[Aplausos] eu diria que o principal desafio que nós temos hoje é da manutenção do profissional professor e das conquistas que nós tivemos nos últimos 30 anos em relação à valorização do trabalho docente a a conquista que foi de conseguirmos um salário mínimo nacional para os docentes da educação básica foram conquistas que mobilizaram os educadores críticos dos anos que começamos nos anos 70 nos programas de pós graduação que fizemos as conferências brasileira de educação junto com os sindicatos dos educadores junto com o desenvolvimento da própria pesquisa na área da educação porque nós fomos aprendendo muito a
valorizar esse profissional do ponto de vista das suas condições de trabalho do ponto de vista dos seus saberes daquilo que ele precisa ter como formação como uma formação intelectual e não como um técnico que reproduz conhecimento então hoje nós estamos com esse enorme desafio porque o brasil está cada vez mais entrando numa perspectiva do ultra neo liberalismo em que dominam os setores privatistas e que na área da educação eles têm um espaço enorme de ter recursos públicos para as suas atividades financiar estas eles transformaram a educação transformando a educação é uma mercadoria ou seja estão
contrariando o direito à educação que é um direito constitucional aliás o texto da constituição de 88 ele foi escrito por nós uma é como resultado de uma das conferências brasileiras educação 1986 foi realizado em goiânia olha e então esses financistas porque que eles são uma ameaça ao só essas conquistas porque na lógica deles os professores são culpabilizados pelos resultados precários da educação básica eles dizem que os alunos saem das escolas sem saber por que as universidades só traz trabalharam teorias na formação de professores como che aprender a ser professor na universidade fosse a uma coisa
desnecessária e junto com esse ataque que é um ataque ideológico fortemente ideológico esses grupos cróton fundação lemann fundação ayrton sena é a língua era e outras tantas que são poderosíssimos financeiramente eles têm lucros maiores do que os bancos no brasil que é o setor que mais lucra né eles adentram essa setor da educação e colocam a perspectiva de os professores dos estados diminuírem o gasto na educação e cortando o salário dos professores e cortando a carreira dos professores transformando os professores em operários é um time assim não opera 11 empregados por hora aula sem direitos
nenhuns em nenhum espaço de valorização de acesso e progressão na carreira e isso tudo que foi conquista então eu dei aqui esse é o principal desafio que nós estamos enfrentando em relação ao exercício profissional da docência ea valorização desse trabalhador chamado professor agora do ponto de vista da universidade nós também temos desafios na formação nos cursos de licenciatura porque a universidade ela é herdeira de uma tradição muito forte das universidades européias do século é 19 século 20 que é a separação das áreas do conhecimento então você tem de um lado o poderío que é conferido
algumas áreas que não por acaso também foram se desenvolvendo é junto com o desenvolvimento do capitalismo não é as áreas duras como a gente chama que foram muito fortes para a construção da indústria e do desenvolvimento industrial e também para a indústria da guerra então essas áreas duras elas acabam operando no âmbito da universidade por disciplinas fragmentadas e que no caso da formação dos professores isso acaba sendo um prejuízo enorme porque se você vai formar um professor de física ele tem que saber física e saber ensinar física e portanto ele tem que aprender a ensinar
física então isso que o desafio da universidade os cursos de licenciatura meio que foram a estrutura universitária e dentro dela os cursos de licenciatura foi reproduzido essa separação do saber em disciplinas rígidas e distanciadas em dois blocos que a área de humanas contra a área é das duras e vice-versa né e em que é um clown eu diria que o principal desafio um dos principais desafios aniversário é de ter um adversário e ter um lugar de formação chamada um espaço próprio de licenciatura em que vão para lá os professores que querem formar professores e nesse
espaço com o projeto político pedagógico próprio claro e definido de formação de professores para a educação básica juntos portanto numa superando essa perspectiva na modalidade não é da ruptura entre os saberes disciplinares saber exemplo personagens saberes pedagógicos trata se de uma ruptura epistemológica necessária porque nós já estamos finalmente aprendendo que a complexidade a aar o mundo é muito mais é é complexo nuno a uma única disciplina que dá conta de compreendê-lo se nós pegamos qualquer fenômeno da realidade por exemplo como eu sei a que o fenômeno de o problema é que acontecendo brumadinho não dá
pra dizer que esse problema ele ocorreu por falha de uma única área de conhecimento você tem todas as áreas do conhecimento envolvidas nisso assim como você tem toda a área a não diretamente ligada à formação do professor como por exemplo a economia à sociologia a constituição dessa dessa perspectiva de uma empresa que é que tem uma perspectiva de carga uma ação do capital e não distribuição de renda importante que fazem desastre como esse então um fenômeno complexo como esse por exemplo ele pode ser um interessante para izar vários conhecimentos na formação dos alunos na licenciatura
com professores então venha física vem aquilo que venha matemática história geografia ver economia vem a sociologia ou seja se nós aprendermos bem a lição de paulo freire é nós temos que ensinar os nossos alunos a ler o mundo ea leitura do mundo o mundo é complexo portanto nós temos diferentes conhecimentos para alê que são os instrumentos para leitura do mundo então o desafio da licenciatura eu diria que é de provocar essa esse projeto único de formação de professor não é coletivo e que tenha e aí o segundo desafio na escola pública como a referência na
formação ou seja que tenha desde o princípio do curso de licenciatura a escolas escolas públicas como objeto do estágio e o estágio percorrendo a formação teórico prática ao longo de todo o curso de licenciatura porque com isso você desenvolve a pesquisa que os alunos precisam aprender a compreender o que acontece o primeiro já conheceu a escola compreender o que acontece na escola identificar os problemas que a escola tem conhecer as raízes desses problemas não é analisar ou seja proceder nos próprios passos da pesquisa para chegar a propor formas de superação porque um aluno egresso da
licenciatura ele tem que que essa formação humana com essa sensibilidade humana para oferecer possibilidades de melhorar a escola à pós graduação tem um papel importantíssimo se ela também superará a tendência a fragmentação do conhecimento é porque ela tem um papel importantíssimo porque a população tem a sua finalidade é formar pesquisadores e portanto é aprofundar segmentos do conhecimento que estejam no meu modo de entender diretamente vinculados aos problemas da humanidade se ele esquecer isso ela pode formar pesquisadores diletantes desconectados da realidade e do mundo é claro que essas pesquisas da organização elas não são respostas imediatas
aos problemas porque dependendo da área com a qual você está trabalhando na pós graduação no caso nosso a educação você precisa de diferentes visadas diferentes olhares disciplinares diferentes aprofundamentos pra comprar ter uma compreensão ampliada e por que que a educação está caminhando para ampliar a desigualdade social e não para superar a desigualdade social então pra mim é esse o papel da pós-graduação em uma um caminho que eu tô querendo eu percebi que é de desenvolver estudos mais aprofundados com parceiros da américa latina numa perspectiva de descolonização do conhecimento porque na área da educação desde que
a pós-graduação começou foi criada entre 68 é nós conseguimos produzir uma quantidade significativa e qualitativa né e conhecimento na área da educação brasileira ou seja nós temos uma produção brasileira de educação a gente dialogou muito com referenciais externos eu que eu acho que sempre temos que dialogar mas eu penso que eu particularmente gostaria de investir num diálogo mais intenso numa perspectiva não colonizadora com os colegas da américa latina na área de didática sobre a curva uma realidade eu peço que é importante a gente estudar os clássicos que são de estrangeiros evidentemente mas também brasileiros e
não perdemos muito tempo com uma produção que eu diria ao meio às vezes superficial mas como tem essa exigência da pós graduação sobre os programas e tem internacionalização às vezes eu dou muito aparecer né pra que além do trabalho de aposentado parece que é ser dar parecer às agências de fomento que muitas vezes a gente vê o interesse de um pós graduando de fazer um mesmo dia um doutor de fazer um pós doutorado uma pesquisa com grupos no exterior não uma relação de igualdade mas uma relação de subalternidade ou mesmo buscando grupos sendo que no
brasil nós já temos produção de conhecimento naquela área então eu acho que eu quero mexer mais com isso nas minhas pesquisas nep e particularmente na área de didática é como eu citei e nesse sentido também eu quero investir mais junto com um grupo né a emi está compreendendo como que é a didática necessária aos professores que estão aí [Aplausos]