Eu sangro todos os meses | Morena Cardoso | TEDxFloripa

e aí e aí e aí o seu sangue todos os reis olá eu sou uma mulher que sangra todos os meses e possivelmente durante toda a minha vida sério que vai ser assim eu tenho certeza que aí sentada nessa foto aí a tem várias mulheres que também sangram todos os meses vocês vão mente do seu lado tem alguém que sangue todo mês talvez seja alguém sangrando nesse momento é porque ninguém fala sobre isso é algo tão natural e é por isso que eu vou falar comigo e se você não sangre você tá pensando ah então

esse assunto ele não é importante para mim ele representa eu convido vocês a refletirem sobre isso porque em verdade você possivelmente se relaciona intimamente com alguém sangra e você nunca sequer se questionou que significa e eu digo também que se não fosse pelo sangue menstrual você não estaria aqui hoje sobre o solo desta terra viva porque o sangue esse mesmo sangue menstrual é responsável pelo potencial reprodutivo da espécie humana só e quando eu menstruei pela primeira vez ninguém falava muito sobre isso grande sabor né e eu repetia com vergonha vicente assustada com medo me sentir

ali com uma certa censura era algo que eu achava particularmente estranho parece que todo mundo lhe dava com isso com uma certa naturalidade forçada as minhas cenas de primeira menstruação era mais ou menos assim eu levantando da carteira no colégio e nem uniforme da escola todo sujo de sangue ou eu andando na rua e um cachorro enfiando por cima das minhas partes íntimas ou naquele verão intenso brasileiro ao suando com aquele plástico e dando alergia ou eu tentando enfiar um obreiro lugar que eu nunca tinha chegado nada é ou eu com as minhas amigas trocando

absorvente o pedindo emprestado e passando como se a gente tivesse traficando droga o vídeo que que eram aquelas propagandas de mulher com calça justa branca andando a cavalo supostamente menstruada escrito sempre livre e aquele sangue azul meu sangue é vermelho e quando eu olhava aquele sangue azul eu realmente me sentia um pouco estranho não pertencia a e agora pergunto para você e quem aí na plateia conhece alguém ou tem essa experiência pessoalmente que não gosta de menstruar quem aí na plateia conhece alguém ou pessoalmente não gosta de menstruar e olha olha que não continuem com

as mãos bem levantadas e se olha oi gente será que ela falando besteira agora levanta a mão quem ama menstruar ah não pera aí não faz tanto barulho que a gente vai achar que muita gente é só isso ah tá ei eu menstruo todos os meses atividade festa se você também e é isso que a gente tem como resposta e depois de algum usando da minha primeira menstruação eu tive um desequilíbrio nos ovários e me fez questionar a respeito de como ele dava para o próprio corpo de mulher na época já fazer algumas pesquisas sobre

povos originarios viajar o mundo em diferentes posições do terceiro e nesse momento eu decidi focalizar minha pessoa o endereço de focalizar minha pesquisa em mulheres da tradição e mantinha o de alguma forma acesa a sabedoria desse essa sabedoria ancestral dos sempre esse ser mulher a primeira vez que eu entrei em contato com isso que eu ouvi foi você precisa reconectar com a sua menstruação não sei não mas espera eu tô anos criando técnicas muito requintada de não ter que lidar com a minha menstruação e agora você vai me dizer que eu preciso reconectar com a

minha menstruação e eles eram sim isso foi meu primeiro encontro de abuelas no peru na nos andes agulhas andinas de mulheres a tradição amandinha e claro sim você precisa plantar a sua lua parecer ritualmente o seu sangue para terra nua segundo elas é diferente de menstruação por que a menstruação faz uma menção algo linear como algo do mês né e a lua é um ciclo assim como a lua no ciclo menstrual e e é vão para a lua seria então oferecer o meu sangue para terra ritualmente fazendo uma oferenda agradecendo a essa grande mãe terra

grande a kety pelo feminino por todas as bençãos de ter um corpo mulher eu falei e aí então não se você fizer isso você vai limpar os seus traumas as suas dores os seus medos toda essa informação que existe nos seus vários você o útero e talvez seja que causam desequilíbrio falei ó não custa nada tentar só que para eu tentar eu teria que usar as presentes deixar de usar fazer sustentáveis e usar as presentes em qual loja o parecer um pouco absoletos aos caminhos da vovó mas eu fui descobrindo com o tempo que na

verdade eu estaria deixando de jogar na terra 10 mil absorventes mais ou menos o que uma mulher durante a sua vida série e eu deixaria já tá contribuindo para os seus milhões absorvente que são jogados na terra todos os dias e que demoram mais ou menos 100 anos para fazer com pó ligação interessei pelo menos eu não tô conseguindo com ela senão a seguir e além de tudo isso eu fui descobrir que os absorventes descartáveis eles tinham toxinas que podiam que estavam diretamente em contato com mesmo rosa e podiam me causar câncer e infertilidade síndrome

do choque tóxico causa morte ninguém fala sobre isso e ai eu acompanho com copinho paninho né aquele paninho assim que você pega ela foi mais tranquilo mas o que que aconteceu eu tive que assumir que eu tava menstruada porque se antes uma presente de plástico eu pegava ele enrolava jogava fora e passava pelas minhas amigas vamos ver se está ficando droga esse paninho eu tinha que colocar no balde com água e você ficava o balde cheio de sangue e eu tinha que lavar o caminho que segurar o carinho no varal então você passar o celular

ao vivo meu paninho e eu tinha que tirar você mandou eu passear com ele onde é que eu fosse e às vezes a gente guardar o coelhinho com sangue na bolsa para chegar em casa ela vai depois então eu tive que assumir para as pessoas que eu tava menstruada em verdade eu tive que assumir para mim mesma eu sangrava isso é um processo bem interessante um segundo momento com o copinho sempre copinho coletor é o seguinte você imagina você ensinar um copinho no seu canal vaginal ele tá no vácuo cheio de sangue menstrual e você

tem que tirar esse copo o banho de menstruação o desastre os primeiros dias foi um desastre contente eu fui aprendendo e com o tempo fui aprendendo também qual que era o meu sangue saudável eu comecei a ver qual é a cor do meu sangue qual era a textura saudável do meu sangue qual era o fluxo volume de fluxo do meu sangue sim ou não com água e comecei a observar inclusive e deixa seu estado mental dependendo do meu stress do meu cansaço esse sangue e esse fluxo água eles também mudavam isso foi um processo bem

interessante também de apropriar da minha saúde não precisa colocar na mão de terceiro a minha menstruação a minha saúde ao controle do meu corpo eu sou eu uma planta da minha lua achando lindo achando maravilhoso aí eu comecei a hora com outras coisas muito bizarras na minha vida depois isso assim assado elas falavam né que quando você fez isso aqui tá certo milagres aconteciam que você procurava você com criar uma coisa elas diziam que o sangue era o instrumento de magia de poder só que eu não vou falar detalhes sobre isso porque eu ainda tô

curando desde o século 15 o meu trauma de ter sido queimado na fogueira então a gente deixa de ser uma conversa mais íntima depois tá eu tava falando a minha lua só que tinha uma coisa que ainda me incomodava muito a respeito da menstruação e era o fato de que eu me tornava improdutiva quando tava sangrando a cabeça eu tinha cólica eu falei paciente eu não conseguia raciocinar direito então enquanto tá todo mundo daquele mundo louco capitalista produzindo linearmente ai eu precisava só da minha cama eu não queria para você isso me incomodava muito porque

a gente tem um mercado de trabalho muito competitivo então na floresta de sequelas estados unidos eu conheci uma boa ela também é uma mulher dessa escala rosa que ela me disse que na tradição dele as mulheres elas enquanto estavam menstruadas entravam dentro de uma tenda que ela sendo a vermelha e ela se recolhiam entre elas e elas não precisavam fazer nada para a comunidade aquele no momento que toda a comunidade entendia que elas recebiam visões intuições a respeito do que fazer no próximo ciclo de seus mais importantes dentro da comunidade ela falava também que nesse

momento da menstruação e do recolhimento é o momento de maior potencial intuitivo da mulher e quando ela recebe as visões que ela precisa para o próximo 5 e era um momento as mulheres tampa seus cabelos conversar vamos se cuidar você amava pra cá vão saber eles falavam mal do marido e era um momento que elas tinham para elas mesmas como senso de comunidade sabe e aí eu pensei gente super legal eu chamei minhas amigas mas não sei o trabalho de uma vez esse semana feriados ou mais colo luta muito na minha realidade só que eu

fui descobrindo com o tempo e pequenas mudanças eu pudesse fazer na minha vida na minha rotina e um grande benefício por exemplo sair do trabalho eu tava um dia exaustivo de trabalho para casa e me recolher é para ficar olhando a vida dos outros lá no instagram e acender uma vela são olhinho essencial no meu bem sempre colocar uma bolsinha de água quente nas respostas bandeirinha nos pé o vírus nos próprios pensamentos e respiração e cuidar e foi uma grande diferença porque eu entendi nesse momento que eu não precisava ser uma super-heroína o tempo todo

uma super mulher eu tinha sim o direito de descansar um e isso me fez refletir também sobre o que que nessa comunidade lakota tradicional usa a comunidade apoia a mulher nesse movimento de recolhimento os homens inclusive imagina eu chegando o meu trabalho falando é seu chefe aqui comecei a sangrar hoje vou ficar 5 dias ali tá na me atenda vou receber umas inspirações para os projetos do próximo ciclo daqui a pouco eu volto amor cuida das crianças vira aí tá que eu vou aí para você fazer ele com as minhas amigas eu volto rezar por

nós e não é a nossa realidade realmente desse na nossa realidade porque quando a gente se recorda a gente não tá mais servindo aos números do capitalismo olá seguindo pouco mais com várias dessas desconstruções através do sangue menstrual eu tinha uma coisa que ainda me incomodava astros da mente e menstruar eu não sei vocês mas eu sou uma pessoa que é o forma de manhã e eu pergunto tenta aí e cada dia uma nova morena que estudou cada dia uma nova pessoa que falei e isso é muito confuso para mim diziam que eram os hormônios

tava demônio é um caos por que imagina nas relações íntimas era super difícil né algum dia eu tava solteira amorosa super acolhedora no outro dia eu tava ríspida trava estou ainda né todo passado é assim eu só sei como lidar né e aí cada dia de um jeito cada dia de uma nova forma se eu coloco o projeto para o futuro aí depois eu mudava de ideia porque agora o meu interesse é um depois eu me interessei a outro e até que me disseram ele só tende para de nicole de uma parteira chamar outra lena

ela falou que as mulheres são cítricas e elas são como a lua e ela me falou que se você estudasse os diferentes padrões do seu ciclo menstrual você começaria a encontrar se cuida do que estava se repetindo a cada novo ciclo o ou seja não era um caos não era uma grande surpresa esses padrões ele se repetindo de tempos em tempos dependendo de onde eu estava no meu ciclo e aí eu não conseguia não somente prever o que ia acontecer mas também usar cada um desses momentos com cada uma das suas características como uma potencialidade

para agir de uma forma diferente no mundo se é o momento de recolher eu recolhi o seu momento de sair porque eu tô com a mente mais linear com mais do segmento é isso que eu faço eu sou mais amorosa é isso eu dou amor e seguindo esse fluxo de forma mais equilibrada ela dizia que as mulheres são como a lua e quando elas são menstruação como a lua nova elas são como a semente ela só como inverno elas uma semente latente embaixo da terra nos seus labirintos subterrâneos no escuro um lugar que não se

enxerga com os olhos lugar visível ela dizia que a mulher quando para de menstruar ela sobe como uma flor que germina ela sobe começa a primavera como esse sol que vai nascendo e ela tem uma energia fresca e renovada ela tá aberta para o mundo ela disse que quando a mulher ovula ela tá no máximo no whats e da cristã e ela disse quando a mulher para a última fase do cinco ela é como a lua minguante ela é como outono ela começa a cercar suas peças ela começa a secar e cair as suas folhas

as suas coisas que vão em direção ao chão para proteger a raí a receber o inverno mas quem é que serve lingua quem quer perder essas peças e quer voltar para raio é engraçado tem um pouco do movimento de expansão e crescimento a isso deram o nome de tpm e eu aprendi como abuela uma mulher da tradição do méxico e tpm tempo para meditar e ela me dizia assim não minha filha você não você não deixa de ser quem você é quando você tá na tpm você se torna em verdade quem você é quando você

tá na tpm sem máscara e que benefício maravilhoso é esse a gente pode ser real com a gente mesmo ela disse para a gente renascer a gente precisa saber morrer e ela disse no início do ciclo e nessa última fase é o momento que a gente olha para aquilo que a gente viveu no nosso último assim a gente pensa e se questiona o que que eu não quero mais para mim o que que eu deixo para farra e esse é o momento que nos gera talvez uma reatividade uma agressão porque não está consciente e quando

a gente usa essas informações conscientemente para trazer as transformações que a gente quer para nossa vida e manifestar realidade que a gente realmente deseja o que realmente eu quero até termino traz essa clareza ela traz a sombra à tona em diante de tudo isso eu pergunto hoje para você se você pudesse dizer alguma coisa para sua menina é aquela que menstruou pela primeira vez o que você diria e a sua menina que você foi um dia ou a sua menina sua filha ou sobrinha a sua irmã a sua mãe que você diria para elas no

momento que ela se torna mulher se ela recebe pela primeira vez esse sonho e eu particularmente de algo bem diferente eu disse para menina naquele momento e eu diria minha menina que sim eu quis durante muito tem que ser homem ele fica não menstruar mas se conhecendo esses hábitos entende que o meu corpo mulher é uma grande pro tempo bom dia para ela que se tratando de ser mulher pessoal é político sul quem diria para ela que a gente vive numa sociedade que sistematicamente nos as pastas o nosso potencial entre ichigo da nossa força excessiva

do nosso poder visionário e eu diria para ela que sim ter ou não uma vagina definir os nossos privilégios nosso lugares fala os nossos papéis sociais e eu diria minha menina que sim a gente vive numa sociedade antropofa lu ego logo cêntrica todos os palavras numa palavra só misóginas e machistas e objetifico os nossos corpos erotismo os nossos corpos se preocupando os nossos corpos que normatiza o corpo feminino é mas eu diria a minha menina e sobretudo é amar o seu corpo mulher é profundamente revolucionária obrigado [Aplausos]