que fazer os cortes, certo? [Risadas] Pô, eu ia te perguntar um negócio aqui na série, no episódio três, a hora que o menino conversa com a psicóloga lá, a hora que ela termina o diagnóstico dele, ela fica toda, né, parece que foi um peso assim, ela absorveu tudo aquil lá. Isso acontece com você também?
Por que que você acha que ela ficou daquele jeito? Na minha, que ela se envolveu com o menino. É, na na minha opinião, é, foi pesado para ela ela descobrir tudo aquilo ali, né?
E ela ficou daquele jeito porque o moleque, você viu que o tempo inteiro ela tava tentando o diagnóstico dele, né? Por que que só no final ela fica daquele jeito? Porque ao final ela chegou à conclusão do diagnóstico.
Ele era um psicopata e é dificíimo atender psicopata. É chocante atender psicopata. Porque o psicopata ele sabe o que é o certo e o errado.
Ele só não sente. Há uma grande diferença entre psicopata e narcisista. Todo psicopata é narcisista, mas nem todo narcisista é psicopata.
O que que difere mais o narcisista do psicopata? O narcisista quer aprovação, quer palco, o psicopata quer poder. Aquele episódio número três que é praticamente só ela e o menino, é assustador.
Até a gente fica mexido se a gente se envolver, porque os rampantes dele de violência, a capacidade dele de manipulação, a forma com que ele coloca as palavras, o jeito que ele ele conduziu a sessão, ela chegou no final da sessão com a certeza que ela estava lidando com o psicopata. E é pesadíssimo atender psicopata e lidar com psicopata, principalmente com um de 13 anos, né? Você já diagnosticou algum psicopata assim, já rolou com você?
Pode contar, pode. Um dia eu histórias dos seus atendimentos são os melhores. E e são histórias que são são permitidas de serem narradas, senão não estaria fazendo isso.
Eu atendi um psicopata uma vez, era uma era um laudo paraa justiça. Ele matou a mãe, decepou a cabeça e fez sexo oral com a cabeça da mãe. Ah, é psicopata.
Mas esse depois de uma Como sim, como sim. Depois de uma coisa dessa, não tem uma dúvida? O que que é o laudo?
É para para que para que ponto é importante? É o juiz, o juiz queria saber se ele era um psicopata ou se ele era doente psiquiátrico, esquizofrênico ou psicótico. Se ele é doente psiquiátrico, ele vai para um presídio hospitalar para doentes mentais, que é bem mais tranquilo.
Uhum. Bem mais com várias regras, bem mais tranquilo. Senão ele vai para uma prisão, se ele é um psicopata, ele vai para uma prisão comum e aí a coisa é mais complicada, certo?
Então o juiz queria um laudo para saber se ele tinha uma doença mental ou se ele era psicopata. Óbvio que ele forçou o tempo todo o laudo para ser doença mental. Para começar, eu agendei ele no meu consultório.
A consulta dele estava agendada ao meio-dia. Eu cheguei no consultório 15 para o meio-dia, ele já estava sentado. Aí eu cheguei, ele se apresentou, passei pela sala de espera, ele se apresentou, tudo bem, não sei o quê, eu tenho um horário com a senhora, tals, tudo bem, tudo.
Ah, e aí eu peguei e falei assim: "Não, daqui a pouco vou entrar no consultório, daqui a pouco eu te chamo". Ele falou assim: "Olha, eu tô com horário livre, eh, não se apress em me atender. Se a senhora quiser, a senhora pode almoçar primeiro".
Aí eu falei, cortei, falei: "Não, eu daqui a pouco te chamo, no seu horário, você vai ser chamado". Ele falou: "Ah, se eu fosse a senhora, eu almoçava primeiro. Pede aquela salada daquele lugar tal que a senhora pede todos os dias.
" Você tinha pesquisado sua vida? Eu nunca tinha postado uma foto do lugar onde eu peço salada. Ali ele estava já tentando me coagir.
Percebe no episódio três o tanto que o menino tenta coagir ela o tempo todo? É. A primeira forma de coersão dele é falar: "Me dá um sanduíche".
Eu adoro sanduíche. Nossa, que delícia esse sanduíche que você faz. Almoça, a senhora tem, a senhora costuma pedir salada do lugar tal?
Almoça. Não tô com pressa. Bem vestido.
Aí eu chamei ele, ele sentou, ele senhora é psicanalista, né? Eu aproveitei o tempo que eu fiquei preso também, fiz psicanálise, fiz psicanálise direito. Inclusive a toda a lauda do meu processo, quem escreveu fui eu.
Inclusive, se a senhora quiser que eu explique o porquê do crime, porque eu fiz o que eu fiz, tem a ver com complexo de édo. Minha mãe era muito complicado, tem a ver com desejo também. Desde muito pequeno minha mãe passava a mão no meu corpo, depois eu cresci, ela fez cirurgia plástica, ela não deixava que ninguém desse banho nela.
Ela pôs silicone, é eu que tinha que dar banho, eu que tinha que passar a mão no seios dela, lavar ela, dar banho nela. Ali já nasce o meu desejo, desejo pulsional, aquilo que a gente estudou em psicanálise, né? Vocês são [ __ ] Psicopata, ele ele não tem um QI diferenciado, mas ele manipula certa extremamente inteligente.
É, não é? Neocórtex funciona numa velocidade diferente de outras pessoas. extremamente frio, como aquele menino.
Aquele menino é impressionante a frieza dele. Nos primeiros episódios ele parece uma pessoa frágil, porque ele se adequa ao que ele acha que ele precisa. Meu pai não sabe, ninguém sabe.
Aí ele se adequa. Ele é frágil. Depois que a psicóloga ele explode, ele xinga, ele tenta coagir ela até pelo físico, ele chuta a cadeira.
Tá. Então por que é tão difícil diagnosticar um psicopata? Não é difícil diagnosticar.
Não é difícil de forma alguma. Eu vi no caso da Suzane Von Rofin, ela passou por vários profissionais, tem que fazer o teste rochar, tem que fazer. Não é difícil de jeito nenhum.
É tão, é tão claro os sinais da psicopatia, às vezes a gente insiste em não querer acreditar porque é um diagnóstico pesado. Uma vez eu atendi uma pessoa, essa pessoa era de segurança pública. O psiquiatra, você imagina um policial, alguma coisa nesse nessa, nesse limbo aí, psiquiatra, o psiquiatra encaminhou.
Geralmente psicopata não faz terapia, mas o psiquiatra conversou com ele, falou: "Olha, você fora de terapia, você é um trem descarrilhado. " Então, se você quiser conter as suas questões, eu indico que você faça terapia e eu indico que você faça com fulano de tal, que é a pessoa que eu acho que vai dar conta de você. Ele chegou primeiro com uma moto gigantesca fazendo barulho na porta do meu consultório.
Aí chegou, não sei que, ah, o fulano me indicou pra senhora tal, sou policial, tal, tal. E eu tenho diagnóstico, tá aqui o diagnóstico de psicopatia. Fora da de terapia eu fico muito descontrolada, eu dou muito problema, não sei qu e eu queria fazer terapia com a senhora.
Ai, pera aí, só um pouquinho. Tem uma coisa me incomodando aqui. Senhora se incomoda de eu tirar?
tirou uma pistola, pôis no sofá desse tamanho, do lado, tudo corção. Aqui tem sigilo, né? Tem ética, não tem nenhum problema não, né?
As coisas que eu falo com a senhora, falei: "Não, não tem não, nem injúri, né? A senhora pode falar não. " Mas e a assim é coragem?
O que que é que você tem? Porque é intimidante mesmo. Por isso ela surtou.
Ele falava assim para mim, André, eu vou numa boate porque aí depois o ambiente ficou menos hostil, porque eles inicialmente eles tentam te intimidar. Você lembra no filme que depois ele ficou mais tranquilo com a mulher que ele viu que ela não se dobrou? É, inicialmente ele tenta te intimidar.
Depois, como ele tinha um objetivo ali na terapia que era ficar mais calmo, então ele ficou mais tranquilo comigo. E aí ele me contava, ele falava assim: "André, eu vou numa boate, eu escolho a moça que eu quero ficar. " Aí eu olho para ela na mesa, aí eu começo a mapear ela.
Eu vejo que ela tá com quatro amigas, as quatro são solteiras. Aí eu olho a bebida que ela pediu. Pela bebida eu já mapei mais ou menos a personalidade dela.
Eu vejo quantas doses ela já bebeu. Eu vou no banheiro várias vezes, eu passo atrás da mesa, eu vejo o que que elas estão conversando. Quando eu dou o bote, eu já sei quem ela é, o que que ela precisa, o nível de carência dela, o nível de alcoolismo que ela já tá.
Tipo, mano, o parque fazia ele, ele fala: "É, é gol. Ele fala: "Eu escolho, eu chego num bar, eu escolho aquela mulher, eu vou ficar". E eu começo a mapear ela em uma hora.
Eu falei: "Um dia eu passei perto da atrás para ir no banheiro. Todas as vezes que eu passava para ir no banheiro, eu ouvi ela falando: "Ah, porque não sei o que meu pai. Ah, porque não sei se ele falou: "Na hora carência, sou paterna".
Ele falava assim: "Aí eu crio o personagem, eu sou exatamente aquela pessoa, eu sou um gentleman. Eu falo: "O que que você quer beber? " Ela vai chamar o garçom.
Eu falo: "Não, que é isso? Tô aqui". Garson, por favor, que que a moça precisa?
Eu fale, eu sou o que ela precisa. Ah, ela precisa de um cafagess. Eu percebo que ela é mais soltinha, ela quer um cara mais sacana, mais [ __ ] E eu já eu sou o safado.
Eu vou virando na noite o que precisa virar para pegar aquela pessoa que eu escolhi. Multivaetado. Esse cara que decaptou a mãe, fez sexo oral com a com a mãe.
Uma sessão pesadíssima com a cabeça da mãe, né? Uma sessão super pesada. Daí no final falei, acabou a sessão, ele levantou.
Prazer, doutora. Uma beleza conversar com a senhora. Mulher extremamente inteligente.
Falei: "Muito obrigado". Ele virou as costas para sair, pegou a mão na maçaneta e virou para trás, olhou para mim e falou assim: "Senhora, sabe que a minha vida tá na mão da senhora, né? Dependendo do laudo que a senhora der".
Eu afinho ou não, mano? Acha que eu poderia ir atrás de você? Aí pior do que falar isso, é só se ele falar assim: "Poxa, você lembra demais minha mãe".
Ué, é [ __ ] você tá louco, o cara eu falo, não. Então acabou. Só que você sabe qual que é o problema?
Só 3% dos psicopatas chegam ao crime. 97% não vão cometer isso. Sério?
Sim. Sim. 97% não matam o corpo.
O corpo não matam o corpo, porque eles vão matar algum pedaço dentro de você, sua alma, algum, alguma desgraça, ele vai provocar. Você não passa encum por um psicopata, você não sai ileso. Alguma coisa ele vai destruir.
Seja sua vida, seja sua vida financeira, seja suas emoções, seja os seus relacionamentos, seja engraçado, porque no júri tem uma dificuldade também, tem uma tem uma preocupação nesse diagnóstico até por conta de uma acho que tem uma imputabilidade, não tem do do psicopata. É o psicopata, na verdade, porque o psicopata, ele é um bicho muito difícil de lidar. A ciência ainda estuda quem fala brilhantemente sobre isso, Dr.
Ana Beatriz, que inclusive morro de vontade de conversar com Vai acontecer, se Deus quiser, em breve. É, é muito difícil porque é um diagnóstico muito pesado. É muito difícil você dar esse diagnóstico para alguém porque ele tem n coisas.
Há uma discussão na ciência se é uma falha no sistema, se é uma parte que falta. Então é um diagnóstico muito pesado. Então os profissionais de saúde mental t, não é dificuldade critérios em assinar um diagnóstico desse, porque é um diagnóstico extremamente pesado.
O psicopata, ele é extremamente frio e ele tem uma narrativa extremamente fria, por isso que não tem muita dificuldade de você diagnosticar. O psicopata, ele sabe o que ele quer, quando ele quer e como ele quer e ele vai alcançar. Porque quando ele comete crime, se não me engano, ele nem pode ser mandado pra prisão comum, né?
Én, se não me engan igual o caso do Champinha, o Champinha ele não, ele não foi pra prisão, ele tá preso até hoje, né? Depois foi diagnosticado com psicopata. Tanto que o psicopata quer poder.
Falei, o narcisista quer aprovação, o psicopata quer poder, mesmo que fazendo coisas horripilantes. Sim. Olha os psicopatas que nós falamos aqui.
Nós lembramos de todos, mas nós não lembramos da vítima. Como que é o nome das pessoas que o Champinha matou? A café, não foi o quê?
Foi, foi a café do Champinho. Foi a café. Tá vendo?
Sobrenome Café. Ah, tá. Mas quem quem destacou no caso?
Ah, com certeza. Sim. Mas é, não é porque crimes cruéis você sempre vai falar.
Mas é, olha o, olha o quanto o psicopata é danado, que até para fazer coisa errada ele faz a ponto de ele ter o poder e não a vítima. A Suzane Von Ristofen vai ser lembrada pela eternidade. Dos pais dela ninguém sabem o nome.
A Elides Mansunaga quando eles tá vendo o maníco do pai, você não lembra o nome das vítimas, eles raramente chegam ao crime, mas quando eles forem cometer um crime, eles vão cometer um crime numa relevância e de uma forma tão edionda que eles serão lembrados pela eternidade. Apesar que o da Eliseas fala que que ela não é psicopata, né? No caso dela é o dela foi é o o narcisista é mais difícil de diagnosticar.
Não, nenhum dos dois é difícil. Nenhum do Eu não digo fácil, mas exige uma investigação. Engraçado.
É porque as pessoas sofrem uma vida inteira na mão de um narcisista e só quando a pessoa tá [ __ ] da vida que ela descobre que convivia com o narcisista. E se ela tivesse o diagnóstico fácil, o caminho que ela teria que tomar era sair da vida daquela pessoa. É porque até você conviver com um narcisista, você não sabe o que é um narcisista, então não tem como você diagnosticar antes.
Mas você se concorda? Tipo assim, ó. Se você vive com narcisução, se você vive com um, oa, o correto a se fazer a partir do diagnóstico é se afastado da vida daquela pessoa.
Mesmo sendo pai, mãe. Eu falo o seguinte, o narcisista e o psicopata, se você descobrir e tiver chance, corra, porque se ele tiver 3 minutos, ele te derruba de novo. 3 minutos.
Isso é número de ciência. Se você sentar com um psicopata e ele tiver 3 minutos, ele te manipula de novo, você cai na teia dele de novo. E a gente tá cansado de ver filhos que sofreram na mão dos pais, narcisistas, né?
Um um relacionamento extremamente tóxico que causou dano mental na vida daquela pessoa, danos irreversíveis, né? E e demorou anos para ela descobrir. Porque que é muito difícil diagnosticar pessoas comuns, né?
Pessoas comuns, um relacionamento com o narcisista. A dor de alma do narcisista é o abandono. Todo narcisista sofreu um abandono emocional na infância.
Não é um abandono literal físico, mas um abandono emocional. ou pai ou mãe ou figuras de autoridade. Como ele sofreu, e essa é a dor de alma dele, ele não quer novamente ser abandonado ou rejeitado.
Ele vai fazer tudo para que você não perceba que ele é um narcisista e para que você não o rejeite, até porque a dor de alma dele é a rejeição. Ele não quer ser rejeitado novamente. Caso ele seja rejeitado, ele vai te conquistar para você voltar e ele te rejeitar.
que aí ele justifica a dor de alma dele. Então, todo narcisista, quando você se afasta dele, ele vai fazer tudo para te de novo, porque aí ele te dispensa, porque aí a dor de alma agora não existe. Quem dispensou foi eu, não foi ele.
Só que o psicopata ele consegue ser muito pior que o narcisista, porque o narcisista ainda tá preocupado o que que você pensa dele. Uhum. Ai, será que ele gosta de mim?
Será que ele já derrubou o meu jogo? Será que ele acha que eu não sou santo desse jeito que eu falo que eu sou santo? Ele ainda se preocupa.
O psicopata não está preocupado com o que você pensa dele. Se você acha que ele é frio, se você acha que ele é desonesto, isso é problema seu. Ele não está preocupado com a sua opinião a respeito dele.
O narcisista está muito. Então ele fica, ele ele tem pavor de você pensar que eu, Andreia, não sou isso tudo que eu sou. Então eu fico preocupada.
Não, mas e se um dia o o o Rodrigão descobrir que eu não sou isso tudo? Então ele traz esse medo para não ser rejeitado. O psicopata, o Rodrigão vai me levar aonde eu quero chegar com ele.
O que ele pensa a meu respeito é problema dele. Se dane para lá. O dia que ele não for mais interessante, eu descarto ele e é vida que segue.
Então que eu fico me perguntando, será que eu sou um narcisista? Todo mundo tem traços de narcisismo. Dizer sou um narcisista é muito pesado.
Eu, pelo pouco que eu te conheço, acho muito difícil ser narcisista. Eu acho. Teve uma vez que a gente fez um um episódio com a psicanalista, né?
E aí a gente foi 3 horas falando de narcisasmo, né? E aí minha esposa viu e ela pegou e mandou pra mãe dela assim, né? Falou assim: "Olha aqui, mãe, tem certeza, Rodrigo é narcisista?
Tenho certeza. A gente tava meio brigado assim, sabe? E rolou essa conversa briga é narcisista.
Você acha que seus meninos, por exemplo, que tem um um menino seu que é mais inteligente, mais legal, mais bonito que os outros? Não, são todos lindos, maravilhosos, legais. Você tem, você trata eles iguais ou tem um que você é como se ele fosse de ouro e o outro é um bode expiatório ali.
Ah, não sei se isso é uma regra também. Em todo caso de narcisista assim, se ele acaba responde: "Não, não, meus filhos são todos iguais". Mas falar que é todos iguais é hipocrisia.
Ninguém trata filho todo igual, não. Menti mentindo. Você consegue perceber quando a pessoa mente?
Você trata todos iguais? Nunca. Eu não trato.
Não falei que eu trato todos iguais. Falei falou duas vezes. Falou.
Não, falei que eles são iguais assim. Não são, não são, são totalmente diferentes. Essa, esse é outro tentar manipular a gente.
Você tá tentando manipul tentando fazer alguma coisa. Esse é outro mito. Eu trato meus filhos todos iguais.
Mentira, você trata diferente. Você trata de acordo com a afinidade. Tem filho que a gente tem muito mais afinidade que o outro.
Ué, não, eu falo igual, gente, até pode amar igual de amor. O meu amor por eles é igual. Assim, você ama igual, mas tratar igual não.
Tem algum falar que eu amo um a mais. Mas você deve ter mais afinidade com um. Sim.
Tá, pode ser em momentos diferentes assim, mas o meu amor pelos três é o mesmo. Eu não não consigo falar: "Ah, eu amo mais o pequenininho do que eu amo o grande". "Ah, eu amo mais o mais velho do que eu amo Amanda".
Eu amo os três am falar qual que você ama menos? Qual? Não tem, velho.
Isso é coisa sua, velho. Você que ficava fazendo essa gracinha. Você que sempre falou que, ah, tem um que eu amo mais, tem um que eu gosto mais.
Ou você falava: "Ah, um é mais bonito, outro é mais feio". Robertinho, Robertinho sempre fez essa gracinha, ó. Sempre fez.
Não, não fazia. Tinha um que era mais bonito, um que era mais feio. Com os filhos dele.
Com os filos dele. Ó lá, até o Pedro tá concordando. Não rolava, Pedro.
Ah, um era mais bonito, o outro era mais feio. Semana passada ele tava falando. Semana passada.
Aí fala direto. Mas você fala dos filhos dele ou dos seus? Dele?
dele, dos filhos dele. Os filhos do Robertinho, ele fala dos próprios filhos. Qual filho se fal todos aí?
Eu falo de todos aí. Qual filho do seu que é mais bonito? Nossa, vai ficar registrado aqui.
Eu não falo para eles. Eu não falo para eles não. Para eles eu não vou falar pros outros.
Eu falo, lógico, eu sei. U, é físico isso. Não, você é realista.
U, é, uai. É simples. Eu vou falar aqui, ô, esse aqui é o bonito.
O outro é o não, não vou, que eles vão ver isso aqui em algum momento da vida. E eu nunca falei para eles, mas é não, lá em casa também. Eu sei quem é mais bonito, quem é mais feia, é óbvio.
Sei, eu sei quem é. Não consigo não, velho. Não consigo não.
Não consigo. Não é hipocrisia de jeito nenhum. Gente, tem padrão, de estéticas.
Ah, você vai falar aí. Os meninos meninos é gos. Os meninos é gêmeos.
Mas é tudo igualzinho. Não, nem é por isso. Aí os três é bonito para [ __ ] Mas às vezes os seus é três bonitos.
Você não tem nenhum feio. Uí. Parabéns.
Que bom. É, u, será que é por isso? Ué, pode ser.
Ui. Ah, mas é, eu acho que é o olhar, mas o olhar de pai, não. Olhar de pai, ele olha beleza.
Tem, tem, tem os meninos dele é bonito. Os três é bonito, até porque são parecidos. Por isso não acha esse é bonito mesmo.
Não, os dele é bonito. Os meus também, só que um é mais que lemb. Você acha que eles não sabem isso?
Que você acha um mais bonito? Ah, não. Acho que não.
Assim, é, até até agora eles não sabiam, né? Até agora eles não sabiam não. Eles não assistem o podcast.
Eu vou achar uma foto. Menor, eles não pode ver nada de podcast, por exemplo. Ainda não.
Ah, é? Ah, que ótimo. Quando eles estiver comando saúde em eles vão descobrir fal: "Pô, qual que será?
Meu pai achava que era, né? " Eu tenho, eu tenho o maior orgulho de de fazer o podcast por conta disso aí, sabe? Tipo, eu acho que quando tiver bem velhinho ou talvez não tiver aqui, vai ser uma chance para eles assistir isso daqui.
Um legado. Mas também eu fico pensando, eu acho que eles vai olhar e não vai se interessar por nada do que rolou aqui. Você tem autoestima baixa, né?
Não, não é autoestima baixa assim. Será que não é autoestima elevada demais? Não v se admirando em nada que você faz, nas coisas que você fez.
Não, eu eu eu admiro para [ __ ] Assim, você acha que eles vão olhar no futuro e não vão se interessar? Ah, porque talvez os tempos vão ser outros, assim, talvez não vai ter, pô, não vou me interessar por podcast, sei lá, eles não, mas eles vão interessar pelos vídeos do pai deles, não necessariamente é podcast. Igual, eu me interessava para caramba por televisão.
Hoje eles não se interessam por televisão, né? Então, talvez, ah, hoje eu pela referência paterna, eles vão se interessar porque o pai deles tá lá, não é pelo podcast, é, não é? É, seria muito legal assim se interessarem his falar que eu era bonito lá.
Seria legal eles se interessarem pela história. Eu acho que o Robertinho é psicopata, ele tem capacidade de falar que um fio é bonito, o outro é feio e não sofre por isso. É, tô brincando, né?
Não, pode ser, pode ser. Eu tenho, eu, eu tenho algumas maldades assim, como é que é que você gostava de falar? perguntas que a gente pode fazer assim para tem testes, tem vivência, observação, comportamentos, mas perguntas básicas assim, existem algumas que talvez a gente pode perguntar pro Albertinho aqui para ver que ele responder.
básicas, não. Vamos, vamos tentar fazer um diagnóstico do pesquisa que nos Estados Unidos em Harvard. Não gosto.
Que porque o psicopata ele tem problema com empatia, ele não é empata. Ele não sente, não sim, ele não consegue. E o bojo ocorre por empatia.
Se eu bocejar aqui agora, daqui a pouco você tá bojando. Ele também já percebeu isso? Verdade.
Até o feto, né? Bojo é um ato de imitação. Hum.
Uma das coisas que o psicopata não faz, pode ter 200 pessoas bocejando, isso é pesquisa de Harvard, pode ter 200 pessoas bocejando ao redor dele. Foi feita uma pesquisa com 100 psicopatas, ele não boceja, não tem empatia com ninguém. Se eu tiver acabado de bocejar e se bocejar eu bocejo de novo.
Sabe que bocejo é um ato de imitação. Sim. Seu cérebro é porque, na verdade, quando eu bocejo é o meu cérebro dizendo para mim da necessidade de oxigenação.
E ó, só de eu falar tô com vontade de bojar. Eu tive a minha sensação. Meu cérebro tá me contando sobre a necessidade de relaxamento e oxigenação do cérebro.
Então eu puxo. Ah, então quando eu faço isso, o seu cérebro entende também. Ah, é mesmo.
Então eu também tô precisando. E aí vai, e aí vai, e aí vai. Então, bojam atitação.
Em geral, a cada 10, nove psicopatas não bocejam quando alguém boceja perto. Teve, teve uma vez que a gente viajou com o padre Fábio, a gente foi para São Paulo com o padre Fábio, né? E aí a gente voltou na madrugada e aí tava todo mundo dormindo dentro do carro e a gente foi conversando, né?
E aí eu comecei a contar a minha vida assim pro padre Fábio, né? E o Robertinho e o Pedro tava atrás do carro. Eu contei coisas que eu nunca tinha contado, assim, eu contei, pá, pá.
É, eu fiz, é, nem foi uma confissão, eu tava mais tratando ele como um terapeuta naquela hora do que como um padre assim, não queria, eu queria economizar. É, eu não queria que o padre fizesse, ó, tá, tá absolvido os seus pecados. Eu não queria uma absolção dele, né?
Mas eu contei para ele para ver o que que ele achava. O Robertinho e o Pedro tava atrás dormindo. Um momento eles acordaram assim e eles ficaram encabulados, tipo assim, [ __ ] velho, pesada a vida desse cara, pesada a vida desse cara.
Contei umas paradas [ __ ] né? Fui contando, contando, contando. No final, o padre virou e falou assim: "Ó, a pessoa mais normal é a sua mãe dentro da sua casa".
E tipo assim, do jeito que eu contava para ele, a minha mãe era vilã. A minha mãe era vilã e o padre falou assim: "A pessoa mais normal da sua, a pessoa mais normal da sua casa é sua mãe. " Eu falei: "Caralho, velho, foi a primeira vez que alguém falou isso para mim".
E você parou para refletir sobre isso? É, eu dei uma deu uma refletida assim, porque o padre ele é sensato em algumas posições. Fez sentido o que ele falou?
Cara, se fizer muito louco. Se fizer é muito louco. Se fizer esse sentido assim por ele chegou conclusão que acho que eu acho que não faz tanto sentido.
Eu acho que ele deu uma Eu acho que ele deu uma zoada assim, mas é, eu por que ele chegou à conclusão que a sua mãe é a pessoa mais saudável porque ela foi embora. Não, pelas acho que pelas coisas que ele falou, né, que ela falou umas verdades, algumas coisas assim, pegou e falou: "Pô, sua mãe é a mais sensata da sua casa e todo, tipo assim, pra gente minha mãe é a louca, né? Minha mãe que toma uns remédios, tal, não sei o quê.
Então ela que é doidona mesmo, né? Talvez ela toma remédio para suportar a realidade ao entorno dela. Então, e aí o padre falou assim, ó: "Foi a pessoa mais sensata de sua casa é a sua mãe, né?
" né? E foi louco isso daí também, porque eu criei uma dependência com o padre Fábio de ter que conversar com ele e contar as coisas para ele, sabe? É porque te fez bem, né?
Você deu vazão a pulsão. É, você deu uma descansada, foi bom seu ouvido. A ponto de ficar agonizante assim, né?
Que teve aquele dia que a gente ficou tretado, né? E aí eu falava assim: "Puta merda, velho, eu não posso ficar tretado com padre de fábrica. tem que contar as coisas para ele, velho.
A ponto aí daí eu fui atrás dele várias vezes, fui dando um tempo assim, né? Pô, padre, padre, padre, padre, até ele fazer, até ele falar assim: "Não, beleza, a gente tá de boa". Aí a hora que ele falou assim: "Não, a gente tá de boa, eu falei: "Uf, é o é o que muito acontece com o paciente.
Às vezes o paciente desenvolve uma dependência do terapeuta porque ele nunca na vida se sentiu tão ouvido, né? Então, só que essa é nesse ponto que eu quero chegar. Porque essa dependência pode ser assustadora em algum ponto, não?
Assustadora para quem? Pro terapeuta, psicanalista. Mas aí a gente aprende uma técnica que se chama contratransferência.
É normal o paciente transferir, mas eu preciso contrransferir. Se eu ficar na transferência, eu adoeço. Então você transfere para mim a sua carência.
Você adora ser ouvido pela Andreia. Eu sinto essa necessidade, eu sinto essa dependência. Eu fico agoniada quando eu não tô bem com a Andreia.
Eu, como Andreia, preciso identificar durante a sessão isso em você e contratir, devolver isso para você. Se eu não faço isso, eu adoeço. Por isso, psicanalista faz supervisão com outro psicanalista, porque ele tem que aprender a contransferir.
Então, por exemplo, um paciente, sei lá, em alguma situação, por alguma coisa que ele tá vivendo, ele ele ele desenvolve um desejo sexual por mim. Isso não tem que me assustar, mas eu preciso contransferir. Então ele transfere um desejo que deveria ser pela mulher, pelas pessoas ao redor dele, parceiras, enfim, ele transfere esse desejo para mim.
Isso para mim é muito simbólico. Não é para me assustar, mas eu preciso devolver. Então vamos supor que fosse você o caso.
Você numa sessão fala que me deseja por alguma questão. Eu precisaria absorver isso e voltar isso com você. Rodrigo, eu preciso entender o qual é o tipo de percepção que você tem a respeito do seu desejo.
Porque comigo, o que que eu te remeto? Essa figura de autoridade, essa figura de sabedoria. Por que que você desenvolveu esse desejo?
Por mim, que tipo de mulher durante sua vida você teve experiência? Que tipo de mulher que você tá procurando? Que tipo de carência tá desenvolvendo?
Tá vendo como eu usei o fato? Voltei ele para você? Uhum.
Se eu não faço isso, eu adoeço. Mas você adoece? Adoeço porque aí de duas uma.
Ou eu vou paraa minha casa pensando, nossa, que que aconteceu? O que que eu fiz? Por que que esse paciente tá me desejando?
Em que momento da sessão eu criei isso nele, não sei que, não sei quê, ou eu confundo essa história, começo a embarcar nessa. É, é que é uma opção. Então, quando o paciente transfere, eu preciso contratir.
E aí acontece nos mais diversos aspectos. Uma vez eu precisei desmarcar uma sessão e aí o paciente surtou. Aí no outro, e aí eu percebi o surto.
Olha a transferência, olha a dependência dele ter surtado a ponta da mulher dele e me mandou uma mensagem. Nossa, André, o fulano ficou super mal que você desmarcou. Não faz isso mais não, não sei o quê, não sei o quê.
Olha a dependência. Na sessão eu voltei isso com ele, falei: "Olha, eu percebi, eu desmarquei para uma situação de saúde que eu passei, mas eu percebi que você ficou muito transtornado. O que que aconteceu?
Olha eu devolvendo. " E aí ele falou: "André, aconteceu que eu já fui abandonado por vários terapeutas. Eu acho meu caso muito complexo e eu achei que você seria mais uma pessoa me abandonar.
Olha a palavra abandono. Aí o que que eu, se eu não contrato, o que que eu faço? Nossa, é mesmo.
Podia ter desmarcado, não. Nossa, o paciente precisa tanto de mim. Nossa, eu sou péssimo.
Por que que eu desmarco? Eu tinha que me virar. Ou se não me achar, não, mas eu sou fodona mesmo.
O cara é dependente de mim. Eu tenho que criar isso mesmo. Uma dependência nos pacientes, não sei quê.
Eita. Dá uma parada ruim em você depois, né? Começar, então sempre que o paciente transfere eu tenho que devolver e contransferir, senão eu adoeço.
Nossa, senão eu entro numa parada. É uma impressão minha ou é muito comum o paciente sentir algum tipo de atração pelo É muito comum. É muito comum porque você é a figura da autoridade.
Lembra o professor, lembra o policial, lembra o médico, lembra a enfermeira. Por isso você tem que devolver, porque não é sobre você. Se você entra nessa, você quebra a sua cara.
O paciente não tá desejando André Vermon. Ele tá desejando aquela figura de poder. Uhum.
Talvez o dia que eu deixar de ser a terapeuta dele, me envolver com ele, me transformar na namorada dele, ele perde o desejo. E tem atendimentos que são mais complexos para você? Tem atendimentos que são extremamente complexos, especialmente com narcisistas, com psicopatas.
Uma vez eu tava atendendo uma menina, inclusive filho de pastores. Criança em geral se atende em desenho. A criança mostra muito no desenho.
Tá lá desenhando não sei quê, não sei quê, não sei quê. Tô doida para te mostrar a hora que acabar o desenho. Falei: "Ah, que legal".
Não sei quê. Terminou o desenho. Ela desenhou uma bonequinha segurando uma outra bonequinha toda sangrada, toda escortejada, não sei quê.
Aí eu falei, aí eu olhei pro desenho e falei: "Que que é isso? " Ela falou: "Essa boneca com a faca na mão sou eu e essa boneca tudo furada é você". Caraca, mano.
Aí do lado da mesa dela tinha uma estátua de bronze que eu tinha no consultório. Era uma criança já psicótica, uma criança insurdo psicótico. Então não era uma criança normal, era uma criança que veio com a psicopatologia.
No momento em que ela faz esse desenho, eu fiquei extremamente assustado. Falei: "Se essa menina alcançar essa estátua de bronze aí, rumar na minha cabeça aqui, não dá tempo nem de eu gritar. É n situações que acontecem com você faz o tratamento sequencial disso, Andre?
Como que você segue com isso? esse dia. E aí, e eu não tenho menor dificuldade de falar sobre isso, sobre as minhas fraquezas, porque eu sou um ser humano.