então ou a professora Bernardete estamos ao vivo tá bom Lima faz o Lima faa Pode iniciar Professor Lima microfone tá fechado Professor pronto Olá bom dia a todos e a todas eh vamos dar início a mais uma atividade da escola de inverno da cátedra Alfredo Bose de Educação Básica do Instituto de estudos avançados da Universidade de São Paulo essa atividade é uma é resultado de uma parceria do da cátedra Alfredo B com a undime com o conced com a unim e tem por Objetivo promover a discussão com os professores da Educação Básica com os eh
coordenadores gestores eh da Educação Básica a respeito de temas que foram inclusive escolhidos eh em combinação com esses professores e diretores temas esses que estão no cotidiano das nossas escolas hoje nós conversaremos sobre a convivência no espaço escolar aspectos sócios emocionais e esse tema será desenvolvido pela professora Marilene Proença de sza e nós teremos a mediação da professora matozinho E aí eu passo nesse momento passo a palavra para a professora Elisa que atuará como mediadora para que ela faça a apresentação e conduza a nossa sessão desse dia 25 professora com a palavra Muito obrigado bom
cumprimento a todos aqui presentes na figura do professor Lima e da professora Bernadete assim como também dos professores e professoras que estão participando eh desse minicurso de forma online e todos aqueles que também irão assistir de forma remota pelo YouTube de alguma forma ou em algum tempo eh é uma satisfação nesse momento estar eh intermediando esse sexto curso da terceira escola de inverno da cátedra Alfredo B no espaço pedagógico espaço escolar desculpa aspectos socioemocionais o objetivo desse minicurso então ele é discutir a a recente política Federal para o combate da violência nas escolas e analisar
a legislação atual e a criação de um Sistema Nacional de acompanhamento e enfrentamento desafios para as desigualdades sociais nas redes sociais e a precarização do trabalho docente Então temos a imensa satisfação aqui de contar com a presença da professora Marilene Proença de Souza a nossa querida Marilene Proença entre os amigos né e que aqui a gente teria um tempo muito longo para fazer a apresentação da Marilene mas vou apenas indicar alguns aspectos aqui que considero relevante entrou entrou o som tá bom o som tá bom Não não quero ouvir Ah tá bom tudo bem não
você pode fechar bom vou dar sequência então fazendo a apresentação da professora Marilene professora Marilene Proença é professora titular na Universidade de São Paulo psicóloga pelo Instituto de psicologia da Universidade de São Paulo licenciada também ah em psicologia pela Faculdade de Educação a professora foi diretora do Instituto de Psicologia entre os anos de 2016 e 2020 e é docente dos programas de pós-graduação em psicologia escolar e do desenvolvimento humano no instituto de psicologia da Universidade de São Paulo assim como do programa de pós--graduação interunidades e integração da prolan e aproveito né na data de hoje
dia 25 de julho faz trazer a memória né a lembrança de que hoje é o dia da mulher negra latinoamericana e Caribe Então hoje nós temos aqui uma pesquisadora que justamente avança sobre essas questões né da América Latina no âmbito da psicologia e coordenando o laboratório institucional de estudos e pesquisa em psicologia escolar o e também lidera o grupo de pesquisa no CNPQ psicologia e escolarização na América Latina políticas públicas e atividade profissional na perspectiva histórico crítica e Psicologia sociedade e educação na América Latina Marilene é membro da Associação Nacional eh de pesquisa e pós--graduação
em psicologia e também da Associação Nacional de pós-graduação eh e de pós-graduação e pesquisa em educação tanto a anep como a anped e é membro da academia Paulista de Psicologia ocupando a cadeira número dois eh que foi de Lourenço fvas de de apresenta que poderia professora eu passo a palavra Então a professora Marilene que vai aqui nos brindar com algumas reflexões eh sobre esse tema instigante mobilizador de interesses de todos nós professores da escola e atuantes na escola na Escola de Educação Básica né para nos ajudar a pensar Os desafios da contemporaneidade então por favor
professora fique à vontade e eu vou aqui ah compartilhar os os slides assim que for eh que você considerar viável Tá bom vou fechar meu microfone e passo a bom Bom dia Maria Elisa Bom dia a todas todos todes que estão aqui neste minicurso da escola de inverno sobre os sistemas de ensino de Educação Básica desafios atuais para mim é uma grande satisfação participar desse sexto minicurso da terceira escola de inverno a convite da cátedra Alfredo B de Educação Básica do Instituto de estudos avançados agradecer imensamente o convite de todos os participantes dessa cátedra em
especial Professor José Lima que coordena esse trabalho professora Bernadete GAT Professor luí Carlos Menezes a todo o grupo que compõe aqui a cátedra que está sendo representado por vários colegas queridos amigos aqui da Universidade também Professor Nilson eh e em especial professor Elisa matozinho né que está aqui na na coordenação desta atividade específica né com quem eu tenho compartilhado tantos anos também de trabalho conjunto de estudos de pesquisa então é uma alegria muito grande nessa manhã né estarmos aqui discutindo um tema eh que nos é tão caro e ao mesmo tempo tão desafiador como a
questão da convivência escolar então eu quero eh eh em especial né Eh agradecer a todos os professores também gestores educadores interessados nessa temática é uma temática bastante eh importante nesse momento dentro da Educação Básica né então nós vamos estar trazendo alguns elementos para nós pensarmos este esta questão da convivência escolar e vamos estar também né podendo eh dialogar sobre esse tema com vocês podendo ouvir questões reflexões né que venham a embasar mais ainda a nossa discussão sobre esse tema e as nossas possíveis ações e intervenções no campo da convivência escolar então Eh eu também eh
comecei a minha carreira como professora da Educação Básica eh na época existia a educação musical né então eu fui professora de educação musical depois de licenciada foi professora no curso do magistério de formação de professores do segundo grau na época professora da rede pública Paulista eh efetiva em psicologia então eu essa minha trajetória também que foi prévia à Universidade de São Paulo me orgulha muito né e me trouxe toda essa intensidade E essa Eh vamos dizer assim vivência né e que permitiu que até hoje eu não me separe mais né Não me separasse mais da
Educação Básica e continue pesquisando e trabalhando nesse Campo também no âmbito da Universidade de São Paulo do Instituto de psicologia e do laboratório eh interinstitucional de estudos e pesquisas em psicologia escolar que é a minha área eh mãe Dentro da educação então Eh eu quero apresentar alguns slides para vocês né também que nós preparamos aqui agradecer muito a professora Maria Elisa que vai estar pilotando também essa apresentação junto comigo e a professora Sônia jacom e as nossas estagiárias a Mirela E a Letícia que também estarão dando apoio às perguntas que vocês vem fazer no chat
né E que nós vamos poder eh eh dialogar durante essa manhã Eh eu pensei em amizar de forma a fazer uma fala em torno de uma hora e na sequência a gente poder fazer o diálogo em torno de questões reflexões perguntas comentários que forem feitos eh a partir da das questões né ou das reflexões também que esse tema provoca em cada um de nós então vamos lá Elisa você sabe que um minutinho pode p inteira Professora Maria Elisa seu áudio tá fechado se você quiser abrir é tá melhor para L tá na tela inteira agora
agora está Nael tá ótimo ótimo então fecho o meu microfone novamente bom então esse curso Esse minicurso é intitulado convivência no espaço escolar aspectos socioemocionais e nós vamos então na próxima tela já apresentar um pouco o roteiro do nosso trabalho eh desta manhã então nós vamos começar falando a respeito da convivência escolar em que contexto que nós estamos dialogando né em seguida vamos trazer a violência como uma dimensão constitutiva das relações de convivência né nos tempos de hoje a pesquisa sobre violência e preconceitos na escola como uma contribuição da Psicologia a área mãe não é
da qual eu estou ou sou na qual eu estou inserida e os desafios para a convivência escolar fechando com Algumas propostas para o enfrentamento à violência na Perspectiva da convivência escolar então começamos falando um pouco desse esse contexto né em que o tema da da da convivência escolar se encontra nesse momento então quando nós tratamos de convivência nós temos que pensar em que sociedade em que Cultura né Em que momento econômico e político eh se encontra o nosso país nós sabemos que a escola a educação básica ela é um espaço que vai a partir da
sua função social né receber todas as influências dessa sociedade aonde ela está inserida e ao mesmo tempo ela é um espaço que vai poder superar que vai poder enfrentar e que vai poder trazer possibilidades né de superação e de eh compreensão dessa realidade social visando né a perspectiva da apropriação do conhecimento a da democratização das relações sociais e da e da possibilidade de nós construirmos né através da escola valores que sejam de participação e de eh coletivos que possam permitir né a nossa ação no campo social Então eu acho que esse esse momento em que
nós estamos vivendo da nossa sociedade também é impactar na própria escola e na vida das pessoas que estão nesse espaço então não só né no no aspecto de aprendizagem no aspecto pedagógico mas também na no aspecto da convivência e entre nós no âmbito escolar então é importante nós pensarmos que esse momento que nós estamos vivendo da nossa sociedade é um momento de um grande avanço das políticas neoliberais e de ideia extremistas em que nós temos cada vez mais a presença né ou a a dificuldade de nós de nós termos a presença eh do Estado e
das e das verbas públicas não é na na escola pública então uma tendência a redução dessas verbas H uma tendência a nós eh termos influências de empresas privadas dentro da Educação básica então vemos aí várias eh situações em que isso comparece eh nos estados e municípios as questões da do avanço de ideias extremistas né em que eh nós vivemos no no nosso país a eh visões né de controle do professor como propostas que aconteceram né da escola sem partido eh visões que que trouxeram né uma concepção bastante eh de de desconhecimento né da própria função
social da escola tentando eh criar condições né que são bastante negativas em relação à escola em relação a algumas das disciplinas da escola eh a ampliação da desigualdade social que nós vimos aí nos últimos anos eh fortemente marcada não é pela pelo aumento da fome da pobreza no nosso no nosso país eh e principalmente também impactada diretamente pela própria pandemia de covid-19 as condições precárias de trabalho de Formação docente que nós ainda Temos que enfrentar nacionalmente embora tenhamos avançado em termos do piso Nacional salarial dos docentes brasileiros Ainda temos lacunas aí muito importantes a serem
enfrentadas a ausência de políticas sociais intersetoriais nós ainda trabalhamos de forma bastante eh individualizada os problemas da educação Então as políticas intersetoriais elas ainda são bastante iniciais na educação né Eh e temos ainda a educação bastante sobrecarregada com vários problemas e várias dificuldades onde essas eh onde a ausência dessas políticas acaba impactando na própria vida da escola eh vivemos né um racismo estrutural na nossa sociedade hoje inclusive é um dia muito importante que é o dia das mulheres negras latinoamericanas e caribenhas nós vamos ver depois a um pouco dos dados sobre a violência todos eles
recaem principalmente sobre as pessoas PR né então nós temos ainda uma uma barreira social que é imposta por racismo estrutural o avanço das redes sociais no cotidiano da sociedade então nós temos aí né uma presença eh intensa das redes sociais uma um grande desafio né em como lidar com essas redes as redes eh que trazem também vantagens e que T essa essa importância né de nós estarmos articulados eh mundialmente nacionalmente entre pessoas entre famílias e ao mesmo tempo o uso dessas redes né e o tempo de utilização eh dessas redes pelas diferentes faixas etárias vivemos
ainda uma situação de preconceito em relação às diferenças e às diversidades Somos Um dos países que mais assassina não é pessoa lgbtq a mais Eh pessoas que TM eh as mulheres né o feminicídio então nós temos aí uma grandes desafios nesse Campo o nosso modelo de escolarização ainda é pouco inclusivo e pouco participativo nós vamos ver isso também presente na nessa pesquisa que eu vou estar apresentando para vocês o avanço da medicalização e da patologia ação um aumento muito muito significativo do número de Diagnósticos e ao mesmo tempo da utilização de medicamentos de drogas psicoativas
desde os primeiros anos de vida das crianças né impactando no próprio Desenvolvimento Infantil e as consequências dos processos de perdas e de isolamento social que foram ocasionados pela pandemia eh principalmente né nos nos locais nas regiões do Brasil onde eh o acesso à internet foi bastante dificultado e entre as classes sociais eh mais vulneráveis mais desfavorecidas da nossa sociedade podemos ir então é dentro desse quadro né que nós estamos eh pensando a questão da convivência veja um quadro bastante complexo né E que nos mostra eh que essa relação da convivência ela é muito marcada pela
questão da violência então quando nós falamos de convivência escolar Nesse contexto ainda de grandes fragilidades da nossa sociedade eh numa perspectiva né de de um caminho paraa democratização e paraa participação social nós vemos ainda a grande presença da violência e aqui a gente tem não é a uma frase muito importante né de uma pesquisadora Ina Lopes dos Santos que é uma pesquisadora preta que tem feito a história da África no Brasil tem se debruçado sobre isso nos mostrando né que eh Em uma sociedade que está nos dias de hoje entre uma das mais desiguais economicamente
nós somos a entre a todas as sociedades pesquisadas no mundo por esses índices uma da um dos piores índices mundiais eh tem as raízes históricas não é que se assentam onde nos processos de colonização que são baseados na injustiça na expropriação na ganância a Qualquer Custo em mercados de pessoas escravizadas na destruição da ancestralidade dos que viviam no solo que depois foi denominado de Brasil dentre outras mazelas Então ela nos mostra que o tema da violência se faz presente onde quer que busquemos dados sociais na infância na adolescência na fase adulta e nas idades mais
avançadas então então essa situação não é que nós vivemos no Brasil é algo que tem sido apontado fortemente pela pesquisa brasileira mas que talvez né por ser tão ainda violento né tão difícil de nós entendermos esses dados nós muitas vezes naturalizamos essa violência né Nós buscamos eh Minimizar até essas situações de violência eh para que a gente possa ter até um um uma certa defesa né Eh pessoal e coletiva em relação à importância e a violência mesmo com que esses dados também impactam em cada um de nós né então nós temos aí todo ano um
anuário brasileiro de Segurança Pública que é promovido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública que eu eh indico a vocês para conhecer esse material ele tem sido portanto produzido a cada ano acabou de sair agora esse anuário de 2024 e ele tem eh reiteradamente nos mostrado né essa esse quadro esse mapeamento da situação de violência no Brasil e que nós como educadores precisamos conhecer mais profundamente né então esse Fórum Brasileiro de segurança pública e a o anuário juntamente com a Unicef né o fundo das Nações Unidas paraa infância tem nos mostrado que de por exemplo de
2016 a 2020 no Brasil 35.000 crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta intencional no Brasil sendo que até 9 anos de idade foram 170 jovens e crianças que foram mortas eh e esse número tem aumentado ano a ano um outro dado muito alarmante que eles nos mostram né dentro desse anuário é que 180.000 meninas e meninos sofreram violência sexual no Brasil nesse período e esses dados foram reiterados no ano de 2023 pelo ano ário estatístico e no âmbito então da violência sexual contra crianças e adolescentes esses dados eh não são nem um pouco alvissareiros
e foram aprofundados no período de afastamento social então inclusive eh Há uma dificuldade de conhecer essa realidade durante a própria pandemia porque foi bastante difícil de receber essas informações também nesse período e o dado que saiu agora né ah é de que as vítimas de até 17 anos representam 75% de todos os estos registrados em 2023 isso está no anuário de 2024 que acabou de sair e a cada hora no Brasil registra-se registram-se sete estupros de crianças e adolescentes então nós estamos vendo aí que a criança e o adolescente que são os nossos né alunos
os nossos estudantes são as maiores vítimas também da violência sexual no Brasil e mais recentemente nós estamos vivendo uma outra situação bastante inusitada dentro desse quadro né desse contexto eh de violência no Brasil que nós que os pesquisadores têm denominado de ataques às escolas então há vários grupos pesquis and essa questão dos ataques à escolas e um deles coordenado pela professora Telma vinha da Unicamp eh de São aqui de São Paulo né uma das nossas universidades estaduais Paulistas no grupo de pesquisa que é o gpen eh onde eh esse trabalho né de de análise de
discussão desses dados tem acontecido e o que nos cham muita atenção dentro das eh desse dessa linha do tempo que está aí para nós né conhecermos desde o primeiro ataque que teve início lá no início dos anos 2000 até o ano de 23 eh nós tivemos né um grande acúmulo desses ataques entre fevereiro de 222 e março e e outubro de 2023 né isso nos mostra essa presença muito forte não é dessas visões extremistas e da também liberação das armas no Brasil que aconteceu principalmente eh na gestão da presidência passada brasileira não é onde houve
uma liberação da legislação pro acesso às armas e ao mesmo tempo um aumento nas redes sociais da presença de grupos extremistas que T sido também estudados né aí na faculdade de educação pelo professor Daniel cara e por tantos outros colegas que TM composto comissões nacionais que deram inclusive subsídios à implantação desse Sistema Nacional de acompanhamento eh em relação a ao enfrentamento à violência eh nas escolas então Eh esse essa a política nacional né que hoje está se eh implantando no Brasil ela vai ter como fruto desse processo toda essa análise eh desses documentos e desses
relatórios que foram produzidos considerando essa nova realidade que passa a existir no Brasil então vejam até eh o início dos anos 2000 nós tínhamos nós não tínhamos esta situação presente nas escolas brasileiras fomos tendo alguns episódios como vemos aí na linha do tempo mas a partir de 2019 esses episódios se intensificam e se concentram nos dois últimos anos eh eh o a conjunto de ataques ah nessa nesse levantamento que é feito né Nós temos aí 40 pessoas mortas incluindo os suicídios daqueles que eh promovem esses ataques e ao mesmo tempo 120 pessoas feridas Então essa
e quando a gente fala 120 pessoas feridas foram no momento em que isso aconteceu mas nós sabemos que todos esses ataques eles têm uma uma irradiação né de inúmeras outras consequências na vida nas famílias nas pessoas que conviveram com essas pessoas nas pessoas que viveram esses ataques enfim há uma repercussão enorme né Eh social em relação a essa a essa situação não é as pessoas que viveram e que e que que passam a ter né uma série de eh temores medos eh dificuldades né de poder inclusive estar na escola né de poder enfrentar essas dificuldades
no campo escolar então nós temos aí não é uma um momento muito delicado na nossa história eh em que esse contexto né presente no país né vem de alguma forma criando as condições para que esses ataques passem a ser eh realizados né da forma como estão sendo feitos Portanto o Sistema Nacional né de enfrentamento ele vem justamente ser pensado como que nós podemos enfrentar essa problemática E aí eu trago um um uma dimensão de reflexão para nós nessa manhã que se baseia né em uma pesquisa nacional que foi feita sobre o tema da violência e
dos preconceitos na escola nãoé pela área da Psicologia eh Então essa contribuição eu achei importante nós estarmos conhecendo porque ela justamente vai buscar eh trazer um pouco para nós esses bastidores né quer dizer como é que é que a gente vai construindo esse ideário de violência essa dificuldade né de nós enfrentarmos eh e de reconhecermos a diferença né Eh entre pessoas no no espaço escolar Então acho que é muito interessante que a gente possa eh conhecer um pouco mais né do que pensam as crianças o que pensam os adolescentes os jovens os professores os pais
os gestores né sobre esta questão eh da violência e dos preconceitos na escola então esse esse tema né ele foi construído eh como um objeto de estudo um objeto de pesquisa a partir de uma demanda que veio do Ministério da Educação e eh principalmente da secadi da secretaria de educação continuada alfabetização de Jovens e Adultos diversidade e inclusão que é uma uma secretaria extremamente importante dentro do ministério porque ela vai tratar justamente de todas essas temáticas que são fundamentais para nós compreendermos né o processo eh de Educação Básica no nosso país e ao mesmo tempo
criar programas e ações que venham a a eh permitir a melhoria né da qualidade da educação da participação né e da inclusão Então essa pesquisa né ela foi publicada em 2018 ela está nesse site em acesso aberto e vocês podem depois conhecer mais detalhes sobre ela que eu vou estar trazendo alguns elementos né sobre a pesquisa paraa Nossa reflexão então para nós termos um pouco de ideia do que é do que foi esse trabalho ele foi eh desenvolvido em todos os estados do Brasil com exceção do Estado do Maranhão que não foi possível desenvolver mas
em todos os estados e no distrito federal e ele acabou tendo uma um grupo de 40 escolas públicas que participaram dessa pesquisa portanto das cinco regiões geográficas do país sendo em sua maioria da rede eh Estadual do Ensino Fundamental e Médio então no total participaram 1537 pessoas entre estudantes equipe escolar p irresponsáveis então nós tivemos aí uma uma significativa presença de estudantes também nessa pesquisa tanto do fundamental um como do fundamental dois como do ensino médio Aqui nós temos no próximo slide As instituições que foram executoras desse processo eh dessa pesquisa não é então essa
pesquisa aconteceu de 2012 a 2015 foi todo o período de campo de levantamento de dados que ela foi realizada e publicada em 2018 Então quem coordenou esse trabalho foi a Universidade Federal do Mato Grosso juntamente com o fórum das entidades nacionais da Psicologia brasileira e dessas entidades participaram a Associação Brasileira eh de ensino de Psicologia aep Associação Brasileira de psicologia escolar abrap e a Federação Nacional dos sindicatos de psicólogos AF fenapes e o dentro juntamente com as eh com as instituições executoras também estava o Conselho Federal de Psicologia de São Paulo Eh desculpa Conselho Federal
de Psicologia eh eu tive a oportunidade de estar então participando dessa pesquisa diretamente através do Conselho eh Federal de Psicologia Então essas instituições né Eh foram aquelas que constituíram através das suas coordenações um grande grupo de pesquisadores de universidades públicas brasileiras eh principalmente de universidades federais e estaduais que participaram desse projeto eh a pesquisa ela tá estruturada né de maneira a nós iniciarmos né num primeiro momento Essa eh captação né de quem seriam os colegas que aceitariam participar desta eh dessa pesquisa pelo Brasil Então nós organ amos o grupo de pesquisadores constituímos as equipes por
regiões eh as nossas regiões do Brasil norte nordeste Sul Sudeste centro-oeste quais os estabelecimentos de ensino que estariam participando do campo da investigação depois tivemos um processo de formação e de alinhamento das equipes para realização dos procedimentos de campo e finalmente o processo de análise e os relatórios finais de todos esses dados de pesquisa que foram durante várias reuniões presenciais e virtuais que aconteceram nesse momento então nós tínhamos como temos como tínhamos né como objetivos dessa pesquisa eh Gerais contribuir paraa promoção de políticas públicas que auxiliem no enfrentamento da violência e preconceito na escola e
constituir fundamentos paraa elaboração de um programa nacional de enfrentamento da violência e dos preconceitos na escola vejam então nós estamos falando de 2012 a 2015 onde já havia essa grande preocupação em relação à questão da violência que depois vai ser né Eh vamos dizer assim mais intensificada não é nos últimos anos eh e como objetivos específicos nós tínhamos o mapeamento dos documentos e das políticas públicas desenvolvidas pelos diversos governos federal estadual municipal sobre o tema da violência conceito nós sabíamos que tínhamos muito material já produzido no Brasil sobre esse tema então nós queríamos conhecer levantar
e mapear esse esse material depois quais concepções têm basado as propostas de enfrentamento a a violência e por último ouvir a comunidade escolar sobre as suas vivências a respeito da violência e Preconceito bem como as estratégias que eles têm usado para a o enfrentamento a esses problemas ou que eles consideravam importantes que fossem utilizadas então metodologicamente a pesquisa ela teve duas fases uma primeira fase que foi mais documental em que nós fizemos eh uma espécie de estado da at né destacando todos os trabalhos a respeito de violência e Preconceito brasileiros e a segunda fase que
foi a de Campo no sentido de ouvir a comunidade escolar nãoé e de estar nas escolas pensando e discutindo sobre a violência então nessa primeira etapa da pesquisa que foi essa etapa eh documental né nós conseguimos elaborar uma plataforma já na próxima Eliza uma plataforma eh uma plataforma nacional para inserção desses dados bibliográficos e documentais que nós encontramos não é eh tanto nas bases de dados quanto também eh nas próprias nos próprios eh eh setores né institucionais que realizaram pesquisas sobre o tema e o segunda a segunda fase que é a fase em que nós
realizamos oficinas com alunos rodas de conversa com equipes escolares e familiares e criamos duas estratégias de trabalho né nas escolas uma que a gente chamou de jogue aqui seu preconceito e o outro o baú da violência então eram formas de nós eh trazermos né as vozes eh das dos Estudantes dos professores também nesse processo eh de pesquisa como resultados nessa primeira fase da pesquisa documental nós tivemos né um 1358 Produções que foram cadastradas por essa pesquisa e que todas elas de alguma forma se relacionam ao tema da violência ou do preconceito na escola e aí
dentre essas esses 1358 documentos nós vamos ver né que a maior parte das temáticas são chamadas de temáticas emergentes e contemporâneas estão ligadas à questão do bullying né sejam com adolescentes cumprindo medidas socioeducativas perspectiva dos professores que sofrem violência Então essa temática né dessa violência eh que é fruto justamente das questões de preconceito foi o grande vamos dizer Carro Chefe eh dos documentos apresentados eh pela pesquisa em segundo lugar nós temos um conjunto significativo de Pesquisas eh relativas a preconceito eh e violência em relação à questão das deficiências né deficiência inclusão exclusão e fracasso escolar
um segundo um segundo grupo um terceiro grupo de 15% em torno de 16% voltado paraa questão de raça etnia e Terra Ah um grupo de 10% sobre diversidade sexual e gênero e um grupo menor sobre álcool e drogas no gráfico dois nós temos aqui qual foi o nível de escolaridade mais investigado nessas Produções e Vejam a educação o ensino fundamental foi quase que a metade da do do das pesquisas né foi relacionada ao ensino fundamental Então a nossa a educação básica ainda é a área onde mais se pesquisa não é então onde nós temos muita
condição de recorrer não é a esses dados a essas informações para que a gente possa pensar e cada vez mais implementar ações de enfrentamento no campo eh nesse campo né sobre violência preconceito na escola ou sobre a questão da convivência como nós estamos discutindo então Eh o ensino médio também há um grupo bastante significativo né de Pesquisas 28% sendo que as outras eh os outros níveis de escolaridade nós temos pouca pesquisa ainda eh pelo menos identificada nesse nesse trabalho eh tanto na educação infantil quanto no ensino superior quanto eh no EJA e no ensino técnico
e a segunda fase que eu acho que é para nós é bastante interessante né porque nós estamos pensando em convivência eh é uma fase aonde nós pudemos ouvir né então todos os segmentos da escola incluindo pais e a comunidade escolar a comunidade eh que compõe né a própria escola então essa discussão né fez com que nós tivéssemos um grande número de dados a respeito dessas perspectivas dessas posições desse olhar né das crianças dos Estudantes né e adolescentes e jovens sobre a escola e eu fiz um recorte aqui para nós de ouvirmos um pouco o que
dizem essas esses estudantes sobre preconceito e violência na escola né porque não daria tempo de nós falarmos de todos esses dados e o recorte para os estudantes para nós é importante porque nós Eh estamos justamente né na escola por causa deles né eles são o nosso objetivo sentido de nós estarmos no campo da educação então a a Os estudantes né são o o o nosso bem maior dentro da escola e aí nós vamos ver que na fala desses estudantes não é tanto utilizando as duas técnicas do Baú da Felicidade jogue aqui seu preconceito e os
as rodas de conversa que nós tivemos com eles né Eh de fato aparece muito fortemente Ah o que tipo de preconceitos né Nós temos ainda nas relações de convivência eh escolar e ao mesmo tempo quais são né a os sentimentos que esses preconceitos trazem pros estudantes né ao viverem essas situações na escola então nós temos aqui o racismo a homofobia os preconceitos de classe e os relativos à aparência física como aqueles que foram mais mencionados eh pelos estudantes né para eh para identificar esse essa situação ainda de preconceito de violência na escola então Apesar desse
do discurso da democracia racial que perpassa não é a cultura brasileira Nós estamos vendo ainda que as práticas cotidianas elas revelam esse racismo estrutural muitas vezes velado né e que vai perpetuar essa ideologia de superioridade branca e produzir sofrimento aos sujeitos negros na escola e aí nós temos uma série de sentimentos que são vivenciados por esses jovens no processo de a vivência do preconceito da violência né então sentimentos de tristeza de apreensão de vergonha de revolta de insegurança né então Esses foram alguns dos Sentimentos apontados pelos estudantes eh nessas eh nesse trabalho Então no próximo
slide a gente também tem mais alguns detalhes sobre o que os estudantes dizem sobre preconceito e violência na escola Ah eles falam muito a exposição que eles têm tanto a violência física como a violência verbal atitudinal sexual institucional e social então eles mencionam né Não só a violência vivida no âmbito da escola mas todo um contexto né de violência que como nós vimos nos dados aparece n é fortemente nos dados do anuário e nos dados eh de todas as os levantamentos que nós fazemos sobre crianças e adolescentes Ah eles indicam mais frequentemente as expressões físicas
da violência como expressões muito frequentes também na vida deles e na escola apontam diversas dimensões da violência identificando então o tipo de preconceito a questão racial homofobia como formas de violência e a violência sexual de orientação machista que faz parte também da vivência dos alunos né isso nós temos visto muito fortemente também ah cada vez mais presente na própria utilização das redes sociais eh no o próximo slide né no mostra que o grande descritor então que sintetiza esse processo de violência tem sido denominado como bullying né e o bullying é na verdade né o o
produto do processo de preconceito e de violência que nós vivemos na escola né então a violên o preconceito leva a discriminação que leva a uma situação de violência em relação aos aos seus pares né e essa situação não é uma situação apenas individual né de um aluno agressor e uma vítima mas é um processo né social porque o preconceito ele é um conceito social né não é um conceito apenas individual ele se materializa em cada um de nós mas ele é um conceito que está na sociedade o racismo é algo que está na nossa sociedade
a homofobia a as visões mó né então nós temos aí uma série de concepções sociais que vão sendo vivenciadas na escola e são eh trabalhadas né na eh individualmente embora sejam eh todas constituídas eh socialmente nas relações que nós estabelecemos na na nas várias esferas da vida né E a escola como uma importante esfera também da nossa formação humana né então aqui para os estudantes ainda a escola é percebida como produtora ou reprodutora dessa violência a partir das práticas da precariedade dos elementos estruturais e dos recursos humanos da escola então nós temos ainda uma escola
né Eh uma situação de escolarização Nacional que é bastante precarizada né Tanto do ponto de vista da estrutura o ponto de vista eh da própria formação docente da da questão salarial e dos recursos humanos nessa escola e eles apontam também como um ponto muito fundamental aí para a a a questão dessa presença né também da violência na escola a falta de diálogo e a omissão que são recorrentemente apontadas como expressões da violência institucional então então nós temos aí né uma uma percepção desses estudantes né de que a essa eh dificuldade de diálogo ainda a omissão
não é em relação à situações de violência ou de preconceito ainda eh promovem não é muitos desses atos que vão se transformar em discriminatórios no próprio processo de convivência escolar Então a gente vai ver que as relações escolares segundo os estudantes pesquisados de todos esses estados brasileiros de maneira geral elas são marcadas por agressões de diversas ordens Então esta o dia a dia da escola o cotidiano da escola tem sido marcado por essas agressões Muitas delas motivadas ou relacionadas aos preconceitos à discriminação né matizados pela condição etá de gênero de orientação sexual de identidade racial
e de necessidades especiais então todos esses aspectos não é todas essas essa essa diversidade ela vai de alguma forma eh ser dificilmente eh vivida né sem que se que exista alguma situação discriminatória eh embutida dentro dessa relação E aí nós perguntamos também bem né para esses estudantes como é que eles achavam que era possível enfrentar essas situações dentro da escola e eu acho que é muito bonito a gente olhar os resultados da pesquisa a partir dessas possibilidades que os próprios estudantes vislumbram né nessa eh nesse enfrentamento paraa melhoria da qualidade da escola né então eles
vão nos falar Eh que é fund tal que existe uma parceria entre a escola a família e a comunidade e nós vamos ver nãoé os dados nacionais do próprio anuar estatístico né que as os grandes as crianças mais vitimizadas elas também vivem essa vitimização no interior da própria família Então essa situação da da participação da família nas atividades educativas da escola é hoje né necessidade a os alunos vão falar da importância de se enfatizar mais essa parceria com a família nãoé estreitar mais os laços com a família ah eles também trazem a infraestrutura da escola
como uma situação que precisa ser enfrentada porque ela acaba também gerando né condições de eh um desprezo em relação à escola né as condições da escola eh leva a esse desprezo né E ao mesmo tempo a uma desqualificação das próprias relações eh entre pessoas entre pares e com a própria escola então a melhoria dessa infraestrutura a questão da segurança nas escolas né que eles também trazem como um ponto ah eles falam da da formação de professores né para o enfrentamento essa questão de preconceito e violência eh trazem né a necessidade da melhoria das condições de
trabalho e de carreira docente para que os professores tenham mais tempo né de estar com eles de ouvi-los de criar ou espaços né que sejam espaços de roda de conversa né de uma um um cuidado não é um atendimento maior às necessidades dos próprios estudantes o acesso à tecnologia né como algo que ainda é bastante eh eh prec né no âmbito da escola e ao mesmo tempo de que tecnologia que nós estamos falando né eles falam de aulas dinâmicas que envolvam dilemas cotidianos e principalmente o sofrimento para os sujeitos esse sofrimento tem sido Eh vamos
dizer assim eh muito invisibilizado né nas relações de discriminação vividas na sociedade e na escola fala da gestão participativa né a importância dessa gestão a importância da existência de equipes multiprofissionais na escola para poder ampliar esse diálogo né Eh das dificuldades das problemáticas enfrentadas no campo da convivência as a presença de mais atividades esportivas recreativas e artísticas e também mencionam a elaboração de um projeto Educacional para lidar com a preconceito e a violência e e na perspectiva de compreender as diversidades de G de orientação sexual de raça e de condição socioeconômica então esses pontos né
que os estudantes nos mostram eh trazem aí elementos muito importantes para constituição dessas das políticas públicas né que venham eh buscar o enfrentamento dessa realidade eh no campo da escolarização né da convivência escolar E aí nós temos né para portanto né desafios enormes eh para eh pensar o tema o campo da convivência escolar né vocês vejam quantos itens que os alunos identificaram para nós e que que os pesquisadores identificam nesses mais de 1500 né trabalhos que hoje nós já temos no Brasil sobre a questão da violência Então os desafios né eles estão postos para nós
principalmente naé a partir da Constituição de uma cultura de respeito à dignidade humana então nós estamos aí no momento né Eh da nossa sociedade e eu trouxe aqui uma Fala da professora Maria Vitória benevit né da faculdade de de educação da USP que foi uma pessoa muito importante né na própria Constituição do Plano Nacional de Educação para os direitos humanos e que tem discutido muito fortemente né no âo âmbito eh do direito e no âmbito da própria educação a a importância né de nós recuperarmos alguns dos valores que estão sendo Eh vamos dizer assim desconsiderados
né E desumanizados nesse processo Então nós vamos ver que eh um dos grandes Desafios que nós temos hoje para pensar a convivência humana né é justamente a formação de uma cultura de respeito à dignidade humana e isso é só é é possível através da promoção e da vivência de valores da Liberdade da Justiça da Igualdade da Solidariedade da cooperação da tolerância e da paz então essa questão da vivência desses valores é que é o nosso grande desafio né no âmbito da escolarização porque se a escola é ela vai eh ser impactada né pela pela relação
vivida no campo da sociedade que esforço nós temos que fazer tanto do ponto de vista da sociedade como do ponto de vista da escola para que a gente possa promover né a vivência desses valores no interior da própria educação e aí a Maria Vitória nos fala que isso significa criar influenciar compartilhar e com solidar mentalidades costumes atitudes hábitos e comportamentos que decorrem todos daqueles valores essenciais citados os quais devem se transformar em práticas né então os valores que estão citados acima da Liberdade da Justiça da Igualdade da Solidariedade da cooperação da tolerância e da paz
então quer dizer se nós eh para nós pensarmos hoje não é uma política eh para a convivência escolar e para o enfrentamento à violência nós vamos e o preconceito nós vamos precisar né Eh trabalhar muito fortemente essa cultura dignidade humana não é e a promoção desses valores na escola e na sociedade e aí ela nos fala também não é que a defesa de valores humanos torna-se portanto um bem social pois a dignidade humana depende da promoção de valores e de condições sociais de vida então Eh essa necessidade de nós lutarmos por políticas que Tragam melhores
condições sociais de vida ela é fundamental para que nós possamos promover também os valores da convivência escolar então isso não significa que nós só vamos ter a promoção de valores se nós tivermos condições sociais de vida garantidas mas nós vamos ter que dentro desse processo contraditório né em que nós temos as condições sociais de vida ainda precárias para muitas famílias e para muitas para muitos setores da sociedade ao mesmo tempo o desafio de nós trabalharmos na promoção de valores que venham a que venham a dar condições para que essa dignidade humana possa acontecer então eh
é é importante a gente pensar essa relação dialética né entre a promoção de valores e das condições sociais de vida para que a gente não a não não tenha uma visão também ilusória de que apenas um campo vai existir sem que o outro seja promovido né e um outro ponto importante também é que a gente precisa considerar Nessa fala da da própria eh eh da professora Maria Vitória é que o os valores e as condições sociais conformam subjetividades Então isso que nós chamamos hoje eh muito mais fortemente né de eh saúde mental de problemas mentais
de eh questões ligadas né a a a aos problemas eh de Sofrimento entre as pessoas eles são conformados né Essas subjetividades são conformadas eh a partir justamente dos valores e das condições sociais que nós temos na nossa sociedade então nós precisamos eh retomar sempre né a importância da dignidade humana desses valores e dessas condições sociais de vida para que a gente tenha melhores condições também eh de Constituição desta subjetividade então não são as pessoas né que ficam eh doentes nós temos aí uma soci que está negando a essas pessoas não é o acesso aos valores
da dignidade e ao mesmo tempo as condições sociais Então como é que nós vamos trabalhar isso tanto do ponto de vista das macropolíticas quanto do ponto de vista das micropolíticas e é nós estamos falando aqui da convivência como uma política né que tem tanto uma dimensão macro como uma dimensão mais específica né dentro do Campo eh das relações eh que acontecem na escola então a ausência dessa cultura de respeito à dignidade humana vai produzir um conjunto de atitudes que extravasam a Raiva o preconceito a falta de paciência né precisando portanto um conjunto de reflexões e
de ações que visem superar esse contexto de hostilidades na qual o outro é considerado como um inimigo tomando conta dos relacionamentos então nós vivemos essa polarização que nós chamamos dentro da sociedade não é onde há essa construção através da raiva do preconceito da falta da intolerância né Nós vamos construindo uma cultura que é uma cultura de eh de de que que vai na contramão né da própria Constituição da dignidade humana então quando nós estamos construindo esse processo nós estamos deixando de atuar no campo da dignidade humana e aí tem um trabalho um um uma uma
perspectiva muito interessante né que eh A Gente Tem trabalhado também com ela mais recentemente eh e que eh foi produzida né pela Unesco que é o Manifesto 2000 por uma cultura de paz e não violência em benefício das crianças do mundo então esse Manifesto não é ele vai ser eh publicizado né Eh por um conjunto bastante eh importante de de pesquisadores de eh de pessoas que tratam né desse Campo da do desenvolvimento da da da dignidade humana né dentro do mundo eh e vão trabalhar né nessa Perspectiva da construção de um campo eh da convivência
eh internacional né que é chamado de Cultura de paz e não violência Então essa esse Manifesto ele se baseia em seis preceitos o preceito de respeitar qualquer forma de vida de rejeitar qualquer forma de violência de ser Generoso de ouvir para compreender de preservar o planeta e de redescobrir a solidariedade vejam que interessante a gente pensar que e eh eh aspectos que são ah tão óbvios né na na Constituição da dignidade humana nós precisamos hoje enfatizar ressaltar dizer que eles existem que eles são importantes e nós precisamos retomá-los né nas nossas mãos eh como sociedade
como cultura e como educação né e é muito interessante pensar que já em 2000 a questão da Preservação do planeta também entra como uma dimensão eh mais mais ampliada né da compreensão desta cultura de paz e de não violência e aí nós podemos eh eh resgatar também uma outra dimensão muito interessante que já aconteceu no Brasil na em 2007 portanto né na na década passada eh em que nós tivemos toda uma preocupação com essa questão da da dignidade humana né de nós trabalharmos a defesa dos princípios fundamentais da ética dos valores humanos que foi o
Plano Nacional de Educação para os direitos humanos Então acho que é um momento né Muito importante de nós recuperarmos dentro da nossa sociedade Quais são os instrumentos que nós já temos produzido na nossa sociedade na na própria educação né vários colegas da Faculdade de Educação aqui de São Paulo participaram da elaboração desse Plano Nacional de Educação paraos direitos humanos e de várias partes do Brasil né então nós temos aí eh uma parceria né do Ministério da Educação da Justiça da Unesco na elaboração deste plano né E que vai lançar as raízes para um projeto de
democratização das relações escolares e a busca da compreensão de valores né esses valores humanos que nós estamos reiterando aqui então é muito importante que a gente possa também né a recuperar eh documentos né que a gente possa recuperar eh propostas que já estão sendo construídas né na nossa sociedade há alguns anos eh no nosso Laboratório Mais especificamente né então trazendo aqui a contribuição da Universidade o oep ele é um laboratório que tem sede na USP Mas ele tem uma parceria com a Unesp e com a UFMG né E nós começamos então também a partir dessa
pesquisa da violência a trabalhar mais diretamente com essa temática da convivência escolar né então esse eh esse essa pesquisa Nacional nos abriu essa possibilidade né de nós eh iniciarmos esse trabalho mas foi Quando aconteceu o ataque a Suzano né a a escola de Suzano em março de 2019 que nós tivemos a vivência né Eh do que significa né o o estar num espaço onde esses ataques acontecem né então nós na época eu estava na direção do Instituto de psicologia e houve uma solicitação da do do Gover do Governo do Estado a nossa Reitoria que solicitou
a a mim como como diretora que pudesse né Eh coordenar uma equipe para dar apoio né e acompanhar e fazer o acompanhamento da dos professores da escola de todas as ações que estavam sendo eh realizadas na cidade de Suzano a partir da questão eh desse ataque né então foi feito um grande grupo né de trabalho que aí está Né desde a secretaria de saúde Defensoria Pública o Conselho Regional de Psicologia o grupo de de pesquisadores do GPM de Campinas o o Instituto de Psicologia Unicamp né as três estaduais Paulistas eh e todo esse a secretaria
de Justiça de São Paulo a secretaria de educação do estado de São Paulo então todos nós fizemos aí um trabalho de praticamente um ano né de acompanhamento de toda a cidade a a a a escola nãoé n a diretoria de ensino eh da região então nós tivemos aí um um trabalho intenso que nos mobilizou porque nós tivemos aí uma vivência né do que significa Estar Neste contexto e o quanto que isso traz de sofrimento e de repercussões né Eh eh para aqueles que viveram esse essa situação Então desse momento em diante nós começamos a aprofundar
os nossos estudos a nossa o nosso trabalho a nossa intervenção no campo da do tema da violência do preconceito e incluímos a questão da cultura de paz e não violência que é essa perspectiva também da Unesco Então temos aí já um doutorado em andamento eh quase finalizado temos um pós-doutorado sobre esse tema fizemos um projeto de extensão recentemente num céu eh daqui da região da USP eh trabalhando com os princípios e os preceitos da cultura de paz eh e constituímos eh neste ano a partir de outubro do ano passado e esse ano materializamos né o
que nós chamamos de seminários itinerantes de pesquisa e extensão e convivência escolar né juntamente com colegas do gepen da Unesp da Unicamp já fizemos dois duas edições desses seminários itinerantes em que nós estamos então coloc em comum as nossas pesquisas aquilo os nossos experiências os nossos projetos também de intervenção em relação à violência isso tem sido muito importante né porque eh nós precisamos juntar esforços para trabalhar sobre esse tema da convivência escolar e mais recentemente agora dia 21 de julho nós tivemos aprovado pela Fapesp dentro de um edital eh que foi lançado em dezembro do
ano passado a criação de um centro de ciência para Desenvolvimento da Educação Básica chamado de aprendizagem e convivência escolar Então esse centro vai ter 5 anos de trabalho uma grande equipe né formada tanto por pesquisadores brasileiros como pesquisadores de vários países em que nós vamos trabalhar justamente né A questão da aprendizagem e convivência escolar que são eh elementos inseparáveis dentro do processo de escolarização bom Por fim eu quero apresentar Algumas propostas de enfrentamento à violência na Perspectiva da convivência escolar eh e parto da ideia né de que esse aumento vertiginoso dos atos de violência extrema
nas escolas trouxe paraa cena Educacional situações que sequer puderam ser consideradas em estudos sobre os processos de escolar ação então quando nós da psicologia da educação da psicologia escolar vamos ver estudar e entender processo de escolarização as situações de violência extrema de ataque às escolas não não compunham a nossa discussão né nós falamos de outras modalidades de preconceitos preconceitos sociais preconceitos raciais mas nós não tínhamos essa realidade que hoje está implementada na nossa sociedade a partir do o contexto que a gente apresentou desde o início da nossa fala né então a temática da aprendizagem do
desenvolvimento que sempre foi tão cara para nós pesquisadores e formadores né de professores de psicólogos de psicólogas de psicólogos né ela não é mais suficiente para nós analisarmos a complexidade da vida escolar então nós temos aí uma nova dimensão que a gente tá chamando né que passa a ocupar esse lugar de grande importância no processo de escolarização que é a convivência escolar Então nós vamos ter que considerar né a convivência escolar nessa relação intrínseca com a processo de aprendizagem e o processo de desenvolvimento na escola e aí no próximo slide a gente traz algumas dimensões
não é que nós vamos ter que considerar para eh que a que a convivência escolar passe a ser de Fato né tematizada dentro da nossa realidade eh Educacional brasileiro e aí eu eu pensei em trazer para vocês pelo menos três grandes esferas em que nós vamos precisar eh ou quatro grandes esferas nas quais nós vamos precisar trabalhar né Essa essas dimensões bom a primeira delas é que eu que eu me encontro particularmente os colegas vários colegas aqui da cátedra que é na produção de conhecimento então de nós sistematizar cada vez mais o conhecimento a respeito
da temática da convivência escolar algo que está ainda né em processo na nossa eh na nossa vamos dizer assim na nossa esfera né que é a esfera eh de produção de conhecimento nas universidades então nós precisamos sistematizar esses materiais precisamos ter uma um conhecimento mais aprofundado do que pensam de como vivem de como ah se realizam essas essas situações de convivência para que a gente possa cada vez mais eh produzir possibilidades né de reflexão e de enfrentamento às necessidades eh que estão subjacentes a essa convivência escolar como política pública nas esferas Federal estadual e municipal
na formação de educadores e nos projetos políticos político-pedagógicos das escolas Então essas são as quatro pelo menos dimensões que eu eh identifiquei que nós vamos precisar atuar na discussão sobre a convivência em termos de produção de conhecimento vai ser muito importante tanto estimular e financiar pesquisas sobre o tema da convivência com propostas de intervenção nas esferas federal estadual e municipal né articular grupos de pesquisa que tenham expertise sobre o tema no país e no exterior e estabelecer propostas de ações conjuntas entre grupos de pesquisa e acad MEC entidades instituições que atuam no campo da educação
pro estabelecimento de políticas públicas então não adianta a universidade produzir a pesquisa sem que essas articulações aconteçam tanto entre pares de pesquisadores quanto com os próprios H entes Federados estaduais instituições né Campos pro estabelecimento de políticas públicas porque essa relação precisa ser construída coletivamente conjuntamente né como política pública nas esferas federa Estadual Municipal então nós temos aí no próximo slide já um importante passo que foi dado recentemente n é o dia 24 de Abril desse ano que regulamentou a lei de 2 de Agosto do ano passado que cria um Sistema Nacional de acompanhamento e Combate
à violência nas escolas com base em suas premissas e em seu alcance social Então esse eh essa eh política dentro desse sistema nacional há várias ações que estão previstas né Eh tanto na Esfera Federal na Esfera Estadual como na Esfera dos Municípios e que precisariam agora eh ser fortalecidas pela criação de eh de grupos de trabalho não é que pudessem pensar tanto a esfera Estadual como a esfera Municipal para a efetivação desse Sistema Nacional de acompanh e Combate à violência Então acho que é um momento aí muito importante né de construção deste desse projeto e
eu acho que algumas das ideias aqui que nós temos trazido e que outros pesquisadores também têm contribuído vão ser muito importantes para elaboração desse sistema outro outra política que foi aprovada né a partir da Lei 13935 ela eh dispõe sobre os serviços de de Psicologia de serviço social na rede pública eh de Educação Básica brasileira então estamos no momento em que o Ministério da Educação constituiu nesse mês um GT um grupo de trabalho em que ele está produzindo junto com a undine com a unme com a abrape com o conselho Com todas essas entidades da
psicologia e do serviço social né para eh construir as recomendações para os estados e municípios a respeito de como esses serviços devem ser implementados trabalhando numa perspectiva escolar e não numa perspectiva Clínica ou de saúde que já acontece né também dentro do próprio Sistema Único de Saúde Então como essa lei ela especifica esse trabalho na educação e a Constituição de políticas em uma perspectiva intersetorial interseccional inter eh setorial interdisciplinar intercultural como ações nacionais estaduais e municipais então nós vimos aí que o preconceito não é eh que a violência ela está eh fortemente presente nãoé dentro
da das relações culturais e sociais e nós precisamos né criar políticas que sejam Eh que que estabeleçam relações inter eh disciplinares culturais toriais e seccionais né Nós não podemos ficar mais achando que a educação vai dar conta sozinha né de toda essa complexidade que nós vemos no universo eh das ações e e das situações de violência e de preconceito e as políticas de educação inclusiva que já existem né como é que nós podemos ampliar a participação né das pessoas eh com deficiência né dentro de uma perspectiva inclusiva na nossa sociedade e no campo da formação
de educadores nós temos a retomada né do a importância da retomada do Plano Nacional de Educação pros Direitos Humanos como uma ação fundamental paraa Nossa formação docente de gestão escolar trazer paraa formação de educadores esses temas Inter né que nós estamos falando trazer paraa formação Inicial paraa formação continuada e apropriar-se professores começarem a se apropriar da compreensão de várias ferramentas que já estão sendo produzidas né sobre o clima escolar sobre a importância dos espaços de convivência sobre a participação e sobre o protagonismo infanto juvenil não é então isso na formação de professores e na nos
projetos político-pedagógicos das escolas eh partir de uma avaliação de uma análise do contexto social político econômico institucional né que existe no cotidiano da escola juntamente com educadores com os pais com os estudantes né para que nós possamos compreender melhor em que escola que nós estamos vivendo né entender melhor o espaço escolar em que a escola está inserida constituir então Eh no projeto político pedagógico um conjunto de práticas civilizatórias que que ven a enfrentar o racismo a discriminação o preconceito e a violência criar projetos programas né propostas de de de trabalho e que Tragam principalmente a
ampliação da participação estudantil O estudante é o nosso maior aliado nesse processo né e é com ele que nós vamos construir a democratização das relações interpessoais e institucionais Então esse é um um projeto pedagógico e político né fundamental paraas nossas escolas e conhecer né as ações e perspectivas numa cultura de paz e não violência a ser também realizada nesses projetos políticos pedagógicos então finalizando né Nós temos aí os desafios que talvez a gente pudesse resumir em algumas palavras né que são muito importantes para nós no âmbito da convivência né Eh eh que é a escuta
o diálogo a discussão a expressão a comunicação a participação e o protagonismo versus os estereótipos que estão postos aí na nossa sociedade então resumiria né Essa nossa fala nessas grandes expressões e termino aqui com uma reflexão de um eh importante escritor Pensador latinoamericano do Uruguai o Eduardo Galeano em que ele nos provoca com essa frase dizendo que somos o que fazemos mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos Então acho que quando nós trabalhamos com os temas da educação nós estamos o tempo todo falando de mudanças né Só temos que pensar em
que sentido e aqui a gente está trabalhando né com a com a finalidade da eh dignidade humana não é e dos valores eh sociais que essa dignidade humana exige de nós todos então eu finalizo por aqui e agora a gente tem esse esse espaço né de diálogo de conversa a a ser estabelecido e muito obrigada mais uma vez por essa oportunidade muito obrigada Elisa por dar esse Apoio aos slides e muito obrigada pela possibilidade de estarmos aqui discutindo esse tema nós que agradecemos Marilene por essas reflexões tão Profundas e lúcidas né sobre a realidade e
a complexidade da realidade escolar integrada a toda a dinâmica política econômica historicamente constituída aqui no Brasil e enfim eh de uma forma geral também no mundo né nós aqui representamos né uma uma parcela daquilo que a humanidade vem constituído construindo e sendo constituída no âmbito Mundial Ah eu estava aqui acompanhando as os comentários aqui pelo chat mas Letícia Mirela é Mirela é Mirela e Sônia jaconi acho que sistematizaram aqui algumas questões então eu proponho inicialmente Letícia que vocês nos Tragam as questões apontadas pelo grupo e logo na sequência trazemos para o o diálogo também com
os participantes aqui dessa sessão tá bom Por favor Letícia combinado a tela já tá aparecendo sim sim Está sim Ah legal a gente teve alguns comentários né em relação a toda a apresentação por exemplo a gente começa com a Secretaria de Educação de Diadema dizendo que o debate proposto pela professora foi muito atual e esclarecedor e toca num ponto fundamental que é a divulgação dos Direitos Humanos eu vou ler todos e em geral e depois eu abro a palavra pra professora Marilene comentá-los e falar mais alto é melhor tá bom a Marga Teixeira ela disse
que essa foi uma importante explanação né da Marilene pois ela traz a tona o racismo estruturante e incentiva que esse assunto seja debatido no espaço escolar porque a discriminação racial ela é uma triste realidade eh a Francilene Lucas ela ela acredita que investir na Parceria da Família com a escola ajuda muito a combater esse cenário porque muitos preconceitos já vem de casa então uma dessas formas por exemplo é promover palestras eh na escola para as famílias aia Mendes que ela é muito grata por por essa palestra que o tema é esclarecedor e mostra o quanto
precisamos trabalhar esses desafios de bullying e Cyber bullying eh constantes no na no dia a dia da escola eh por fim a gente apresenta o comentário da Débora Raso que ela percebe que eh os alunos eh a percepção dos alunos eh é que a escola é produtora e reprodutora de violências e preconceitos e muitas vezes é como uma revelação para repensar a sociedade em todas as esferas Obrigada Letícia Marilene você quer comentar sim sim agradeço demais aí todas as considerações né que foram feitas e e vejo que o que a colega de Diadema trouxe né
É fundamental quer dizer por trás de toda essa discussão né Eh dos nossos desafios do do bullying eh da percepção eh da da da questão da produção da violência do preconceito do racismo né Nós temos Aí eh a ausência né dessa eh questão dessa dessa desse conjunto né de temas tão importantes que a os valores eh da dignidade humana nos trazem né então nós vamos precisar realmente eh investir muito né nessas discussões e nesses aspectos para que a gente possa de fato eh reverter essa situação né de discriminação de violência de preconceito e ao mesmo
tempo a importância que eu acho que a colega também coloca né da parceria com a família né com a comunidade principalmente com a família porque eu acho que a a escola ela é Embora ela seja vivida né pelos alunos como produtor e reprodutora de violência ela é um espaço Fantástico né para a produção dessas situações de solidariedade de cooperação de participação democrática então a escola é esse espaço social né onde esses valores podem ser debatidos e podem ser discutidos né E ao mesmo tempo pensar propostas e programas eh de de de atuação na dire ão
contrária né à discriminação e ao preconceito Então acho que essa esse esse ponto realmente é fundamental de nós recuperarmos né através eh da do próprio Plano Nacional eh de Direitos Humanos na Educação nãoé e outras frentes que a gente possa né atuar para trabalhar essas dimensões e por fim professora a gente trouxe um relato do chat também da Secretaria de Educação de Diadema que eles promoveram uma experiência em 18 escolas da cidade produzindo podcasts com crianças de 8 a 10 anos sobre a cultura da Paz eh em relação a bullying Cyber bullying eh eles promoveram
mais de 60 programas feito por crianças de grêmios curumins do terceiro ao 5to ano e a Bet Marx relata que fazer a escuta das crianças e adolescentes para construir com eles uma narrativa de combate foi na experiência que eles tiveram eh uma um excelente exercício de cidadania muito bacana muito bom muito bacana e é bacana a gente ver também né As crianças pequenas se manifestando né Eh a gente sempre acha que as crianças pequenas elas ainda não têm eh os recursos né não tem ainda a as condições de de fazer um trabalho dessa natureza e
aqui a gente tá vendo a importância de ouvi-las que foi a experiência que nós tivemos nessa pesquisa nacional que é muito lindo quando a gente dá esse espaço pras crianças um espaço organizado né através dos grêmios em que a gente institui essa participação na escola né como as crianças têm muito a dizer e muito a contribuir né para a melhoria da relação entre pares Então parabéns aí pela itiva né de Diadema e que a gente possa ampliar essa experiência né da cultura de paz eh nas escolas né e isso é um realmente um trabalho que
faz a diferença Obrigada Marilene a snia levanta tua mão sim levantei e um um comentário não um relato também né uma experiência muito interessante eu vi aqui o relato de Diadema e me motivou também apresentar um relato e e também fazendo um pouco aí retomando um pouco a a fala da Francilene que veio que tá nos assistindo pelo YouTube né a importância de aproximar a família também Desses desse trabalho da cultura de paz de promover palestras eh eu atuei em um município aqui do nosso lá do Estado do Piauí né mas aqui no nosso país
claro e um município muito carente né onde tem muitos relatos ali de violência doméstica de abuso com crianças até dos ali dos próprios parentes eh várias situações difíceis né que o município eh enfrenta e algumas palestras foram promovidas alguns encontros foram promovidos na rede municipal sobre a cultura da paz né cultura de paz eh eh foi um trabalho Pontual né onde a a rede começou a trabalhar com algumas escolas com as crianças com os adolescentes né nesse sentido da violência e o que que aconteceu no município a partir desses momentos eh a a escola começou
a receber dos alunos das Crianças eh eh relatos do que aconteciam com elas em casa né Eh eh crianças meninas e meninos contando né acontece isso na casa do meu pai acontece isso na casa da minha mãe às vezes eles por serem crianças é de pais separados eh acontece aconteceu isso comigo eles começaram a comentar entre eles entre os colegas e entre as crianças e os professores e a partir desses relatos as escolas levaram paraa Secretaria de Educação do município e a secretaria começou a atuar com essa essas crianças através da Assistência Social Então foi
uma forma também da secretaria desenvolver um plano ali de de conhecer o que tava acontecendo com as crianças em casa e de levar ajuda para essas crianças chamando os pais ou atuando de maneira muito pontual com aquelas famílias Mas também de trazer os pais para as escolas né Porque até então o município começou a fazer só o trabalho na escola com essas crianças adolescentes e professores Mas eles começaram a ouvir essas crianças e conhecer o que tava acontecendo em casa então é a importância mesmo de levar isso pra escola porque Através disso dessas ações né
que muitas vezes a escola conhece o que tá acontecendo nas na na nas casas né com as famílias e conseguem desenvolver algum plano alguma ação para ajudar essas crianças e adolescentes mas também para mobilizar as as famílias sensibilizar as famílias né que muitas vezes elas não têm nenhuma orientação as famílias recebem muitas vezes elas vivem situações né que vão se perpetuando ali de geração em geração porque as famílias acabam não tendo essa oportunidade não tem uma instituição não tem um local né não tem um um apoio e quando isso é levado escola e a escola
leva isso para casa as crianças Elas começam a encontrar um apoio na escola e mudar né ter uma nova possibilidade de realidade né então é um relato aqui também da minha parte muito obrigada Parabéns professora obrigada snia um relato muito importante né porque você está mostrando a possibilidade da intersetorialidade né então quando você percebe essa dificuldade dentro de um espaço que é da daquela escola ou daquele grupo de escolas né que está que as crianças Ao serem ouvidas Podem trazer essas problemáticas né como o a esfera da secretaria que é uma esfera eh mais Ampla
né mas que tem essa visão Geral do conjunto das escolas pode estar articulando uma ação com com a secretaria de serviço social com a área de serviço social né ou com a área do Sistema Único de Saúde né e com ou com a área da pode ser também incluindo outras áreas né a área do esporte eh enfim da Cultura né então daria para pensar muitas possibilidades né de de atuação mas se começa geralmente pela área do serviço social que é a mais Eh fundamental né nesse nessa nessa situação em que há uma uma um relato
de violência ou de abuso ou uma situação de pobreza extrema nãoé então a gente tem aí uma um início muito importante pelo serviço social que pode ser ampliado depois para outras áreas mas esse início fundamental né para que esse eh esse processo educativo também aconteça eu acho que isso é muito bonito do que dentro do que você tá trazendo como é que nós podemos trabalhar numa dimensão educativa né numa numa ão pedagógica que muito dessa dificuldade das famílias está pela pelo desconhecimento né ou pela própria o não acesso né a às políticas sociais às políticas
públicas e a própria orientação de como fazer em relação aos seus filhos Obrigada Sônia passo a palavra então para o professor Meneses por favor professor eh eu gostaria de cumprimentar A Marilene pela maravilhosa apresentação que situa num plano bastante amplo não só a problemática mas grandes iniciativas coletivas por por eh iniciativas de de comunidades e associações para tratar isso como problema central de nossa educação muito importante isso mas eu queria trazer uma mensagem de otimismo com relação a ao aos preconceitos e a segregação racial etc mas uma consideração também para o nosso público alo para
gestores de escolas etc se algo importante que a gente viveu nessas primeiras décadas do Século XX eu acho que é a afirmação eh da da Comunidade das características e da presença negra no mundo isso isso vem acompanhado também das afirmações das das diversidades de gênero e grandes manifestações muito bonitas que São Paulo em particular tem Tem acolhido Diante de guerras de exclusão social que são ostensivas do mundo e para qual nós estamos com nesse momento poucas perspectivas resolver a grerra e exclusão social Eu costumo sinalizar dois Campos de ação que eu chamo de culturas de
confronto e culturas de convívio há culturas de confronto em toda parte mas também há importantes culturas de convívio e as duas talvez mais importantes culturas de convívio sejam a música e os esportes a agora com a com a eh presença da olimpíada na na França e tal nós estamos vivendo uma importante cultura de convívio E aí eu gostaria de apontar a importância a importância da contribuição negra para essas duas culturas de convívio Então se olha a cultura primeira eu tô muito feliz de est vendo meninas e rapazes negros cientes e e e da sua personalidade
da sua cabeleira e apresentando isso como um eu diria uma afirmação da sua identidade e essa afirmação sendo crescentemente acolhida né no submercados nas ruas e agora também entre apresentadores na televisão quer dizer você vê a presença negra com a sua cabeleira com as suas características culturais sendo não só acolhidas mas reconhecidas e valorizadas isso é uma coisa importante que a qual tem que ser chamada a atenção na escola uma outra coisa importante se você olha as músicas populares vej o que aconteceu no século 20 com Jazz Soul gospel que não só por si mas
também inspirando outros movimentos populares e sociais a partir da cultura musical e também esportiva a presença Negra É importantíssima né até brincadeiras libert fraternité mbappé o francês negro incorporado à cultura por conta da sua presença nos esportes se você olha o esporte talvez mais importante basquete é difícil achar eh eh eh eh um atleta branco que se Caracterize ali e o orgulho o orgulho Nacional por essa presença preta então há coisas muito importantes que TM que ser valorizadas e trazidas pra escola como parte essencial da cultura humana da cultura humana de convívio especialmente nas músicas
nos esportes mas não só nisso né então há importantes pensadores e de nas diferentes dier você pensa que é o principal eh eh escritor brasileiro Machado de Assis tá aí um afrodescendente então a gente valorizar E explicitar a presença Negra nas culturas especialmente nas culturas de convívio isso é muito importante para nós temos uma perspectiva de um futuro melhor e a escola pode valorizar E explicitar essas coisas muito obrigado Maria Lene eu só quis trazer um um Digamos um alento diante desses problemas Obrigada Professor Menezes é e de Fato né essa esse esse retorno às
ancestralidades né que nós estamos tendo nesse momento no Brasil tanto da cultura Negra como da cultura indígena né está sendo assim fundamental pra gente poder eh repensar as nossas raízes né repensar as nossas tradições e a importância das nossas tradições eu vejo Várias escolas que estão estudando né Eh os temas da ancestralidade que estão plantando eh plantando fazendo hortas com seus alunos mostrando a importância dos alimentos a importância eh da da própria a cura né pela pelas próprias eh plantas a importância eh não só da cura das plantas mas da própria alimentação saudável né Ecologia
então a gente vê que esses esses aspectos né da música do esporte do meio ambiente das Artes né são tão eh fundamentais paraa formação humana e como a gente vai deixando de de de ter esses espaços garantidos né na na escola e às vezes até no próprio currículo quando nós partimos para uma dimensão mais tecnológica ou mais Eh vamos dizer assim eh fortalecendo um aspecto dessa formação humana e não a formação integral né então acho que é muito importante você tá falando tô lembrando aqui do samba né hoje em qualquer lugar que a gente vai
a gente tem samba né O Samba É um grande hoje espaço né e de uma cultura de convívio né Eh Outro dia eu estava numa festa de 120 anos da escola que eu estudei e foi uma festa regada a samba né então a gente vê como é a a a música brasileira né a música de raiz também vai sendo trazida né para pro nosso convívio ah os nossos também esportistas né que que são mundiais o Pelé e e tantos outros né que são referências aí mundiais eh que são e pessoas pretas né então acho que
isso é muito bacana da gente ver essa esse reconhecimento né Eh das nossas raízes e da nossa história mas isso só é possível infelizmente através da cultura do confronto né então é a esse confronto né Essa essa força eh que tem trazido né a os nossas os nossos grupos eh de de descendência afri de ascendência africana ou de ascendência indígena a questão as questões de gênero né eh todas ess esses confrontos foram fundamentais para que a gente chega ao convívio né Então essa relação dialética mesmo né entre a a busca de uma de uma possibilidade
de de aprender essas a cultura eh dos né através da nossa educação né Obrigada Professor muito muito bom te ouvir Ah nós temos aqui obrigada Marilene Obrigada menes Letícia antes de eu passar a palavra pro professor Nilson eu peço licença para ler uma pergunta que foi colocada no chat recentemente que eu acho que é uma questão que a gente precisa aqui trazer para a reflexão né Letícia profess a leitura querida por favor posso fazer é da Secretaria de Educação de Diadema novamente eles perguntam como discutir Direitos Humanos nas escolas militarizadas Como enfrentar esse debate nas
nossas cidades paulistas e para onde será que a gente pode ir com esse debate cer então Marine Bom eu acho essa pergunta não é nada fácil escola da cultura de confronto exatamente aí nós vamos entrar nessa nessa questão do confronto né Professor eh eu acho que um primeiro um primeiro aspecto né a a ser pensado é o que tem levado as escolas a optarem por essa eh por essa perspectiva né Eh na nossa na nossa realidade aqui educação e o quanto nós temos essa essa realidade de de vamos dizer assim como chamou o professor menees
de confronto na nossa sociedade né Eh vocês viram que foi inclusive considerado né pelo eh Ministério eh público né que essa modalidade de escola não é prevista na nossa lei diretriz e base da Educação não é prevista no plano nacional de educação então nós estamos aí com uma uma perspectiva Educacional que está sendo o tempo todo eh questionada né pela própria existência das nossas legislações brasileiras a respeito do que é a escola né escola eh pública participativa laica democrática né que tem todos esses elementos fundantes do próprio Eh vamos dizer assim da própria estrutura e
e política que rege as nossas escolas então nós estamos aí com as escolas chamadas de eh cívico-militares né Na Contramão daquilo que nós temos defendido né como entidades da educação entidades da Psicologia entidades do direito né então Todos nós temos defendido eh publicamente uma escola que não tem uma visão cívico-militar né então o fato das escolas estarem escolhendo essa modalidade né aqui principalmente no Estado de São Paulo onde isso tá sendo eh implementado já revela a necessidade de nós fazemos uma ampla discussão sobre eh o papel e a função da Educação no Estado de São
Paulo Então acho que esse é um ponto eh que eu queria enfatizar que nós como universidades né agora aqui a cátedra de eh de Educação Básica Alfredo bozi né Nós temos que eh colocar como se diz a mão nessa casa de marimbondos né e fazer esse debate de uma forma mais ampliada trazendo a retomando né o nosso plano nacional eh de educação paraos direitos humanos e trazendo toda essa dimensão da escola enquanto espaço de participação de diálogo né de construção de uma sociedade eh democrática e participativa Então acho que esse é o ponto fundamental que
nós vamos precisar discutir se isso não pode ser feito dentro da escola ele tem que ser feito fora da escola né ele tem que ser feito na sociedade ele tem que ser feito pelas instituições da das nossas regiões aqui do Estado de São Paulo e do Brasil não é para que a gente possa mostar eh a O que significa nós retrocederem a uma visão cívico-militar né O que significa nós estamos trazendo paraa escola pública que é uma escola eh que não tem a a o Matiz eh da militarização como sua função Fundamental e Central né
Eh de nós trazermos essa discussão e mostrarmos a a vamos dizer assim a ausência de um sentido para esta presença dessa modalidade das escolas e muito provavelmente né Nós vamos ver que por trás dos argumentos das escolas que estão aceitando esse lugar esses argumentos são muito menos ideológicos e muito mais de estrutura da falta de estrutura na escola porque no momento em que a escola recebe um um um um valor eh de de apoio do estado para ficar com uma estrutura melhor com mais profissionais etc ela está mostrando que a precariedade ainda eh da da
própria escola precisa ser enfrentada né então Eh os argumentos que estão sendo usados para inserção das escolas cívico-militares tem passado muito pela ausência da estrutura ou da infraestrutura mínima para que as escolas possam funcionar tanto do ponto de vista dos prédios quanto dos recursos humanos Então isso é mostra eh que nós não estamos dando conta né com as nossas políticas públicas da qualidade ainda da estrutura e da e da e dos recursos humanos necessários paraa Nossa escolarização então eu diria isso né eu diria que a discussão tem que acontecer em qualquer espaço se ela não
puder acontecer dentro da escola que ela aconteça fora da escola não é com os grupos organizados da sociedade eh para que essa esse tema dos Direitos Humanos jamais deixem de ser nãoé discutidos eh onde quer que nós possamos estar muito boa reflexão muito bom eu passo para o professor Nilson Ah e e possivelmente depois para o encerramento professora Bernadete Professor Lima por favor Nilson bom eh agradeço a exposição da claríssima da Marilena e queria fazer só uma observação essa questão da violência quando começou significava Assim eh a falência da palavra né a eclusão da violência
era a falência da palavra significa que havia a esperança no ar de que por meio do Diálogo por meio da palavra se acabasse com o o a violência nãoé isso daí passou isso aí são os primórdios passou e hoje o a principal violência a violência mais eh chocante e tudo é a que se dá por meio da palavra não é por meio da palavra que tem nos chegado o pior tipo de eh violência não que a outra não precise ser combatida precisa mas a gente tem esse esse essa dimensão nova não é o o o
Pierre Levi em as tecnologias a inteligência coletiva o PR Levi eh Nos alerta Isso já faz mais de 10 anos 10 15 anos né Ele diz olha a violência que tá chegando é a violência dos contratos cada cada um de nós hoje diariamente né a usar o qualquer o computador e usar um software é levado a cada meia hora a assinar um contrato que a gente não quer não pediu e tá ali e se não assinar no o programa não rola não é então a violência que se dá por meio do contrato é a violência
que se dá por meio da palavra o contrato que eu não quero e sou levado a assinar é a virtualização da violência não é e esse é o é o fato novo nesse espaço da violência e um um segundo aspecto da violência que também me parece ainda não inteiramente contemplado é o que decorre da do do amaren do livro do último livro do amaren último mas já foi 2016 né chamado identidade violência o amar o Indian Zinho lá da do prêmio Nobel de 98 Nobel de Economia escreveu esse livro que é imprescindível absolutamente imprescindível para
o trabalho na escola identidade e violência significa o seguinte na capa dentro do livro na contracapa eh o o amar tem entrega Qual é a tese dele a tese dele é que toda forma de violência decorre da unim I alidade no tratamento das pessoas olha para uma pessoa e diz é um negro é uma mulher é um Corintiano é E essas são as formas assim de de de violência mais fortes agora é reduzir uma pessoa a uma única dimensão a pessoa é isso é aquilo é aquilo outro é um é um feixe a pessoa é
é um é multidimensional a pessoa tem múltiplas dimensões uma avaliação por exemplo avaliação escolar simples sem drama de bullying mas numa avaliação em que apenas uma dimensão da pessoa é considerada Isso é uma violência na linguagem do amaren não é então é é interessante contemplar me parece essas duas coisas a gente anda eh eh eh esquecendo do do do fio do bigode e e assinando contratos que não quer e que ninguém sabe ainda quando nos será cobrado mas eu acho que será essa história de nuvem e de não sei o que de repente a conta
virá a gente virá o que que tá acontecendo por trás dessa assinatura eh eh sem limites de contratos que eu não pedi foram feitas por outras pessoas e me dão um brindezinho assim eh olha você pode fazer isso se assinar Esse contrato e e e e isso é é cruel né Eu acho que eh muitas vezes repito Essa violência que se dá por meio da palavra oral escrita né o xingamento não é o eh é é muito mais eh imperdoável do que um tapinha que o o o os velhos avós pais da gente dava né
que era simbólico essencialmente simbólico e não uma coisa para para machucar na maior parte das vezes não tô defendendo isso mas estou dizendo que a violência do contrato é pior do que essa não é do da da familiar é isso são duas observações mar Parabéns aí pela exposição e e o tempo tá voando passo a palavra para mais alguém falar então eu não sei se eu posso responder temos aí uns minutinhos sim sim lógico nosso Então vamos lá Nilson Obrigada viu pelas suas considerações também e tava pensando né nessa questão da unidimensionalidade que você traz
em psicologia escolar Educacional nós chamamos isso de rotulo então de nós rotulos a criança né ou rotulos a pessoa né Eh de dizer que ela é Ela é uma criança de inclusão ela é uma criança deficiente ela é uma pessoa pess ela é uma ela é eh TDH disléxica agressiva quieta né então a criança passa a ser vista por apenas por esse por essa dimensão né e não por todas as outras coisas que ela faz então eu lembro que uma coisa que nós fazemos muito no nosso trabalho é sempre perguntar conta um pouquinho como ela
ela é como como é essa agressividade dela né E quando a gente tem essa possibilidade desse diálogo com os professores eh contando as situações a gente vai vendo as circunstâncias né Vai vendo os contextos as outras dimensões exatamente as outras dimensões e vamos então podendo ampliar esse olhar né e sair dessa unidimensionalidade que você aqui trouxe através do professor amen Então acho que eh é bem bacana mesmo essa discussão muito atual né Muito atual e muito necessária de de ser realizada Obrigada viu muito bem então aqui passo a palavra pro professor Lima professora Bernardete para
que a gente possa eh encaminhar para a finalização do minicurso e e aqui temos né a exposição de vários comentários e agradecimentos por essa interlocução tão preciosa como tivemos hoje muito obrigada viu Marilene passo a palavra então para o professor Lima professora Bernarda Tá certo vamos deixar a para a professora Bernadete fazer um encerramento eu queria só eh fazer um um um pequeno comentário eh no seguinte sentido primeiro Parabéns professora Marilene a essa apresentação de hoje trouxe uma riqueza muito grande eh de detalhes a respeito do assunto a nesta neste minicurso nós podemos ver eh
como eh vários aspectos de como se dá essa essa violência na escola mas também eh como é possível fazer o enfrentamento como é eh sugestões de de listagem dos Desafios e sugestões para enfrentamentos também dos Desafios tem uma coisa que eu eh que eu acho que valeria a pena realçar que é o seguinte desde o começo a professora mostrava que quando a gente fala da violência na escola na realidade a gente tem uma violência sobre a escola e tem uma reprodução da violência pela escola então esse esse é um é um é um dado que
é interessante porque e quando a gente quer quer estudar a violência na escola é importante saber em que país nós vivemos Tá certo porque não não não deveria não deve ser de se estranhar que a gente tem algum tipo de violência na escola quando nós vivemos num país que é altamente violento então esse esse é um dado agora uma um uma uma coisa que eh talvez dentro do do eh dos Desafios que foram colocados eu fiquei aqui que nós precisamos eh ampliar nas atividades da escola a cultura de respeito à dignidade humana a o trabalho
sobre direitos humanos e assim por diante só que eh aí quando para fazer isso nós vamos nos deparar com um desafio que que vai eh que para ser enfrentado tem que ter eh eu diria aí seria eh um um plonas mas nós vamos ter que fazer um enfrentamento Tá certo existe também uma uma tomada de decisão a partir das escolas e notadamente Por parte dos gestores porque o tempo de trabalho dos professores dos coordenadores da escola é limitado e eh se se nós nós precisamos ter clareza de que esse assunto precisa ser tratado e ele
precisa ser valorizado seria mais fácil se esta valorização aparecesse nos documentos oficiais Tá certo seria é muito mais fácil mas se isso não se isso não acontecer é recomendável que apareça nos projetos pedagógicos da da rede dos projetos pedagógico das escolas numa eh no minicurso aí passado a professora Elisa alertava para isso que tá por trás dessas discussões que nós temos fazendo aqui é que tipo de sociedade nós queremos que tipo de ser humano nós eh queremos para o nosso futuro então tendo em vista que essa o a a atividade eh eh tem o tempo
limitado nós vamos ter é importante a construir recomendações mas também é importante eh eh fortalecer empoderar as pessoas que desenvolvem essa atividade Então essa atividade precisa ser valorizada dentro da escola dentro do projeto político pedagógico porque se isso não acontecer você pode chegar a um caso limite de ter uma escola que envolve um excelente trabalho cuidando da das Crianças dialogando com as famílias etc e depois essa escola passa a ser avaliada rotulada ranqueada apenas por conta de uma prova que foi feita e um determinado momento então é uma um um enfrentamento político que a gente
precisa fazer era só essa essa eu queria reforçar isso porque de alguma forma entendi que a professora também Alerta nesse sentido muito obrigado e parabéns professora Fico muito feliz por ter ouvido essa a sua fala Obrigada Professor Lima Eu acho que é isso mesmo é o enfrentamento político né porque na medida em que essa Esse aspecto passa a ser tão primordial na nossa vida que é a Constituição da formação humana né das daquelas das crianças e dos professores e de todos os envolvidos no processo educacional e os pais isso precisa começar a ser eh olhado
considerado e integrado dentro do processo educacional e eu acho que esse é realmente é um Desafio enorme que nós temos né de como enfrentar essa barreira eh ainda do ponto de vista das próprias políticas públicas que dão sustentação a essa dimensão da formação humana muito obrigada professor professora muito obrigada Acho que muita coisa foi dita hoje foi um dia de realmente para nós meditarmos porque a escola eh antes de mais nada é um lugar de convivência convivência com não é E isto é construído pelas pessoas que lá estão e isto nos leva a a pensar
Marilina em tudo que você colocou através da pesquisa tão Ampla que vocês fizeram né que nós estamos descuidando das pessoas em todos os níveis formativos e fala muito de valores não é acolhimento construção da Paz mas nós temos que trabalhar muito né nesse aspecto de Que escola é um ambiente de Formação não é não só um ambiente de passagem de conteúdos Então nesse sentido acho que você trouxe aspectos relevantes para serem considerados né porque a escola pode ser um espaço pelo menos onde você tem alguma possibilidade desde que todos os participantes ali tenham essa consciência
alguma possibilidade de uma convivência eh compartilhada com um pouco mais de Harmonia de escuta de diálogo entre todos eh eu Falo isso porque eu vou lembrar uma coisa né Vejam as ruas de São Paulo São sujas né sujas o pessoal joga papel assim mas se entra no metrô ele é limpo então é isto que eu tô querendo dizer né o Que Nós criamos num ambiente escolar pode ser um ambiente gostoso em que você tenha uma capacidade maior de relacion mais abertos de trocas ou você pode ter no seu comportamento coletivo um fechamento ou a provocação
eh de problemas graves de violência como temos na sociedade em geral né Eu acredito que espaços formativos interessantes Podem trazer formações interessantes para o aspecto do conviver e da sustentabilidade aí bem longe mas da vida e deste ess planeta muito obrigada E acho que a gente tem que pensar muito na construção de boas convivências na atividade escolar Bom dia para todos Agradeço a todos que participaram aqui e e através eh do YouTube muito obrigada um abraço Obrigada professores excelente obrigada a todos os participantes obrigada daqu a pouco né até daqui a pouco né Vou ficar
um pouquinho aqui