Por que a maioria dos relacionamentos fracassam?

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Ato e Potência
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Video Transcript:
bom se esse vídeo não passar dos 10 minutos e 30 segundos Você ainda vai encontrar o amor da sua vida este ano Para alguns isso pode ser uma esperança e para outros eu acabei de jogar uma praga contudo Eu espero que você não seja supersticioso brincadeiras a parte agora falando sério metade de todos os primeiros casamentos terminam em divórcio aqui no Brasil segundo os dados do registro civil disponibilizados pelo IBGE em 2022 assim como 23 dos segundos casamentos e quase 3/4 dos terceiros casamentos a maioria dos relacionamentos não conjugais também terminam em separação dos relacionamentos
que duram Muitos são doentios e infelizes a maioria dos relacionamentos em outras palavras fracassa até o fim desse vídeo eu vou te mostrar algumas das razões pelas quais rompemos o nosso relacionamento mesmo depois de pensarmos ter encontrado o amor da nossa vida primeiro a gente precisa entender melhor essa expressão O que exatamente significa encontrar o amor da sua vida ou melhor usando uma expressão ainda mais popular encontrar a outra metade não parece ser algo idealizado sim porque é mesmo há mais de 2400 anos lá na Grécia Platão escreveu um diálogo intitulado o banquete durante esse
banquete aristófanes um dos convidados conta um mito a respeito da Separação dos seres humanos em Duas Metades em tempos de ouro os seres humanos tinham uma forma esférica com quatro braços e quatro pernas eles representavam a totalidade dotados em um só corpo do masculino e do feminino só que como essa un idade era poderosa ela podia ameaçar até mesmo os deuses Então por meio de um castigo Divino de Zeus os seres humanos se dividiram em duas metades e foram espalhados pelo mundo o amor portanto seria uma força metafísica que move as duas metades que foram
separadas de cada corpo a se juntarem novamente e conduzi-las à sua antiga natureza Isto é a totalidade mas uma vez que as duas metades se encontrassem elas não conseguiriam ficar Unidas da mesma forma que antes mas poderiam em vez disso gerar um outro ser completo dando início ao nascimento dos seres humanos a partir da Força do Amor o Eros metafísico embora a proposta de Platão ao contar esse mito seja outra da que estamos tentando propor aqui essas histórias elas são passadas de geração em geração e ficando cada vez mais deturpadas caindo no inconsciente coletivo dos
seres humanos que constituem um imenso repositório de formas e conteúdos que moldam a nossa relação com os outros e com nós mesmos de maneira inconsciente essa crença de que devemos procurar exatamente a Nossa outra metade ou o parceiro ideal para nós para que só Assim possamos atingir uma vida de felicidade e realização é o que o terapeuta junguiano James hallis chamou de o outro mágico uma das ideias falsas que impulsionam a humanidade é a fantasia do outro mágico a noção de que existe uma pessoa lá fora que é certa para nós que fará nossas vidas
funcionarem uma alma gêmea que consertar os estragos de nossa história pessoal até certo ponto é relativamente normal idealizar o seu parceiro quando se está solteiro ou no início de um relacionamento com a dopamina e a ocitocina explodindo no cérebro acompanhado daquele entusiasmo do começo de uma relação as falhas e defeitos do parceiro são ignorados ou encobertos como excentricidades que apenas aumentam seu charme isso por à medida que as coisas se distanciam da Visão elas se aproximam do pensamento no entanto passado o Estado De euforia inicial a realidade é que se intromete nas nossas ilusões e
o outro mágico se revela como alguém humano demasiadamente humano que possui justamente suas falhas e seus defeitos o parceiro nem sempre vai fazer o outro feliz nem sempre atenderá suas expectativas que são meras projeções desse outro mágico dentro de nós o que dá o sentimento de que a pessoa foi enganada pela ilusão de que aquele sentimento apaixonante do começo deveria durar para sempre por trás dessa busca pelo outro mágico está o poder que as imagens parentais exercem sobre a nossa psique a própria C ciência surge em nós quando sabemos diferenciar o eu do outro nos
estágios iniciais da vida o bebê falando de uma maneira simbólica é um só com a mãe o pai é justamente aquele que dá o senso de alteridade Isto é de um outro diferente de um eu quando AC cisão com a mãe acontece quando ocorre o despertar do eu uma criança que não recebe cuidados estáveis e confiáveis ou mesmo que é Cuidado com pais separados tende a se desenvolver como um adulto afligido por sentimentos de insegurança tal indivíduo frequentemente tenta preencher o seu vazio emocional ancorando o seu senso de identidade em um relacionamento e buscando um
parceiro romântico que possa assumir o papel de uma figura materna ou paterna mas não são só os arquétipos parentais que exercem influência no outro mágico nossa cultura está repleta de histórias centradas no tema de alguém perdido e solitário que encontra o par romântico ou mesmo vários parceiros perfeitos e a partir daí Experimenta uma vida de felicidade e realização exemplo disso na literatura É madame bovari escrito por Gustav fluet o livro narra a história de Ema bovari que depois de se contaminar por histórias de amor romântico passou ela mesma a idealizar uma vida de romantismos esperando
que quando se casasse com um homem a sua vida seria igual a dos Contos que Lia depois que se casou com um médico mediano e sem grandes atributos todos aqueles ideais românticos deram espaço a um vazio cheio de tédio e insatisfação é assim que ela passa atrair seu marido cada vez que encontra outro homem que pense poder satisfazê-la de início ela não percebe Mas cada vez que o ideal romântico parece estar mais perto projetado em algum cara que ela conheceu esse ideal se afasta outra vez justamente quando a realidade e o convívio com o outro
se impõe exatamente como James holls escreveu se eu não vejo e amo meu parceiro como uma pessoa real no mundo real se em vez disso eu elaboro uma fantasia sobre ele ou ela usando a pessoa meramente como um trampolim para a minha imaginação e meus desejos Então estou condenado mais cedo ou mais tarde a me ressentir da pessoa real por não viver de acordo com minhas fantasias muitas pessoas ao passarem por decepções amorosas tentam suprimir uma atitude consciente manifestando exageradamente uma atitude inconsciente oposta como uma forma de intelectualizar a situação que para ela causaria muito
dano se fosse sentida conscientemente é isso que leva algumas mulheres a falarem que todo homem não presta ou alguns homens falarem que toda mulher não presta quando as pessoas alimentam esse ressentimento tornam-se facilmente suscetíveis a serem sugadas por grupos coletivistas ideológicos perdendo a capacidade de distinguir as circunstâncias que o fariam perceber que estão se autodestruindo essa disposição interior dissimulada não é o único mas é um dos fatores que dividem os homens e as mulheres levando a extremos como o feminismo radical e a misoginia que alguns homens manifestam se escondendo atrás de movimentos como da Red
pew é algo análogo ao que Jung escreveu quando um fato interior não se torna consciente ele acontece exteriormente sob a forma de Fatalidade ou seja se o indivíduo se mantém íntegro e não percebe sua antinomia interior então o mundo que deve configurar o conflito e cingir-se em duas partes apesar disso tudo uma dinâmica patológica também pode se desenvolver o indivíduo em busca do outro mágico manipula e controla seu parceiro Na tentativa de moldá-lo em sua imagem idealizada Enquanto o outro parceiro com medo de ser abandonado se esforça desesperadamente para viver de acordo com essa fantasia
dedicando de forma submissa quase todo o seu tempo e energia para saciar todos os desejos vontades e necessidades do outro é o caso por exemplo do que vemos na peça de teatro pigmaleão de Bernard Shaw nela o personagem Henry riggins um professor de fonética da Elite transforma Elisa do L uma comerciante da Periferia em uma mulher culta e sofisticada tentando impor os seus próprios ideais do que é certo e do que é errado na personalidade dela ou como James holls explica a busca pelo outro mágico explica o fato de que tantos casais passam de relacionamentos
ingênuos para as disputa de poder se você não agir como eu desejo eu farei com que você cumpra com minhas ações eu vou controlar você criticar você abusar de você me afastar de você sabotar você e assim por meio de táticas de dependência raiva ou controle misturadas com retraimento emocional e sexual um dos parceiros tenta forçar o outro a voltar ao seu molde original e Imaginário raramente essas atitudes e comportamentos são conscientes a questão do outro mágico implica a situação de que um relacionamento só funcionará se o parceiro se apresentar como alguém acabado pronto mais
ou menos do jeito que imaginamos que ele deveria ser além dos vários aspectos modernos que influenciam na separação de um casal como por exemplo a diminuição de renda de um dos cônjuges as melhores oportunidades de carreira as imensas possibilidades que as redes sociais nos proporcionou de se conectar que tá com as pessoas o que faz com que comparemos nossa vida o tempo todo e a tal busca pela felicidade pessoal que também não deixa de ser um ideal inatingível apesar disso tudo muitas vezes nós nos esquecemos de que um relacionamento é o que ele é uma
relação entre duas pessoas e por mais que você d a sorte do seu parceiro aparecer como alguém pronto na sua frente ele não está pronto e nem você está pronto para a relação que vocês dois vão começar Pois uma relação se trata disso uma construção entre duas pessoas que geram a criação de uma coisa totalmente Nova em outro vídeo eu ressaltei a importância de conhecermos a nós mesmos e acima de tudo gostar da própria solidão pois é na capacidade de suportar a solidão que nos tornamos sociáveis duas pessoas se amam somente quando são capazes de
viver uma sem a outra mas escolheram viver uma com a outra com todo o seu amor mas também com todas as suas limitações o amor genuíno não só respeita a individualidade do outro mas na verdade busca cultivá-la E você o que acha disso tudo embora esse tema tenha muitas concepções teóricas ele pode ser melhor explorado a partir das experiências de cada um então sinta-se à vontade a comentar aqui embaixo mantendo é claro o respeito eu sou Felipe Luiz terapeuta e escritor até a próxima l
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