[Música] poucos personagens na literatura clássica capturam a complexidade da alma humana como Julien sorel o protagonista de o vermelho e o negro de standal Julian é jovem ambicioso inteligente ele nasceu em uma pequena cidade no interior da França filho de um carpinteiro e desde cedo sentiu o peso de sua origem humilde mas não se conformava com o destino que a sociedade Parecia ter traçado para ele para ele a vida tinha que ser mais do que trabalho duro e obediência ele Lia Napoleão como outros jovens le encontos de heróis enxergando nele um modelo de ascensão e
poder Julien desejava ser grande não por pura ganância mas porque acreditava Que grandeza era a única forma de escapar da invisibilidade que o cercava mas a grandeza que seguia não era apenas material ele buscava algo que não sabia nomear algo que pulsava em seu íntimo como um desejo ardente e assim sua busca pelo prazer se manifestava em várias formas o prazer do Poder o prazer da Conquista amorosa o prazer de ser admirado a vida de Julien começou a mudar quando ele foi contratado como tutor dos filhos de madame de renal A Esposa de um rico
Prefeito jul com sua beleza inteligência rapidamente se tornou objeto de atenção dela Apesar de sua origem humilde ele sabia manipular a percepção alheia ele não amava madame de renal mas amava o poder que exercia sobre ela para ele seduzi-la era uma vitória contra a sociedade que o havia relegado à insignificância essa Conquista porém não o saciou o prazer de dominar e seduzir era intenso mas passageiro Julian logo percebeu que precisava deais ele buscava reconhecimento em esferas mais altas e assim começou a se envolver com Matilde de La Mole a filha de um marqus diferente de
madame de renal Matilde era sofisticada fria calculista conquistá-la significava acender socialmente mas também enfrentar um novo tipo de jogo psicológico Julien se dedicou a essa nova busca com a mesma intensidade de sempre mas algo começou a mudar ele percebeu que quanto mais conquistava mais vazio se sentia o prazer que ele tanto almejava parecia estar sempre além de seu alcance como um Horizonte que recua à medida que avançamos no final de sua jornada Julian se deparou com as consequências de suas escolhas seu caso com madame de renal foi revelado e ele enfrentou julgamento por tentar assassiná-la
em um momento de desespero condenado a guilhotina J T tempo para refletir sobre sua vida ele percebeu que sua busca incessante pelo prazer não era uma busca pela felicidade mas sim uma fuga de si mesmo Julian morreu jovem mas sua história permanece como um lembrete Poderoso o prazer quando buscado como um fim em si mesmo pode se transformar em uma armadilha ele nos convida a refletir sobre nossas próprias escolhas e sobre o preço que estamos dispostos a pagar por aquilo que acreditamos nos trazer felicidade o que realmente nos motiva essa é uma pergunta que a
neurociência tenta responder há décadas e quando olhamos para a trajetória de Julian sorel podemos ver claramente como ele se tornou uma vítima do próprio sistema de recompensa do cérebro o prazer que sentimos quando atingimos uma meta seja ela pequena ou grandiosa é mediado por um mecanismo biológico fundamental o sistema de recompensa ele é ativado pela liberação de Ina o neurotransmissor responsável por criar aquela sensação de satisfação e Euforia Julian experimentava isso todas as vezes que conseguia algo que desejava seja a atenção de madame de renal a admiração de Matilde ou a sensação de poder que
vinha com suas conquistas sociais mas o cérebro humano tem um problema ele se adapta rapidamente é como comprar um par de sapatos novos no início você sente uma felicidade enorme mas mas depois de um tempo eles se tornam Apenas Mais Um item comum esse fenômeno é chamado de adaptação hedônica na prática Isso significa que Julien nunca conseguiu realmente se satisfazer com suas vitórias elas eram intensas mais fugazes pesquisas modernas mostram que o circuito de recompensa particularmente sensível à novidade E a antecipação isso explica porque Julian estava constantemente buscando novos desafios nov ele não se contentava
com o que já tinha porque o cérebro dele estava Seme dizendo E agora qual será o próximo passo Além disso Juliana era movido por algo ainda mais profundo uma necessidade de validação estudos em psicologia como os de Abraham apontam que após atender as necessidades básicas o ser humano passa a busc Perci e importante do que qualquer prazer físico ele queria sentir que sua existência tinha significado que ele era visto contudo essa busca incessante gerou um ciclo vicioso cada vez que Julien alcançava um objetivo ele rapidamente se sentia insatisfeito e partia em busca do próximo o
sistema de recompensa ao invés de ser uma ferramenta para o bem-estar tornou-se uma armadilha que o mantinha em constante movimento sem nunca permitir que ele encontrasse paz no dia a dia podemos ver esse mesmo mecanismo em Ação em comportamentos como o vício em redes sociais cada curtida cada comentário cada notificação ativa o circuito de recompensa criando um ciclo de busca por mais assim como Julian muitas pessoas hoje estão presas em um ciclo de prazer imediato mas vazio que as impede de encontrar uma satisfação duradora mais preocupante ainda é como esse ciclo pode nos levar a
negligenciar a coisas que realmente importam Julian em sua busca pelo prazer e pela validação destruiu relacionamentos manipulou pessoas e no final perdeu tudo ele é um exemplo trágico do que pode acontecer quando deixamos o sistema de recompensa nos controlar ao invés de usá-lo como uma ferramenta para buscar algo maior mas se Julian tivesse compreendido como seu cérebro funcionava Será que ele poderia ter feito escolhas diferentes essa é uma pergunta que nos leva a olhar para outra perspectiva a da filosofia no próximo capítulo Vamos explorar como pensadores como Epicuro e schopenhauer podem nos ajudar a entender
melhor a busca pelo prazer e suas consequências a busca pelo prazer é tão antiga quanto a própria humanidade desde os primeiros filósofos essa questão foi amplamente debatida Afinal o prazer é o caminho para a felicidade ou apenas uma ilusão que nos mantém em um ciclo interminável de insatisfação Julian sorel em sua obsessão por conquistas e validação é um exemplo perfeito para entendermos como a filosofia aborda o prazer tomemos Epicuro por exemplo muitas vezes mal compreendido Epicuro não defendia a busca desenfreada por Prazeres mas sim uma vida equilibrada baseada em prazeres simples e na ausência de
dor ele acreditava que o verdadeiro prazer os exos e encontrar a serenidade Julian no entanto fez o oposto ele buscava Prazeres grandiosos e intensos acreditando que eles preencheriam o vazio que sentia outro filósofo que nos ajuda a compreender Julian é Artur schopenhauer para schopenhauer a vida é caracterizada por um ciclo constante de desejo e insatisfação desejamos algo lamos para alcançá-lo eando consos percebemos que aquilo não nos trouxe a felicidade que esperávamos Julian é um exemplo trágico disso ele desejava ascensão social poder amor mas ao alcançar cada um desses objetivos descobria que ainda se sentia vazio
essa perspectiva filosófica é particularmente relevante no mundo contemporâneo Vivemos em uma sociedade que nos incentiva a buscar o próximo grande prazer o último modelo de celular as férias perfeitas o relacionamento ideal mas como schopenhauer apontou essa busca frequentemente nos deixa mais frustrados do que realizados Ruben Alves também nos oferece uma reflexão interessante sobre o prazer ele dizia que o excesso de opções e estímulos nos leva a uma espécie de anestesia da Alma Julien em sua busca constante por algo mais nunca teve tempo para apreciar o que já tinha ele estava sempre tão focado no próximo
objetivo que se esquecia de viver o presente e o que dizer de niet ele por sua vez nos alertava sobre o perigo de viver em função de valores externos impostos pela sociedade Julien queria o reconhecimento de uma sociedade que o desprezava por suas origens Humildes sua busca não era genuína era uma tentativa de provar seu valor para os outros nietzche nos incentivaria a buscar um prazer autêntico que nasce de nossos próprios valores e não da aprovação alheia essas reflexões filosóficas mostram que o prazer quando buscado de forma desenfreada ou por motivos errados pode se transformar
em uma armadilha Julien é uma prova disso ele dedicou sua vida a uma busca que no fim o deixou mais vazio e perdido do que nunca mas para entender ainda melhor o que levou Julien a esse caminho precisamos olhar para o lado psicológico e emocional de sua história no próximo capítulo exploraremos como fatores como autoestima trauma e validação social moldaram a trajetória de Julian e como essas mesmas questões afetam nossas vidas no dia a dia se voltarmos para a história de Julien sorell podemos perceber que sua busca incessante pelo prazer não era apenas uma questão
de ambição Mas também de profunda necessidade psicológica ele não queria apenas conquistar ele queria ser visto e essa necessidade de validação social é um dos principais motores por trás de comportamentos humanos que muitas vezes beiram o autodestrutivo na psicologia essa busca pode ser explicada pela teoria da autoestima de Carl Rogers um dos fundadores da psicologia humanista Rogers argumentava que todos nós temos uma necessidade fundamental de sermos aceitos e valorizados pelos outros no caso de Julian sua autoestima estava intrinsecamente ligada à sua capacidade de impressionar e ser admirado ele sentia que seu valor estava diretamente relacionado
às suas conquistas esse fenômeno é amplificado pelo que os psicólogos sociais chamam de comparação social Julian vivia em uma sociedade profundamente hierárquica onde o status e a posição social definiam o valor de uma pessoa ele constantemente se comparava com os nobres e os poderosos sentindo-se inferior por causa de suas origens humildes para essa sensação de inferioridade ele se lançava em uma busca desenfreada por validação na neurociência podemos entender esse comportamento pela forma como o cérebro processa a rejeição e a aceitação social estudos mostram que a rejeição ativa as mesmas áreas do cérebro associadas à dor
físico em outras palavras ser ignorado ou desvalorizado literalmente dói Julien ao tentar evitar essa dor buscava constantemente situações que lhe proporcionassem o oposto a euforia da aceitação e do reconhecimento mas há uma ironia Cruel nisso tudo o prazer que Julian experimentava ao ser reconhecido era sempre temporário o cérebro humano é programado para buscar mais e mais estímulos é o que chamamos de tolerância hedônica com o tempo o que antes era excitante se torna normal e precisamos de algo maior para sentir a mesma Julian vivia nesse ciclo cada conquista Perdia o brilho rapidamente e ele precisava
de um novo desafio para manter a sensação de prazer no dia a dia vemos esse mesmo padrão em muitas pessoas Pense em alguém que está constantemente nas redes sociais buscando curtidas e comentários ou em alguém que está sempre comprando coisas novas mas nunca se sente Plenamente satisfeito assim como jul essas pessoas estão presas em um ciclo de validação externa onde seu valor é definido pelo que os outros pensam delas a psicologia também nos ajuda a entender o papel dos traumas e das experiências da infância nesse tipo de comportamento Julien cresceu em um ambiente onde era
constantemente desprezado por sua família essa rejeição precoce moldou Sua percepção de si mesmo e sua necessidade de provar seu valor ao mundo ele não estava apenas buscando prazer ele estava tentando curar feridas por fim a neurociência nos mostra que o cérebro humano tem uma capacidade limitada de lidar com Recompensas frequentes quando somos expostos a estímulos constantes seja o reconhecimento social o prazer material ou até mesmo o amor romântico nosso sistema de recompensa pode se desregular isso leva a comportamentos compulsivos como vimos em Juli que estava disposto a arriscar tudo para manter su de superioridade e
validação mas o que podemos aprender com isso a psicologia nos ensina que a verdadeira autoestima não pode ser construída com base na aprovação dos outros Julian infelizmente nunca percebeu isso sua busca por validação foi na verdade uma fuga de si mesmo no próximo capítulo Vamos explorar como o dia a dia reflete essa dinâmica desde nossas interações com amigos e familiares até asas postas pela sociedade moderna veremos como a busca pelo prazer e pela validação se manifesta em pequenas e grandes formas depois de mergulharmos na filosofia psicologia e neurociência é hora de trazer essa discussão para
o cotidiano Afinal o que a história de Julien sorell e o conceito de busca pelo prazer tem a ver com a forma como vivemos nossas vidas hoje vivemos em uma era marcada pela cultura da satisfação instantânea Quer algo para comer peça pelo aplicativo quer se sentir validado poste nas redes sociais e espere pelos likes quer uma distração inúmeros Filmes séries e jogos estão a um clique de distância mas enquanto essas comodidades podem oferecer um alívio momentâneo elas também refletem a armadilha da busca incessante pelo prazer Pense nas redes sociais por exemplo estudos mostram que cada
curtida ou comentário positivo era dopamina no cérebro o mesmo neurotransmissor associado a Recompensas como comida e sexo mas assim como Julian sorell descobriu com suas conquistas sociais essa sensação é passageira você precisa de mais e mais para sentir o mesmo nível de satisfação isso cria um ciclo de dependência psicológica onde sua felicidade parece estar sempre fora do seu alcance condicionada ao próximo estímulo externo outro exemplo cotidiano é o consumismo assim como Julien buscava ascensão social para se sentir valorizado muitas pessoas hoje usam Bens Materiais como uma forma de medir seu valor o carro mais novo
o celular mais avançado as roupas de marca tudo isso se torna um símbolo de status mas o que acontece quando a novidade passa assim como Julian essas pessoas descobrem que a satisfação que buscavam era ilusória e que agora precisam de algo maior para cheiro vazio no campo das relações pessoais a busca pelo prazer também se manifesta de maneira Evidente em um mundo onde relacionamentos podem ser iniciados e descartados com um deslizar de dedo o vínculo humano muitas vezes é substituído pela busca de experiências momentâneas Julian com seus relacionamentos impulsivos e manipuladores é uma representação trágica
disso ele buscava o amor mas via as pessoas como ferramentas para alcançar sua própria validação e o que dizer do trabalho muitos de nós somos condicionados a acreditar que o sucesso profissional é o principal caminho para felicidade mas assim como Julian descobriu a busca incessante por status e reconhecimento pode deixar um rastro de exaustão e insatisfação trabalhamos mais horas sacrificamos nosso tempo com a família e amigos tudo em nome de uma recompensa que muitas vezes se prova insuficiente por fim há o impacto dessa busca no bem-estar mental a ansiedade o estresse e a depressão são
frequentemente exacerbados por essa corrida Sem Fim por prazer e validação Julian é um exemplo Claro de como isso pode ser prejudicial sua obsessão por conquistas o deixou emocionalmente esgotado incapaz de encontrar paz consigo mesmo e no dia a dia o que podemos fazer para evitar cair nessa armadilha embora este não tem a intenção de oferecer soluções podemos refletir sobre o que realmente nos traz felicidade é o reconhecimento dos outros ou a conexão genuína com quem somos é o prazer fugaz ou a satisfação duradoura de viver de acordo com nossos próprios valores Julian sorel nunca encontrou
essas respostas mas sua história nos deixa um alerta Poderoso o prazer quando buscado Sem consciência pode se transformar em uma prisão e nessa prisão muitas vezes esquecemos de viver plenamente presos a uma corrida interminável por algo que nunca será suficiente Afinal a busca pelo prazer é realmente o caminho para a felicidade ou apenas uma ilusão que nos mantém distraídos do que realmente importa se Este vídeo te fez refletir e te ajudou a enxergar as coisas de forma diferente não esquece de deixar o teu like isso não só me ajuda a alcançar mais pessoas [Música] tambos
como este fazemo para você compartilhe com alguém que precisa ouvir essa mensagem e se inscreva no canal para não perder mais reflexões como esta [Música]