Alô, galera! Aqui é Renato Pellizzari. Vamos começar mais um <i>Quer Que Desenhe?
</i> No episódio sobre a Primeira Guerra Mundial, choveu comentário pedindo para a gente explicar o quê? A Segunda Guerra, claro. Então, é pra já!
Aqui no Descomplica, levamos as dúvidas muito a sério. Por isso, não deixe de se inscrever em todas as nossas redes sociais e aprenda muita coisa legal enquanto rola a <i>timeline. </i> Quer melhor que isso?
A gente deixa todos os mapas em alta resolução aqui no link da descrição. Agora, não se esqueça de dar aquela <i>moralzinha,</i> curtindo nosso vídeo, no canto direito e compartilhando com a galera, beleza? Vamos à Guerra?
Os números da Segunda Guerra Mundial dão uma ideia da catástrofe humana causada. Foram entre 50 a 80 milhões de mortos; aproximadamente 6 milhões de judeus executados pelo regime nazista, no chamado Holocausto; envolveu mais de 30 países; durou 6 anos e 1 dia, de 1 de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945. Como?
Por quê? Quando? Quais foram as principais causas que levaram à tamanha destruição?
Resposta rápida: Adolf Hitler. Bom, não é tão simples assim. Claro que o <i>Führer</i> alemão foi uma peça fundamental para a eclosão do conflito e também para a dimensão apavorante que ele tomou, mas não é suficiente para explicar tudo.
Vamos para o túnel do tempo para descobrir os antecedentes. Em 1919, foi assinado o Tratado de Versalhes ou o Ditado de Versalhes, para os alemães, aquele firmado no final da Primeira Guerra Mundial. O país foi: obrigado a assumir total responsabilidade pela Guerra; perdeu um oitavo do seu território para a criação do Corredor polonês; foi ocupada militarmente, obrigada a abrir mão de ter seus armamentos; condenada a pagar uma indenização milionária.
<i>Eita! </i> Já deu para entender o climão que ficou por lá. O pior disso tudo foi que os alemães nem participaram da conferência de Paris, que acabou determinando todas essas exigências do Tratado.
Resultado: além de toda a crise política, econômica, social, a Alemanha quebrou. As pessoas estavam muito insatisfeitas e isso tornou a ascensão de Hitler possível. Hitler tinha o plano de unir todos os povos Germânicos no Grande Reich.
Isso não era segredo. Escreveu tudo em seu livro<i> Mein Kampf, Minha Luta</i>. Ótimo.
Agora você já entendeu como foi possível que alguém, como Hitler, chegasse ao poder e convencesse milhões a lutarem pelas suas ideias. Era o chamado Revanchismo Alemão. Agora, o segundo ponto a ser lembrado é a ressaca europeia.
A verdade é que ninguém na Europa queria ir para a guerra. De novo, não é? Lembre-se que a Primeira Guerra tinha acontecido há apenas 20 anos.
Por isso, houve uma Política de Apaziguamento, isto é, como as demais potências temiam uma nova guerra e temiam também o comunismo de Stalin, pegaram leve com Hitler e com as suas políticas maléficas de expansionismo e perseguição aos judeus. Isso ajudou ainda mais o líder alemão. Hitler, então, começa a rasgar o Tratado de Versalhes.
Em 1934, a Alemanha começa a se rearmar. Em 1935, Mussolini invadiu a Etiópia e saiu da Liga das Nações. Em 1938, a Alemanha invadiu a Áustria e a Tchecoslováquia.
Resultado: o primeiro-ministro inglês, Chamberlain, foi à Alemanha conversar com Hitler. Em 1938, assinaram o Tratado de Munique, no qual, basicamente, a Europa aceitava as anexações de Hitler, desde que ele prometesse parar por ali, mas ele não parou. E lá se foi a Polônia também, invadida em setembro.
Esse foi o resultado da Política de Apaziguamento de franceses e ingleses. Ora, já era demais. Agora seria a guerra.
As Alianças se formaram entre dois lados, mas preste atenção que tem gente que entra atrasado no jogo, hein. Os Aliados, Grã-Bretanha e França, e depois União Soviética e Estados Unidos, que começam neutras, mas vão entrar daqui a pouco por terem sido atacadas, versus o Eixo, a Alemanha, a Itália e o Japão. Lembra do ditado "Diga-me com quem andas e te direi quem és" ?
Pois é. Essa turma do Eixo era composta pelos governos fascistas. Agora é hora da ação.
O Eixo começou ganhando. Implementaram uma estratégia chamada Blitzkrieg, ou Guerra Relâmpago, ágil e brutal. Em 1940, a Alemanha invadiu a Dinamarca, a Noruega, a Holanda, a Bélgica e a França.
Hitler tomou na maior cara de pau todo o norte da França. Mas no sul, deixou o governo fake, de Vichy, que, na verdade, era um fantoche nazista, governado por Henri Philippe Pétain, um colaboracionista. Praticamente, só a Grã-Bretanha, do Churchill resistia aos nazistas apesar do ataque aéreo constante dos alemães à Londres e arredores.
Foi a grande disputa entre Luftwaffe da Alemanha e a Royal Air Force, a RAF, da Inglaterra. Nunca esquecerei das palavras de Churchill, quando os alemães recuaram: "Nunca tantos deveram a tão poucos. " Mas nem tudo era desastre.
Em 1941, começa o período de mundialização da Guerra. Duas coisas aconteceram que viraram o jogo. Primeiro, deixa eu contar uma coisa.
Em 1939, a União Soviética e Alemanha tinham feito um pacto mútuo de não-agressão, o Pacto de Ribbentrop-Molotov. Acontece que Hitler só queria ganhar tempo. Ele tinha um plano de invasão contra os comunistas: a Operação Barbarossa.
Assim, invadiu a União Soviética em junho de 1941, para a surpresa de Stalin, que achava que eles estavam de boa. Neste mesmo ano, os japoneses atacaram a base naval americana Pearl Harbor, em dezembro de 1941. E Roosevelt, que já estava querendo entrar na briga, encontrou o motivo perfeito para convencer o congresso americano e apoiar a guerra junto aos Aliados.
Agora que as duas superpotências haviam entrado na briga, a derrota do Eixo seria uma questão de tempo. O momento da Grande Virada foi a derrota nazista na batalha de Stalingrado, quando o Exército Soviético venceu os nazistas e começou a avançar em direção à Alemanha. A partir daí, os ventos da Guerra soprarão a favor dos Aliados.
Era o Rolo Compressor Soviético. Outra batalha importante foi o Dia D, a Operação Overlord, que acontece no dia 6 de Junho de 1944, quando as tropas aliadas desembarcaram na Normandia e iniciaram a retomada do continente, libertando a França. Agora, de fato, a derrota alemã estava muito perto.
De um lado, os soviéticos, de outro, as tropas Anglo Franco Americanas. Em Maio de 1945, o Reichstag, o Parlamento Alemão, estava tomado, e a bandeira Soviética lá estava sendo fincada pelo soldados. E o Brasil?
Não fizemos feio, não, hein. Marcamos presença com a Força Expedicionária Brasileira, a FEB. Único país da América Latina à enviar tropas.
A Argentina só rompeu com o Eixo aos 45 minutos do segundo tempo, certo? Foram 25 mil pracinhas brazucas lutando na Itália. "<i>Opa.
Pera aí. </i> Mas a Guerra acabou? " Não, ainda não.
Mesmo com a derrota da Itália e da Alemanha, na frente asiática, os japoneses ainda lutavam. Era a Guerra do Pacífico. E resistindo ao avanço norte-americano, utilizaram a estratégia dos pilotos kamikazes, jogando os aviões contra os navios americanos.
Mas o tio Sam reagiu e decidiu explodir duas bombas atômicas no Japão, Hiroshima e Nagasaki. Um massacre nunca antes visto. Era necessário?
Justificaram dizendo que era uma forma de acabar mais rápido com a Guerra, mas as perdas humanas e a devastação foram gigantescas. Basta ter em mente que a bomba atômica não distingue soldados de crianças e nem base militar de escolas e hospitais. A rendição incondicional do Imperador japonês, de fato, põe fim à Segunda Guerra Mundial, uma das maiores catástrofes da humanidade.
Mas, e agora? Ganhamos do Eixo? <i> Friends forever?
</i> Ora, não sejamos ingênuos. Os Aliados já tinham percebido, mesmo antes do fim da Guerra, que, após a derrota do Eixo, o conflito seria entre Estados Unidos e União Soviética, capitalismo e comunismo. Começou uma corrida para ver quem chegava primeiro a Berlim, inclusive.
Ganharam os soviéticos, mas a Alemanha foi literalmente repartida entre os quatro Aliados, na Conferência de Potsdam. E as mulheres? Ora, a Guerra marcou um período importante no empoderamento delas.
Como muitos homens foram para o front, as mulheres entraram em peso no mercado de trabalho e de lá não mais sairiam. Um fenômeno que já tinha sido iniciado lá na Primeira Guerra Mundial, lembram? Outra coisa curiosa é que o pôster famoso do <i>We can do it</i> virou uma imagem emblemática desse período em que as mulheres passaram a assumir um papel maior na sociedade.
Já que muitos homens estavam em batalha, coube a elas comandarem suas famílias e terem mais independência. E depois de tanta destruição, quem quer continuar lutando? A União Soviética estava arrasada, com cerca de 20 milhões de mortos, uma destruição nunca antes vista, e os horrores dos campos de concentração?
A humanidade não queria e não podia passar por isso de novo. Foi por isso que os Aliados, antes mesmo de terminar a Guerra, fizeram alguns encontros para arrumarem o mundo. O resultado foi a criação das Nações Unidas, a ONU, em 1945.
Ela seria responsável pela tentativa de manter a paz a partir de então, mitigando os efeitos da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, antigos Aliados, agora rivais. Essa tragédia literalmente abalou o nosso mundo, inspirando muitos livros, filmes e até uma versão do jogo <i>Call of Duty. </i> Anotado?
Não precisa anotar. Basta baixar o mapa completinho sobre Segunda Guerra, clicando no link na descrição do vídeo aqui embaixo. Aproveita para dar um <i>like</i> no nosso vídeo e se inscrever no canal do Descomplica.
Clicando no <i>card,</i> você pode acessar nosso Face, Insta, Twitter. A gente está cheio de novidade para a galera estudar cada vez melhor. Não faça guerra, compartilhe o Descomplica.
Até a próxima, galera!