Relatos de Caseiros - A Procissão na Estrada terra

Boa noite meu nome é Evandro sou nascido e criado em Lima Duarte uma cidade de Minas Gerais sim é a cidade do ator Lima Duarte ele adotou esse nome artístico em homenagem à cidade antes ele se chamava arines Venâncio Martins mas muito bem sou caseiro em uma chácara nos arredores da cidade Trabalho há 13 anos aqui o dono cria peixes para o comércio local e eu ajudo na Guida junto com outros funcionários durante o dia e durmo na chácara para tomar conta gosto muito de trabalhar aqui mas vou ter que pedir conta não posso passar

pelo que passei na noite da semana passada a casa da Chácara fica Beirando a estrada de terra em uma estrada longa uns 80 m de comprimento coberta de árvores e capim a casa fica quase no meio dessa estrada conversando com meu patrão ele me disse que na rodovia à frente que passa em frente à chácara uma rodovia de asfalto lá pela década de 80 aconteceu um acidente com um ônibus e um trator foi uma tragédia na época o ônibus pegou fogo e caiu em uma ribanceira ninguém sobreviveu havia pessoas velhas crianças e mulheres entre as

vítimas nesse dia do acontecido Era uma sexta-feira santa eu moro com a minha companheira Dona Lúcia e meu papagaio chamado corote Sim coloquei em homenagem àquela bebida esse danado quando chegou aqui em casa ele não podia ver um copo de bebida que já ia saindo bicando e tomando tudo ô bicho arriado do cão Vocês acreditam que teve uma vez que eu tive que deixar ele preso na gaiola porque ele solto ele não podia ver um copo com restinho de pin que saía bicando a danada ele conseguia ficar mais bêbado que meu cunhado e olha que

meu cunhado capotava pelas estradas sem contar a vez que ele fez eu perder a amizade com o amigo esse amigo me contou um segredo na rua e eu contei para minha esposa e o capirotinho ouviu não foi que um dia meu amigo chegou em casa para almoçar com a gente e o danado contou pra esposa dele o que ele tinha me Eu juro por Deus ele tem uma inteligência de poucos viu meu amigo só faltou me bater quase que ele perdeu o casamento bem havia combinado de irmos à procissão da igreja na Noite nas cidades

do interior de Minas as pessoas se envolvem nisso a procissão de rua se desenrola com serenidade e fervor religioso à medida que fiéis segu uma rota cuidadosamente planejada as pessoas caminham carregando ícones religiosos velas acesas e Flores enquanto hinos ressoam no ar o som do sinos de igreja Eco criando uma atmosfera solene a multidão é guiada por líderes religiosos vestidos em trages litúrgicos enquanto a devoção festa através de orações murmuradas e expressões de fé as ruas são adornadas com coloridos tapetes florais e a procissão cria um momento de comunhão espiritual conectando as pessoas a sua

fé em uma experiência coletiva é um evento muito bonito de se ver eu havia combinado de sair de casa às 6 horas da noite daria tempo de chegar a cidade e acompanhar o início da Quaresma então lá fomos nós e levamos Pitoco conosco o nosso cachorro ele chega lá e deita em um canto da igreja fos direto pra missa foi uma missa muito bonita depois nós dirigimos pra rua pegamos nossas velas e começamos a acompanhar a procissão foi tudo muito bonito ao finel dela nós resolvemos ir embora para casa nós chegamos em casa acendemos o

fogão a lenha e eu fui dar um tomate para o corote assim que cheguei na sala onde ele fica já dei boa noite para ele no que Ele respondeu boa velho safado velho safado Boa olha não sei onde esse papagaio aprende Isso deve ser às vezes que levo ele no bar comigo e o pessoal fica and com ele comemos um biricotico por lá Lambi uma cachacinha e fomos nos deitar de repente começo a escutar corote gritando ele não falava nada apenas gritava me levantei e fui até onde ele estava cheguei perguntando o que tinha acontecido

ele apenas gritava e apontava pra rua cheguei até a janela e olhei para Fora estava uma noite Clara a lua cheia dominava no céu olhei para todos os lados não havia nada Me virei para carote perguntando se ele voltou a beber mas começa então a ouvir um sino um badalar bem lento e bem longe fraquinho fraquinho voltei à janela para olar de novo ela é de madeira com aquelas frestas comecei a espiar e ao longe vi uma claridade de uma vela na escuridão da estrada ai égua achei estranho por demais o que diabo seria isso

aquela estrada não é movimentada quase nunca passa alguém ali ainda mais nesse horário fiquei cismado nesse momento corote parou de gritar e e só falava uma palavras coisa ruim vindo coisa ruim vindo ele repetia apena isso a cada 10 segundos eu mandava ele ficar calado e olhava para fora de repente comecei a ver várias velas acesas e vários sons de sinos bem mais próximo agora já dava para ver as primeiras silhuetas eram de homens crianças e mulheres caminhando pela estrada ora essa a procissão já havia acabado isso não era coisa de Deus corote parou de

falar e se recolheu em canto ele estava muito assustado quando a processão foi chegando mais perto de casa pude ver aquelas coisas elas estavam fruto estavam com uma roupa toda preta capuz cobrindo a cabeça seus rostos eram quase esqueléticos segurava uma vela em uma mão e um sino na outra e viam tocando pela estrada nesse momento me afastei da janela lembrei da história que minha avó contava era assim Reza a lenda que nessa época do ano os mortos saem do cemitério em procissão e vão até a igreja passando por todo o Centro Histórico conta-se que

certa vez uma mulher muito conhecida na cidade por ficar vigiando a vida Leia abriu a janela no momento em que passava essa procissão dos mortos em sua rua um dos integrantes do cortejo saiu da vila e entregou-lhe uma vela acesa que foi depositada ao lado de sua cama no dia seguinte quando a mulher acordou percebeu que a C vela havia se transformado em um osso à noite Ela ouviu alguém chamando pelo seu nome e ao atender a porta deparou-se com o esqueleto que lhe pedia esse osso a mulher tomou um grande susto caindo morta ali

mesmo na processão do ano seguinte essa mulher foi vista nessa processão assumindo o primeiro lugar da fila bom eu peguei o orote do seu poleiro e deitei no chão encolhido enquanto aquela coisa passava lá fora graças a Deus minha companheira não acordou lembrei do Salmo 27 e comecei a orar sem parar de repente vejo corote saindo de perto de mim começo a chamar ele baixinho mas o danado não vem então ele dá um pulo em direção à janela e vo até ela se prende na janela com as unhas e fica olhando lá para fora e

começa a falar sem parar coisa ruim chegou coisa ruim chegou ele repetiu isso por umas cinco vezes e de repente travou feito pau de cerca e caiu durinho no chão eu fiquei imóvel até a cantoria e se nos pararem e só depois F ver o que havia acontecido com ele não teve jeito corote bateu as botas estava mais duro que tudo eu não vou mentir Escorreu uma gota d'água dos meus os no outro dia enterrei corote no quintal e rezei por ele nunca mais quis ter outro papagaio de manhã fui até a igreja e conversei

com o padre Ele me disse que esse tipo de relato é normal todas as comunidades mais afastadas relatam terem visto essa procissão Ele disse que iria mais tarde minha casa rezar e benzer o lugar porque onde a procissão passa costuma deixar espíritos perdidos pelo caminho bom gente esse foi meu relato Espero que tenham gostado uma boa noite a todos