[Música] desejamos uma ótima sessão desejamos uma ótima sessão Boa tarde a todos e a todas que estão nos assistindo Eh vamos iniciar então mais uma mesa eh da semana de consciência negra da Unifesp eu serei a mediadora eh vou me apresentar eu sou Isabel Meleiro Belo Sou professora do programa de pós-graduação e educação da Unifesp sou uma mulher eh de cabelos castanhos até a altura dos ombros cabelo liso Estou vestindo uma camiseta azul e ao fundo a três estantes com com livros bem hoje então teremos então a mesa intitulada mover a pós-graduação ações afirmativas e
seus desdobramentos teremos cinco palestrantes nessa sessão eh vou apresentar e rapidamente cada um dos palestrantes e primeiro teremos o professor André Luiz Dias Vieira que é bolsista de pós-doutorado do programa AB Dias Nascimento da fundação Caps é professor de ciência política da UnB é formado em Ciências Sociais é mestre em Ciência Política e Doutor em Ciências Sociais na sequência teremos o professor riberto Morato do Amaral bolsista também de pós-doutorado do programa bidas nascimento da fundação Caps Ele é professor associado da Universidade Federal de São Carlos ele é pesquisador do núcleo de informação tecnológica em materiais
da alisca e é doutor e mestre em engenharia de produção e bibliotecário na sequência teremos o professor Daniel Aparecido Pereira ele é graduado em normal superior pela USP e é m em educação pela Unifesp onde pesquisa infâncias crianças de terreiro racismo e candomblé é professor da rede Municipal de Ensino de São Paulo há mais de 24 anos na sequência temos o professor Michael dias ele é doutorando em educação pela Unifesp com mestrado em educação pela mesma instituição e investiga como a vida e obra de Carolina Maria Jesus contribui com a aplicação da lei 10.639 de03
né de 2003 nas escolas públicas por último ter teremos a professora Jennifer Cornélio ela é mestranda em educação pela Unifesp e bolsista do programa Abdias nascimento da fundação Caps é especialista em psicologia organizacional e psicopedagogia é pedagoga a atua como coordenadora na Odara e diretora Educacional no piraporiando membro do grupo de pesquisa Laro com foco em pedagogias descolonizadoras infantis a nossa mesa de hoje eh terá duas temáticas primeiramente a Gente terá eh o professor André e o professor rerto tratando da questão das pesquisas eh sobre Relações raciais e depois teremos o professor Dani professor e
a professora Jenifer falando sobre experiências de pessoas negras e negros na pós-graduação Vamos iniciar Então a nossa apresentação com o professor André Boa tarde a todos e todas ação eu vou compartilhar minha tela enquanto eu também Me apresento eu sou Espera aí deixa só compartilhar aqui agora bem eu sou o Andra Dias Professor n do Instituto de ciência política da UnB sou um homem paro de cabelo curto castanho olhos castanhos tenho a barba né a óculos escuro óculos com armação Preta Estou vestindo uma camisa social preta e ao fundo tem uma estante de livros e
uma parede verde bem o que eu trago hoje para vocês ah são os dados né que nós só temos acesso porque foram salvos antes né da lgpd antes que a Caps pudesse tivesse removido essas informaçõ né porque há informações sensíveis né então se não fossem os pesquisadores do sou cência a gente não teria acesso a esses dados que eu vou mostrar principalmente de 2018 né 2017 2018 né e eu faço também um exercício com os dados do Portal da Caps atual agora né de com os dados de 2023 em que ah não né quando chegar
lá eu vou explicar melhor mas ele não tem tem todas as informações que a gente gostaria né para poder fazer as nossas análises sobretudo destacando a a participação a evolução na a da inclusão de né negros e negras na nos programas de pós-graduação então eu vou passando aqui os slides e a gente vai né comentando bem bem os os objetivos dessa apresentação é analisar esses dados né dos decentes tanto matriculados como ingressantes nos programas de pós-graduado nas por sexo e região né destacar a participação de descentes negros matriculados e ingressantes em geral também por sexo
e região ah e também mostrar para vocês né uma análise dos dados desse Portal da Caps né do portal Sucupira sobre a evolução do perfil de cor ou raça por área de conhecimento n então toda a apresentação tá né tá em forma de gráficos e eu vou tentar ah interpretar esses gráficos né melhor forma possível então esse primeiro gráfico né A ideia é analisar a corou raça né dos 12 e das pós-graduandos matriculados em geral né tanto das Universidades estaduais né quanto das universidades federais Então nesse para mim aparece no canto esquerdo né são as
Universidades estaduais né cenário das Universidades estaduais né e a a direita das federais então de antemão a gente observa que há uma diferença né grande eh em números absolutos né de matriculados nas universidades né nos cursos das universidades federais e das estaduais né e aqui a gente tem a distribuição né de cor e Raça né Tanto do né do ano de 2017 como de 2018 no caso das estaduais a gente percebe Ah que em 2017 né ah primeiro né a gente tem que destacar essa quantidade aqui que está em cinza claro e um Cinza Mais
Escuro a que é a o percentual daqueles que ah ou não declararam né a sua cor e raça ou a própria instituição não coletou essas informações né que a a própria Universidade não dispõe dessas informações então observem que esse número ultrapassa os 50% né Beira aí o 60% né tanto há uma né uma redução de um ano para outro né mas ah que a gente vai né perceber noos mais à frente né que é é uma redução que ela é progressiva mas que ainda afeta muito A análise dos dados né pra gente realmente saber qual
é qual é né o Real Panorama né dessa distribuição de cor e Raça Nos programas de pós--graduação no Brasil então de essas faixas aqui entre laranja e vermelho laranja são são né os pardos né a as pessoas pardas e a em vermelho as pessoas pretas né a gente percebe que de um ano Ah para outro né de 2017 para 18 né Há a um aumento percentual né dessas duas né dessas duas categorias né pretos e parlos né que juntos n a são considerados os negros né então há aqui um aumento de 2% né isso nas
universidades estaduais né nas federais a gente percebe um aumento também números absolutos de um ano para outro né a um aumento percentual também né a dentre os n dentre as pessoas negras né do e 2.4 em 201000 17 né Ah e 3,3 por de né de preos na em 2018 né e de parnos né sobe de 10.2 né para 12.4 né também é uma redução né da da não informação né O que a gente pode chamar de não informação daqueles que não declararam ou a né daqueles que a instituição não tem a Tais informações aqui
a gente observa a distribuição por sexo né dos matriculados né tanto das Universidades estaduais quanto as federais nesses dois anos 2017 2018 ah aqui no caso né das stad by né entre 54.9 para a 55 entre as né as pessoas do sexo feminino Ah e a de 45.1 né para 45 uma uma leve redução aqui ah das pessoas do sexo masculino nas federais a gente também percebe né a a gente percebe aqui uma uma lve aumento né 0.2% né das pessoas do sexo feminino a e a também uma redução e uma redução dentre as pessoas
do sexo masculino de 46.2 para 46 né por. eu dei destaque aqui na sequência a ao sexo dos vicentes negros e negras na a dos programas de pós--graduação tanto nas universidades estaduais como federais Ah aqui a gente observa que né dentre as né dentre as Universidades estaduais a gente tem um aumento n do número absoluto né de de descentes de um ano para outro né ah o que é vermelho mais escuro são as pessoas do sexo feminino né O que tá aqui ah num tom de de Rosa né são ah as pessoas ah pretas né
do sexo ah masculino laranja né as pessoas né do sexo feminino parda eh pardas e né um um laranja um pouco mais claro né de né são as pessoas do sexo masculino a pardas aqui a gente percebe né a que eu destaco aqui que eu gostaria de destacar né é que em números absolutos né todos cresceram né mas se percebermos os os percentuais né ah percentualmente Os Pretos né cresceram mais né do que eles cresceram né e os e os pardos apesar de um aumento em números absolutos né percentualmente H uma na Leve redução né
isso a gente vai perceber ah na maioria né da das análises que foram feitas né Os Pretos eles crescem mais percentualmente né crescem em números absolutos mas né em comparação à demais categorias eles crescem Ah também percentualmente h nas federais né a né esse movimento também ocorre né de 10 para 11% dentre né as a as pessoas pretas do sexo feminino n Ah também dentre as pessoas pretas do sexo a masculino e aquele mesmo movimento né uma redução dentre os pardos tanto entre as pessoas do sexo masculino e das pessoas do sexo ah feminino e
masculino outra análise que foi possível fazer né a é a coror raça dos pós-graduandos matriculados em geral ah das Universidades estaduais e das Universidades ah federais eu vou direto né à análise do sexo dos entes negros e negras né E aqui né a separado por região a gente consegue também observar esse ah esse mesmo movimento vou dar zoom aqui né pra gente primeiro né ver o caso das Universidades estaduais né Por região né ficou ah como inúmeros absolutos né a eh são números realmente baixos né comparados né com as outras regiões então eles ficaram um
tanto sobrepostos dos números né num no programa que eu utilizei eu um não tinha como eu alterar isso né mas aqui a gente observa que em todos os estados né Há há esse mesmo movimento n em todas as regiões há esse mesmo movimento e de um crescimento né tanto absoluto quanto percentual dentre os pretos né ah de uma leve redução ah né dos percentuais né de de parnos né mais um aumento ah em números absolutos isso em toda todas as regiões né a gente observa que as regiões que tem o maior número absoluto de pretos
e pardos né É no Sudeste e no nordeste né as outras né o centrooeste é o menor né onde a gente tem a menor participação né de estudantes pretos e pardos Ah o norte né na sequência e né Depois é a região sul nas federais né a gente consegue observar eh perdão essas diferenças né eu coloquei aqui porque eles estão na mesma escala né então dá pra gente observar né Dá para vocês né que estão assistindo né também comparar né a por exemplo né a né a o caso das universidades federais no nordeste né com
um caso das Universidades estaduais no nordeste né porque eles estão aqui na mesma escala né ah tive esse Cuidado para poder né também fazer essa análise né então H nesse caso aqui como eu tinha comentado das Universidades do do centro-oeste São é o caso das Universidades estaduais né a gente já percebe uma maior participação de pretos pavos nas federais né tanto em números n sobretudo em números absolutos Então esse mesmo movimento ocorre né em todos em todas as regiões né um aumento a ah números absolutos né da tanto de pretos ou parmes né de ambos
os sexos né ah mas né destacando Esse aumento percentual ah de um ano para outro né de ah de pessoas pretas seja do do sexo masculino ou sexo feminino feminino ou masculino a n a a próxima análise que é feita é dos ingressantes né A A análise dos ingressantes ela é mais sensível né a né a como que cada programa como que cada instituição né no caso aqui a gente tem o dado geral e depois por região né como é que a As instituições estão passando a documentar né a registrar né sobretudo a né a
variável de corou Rá né dos seus ingressantes então né um exemplo disso é observar que a redução né da não informação Ela é maior né ah quando a gente observa né esses ingressantes nãoé então se percebe aqui que há aqui um movimento já se identifica desde 2017 2018 movimento de uma maior coleta dessas informações então eu vou falar rapidamente aqui do caso da das estaduais né a gente tem a uma redução do do número de não informação né percentual em números absolutos Ah mas também a um aumento aqui né a tanto de pretos quanto de
pardos n a seja em números absolutos ou ah ou em percentuais né o mesmo ocorre né a o mesmo ocorre dentre né Os Pretos e parnos a nas universidades federais né ah a gente observa que com a redução né com a redução ah da não informação há um incremento em todas as categorias né ah mas nesse caso né em números absolutos né E se a gente pensar aí em pontos percentuais né a medida em que reduz a a não informação é a são os brancos né que crescem percentualmente em números absolutos né Há um crescimento
de todas as categorias mas ah a gente observa aí o maior número de brancos né ingressando a nos programas de a pós-graduação nas universidades federais em relação ao sexo né também fazer o mesmo exercício de direto né ao ao sexo dos dos ingressantes a negro e negras à medida em que né reduz o número de não informação n também cresce essas né Essas categorias de pretos e pardos entre pessoas do sexo masculino e feminino ah com Ah um incremento né maior né em né percentual maior entre os pretos né seja nas universidades estaduais seja a
nas universidades federais a todos ganham em números absolutos Mas quem mais cresce percentualmente é o número de pretos de pessoas pretas quando observada aqui a poror raça né dos dos ingressantes né também vou direto aqui aos ingressantes negros e negras n esse mesmo fenômeno acontece né em todas as regiões n que é né um aumento percentual né de um ano para outro de seja do sexo masculino ou feminino ah né e um aumento né em números absolutos né e uma leve redução em percentuais do número de partos né seja do sexo masculino ou feminino masculino
ou feminino agora os dados que que eu trago para vocês são os dados que estão disponíveis no portal da Caps né E que lá a tem informações sobre sexo sobre cor ou raça sobre os programas né mas a variável eh cor ou raça a gente só consegue né a relacionar né só consegue relacionar a com por área de conhecimento né os dados que estão abertos né eu não consigo relacionar a cor ou raça com os programas né em que e esses Estudantes estão né eu não consigo Ah fazer qualquer outra né análise exceto né A
com essa variável coro raça né exceto com as áreas de conhecimento né então o que eu organizei aqui para apresentar para vocês a é a é separar né a cada uma das daquelas categorias nas das categorias de coro rá e observar aonde que estão qu quais áreas de conhecimento né Eh estão né a percentualmente na cada uma dessas categorias então primeiro aqui dentre os não informados né a gente percebe né primeiro uma redução né em números absolutos do da não informação né ah a gente pode n ah né observar aqui cada cada cor representa uma
área de conhecimento né ciências agrárias biológicas Ciências da Saúde né em azul claro ciências exatas e da terra né as ciências humanas em em rosa né Ciências Sociais aplicadas engenharia ah Engenharias linguística letras e artes e multidisciplinar então em todas elas né a gente observa né exceto aqui na A aqui que são que são as Ciências da Saúde acho que não aqui aqui são as Ciências Sociais aplicadas a gente percebe que há um aumento né em número absoluto né da da não informação né nos cursos de n área de Ciências Sociais aplicadas Onde estão os
brancos né distribuídos por área de conhecimento né percebe que também aqui à medida em que foi reduzindo a não informação foi né uma oscilação positiva aqui h do número de brancos né e aqui a gente consegue observar também a evolução de cada uma das áreas de conhecimento né Ah gostaria de destacar aqui a área das ciências humanas né a e a também na área da saúde né onde tem a os maiores números né aliás também tem a multidisciplinar é onde a gente tem a maior né em 2023 né Onde estão mais concentrados os brancos na
área da saúde né na nessa área multidisciplinar né e a nas ciências humanas aqui é o número de pretos n a gente observou né o número de pretos aumentou né percentualmente na a tanto em números absolutos quanto percentualmente né ah a gente vai observando que esse crescimento se dá né em números absolutos né ah em todas as áreas de conhecimento né se a gente observar né O cenário em 2023 né aonde tem o maior número de pretos são os cursos de ciências de ciências humanas né em seguida né a dos cursos m binários né ah
e depois né 18 11% a que é a na ência sociais aplicadas né na saúde são 10.2 por né a nas engenharias que é o esse azulzinho aqui ah é 5.2 tá aqui entre a menor participação de pretos está na área das ciências biológicas percebam que também o número de pardos aumenta né em números absolutos né e né analisando aqui o cenário em 2023 né os pardos né estão né em ordem né da em ordem decrescente né primeiro na área das ciências humanas né depois a nos cursos multidisciplinares né e a nos cursos da área
da saúde o menor grupo aqui de partipação a de a de pessoas de pessoas pardas n a estar no curso das ciências biológicas a gente pode observar né também os amarelos né eu vou né como a intenção é destacar naé na pretos pardos né Eu só vou passar rápido aqui pra gente observar esse caso também é interessante que é dos indígenas n há um aumento né de indígenas a cursos de pós--graduação né eles estão presentes mais nas áreas né multidisciplinar e ciências humanas quais considerações né que a gente pode ter dessas e desses dados que
eu trouxe né para vocês ah primeiro a redução da não informação sobre cororo né ah a medida né que se reduz né esse número de não informação a gente consegue né se aproximar né do da realidade na a dessa distribuição de coro ou rá Nos programas de pós--graduação então na a diminuição dos registros né Sem informação de cor ou raça sinaliza um um aumento né um avanço né na qualidade dos dados e que nos permitem fazer análises e e perceber aí a real participação né dos diferentes grupos né raciais na pós--graduação né então a gente
não tem a informação ah de quantos alunos são cotistas né quantos ingressaram nos cursos de pós--graduação né A partir né de das políticas de cotas então aqui a gente só consegue né observar o crescimento percentual em números absolutos de pretos e p Mas a gente não sabe exatamente quantos entraram né Qual é o percentual de cotistas na nesses cursos n é que eu acabei de dizer né a gente não tem essas inform a E que nos impede de observar o impacto né da política de cotas na pós-graduação H essa o que a gente observa né
O que a gente pode né observar nesses dados a evolução e Impacto né da presença de negros na pós-graduação a evolução né da participação de estudantes negros na pós-graduação né analisada pelas variáveis né como sexo região e área de conhecimento mostra um avanço progressivo mas desigual né desigual porque esse crescimento não se dá em todas as áreas né ah em todas as áreas de conhecimento umas mais outras menos né as áreas das ciências humanas e sociais por exemplo apresentam uma maior ah inclusão de estudantes negros né em comparação né Por exemplo as ciências exatas e
biológicas né em termos de distribuição geográfica a gente observa que ah regiões com uma população negra historicamente mais expressiva como o Nordeste e Sudeste né registram aí o maior número da participação desses estudantes e por último né como reflexão geral esses dados revelam que apesar dos avanços há uma concentração significativa de estudantes brancos né Nos programas de pós--graduação especialmente nas áreas de prestígio como as ciências exatas e tecnológicas né O que o que evidencia a necessidade de políticas mais inclusivas e monitoradas né intenção de promover uma maior ah inclusão racial né uma inclusão racial mais
equitativa em todas as áreas de conhecimento Além disso as há diferenças de gênero dentre né as categorias raciais né a que revela uma desigualdade persistente com mulheres negras enfrentando desafios específicos para alcançar uma maior representatividade no ambiente acadêmico é isso gente agradeço né pela atenção daqueles que estão nos assistindo né e volta a palavra a professora Isabel Muito obrigado André eh a gente percebe a importância desses dados eh e que ainda eh que a gente possa ficar feliz né do avanço né Eh da da ocupação das vagas na pós Na graduação por pretos e pardos
a gente ainda tem muito a batalhar e esses dados são fundamentais né Sem dúvida para se pensar nas políticas públicas particularmente as políticas educacionais Obrigada André bem agora a gente passa a palavra então pro professor riberto só reforçando o que tá escrito no chat eh quem tiver perguntas eh pode registrar aqui no chat e nós posteriormente vamos passar aí pros respectivos palestrantes Tá certo r a com a palavra a você obrigada Obrigado Isabel agradecer aqui a a organização pela oportunidade de conversar com vocês né sobre como o André falou né a dificuldade está em entrar
e agora a nossa dificuldade está em mostrar o impacto desse pesquisador negro essa pesquisadora negra na produção do conhecimento científico então eu vou conversar um pouquinho com vocês sobre eh essa diversidade essa multiplicidade de desafios eu sou um homem de 53 anos cabelos grisalhos sou pesquisador da Universidade Federal de São Carlos estou no no projeto do Abdias no programa Abdias envolvendo a investigação da produção científica brasileira e a participação dos alunos cotistas nessa produção é Um Desafio muito interessante que a gente tá fazendo né e vou começar aqui com vocês eu preparei uma apresentação para
ilustrar a dific que a gente tem para recuperar essa produção científica e como a gente pode elaborar indicadores para de uma forma objetiva como o André acabou de mostrar pra gente aqui é pautar as futuras decisões sobre como que vai ser as políticas de ciência e tecnologia no nosso país em especiais as políticas públicas tá então eu vou iniciar aqui a minha apresentação com vocês Ok esperar um pouquinho para ver se Ok bom então eu vou focar aí nessa multiplicidade de desafios que nós temos aí para eh fazer na minha área de especialidade né são
os indicadores bibliográficos né os indicadores Desculpa os indicadores bibliométricos para isso a gente utiliza os registros bibliográficos da produção científica Ah eu costumo utilizar essa figura para dar um overview de como se dá a comunicação científica de forma geral nós temos um problema de pesquisa esse problema de pesquisa ele pode vir da graduação da pós-graduação pode vir da indústria também a indústria também tem necessidade de pesquisa em desenvolvimento por exemplo Novos Produtos novos serviços Então tudo isso é pautado no acesso e uso da informação tanto científica como tecnológica informação científica é aquela uma que tá
pautada nos artigos científicos nas teses e dissertações e a informação tecnológica a gente chama ela por exemplo informações que estão depositadas em documentos de patentes mas basicamente a gente tem dois canais de de acesso a essa informação o canal informal que são as pessoas então quando a gente tem alguma dúvida e tal Ah nós vamos buscar os nossos orientadores e assim por diante então por exemplo a professora Isabel é a minha supervisora de doutorado então quando eu tiver alguma dúvida alguma coisa desse tipo meus questionamentos vão ser paraa Isabel para que ela me dê as
coordenadas e eu sigo minha pesquisa ã além desse canal informal que são as pessoas que é muito importante a gente ter noção da nossa rede de contatos e cada vez mais fortalecê-la nós temos os canais informal o canal informal é a forma que a comunicação científica encontra para divulgar os resultados alcançados da da atividade científica então por exemplo os alunos cotistas Entraram na pós-graduação e eles estão contribuindo com a produção do conhecimento só que a gente precisa investigar como que se dá essa contribuição Ah qual o impacto dessa contribuição quais temáticas que estão sendo investigadas
Será se nós mudamos a forma de fazer ciência o olhar paraa ciência com essa diversidade de pessoas que estão entrando aí na atividade científica né então se faz necessário essa investigação e eu sou muito feliz de est posso falar para vocês aí no olho do furacão com esse desafio de eh tentar né o grupo Nosso é muito bacana é o desafio de vislumbrar uma forma de mostrar esses impactos e como se dá essa contribuição da população negra em especial no desenvolvimento da ciência e tecnologia do nosso país isso a gente vai fazer de uma forma
utilizando indicador indicadores bibliométricos sobre produção científica Então nós vamos verificar Quais são as temáticas que estão sendo investigadas e quais são o impacto dessas temáticas tanto na sociedade como na comunidade científica também então tem uma regra do jogo né Tem uma uma coisa acontecendo e os nossos alunos cotistas precisam entender essas regras para poder por exemplo recuperar sua produção científica comunicar melhor a sua produção científica isso é sinal de dar visibilidade para essa produção isso pode ser numa multiplicidade de fontes de informação no nosso caso aqui são as bases de dados né vou mostar aqui
para vocês algumas dessas iniciativas e para chegar na elaboração dos indicadores também existe uma série de ferramentas que dá pra gente fazer esses tratamentos né como o André mostrou anteriormente ele utilizou uma ferramenta para analisar os dados abertos da Caps que é uma fonte de informação riquíssima aí pra gente entender como que se dá as práticas científicas no nosso país além da Caps nós temos portal de de periódico Caps nós temos a plataforma lates entre outras fontes de informação mas o nosso primeiro passo então é como que se compreende como que que dá né a
investigação das Relações raciais na pós-graduação nossa palestra aqui a gente tá focando nos cotistas né né como que é possível como é possível eh mensurar o impacto dessa contribuição Aonde eles estão né que que eles estão fazendo quais assuntos estão sendo investigados Né desde a graduação até a pós--graduação o nosso foco da pesquisa Inicial é com a pós-graduação a gente nesse o projeto ele tem quro a 5 anos e no primeiro ano a gente vai focar aí estamos entendendo os dados em si tudo que a gente tem disponível porque fazer a bibli ela tem vários
desafios primeiro a gente tem que recuperar a informação e essa informação tem uma multiplicidade de fontes no nosso caso a gente vai focar muito nos dados abertos da Caps mas tem também a parte de dados que estão lá disponíveis no portal de periódico Caps através da base de dados Web of Science da base de dados scopos ah essas bases têm acesso privado mas o governo brasileiro propcia pra gente o acesso via portal de periódicos que que é uma espécie de um meta buscador onde a gente pode eh conseguir recuperar a produção científica para contextualizar a
nossa contribuição então o nosso trabalho é qual decidir né Qual é a base de dados que vamos utilizar e quais são as ferramentas que a gente vai utilizar para recuperar a informação eh tratar essa informação essa informação ela às vezes ela precisa ser enriquecida com outros dados e assim por diante e depois eh mostrar isso de uma forma visual uma forma gráfica que sensibilize o tomador de decisão a entender como que se dá a dinâmica da atividade científica então a bibliometria nada mais é do que a comunicação da a a quantificação da comunicação escrita você
tá registrado é passível de da gente quantificar e de mostrar isso na forma de indicadores e o que que a gente quantifica de bate pronto né qual que é mais usual Us ual é utilizar os dados que estão nas bases de dados sobre artigos científicos mas podemos utilizar também dados sobre patentes sobre teses E dissertações então tem uma diversidade de fontes de informação disponíveis aí para eh para análise né E essas análises elas vão indicar na forma de indicadores como que se tá dando atividade científica Quais são suas práticas quais são seus resultados o seu
impacto isso é muito importante para legitimar a atuação dos cotistas atuação desses cotistas numa atividade muito nobre que é a produção de conhecimento e uma vez que você consegue externalizar isso na forma de indicadores ah indicadores que dão uma certa objetividade nesse discurso nessa história que nós precisamos contar eles deixam tudo isso mais legítimo E aí fortalece essas políticas públicas que tão necessárias que a gente vê aí nos nossos dias bom aqui eu coloquei para vocês ah alguns nomes de base de dados muito comuns nos estudos bibliométricos né e cada base de dados tem a
sua peculiaridade Então antes de fazer um estudo bibliométrico se faz necessário um certo domínio da interface da base de dados porque cada base é uma história né você vai ter que entender como que se dá a recuperação da informação e a gente fala isso que essa recuperação da informação se dá na forma de uma string de uma expressão de busca e que precisa ser cuidadosamente eh montada para dar o devido resultado e nós também temos uma série de ferramentas que podem ser desenvolvidas no nosso caso Ah tem um grupo de pesquisa e esse grupo nas
orientações de mestrado e doutorado sempre tá produzindo ferramentas que possibilitam a o tratamento a recuperação o tratamento e a visibilidade da a visualização desculpe desses indicadores na forma de grafos mapas hã e muita coisa para no fundo facilitar ah o tempo e a tomada de decisão do tomador de decisão Ou seja a gente quer agilizar o processo visualizando eh de uma forma melhor né o impacto dessa produção científica bom como eu falei para vocês a gente parte de um artigo científico e desse artigo científico a gente tem lá o que a gente chama de metadados
então nós vamos utilizar por exemplo analisar palavras que vem do título para descobrir temáticas ou pode ser palavra-chave aí cada base de dados tem uma forma de organizar essa informação e uma outra coisa que a gente costuma fazer muito é enriquecer informação então por exemplo a partir do nome de uma universidade eu consigo eh inserir informações sobre o local se essa Universidade é por exemplo de São Carlos al fcar se al fcar é de São Car eu sei que ela é de São Paulo se ela é de São Paulo eu sei que ela é da
região Sudeste se ela é de São Paulo região Sudeste eu sei que ela é do Brasil e assim por diante então a gente consegue além dos metadados disponíveis nas bases de dados a gente consegue também agregar informações e tudo que tá na web ele tem protocolos e padrão para disponibilizar informação então é importante entender esse como que se dá essa essa disponibilização de informação a comunicação científica na forma dos metadados né Isso vai permitir a construção dos indicadores em si então esses são os metadados por exemplo de um artigo já Esses são os metadados de
uma tese ou uma dissertação pode ser também ah normalmente a gente utiliza 15 Campos para descrever um objeto informacional e isso possibilita a gente traçar várias tipologias de indicadores Então a gente tem lá artigos que po podem vir do portal de periódico Caps teses e dissertações que podem vir por exemplo do banco de teses da Caps ou da bdtd que fica lá no ibict E assim a gente consegue elaborar um conjunto de indicadores de forma geral nós temos isso a gente tem um um a a disponibilidade das bases aqui no Brasil através do portal de
periódico Caps dos pesquisadores em especial para as Universidades né que compreende programas de pós-graduação ah dentro desse Portal nós temos uma diversidade de editores esses editores eles compreendem diversas revistas e aí por exemplo se a gente entra numa Editora por exemplo como a Celo dentro da Cielo nós vamos ter uma diversidade de revistas então eu trouxe exemplo aqui que a Celo compreende por exemplo a revista em questão a revista acta Amazônia brazilian Journal e muitas outras revistas por exemplo da área de educação h e assim por diante né então a gente tem que tomar cuidado
Qual é a base de dados que melhor representa aquela temática que a gente quer investigar e traçar os indicadores uma coisa importante também é Identificar qual é a revista que você vai utilizar para comunicar os resultados da sua pesquisa é uma forma de também você dar visibilidade paraa sua atuação como pesquisa então tem algumas revistas que se fazem necessário até um certo monitoramento por parte do pesquisador né para saber o que é que tá acontecendo e saber como ele deve comunicar o seu resultado de pesquisa então uma vez que entendeu esse ciclo da informação científica
e tecnológica iniciando aí com a atividade de construir indicadores o passo um é a elaboração da expressão de busca ou seja se vocês entenderem que uma base de dados ela é apenas uma amostra da produção da atividade científica por exemplo de uma instituição Ou seja eu tenho a Unifesp Nem tudo que a Unifesp Publica está na base de dados Web of Science grande parte dessa produção utiliza outros canais de de de comunicação para dar vazão a essa produção né então a base de dados já é uma amostra do que aquilo que a Unifesp faz de
tudo que a Unifesp faz quando a gente escolhe uma expressão de Busca nós também então estamos retirando uma amostra Então olha que interessante o desafio né o primeiro desafio é esse nós temos a base de dados que é uma amostra da produção científica e quando nós fazemos uma expressão de Busca nós estamos pegando uma amostra da amostra Então temos que tomar muito cuidado para que os nossos indicadores sejam confiáveis e tenham legitimidade para tratar um determinado assunto e como que a gente faz uma expressão de busca Primeiro passo é a leitura é sentar abrir o
notebook e ler os artigos não tem outra história a partir daí você começa a identificar termos e aí você pega esses termos e faz a busca na base de dados e tem que ler os artigos pelo menos os título resumo para verificar se aquele termo recupera artigos livros capítulos de livros por Sens purv e assim por diante sobre a temática que você quer investigar e a partir daí você pode eh eleger ou não aquele termo para compor a sua expressão de busca a sua string de busca e aí vai chegar um momento que você vai
eh inserindo um conjunto de termos até chegar a um ponto que não faz mais sentido você seria em mais termos porque o o volume recuperado de informação não vai alterar ele vai ter uma certa constante esse é o momento de parar a busca então você conseguiu com isso revocação e precisão revocação no sentido que você recuperou o máximo sobre aquele assunto e a e precisão aquele eh produção científica recuperada ela Versa sobre o que você quer então você tem uma amostra de de qualidade para construir indicadores isso é muito importante e é muito desafiador existem
mestrados por exemplo que é só construir uma expressão de busca Esse é só construir um mestrado aí demora um um tempo razoável né Então vocês vem a complexidade que tem algumas temáticas pra gente elaborar uma expressão de busca bom ah entrando nesse projeto para investigar aí as contribuições em especial dos alunos cotistas pro desenvolvimento do conhecimento científico tecnológico na pós--graduação ah a primeira inicitiva foi assim mas como que se dá isso né como que é essas Esse estudo de Relações raciais o que compreende e aí eu fui fazer o primeiro passo da da elaborar uma
expressão de busca eu fui levantar artigos que falam sobre isso E aí eu peguei o primeiro assim um artigo um amigo meu pesquisador passou né Eh esse primeiro artigo para que eu desse uma olhada na expressão de busca e aqui é muito interessante que ele faz uso dos dados abertos exatamente o que a gente quer fazer no nosso projeto Ah E aí fui olhar mais a fundo ele já começa aqui no resumo ele fala o seguinte que ele vai estudar as Relações raciais a partir da autoria ah de pós-graduados negros e aí vocês viram que
o André falou da dificuldade de se identificar um aluno cotista né Quanto mais a declaração de raça e assim por diante E aí ele dá uma solução aqui no artigo ele falou o seguinte Olha uma é identificar o pós-graduando negro a outra é levantar teses e dissertações que versam sobre isso né E aí ele considerou que isso seria uma forma de estudar as Relações raciais E aí vamos ver a expressão de busca dele a expressão de busca dele mostra uma diversidade de de palavras que não tem muito muita relação tem algumas coisas aí até meio
estranha então por exemplo para estudar Relações raciais eh em especial a o pós-graduando negro tem aqui a palavra etnografia né assim ética eh umas coisas meio meio fora né da da da coisa uma outra coisa que me chamou atenção Ele utiliza aqui nesse trabalho por exemplo homem negro mas emum momento ele colocou por exemplo que que mulheres negras Ah e outro e outros termos né aqui o que foi muito bacana que eu olhei nessa expressão de busca foi que tem vários termos uma diversidade de termos que constrói o conceito de população negra na ciência Então
a partir daqui eu posso elegir alguns termos que me faz com que eu consiga recuperar a produção científica que Versa sobre a população negra então isso foi foi muito bacana esse primeiro olhar Ron você tem desculpa você tem se minutos tá ok Isabel segundo artigo também muito bacana que foi foi o do foi um artigo sobre a a relação de Relações raciais com a educação e aqui a pessoa ela ela colocou o pesquisador colocou aqui algumas palavras chaves eh muito assim uma quantidade muito restrita de palavras chaves para versar sobre Relações raciais né a gente
tem uma diversidade de temáticas então por exemplo antirracismo antirracista nada disso veio para essa expressão de busca e aqui utilizou-se a a web of Science Mas já deu também para gerar algumas palavras aí para compor a nossa expressão de busca um outro artigo interessante também que eu acabei levantando foi um falando sobre a identificação multirracial e biracial né E aí eu dei uma ol olhada na expressão de busca dele ah os pesquisadores usaram dois termos aí que praticamente não precisavam né Se ficasse só por exemplo multirracial identidade multirracial já seria suficiente aí para para recuperar
uma boa parte eh das informações Então o que eu queria falar para vocês é que a cada artigo a gente vai fortalecendo e vai ganhando corpo para eleger quais termos vão ser vão compor a nossa expressão de busca eu sou bibliotecário e aí eu fui dar uma olhada na minha área como que tá sendo essa discussão né E aí eu encontrei um artigo que achei um título muito legal aqui como bibliotecário nós vamos ter uma expressão de busca e não tinha não tinha como ter acesso a à expressão de busca ele falava simplesmente que estava
disponível mas não era possível bom avançando também em outro estudo ah encontrei um outro muito interessante infelizmente também não tinha a expressão de busca Mas ele deu pistas que utilizou glossários E aí a gente tem glossários muito interessantes falando sobre Relações raciais E aí a partir dos glossários a gente consegue eleger termos que vão fazer compor a nossa expressão de busca em si bom ah com todo esse desenvolvimento que a gente fez sobre Relações raciais tentando encontrar uma expressão de busca e tal eu falei eu pensei o seguinte Será que a discussão sobre cotas ela
tá relacionada com Relações raciais E aí eu peguei uma expressão de busca que nós utilizamos no painel de cotas no sul ciência foi um trabalho muito bacana de ser feito e tal e a gente lá tem um conjunto de publicadores muito bacana sobre cotas né sobre a investigação de cotas e nesse estudo nós utilizamos não a base Web of Science que foi um padrão encontrado aí nas investigações mas sim a esop então aos tem uma cobertura maior para essas questões e aí a minha relação a minha dúvida o seguinte Será se quando eu falo sobre
cotas eu também falo sobre Relações raciais e o quanto é isso e aqui eu tô com o meu amigo aqui o Alexandre nós estamos trabalhando na expressão de busca e aí estamos até utilizando o chat GPT para vocês terem uma ideia o chat GPT ele indicou 250 termos para ser incorporados para tratar a questão de Relações raciais e nesse primeiro passo eu e o Alexandro chegamos numa expressão de busca e eu apliquei essa expressão de busca na ã na scopos então na scopos sobre Relações raciais é possível verificar que o Brasil ele é responsável por
2% da produção mundial já quando a gente fala cotas no ensino superior o Brasil é responsável por 6% e quando a gente fala cotas no ensino ensino superior para população negra aí é um dado que me chamou muita atenção o Brasil é responsável por 36% de tudo que tá na web na na scopus então é uma coisa que de chamar muita atenção e um detalhe também quando a gente faz um estudo sobre cotas no ensino superior Ah o Brasil dá uma atenção especial para população negra a maioria das investigações focam nisso e uma outra coisa
interessante quando a gente relacionou a nossa expressão de Busca sobre Relações raciais que está em construção com as cotas foi possível verificar por exemplo que no mundo um autor que que fala sobre Relações raciais 6% das vezes ele também fala sobre cotas então ele consegue tem uma intersecção entre Relações raciais e cotas e no Brasil no Brasil essa relação é maior então a gente pode afirmar que nos trabalhos brasileiros sobre cotas que a gente analisou a gente permitiu recuperar 343 trabalhos 29 por deles tratam Relações raciais referente à nossa expressão Então como a boa expressão
de busca a gente consegue verificar Quais são as dimensões que estão sendo tratadas com essa temática relações eh Relações raciais né então a gente pode analisar questões relacionadas à religião a cotas a racismo ambiental Ah há uma diversidade de temáticas que são caras à população negra e ao Brasil bom finalizando aqui a minha apresentação Eu acredito que a a elaboração de indicadores bibliométricos a partir de uma expressão de busca eh que seja cuidadosamente eh elaborada com base na precisão e na revocação ela pode pautar o reconhecimento da população negra como um ator ativo na construção
do conhecimento científico e tecnológico brasileiro e ao aprender fazer a leitura desse ambiente nós vamos est desenvolvendo uma inteligência acadêmica nos nossos alunos né Eu acho que essa é a maior contribuição que a bibliometria pode dar para essa população ou seja entender a regra do jogo e jogar esse jogo Ah com uma certa consciência do que está sendo produzido e da visibilidade para essa produção era isso Isabel que eu tinha para falar aqui OK obrigada Ron eh são ferramentas né e dados fundamentais para todas as áreas e em particular realmente para quem tá pesquisando Relações
raciais né Realmente são ferramentas muito importantes aí pros pós graduandos e e para todos né saber como é que tá a produção do conhecimento Quem produz e é interessante também eh você mostrou essa produção mas também dá para perceber em quais países né você claro que não deu tempo Mas quais países se preocupam com essa com essa questão né Então realmente são ferramentas fundamentais para para todas as pesquisas Obrigada Ron bem agora então a gente passa a palavra pro Professor Daniel Aparecido Pereira por favor professor e obrigada aí pela participação Boa tarde professor Isabel Boa
tarde ao professor André ao ao Roni Berto que me antecederam aqui na fala eh E trouxeram dados muito importantes pra gente entender um pouco da trajetória e da expansão da participação de pessoas pretas eh na pós-graduação aqui no Brasil né a gente percebeu aí pelos dados que H as pessoas pretas estão chegando né E aí eu eu tenho que eu tenho que fazer um parêntese aqui muito importante nessa nessa relação que é falar aqui sobre sobre a minha minha própria experiência né Eu sou um homem negro eh Tenho 44 anos estou usando barba e a
uma camisa uma bata laranja com desenho laranja e coloridos e ao meu fundo tem uma parede amarela com máscaras Essa é minha audiodescrição e partindo dessa dessa experiência como homem negro que Acessou a pósgraduação só agora aos 44 anos eu gosto muito de provocar as pessoas eh nos Espaços onde eu vou eu faço parte de um grupo de pesquisa chamado Laro que é dirigido né pela professora professora Dra Helen e e nós no grupo A gente sempre se referencia e conversa bastante sobre os caminhos e descaminhos que levaram as pessoas até a pós--graduação boa parte
de nós eh dos alunos desse grupo de pesquisa somos alunos cotistas como também é meu caso acessei a pós-graduação em nível de Mestrado recentemente exatamente pelo pelas cotas através das cotas siis e a gente percebeu pelos dados que o André o professor André nos trouxe que a h o acesso está sendo garantido né Eh mas a que preço o acesso está sendo garantido Será que o acesso está sendo garantido para todas as pessoas e me usando como como experiência como uma base aqui eh eu só consegui ter acesso a pós-graduação aos 44 anos E isso
tem me provocado a pensar eh muito por que é que eu só consegui acessar esse esse lugar esse lugar na academia aos 44 anos porque a vida a vida de um homem preto eh como muitos e outros homens pretos eh que tem que que precisam fazer alguma opção na vida a minha primeira foi sobreviver né Já estou na educação já numa trajetória na educação aqui na cidade de São Paulo há mais de 24 anos e só agora depois que eu tenho uma certa uma certa tranquilidade eu consigo acessar esse eh acessar este lugar da academia
de estar no mestrado ali amparado pelos meus E aí eu preciso contar para eh com a minha rede de apoio para para Estar Neste Lugar Ok eh através da da da da das políticas públicas estabelecidas eh por meio da política de cotas que é todo mundo sabe que é reparação histórica eu acesso à academia né mas ainda assim os meus embates os embates de outras pessoas pretas neste lugar da academia não terminam né Por eh nós temos que pensar como eu vou permanecer o campus é perto o horário das das aulas são horários compatíveis para
uma pessoa que por exemplo existe eh precisa trabalhar que como é o meu caso né E como isso se dá dentro da da da academia e como a academia pensam como academia pensa eh e se pensa para essas pessoas ah o acesso está dado você vai permanecer se você quiser E aí eu eu provoco né se a gente puder querer eu quero querer outros e outras pessoas pretas Brasil afora queremos Mas será que tudo é pensado para que a gente permaneça na academia para que a gente permaneça na pós-graduação ou ainda assim uma academia segue
eh estabelecendo Barreiras para para complicar mais a nossa vida é uma provocação que eu faço em todo momento que que eh que a gente pode que a gente consegue ter voz a gente consegue falar sobre isso é uma provocação que eu faço e eu acho e eu julgo extremamente pertinente a contar que eh no no no no último mapa da violência a gente nós os nossos corpos o corpo meu corpo enquanto homem negro segue sendo o alvo principal do Estado né Eh muitos dos meus amigos que cresceram Comigo Na Comunidade que eu nasci sequer tiveram
a possibilidade de pensar em este lugar da academia né e e hoje ainda em 2024 nós encontramos essa dessa dificuldade Ok Chegamos na na na academia Chegamos na academia eh e e conseguimos eh dar conta aí do horário dos horários conseguimos organizar a nossa agenda a nossa vida para atender esses esses eh o o que na academia as necessidades que a academia exige as exigências que a academia nos faz para para participar das aulas eh desconsiderando muitas vezes Campos longinquos ou que pessoas Tenham que sair de casa muito muito muito cedo ou venham de outras
cidades ou de outros estados para curar as disciplinas A partir disso nós driblando a gente vai conseguindo olhar para lá olhar para cá e E chegamos à academia e permanecemos muito bem nós vamos para um outro embate eh será E aí é uma outra pergunta que eu faço sempre que eu sempre provoco Será que o currículo proposto leva em consideração leva em consideração eh autores que não sejam aqueles já estabelecidos que não sejam aqueles eurre referenciados será que quando o aluno consegue permanecer na academia ele vai encontrar lá referências autores referências da sua Negritude da
sua raça fazendo parte dos programas estabelecidos pelos professores ou Pelas universidades no geral é é uma inquietação legítima que a gente tem tem levado aos nossos professores agora no cursar das disciplinas por exemplo nós temos levado essa discussão para os nossos professores até que ponto a academia está preparada para receber alunos e não perpetuar ações racistas como a desconsiderar por exemplo pensadores pesquisadores eh pretos e pretas Brasil afora academia está de fato está de fato pensando o seu currículo para ser um um currículo afrocentrado Ou pelo menos afr referenciado ou também afr referenciado porque a
vou fazendo sempre uma digressão aqui o acesso foi dado a gente faz todo todo possível e impossível para permanecer e quando a gente chega Será que nossas vozes os nossos anseios Será que a nossa cultura Será que a nossa cultura acadêmica de pensadores é considerada na hora das das Universidades pensarem os seus currículos em todas as instâncias em todas as áreas ou ainda o pensar eh continua sendo Euro referenciado eh e nós do grupo de pesquisa a gente consegue levar essas pautas pros nossos professores a gente consegue levar essas pautas paraos nossos professores a gente
consegue e eh eh fazer com que nossos professores reflitam e aí nós temos alguns avanços pontuais confesso porque eh eh a gente consegue entender a gente consegue entender os nossos professores conseguem entender nossas demandas e e pensam e se pensam nós tivemos professores que foram muito acolhedores esses quesitos e falaram pra gente olha Eh eu entendo as demandas de vocês eh a gente tem muito a construir ainda ou tudo a construir ainda mas neste momento o que eu tenho para oferecer para vocês é isso aqui a partir disso a gente pode extrapolar a gente pode
pensar e se repensar como a gente pode abarcar mais pensadores eh eh a afro referenciados eh mais pesquisadores que falem sobre a temática que estejam inseridos dentro do currículo daquilo que o nosso currículo pede e que a gente possa eh a partir disso extrapolar as nossas ideias aquilo que tá dado aquilo que tá posto é uma luta é uma luta é uma luta onde a gente precisa eh estabelecer diálogos constante com com a academia estabelecer diálogo diálogos constantes com as pessoas que já estão na academia com os nossos professores com os coordenadores de curso Nós
levamos os nossos anseios até eles e esperamos sim ser ouvidos né porque não é eh não É cabível dentro do aquilo que que está proposto eh que ainda hoje em 2024 nós tenhamos possibilidade políticas públicas que atendam os nossos anseios de chegar como reparação histórica daquilo que que nos foi negado durante todo esse tempo nós consigamos chegar nós consigamos permanecer e quando cheg e quando chegamos lá e quando estamos lá ainda assim tudo que é nosso tudo que é da nossa cultura tudo que é da do nosso pensar eh é desconsiderado com com muita propriedade
porque eh a gente tem aquele lugar ainda de que pessoas pretas não estão aptas a fazer ciência pessoas pretas não estão aptas a estar na academia pesquisando formulando teses formulando teorias e extrapolando aquilo que já está posto essas provocações nós usamos a todo momento eh enquanto a gente precisa enquanto a gente precisa estar ali enquanto a gente precisa eh caminhar para chegar até ali e encontrar acolhido um ambiente acolhedor a escuta pelo menos a escuta afetiva daqueles que estão ali que podem fazer alguma coisa e essa discussão precisa reverberar a academia hoje não pode desconsiderar
que os estudantes e estudantes pretos e pretas estão chegando estão com sede de conhecimento mas não só do conhecimento que que a academia historicamente continua fazendo não só do conhecimento eh que a academia continua propagando que que a academia continua vendendo mas também daquele conhecimento que sempre foi negado como por exemplo pensar uma filosofia africana como por exemplo pensar uma psicologia africana pensar uma a uma pedagogia Africana e que muitos autores muitos aqui no Brasil inclusive estão nessa pegada de entender de fazer eh com que a gente consiga avançar né mostrando paraas pessoas que há
a possibilidade de fazer diferente nós estamos vivemos uma sociedade onde um homem negro segue sendo assassinado a a cada 23 minutos e e aqueles homens negros que seguem que fogem desse desse deste lugar que está que é estabelecido pela sociedade aqueles homens negros que fogem dessa estatística e que querem alcançar que querem estar na academia continuam enfrentando Barreiras para estar garantia ah muitos vão pensar assim ah mas o acesso tá dado você já tem até a política de cotas aí para que vocês acessem a academia mas é só isso ah ok mas vocês chegaram lá
e vocês conseguiram se organizar e e vocês conseguiram permanecer aí para cursar os créditos necessários cursar as disciplinas fazer os ter tempo para elaborar os os artigos os trabalhos necessários participar das reuniões participar dos grupos de Pesquisas Ok vocês estão vocês conseguiram permaneceram Mas é só isso a gente não precisa pensar também na representatividade não é só pela representatividade tá tá não é só pela representatividade mas é também pela representatividade é entender que os pensadores e pensadoras pretas que os intelectuais pretos estão aí fazendo ciência e e merecem um lugar de destaque não só não
só em disciplinas voltadas para para as áreas afim afim da da temática étnico-racial né eh e aí ontem hoje é um dia bastante simbólico para essa para essa essa para essa oficina para essa nossa mesa para esse nosso bate-papo aqui porque Ainda Ontem nós nós comemoramos nós celebramos eh o dia 20 de novembro né que é o dia da consciência negra né E nós falamos muito que a consciência negra existe sobretudo para as pessoas não negras né Será que as pessoas negras enquanto pessoas eh que são racializadas e se entendem antirracistas estão colaborando para que
o o currículo da academia seja um um currículo decolonial essas essas dúvidas essas essas inquietações que surgem não só em mim mas com outros companheiros e companheiras que estão na academia ou com aqueles que almejam fazer o processo de chegada de chegar à Academia eh é um é um é um uma é é algo é uma uma inquietação muito muito latente a gente consegue permanecer aqui falando o tempo inteiro eh se é que nós se quando nós estivermos seremos reconhecidos seremos lembrados seremos acolhidos em nossos eh em nossas dores em nossas em nossas causas em
nossas pautas para além eh daquilo que tá estabelecido né Eh discutir C RC pra gente discutir aquilo que tá pronto que tá dado é extremamente importante é extremamente importante e nós temos eh nós nós ali Os companheiros que estão ali no Campus onde eu onde eu estudo que é o campus Guarulhos a gente tem encontrado aí eco na na na no pensar dos professores que são parceiros que são estão abertos a entender as nossas demandas E à medida do possív é claro a gente sabe que a discussão é muito além do que da nossa vontade
é muito além da Boa Vontade do professor e ou da professora isso tem que tem que chegar em outras instâncias e que a gente sempre pensa que precisam também estar abertos para acolher as demandas as nossas demandas enquanto estudantes cotistas de pós-graduação eu vou encerrar minha fala Inicial por aqui vou deixar eh vou deixar eh um tempinho aí para que a gente possa eh se que surjam algumas perguntas eventuais perguntas vou estar aqui de prontidão para Caso vocês queiram eh que a gente fale mais alguma coisa tá bom muito obrigado a todos todas e todes
obrigado Daniel uma discussão muito importante muitas inquietações muitas questões aí mesmo pra gente pensar né Muito obrigada aí pelo seu seu depoimento bom agora então vamos então agora paraa fala do Michael Dias Olá Michael muito obrigada pela participação passo a palavra Olá boa tarde a todos todas e todes eu sou Mael Dias eh sou um homem negro de pele Clara tem um cabelo baixo uniforme e também uso um cavanhaque baixinho e um brinco em cada orelha de argola de metal também uso aparelhos ortodônticos na parte inferior da boca e estou usando uma camisa marrom Clara
também com um colar de metal eh primeiro eu quero dizer que é histórico o que tá acontecendo hoje aqui nessa Live sobretudo porque eh eu estou ao lado de uma pessoa da qual já tem uma trajetória h mais de 10 anos que é o meu Babalorixá que antecedeu aqui a minha fala o pai Daniel então Eh obviamente sua bênção meu pai e dizer que é muito bom ocupar um espaço dentro de uma universidade federal ao lado de outro homem negro e sobretudo tudo quando este homem negro é o seu Babalorixá então a gente vem construindo
essa trajetória desde o início do ano cursando disciplinas juntos e quero pontuar isso porque eu sou geógrafo e eu gosto de partir de lugares e esse é um lugar de afetividade para mim e então é importante que nós enquanto pessoas pretas resgatemos essas experiências de afetividades porque a afetividade historicamente move os movimentos sociais negros e aí também cumprimento os meus colegas e a professora pela mediação E como eu disse que eu parto de um lugar eu quero partir também desse lugar pra gente entender antes de eu entrar na questão das ações afirmativas De que país
nós estamos falando nós estamos falando de um país que lá na conferência de Durban no nos anos 2000 teve que assumir que era racista E aí a partir do assumir que era racista foi obrigado a fomentar e criar políticas públicas ali de cotas cotas nas universidades cotas no serviços públicos lei 10.639 e tantos outros movimentos que eh o Brasil vem fazendo para reparar eh o que se assume lá na conferência de Durban E por que que eu trago isso porque nós estamos vivendo um momento histórico que talvez eh eu achei que nós não eh viveríamos
que é ter que explicar para as pessoas o que er o racismo e como este país é racista infelizmente eh a onda negacionista eh dominou este país novamente e hoje nós pessoas pretas todos todos os dias praticamente temos que ficar não só dizendo que o que o Brasil é um país racista racista mas reafirmando isso a todo tempo algo que o movimento social negro já vinha dando conta mas parece que nós voltamos lá pro ano 2000 em que politicamente em que institucionalmente o Brasil precisa se assumir um país racista então eu parto desse lugar já
para dizer o quão as ações afirmativas são importantes e parafraseando a música eh cota não é esmola trazendo essa perspectiva nós precisamos enquanto docentes e descentes cotistas defender as cotas sobretudo porque quando você vai olhar como as cotas como as ações afirmativas são divididas a gente vê que não existem só as cotas aais existem outros tipos de cotas mas a gente tem que problematizar por que só as cotas raciais são atacadas majoritariamente n Neste País E aí eu tenho que concordar com o meu babal em dizer que as cotas raciais históricamente são atacadas Neste País
porque coloca pessoas pretas nesse espaço como dis grada quilomba pessoas que o racismo quer colocar à margem e as potas raciais Tira essas pessoas das margens e coloca essas pessoas dentro da Universidade então partir deste lugar na minha fala é importante bom eh dando sequência aqui eu também quero dizer do meu orgulho de est fazendo essa Live porque eu fiz parte da comissão que ajudou a construir a política de cotas raciais na pós-graduação da Unifesp então eu participei desde o início dos trabalhos até a concretização das cotas e entrei no doutorado por essa cota Então
para mim também é subjetivo e importante reafirmar isso eu enquanto homem negro periférico pobre Professor de escola pública ajudei construir um programa e eh um ano depois porque na época da construção eu ainda estava no mestrado também na Unifesp eu me beneficie desse programa dessas ações afirmativas assim como tantas outras pessoas já se já se beneficiaram e vão se beneficiar então Eh é muito importante que a gente traga essas nossas subjetividades e coloque e coloquem as na mesa para que a gente consiga fazer um debate com honestidade intelectual eu eu penso que nós precisamos eh
compreender essa perspectiva de que há uma desonestidade intelectual sobre as cotas raciais sobretudo os discursos que são você tem pessoas que sabem o efeito das cotas raciais mas insistem em negá-las então o debate sobre cotas e sobre ações afirmativas principalmente na pós--graduação também deve passar por essa honestidade intelectual principalmente porque nós sabemos para nós pessoas pretas quanto maior o título aumenta mais difícil fica o nosso acesso já é difícil terminar o ensino médio os jovens os jovens que mais evadem o ensino médio são os jovens negros aí nós vamos paraa licenciatura depois nós vamos pro
mestrado pro doutorado e assim consequentemente então trazer essa dimensão de que não basta estar mas é preciso permanecer e permanecer no sentido de que dar o outro salto para outro título não é só permanecer no mestrado mas é também permanecer no doutorado mas é também permanecer num pós-doutorado isso é muito importante trazer eh para esse diálogo e aí como eu disse que eu parto de algum lugar eu quero dizer para vocês Que esse partir é sobretudo para entender que se o Brasil reconhece que ele é um país racista essa Universidade essa pós--graduação vai tá inserida
Neste País e infelizmente mesmo que os jovens negros os homens negros e as mulheres negras estejam dentro de desses cursos dentro dessas universidades eles não vão estar livres do racismo porque nós sabemos Como o racismo ele é estruturante segundo Muniz Sodre como é que a a as estruturas partem de um lugar em que vão dizer esses corpos não podem ocupar determinados espaços e ficam a todo momento tentando seifar retirar os nossos corpos desse espaço Por isso que é muito importante nós enquanto as enquanto estudantes decentes docentes de ações afirmativas ter orgulho das nossas pesquisas defender
as nossas pesquisas falar sobre as nossas pesquisas porque eu já sofri violência institucional no meu primeiro trabalho com Carolina Maria de Jesus numa pós-graduação o que eu ouvi foi você vai fazer você vai conseguir fazer ciência com isso então vejamos Por que é que uma pessoa acha que um aluno negro num curso superior numa outra instituição Federal no caso não era a Unifesp não ia conseguir fazer ciência falando de uma mulher negra para quantos alunos brancos o professor faz fez essa pergunta ou faz nós já sabemos a resposta então Eh um dos papéis da universidade
é reconhecer a potencialidade que a população negra vem eh indo Neste País por meio da ciência e sobretudo por uma outra epistemologia eu costumo dizer que nós mais ensinamos a Universidade do Que Nós aprendemos dentro dela porque fomos nós que levamos cabil munanga Nil Malino Gomes Carolina de Jesus lélia Gonzales Milton Santos pra universidade a universidade não conhecia essas essas personalidades como conhecem hoje antes das ações afirmativas então em certa medida nós enquanto pessoas pretas mais ensinamos a Universidade do que aprendemos com ela isso nós temos que pontuar porque faz parte da nossa luta Como
diz nilm Lino Gomes o movimento negro ele é educador e nós estamos educando os cursos de pós-graduação deste país assim como os outros cursos em que a população negra se insere isso é uma coisa muito importante onde a população negra chega a população educa porque a nossa Nossa cosmologia a nossa percepção de mundo é diferente é pelo coletivo é pelo meu irmão é pela minha irmã é pelos meus antepassados é pelo meu futuro e isso infelizmente ou felizmente o ocidente não dá conta o ocidente nessa perspectiva extremamente cartesiana não consegue entender não consegue dimensionar o
que são esses corpos pretos dentro dessa Universidade então como bem disse aqui eh os meus colegas meu Babalorixá a bibliografia para nós ela é muito importante mas a gente também tem que tomar cuidado quando nós chegamos na universidade para que essa Universidade Não Olhe Para nós com fetichismo Ah o que vocês escrevem o que vocês produzem Nossa como assim é assim mesmo nossa não sabia E isso acontece o fetichismo da intelectualidade negra é uma coisa recorrente na universidade como eu já estive em espaços universitários que eu era uma das únicas pessoas negras e a pessoa
vira e fala para mim assim explica você aí a questão racial Por que eu enquanto homem negro Tenho que explicar a questão racial se eu sou uma das pessoas que mais sofrem com a violência aí vem os estudos de branquitude no nosso país que o branco também tem sua parcela para querer compreender o que é o racismo então pensar essa bibliografia de modo epistêmico é diferente de pensar pelo fetichismo é diferente de dizer olha vocês estão aqui como uma disciplina isolada é só para dar conta das angústias de vocês nesse momento tá mas e o
contrato social que a universidade tem com a sociedade porque desde quando eu entrei na universidade eu escuto o papel da universidade é devolver o investimento que a sociedade faz sobre ela de fato a universidade tem feito isso com pesquisadores e pesquisadoras negros e negras de fato a universidade tem feito isso com as nossas bibliografias com as nossas pesquisas Devemos pensar sobre E aí obviamente também já foi falado sobre permanência e e esta permanência ela ela exige eh um cuidado de entender da onde essa pessoa parte eu por exemplo se eu quero estar na Unifesp 8:30
da manhã eu tenho que acordar 5 horas e nós temos que problematizar isso por que que estudantes tem que acordar 5 horas da manhã para estar numa universidade 8:30 enquanto outros só precisam acordar 8 7:45 e chegam de motorista não dá pra gente dizer que só porque nós passamos ali que eu mostrei o meu crachá eu me torna igual as desigualdades o racismo a homofobia as também entram com entram juntamente com os corpos dos Estudantes cotistas dos Estudantes que fazem parte do escopo das ações afirmativas e a universidade precisa reconhecer isso para pensar em permanência
não é só sobre o dinheiro mas é sobre como esse dinheiro é gestado é sobre como essa permanência é pensada é sobre como nós vamos fazer um curso mas nós não vamos ficar doente é sobre fazer um curso e no final chegar e falar assim eu entreguei um trabalho Espetacular ou dizer assim por conta da minha demanda eu entreguei o que deu E aí eu pergunto por que determinados corpos precisam passar por essas situações e outros não então Eh racializar o debate racializar a universidade racializar as ações afirmativas e a pós--graduação é o nosso ponto
de partida e e nós temos uma responsabilidade você é estudante de qualquer ação afirmativa vou falar no meu caso aqui pessoa negra precisa colocar lá na sua introdução do seu trabalho na versão final quem escreve esse trabalho aqui é um cotista é uma pessoa negra é um indígena é um deficiente é uma mulher negra é um quilombola é uma quilombola nós precisamos colocar isso na introdução dos nossos trabalhos sabe por quê Nós também temos lugar e a sociedade precisa conhecer de que lugar nós partimos e como nós chegamos na reta final como nós chegamos eh
na na na aquisição do título então nós temos que ter orgulho de dizer sim sou um cotista e não é esmola não é reparação é Reparação por por esse estado que a cada 23 minutos assassina um jovem negro é Reparação por esse estado que 71 das mulheres são empregadas domésticas são são mulheres negras é a é a reparação de do que aquil me bem vai dizer agora eu deixe morrer não vamos nem se preocupar com este povo então sim é importante que nós coloquemos em nossas pesquisas que nós somos cotistas De onde nós viemos Quais
foram as dificuldades quantos ônibus Nós pegávamos quantas horas nós passávamos dentro do ônibus por quê isso também é uma maneira da gente defender as ações afirmativas Ah vocês estão achando que as ações afirmativas não adiantam não dão uma outra cara pro país Leiam essa introdução aqui você acha que essa essa pessoa sem ação afirmativa com esse relato que ela tá dando aqui ela ela conseguiria adquirir esse título dentro de uma pós-graduação sobretudo numa universidade federal então eh ter orgulho de quem nós somos isso é é fundante e aí infelizmente ainda nós temos uma leva por
conta do racismo que faz mu das vezes eh a gente se encolher mas nós precisamos ressignificar essa perspectiva e dizer olha pensando pelo sul do continente Só que não é não é nada de ah dou porque eu quero porque eu sou bonzinho Porque na minha gestão Vai ter cota não isso é reparação se nós somos maioria da população Nós também temos que ser maioria em todos os lugares porque uma coisa que eu vho dizendo é infelizmente a população negra só é primeiro em números quando é para Desgraça quando é para coisa ruim então nós precisamos
também nos afirmar nesses espaços e nesses lugares e aí eu não poderia terminar a minha fala eu sei que tá faltando TRS minutinhos sem ler Carolina Maria de Jesus no qual fez um poema lá na década de50 6 já discutindo cota racial já discutindo a diferença que o dispositivo de raça traz paraas nos pros nossos corpos O que é um corpo negro e o que é um corpo não negro numa sociedade que é racista o poema se chama os feijões então eu peço licença aqui para ler os feijões Será que entre os feijões existem um
preconceito Será que o feijão branco não gosta do feijão preto Será que o feijão preto é revoltado com o seu predominados que é subjulgar o feijão branco será um ditador Será que existe rivalidades cada um no seu lugar o feijão branco é da alta sociedade na casa na casa o feijão preto não pode entrar Será que existem desigualdades que deixam o feijão preto lamentar e nas grandes universidades o feijão preto não pode ingressar Será que existem as seleções Preto para cá e branco para lá e nas grandes reuniões o feijão preto é vedado de entrar
creio que no núcleo dos feijões não existem as segregações então eu quero terminar a minha fala dizendo que as ações afirmativas respondem Os questionamentos de Carolina Maria de Jesus as ações afirmativas não nos vedam mais de entrar na universidade não nos vedam mais de entrar nos espaços de poder por isso que é importante defender e colocar lá nos nossos trabalhos e dizer sim somos cotistas e e é o estado de reparação Muito obrigado bom o que dizer né Mael muito obrigada Só posso dizer isso muito obrigada aí pelo seu depoimento muito importante né muito pra
gente pensar né Obrigada mesmo bom Eh agora então Eh vamos paraa nossa última palestrante a professora Jenifer con por favor você com a palavra Boa tarde a todas as pessoas presentes estou sem fôlego porque a régua né eu participei de outros dias da semana da Consciência E hoje é o dia que eu tive uma grande retomada assim de várias coisas mas primeiro deixa eu me apresentar direito né como a Isabel muito bem disse eu sou a Jennifer Eu sou uma mulher preta estou com os meus cabelos trançados com a lateral aqui da cabeça raspada tem
os olhos puxados o nariz né com o fenótipo alargado boca larga os dentes separados tenho covinha Estou com um brinco que tem o simbolismo de de Exu e eu sou mestranda em educação enfim a Isabel já me apresentou agradeço a Isabel Agradeço aos meus colegas que estão aqui E trouxeram falas muito potentes nesse dia da semana da Consciência Negra a qual nós estamos utilizando né Toda a semana para expressar o trabalho que nós fazemos no 365 dias do ano e que nem sempre É valorizado e visualizado né Eh como já foi dito aqui os dados
eles trazem uma história mas a a nossa permanência e a nossa fala em enquanto pessoas pesquisadoras né enquanto pessoas negras ela é fundamental eh vir depois eu até falei aqui né para o Mael e o Daniel vir depois da fala deles para mim é importantíssimo Porque como já foi dito aqui pouco nós ouvimos homens negros falarem é pouco né e isso é é uma referência de inspiração e sobrevivência para as próximas gerações eh homens pretos fal eh com mais de 30 anos e vislumbrando novas perspectivas de vida e falando sobre educação aproveito também para agradecer
essa inspiração e o movimento feito pelo Michel porque eu sou fruto desta política né da pós-graduação sou cotista entrei nesta turma junto com o Daniel e a thí que não pode estar aqui mas nós estamos fazendo pesquisas em conjunto e falando sobre essa permanência né constante em sociedade e sobrevivência e eu digo para vocês que a minha permanência só se fez presente Porque eu tive e tenho pessoas pretas ao meu lado que me asseguram chegar me me faz ter segurança ao chegar na universidade e perceber que eu não estou sozinha para este enfrentamento então eu
tenho pessoas que fazem com que ISO isso aconteça de forma eh um pouco menos eh doloroso né então o maon é uma inspiração Daniel é uma inspiração para mim Taí é uma grande inspiração a Professora Doutora pró-reitora adjunta de ações afirmativas aqui que é a professora Helen que é minha orientadora também eh eu sou orientando dela também é uma grande inspiração para mim porque ela também vem Resistindo e fazendo com que nós tenhamos a oportunidade de adentrar na universidade juntamente com a coordenação que ela faz com o grupo de pesquisa Laro a qual eu faço
parte com né o Daniel que falou aqui também eh eu vou fazer a minha apresentação aqui mas muito do que já foi dito e ainda bem que nós estamos em consonância das nossas falas eu trarei aqui é eu tomo como uma denúncia né uma denúncia coletiva para que nós possamos também ampliar os olhares da Universidade nós estamos com uma Mat temática que é o o mover a pós-graduação ações afirmativas e os seus desdobramentos nós somos esses desdobramentos né Nós Somos a denúncia as pesquisas Elas já foram apresentadas aqui os dados já foram elucidados então quanto
mais eh vezes nós tivemos voz e fala em sociedade mais oportunidades nós teremos de que eh O que os nossos ancestrais e as pessoas do movimento negro educador que muito bem foi citado aqui né pela fala do Daniel e do maon e fazendo menção a professora eh Lino né professora Nilma Lino Gomes eh é esse movimento constante nós não podemos deixar de reforçar e lembrar que a universidade parte a partir do continente africano só que e dentro do processo de colonização O que foi trazido para nós né pessoas negras em diáspora é essa Universidade eurocêntrica
que tem eh esse resguardo E aí é importante nós falarmos desse existir negro na pós--graduação a partir das políticas de cotas que foi apresentado aqui reforço que essa pesquisa eu desenvolvi junto com a thí o Daniel que nós apresentamos também no Congresso de de pesquisadores negros e aí nós precisamos pensar né A partir dessa inclusão e pensando nessa Equidade racial na educação superior como um tema crucial e constante ou seja para além da Igualdade né dar para que todas as pessoas tenham Mas para que cada pessoa receba o que é necessário para sua existência e
permanência em sociedade no nosso caso que estamos na pós--graduação é é importante que as ações né a adoção de ações afirmativas na universidade sejam defendida como forma de reparação histórica mas não uma reparação Histórica no sentido de que nós estamos contando uma história da Carochinha não é no sentido de movimento no sentido de pensar em estruturas curriculares eh no sentido de pensar no que os estudantes negros vêm enfrentando nesses desafios e principalmente atenuando a abordagens pedagógicas inclusivas inclusivas no sentido de olhar no sentido de eh movimento de eh lugar de de permanência de nós de
nós enquanto pessoas negras né o maon ele falou muito bem quando quando ele fala que não é só entrarmos na universidade e teros só referências que não cabem a nós né nós fizemos uma leitura muito importante no grupo de pesquisa do carter Udson que ele fala sobre a deseducação do negro quando Nós entramos na universidade O que é esperado de nós é que nós enquanto pessoas educadoras nós não traz não eh a nossa história seja barrada na porta da Universidade que nós tenhamos acesso apenas o que a universidade eurocêntrica tem a nos oferecer e nós
enquanto pessoas pesquisadoras negras na universidade principalmente na pós-graduação o nosso compromisso é exatamente romper com isso e nós temos algumas eh limitações dentro deste processo porque é óbvio quando você rompe com a bolha e com a estrutura o que que nós temos eh a contraposição disso Olha eu não tenho repertório suficiente o que nós temos a oferecer para você é isso mas nós não nos contentamos com isso porque quando nós eh vimos para pesquisar Nós queremos fazer com que as nossas vozes se sejam ouvidas com que as nossas pesquisas tenham o mínimo de Amparo então
é importante que nós façamos constantemente essa reflexão e atuação crítica que muito bem já foi denunciada e colocada aqui seja por dados ou seja por fala e vivência dos meus colegas que apresentaram esse existem alguns eixos orientadores que eu quero trazer aqui sobre acesso e permanência né não é só eh quando nós E aí tem mais uma denúncia que foi colocada aqui que é fundamental que essa desonestidade intelectual quando nós colocamos na mesa que cotas Não é só para pessoas negras já foi levantado aqui durante a semana também que existe uma passibilidade passabilidade de cotistas
brancos como se não fossem cotistas e eles são muito bem recebidos na universidade até porque a universidade como foi posta aqui no nosso eh território Brasil é uma universidade com um valor e um olhar eurocêntrico com o que são chamados né de autores clássicos que pertencem à realidade e aí como muito bem também foi falado aqui existe um pacto muito bem alado da branquitude a qual cada vez mais se fortalece então quando nós estamos falando de acesso versus versus permanência não é só sobre entrar não é só garantir o ingresso mas também a permanência dos
Estudantes negros na pós--graduação no sentido de se ver nas práticas pedagógicas no sentido de ter o seu mínimo Amparo rompendo esses desafios acadêmicos eh enquanto uma pessoa negra na pós-graduação Mestrando que teve a oportunidade de adentrar por políticas de cotas eu sempre E aí né cada vez mais adentrando ao processo de Pesquisas eu consigo ver esses cinco eixos muito explícitos no processo da pós--graduação primeiro os desafios acadêmicos quando você entra que não foi o meu caso Porque eu tive a oportunidade de entrar com outras pessoas negras então nós conseguimos compartilhar mas isso é raro quando
acontece mas o primeiro passo são os desafios acadêmicos porque você entra num um processo de pós--graduação E ali a linguagem acadêmica é uma linguagem que não compõe o seu processo de formação nem da Educação Básica e nem da graduação existe né um um rebuscar uma intenção não intencional porque tem os vieses inconscientes também dentro desse processo formativo principalmente dos entes e doss descentes que estão que eh por mais que nós tenhamos um grande acesso de informação não quer dizer que essas informações estejam sendo absorvidas visto que o negro é sempre o outro né a pessoa
a quem precisa ser objeto de estudos mas como muito bem foi dito aqui nós ensinamos muito academia mas será que a academia consegue visualizar isso e muito mais o grande desafio é para nós enquanto pessoas pretas que adentramos no processo de graduação é você tem que ter acesso aos processos ocidentalizados de ensino e ainda não deixar para trás a sua cultura história e informação que aí entra no segundo eixo que são os desafios sociais e culturais porque eh duplamente nós temos que estudar né Não só esse resgate de que para nós é um resgate sócio
psíquico que ajuda com que a nossa psiquê em conjunto fique muito mais fortalecida então quando nós acessamos os autores né pessoas que escrevem para que nós tenhamos né mais conhecimento sobre aquilo que foi apagado dentro dessa história sejam autores afrocentric eh pessoas negras escrevendo a partir da sua vivência e território seja a partir da vivência com outras pessoas pessoas negras dentro da graduação nós sabemos né Por eh eixo histórico político socioemocional que pessoas que convivem com outras pessoas que TM um diálogo próximo é muito mais fácil fortalecer o pacto social de sobrevivência e bem-estar E
aí dentro desses desafios e choques sociais e culturais e o contrato que foi muito bem dito aqui eh nós possamos por impasses né Para Além desse processo de trânsito da Universidade não estar em um lugar acessível De onde nós moramos de ter esses aspectos E aí vem o terceiro passo que já foi muito bem dito que é a permanência a permanência ela só se dá quando por isso que também já foi apresentado aqui que grande parte dos dados existe uma evasão dos Estudantes negros na pós--graduação por este não reconhe ento pelos desafios acadêmicos encontrados pelos
desafios sociais e culturais pelo fato de ser apenas o acesso você entra mas nem sempre se dá a oportunidade para que você eh se sinta pertencente e acha que este lugar é o seu lugar então também né conforme foi apontado pelas pesquisas não só neste dia mas nos dias anteriores existe as questões específicas das pessoas negras como despont momento de ansiedade diagnóstico tardio de outras neurodivergent como TDH que são antes não tinham tanto eh não tinha tanto eh voltado para este olhar mas quando você entra na universidade você consegue ter este olhar muito mais apurado
porque você também tem acesso a outras informações com os seus eh pares de afinidade o quarto eixo é que o racismo ele não está no Pass passado já foi denunciado aqui já foi dito esse sistêmica esse sistema racista que está ligado ao processo institucional social financeiro econômico de território e tantas outras eh partes não não está distante da Universidade então nós precisamos primeiro Como já foi dito aqui racializar esse discurso e é importante também que pessoas brancas sejam racializadas neste lugar para que pessoas negras indígenas povos tradicionais não sejam um único grupo outro é importante
que pessoas brancas sejam racializadas e que o seu lugar eh seja também colocado para que nós possamos fazer um diálogo e assim eh pensar em possibilidades de equalizar Principalmente dentro do processo universit e é importante pensar como foi muito bem dito neste impacto da sociedade e nos currículos eh educacionais nós precisamos eh também vislumbrar o quanto esta participação de pessoas pesquisadoras vão contribuir para as próximas gerações nós precisamos sobretudo ter este olhar que é um impacto social já que nós estamos falando cada vez mais de Relações raciais de como eh essa permanência deve ser nós
teremos nós temos que ter um olhar muito mais efetivo e para que os dados não sejam apenas dados para que a minha fala a fala do Daniel a fala do Michael e de tantas outras pessoas que falaram e estão falando durante essa semana e durante os 365 dias do ano tentando fazer com que essa ruptura seja uma rura de quebra de pacto e privilégios a gente precisa mudar as nossas estruturas curriculares das Universidades para que seja para que de fato seja equalizado e que nós tenhamos eh mais oportunidades para que esse estudo seja um estudo
legítimo fala-se muito que a universidade é para todos mas quem são esses esse todos né Eh o o ferdin que estuda sobre racismo ambiental ele fala muito sobre a questão de corpo e natureza quem é o corpo e quem é a natureza dentro do processo Universitário né Qual que é a nossa e e é importante deste Impacto que quando eh estudantes negros entram na universidade pessoas negras pesquisadoras seja Na graduação ou na na pós-graduação numa eh nemum viés racial inconsciente os docentes tendem a de alguma forma responsabilizá-los eh eu passei por isso maon passou Daniel
passa como se nós tivéssemos a responsabilidade de trazer a nossa cultura e história eh para que seja permanente essa rotatividade de pessoas negras educadoras mas nós também quando adentramos na universidade queremos ter a oportunidade que é muito difícil né Eh já foi falado aqui sobre a idade de adentrar na nos estudos de pós-grad não só pós--graduação mas Educação Básica nós sabemos do processo de evasão de estudantes negros no ensino médio Na graduação a pós-graduação é Resgate uma ruptura de muitas famílias muitas pessoas pesquisadoras negras que estão nos assistindo sabem que são as primeiras pessoas de
toda uma família a adentrar o processo de graduação e pós-graduação dito que nós somos 56% da população como isso pode acontecer ainda né Nós estamos falando em 2024 quanto Como Michael muito bem falou aqui e eu fico feliz em ter esta referência de um homem negro que falou eh nós estamos ainda neste eh processo de ter que contar uma história mas não é uma história legitimada isso é cansativo e fere um dos eixos que eu trouxe aqui que é a permanência porque a nossa saúde mental fica tão desgastada porque a todo tempo nós temos que
provar uma que o racismo não está no passado que a nossa permanência é legítima que a cotas Não surgiu para pessoas apenas o a intenção das cotas não foi para pessoas negras e é importante nós fazermos essa denúncia essa reparação histórica veio muito depois é importante também fortalecer que quando teve finalmente a política de cotas a intenção não era que ela fosse permanente tanto é que teve todo esse movimento agora em 2024 para que né tivesse a renovação então não era para ser algo permanente era para que pessoas negras tivessem neste momento né em 2024
com o número expressivo de participação e permanência nas universidades Mas isso não vem acontecendo nem só por pessoas negras mas por pessoas indígenas por povos tradicionais e tantos outros públicos A não ser que E como foi apresentado aqui também em dados eh pessoas brancas são maioria em cotas pessoas brancas são maioria em permanência em universidade e isso propriamente dito já é uma denúncia né então a gente precisa cada vez mais fazer essa reflexão com constante deste Impacto né Deixa eu passar aqui eu já tô finalizando também não quero ultrapassar tanto a fala mas para reflexões
finais eu quero que n neste dia tudo que foi dito aqui seja passado à frente mas passado da forma como nós falamos né que a história de fato seja contado que de verdade haja uma verdadeira reparação que a semana da Consciência Negra aqui na na Unifesp seja uma mudança e que haja principalmente eh novas práticas pedagógicas olhares curriculares então a gente tá falando de ementa a gente tá falando de inúmeras outras coisas eh O Gabriel apresentou aqui a ausência de docentes negros então é importante também que haja essa oportunidade este olhar e que sobretudo docentes
negros sejam reconhecidos como os docentes porque também existe este não lugar de docentes negros que são permanentes eh isso é É Fato né Toda pessoa que está em processo de pesquisa está sempre em processo de aprendizagem e construção em prol da sociedade mas me abre os olhos quando eh pessoas negras são sempre dadas como eh entes estudantes e nunca como docentes nunca como eh pessoas que tem e representação e representatividade não é só o corpo é ação política dentro da universidade é ação estratégica é movimento eu fico feliz de estar em grupos né como abidias
o Laro né que fazem essa menção estratégica a todo tempo no mas eu quero agradecer a a minha presença aqui né a todas as pessoas que ficaram até agora conosco a mediação da mesa aos meus colegas participantes A Cláudia que tá aqui também nos Bastidores ao Mário Que também está nos apoiando e que nós tenhamos mais oportunidades de fala que essa semana não seja a única semana que seja um diálogo permanente e efetivo muito obrigada muito obrigada Jennifer eh infelizmente passamos do tempo mas se os colegas quiserem retornar aqui pelo menos para pra gente se
despedir da turma eh eu quero dizer que foi uma honra participar dessa mesa aprendi muito Mel tô sempre aprendendo viu Mael Com certeza eu mais aprendo do que ensino muito obrigada a todos vocês agradeço muito a todos todas e todos que ficaram até aqui conosco Quero Agradecer particularmente a oportunidade de participar do programa AB Dias Nascimento eh particularmente quero agradecer a professora Helen Gonzaga que é coordenadora geral a professora Maria da que é coordenadora pela e também particularmente a minha a minha colega minha amiga Maria Angélica pedra Minhoto por ter me convidado para participar desse
projeto agradeço a todas todas e todes e espero que nos reencontremos e sei que não vamos sair dessa mesa da mesma forma que entramos né não há como gente muito obrigada foi realmente uma honra um grande prazer não sei se alguém quer falar alguma coisa Acho que nem dá tempo porque acho que teremos outras outra mesa na sequência Mas agradeço muito a todos então obrigada gente tchau tchau obrigada Ron Obrigada André M genteo obrigado abraço Agradecemos por assistir a mais uma sessão da semana da Consciência Negra UNIFESP n [Música]