nesta Live Bom dia todas as pessoas que estão nos acompanhando nessa Live Eu me chamo Daniela Rodrigues sou colaboradora da escola de conselhos do Rio Grande do Norte estarei aqui na na missão na mediação né dessa nossa Live que é uma parte do processo formativo da da escola de conselhos né Nós estamos agora finalizando a formação dos Conselheiros tutelares do Rio do Norte Então essa Live hoje é intitulada cuidado e proteção em rede ações Integradas da raps e do Conselho Tutelar né Nós já estamos eh chegando à etapa final da formação dos conselheiros tutelares esse
mês de novembro nós temos o último módulo que vai acontecer né no no nos cinco polos como nós já tem tem acontecido regularmente A cada dois meses esse esse mês né nos di no dia 5 de novembro vai acontecer no Polo Natal e no Polo eh de Pau dos Ferros no dia 12 de novembro nós temos os polos de Caicó e Mossoró né o curso acontecendo e no dia 21 de novembro vai acontecer as as atividades no Polo de Santa Cruz então todos os nossos eh cursistas conselheiros tutelares Conselheiros de direito que eventualmente estão também
acompanhando a nossa formação sejam todos muito bem-vindos e a todas as pessoas interessadas pelo tema Quero aqui agradecer já a participação dos nossos debatedores dos nossos convidados quero apresentar a vocês que hoje nós vamos ter aqui nessa Live a professora Ana Carolina Rio Simone né que está aqui conosco professora do departamento de psicologia da UFRN pesquisadora na área de psicanálise saúde mental e atenção psicosocial a quem eu passo a palavra para dar os as boas-vindas aqui aqui nesse espaço Bom dia gente muito bom est aqui com vocês hoje eh Obrigada Daniela pelo convite é um
prazer poder estar tratando desse tema tão importante que é a proteção e o cuidado à crianças e adolescentes do nosso Estado ok nós também teremos o psicólogo Franklin Horácio que é psicólogo da unidade psiquiátrica de Custódia e tratamento do Rio Grande do Norte né e é técnico da área de saúde mental álcool e Outras Drogas da Secretaria Estadual de Saúde eh passo a palavra também a você Franklin para dar as boas-vindas aqui na nossa Live Ok bom dia bom dia a todos e todas n uma satisfação Agradeço pelo convite que foi feito e é uma
satisfação sempre a gente poder tratar um pouco de saúde mental seja em que âmbito for né Espero que seja proveitoso espero que vocês consigam acompanhar participem né Na medida do possível e vamos lá que seja um dia bastante importante de aprendizagem de conhecimento de troca tá bom ok então para dar início né Eu já passo a palavra para professora Ana Carolina eh nós temos aqui uma média de uns 30 minutos para sua exposição Mas fique muito aberta também para para conduzir da forma que você achar mais interessante Então a palavra já está com você tá
certo eu vou colocar então uma apresentação aqui pra gente poder conversar a partir dela eh então gente falar de cuidado e proteção de crianças e adolescentes né nessa articulação da rede de atenção psicossocial com as demais redes de cuidado e de proteção é abordar um tema muito caro para mim muito importante que é atenção psicossocial infanto juvenil e então pra gente começar essa conversa eu vou convidar vocês a assistir conosco um pequeno eh vídeo eh que é um um vídeo de uma música que vai abrir um pouco né Essa nossa conversa a partir de um
convite a considerar os olhares e os modos de se relacionar com o mundo das crianças e adolescentes [Música] menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino meninoo aí Selva de Pedra menino microscópico o peito gela onde o bem é utópico é o novo tópico meu bem a vida nos trópicos não tá fácil PR ninguém é o mundo nas costas e a dor nas custas filhas Opostas la busca fumaça buzinas e abusca lacas na fogueira prende ruaa
sono tipo Slow onde vou vou leio vou vou até esqueço quem sou sou calçada barraco se ponde a voz eas mais ninguém responde miséria soua como pilhéria PR quem tem a barriga cheia piada séria pa diga para nós para eles férias morre esperança e tudo isso aos olhos de uma criança gente carro vento arma roupa po aos olhos de uma criança quente Barro tempo Karma boca nor olhes uma criança mente sarro alento Calma moça sorte olh uma criança sente cigarro atento alma roça morte de uma [Música] criança aos olhos de uma [Música] criança é café
algodão eter P no chão é certo é direção a fé é solidão é nada é nada é certo é coração é causa é danação sonha ilusão é mão na contramão é mão cada é jeito é o caminho é nós é o sozinho é feito é desalinho imperfeito o carinho é se lada é fome é fé osome é medo é tu e é cedo é noite é segredo é choro de Boca calada saudad de v p enquanto tempo faz aesmo não é que esse mundo é grande mesmo a melodia dela no coração tema não perdi seu
retrato tipo Adon Iran em Iracema S Lágrimas do escuro e solidão qu o vazio é mais do que devia ser lembro da minha mão na sua mão eu só enchi de água sem querer aos olhos de uma criança gente carro vro arma roupa poos olhos de uma criança quente farro tempo carma boca moros olhos de uma criança mente sarro alento calma força sorte oles uma criança sente pigarro atento alma doce fortea criança menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino
menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino menino mundo mundo menino então gente não sei se você eh costumam né assistir filmes com as crianças filmes infantis Esse é um filme de animação né a gente tem aqui o o videoclipe do filme que chama eh aos olhos de uma criança né a música e é um convite pra gente poder pensar que quando a gente entra na cena do Cuidado na cena do da proteção com as crianças e adolescentes a gente entra desde um lugar que tem a ver com a nossa posição de adultos a nossa
história eh os nossos pertencimentos culturais e sociais a gente entra com algumas crenças alguns valores alguns modos de olhar que já estão mais ou menos cristalizados consolidados e eh a gente precisa entrar na verdade também muito disponível para suspender ou eh colocar em pausa esse modo cristalizado esse modo pronto de olhar que a gente consolidou ao longo dos anos né até a vida adulta para tentar acessar um pouco o universo tentar acessar um pouco eh Os territórios das crianças e adolescentes e tentar se sensibilizar sensibilizar o nosso olhar a nossa escuta eh os nossos modos
de se relacionar para eh poder tocar ou se aproximar dos modos das crianças e adolescentes de verem o mundo e essa música Ela fala um pouco disso a animação né que a gente assistiu também menino mundo né como que é que uma criança um adolescente constrói a relação com esse mundo constrói o seu mundo e aí é um é um vídeo que traz muitas cores né ã muitas paisagens muitas passagens né itinerários dessa criança pelo mundo e quando a gente cuida quando a gente eh se dispõe a tá numa função tão importante como essa de
vocês né de conselheiros tutelares de conselheiras tutelares com a função de proteger aí os direitos né das crianças e poder acionar redes de cuidado né em situações de vulnerabilidade de violência é muito importante que a gente possa eh encontrar formas de se se eh conectar né com esses modos de ver o mundo com esses modos de estar no mundo das crianças adolescentes e famílias com as quais a gente tá trabalhando eh no automatismo do dia a dia no cotidiano né com tantas urgências que chegam para nós tantas situações difícil difíceis para acompanhar que eu espero
que vocês possam compartilhar algumas delas pelo chat conosco aqui através de perguntas pra gente ir dialogando né eu dizia então no dia a dia né no cotidiano esse duro e difícil dos nossos trabalhos é muito comum isso acontece com todos nós que a gente eh olhe pro outro e para situações muito a partir do modo como a gente pensa do modo como a gente aprendeu a ver as coisas e trabalhar com atenção psicosocial infanto juvenil trabalhar com saúde mental em qualquer ciclo de vida exige da gente poder ter uma abertura A gente chama né ao
outro ao mundo do outro as cores sabores modos de se afetar de sentir que o outro né possui então eh eu acho que esse vídeo ele traz um pouco essa a possibilidade da gente eh imaginar né o quanto é múltiplo o quanto é plural esse mundo do outro e o quanto é um Desafio né a gente poder construir esse canal essa abertura para poder escutar e cuidar né então eu escolhi trazê-lo porque eu acho que ele também contrasta com uma história sobre a qual a gente precisa falar quando a gente tá falando de saúde mental
infanto juvenil de atenção psicossocial infantojuvenil e eu queria começar a minha fala então também trazendo essa perspectiva histórica né Eh a nossa história em termos de saúde mental de serviços de saúde mental no Brasil ela não é desconectada do que aconteceu no mundo né nos últimos eh dois três séculos digamos assim vocês já devem ter ouvido falar dessa história quando a gente ã tinha situações né de Sofrimento situações de diferenças nos modos de de se comportar eh situações que colocavam desafios né paraas sociedades em diversas épocas começou a se construir um modo de se relacionar
com essas situações né que depois a gente vai chamar Em algum momento de situações de Sofrimento em Saúde Mental o modo de se relacionar que eu diria assim pela via do Medo pela via do afastamento pela via de de a sociedade se sentir em algum em algum sentido ameaçada por essas situações ou entender que o único modo de cuidar seria afastando essas pessoas do convívio social e isso aconteceu com as crianças né isso aconteceu também com as crianças e adolescentes Então a gente tem aí historicamente né Eh a construção de grandes instituições que serviam tanto
eh para supostamente o tratamento em Saúde Mental né sobre o argumento da doença mental e essas instituições elas ocorreram né no Brasil em vários várias capitais várias cidades vários interiores desse Brasil afora durante todo o século 20 né que foram os grandes manicômios e a gente tinha ã uma tendência um fluxo né uma dinâmica que conectava muito os grandes orfanatos ou os grandes lugares de e abrigamento de crianças especialmente crianças em vulnerabilidade né crianças de classes baixas crianças negras crianças que ã eh habitavam com suas famílias Às Margens da sociedade participavam então de instituições grandes
de abrigamento e muitas vezes nessas instituições elas iam desenvolvendo eh não se desenvolvendo da forma saudável da forma que a gente eh preconiza né que seja a vida de qualquer criança iam desenvolvendo situações de Sofrimento mental de atraso no desenvolvimento e acabavam depois de adultas indo habitar eh os grandes manicômios os famosos hospícios né também a gente tinha já crianças que Muito pequenas iam parar nessas instituições e o que a gente assistiu nesse modelo que a gente chama né o modelo manicomial a lógica manicomial foi que esses modelos de atenção né não conseguiam singularizar o
cuidar as relações o olhar não conseguiam proteger não conseguiam eh acompanhar e fornecer um desenvolvimento adequado paraas crianças e adolescentes e nem pros adultos que lá estavam muitas situações de maltrato de negligência E aí o que a gente via é que as pessoas que habitavam esses grandes locais isolados né da sociedade adoeciam mais a gente pode falar que então ao invés de curar essas instituições enlouqueceram adoeceram muitas pessoas a gente pode falar de um processo que a gente chama de patologização da pobreza porque especialmente a gente tinha como eu disse crianças adolescentes né pessoas que
iam para lá e que habitavam as margens sociais sem acesso a direitos a gente pode falar também de dessas instituições manicomiais Como perpetuando o racismo né a violação de direitos e reduzindo a existência das pessoas né e todo o mundo que elas poderiam construir para si as relações ao mundo da doença e aí portanto a gente pode dizer que essas instituições produziram desumanização quando a gente trabalha hoje né e o Franklin tá aqui para contar um pouco pra gente como é que funciona a rede de atenção psicossocial vai nos contar sobre todos os componentes que
compõe né Essa rede de cuidados em Saúde Mental mas quando a gente acessa hoje pessoas que ainda né porque ainda existe pessoas que ainda habitam instituições assim resquícios né dessa lógica manicomial a gente vê que houve um processo de desumanização essas pessoas elas não conseguem ou não sabem mais desaprenderam a lidar com coisas banais do cotidiano né como usar o banheiro de Porta Fechada comer com talheres escolher a própria roupa vocês vejam aí que eh a gente tá nessa cena né em preto e branco em contraste com o vídeo que a gente viu olhando eh
um cotidiano corriqueiro né dessas iões não é mais exatamente assim mas muitas das pessoas que estão nessas instituições ainda viveram essas cenas então é sempre importante a gente lembrar da nossa história é sempre importante a gente lembrar para não repetir E se lembrar cotidianamente por né que a gente então Eh construiu uma política de saúde mental que se guiou pelos princípios do que a gente chama de reforma psiquiátrica substituindo uma instituição que seria a instituição de de tratamento né onde os conhecimentos da ciência estariam presentes se dizia na época né que era o Manicômio por
uma rede de cuidados territorializada uma rede de atenção à saúde articulada com uma rede de atenção da proteção social e aí a gente tem alguns Marcos históricos dessa mudança Especialmente quando a gente tá falando do Cuidado Infanto Juvenil que acho que algumas dessas desses Marcos vocês já estudaram já ouviram falar nos outros módulos não é do curso Então a gente tem em 89 a conção a convenção internacional sobre os direitos da criança realizada pela ONU a gente tem 90 no Brasil a promulgação do Estatuto da Criança do Adolescente E aí no Campo da Saúde Mental
especialmente a gente tem um Marco que eh é muito importante que ele vem né após muitos anos de luta muitos anos de luta por direitos de Luta pelo Direito à saúde depois da Constituição de 88 né que foi eh que é a nossa Carta Magna que garantiu o direito à saúde ou eh assegurou né por meio da lei o acesso à saúde aí a gente vai ter a reforma sanitária a reforma psiquiátrica criação do SUS e aí a gente vai ter as conferências nacionais de saúde que a gente também tem hoje no âmbito da Assistência
Social né em especial em 2001 essa conferência nacional de Saúde Mental é muito importante a gente destacar porque a nela que começa a aparecer eh diretrizes e reivindicações mais diretas sobre uma rede de atenção a saúde mental para crianças e adolescentes especificamente né voltada para crianças e adolescentes aí a gente vai ter a lei de saúde mental em 2001 que garante que eh essas instituições asilares né manicomiais esses leitos nessas instituições precisam ser fechados e as pessoas têm direito a tratamento no seu espaço de vida nos seus contextos sociais né essa lei de 2001 ela
tramitou ela eh foi debatida no congresso nacional lá na câmara dos deputados e no senado por 10 anos né a lei Paulo Delgado ela foi aprovada em 2001 e ela é um instrumento de garantia de direitos muito importante né pra gente no campo da Saúde Mental e 10 anos depois a gente vai ter então no âmbito do Ministério da Saúde eh E sobre isso Franklin vai nos falar um pouco né do que que é a rede de atenção psicossocial Quais são os serviços que compõe mas a gente teve então no âmbito do Ministério da Saúde
a o estabelecimento dessa portaria né a 388 que definiu uma série de financiamentos ou seja de recurso Federal para os estados e municípios então implantarem serviços que a gente chama de territoriais Serviços de Saúde né nos contextos nos territórios eh em contraposição a esse modelo de uma instituição única que tu tudo eh deveria fornecer e fazer na relação com as pessoas que têm algum tipo de sofrimento psíquico então depois a gente vai conhecer cada componente dessa raps mas eu queria convidar vocês pra gente eh antes de conhecer como é que funciona essa rede Quais são
os serviços que ela tem muitos deles com certeza vocês já precisaram acessar na situações que vocês acompanham cotidianamente né Eu queria convidar vocês a gente conversar sobre o algumas situações que eu imagino que sejam próximas ou semelhantes à situações que vocês acompanham no trabalho de vocês para ir na sequência a gente pensar Então como que a gente protege e cuida de crianças e adolescentes em situações semelhantes e como que a gente Então nesse diálogo né com a apresentação que Franklin vai fazer pode acionar essa rede ou ter expectativa eh demandar né do serviço e dos
Profissionais de Saúde saúde mental que compõe essa rede então eu trago aqui para vocês uma história eh que aconteceu né mas eu trago aí a história do Paulo com eh esse cuidado de desidentificar né Eh para que a gente não possa aí violar questões éticas de sigilo então tem alguns dados que estão modificados né mas a história ela aconteceu aconteceu há alguns anos atrás e eu trago para compartilhar com vocês pra gente pensar sobre o cuidado na raps então eu vou ler para nós pra gente pensar Juntas e juntos Paulo é um menino de 8
anos filho de Maria conhecida numa pequena cidade por perambular pelas ruas e ter transtorno mental essa cidade tem menos de 5000 habitantes tá gente ele além de ser filho da Maria também filho de um senhor que mora noutro município pequeno da região e por possuir outra família não assumiu a paternidade ele foi criado pela mãe e pela avó a dona e ele nunca se alfabetizou né segundo a escola ele tem comportamento comportamentos aí abre aspas né a fala da escola esquisitos como falar sozinho e recolher coisas do chão na hora do recreio conforme avó conta
né Eh Paulo começou a falar sozinho na época em que ele teve de ir pra escola né Por exigência do Conselho totel né que entrou na situação para garantir o direito à educação da criança né E aí ele já tinha 6 anos até ali o cotidiano dele era perambular pelas ruas com a mãe né ajudando na coleta de latinhas para vender na reciclagem ele comia né se alimentava e dormia na casa da avó a professora da escola né do Paulo conta que ele em sala de aula abre aspas de novo é impossível porque ele abre
aspas né na na visão da professora rouba o material dos colegas e não aceita as regras da classe fica muito agressivo quando é cobrado E aí o que aconteceu é que o Paulo foi internado recentemente em um hospital da capital do Estado né que é onde tem a referência dos leitos de saúde mental infantil que fica a 200 km dessa cidade onde ele mora e essa internação né ela ocorreu por conta de uma situação na escola em que a professora né contou que ela colocou Fora as coisas que o menino coletava no chão no caminho
da escola e na hora do creio né ele levava colocava tudo dentro da mochila sujava os materiais escolares e ela resolveu né conversar com ele e arrumar os materiais escolares e colocar as coisas fora exigiu dele que ele fizesse isso né pois considerou que eram objetos sujos e que poderiam machucar outros colegas porque ele pegava por exemplo ele catava pedras pedaços de galho de árvore E aí quando isso aconteceu o Paulo se desorganizou muito né ele teve uma espécie de crise choro né uma agitação eh corporal e aí ele tomou a atitude de jogar o
lixo da sala de aula né na professora e começou a bater com a própria cabeça na parede repetidamente imaginam Isso numa sala de aula né gente isso assustou muito a professora e aí eh foram chamados aí no na na escola eh Trabalhadores de saúde né que a ajudaram a manejar a situação e acabaram porque ele tava né segundo a avaliação deles muito desorganizados solicitando uma internação e ele foi internado Então nesse Hospital eh o hospital Após 20 dias de internação né considera que Paulo já pode ter alta mas tá com dificuldade de dar alta a
avó por um lado diz que acha que ele tá melhor cuidado no hospital né e a diretora da escola que soube que ele já tá de aa diz que não é possível essa aa que a comunidade não aceita o retorno do menino e aí gente sobrou pro Conselho Tutelar né o Conselho Tutelar foi acionado Pelo hospital para acompanhar o caso e acionar a rede de proteção e a de saúde do município eh eu queria né se vocês puderem ir eh também dialogando comigo aí pelo chat depois as meninas Me Passam eh que estão aí nos
Bastidores nos ajudando com essa Live também a Daniela que vocês pudessem pensar um pouco sobre isso que aconteceu a partir da história que a gente conversou né que tem a ver com o cuidado em Saúde Mental ocorrer no território nos serviços da rede is é algo muito recente né Eh eu digo recente a gente tá falando de uma política que como vocês viram que tem aí 23 anos né a lei de 2001 e que começou h a se tornar demandada pela sociedade ali nos anos 80 90 né onde a gente começou com vários movimentos para
reivindicar um cuidado que não seja excluir do território que não seja fechar em estabelecimentos hospitalares as pessoas que têm algum tipo de sofrimento e portanto alguns impasses Alguns conflitos né no laço social em pertencer a alguns espaços como no caso das crianças os espaços escolar os espaços comunitários e familiares Então esse caso né quando a gente escuta o pedido da vó de que ele permaneça no hospital a posição da escola de que é impossível cuidá-lo é impossível educá-lo e que não tem como ele retornar né pro território do município né a gente fica pensando mas
será que é possível cuidar de todo mundo no território será que esse ideal né da reforma psiquiátrica da atenção psicossocial infanto juvenil ele é viável a história do Paulo nos Coloca esse interrogante Imagino que vocês estejam pensando sobre outras situações em que esse desafio se colocou E então gente eh O que é importante a gente pensar né que o a história do Paulo nos ajuda a pensar é que sim muitas situações né vão nos colocar desafios importantes pro cuidado em território e apenas uma rede de cuidados muito articulada com ã Serviços de Saúde de de
proteção social com a escola participando e os Agentes né do Cuidado seja na escola seja na família seja no contexto comunitário seja nos serviços né do suas que vocês já conhecem o Cras nos serviços de saúde né o posto de saúde e outros serviços né que possam haver nessa rede a depender do tamanho do município só articulando um cuidado né Entre esses vários pontos de atenção é que algumas situações a gente vai conseguir acompanhar então para contar para vocês né no caso do Paulo a gente afirmou né junto ao município a gente fez eh eu
trabalhava na época na gestão estadual como o Franklin trabalha agora né E a gente fez várias conversas com o município no sentido de que reuniões de rede pudessem acontecer entre a assistência social a escola e a saúde para construir o que a gente chama né de um cuidado em rede de um plano terapêutico singular pro menino né nessas reuniões gente a gente pode eh escutar as diversas pessoas que conheciam o Paulo escutar outras versões Sobre eles sobre ele e sobre a família a gente descobriu né que no Cras por exemplo que é o centro de
referência da Assistência Social do município Diferentemente da escola não havia conflitos relacionais com outras crianças que no Cras ele participava de uma oficina de fortalecimento de vínculos que vocês já devem ter ouvido falar também quando estudaram sobre sobre crass e nessa oficina era comum trabalhar com as crianças a partir de eh construção de alguns materia a partir da construção com alguns materiais recicláveis então aquilo que o Paulo coletava na rua como latinhas ou como eh garrafas PET que ele gostava muito de coletar ele podia levar paraa oficina E lá eles construíam né brinquedos construíam eh
alguns objetos com aquela aquilo que ele recolhia e outras crianças recolhiam também né se pode trabalhar com ele aquilo que era possível né construir e levar pra oficina e aquilo que não era e ele tinha um vínculo muito importante com a psicóloga lá do CRAS né dessa oficina de fortalecimento de vínculos também se descobriu né que ele tinha medo de entrar na unidade básica de saúde que é o postinho né E que ele mas que ele quando tinha avó que levar ele lá ele ficava ele topava ficar nos arredores então quando a enfermeira saía para
conversar com ele na frente do posto ele conversava numa boa né ele não tinha nenhuma conduta agressiva também se ouviu né Vejam Só de um policial militar que costumava conversar com ele na rua quando ele tava perambulando com a mãe né então eh a gente começou a perceber que eh o território em que Paulo Estava eh comparecia influenciava muito o modo como ele se relacionava né E aí a gente foi retomando um pouco que até na na no discurso da avó no relato da avó parece que a escola aparece na história dele como algo muito
repentino que o tira de uma certa rotina e é muito importante que as crianças possam né acessar esse direito à escola mas para Muitas delas é uma ruptura né E para todas elas é uma mudança bastante importante então se viu que o trabalho na da relação de Paulo com a escola né era uma coisa muito importante para colocar no plano terapêutico dele então eh a história do Paulo Ela nos mostra né que é muito importante mobilizar redes de relações e afetos que a gente só consegue construir um plano para cuidar se a gente conversa com
vários atores que conhecem a criança né Eh a gente pode considerar também que ele tem aí uma história de eh algumas situações de negligência na primeira ã na primeira parte né da vida dele onde ele andava muito na rua né h não tava ainda indo na escola e aí também foi muito comum a gente escutar no relato de algumas pessoas uma certa culpabilização da mãe dele né porque não tinha conseguido colocá-lo na na escola ou um outro processo que é bem comum a gente ver também né gente de achar que ela era incapaz de cuidar
porque ela tinha transtorno mental então uma coisa que foi muito importante a gente trabalhar também nessa discussão né do plano terapêutico desse menino junto a esses atores todos da rede de saúde intersetorial foi que era importante eh não já de antemão antecipar Quem era essa mãe se ela tinha capacidade ou não né fazer aquilo que um pouco eu sugeri para vocês quando a gente tava vendo o vídeo né deixar um pouco a nossa certezas em suspenso e tentar acessar né o universo Então desse sujeito dessa mãe dessa pessoa e aí uma das coisas que a
gente combinou foi de que era importante se aproximar dela nas suas itinerâncias no território né Vocês vão o Franklin vai nos contar se a gente tá num município maior que tem por exemplo uma equipe de atenção básica que chama de consultório na rua Talvez possa ser o consultório na rua essa equipe que vai se aproximar se a gente tá num município pequeninho a gente não vai poder ter essa equipe né Mas a gente pode pensar em formas de ir até o território para poder acessar essa sujeita essa mãe que cuidou da forma com que ela
pode e apoiá-la né para Que ela possa também fazer parte dessa rede de cuidados então cuidar no território gente muito diferente de cuidar no hospício onde a gente isola e acha que só eh estando afastada da sociedade já é né uma forma de tratamento e não é a gente vai precisar incluir a família os vizinhos a escola a praça o clube os lugares de lazer a rede de saúde a rede de proteção no cuidado das crianças e adolescentes a história do Paulo nos faz pensar muito nessa diretriz do SUS que é a Equidade em saúde
né Eh se a gente precisa ir até o território e ir até né a mãe do Paulo para poder acessá-la isso quer dizer que nunca vai ser da forma igual que a gente vai acessar e conversar por exemplo com as mães com os responsáveis com os pais das crianças né tem algumas famílias que vão conseguir chegar até nós tem outras que a gente vai precisar acessar considerando as diferenças né considerando os modos diferentes de habitar o mundo que essas pessoas têm e isso Imagino que seja o cotidiano de vocês né criar tratégias diferentes para as
diferentes realidades e respeitar né as questões socioculturais sempre claro tendo e no nosso Horizonte como objetivo Central proteção e o cuidado das crianças e adolescentes E aí eu tô falando né gente de um trabalho entre muitos de que o trabalho em Saúde Mental é sempre um trabalho entre muitos é sempre um trabalho em rede então ele não é um trabalho só para psicólogos ou só para psiquiatras ou só para assistentes sociais ele é um trabalho comunitário a gente cuida em rede e eu gosto muito dessa imagem né ras significa rede redes de atenção à saúde
eu gosto muito dessa imagem porque ela é a imagem de uma rede tecida né entre os diversos pontos Vocês estão vendo ali tem hospital tem unidade de saúde tem a ambulância tem uma casinha que sugere que possa talvez ser ali o Cras né mas tem ligando esses pontos uma rede que é tecio como uma teia de aranha né eu goo dessa imagem porque se trata da gente no miúdo do dia a estendo relações com os profissionais com os serviços vezes tem confitos vezes a gente fica insatisfeito não com a conduta dosas então é um trabalho
cotidiano Como a aranha faz de tecendo redes tecendo conexão entre os diversos pontos da rede a partir das histórias que chegam até nós das demandas que chegam até nós como a demanda do Paulo aqui eu teria uma outra situação para compartilhar com vocês mas eu acho que eu vou passar a palavra para não sei como é que tá o meu tempo Acho que eu vou passar a palavra agora pra gente escutar um pouquinho Franklin nos contar o que que tem nessa rede de atenção psicossocial Quais são os serviços quais são eh os componentes da rede
como que ela se organiza pra gente poder depois volar e discutir um outro caso Já conhecendo o que que é essa tal de R e como é que ela pode ser bastante importante potente nessa nesse desafio aí de proteger e cuidar das nossas crianças e adolescentes muitas vezes em situações de vulnerabilidade ou de violência pode ser gente eu vou parar minha apresentação aqui e passo a bola pro meu companheiro de Oi pessoal belíssima essa apresentação de Ana Carolina e eu não conhecia o vídeo né de de é estão todos me escutando bem oi vocês estão
me escutando vou entender que estão né pronto então Eh era só para ter certeza e então eu não conheci essa essa esse esse clipe né dessa música de de Emicida e assim achei eh muito emocionante inclusive né Porque pelos olhos de uma criança né e pelos olhos de uma criança se tem muito tipo de de de de consequência né de resultado para o adulto que tá que vai vir né Eh a pessoa informação a criança um momento importantíssimo né então importante para ela eh e poder ter uma série de referências né para para esse olhar
dela ter uma série de referências que façam uma uma uma uma coragem nela positiva pr pra vida né Mas enfim vou falar um pouco sobre a rede de atenção psicossocial né falar um pouco para vocês o que é que é essa rede tem uma apresentação aqui que eu coloquei mais para me guiar mas tentar fazer um bate-papo Então essa rede como é que ela surge né a gente tem uma política pública que é a política pública de saúde mental certo eh essa política pública de saúde mental ela o que é uma política pública né a
política pública ela vem justamente para dar resposta aos anseios que são coletivos né da sociedade de da da população das Comunidades então por isso que surge né Isso é um planejamento de de serviços de ações né com de dar essas respostas positivas resolver questões resolver demandas e também e eh prevenir e também promover né melhoria na qualidade de vida da vida em sociedade então a gente tem um aspecto que é Esse aspecto da saúde mental né dentro da saúde a gente tem um aspecto que é de saúde mental e para atender isso foi criada uma
política pública que é a política pública de saúde mental E aí às vezes a gente confunde um pouco porque a gente associa né a rede de atenção psicosocial como a rede em si ela sendo a política de saúde mental eh a rede a rede de atenção psicossocial ela surge como instrumento da política de saúde mental ela surge como instrumento prático paraa execução dessa política essa execução essa política ela vai ser eh colocada em prática a partir de uma rede que é a rede de atenção psicossocial Então ela surge a partir daí né eh e aí
essa essa essa rede surge toda fundamentada naquilo que constitui os princípios e as diretrizes da política de saúde mental no Brasil que é a reforma psiquiátrica e a luta antimanicomial né então a ideia em linhas Gerais é que não exista mais um lugar né específico especializado para cuidar da pessoa né do com transtorno mental a pessoa com questão de saúde mental eh de de modo que ela fique isolada que ela fique internada né E nem dentro dos preceitos que se vinha praticando tradicionalmente durante muitos e muitos anos que que que a professora Ana Carolina mostrou
Aí em algumas imagens né do do manicômio de Barbacena que chegou a ter 5.000 pessoas eh Então ela surge essa rede a partir disso né com a ideia de que os dispositivos as formas de cuidado As instituições que elas vão auxiliar no Cuidado elas precisam ser de base territorial e Comunitária o que que ISO significa que elas precisam ser do território elas precisam ser dentro associadas ao ao ao meio em que a pessoa vive ao lugar em que a pessoa vive né A a tem que tá associado à à convivência Comunitária daquela pessoa né eh
então esses dispositivos eles precisam ser comunitários e estarem dentro daquele território circunscritos dentro de uma certa territorialidade Então essa é a ideia e que não existe um único dispositivo né a a a política de saúde mental ela vem desconstruir a ideia de que é possível existir um dispositivo para dar conta da saúde mental né não existe eh o que existe são diversos dispositivos que são da Saúde que são também da intersetorialidade o que que que que quer dizer intersetorialidade né dispositivos que estão fora do âmbito da Saúde porque o entendimento de saúde ele é um
conceito ampliado e mais ampliado ainda quando a gente pensa em Cuidado então o cuidado ele precisa ser intersetorial que significa que ele precisa depender de vários tipos de políticas públicas de áreas diversas e também de potencialidades outras foras das políticas públicas que existam no território Então tudo isso junto é que vai vai dar conta de fazer um cuidado devido à saúde mental porque é uma coisa extremamente complexa então não existe um dispositivo E aí nisso eu já incluo né Eh para vocês a ideia de que eh ninguém trabalhar sozinho né Eh eh a professora Ana
Carolina mostrou aí a questão da rede né assim então só existe um cuidado devido se ele for em rede porque esse cuidado ele vai ser compartilhado entre vários positivo se não for assim ele vai est sempre fadado ao fracasso então na prática para vocês né que tão que tão ouvindo quer dizer que o Conselho Tutelar ele jamais pode atuar sozinho então chama o Conselho Tutelar que ele vai resolver esse problema não não esse problema é do Conselho Tutelar então não existe uma questão que ela seja de um por mais de um de um de um
ente desses por mais especializado que ele seja tá bom E aí a rede atenção psicossocial ela foi concebida assim com vários componentes e dentro de cada componente da rede de atenção psicossocial a raps foi pensado alguns dispositivos alguns pontos de atenção certo então os componentes nós temos sete né E vocês vão ver que a rede de atenção psicossocial ela é toda intersetorial né ela tá ela ela faz ela se constitui a partir de outras redes tá eh eh pode pode pode ficar nesse slide eh E então vou falar rapidinho sobre cada um delas né então
assim a a o primeiro componente da raps é a atensão a atensão primária em saúde certo então eh a atenção primária em saúde ela tem alguns pontos de atenção que são da atenção primária em saúde Então você já entende que a raps Ela não é uma rede especializada né Ela é também uma rede especializada mas não só então o que o que isso quer que a rede vem mostrar é que o cuidado em Saúde Mental ele deve começar desde atenção primária em saúde certo então atenção primária em saúde por meio da unidade básica por meio
das equipes que são equipes multidisciplinares né por meio do consultório na rua né que é um dispositivo muito muito específico porque ele ele é direcionado para uma população de grande vulnerabilização que é a a população das pessoas em situação de rua e o centro de convivência e cultura que é um dispositivo extremamente potente né que ele vai fazer um grande ele vai prestar uma grande um grande serviço né um grande auxílio no sentido da vinculação dessa pessoa com transtorno mental ao território em que ela vive né ela vai dar isso feito por meio da Convivência
da cultura da arte por meio da da utilização desses instrumentos então o centro de convivência e cultura ele é um centro para agregar né então assim o centro de convivência e cultura ele também não é especializado Às vezes as pessoas pensam que o centro de convivência e cultura ele é específico para a pessoa que tem alguma questão de saúde mental ele é para todos para quem tem para quem não tem paraa população certo e aí a gente tem atenção psicossocial especializada propriamente dita né que é aquela que vai prestar uma assistência em saúde especializada e
aí foi concebido o Centro de Atenção psicossocial certo eh um dispositivo que ele é Central essa rede porque ele é o grande articulador dessa rede né esse dispositivo ele tem papel ético ele tem um papel técnico e ele tem um papel político também então ele é quem articula o dentro de um território de abrangência dele ele quem articula ele quem deve ser o articulador desse cuidado né o que não significa que ele vá cuidar sozinho né então ele positivo que ele foi pensado para casos graves e persistentes né aquilo que não é grave aquilo que
não é persistente ele pode ser atendido ele pode ficar no âmbito da atenção primária em saúde né O que não quer dizer também que o a a criança quando ela se vincula à atenção especializada de um Caps né ela vai deixar de de ser acompanhada pela atenção primária em saúde ninguém mora em caps né a pessoa mora num Território que esse território ele é coberto com atenção primária em saúde Então essa atenção primária em saúde vai acompanhar essa pessoa para sempre independentemente dela tá em acompanhamento especializado ou não então os caps eles são esse dispositivo
que vai ofertar tratamento né tratamento especializado ele tem as especialidades né ele tem uma equipe multiprofissional né de especialistas que vão trabalhar de forma integrada né de forma eh interdisciplinar que a gente chama né porque também não atua sozinho e ele vai fazer diversos tipos de de de vai prestar diversos tipos de cuidado e ele tem diversas modalidades ele tem uma modalidade mais básica de caps até uma mais especializada e aí isso significa que ele vai aumentando em termos de complexidade tanto de equipe como de população né como de de oferta de cuidado certo então
a gente tem um cás do tipo um que vai para uma população aí até a partir de 15.000 habitantes até eh 69.999 a partir de 70 até eh 149.000 999 é um cáps do tipo 2 e o cáps do tipo 3 a partir de 150.000 habitantes né então o que é que isso significa que a maioria do dos Caps principalmente numa região como a nossa que são que é constituída né um estado que é constituído de de municípios de de menor porte né eh a maioria desses Caps eles precisam ser regionalizados ou seja eles precisam
cobrir um território eh de vários municípios né então eles são pactuados com vários municípios certo e aí a gente tem o cáps do tipo um do tipo dois e o do tipo três que é o único Caps que ele funciona 24 horas todos os dias da semana e que ele tem um dispositivo muito potente também né que é o dispositivo da do leito de acolhimento noturno então os outros não existe isso no Caps 3 existe certo e aí esse leito e a e uma das funções do cás é essa que é a função de evitar
que a pessoa chegue a precisar de uma internação hospitalar então a a a função da raps é isso né Ela vem reorganizar né o fluxo ela vem reorganizar e a compreensão né do cuidado percurso que deve ser feito dentro desse cuidado da da saúde mental né retirando a centralidade do hospital né porque quando a gente pensa em Saúde Mental a gente pensa logo em internação né a gente pensa logo em internação hospitalar e colocando a internação hospitalar como uma retaguarda ou seja como um dispositivo de última necessidade então Eh para isso em especificamente falando do
público infantil A gente tem um Caps que que é especializado nesse público que é o chamado Caps eh ele foi ele foi ele foi muito tempo chamado de capsi né Caps infanto juvenil e mais bem recentemente ele foi renomeado mas não muda a a sua denominação né ele passou a se chamar caps da caps da Infância e adolescência Caps ai eh ia né no caso infância e adolescência E aí esse Caps ele é específico para atender ele é um Caps que Ele atende eh uma população eh maior né el atende uma população e a partir
de 150.000 né então ele é um Caps que precisa ser na maioria das vezes também um Caps eh que seja regionalizado né e ele tem uma certa eh uma uma uma equipe né uma equipe multiprofissional para para para para funcionar né então ele tem eh Obrigatoriamente ele Precisa ter eh é um médico né ele precisa ter uma e a gente tá falando de uma equipe mínima ele precisa ter um médico e esse médico precisa ser ou um psiquiatra ou um neurologista ou então médico pediatra que ele tenha especialidade que ele seja especialista em Saúde Mental
certo ele Precisa ter eh um um um profissional administrativo né e ele precisa ter outros profissionais eh eh de nível superior e de nível médio né dentre os profissionais de nível superior a gente tem psicólogo a gente tem eh assistente social a gente tem os enfermeiros fonodiólogo pedagogo e um outro que possa ser necessário né muitas vezes no caso do CAPS tá tá ok os slides vi eh eh daqui a pouco eu peço para passar eh falar um pouco aqui sobre sobre o capiz Né que é o que é mais especializado né para o que
a gente tá apresentando então assim e às vezes é necessário outros profissionais como o o muito importante no Caps adulto por exemplo é o educador físico né para fazer um trabalho dessa coisa da consciência corporal né Eh e e e e dentre os profissionais de nível médio a gente tem aqueles que possam realizar oficinas né a gente tem aqueles profissionais de de eh artesão a gente pode eh pensar em em a gente no capis infanto eh juvenil né n Caps EA né infância e adolescência a gente tem muito por exemplo o recurso do do do
musicoterapeuta né então assim que é muito importante para para as crianças né eh então eu vou dar uma adiantada aqui né então assim a a raps Ela também tem uma atenção de urgência e emergência certo e quem faz essa atenção de urgência e emergência para raps né que é o outro outro componente né a O componente a seguir depois do psicossocial é justamente a Rui O que é a Rui a Rui é a rede de urgência e emergência então você vê que é quem faz a urgência e emergência da raps é justamente um outro PR
rede aí fica muito claro muito Evidente né a a a intersetorialidade né então a gente tem aí quando a gente fala em rede de urgência e emergência a gente tá falando nos pontos de atenção que são portas de entrada de urgência e emergência dos hospitais são é o SAMU são as salas de estabilização e o mais conhecido pra gente é justamente a UPA que é a unidade de pronto atendimento que é um dispositivo que funciona 24 horas certo eh e aí a gente tem também atenção Residencial de caráter transitório também tem um dispositivo importantíssimo na
raps né Eh eh para a infância e adolescência que é a unidade de acolhimento a unidade de acolhimento ela é na verdade uma entidade que ela não é exatamente para prestar ela não é um ponto de atenção para prestar o tratamento né o tratamento especializado ela tem a função justamente de abrigar de fazer um abrigamento que seja de caráter Residencial e que seja transitório para aqueles que precisam de desse tipo de abrigamento em função de vulnerabiliza né em fun de situações específicas que demandem isso certo e aí Existe dois tipos de modalidade que é uma
para adulto e outra para e outra infant Juvenil que chama a unidade de acolhimento infant juvenil a Uai né então a uai ela é para a pessoa né É até 18 anos quer dizer até 18 anos incompletos né E ela funciona com esse para esse tipo de abrigamento então ela não é um dispositivo eh aberto né ao contrário do CAPS Caps ele é um dispositivo aberto a comunidade ele é de demanda espontânea qualquer pessoa pode ir ao Caps não precisa de um encaminhamento né mesmo capis não precisa necessariamente de encaminhamento pode ir por encaminhamento ou
não né porque ela é Porta Aberta mas a unidade de acolhimento não como ela tem uma função muito específica ela tá atrelada ao Caps no caso do da do do da uai ela tá atrelada ao Caps i o caps a ia né o caps paraa infância e adolescência esse Caps é justamente quem vai fazer essa avaliação quem vai fazer a indicação porque aí só vai entrar na unidade de acolhimento a partir da indicação do CAPS Ou seja a partir do encaminhamento do CAPS e o caps é responsável tanto pela admissão nessa unidade de acolhimento quanto
pelo tratamento é o caps quem vai dar o suporte de atenção especializada a a ao usuário desse serviço como ele também é quem planeja juntamente eh em conjunto com com a unidade de acolhimento é quem planeja a saída a saída desse paciente do do da unidade né porque esse paciente ele não vai morar indefinidamente na unidade ele não vai morar isolado na unidade né a unidade ela tem que funcionar eh integrada com a comunidade com a família né el tá ela tá associada às pessoas de referência dos pacientes né então todos vão atuar no sentido
da construção da alta desse paciente que ele pode ficar no período máximo de até 6 meses certo certo então é uma auta que ela é assistida é uma auta que é programada então Eh no momento em que há uma indicação já Para para que seja acolhido nesse dispositivo já começa a se pensar a se trabalhar com a com a alta desse paciente certo então assim a gente tem dois Eu já falei dois dos dois dispositivos mais importantes para essa demanda da Infância e da adolescência em termos de saúde mental dentro da da rede de atenção
psicosocial social né que é o caps o caps ai e a to vi o tronco é o capsia e é também essa residên essa essa unidade de acolhimento eh eh eh infantil juvenil né E aí a gente tem um outro dispositivo que eu vou falar agora também importante eh dentro do da raps a gente tem um componente um outro componente que é o componente da atenção hospitalar né então a gente eh o hospital ele acaba eh inserido na raps em duas em dois componentes que é o componente da urgência e emergência porque tem aonde não
tem UPA tem porta de entrada né Eh eh em hospitais né seja ele seja ele regionais estaduais ou municipais né E a gente tem leitos específicos né que são leitos de saúde mental em Hospital Geral então a atenção hospitalar ela se concentra nesses leitos né tem toda uma uma uma um contexto para que esses leitos para que possa existir dentro do hospital que eu não vou me ater aqui para não prolongar Mas enfim o o o principal deles é saber que não é no Hospital Psiquiátrico especializado né é um hospital geral né Eh porque esse
leito é um leito que ele não é o leito psiquiátrico né o leito de saúde mental não é um equivalente é o leito psiquiátrico ele é um leito dentro de uma outra lógica dentro de uma lógica que é psicossocial né que eu também não vou me ater muito aqui por causa da questão do tempo cada componente desse ele dá uma uma aula né ele dá um um período inteiro né Eh mas qual a importância desse é porque a gente existe dentro desse componente leitos de Saúde Mental para infância e adolescência né existe leites destinados a
esse público ao público infant juvenil né então é importantíssimo porque quando precisa desse tipo de atenção hospitalar essa atenção hospitalar vai ser também dirigida a a essa a esse público certo que que acontece que esse componente Lembra que eu falei que é de retaguarda Então existe um percurso a ser feito que eu vou falar daqui a pouco para que possa se acessar esse tipo de de de de componente esse tipo de alternação para uma criança certo a gente tem também outro os outros componentes que são as estratégias de desinstitucionalização que são muito mais voltadas para
um público adulto né eh e aí a gente tem o serviço Residencial terapeutico que aí o serviço Residencial terapeutico já é um tipo de de de de forma de Residencial dade de atenção Residencial que é de caráter mais permanente né Eh e a gente tem um um programa específico para ajudar as pessoas que que vêm de longas internações e a gente tem estratégias o último componente estratégias de reabilitação psicossocial que são iniciativas de geração de trabalho e renda né de cooperativas sociais Empreendimentos solidários para eh essas essa eh para esse público da saúde mental Ok
pode passar eh pode passar o slide viu pronto eu tô não tô acompanhando muito O slide Porque eu tô tentando eh falar para vocês assim sobre a raps de uma forma mais didática possível né que eu consiga falar né Eh mas eu vou falar sobre o percurso que se faz dentro da raps né Então primeiramente dentro da raps é preciso a atuação da atenção primária em saúde da aps né porque a APS ela vai ser responsável um determinado nível de cuidado né então é o que quando se pergunta o que que a APS pode fazer
né que que nível de cuidado que nível de atenção em saúde pode dar em termos de saúde mental Então ela pode fazer grupos ela pode atuar em diversas estratégias né pensando naquele público que ele é leve que ele é moderado né então pode se pensar em estratégias diversas a gente tem estratégias diversas diversos tipos de grupos formados eh diversos tipos de iniciativas que vão de de horta de de de outros dispositivos né a gente tem como exemplo a tenda do conto Mas enfim o que eu quero dizer é que essa primeira atensão ela tem que
ser dada mesmo dentro da atensão primária a função da atensão primária e aí outra outra questão que a gente desconstrói não não é apenas ela identificar questão de saúde mental identificar que uma criança Ela tem questões de saúde mental e eh se restringir a fazer um encaminho dela para uma atenção especializada certo ela precisa acompanhar e ela precisa fazer Principalmente um trabalho que aí é muito muito necessário em termos da atenção primária que é voltado mais mais para o público adolescente né porque tem aí as questões que dizem respeito às necessidades decorrentes do uso de
substâncias psicoativas certo então a atenção primária ela vai trabalhar dentro uma para esse público que é de redução de danos porque a redução de danos ela é uma política pública é uma política pública que ela norteia a a a rede de atenção psicossocial então o caps trabalha dentro dessa perspectiva todos os dispositivos da raps que atuem na assistência em saúde ele tem que ter como perspectiva redução de danos e o que é redução de danos né redução de danos é uma oferta de cuidado é uma oferta de de de eh de atenção em saúde que
ela tente eh eh fornecer acesso às pessoas independentemente da sua condição de saúde independentemente de outras condições que sejam de cunho moral ou de qualquer outra ordem né ela tá ali justamente para vincular a pessoa a o tratamento ao cuidado em saúde o mais consentâneo possível às necessidades daquela pessoa certo eh então Eh mesmo que aquela pessoa né é algo algo muito relacionado né a ao cuidado a quem tem necessidade decorrente do de substância psicoativa mesmo que a pessoa mesmo que ela que o adolescente ele não não não queira ele não deseje fazer a a
interrupção do uso né ele não queira fazer uma abstinência daquele uso da substância das substâncias não é por isso que a raps ela não vai atuar ela vai atuar assim certo então a gente tem e as equipes também da saúde da família né a gente tem os agentes comunitários de saúde que são os os profissionais que eles estão em contato direto com aquele paciente justamente com aquele usuário com aquela criança justamente onde ela reside dentro do da vivência Comunitária dela e junto à família né como um todo Tá bom a gente tem um consultório na
rua né como eu disse já é dirigido para para situação das pessoas que vivem na rua e os centro de convivência que eu não vou falar agora pode passar Então esse primeiro percurso ele já começa no na atenção primária em saúde o que é que a tradicionalmente acontecia né o paciente ele chegava o paciente saúde mental chegava no internação hospitalar e não se sabia muito sobre o que tinha acontecido sobre Quem era aquele paciente e muito menos sobre Que tipo de iniciativas tinham sido realizadas antes daquele paciente chegar Que tipo de intervenções tinham sido tentadas
antes que aquele paciente chegasse à internação hospitalar isso mostrava na maioria das vezes que não foi feito nenhuma né ele foi direto encaminhado então isso não é função da atenção primária em saúde certo atenção primária em saúde ela não dando conta né ou seja ela não dando conta de um caso que ela percebe que é mais complexo que é mais grave ou então que demanda uma crise uma crise importante né a pessoa tá numa crise importante como como o Paulo aí por exemplo né embora eu acho que foi muito mais no caso de Paulo uma
falta de de de eh de compreensão mesmo né E aí já encaminharam ele uma falta de compreensão já foi encaminhado direto para uma internação e a internação considerada hoje em dia longa foram 20 dias né mas eu vou falar um pouco e aí ele é encaminhado nesse caso ele é encaminhado de fato para atenção especializada que é um Caps infanto eh eh de infância e adolescência certo e aí no caso de uma crise se essa criança não estabiliza Aí sim é que começa a se pensar em outros dispositivos um deles por exemplo o recurso é
encaminhar ele para uma porta de urgência e emergência né porque qual é a função de uma intervenção em Saúde Mental para uma pessoa em crise seja ela criança ou adulta a intervenção ela é únic exclusivamente para estabilizar o quadro ela não é o tratamento a Rigor né então outra desconstrução que a gente precisa fazer que a internação ela trata porque ela não trata nem ela muito menos ela cura ela vai fazer com que o paciente ele minimamente estabilize ele readquira né aquela aquela autodeterminação que ele perde durante a crise né Às vezes a o risco
a que ele tá se expondo durante uma crise né agitação psicomotora dele eh então estabilizou o paciente ele não tem mais que ser encaminhado paraa internação no hospital ele volta pra rede porque quem vai cuidar é essa rede que é uma rede de atenção psicossocial que é uma rede intersetorial e aí o que a rede tem que identificar é justamente as necessidades desse paciente Por que a raps tem que identificar as necessidades da Criança e da família né porque muitas vezes ela é de fato um ela é de fato uma um sintoma dessa família né
e tem um contexto que é um contexto muitas vezes socioeconômico e de sócio proteção então ela vai eh a partir disso identificar que políticas públicas mediante essas necessidades essa criança e essa família precisa né então você vai ver que vai que assim é que vai se formando a rede e essa formação da rede né é caso a caso OK é de acordo com a necessidade de cada um Tá certo eh pode passar viu Eh então assim eu coloquei algumas atividades que se realizam em caps o caps ele é muito voltado mais para as atividades coletivas
embora ele faça atividades que elas são de punho que que são que são individuais né Ela tem os profissionais para atenção individual embora esses profissionais não são para atuar de forma eh isolada eles precisam atuar dentro de uma integração né que a gente chama aí a interdisciplinaridade certo dentro dessa Perspectiva da redução de danos e mediante um dispositivo que é muito importante que chama o projeto terapêutico singular que é um planejamento do que do de de de direcionamento para aquele para aquele para aquele para aquela pessoa em específico né qual tipo de de de oferta
de tratamento pode ser montada pode ser planejada desenhada para aquele caso daquela pessoa isso é feito pelos Profissionais de Saúde mas com a participação desse usuário e com a participação da sua família do das das pessoas de referência dele no território certo então isso é importantíssimo Ok pode passar eh eh então assim eu já já falei um pouco né que o caps ele tem esse essa essa dimensão de articulador do cuidado porque ele vai buscar essas outras redes é ele quem vai buscar né a assistência social né e vai buscar no caso da da criança
essa essa questão da educação da escola né então assim o entendimento muitas vezes equivocado da escola ele demanda uma atuação do serviço especializado e essa atuação é o que a gente chama de matriciamento né ele vai matriciar né Ele é um serviço mais especializado e ele vai levar a discussão para que haja uma compreensão né melhor a respeito de como aquele aquele ente Como aquela aquela aquele ponto ele vai eh eh se relacionar com aquela condição daquela criança né a escola no caso certo então ele trabalha com grupos o caps aí trabalha com grupos operativos
com ele trabalha eh com grupos de habilidades sociais ele trabalho com com com lazer e recreação que é extremamente importante né lazer e recreação é é um instrumento extremamente terapêutico né para se trabalhar com as crianças né pode passar Ok eh e aí as artes plásticas a música a dança o teatro a escrita Então são vários né os as ferramentas que podem ser utilizad para pelo CS né a gente tem também uma uma dimensão que é de acompanhamento e suporte né que aí ela parte mais com uma questão desse atendimento mais mais ampliado que diz
respeito ao atendimento da família né nesse caso aí de Paulo a mãe também tinha né uma questão importante aí de transtorno mental né isso er importante muitas vezes a questão da da criança Ela tem também uma deficiência precisa ser encaminhada o o cás ele faz essas visitas familiares o cás ele não é um dispositivo fechado então ele não é para ficar eh inserido E e esse esse esse contexto do cuidado do tratamento ele fica e eh eh eh restrito a ao interno ao ambiente interno do CAPS muito pelo contrário né é o que chama de
de de atividades extramuros o caps ele é para levar eh essa relação ele é para tocar essa relação de autonomia essa relação de contratualidade essa relação de de da dimensão da inserção do lugar né da pessoa com transtorno mental na na comunidade e também dessa combate esse estigma que a comunidade tem em relação a essas pessoas né Eu acho assim no caso de Paulo fica evidente um certa estigmatização né ele teve uma crise lá com a professora e se entendeu que aquela crise era motivo para se internar ele né talvez não fosse porque não é
a a a crise necessariamente que ela determina que haja a necessidade de um leito de internação hospitalar de ocupar um leito de internação hospitalar porque existem tipos de crise existem graus de crises certo então assim é bem é é preciso avaliar né tanto que essas intervenções elas elas vão escalando em complexidade em tentativas até que ela chega no hospital Então passou pela atenção primária passou pelo Caps passou pela urgência e emergência isso não foi estabilizado minimamente estabilizado Aí sim é encaminhado para o leito mas para sem encaminhado para o leito e para ocupar o leito
de saúde mental precisa ter feito esse percurso necessariamente certo porque a pessoa ela estabiliza na muitas vezes antes de chegar o hospital e a lógica de um leito eh hospitalar de um leito de saúde mental no Hospital Geral ela é muito diversa do leito psiquiátrico porque por exemplo é uma lógica de curta ou curtíssima duração por isso que eu falei que os 20 dias de Paulo Eles foram muito longos né porque o que é preconizado são 7 dias então a o paciente lá internado Ele deve estabilizar em até 7 dias porque senão isso já cara
caracteriza uma longa internação E por quê Porque ele só vai estabilizar ele não é para ficar lá tratando né a a a internação média de de Hospital Psiquiátrico né Eh eh especializado até bem pouco tempo a mínima era 45 dias e a média era 90 né então dava entrada no João Machado por exemplo paciente ficava lá 45 dias mesmo que ele estabilizasse porque era entendimento do que era como se fosse para consolidar a estabilização dele e isso hoje em dia se mostra que ele que não existe né Então a partir de 7 dias começa a
decrescer o valor que o ministério da saúde paga pel aquele leito o Ministério da Saúde começa a pagar menos se passar de 7 dias que para desincentivar esse tipo por quê Porque isso é uma prática que ela é manicomial Ela é uma prática que é hospitalocêntrica certo eh pode passar Ok eu nem sei se estão conseguindo acompanhar o raciocínio assim fica até preocupado Mas enfim vamos caminhando aqui tá certo eh então assim Existem várias eu coloquei várias das dimensões de atuação do CAPS que eu vou dar uma corridinha agora porque eu acho que é a
questão do tempo tá certo então pode ir passando tá bom eh o cás ele tem uma uma uma acho que é importante falar isso que o caps ele tem uma dimensão que ele é uma dimensão política além da ética da técnica ele tem uma dimensão que ela é política porque ele precisa politizar né porque ele tem que fazer esse papel Porque a partir dessa politização que as famílias compreendem né como melhor cuidar como melhor tratar aquela pessoa que tem transtorno mental Aquele filho né aquele aquela criança que tem transtorno mental né então ela entende que
que ele é um sujeito de direitos né ela entende que a diferença que existe entre o modelo que é manicomial e psicossocial e porque que o modelo psicossocial ele é muito mais favorável né e e dá muito mais condições de de qualidade de vida certo ok então ele tem um dispositivo importante que é a assembleia que é chamar as famílias para falar sobre isso pode passar Certo e pode ir passando né Eh eh pode passando eu queria só eh pode passar eu já falei sobre isso sobre as diferenças do CAPS né Eh já falei isso
pode ir passando eh então eh deixa eu só falar um pouco sobre a Unidade de acolhimento né então a unidade de acolhimento ela vai funcionar articulada com Caps com atenção primária em saúde certo e e ela vai sempre promover a reinserção social e familiar desse paciente certo ela vai sempre atuar com programas culturais educacionais profissionalizantes ela vai atuar nessa questão de moradia eh da geração de trabalho e renda ela vai atuar principalmente nessa questão da sócio proteção desse sujeito que tá vulnerável pode passar Ok E aí no caso da da Criança e principalmente do Adolescente
porque a unidade de acolhimento a infant juvenil ela é muito muito relacionada a adolescente porque é na adolescência que começa que se concentra essas questões relacionadas às necessidades recorrentes uso de substâncias psicoativas então isso demanda um trabalho de buscativa né a gente por exemplo em Natal tinha uma unidade de teve chegou a ter uma unidade de acolhimento Infanto Juvenil que ela foi fechada sobre alegação de que não existia público para isso né não tinha demanda então era subutilizar então foi fechado eh isso não corresponde à realidade Até mesmo porque a gente tem as comunidades terapêuticas
que elas estão cheias de pacientes inclusive de adolescentes pode passar certo então ela ela ela busca trabalhar com isso E aí eu vou dizer o que é que a gente tem no estado a gente é muito deficiente ainda a rede de atenção psicossocial ela é Ela é incipiente ainda no estado e isso ela é muito incipiente muito por causa de uma questão de uma eh gerência política porque ela Depende de uma gerência política certo então os dispositivos eles precisam eles não são obrigatórios né eles são de de de de cunho Municipal né é o município
quem adere e é de uma livre adesão então o município ele precisa querer ter esse dispositivo né E aí depende de uma de uma de uma decisão de uma de um interesse político mesmo né mas a gente faz toda uma discussão no sentido da Ampliação de fazer um desenho de ampliação disso discutir com os municípios então o que que a gente tem a gente tem um Caps EA infância e adolescência em Natal a gente tem um em Parnamirim e a gente tem um em Mossoró certo e a gente tem uma unidade de acolhimento Infanto Juvenil
em Mossoró e um em Parnamirim Mas acontece que é de Parnamirim Parnamirim é um dos municípios que ele mais tem a rede completa mas eh em termos de quantidade e não de qualidade então Parnamirim tem a unidade de acolhimento infant juvenil porém ela não funciona por falta de profissionais lotados nela tá certo pode passar e aí eu cheguei no último slide eu acho tô chegando nos últimos slides que a gente fala sobre os leitos para infância e adolescência os leitos hospitalares em hospital geral para infância e adolescência então em Natal a gente tem eh quatro
hospitais que tem leitos a gente tem dois nesse no araquém que são para uma faixa etária abaixo de 15 anos que é 14 anos 11 meses 29 dias gente tem o Maria Alice Fernandes na zona norte de Natal que aí também até 14 anos nessa nessa 15 né a gente tem o Hospital João Machado que ele recebe a partir de 16 anos mas ele não tem eh limite assim limite específico de leite e a gente tem dois no honofre Lopes que é no hospital Pediátrico da UFRN que o hosped certo é pode passar eh a
gente tem em Mossoró a gente tem em dois hospitais a gente tem leite a gente tem no hospital tacisio Maia quatro leitos e esses leitos eles são eles são para adulto e para adolescente não é leite específico para para adolescente né porque ele só atende a partir de 15 anos ok e a gente tem três no Hospital da Mulher aí esse é um leito um leito um leito mais Pediátrico porque ele vai até ele vai desde a criancinha até os 14 anos aos 15 anos incompletos né 14 anos aí eh e aí a gente tem
Inc Rais novos né que ele serve para aquela região do Seridó que é o hospital Mariano coelho que ele também atende no mesmo esquema de adulto e adolescente a partir de 15 anos certo então esse é o último slide pode passar só para finalizar né pronto encerrei e aí eu acho que extrapolei um pouco tempo aí fico preocupado mas enfim eu tentei resumir porque é muito extenso falar sobre isso tá certo pessoal Agradeço a vocês e aí vamos tentar conversar mais um pouco né agora sobre sobre essas questões aí de uma forma geral tá bom
muito obrigado obrigada Franklin é muito legal poder te escutar apresentando né todos os componentes todos os pontos de atenção da nossa rede de atenção psicossocial e o que a gente tem na realidade do Rio Grande do Norte né porque quem nos assiste deve estar pensando né como é que a gente faz para lidar com situações como a do Paulo ou como de outras crianças e adolescentes quando a gente não tem por exemplo um capear né um Caps infância e adolescência na nossa cidade ou a gente até tem talvez na região de saúde mas a gente
desconhece porque tá sobre a gestão de outro município né como é que a gente faz para poder contar com com com uma articulação com um encaminhamento né ou por exemplo que é uma coisa importante também né Franklin quando a gente não tem um Caps infanto juvenil um Caps de infância e adolescência Mas a gente pode ter no território da gente um Caps do tipo um né que é um Caps que atende adultos mas que deve também atender crianças e adolescentes e eu brinco que o caps um esse Caps que é para municípios né com mais
de 20.000 habitantes e que no no o RN a gente tem vários que são de referência Regional né Franklin para vários municípios sete oito municípios muitas vezes eu brinco que é o caps T porque é o caps tudo né é um é um Centro de Atenção psicossocial que precisa atender todas as situações de saúde mental que se tornam persistentes e graves né E aí como é que a gente articula isso porque precisa dialogar entre os municípios combinar fluxos né de encaminhamento e o que a gente chama de contrarreferência que é o retorno também e o
compartilhamento do cuidado como o Franklin muito bem disse então talvez quem esteja nos assistindo esteja se perguntando mas e como é que a gente faz se a gente não conta né no nosso território com esses dispositivos especializados ou se a articulação os fluxos ainda não tão tão bem azeitado tão bem afinados tão bem pactuados e às vezes a gente fica um pouco desamparado em relação ao cuidado especializado que foi o que aconteceu na história do Paulo como o Franklin bem disse né existe ia um Caps ia na região de saúde mas eh o município não
tinha o fluxo pactuado com o outro município e encaminhou direto paraa internação quando ele podia ter feito um outro manejo um outro tipo de articulação né também uma outra questão importante né é que eh pras equipes de capsum que devem atender todas as situações às vezes se torna um pouco difícil organizar o processo de trabalho como Franklin nos falou aqui com grupo com atendimentos individuais com espaços de lazer né com oficinas e poder dar conta como é que eu organizo né no meu dia a dia as diferentes clientelas as diferentes demandas e aí né quem
tá no conselho tutelar ali com a situação precisando né pensar com quem vai contar com que serviços vai contar né conhece mais diretamente o que há no município que é atenção Primar em saúde como Franklin disse né que é a rede sócio assistencial especialmente o que a gente tem uma ampla cobertura né no estado e a gente tem uma ampla cobertura também no estado de estratégia de saúde da família né de de unidades básicas de saúde e aí gente só tem um caminho que eu queria agora no final fazer algumas considerações e já Abrir paraas
perguntas que é pactual que a gente chama de linha de cuidado o que que é uma linha de cuidado eu vou apresentar aqui rapidamente só uma uma tela para vocês pra gente falar um pouquinho sobre o que que é a linha de cuidado e como que ela pode nos ajudar a organizar o cuidado e o trabalho em rede nessas situações então aqui a gente tem né uma ilustração a unidade básica de saúde na rede de atenção a saúde tá no centro do cuidado é ali onde tá pertinho da onde a gente mora onde a gente
consegue estabelecer vínculo conhece os profissionais conhece as famílias conhece como é que funciona aquele bairro aquele território a gente vai ter por exemplo aqui o caps J né que agora Franklin nos disse que é Caps a né a UPA a gente vai ter diversos eh pontos de atenção inclusive aqui a escola ó orbitando e articulando em torno da atenção primária em saúde e aí Aqui também a importância de quando a gente tem na região um Caps que é um serviço especializado dele também ser um articulador do Cuidado mas para que essa articulação aconteça né nos
diversos componentes da rps que o Franklin muito bem nos apresentou a gente vai precisar pactuar linhas de cuidado que é definir tanto no município quanto regionalmente vocês sabem que a gente organiza rede de saúde em regiões de saúde né Depois o Franklin vai dizer exatamente Quantas regiões de saúde a gente tem no RN que eu não tenho esse número de cabeça mas eu sei que são várias né regiões de saúde que é quando a gente divide o nosso território para poder ter numa região todos os dispositivos necessários à rede e se a gente ainda não
tem tem um trabalho também da gente como cidadão né e do nosso lugar de conselheiro tutelar de trabalhador da Saúde de trabalhador da Assistência Social de dialogar com os nossos gestores com a nossa comunidade para que a gente possa né mobilizar e cobrar dos nossos gestores que esses serviços sejam implantados Porque como o o Franklin falou o município precisa pedir o recurso do governo federal precisa mandar o projeto para poder implantar né E aí depois o estado companha e pode ajudar aí na organização desse processo então o que que é a linha de Cuidado gente
a linha de cuidado é em cada município a gente combinar pactuar Quais são as responsabilidades e competências de cada serviço paraa produção do Cuidado da proteção social então na situação do Paulo o que que é a atribuição da atenção primária da atenção básica o que que é atribuição do crass o que que é atribuição do CAPS a que tá na região de saúde que a gente vai precisar articular e pedir Ajuda também Talvez para esse cuidado né o que que é a função do hospital né o hospital aí fez uma internação talvez mais longa do
que o necessário né justamente porque provavelmente essa linha de cuidado essa definição das funções e atribuições e essa organização né dos diferentes níveis de atenção que o Franklin nos apresentou não tava pactuada não tava combinada então é preciso estabelecer os fluxos no município e na região de saúde na região de saúde gente não sei se vocês sabem disso mas os secretários de saúde eles se reúnem mensalmente em reuniões do que a gente chama da comissão intergestores bipartite Esse é o nome né mas quer dizer que é um momento em que ali os secretários de saúde
pactuam fluxos cooperam entre si né para fazer a rede de Saúde da Região funcionar da melhor forma e ali podem se passar as pactuações de linhas de cuidado né Então as linhas de cuidado t a ver justamente com o que diz o termo né pactuar itinerários percursos de atenção e o que é que cada em cada situação por exemplo se a gente tá falando de adolescentes com eh sofrimento relacionado ao uso de drogas crianças com sofrimento relacionados a momentos né da sua vida e questões do desenvolvimento que precisam ser trabalhadas como é o caso do
Paulo né a gente vai precisar pactuar por exemplo a linha de cuidado do autismo a linha de cuidado dos adolescentes que fazem uso de substâncias psicoativas a linha de cuidado das crianças com situações de Sofrimento psíquico em situação de vulnerabilidade são vários fluxos que a gente precisa combinar quem é que tem responsabilidade de fazer o quê onde é que chega primeiro quem é a equipe de referência né ã promover para que essa linha de cuidado funcione a capacitação dos profissionais E aí esse curso que a gente tá fazendo aqui esse trabalho todo ao longo desse
ano né de formação de vocês conselheiros tutelares é muito importante porque vocês são agentes dessa linha de cuidado as situações muitas vezes vão chegar para vocês primeiro ou vocês vão ser convocados a atuar nessa linha de Cuidado então é muito importante promover capacitação e aquilo que a gente fala de educação permanente né sobre atenção integral crianças e adolescentes e também com foco nas situações de violência né a educação permanente quer dizer que a gente aprende no dia a dia com cada situação e no diálogo com os outros profissionais e serviços da rede e eu queria
só para finalizar apresentar para vocês que existe uma um material do Ministério da Saúde que fala né sobre orientações de construção de linha de cuidado para crianças adolescente e suas famílias e suas famílias em situação de violência Esse é um material que a gente pode disponibilizar para vocês também E aí vai desde Como identificar situações dos diversos tipos de violência né negligência violência psicológica violência sexual violência física e outros tipos né de violência para poder ã combinar nos municípios e na região como que a gente vai trabalhar Quais são os fluxos Quais são as atribuições
e ao mesmo tempo linha de cuidado também quer dizer criar novos fluxos a partir do que a gente tem de recurso em cada território não é só o SUS e o suas que vai cuidar também a gente tem o sistema de Justiça né a gente tem também os espaços comunitários como eu falei a escola né então é bastante importante que a gente mobilize nos territórios em que a gente tá esses momentos de pactuação dos fluxos e das linhas de cuidado aqui a gente encontra nesse material um exemplo né de como a gente organiza des lado
que o Fran falou da atenção primária passando pelos serviços especializados da atenção secundária da urgência e emergência né e os serviços da rede intersetorial era isso gente eu acho que a gente tem ainda uns 20 minutinhos para conversar com vocês e dialogar um pouco sobre tudo que a gente falou aqui né Franklin é pouco tempo Deixa eu voltar aqui com a câmera é pouco tempo pra gente falar de tanta coisa mas a gente tá à disposição para dialogar um pouco a partir das experiências de vocês disse para nós aqui são oito regiões de saúde né
Dani no RN exatamente e eu quero agradecer né a a condução e a exposição de de ambos né nossos nossos convidados acho que foi muito importante essa esse momento que a a formação se encontra né só fazendo um link do que a gente vem trabalhando o módulo passado a gente trabalhou massivamente né com todos os polos a questão da intersetorialidade desse trabalho de rede então foi muito bom e eu acredito que os conselheiros eles tenham tido né condições de fazer exatamente as conexões do que a gente coloca né como é o lugar desse desse Conselho
Tutelar que é um um instituto que é um um serviço extremamente importante nessa rede de proteção né e de garantir dos direitos das crianças e adolescentes e passa por esse cuidado por essa construção dessa linha de cuidado né que é uma linha né Eh eh Carol que ela tá o tempo inteiro sendo acessada acionada né Ela não é uma linha eh estanque Mas ela é uma linha de muitos movimentos né E aí eh queria só o apoio de Manu para saber quais são as questões né Eu eu dei uma acompanhada lá né então a gente
eh sabe que muitas das dificuldades que os e foi muito pertinente né o estudo o a situação que você nos trouxe porque a gente tem um estado de muitos municípios de pequeno porte então eles não vão ter de fato todos os os os os dispositivos da raps de uma forma tão completa mas fazer esse exercício de pensar dentro da sua Regional né Será que todos os conselheiros sabem a qual região o seu município pertence essa é uma questão interessante né Qual é a Regional que você pertence Como é que você acessa essa Regional para buscar
inclusive informações sobre os dispositivos que estão ali no território né Eu acho que esses são elementos importantes eh e aí o eh tem uma questão né que perguntou de forma mais direta eh sobre Quais são os profissionais que faltam hoje na unidade de acolhimento né de Parnamirim Franklin não sei se você tem essa informação né Eh e também tem uma questão mais específicas acho que é mais um comentário né que o direito está claro o que não se tem é a estrutura para pôr em prática infelizmente com isso vem as inúmeras violações institucionais do poder
público né Eu acho que só participando aqui para vocês teve uma uma cursista que nos que nos lembrou né do artigo 11 do ECA né que é assegurado o acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da Criança e do Adolescente por intermédio do SUS observando o princípio da Equidade no acesso às ações e serviços né acho que é importante a gente ter eh essa ciência né que o SUS Ele está aqui ele a gente eh muitas vezes fala de uma forma generalista sobre ele mas todos esses equipamentos esses serviços estão de certa maneira
disponíveis né não tudo dentro do de um território de um município de pequeno porte mas tá ali posto também dentro da sua Regional dentro da regulação a qual esse município pertence né então tem essas questões não sei se vocês querem comentar alguma coisa e uma pessoa também né ressalta a importância na elaboração dos fluxos de atendimento em cada município né então passo a bola aí de forma bem breve para cada um de vocês fazer um comentário em cima daquilo que a gente vem percebendo das interações dos nossos cursistas E aí eu mais uma vez eu
ressalto peço que vocês cursistas participantes dessa Live também façam outras considerações outras perguntas né para que a gente possa também tá construindo conjuntamente essa essas linhas de cuidados essa rede de cuidado no Rio Grande do Norte se quer responder tem uma pergunta bem direcionada para ti é é porque ela fez uma pergunta bem bem se conhecia eh quais os profissionais né que tinha eu não sei atualmente Quais são os profissionais que faltam na na unidade de de acolhimento eu lembro na época em que ela foi fechada ela só tava que foi a vez que a
gente monitorou ela só tava contando com um educador físico e um e um e um vigilante né então não tinha menor condição de funcionar né pensando que tem que ter eh profissional tem tem os profissionais de nível superior de 7 as 19 tem os profissionais que eles precisam de nível médio que eles precisam estar 24 horas né porque é uma unidade que funciona 24 horas né então ela tem a a qualquer qualqu unidade que ela funciona em 24 horas todos os dias da semana ela tem uma complexidade né porque ela não pode fechar né então
assim atualmente Realmente eu não sei como é que tá eu sei que ela não está funcionando né E aí tem toda essa questão que é uma questão da transição política né de que vai mudar de de gestão E aí você não encaminha mais nada porque tem a questão dos contratos as pessoas né Esses contratos eles vão terminar vai ter que haver uma uma renovação daqueles contratados enfim tem uma questão aí que o ministério público de Parnamirim ele está acompanhando sabe isso eu queria também dialogar um pouco com o comentário né Muito pertinente né feito em
relação ao artigo 11 do ECA e sobre o direito né a os as crianças e adolescentes as famílias acessarem linhas de cuidado né Eh não é fácil gente pactuar linhas de cuidado porque vocês viram a gente falou o tempo inteiro aqui hoje né né sobre Quanto é complexo articular um cuidado intersetorial e muitas vezes a Primeira ideia que nos vem à cabeça é de que se a gente é um município pequeno que não vai ter servista especializada é como se a gente não tivesse nada a gente tem um pouco Uma herança desse modelo manicomial e
hospitalocêntrico que o Franklin falou que é a ideia de que o serviço especializado digamos assim é o único capaz de cuidar e o serviço especializado muitas vezes né o caps ele vai entrar como um apoio não necessariamente como a linha de frente do Cuidado na verdade na maioria das situações ele vai ter a função de apoiar de fazer aquilo que o Franklin falou que é de matriciar que diz respeito a ajudar na construção do plano terapêutico a da retaguarda quando tem uma situação maior de de desorganização de Sofrimento de crise né mas a gente vai
precisar construir fluxos e formas de cuidar no território com os dispositivos com serviços que a a gente tem né então por exemplo se a gente tá falando de municípios que vão ter atenção básica da da Saúde atenção Primar em saúde e vai ter também eh a proteção básica da assistência social e a gente vai ter toda a rede de educação e a gente vai ter também eh lugares na comunidade que são lugares de convivência a gente talvez não vai ter o centro de convivência e cultura que o Franklin falou mas a gente pode ter espaços
comunitários de Convivência de cuidado de fazerá social né a gente vai precisar construir o plano terapêutico singular que Franklin também mencionou que é esse plano que vai acionar a linha de cuidado Diferentemente como a Daniela disse para cada pessoa a gente vai ter um fluxo precisa ter um fluxo da linha de cuidado pactuado para situações específicas né adolescentes ã por exemplo em situação de violência adolescentes em situação de uso de substâncias psicoativas com agravos à saúde mental né nem sempre a gente vai ter associado ao uso O agravo a saúde mental isso também é importante
falar a gente tem outros tipos de uso que são esporádicos experimentais e não necessariamente a gente tem que associar sempre isso a sofrimento psíquico né quando a gente tá falando de adolescência a gente vai ter situações de desenvolvimento né às vezes na primeira infância às vezes um pouco mais tarde que a gente já começa a observar que a gente precisa est atento né então são diversas situações que a gente vai precisar pactuar como é que com o que a gente tem no Município a gente pode articular linhas de cuidado e pactuar na região esses fluxos
quando a gente precisa de uma atenção especializada e não continuar repetindo isso que acontece na lógica manicomial e hospitalocêntrica que é usar como primeiro recurso uma internação Como disse o Franklin achar que o melhor recurso né é o hospital ou que só o caps pode resolver uma situação tá gente eh na minha experiência a maioria das situações se a gente consegue construir na própria atenção básica né com retaguarda de outros serviços e com articulação de rede entre saúde assistência e educação eh planos de cuidado que escutam a singularidade da criança da sua família e que
contam também com a rede de apoio do território comunitária A gente consegue lidar com a maioria das situações Então esse é um desafio para nós que é de ã transformar o nosso modo de ver e de trabalhar que traz como tendência essa ideia e essa prática de que o serviço especializado sempre tem que ser acionado tá gente então Eh é preciso para isso construir espaços na no em cada município de discutir como que a gente vai cuidado é determinada situação aqui isso a gente chama de reuniões de rede de reuniões de construção de linha de
cuidado e a cada nova situação que chega para nós Eu imagino que vocês tenham eh essa prática no cotidiano de vocês de se reunir com uma pessoa de referência da saúde uma pessoa de referência da educação uma pessoa de referência da Assistência Social e pensar junto como é que a gente vai cuidar como no caso do Paulo apareceram várias possibilidades que a gente nem imaginava antes né Depois a gente conseguiu sim se aproximar né Franklin o Franklin falou da importância de se aproximar da mãe a gente conseguiu se aproximar da mãe e perceber que tinham
várias coisas sobre o Paulo que só ela sabia só ela podia dizer e num primeiro momento numa lógica mais manicomial que a gente já vi acontecer muitas vezes em nosso país a gente poderia acionar um serviço hospitalar ã asilar manicomial por exemplo para tirar ela da rua porque ela tem Trono mental levar ela para uma internação de longa permanência aconteceria isso gente era o que acontecia nos grandes manicômios recolher as pessoas da rua levar para uma instituição as pessoas permanecerem lá por muito tempo e isso não cuida isso isola isso segrega e faz as pessoas
adoecerem mais não a gente se aproximou né a equipe de saúde pode se aproximar a equipe de assistência pode se aproximar dela Ah foi muito importante no caso a questão de acesso a direitos e benefícios sociais porque a vó também não tava conseguindo cuidar ela não tava acessando todos os direitos que ela tinha o suporte que ela precisava ter do crass então poder sentar conversar e ver quais são todos os recursos que a gente tem aqui no território que a gente pode lançar mão para construir esse plano terapêutico singular e caminhar com esse usuário e
essa família na linha de cuidado é muito muito importante e a aí se a gente precisa né acionar outros serviços é muito importante que a gente tenha essas pactuações regionais né que a gente possa contar com isso e se ainda não há né saibam que existe um espaço legítimo para que essa pactuação seja feita inclusive para aparecer quais são o que a gente chama dos nossos vazios assistenciais ali onde na região de saúde a gente devia ter um serviço e ainda não tem né E aí a gente pode construir com apoio do Estado os projetos
e solicitar os recursos E aí eu vou finalizar minha fala só dizendo uma coisa em 10 segundos a gente teve entre os anos de 2016 até bem pouco tempo atrás um o que a gente chama de um um um grande eh espaço vazio de ampliação da rede de atenção psicossocial a gente não teve um crescimento dessa rede novos serviços não foram implantados isso aconteceu por uma decisão Federal de diminuir o financiamento para políticas públicas isso é muito importante que a gente diga agora a gente tem um novo momento em que a gente tem novamente recursos
disponíveis e é preciso que a gente avalie na nossa região e no nosso município e junto aos nossos gestores possa cobrar isso agora tem mudança de gestão né O que que a gente ainda Precisa e pode ter de dispositivos e financiamentos Federais e solicitar o apoio do estado para implantar esses serviços né para construir as nossas linhas de cuidado era isso que eu queria comentar Muito obrigado Eu quero mais uma vez agradecer a vocês eh eh Nós já estamos no nosso limite de horário né assim dessa dessa Live eh ressaltar a importância né de todos
os os nossos cursistas conselheiros e conselheiras tutelares eh assinarem a lista de frequência tá que tá eh posta no no chat também reforçar que os módulos acontecerão os o a formação né presencial ela dará continuidade né no módulo quinto agora a partir da próxima semana né nos polos de natal e de Pau dos Ferros eh a aula vai acontecer no dia 5 de de novembro no Polo de Mossoró e Caicó no dia 12 de novembro e no Polo de Santa Cruz vai ser no dia 21 de novembro então nós contamos com a participação de todas
vocês de todos vocês eh na nessa finalização das atividades presenciais desse primeiro ano aí da da formação integrada aí da da escola de conselhos mais uma vez quero agradecer a disponibilidade de Franklin e de da professora Carolina né Eh de contribuir conosco de nos chamar atenção a essa importância né Eh e a relevância né a do território do município e dessa rede né aquela aquela fala né de que a não tem a rede mas o que que eu enxergo como rede Quem Somos Nós esses atores que estamos no território e podemos sim eh nos implicar
dentro dessa rede né a escola tá ali a eh a família ou a família estendida ou a vizinhança está ali como um ponto de cuidado de afeto né então a a às vezes são os movimentos às vezes é a igreja às vezes é é o grupo comunitário é a associação Rural então às vezes são vários equipamentos desses que estão sim compondo a rede e poucas vezes a gente enxerga como rede como potência né nesses territórios para a construção dessas linhas de cuidado né então quero mais uma vez agradecer reforçar aí a participação dos de todos
os conselheiros e conselheiras tutelares e encerrar aqui a nossa Live boa tarde bom bom resto de dia e BO e e seguimos aí tá obrigada