a cabo lá na mata Serenou a Caboclo lá na mata Serenou levantei Bandeira PR Caboclo Imperador levantei a bandeira pra Caboclo Imperador a Caboclo lá na mata Serenou a Cabou lá na mata Serenou levantei saa Bandeira PR Caboclo Imperador levantei sa Bandeira PR acabou o Imperador tava na beira do rio quando o navio apitou tava na beira do rio ou quando o navio apitou já levanta tambozeiro levanta a bandeira porque o Caboco João da Mata chegou já levanta tambozeiro levanta a bandeira o que o caboclo Jão da Mata chegou eu tava na beira do rio
quando o navio apitou eu tava na beira do rio quando o navio apitou o tchá levanta tambozeiro levanta a bandeira que o caboclo João da Mata chegou tchá levanta tambozeiro levanta a bandeira o que o Caboco João da Mata chegou tava na beira do rio quando o navio apitou tava na beira do rio ou quando o navio apitou já levanta tambozeiro levanta porque o Caboco Jão da Mata chegou tch levanta tambozeiro levanta a bandeira o que o caboclo João da Mata chegou eu tava na beira do rio quando o navio apitou eu tava na beira
do rio quando o navio apitou á levanta tambozeiro levanta a bandeira que o Caboco João da Mata chegou tch levanta tambozeiro levanta a bandeira porque o Caboco João da Mata chegou PR mim é além de de rito além de uma dança além de uma festividade eu digo que é um um estilo onde a gente conhece né aquele costume pronto essa é a palavra para mim além de dança além de festividade ela vai mais para um costume né o telec é todo um conjunto sabe toda uma vivência aonde a gente preser Aquela festividade onde a gente
sabe onde só ali a gente pode observá a gente pode se integrar ali aonde a gente presencia eh a sintonia das entidades os ritos os preceitos de cada casa de santo que a gente visita e aonde a gente tem essa essa singeleza onde a gente tem essa resiliência aonde Independente de qualquer rito né Cada rito para uma casa é diferente dentro do terecô a gente se torna um porque cada um acompanha aquele ritmo entendeu o teric para mim é isso é um uma vivência bom o teric para mim é pertencimento esse contato com ancestralidade é
essa força de energia que que nos move principalmente pela pela forma como ele nasce como ã o as as doutrinas os cânticos a a história por trás da da de cada de cada guia de cada indicador chá que eh acaba repousando aqui que encontra essa casa que a gente conversa com eles a forma como ele viveu essa forma como ele se encantou essa essa o princípio da encanteria que é a vivência desses grandes que eh se foram mas se encantaram e entraram dentro essa grande corrente essa grande corrente ancestral a gente tem essa força no
no Maranhão inteiro é dividido em diversas formas como sebastianismo lá perto de São Luís ã o terecô mais forte para cá o Tambor da Mata a gente costuma dizer que o terecô é mistério a gente escuta muito isso dos mais velhos mas a gente só vai ter uma resposta concreta do que é o terc vivenciando ele né participando do início ao fim né rituais eh tem o tambor tem as sões E assim a gente vai descobrindo o que é o terecô mas se eu pudesse resumir o terecô o que ele representa para mim representa um
retorno as minhas origens né Todos nós temos uma origem e para mim O terecô é retornar à origem africana é fazer atravessia até o continente Africano E aí eu te respondo isso dizendo eh lembrando de uma doutrina né que representa muito e e diz pra gente sobre as nossas origens no terecô E aí eu lembro que a mãe de santo e a mãe pequena sempre cantam ela né que é é Maranhão é terra de nag aí é terra de nagor e tem outra também que nos responde sobre o que é o terecô que é ela
diz assim a b lê a b Lelê esse mundo é de Deus Nazaré a b Lelê e a gente passa muito tempo perdido né tentando encontrar as nossas origens mas o terecô tem a resposta pra gente né a gente consegue Através disso identificar de onde vem o terecô de onde vem os nossos ancestrais E aí nessas doutrinas né e pessoas que não tem um mínimo né não tiveram acesso ao letramento racial elas conseguem entender né que o terecô ele vem lá do continente africano que o terecô ele é nagô que o terecô ele é banto
que o terecô é jeje que o terecô é mina e é isso terecô e muito mais TCU para mim e eu costumo dizer que o TCU para mim hoje em dia é praticamente tudo porque em um momento onde eu estava em Extrema vulnerabilidade um momento que eu estava ali sem uma perspectiva de vida eu conheci o terecô e o terecô ele me acolheu Então como tem um tem um uma pessoa que seou que ele vai dizer que a nossa vida é Começo Meio Começo é para mim também o tô tem sido isso porque eu renasci
entendeu eh eu tinha uma vida aí eu cheguei na parte da minha vida onde não estava numa situação legal e eu conheci o terecô então quando eu conheci o terecô renasci entendeu renasci para várias questões renasci pro encontro das minhas origens renasci para encontro de outra vivência eh pro reencontro de outro formato de organização de relação de relacionamento com as pessoas uma relação de afeto porque quando a gente vem para um terreiro de terecô a gente aprende a questão do afeto a questão da afetividade a questão da união é muito presente no terecô e o
terecô trouxe isso para mim trouxe para minha vivência para mim após o sagrado Supremo após Deus é o meu incentivo é o meu Elo de fortalecimento aqui nesta terra é minha inspiração é onde eu me encontro porque eh é onde muitas pessoas precisam de uma orientação de um conselho de uma base para a construção de uma vida e cada um dessas pessoas que vem aqui no terreiro em busca desses sentidos pra vida me dá sentido também pra minha vida porque a gente vê que a gente ser útil ao próximo de alguma forma principalmente da forma
positiva é algo que só vem a somar só o fato da gente se sentir útil dizendo uma única palavra para alguém que só precisa de uma única palavra de incentivo para mudar a vida dessa pessoa então isso é muito positivo não apenas para essas pessoas que vêm mas também para nós que estamos aqui dentro que temos a graça de ser orientado pelo espiritual no momento que as pessoas precisam isso não é apenas dado a nós que incorporamos e encantarmos nós somos apenas o instrumento O Elo que faz com que essa comunicação seja passada para quem
precisa eu defino o terecô como uma festa para os Encantados é do meu ver meu ver o terecô ele é uma festa para os Encantados porque já trabalha o tempo todo né E aí é um momento de festa para eles é a festa a qual eles vê para para dançar né então eu vejo terec e defino ele como uma festa PR PR os Encantados a umbanda para mim é uma mãe a umbanda para mim é uma mãe até porque eu eu já sou filha e neta de terecô estou até hoje lá e de lá eu
quero chegar de bastão na porta sentar na cadeira f bem velinha lá dentro a festa da casa é a gente faz festa 15 de Maio que homenageando mãe Maria de Aruanda que é a preta velha que é a vó da casa então Aqui as nossas festas é a festa da casa mesmo é 15 de maio mas aí a gente vem e e festeja e 20 de janeiro né que é são Seb a gente festeja também o Gum Guerreiro 23 de abril e temos também a festa de emanjar em homenagem às cambonas da casa que essa
festa de amanj é uma festa das cambonas E aí são as festas que a gente tem Maio preto velho Abril a gente tem o gum Janeiro a gente temo e nós temos dezembro que temos manjar além de de tudo isso a gente tem os tambor semanais né os tambores de obrigação e assim [Música] no templo de um banda com todo respeito faça suas PR concentre o seu pensamento nas coisas divinas em frente ao altar não meixa nas coisas srada espite a umbanda e o pai o ch quem quiser chegar seus anos quem quiser da nossa
Umbanda sempre com respeit todo o povo de Aruanda a nação de zamb Grand para todos tem lugar e as portas estão abertas para quem quiser entrar e as portas estão abertas quem quiser entrar não mecha nas coisas sagradas Não Se comprometa com quem não conhece entrando no templo de um banda todo respeito faça as suas fé você tem o seu pensamento nas coisas divinas em frente ao altar não deixa nas coisas sagradas vai quem quiser chegar seus ambes Nossa trate sempre com respeit povo de aração de Z Grand para todo lugar e as portas estão
aber aqui o nosso principal festejo é o festejo de Nossa Senhora da Conceição que acontece em dezembro a gente inicia dia 29 né a gente tem uma Uma Alvorada então é um tambor que acontece na madrugada e se estende até o amanhecer e aí a partir desse dia nós vamos rezando a novena a Nossa Senhora da Conceição e no dia 7 pro dia 8 nós encerramos com o tambor o dia inteiro Então esse é o nosso principal festejo mas a gente tem a festa de pretos velhos a gente tem o dia 26 que é a
festa de Nanã Então são festas tradicionais né porque a casa já tem 55 anos aqui em Caxias então se tornou uma tradição os nossos festejos [Música] [Aplausos] [Música] aqui vamos vamos sou zelador da Tenda Espírita de umbanda São Jerônimo aqui da cidade de Caxias a qual eh somos uma das casas raízes por assim dizer por seros uma das mais antigas aqui na cidade eh eu sou o segmento não sou o fundador o fundador do templo da casa de oração foi por minha mãe minha mãe biológica e após o falecimento dela eu assumi a liderança da
da casa como zelador conhecido popularmente como pai de santo pai Arnaldo de Xangô eh Muitas pessoas acreditam que o festejo é só o momento ali do do tambor né quando a gente chega e tá todo mundo arrumado mas inicia bem antes né inicia aqui nesse espaço que nós estamos e iniciar com a limpeza da casa iniciar com a organização das comidas quando a gente vai eh desde o processo de cortar carne cortar uma verdura Então a gente tem os pratos típicos e tem todo um né um preparo espiritual mas também tem o preparo aqui dos
médios da casa não são todas as pessoas que trabalham aqui na cozinha então a gente faz o vatapá a gente faz o Caruru da Bahia a gente faz o mungunzá são diversos pratos que a mãe L ela tem um propósito de sempre manter essa tradição desses pratos cantado pra gente é um ser que não nasceu e não morreu né ele existe ele é em sua essência e quando eu falo isso eu lembro muito de uma doutrina que ela diz assim seu Légua não nasceu seu legua não morreu seu lgua foi criado sem beber sem comer
então a as pessoas costumam sacralizar né os os seus seres divinos na sua religião a sua representação de Deus e o Encantado pra gente ele não tá nessa instância sacralizada ele é um ser palpável ele se relaciona com a gente e ele come ele dança ele festeja Ele ama e ele se enfurece e pra gente é isso que o Encantado o Encantado representa e todos esses guias todos esses Encantados nós nos relacionamos com ele com eles né e com elas porque são Encantados e Encantadas é uma relação de zelo nós zelamos o o Encantado né
enquanto ele eles cuidam da gente a gente cuida deles cada terreiro ele é comandado por uma determinada corrente espiritual né o nosso aqui nosso costume a gente zela muito a corrente de légua a corrente de Preto Velho a corrente de erê e também os nossos próprios Guardiões os nossos Exu então é um apanhado de cada uma das sete linhas da banda a gente desenvolve um pouco dentro do nosso próprio terreiro até como forma de aprendizado e ensinamento para quem vem aqui em busca desse conhecimento a gente ensina aprendendo e aprende ensinando e eu vejo essa
religião ela aberta é a todo tipo de diálogo todo tipo de situação O terreiro é algo cotidiano é algo é à vontade algo rotineiro é onde a gente tem esse acolhimento de certa forma a coisa mais casa eu como mulher negra tendo como relação a religião a toda uma questão de resistência toda uma questão da sociedade né eu me vejo como tanto acolhida dentro da religião como fazer dela a minha fala n o meu lugar a minha voz onde eu mostro de onde eu vim dos meus antepassados da religião antiga da minha tataravó que reservada
a um quartinho a minha bisavó praticava na água do do anjo da guarda na vela acendida para ele no terço e na guia até e chegar a mim como herança e praticante do rito eu vejo como o meu lugar de fala eu vejo como o meu aparato o meu sustentáculo enquanto mulher negra enquanto representatividade enquanto mostrar o que que o povo negro ele tem de colaborador dentro da da sociedade em si [Música] [Música] [Música] [Música] né a gente não tem um letreiro enorme a gente não tem nada que identifica uma tenda como identifica uma igreja
e isso foi sendo construído durante a sociedade né a gente sempre foi empurrado pro fundo do quintal para uma periferia para um interior né a gente não não nunca teve esse negócio de se mostrar pra sociedade isso tudo é efeito do racismo religioso né que muito tempo foi coloc colocado como intolerância religiosa na nossa sociedade Mas de fato É racismo religioso por julgar pela cor da pele por julgar por sermos uma religião de pé real mente no chão quando eu falo de pé no chão por sermos a maioria pessoas humildes e não Humildes de espiritualidade
e nós sim existe dentro do nosso país várias entidades que se chamam pode se chamar de resistência e o culto da Umbanda como também do Cobé e outros derivados espirituais que não são os tradicionais que não tenham nada contra eles mas todos os outros que não são os tradicionais que vem da espiritualidade em si de uma forma diferenciada como uma forma de incorporação nós somos Discriminados e dentre outros grupos a gente sim sofre ameaças sofre ataques E tantas outras coisas que para o ser humano racional isso nunca deveria existir por a gente não poder se
manifestar como outros cultos se manifestam com Total apoio e liberdade dentro de toda a sociedade existente a gente quando vai se apresentar em qualquer um local existe sempre uma restrição ex sempre um horário é uma série de coisas que a gente vem S vencendo ao longo dos anos pouco a pouco já conseguimos superar muitas coisas mas ainda falta muito mais para superar e de repente com a bênção de Deus dos orixa e dos encantado onde a gente pode se sentir realmente liberto de todo esse pensamento negativo pra gente também poder dizer eu também tenho o
direito que me é dado por direito dentro da minha Constituição Brasileira eh pra gente né das religiões de matrizes africanas eh a palavra ela tem mais valor que um documento eh são as fontes orais que carregam todo o significado e carregam eh todo o conhecimento herdado dos mais velhos dos que vieram antes dos nossos ancestrais e eh foi através das fontes orais né cantadas e faladas que eu aprendi algo que é muito importante na nossa religião que é um hino a mãe Lídia chama de hino O Hino da Umbanda A gente tem o hino da
Umbanda e tem esse outro hino que a gente chama de conselho e ele diz o seguinte não mexa nas coisas sagradas Não Se comprometa com quem não conhece entrando no templo de umbanda com todo o respeito faça sua prece concentre o seu pensamento nas coisas divinas em frente a Conar Não mexa nas coisas sagradas respeite a umbanda do pai o chalá Não mexa nas coisas sagradas Não Se comprometa com quem não conhece entrando no templo de umbanda com todo o respeito Faça a sua prece concentre o seu pensamento nas coisas divinas emfrente ao altar Não
mexa nas coisas sagradas respeite a umbanda do pai a chal quem quiser chegar se a zamb tem que ser da nossa Umbanda trata sempre com respeito todo o povo de Aruanda a nação de zâ é grande para todos tem lugar e as portas estão abertas para quem quiser entrar e [Música]