vive pelo conhecimento dela, sabe se posicionar, sabe defender a sua fé. Então eu encerro aqui te chamando não apenas a esse reconhecimento importante de que a Bíblia é a autoridade maior nas nossas vidas, é a nossa regra de fé e prática.
Por quê? Porque é a Palavra de Deus. Eu termino aqui e encerro aqui não apenas dizendo para você: Olha, temos que entender a importância de viver de acordo com os preceitos do livro sagrado, mas também te chamando para assumir a responsabilidade de buscar o conhecimento das Escrituras.
Às vezes alguns olham o tamanho do livro e dizem: “Ah, não dou conta de ler isso. ” Leia todos os dias, leia um pouco por dia. Eu lembro quando meu filho tinha completado seis anos de idade, eu dei uma bíblia de adulto para ele.
Não era mais as ilustradas de criança. Ele me pergunta: “Pai, o que eu preciso para ler a Bíblia num ano? ” Fizemos as contas de quantos capítulos dividido pela quantidade de dias no ano.
Falei: “Filho, se você ler 3,25 capítulos por dia, você lê a Bíblia em um ano. Ou seja, de segunda a sexta, dia de aula, você lê três capítulos. Sábado e domingo você lê quatro.
” Quando ele completou sete anos, na verdade, duas ou três semanas antes, eu tinha lido a Bíblia pela primeira vez. Aos sete anos ele leu a segunda. Aos oito anos, ele leu a terceira.
Com nove anos, ele fez outra conta. Falou: “Papai, se eu ler sete por dia, dá para ler duas no ano. ” “Exatamente”, falei para ele.
Aos 11 anos de idade, meu filho já tinha lido a Bíblia nove vezes. Eu olho para alguns pregadores hoje que parece não ter feito isso. Então eu tenho dito às pessoas: Vamos criar um hábito diário de nos dedicar a Palavra de Deus, ser cheio dela.
Em primeiro lugar, para vivê-la e praticá-la. Segundo, para compartilhá-la. Que Deus nos ajude a viver de acordo com aquilo que eu gosto de chamar de “o manual do fabricante”.
A nossa regra de fé e prática, a Bíblia Sagrada, as Santas Escrituras.