Em 1930, há quase um século, nascia no Brasil, mais precisamente em Belém do Pará, no coração vibrante da floresta amazônica, a perfumaria Febo. A ideia partiu de dois primos portugueses, Antônio e Mário Santiago. O nome escolhido Febo vem do deus grego do Sol e simboliza a chegada de uma nova era para a perfumaria nacional, algo sofisticado, moderno e cheio de brilho.
O famoso sabonete Febo, que se tornou um dos mais tradicionais do país, continua até hoje nas prateleiras dos supermercados. Já atravessou gerações marcando presença no cotidiano de milhares de brasileiros. Mas mesmo com tanta tradição, será que ele ainda é uma boa escolha para o dia a dia?
E afinal, o que os diferencia dos demais sabonetes do mercado? Nesse vídeo vamos responder a essas e muitas outras perguntas, OK? Vamos entender o que dizem os dermatologistas, especialistas em mercado, em mergulhar fundo nessa história perfumada.
Eu sou André Benjamim e eu te convido a ficar comigo até o fim porque tem muita coisa boa vindo por aí, ok? Como já adiantei, a história do sabonete Febo começou lá atrás, em 1930. Na época, a empresa dos primos Antônio e Mário Santiago se chamava A Silva e se dedicava à fabricação de chapéus, mas esse mercado já dava sinais de enfraquecimento, o que levou os primos a apostarem em um novo segmento, o de perfumaria.
Eles perceberam que o mercado de higiene pessoal estava em pleno crescimento. Produtos como sabonetes, pastas de dentes, shampoos e condicionadores estavam ganhando espaço nos lares brasileiros. Naquela época, o sabonete mais vendido na região era o inglês pearce, um clássico que já tinha mais de um século de existência.
Sua principal característica, uma fórmula que deixava o sabonete quase translúcido com um toque de sofisticação. Essa transparência do Pierce fazia dele uma opção muito mais atrativa do que os sabonetes comuns da época, que eram geralmente brancos, de aspecto grosseiro, com fórmulas mais abrasivas e fragrâncias. pouco agradáveis.
O outro ponto forte do Pierce era justamente o perfume, mais delicado e marcante. E foi aí que os primos portugueses tiveram uma sacada genial, criar um sabonete brasileiro que pudesse competir de igual para igual com o sabonete inglês. E assim nasceu a ideia de uma perfumaria própria.
O primeiro produto lançado pela nova empresa foi o icônico sabonete odor de rosas. Na embalagem estavam escritas as expressões London, transparente e o rosa. Tudo cuidadosamente pensado para criar uma imagem sofisticada, sugerindo que o sabonete poderia até ser importado da Inglaterra, ter aquela mesma transparência e trazer uma fragrância exótica como a do pau rosa.
A tentativa foi ousada, mas não deu para registrar o produto com aquelas promessas. Afinal, ele não era feito em Londres e sua fórmula continha mais de 100 ingredientes, muito além do pau rosa. A única coisa verdadeira, a sua transparência.
Foi então que os primos decidiram batizá-lo o sabonete de Febo em homenagem ao deus solar da mitologia grega, um nome inspirado no clássico Os Luzíadas, do autor português Luís de Camões. Hum, é história também. Naqueles tempos, a produção era totalmente artesanal.
Os sabonetes levavam cerca de dois meses para ficarem prontos. Isso fazia com que o FEBO fosse visto como um produto de luxo, inacessível para boa parte da população. E como ele era fabricado em Belém do Pará, o desafio logístico para levá-lo às grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo era ainda maior.
A FEBO precisou de muita criatividade para se tornar popular. O preço do sabonete era equivalente ao de produtos importados. E sabonete para muitos brasileiros ainda era considerado artigo de luxo.
Sem visibilidade fora da região norte, era fundamental que o produto conquistasse os consumidores e fizesse com que o cliente comprasse outras vezes. A solução estratégias de marketing ousadas, distribuição de brindes, promoção com sabonetes grátis, patrocínio de eventos de beleza como Miss Brasil. Tudo isso, tudo isso ajudou a aumentar o reconhecimento da marca e a espalhar seu perfume pelo país.
Outro momento marcante na trajetória da FEBO foi a introdução da lavanda ou alfazema em seus produtos. Conta-se que em 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial, Mário Santiago viajou para os Alpes suíços e ficou encantado com o perfume de uma pequena flor roxa. Inspirado por essa experiência, ele levou a lavanda para o portfólio da empresa, marcando presença em vários produtos de perfumaria e limpeza de outras marcas, inclusive depois disso.
Com passar dos anos, a FEBO transferiu sua sede. Imagina para onde, gente? lá pra Feira de Santana na Bahia, onde permaneceu sob controle da família Santiago até 1988, quando foi adquirida pela gigante PIG.
A partir daí, os produtos passaram a ser distribuídos para diversos países. Outra mudança importante ocorreu em 2004, quando a FEBO foi comprada pela tradicional marca brasileira Granado. Hum.
Desde então, dois pesos pesados do mercado, os sabonetes de glicerina Febo e Granado passaram a fazer parte da mesma cartela de produtos. Em 2007, veio uma grande reviravolta. Após se tornar um item mais acessível, a FEBO passou por um reposicionamento, novas fragrâncias, cores vibrantes e uma forte conexão com a Amazônia.
Com isso, o produto voltou a ter um apelo mais sofisticado, comparável ao das outras linhas premium da Granada. Hoje é possível encontrar os sabonetes FEBO em todas as lojas da marca, inclusive na loja Conceito da Granado, sabe aonde? Em Paris.
Esse resgate das origens amazônicas deu à marca um diferencial internacional. A FEB hoje é reconhecida mundialmente por valorizar a biodiversidade brasileira em suas fragrâncias e manter um elo afetivo com a cultura nacional. E se tem uma coisa em que a Febo sempre brilhou, foi na propaganda.
Desde o início, a marca entendeu que precisava se destacar e para isso, abusou da criatividade nas campanhas publicitárias. Desde os anos 1930, a FEBO apareceu em jornais, revistas, patrocinou concursos de beleza e se manteve próxima dos temas ligados ao bem-estar, à autoestima e aos cuidados com o corpo. A conexão com os aromas da Amazônia foi sempre um dos pontos centrais das campanhas.
Também criou campanhas de rádio e TV, realizou ações ligadas a outras marcas brasileiras com parcerias, como a feita com, sabe com quem? A Turma da Mônica, quando lançou uma linha infantil. mais delicada e menos abrasiva.
Em 1980, ganhou o Leão de Ouro em Canes um dos maiores prêmios de propaganda do mundo com o comercial A seiva de Alfazema, produzida por Vander Cairo Levi. Algumas mulheres imaginam que seva de alfazema afasta coisas negativas como inveja, mal olhado. Eu uso seiva porque é suave, delicado.
Seiva de Alfazema da Cebo, a única que tem origem na flor de alfazema que concentra as forças positivas da natureza. Eu não sei se essas coisas negativas existem, mas seiva de Alfazema protege mais do que você imagina. E aí, o que é que você acha?
Esse comercial merecia mesmo prêmio? Na época foi considerado inovador, ousado e revolucionário, especialmente porque a FEBO queria conquistar um público mais jovem. já que o sabonete estava ficando exclusivo de consumidores mais velhos.
Agora vamos falar dos benefícios do sabonete Febo. Para isso, fomos direto à fonte, a própria empresa. Quando foi lançado em 1930, o odor de rosas já era um produto bem menos abrasivo do que os sabonetes comuns da época, como sabão de coco, por exemplo, e outros que podiam até machucar a pele.
A fórmula original do odor de rosas incluía ingredientes como pau rosa, sândalo, cravo da índia, canela de Madagascar, entre outros aromas marcantes e refinados. Com o tempo, os sabonetes evoluíram, deixando de ressecar a pele, passando a oferecer até mesmo hidratação. E a FEBO acompanhou essa evolução.
Desde que foi adquirida pela Granado, passou a conter mais glicerina, um ingrediente essencial para manter a pele hidratada após o banho. E vale lembrar que os sabonetes da FEBO são ricos em fragrâncias e isso é ótimo para o sensorial, mas pode causar reações alérgicas em pessoas mais sensíveis. Felizmente, esses casos são bem raros.
Hoje as embalagens já destacam a presença de glicerina, o que torna os sabonetes FEBO uma alternativa eficaz e mais barata aos sabonetes de glicerina puro. Agora vamos analisar os principais ingredientes da fórmula do sabonete Febo. Vamos lá.
O óleo de palma é o principal óleo da composição do sabonete febo. É um óleo extraído da polpa do dendeziro, uma palmeira originária da África e um dos óleos vegetais mais utilizados no mundo. É utilizado para reduzir a agressividade com a pele durante o uso.
A glicerina é um composto orgânico que tem propriedades hidratantes, emolientes, lubrificantes e humeectantes, ou seja, acalma a pele, previne o ressecamento, fortalece e cria uma barreira protetora que ajuda a manter os níveis ideais, sabe de quê? De hidratação. Assim sendo, enquanto limpa a pele, ela evita que a hidratação natural da pele se perca.
O açúcar impede a cristalização e mantém a transparência do sabonete e também vai ajudar a suavizar o impacto sobre a pele. A água é um dos principais insumos na indústria dos cosméticos, higiene pessoal e perfumaria. Ela ajuda a remover a sujeira, pois se liga à parte polar das moléculas dos sabonetes.
A triestearina, também chamada de ácido esteárico, é um ingrediente sólido semelhante à cera, produzido a partir de gorduras e óleos animais e vegetais. A sua finalidade é ajudar a criar uma sensação amanteigada quando em contato com a pele, auxiliando a manter o sabonete mais firme e resistente à água. Esse ingrediente, o álcool, é usado para facilitar a penetração de ativos, além de desengordurar a pele.
Ele auxilia na conservação do sabonete. O álcool também é importante para melhorar o sensorial do produto na pele. Essa substância é usada tanto em sabonetes quanto em outros produtos de skincare para ajudar a preservar esses produtos de contaminações microbiológicas.
Ele também retém a umidade da pele, protegendo o ressecamento, potencializa fórmulas de produtos para peles oleosas e facilita a entrada de outros ativos na barreira cutânea. O hidróxido de sódio, conhecido como soda cálustica, é usado para realizar a chamada saponificação. É uma reação que transforma gorduras em sabão.
É o ingrediente chave na base do sabonete. Essa substância conhecida mais comumente como les é um surfactante que ajuda a criar a espuma e remover sujeira e óleo. Muito utilizado em sabonetes, shampoos, pastas de dente e outros produtos de higiene pessoal.
É responsável por dar sensação de limpeza e facilitar a remoção de resíduos. O ácido etidrônico é responsável por evitar que os sabonetes fiquem mofados, agindo como um antioxidante, prevenindo alterações de cor, textura e fragrância. E ele ainda reduz a dureza da água, proporcionando um toque macio à pele.
A alma do fibo. Esse sabonete ficou famoso pelas fragrâncias disponíveis, todas elas é metendo a Amazônia e a cultura brasileira. A primeira e até hoje a mais famosa continua sendo a odor de rosas.
Além dele, a linha de sabonete Febo de Lúcio tem várias outras fragrâncias: ícones: limão siciliano, coco da Bahia, verbena tropical, alfazema e tem uma nova chamada bossa nova. Nossa, é muito bom. Antes de tudo, se você tem alergia a algum componente da fórmula, o ideal é evitar o uso, como qualquer outro produto.
Algumas fragrâncias podem irritar peles mais sensíveis. Pode usar no rosto, depende. Se sua pele for sensível, talvez não seja ideal por causa da limpeza mais intensa, mas se for oleosa, o sabonete pode ajudar bastante no controle da oleosidade.
Para o restante do corpo, ele é uma ótima opção. Remove a sujeira e o excesso de oleosidade de regiões como axilas e virilhas. Em áreas mais ressecadas, basta usar um bom hidratante durante ou após o banho.
Depois de tudo que vimos por aqui, da história riquíssima as fórmulas bem pensadas e cheias de personalidade, dá para dizer que o sabonete Febo continua sendo uma ótima escolha entre as opções disponíveis no mercado. Ele combina tradição, cuidado com a pele, ingredientes de qualidade e fragrâncias marcantes que agradam diferentes gostos. E para saber muito mais sobre os mais diversos assuntos, se inscreve, ativa o sininho e até o próximo vídeo.