#054 - Estudo de Gênesis

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Com a retirada dos Espíritos intencionalmente voltados ao mal (Serpente), os Espíritos de padrão Eva...
Video Transcript:
Olá Amigos! Estamos, aqui, em mais um episódio do nosso estudo do livro Gênesis de Moisés. Antes de começarmos a dar continuidade ao comentário da passagem, nós queremos só informar de uma pequena mudança que ocorreu na gravação dos nossos episódios.
Resolvemos encurtar um pouco a duração do vídeo de 1h30 para 40min. Ocorre que, o conteúdo tem adquirido uma densidade, uma concentração de informações, de conhecimentos, e nós julgamos melhor - para ficar mais fácil de aprender, mais fácil de estudar, de entrar em contato com o conteúdo -, colocar vídeos mais curtos, de 40min. Isto favorece a continuidade dos episódios e a absorção por parte de quem está do outro lado assistindo aos vídeos.
Na verdade, esta é uma tendência dos vídeos na Internet. Cada vez os vídeos se tornam mais curtos e quem produz conteúdo na Internet acaba tendo que se adaptar, porque as pessoas não têm muito tempo, elas precisam, às vezes, ter um acesso rápido ao conteúdo. Embora nós não possamos fazer um Gênesis em quatro minutos (não seria adequado), resolvemos fazer em 40min, porque fica mais prático para que nós possamos estudar o tema.
Só o esclarecimento dessa pequena mudança para que você não estranhe estes últimos episódio, inclusive, o de hoje já está neste novo formato. Nós estamos estudando o capítulo 3, que é o diálogo entre a serpente e Eva e, depois, Adão, que vai culminar na expulsão deles do Jardim de Delícias ou do Éden. Gostaríamos de fazer uma observação muito importante: popularizou-se, sobretudo na reforma protestante especialmente na reforma protestante e durante um tempo na teologia católica (mas apenas durante um tempo) a ideia de que, primeiro, toda verdade estaria contida no texto bíblico: uma espécie de fundamentalismo bíblico.
Lia-se os textos bíblicos (como em alguns setores hoje ainda se leem dessa forma) como se ó texto Biblico tivessem uma obrigação de dizer tudo sobre o Universo, todas as verdades para sempre. É óbvio que, com um pouco de raciocínio, com um pouco de reflexão sincera e desapaixonada, com um pouco de bom-senso, nós percebemos que isto não é lógico, não faz muito sentido. Por que não faz sentido?
Por que não é da estrutura dos textos (seja qualquer texto) esgotar o assunto. Nenhum texto esgota um determinado assunto. Nós vamos dar um exemplo singelo: imagine que você ou seu filho que está na escola seja convidado a fazer uma redação sobre a maçã vai falar alguma coisa sobre á maçã ou pera ou abacaxi (não importa).
Imagine se para redigir esse texto você tiver que dizer tudo que existe sobre o abacaxi. Bom, o quê vai acontecer? Você vai demorar milhões de anos para escrever esse texto e ele terá bilhões de páginas.
portanto É da estrutura do texto - entenda isto - é da natureza do texto ser incompleto porque todo texto é um pedaço de um diálogo. Isto mesmo! Todo texto se insere em um debate em um debate que se iniciou antes daquele texto ter sido escrito e um debate que não vai se encerrar com aquele texto.
Portanto, se você escreveu um texto, hoje, ele está dialogando com o que já foi escrito no passado e está abrindo um diálogo para o que será escrito no futuro. O texto possui o que os teólogos chamam de intertextualidade. É este relacionamento que os textos travam entre si e que faz parte da nossa natureza humana.
Cada um de nós é fruto de ascendentes (avós, bisavós, pais, mães) e todos nós nos conectaremos com os descendentes, ainda que não seja na linha direta (porque você pode ter ou não filhos), mas na linha indireta (sobrinhos, primos). Todos teremos aqueles que nos seguirão e representarão a geração seguinte da nossa atual linhagem. Os textos também possuem essa característica.
Por que nós estamos comentando isto? Porque muitas pessoas, às vezes, ficam aturdidas, perplexas, com o fato de não haver informação precisa sobre determinado elemento do texto bíblico. Isto é proposital!
Eu vou dar um exemplo: de onde veio a serpente? Qual a história da serpente? Fala-se com detalhe da criação de Adão, ó texto descreve com razoável detalhe a criação de Eva, situa os dois no jardim e, de repente, aparece uma serpente astuta, inteligente, argumentativa, cheia de estratégia.
Onde a serpente adquiriu esse conhecimento e essa experiência? Qual é a história dessa serpente? Nós vamos percebendo que o texto lida com um explícito e um implícito, o que é dito e o que não é dito.
E, para um estudo profundo do texto, nós precisamos lidar com as duas informações. Com aquilo que é dito, com a parte que está expressa no texto, nós temos que ser cuidadosos e fiéis, porque não dá para fugir daquilo que está expresso no texto. Mas com aquilo que não está dito, nós temos uma margem de raciocínio, uma margem especulativa, é onde cada intérprete vai construir a sua maneira de interpretar.
Por esta razão, o povo hebreu, na sua tradição de estudo dos textos hebraicos - que nós, ocidentais, chamamos de Velho Testamento - costumavam dizer que a Torá (o texto bíblico hebraico) possui setenta faces, porque exatamente nessas lacunas, naquilo que não tem no texto que os interpretes propunham ideias, caminhos interpretativos e se destacavam, alguns pela sua habilidade, pelo seu bom-senso e, outros, pela fragilidade das suas interpretações. Mas não tem problema, o importante é que tudo se somava para uma visão completa do texto. Aqui, você, talvez se pergunte: qual a história dessa serpente?
O que é essa serpente? Como nós estamos fazendo um estudo à luz da Doutrina Espírita, como nós, aqui, estamos utilizando daquela chave que constitui os princípios espíritas, aqueles princípios que explicam o mundo espiritual e as relações do mundo espiritual com o mundo corporal que foram sistematizadas e organizadas por Kardec (Não são de Kardec. Kardec foi um repórter, um arquivista, aquele que colecionou, aquele que organizou os textos, mas a informação veio dos próprios Espíritos), de posse desses princípios e desses conhecimentos, nós aplicamos ao texto.
Por exemplo: há um princípio que nós aprendemos no Espiritismo de que há a pluralidade dos mundos habitados. Isto significa que todos os globos, todos os astros, todos os corpos celestes são habitados. Os Espíritos vão dizer à Kardec que não há vazio.
Agora, nem todos os orbes são fisicamente, biologicamente habitados, porque os mundos variam na sua conformação, na sua estrutura e no seu grau evolutivo. Portanto, há mundos habitados mais habitados que o nosso porque, por exemplo, você pode colocar centenas de Terras dentro de Júpiter. Então, é natural que a população de Júpiter seja muito superior do que a população do planeta Terra.
Agora, no planeta Júpiter, os seres que lá habitam não possuem mais um corpo biológico estruturado em carbono, físico, tão material quanto o nosso. Mas, Júpiter é habitado. Isto implica, então, na ampliação do nosso raciocínio para encarar o Universo infinito como a verdadeira humanidade e a Terra como uma pequena família no concerto universal.
Olha como que esse princípio abre um horizonte vasto para a nossa investigação. Isto significa que habitantes de outras famílias, de outros lugares podem vir, inclusive, encarnar no nosso orbe com as suas conquistas intelectuais, com as suas conquistas morais, mas também, com os seus defeitos, com as suas más inclinações, com os seus maus pendores, trazendo vícios, hábitos, uma série de elementos para essa família terrestre. De posse desse princípio, nós podemos postular que a serpente, então, representa um agrupamento espiritual bastante intelectualizado que desenvolveu muito raciocínio, mas que está em um atraso moral, que deliberadamente nega autoridade da lei divina e age, pensa, se comporta, se dirige contrariamente à lei divina, querendo estabelecer uma espécie de domínio temporal paralelo, um poder paralelo ao poder supremo de Deus.
Esse agrupamento é a serpente. E, toda vez que qualquer pessoa, toda vez que você, eu, nos comportamos, seja pensando, agindo, falando, ou mesmo nas nossas atitudes, toda vez que nós imitamos esse padrão é como se nós nos tornássemos serpentes, porque serpente não é um nome. Serpente é uma tipologia, serpente é um padrão psíquico, não é um grupo apenas de pessoas.
É um padrão psíquico. Esse padrão psíquico expressa apego à matéria, egoísmo, orgulho, prepotência, desejo deliberado de afastar-se de Deus, de não entrar em comunhão com Deus. Este é o padrão psíquico da serpente.
E o padrão psíquico de Eva? O padrão psíquico de Eva é o padrão daquele que, embora não tenha uma natureza má, não queira praticar o mal, também não tem um compromisso com a lei divina. Então, ele oscila, está no meio entre a bondade e a maldade, a humildade e o orgulho, a caridade e o egoísmo.
Está oscilando, oscilando. . .
. Mas, por conta do interesse pessoal - olha aqui - a questão de Eva não se trata tanto da paixão ou do vício. A questão de Eva é o interesse pessoal.
A serpente, não! A serpente é a representante do vício, e da paixão, age deliberadamente, seja por conta do vício moral que acalenta há milênios, seja por conta da paixão, da falta de domínio de si mesmo. Eva, não!
Eva age por interesse pessoal e é o interesse pessoal que a coloca na cilada. A queda de Eva é fruto de uma fragilidade ética ,por conta do interesse pessoal. Isto nós vemos muito, sobretudo, nos dias de hoje.
A pessoa não é propriamente desonesta, mas o interesse pessoal a leva a ser desonesta, o interesse pessoal a faz meter-se em verdadeiras ciladas, arapucas, situações extremamente complexas que podem, inclusive, redundar em questões cármicas, colocá-la numa situação complicada perante a lei de causa e efeito, tudo por conta do interesse pessoal, às vezes, um interesse, um desejo quase pueril, quase infantil. Nós podemos ver aquela pessoa que tem um anseio de aparecer, de destacar, de ser aplaudida, de ser vista, porque ela tem uma carência interior, ela quer ser aprovada, há alguma fissura na sua auto-estima, há algum problema na formação da sua individualidade que ela se sente insegura e demanda aprovação e o aplauso dos outros para construir a sua segurança interior. Esse interesse pessoal de destaque pode colocá-la em situações constrangedoras, muitas vezes, pueris, não por maldade, por interesse pessoal.
Isto é Eva. Esta é a atitude psíquica de Eva. Muitos no orbe cometem erros, cometem crimes - até mesmo crimes -, por conta dessa postura psíquica de Eva.
O interesse pessoal se sobrepõe até mesmo ao bom-senso. O benfeitor Emmanuel vai descrever o processo da queda de Eva no primeiro capítulo do livro Pensamento e Vida quando ele indica o processo de crescimento espiritual dessa psique Eva. Como esse tipo psíquico - Eva - cresce espiritualmente?
Através das ilusões que salteiam a inteligência. Salteiam, no sentido de assaltar, de sequestrar, de roubar. Quando o ladrão vem e amarra uma pessoa, agride, bate nela, tira tudo dela: é este o sentido.
A ilusão vem, amordaça a inteligência, ataca a inteligência da pessoa, amarra o bom-senso dela e ela se mete em situações que quem está de fora pensa assim: ‘Mas, meu Deus, como é que fulano, uma pessoa tão inteligente, uma pessoa tão esclarecida foi entrar numa cilada boba dessas! ’ Este é o processo de crescimento do padrão psíquico que o texto vai chamar de Eva. Nós percebemos, aqui, que esse tipo psíquico é diferente do tipo psíquico da serpente.
A serpente, não: ela sabe que está praticando o mal porque ela quer o mal, ela se compraz no mal, ela tem prazer no mal e, não raro, ela tem ganho consciente com a prática do mal. Aqui é diferente! O psiquismo da serpente é rasteiro.
É aquela psique que está profundamente agarrada aos interesses materiais mais mesquinhos. Por isso que é chamada de serpente. Dá para perceber, agora, que nós temos desses três tipos psíquicos: um deles é animalesco; os outros, são humanos.
Eva e Adão são tipos psíquicos humanos. O tipo psíquico serpente está mais para o animal do que para o humano. O tipo psíquico serpente é a inteligência bestializada, é o campo de concentração, é o engenheiro que projeta uma câmara de gás para matar milhares de pessoas, é um grupo político, econômico, científico que atira uma bomba em uma cidade matando centenas de milhões de pessoas, são aqueles que adulteram um alimento correndo o risco de infeccionar milhões, tudo para ganhar alguns centavos.
Então, é um é grotesco. O psiquismo da serpente é grotesco, é muito animalizado, tem uma alta dose de violência, de agressão, de rebeldia, de completo descaso para com o outro. Se eu estiver bem, que todos os outros morram e eu não quero saber, só olho para mim.
O psiquismo da serpente é mais difícil, só a dor imensa e profunda será capaz de, ao longo dos séculos, lapidar esse psiquismo serpente, transformando em um outro psiquismo mais sutil, mais bondoso, mais harmonizado com as leis divinas. No caso de Eva, Eva, é o egoísmo, o interesse pessoal que a leva a fazer coisas que, eticamente, ela não concorda, no fundo ela não concorda, mas faz por conta do interesse pessoal. Você deve estar se perguntando: e Adão?
Que tipo psíquico é Adão? Adão é o tipo psíquico do omisso. É aquele que não se permite refletir, que não se permite analisar, que não pensa nas consequências, não se conhece, não tem auto-domínio.
Lembra alguém que está de olhos abertos, mas que parece viver dormindo. Ele não está espiritualmente acordado. Paulo chamava este tipo psíquico de ‘aqueles que dormem’.
Ele está em um sono, ele vive, come, se reproduz, faz as suas necessidades físicas, básicas, mas espiritualmente é uma larva em um casulo, está hibernando. Lembra um urso que comeu, comeu, comeu e, agora, hiberna. Este é o psiquismo de Adão.
Ele não é mal, mas também não é bom. Às vezes, ele não prejudica, mas também não faz nenhum bem e segue pelo mundo apenas usufruindo: usufrui dos recursos naturais, usufrui da generosidade das pessoas, usufrui dos talentos, usufrui daquilo que a vida dá, mas oferece muito pouco. Então, Emmanuel diz que na contabilidade da vida, eles estão no negativo, porque eles não sabem retribuir à vida o muito que recebem (a benção do corpo físico, a bênção da existência a bênção da família) e passam como espécie de predadores.
Eles só consomem, onde chegam usufruem, mas nunca cogitam de retribuir. É muito sério isto. É aquele companheiro que chega, usufrui de tudo na Casa Espírita (toma passe, água fluidificada, participa das atividades), mas nunca perguntou se alguém precisa da ajuda para pagar a luz da Casa Espírita.
Ele não se pergunta isto, porque o psiquismo dele está viciado em usufruir, em receber. Portanto, ele recebe muito bem - às vezes, tem até bom gosto, ele sabe receber-, mas está com as mãos mirradas. As mãos que dão, as mãos que doam no psiquismo de Adão são atrofiadas, porque não exercem, não trabalham, não são utilizadas.
Por incrível que pareça, dos quase oito bilhões de encarnados na Terra, a grande maioria é o psiquismo Adão. Não é mal, mas também não é bom. Ele se emociona com as coisas boas, mas não se dispõe a sair da frente da televisão, do conforto da sua casa para fazer qualquer coisa de útil.
Quando ele sai, é porque ele precisa de alguma coisa, algum problema, alguma dificuldade. Ele quer usufrui e mesmo quando ele está sendo beneficiado, é exigente, ele sempre anda com o Código de Defesa do Consumidor na mão, ele é muito cioso dos seus direitos, mas não sabe nenhum dos seus deveres. Esta é a maioria da população humana.
A maioria dos encarnados na Terra está categorizada nessa tipologia do psiquismo de Adão: dorme dorme na carne para acordar na desencarnação. E foi escrito um livro para Adão. Há um livro da psicografia de Francisco Cândido Xavier, ditado pelo Espírito André Luiz, que descreve o Adão desencarnando.
Isto mesmo: como que Adão desencarna? O que acontece com Adão quando ele acorda no mundo espiritual. Quer saber?
Leia o livro Nosso Lar, que conta a história desse psiquismo de Adão desencarnando e vendo a realidade da vida imortal, da vida imperecível e, daí, ele toma um susto, porque ele percebe que estava encarnado, mas era um morto; e, agora, depois que morreu, é que ele está vivo. É um paradoxo. paradoxo.
geralmente A história é muito curiosa, porque, ao longo dos séculos, o texto do capítulo 3 foi lido numa perspectiva machista, contrapondo um homem-gênero com mulher-gênero. Mas, o texto não tem essa intenção. Aqui, estamos contrapondo tipos psíquicos.
Então, existem mulheres que estão categorizadas em um tipo psíquico Adão. Existem homens que estão categorizados no tipo psíquico Adão. Assim como existem pessoas homoafetivas que, psiquicamente, são Adão.
Agora, nós temos homens, mulheres e homoafetivos que podem ser categorizados no tipo psíquico Eva. Isto, aqui, não tem a ver com gênero. Isto aqui tem a ver com tipologia psíquica.
O que é Eva? Eva age por paixão. Por isso, que é o elemento feminino, porque tem a ver com a esfera, tem a ver com aqueles elementos da emoção.
O que trai Eva não é um elemento intelectual. O que joga Eva no chão é um elemento emocional, é o interesse pessoal de caráter emocional, seja uma paixão, aquele desejo (não uma paixão - me desculpem - não é uma paixão, porque a paixão é mais para a serpente), é aquela emoção não educada, não controlada, um impulso emocional, um desejo forte que a leva a, assumir a proposta ideológica da serpente. Nós verificamos que muitos psiquismos na Terra são materialistas porque compraram uma ideia da serpente.
Não é porque são propriamente convictos do materialismo, é porque compraram a ideia, foram por algum interesse pessoal, por algum ganho emocional, eles se posicionam ali, eles estão tendo algum tipo de benefício com aquela postura, mas não estão propriamente convictos daquela posição. E, não raro, essas são as criaturas que vão influenciar aquelas que dormem, porque - é claro - o psiquismo Adão é um barco sem vela que para onde o vento bate, ele vai. Este é o psiquismo Adão.
E óbvio que o psiquismo Adão vai ser comandado pelo psiquismo Eva. Se você entrar em uma organização, a maioria é psiquismo Adão e você terá algumas dezenas de psiquismo Eva, os seus líderes. Eles vão comandar aquela massa de dormentes, vão comandar por interesse pessoal e, daí, você vai identificar uma meia dúzia, que é a turma que está comprometida com valores do mal, valores contrários à lei divina.
São poucos. Mas, altamente perversos, com ação altamente deletéria. Este é o psiquismo da serpente.
É incrível porque esse grupo de líderes do psiquismo Eva acaba entrando em contato e sendo manipulado por esse psiquismo perverso. Nós vemos isto claramente quando se estuda os bastidores da Primeira Guerra Mundial, da Segunda Guerra Mundial. Nós conseguimos, nitidamente, sobretudo na Segunda Guerra Mundial, separar os psiquismos.
O que foi psiquismo Adão, que estava dormindo, que estava seguindo e não sabia nem o que estava fazendo, é quase que uma omissão criminosa. Você perguntava assim: ‘você sabia que milhares de pessoa estão sendo assassinadas? ’.
‘Não! Eu vi um tanto de gente entrando em um trem, mas não me perguntei. ’ Tinha um número mais reduzido que era o psiquismo Eva.
Ele não concordava, às vezes, até ficava compadecido, até horrorizado, mas tinha um ganho. Por exemplo, ele vendia o gás que ia ser utilizado na câmara de gás. Era o comerciante do gás.
Via crianças sendo assassinadas truculentamente, mas o ganha pão dele era o gás. Então, ele vendia o gás para matar pessoas. Este é o psiquismo Eva.
E havia o psiquismo da serpente, que eram aqueles que matavam com requintes de crueldade, chegando a sentir um prazer mórbido. Alguns fotografavam o rosto das vítimas pelo prazer de ver a expressão de horror no rosto delas. Este é um psiquismo serpente: daquele Espírito que se prendeu nas teias da maldade, da perversidade, alguns ingressando em quadros psicóticos, podendo ser categorizados na lista daqueles distúrbios psíquicos de longo alcance, que somente os séculos são capazes de curar, séculos de reencarnação em resgate, em sofrimento para poder restaurar aquele psiquismo doentio.
Espero que você tenha compreendido o quadro dessas tipologias psíquicas, porque é uma maneira didática. Não é que isto esgote. É claro que tem pessoa que está aí e você não sabe se ela faz parte de um grupo ou de outro: ela está em uma área cinzenta, nem muito um, nem muito outro.
Isto aqui é didático. É uma proposta didática para que nós compreendemos uma coisa importante: a pergunta que o capítulo 3 quer responder é qual ? qual é a pergunta é a seguinte: como o mal se alastrou no mundo?
Esta é a pergunta: como o mal se alastrou no mundo? Como o mal assumiu as proporções universais no planeta Terra? Como aconteceu isto?
Por que aconteceu isto? Qual foi a dinâmica desse crescimento exponencial do mal enquanto o bem cresce aritmeticamente? O bem cresce assim: ele sai de dois, vai para três, três e meio, três vírgula sete, três vírgula setenta e cinco.
O mal cresce assim: sai de dois vai para seis,, doze, vinte e sete, trinta. Entenderam? Por quê?
O capítulo 3 de Gênesis quer ser uma reposta a essa pergunta. Como que o capítulo 3 responde essa pergunta? Criando, didaticamente, essa tipologia psíquica: a tipologia da serpente, a tipologia Eva e a tipologia Adão.
Daí, nós entendemos porque o mal ganha tanto campo de uma maneira tão rápida: por conta dessas tipologias psíquicas, por conta disto aqui. Quando você vê alguém envolvido no mal, ele pode não ser uma pessoa má. Há até uma campanha, agora, sobre acidente de automóvel, sobre embriaguez ao volante e a campanha publicitária tem uma frase genial que diz assim: pessoas boas também matam.
Olha que interessante: porque você imagina que alguém que pega o volante e mata alguém, imprudentemente, é porque ele é um perverso, um criminoso. Não. Às vezes, é uma pessoa imprudente.
Sabia que não podia beber, é uma boa pessoa, um pai de família exemplar, uma mãe de família exemplar, uma pessoa sensacional, uma pessoa maravilhosa, aí comete uma imprudência: bebe, pega o veículo sem condições de dirigir e acontece uma fatalidade. É o Adão. Nós vamos percebendo a complexidade, a sutileza, as nuances e como que nós não podemos tratarcomo mal, como se todos fossem serpente.
A fala de Jesus com o fariseu truculento, com um fariseu serpente é diferente da fala de Jesus com um fariseu Eva e é diferente da fala de Jesus com um fariseu Adão. Jesus modula, adequa o seu ensino e a sua advertência ao tipo de psiquismo que ele está tratando. Por exemplo, com a mulher adúltera, você acha que a mulher adultera é um tipo psíquico serpente?
Claro que não! Olha como Jesus lida com ela. Agora, com aquele fariseu truculento que usa a religião para a prática do mal, para assassinar pessoas, ele fala o quê?
Ele fala assim raça de víboras. Entendeu agora? Não é que Jesus está nervoso, ele está sendo preciso: raça de víboras.
É da linhagem da serpente. São víboras. É o tipo psíquico víbora/ serpente.
E, nós entendemos que para nesse grupo o remédio tem que ser um pouco mais amargo, às vezes, tem que ser uma internação, uma injeção, um soro, ou até mesmo uma cirurgia porque o tumor psíquico, muitas vezes, tomou conta da estrutura daquele ser e precisa ser extirpado. Espero que você tenha gostado e que isto tenha contribuído para ampliar a sua reflexão sobre este texto maravilhoso. No próximo episódio, nós damos sequência a essa reflexão.
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