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Video Transcript:
Uma boa noite a todos vocês, meus caros. Sejam muito bem-vindos à nossa conversa! Toda sexta-feira, nós nos encontramos aqui à noite, às 21 horas, sempre tratando algum tema de história, fé, doutrina. E no dia de hoje, vamos falar aqui sobre o primado de Pedro. É um tema bastante polêmico, bastante discutido, né? Muita gente, quando olha para esse tema, acaba se apegando a argumentos que parecem ter lógica, mas, na verdade, são argumentos profundamente vazios, ideológicos, etc. Então, hoje, nós vamos falar desse tema: o primado de Pedro do ponto de vista histórico, porque existem provas históricas
do primado de Pedro e da sucessão apostólica que conservamos na Igreja Católica. Vamos falar dos argumentos teológicos, bíblicos e também dos argumentos que nos vêm da tradição e do magistério da própria Igreja a respeito do papado, né? Então, esse vai ser aí o tema da nossa conversa dessa noite. Aproveito para acolher todos os que estão chegando, que já estão por aqui também. Desde já, já deixo aqui o meu abraço àqueles que forem assistir depois, né? Então, sempre esses conteúdos ficam aqui no canal para que possam ser acessados devidamente depois, né? Então, cada um, de acordo
com o seu tempo, com a sua possibilidade, pode fazê-lo, né? Muito bem! Então, aqui para desenvolver essa nossa conversa, eu vou utilizar um artigo que eu mesmo escrevi há 3, 4 anos atrás. Deixa eu ver aqui, foi há 3 anos atrás, né? Eu escrevi um artigo para aquelas revistinhas da Minha Biblioteca Católica, falando sobre o primado de Pedro. Aí, ó, quem tem, né? Eu vou utilizar essa revistinha aqui; ela veio junto com um livro sobre os Papas, né? E aí, então, eu vou tomar aqui algumas citações bíblicas que eu mesmo coloquei nesse artigo quando escrevi,
para que a gente comece entendendo bem a situação. Então, quando nós falamos do primado de Pedro, o que queremos dizer com isso? Nós queremos dizer que, lá no capítulo 16, versículo 18 e seguintes do Evangelho de São Mateus, está claro, está lá textualmente dito que Jesus estava fundando uma Igreja. Jesus pergunta, primeiro, quem as pessoas dizem que ele era. Ele pergunta, né? "Quem vocês ouvem dizer que eu sou?" E aí, então, os apóstolos vão dizendo: "Bom, tem uns que dizem que o senhor é um profeta, outros dizem que é João Batista que ressuscitou, outros ainda
dizem que o senhor é algum profeta antigo." Muito bem! Jesus ouviu e, em seguida, Jesus disse: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Quer dizer, "E vocês?" Então, primeiro vocês estão me dizendo que os outros dizem, mas agora eu quero ouvir o que vocês têm a me dizer. E aí, então, Pedro toma a palavra. Por que Pedro? Pedro fala em nome dos outros. Então, isso já por si só demonstra que havia uma precedência de Pedro em relação aos outros apóstolos. Pedro é sempre o que fala primeiro, é sempre o que toma a palavra, é sempre
o que toma atitude. Então, Pedro responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." E aí, Jesus faz um elogio e diz: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas o meu Pai que está nos céus. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Tudo que ligares na terra será ligado no céu. Tudo o que desligarem na terra será desligado no céu." Então, Jesus é bem
claro aqui. Jesus fala de edificar a minha, no singular, não minhas, no plural. Assim como Deus é um, o batismo é um, a Igreja só pode ser uma, senão seria incoerente. Nós temos um único Deus, e várias igrejas? Então, será que é o mesmo Espírito Santo que inspira todo mundo, que inspirou um que vai dizer o contrário do outro, que vai dizer o contrário do outro, e aí um vai contrariando o outro? Será que pode ser o Espírito Santo? Não pode ser, porque o Espírito Santo não se contradiz. Jesus diz: "Minha Igreja", uma só; existe
uma, é um só Deus, um só batismo, uma só fé, uma só Igreja, não são várias, mas uma. E Jesus confia essa Igreja a Pedro. Jesus promete: "Eu te darei as chaves do céu. Tudo que você ligar na terra, eu vou ligar no céu; tudo que você desligar na terra, eu desligo no céu." Ou seja, a Igreja é uma instituição divina e que conta com assistência divina, porque Deus não cometeria a loucura de deixar nas mãos de pecadores tão fracos e tão miseráveis um tesouro que é Seu. Então, Cristo não se dá simplesmente as chaves
do reino a Pedro, mas Ele dá também a assistência divina necessária para manter essa Igreja, para o governo desta Igreja. Tem um historiador francês, o Daniel Roues, que diz assim: "Não existe no mundo nenhuma instituição tão cheia de gente pecadora, de gente miserável; não existe nenhuma instituição tão mal administrada e que teve chefes tão indignos quanto a Igreja Católica." Mas isso, ao invés de depor contra ela, depõe a favor, porque se ela não fosse de origem divina, ela não teria se mantido. Essa é a conclusão de Daniel Roues, e é verdade, a Igreja não teria
se mantido. Realmente, nós tivemos na história da Igreja muitos santos, mas nós tivemos também na história da Igreja muita gente indigna, muita gente que agiu mal, que deveria ter feito o bem, deveria se comportar de acordo com a dignidade que carregava e não o fez. Então, isso mostra que a Igreja é divina. E por que a Igreja é divina? Porque... É o seu fundador. Jesus é Deus. Jesus fundou a Sua Igreja. Então, quando nós olhamos aqui para o texto bíblico, vamos pegar aqui alguns dados, algumas referências importantes. Primeiro, São Pedro é mencionado nos quatro Evangelhos
154 vezes. Nenhum apóstolo é mencionado tantas vezes, nem João, que era o discípulo amado, não é mencionado tantas vezes, mas Pedro é. E quem escreveu os Evangelhos? Mateus era apóstolo, João era apóstolo; conviveram com Jesus. Eles mencionam Pedro, eles dão testemunho. Agora, Lucas e Marcos não conheceram Jesus; escreveram depois, se converteram depois, chegaram depois, mas mesmo assim, no Evangelho de Marcos e no Evangelho de Lucas, mas principalmente no de Marcos, há muitas e muitas referências a Pedro. Então, Pedro não é qualquer um; Pedro não é mais um entre os 12. Pedro ocupa claramente um local
de destaque. Os números provam isso. Aqui, eu estou dando para vocês um argumento numérico, estatístico: Pedro aparece nos quatro Evangelhos 154 vezes. Isso não é por acaso; isso não pode ser fruto do acaso, né? E, além disso, o próprio nome de Pedro carrega a sua missão. O nome de Pedro vem de "Petros", que significa "pedra", mas seu nome, em aramaico, era "Kefa", que acabou sendo traduzido para o grego. E Jesus, quando muda a missão de Pedro, quando dá a ele uma missão, muda o seu nome. Seu nome original era Simão. Ele passa a se chamar
Kefa, Pedro, Pedra. Jesus, ao dar a ele este nome, estava dando a ele uma missão, certo? E na Sagrada Escritura, sempre que alguém muda de nome, significa que a pessoa está mudando de missão, está recebendo uma missão diferente. Bom, Pedro nasceu na região da Betânia. Nós vemos isso no capítulo 1, versículo 44 do Evangelho de São João. João 1:44 fala que Pedro é de Betânia. E também o Evangelho de São Lucas, capítulo 5, versículo 10, vai dizer que ele tinha uma pequena empresa de pesca junto com o seu irmão André, Santo André, e em sociedade
com os irmãos João e Tiago maior. Então, no capítulo 5, versículo 10 do Evangelho de São Lucas, a gente vê essa sociedade de dois irmãos e mais dois irmãos: Pedro e André, Tiago e João. Eles trabalhavam juntos. Então, o que sabemos de Pedro? Que ele era um judeu praticante, um judeu que confiava na presença ativa, na presença viva de Deus na história do seu povo e que também esperava a manifestação do Messias, a manifestação de um Salvador, como todo seu povo esperava. Nós sabemos também que Pedro tinha sido casado. Como sabemos disso? Porque vemos nos
Evangelhos que Jesus cura a sogra de Pedro. Então, para ter sogra, ele tem que ter tido esposa. É curioso que não há uma referência à esposa de Pedro. Aí, o pessoal às vezes assiste ao "The Chosen" e vê lá a esposa de Pedro; aquilo ali é uma licença poética. O Evangelho não fala da esposa; fala da sogra, mas não fala da esposa. Para os judeus, o fato de não mencionar a presença de alguém importante pode ser, nem sempre é, mas pode ser um indicativo de que aquela pessoa já finou-se, já morreu. Então, provavelmente, São Pedro
era viúvo. A grande prova disso é que, ao entrar na casa da família de Pedro, Jesus cura a sogra de Pedro e a sogra de Pedro se levanta e prepara o alimento para eles. Se Pedro tivesse esposa, o mais lógico seria que a esposa tomasse conta disso enquanto Jesus falava ali com a mãe dela, né? Mas não há referência à esposa, não há referência também a filhos de São Pedro, embora a tradição tenha conservado uma história interessante de uma moça que seria a filha de São Pedro. Inclusive, quando Pedro vai para Roma, segundo a tradição,
ele acaba levando consigo essa filha e, quando foi martirizado, pouco tempo depois, a filha também teria sido martirizada. Essa tradição encontra até um certo eco na arqueologia porque, realmente, quando foi descoberto o túmulo de São Pedro, do lado do túmulo de São Pedro havia o túmulo de uma jovem, de uma moça, e existiam alguns grafites, alguns rabiscos em cima da lápide do túmulo dela, identificando-a com o nome de Petronila. Talvez não fosse esse o nome original dela, mas talvez ela tivesse passado para a história sendo chamada assim por ser filha de Pedro: Pedro, Petronila, a
filha de Pedro. E de fato, havia esse túmulo ali, muito próximo do túmulo de São Pedro, e uma desconfiança muito grande de que pudesse realmente ser a filha dele. Então, sabemos com certeza que ele era casado. Ele vivia na cidade de Cafarnaum e ali ele se encontra com Jesus. Depois de Pentecostes, Pedro vai viver com Jesus ali 3 anos. Quem mostrou Jesus para Pedro foi o seu irmão André. André já procurava essa salvação esperada pelos judeus e foi André que encontrou Jesus. E André, então, voltou e falou para Pedro, seu irmão: "Vem ver". E é
André que mostra Jesus para Pedro. Pedro viveu ali em Cafarnaum durante muito tempo, acompanhou Jesus no grupo dos apóstolos. Ele recebeu as chaves do céu e tinha precedência sobre os apóstolos. Ele falava primeiro, ele é mencionado mais vezes, ele toma a palavra e fala em nome do grupo. Em todas as listas de apóstolos dos quatro Evangelhos, Pedro é nomeado primeiro. Isso não é por acaso. Quando Jesus ressuscitou, Madalena avisou os apóstolos. Pedro e João correram até o túmulo. João, que era mais novo, chegou antes, mas não entrou. Pedro chega depois e entra. Por quê? Autoridade.
Aquele que... Goza de maior autoridade. Ele tem a precedência. Ele deve entrar. Ele deve se certificar da Ressurreição primeiro, e é Pedro quem faz isso quando Jesus ressuscitado aparece. Jesus ressuscitado vai dizer a Pedro: "Eu roguei por ti, Simão, para que você não desfaleça. Confirma os teus irmãos." E nós entendemos, e a Igreja sempre entendeu isso: que esta promessa de Cristo a Pedro se estende a todos os sucessores de Pedro. Ou seja, Jesus continua a dizer até hoje: "Eu roguei por ti: ontem, Pedro; hoje, eu roguei por ti, Francisco; amanhã, o Papa, o sucessor de
Pedro que o Espírito Santo mandar." É assim que a história da Igreja funciona; então, as coisas se prolongam no tempo: "Eu roguei por ti para que a tua fé não desfaleça. Confirma os teus irmãos." A missão do Papa é confirmar a Igreja, é confirmar os irmãos na fé. Muito bem, então, depois de Pentecostes, São Pedro vai desempenhar uma importante missão de guiar os apóstolos, conforme o mandato de Cristo em Mateus, capítulo 16. A liderança de Pedro era uma liderança visível em vários trechos do Livro dos Atos dos Apóstolos. Vamos citar aqui algumas dessas passagens. Então,
por exemplo, é Pedro quem conduz a eleição de Matias. Judas Iscariote se enforcou, e os apóstolos entenderam que era preciso eleger um novo apóstolo para tomar o lugar de Judas. Quem preside a eleição de Matias? Pedro. (Atos, capítulo 1, versículos de 15 a 26). É Pedro. Depois, ele realiza a primeira pregação apostólica (Atos, capítulo 2, versículos de 14 a 36), isso depois de Pentecostes. E, depois, ele batiza os primeiros convertidos (Atos 2, de 37 a 41) e realiza a primeira cura registrada nos Atos dos Apóstolos (capítulo 3, versículos de 1 a 10). Quem primeiro evangelizou
os pagãos também foi Pedro (Atos 8 e Atos 10) e conduziu o primeiro Concílio da Igreja em Jerusalém (Atos 15). Então, basta a gente pensar que os doentes, depois de Pentecostes, ficavam perfilados, sentados lado a lado perto da porta de entrada do Templo de Jerusalém e ficavam ali esperando que Pedro e João passassem para ir rezar no Templo. A esperança dos doentes era de que pelo menos a sombra de Pedro os tocasse, porque a sombra de São Pedro era o suficiente para curá-los. É isso que o Livro dos Atos dos Apóstolos já vai dizer claramente.
Então, é muito interessante. Então, Pedro, depois de Pentecostes, vai começar a sua obra em Jerusalém, mas, de Jerusalém, ele vai para a Samaria e, da Samaria, ele vai para Antioquia e funda a Igreja de Antioquia. Então a Igreja de Antioquia é uma sede episcopal, fundada pelo Apóstolo São Pedro. Lembrando que todos os apóstolos tinham a plenitude do sacerdócio. Então, os apóstolos eram bispos, e entre esses bispos, Pedro é o primeiro, o mais importante, aquele que detém o governo, aquele que recebeu as chaves do céu, é o vigário de Cristo. O que significa "vigário"? Aquele que
está no lugar de. Ele é o vigário de Cristo. Cristo subiu ao Pai, mas deixou a Igreja. Antes mesmo de aparecer a Bíblia organizada como temos hoje, Cristo deixou a Igreja. Cristo não deixou a Bíblia; quem organizou a Bíblia foi a Igreja. A Bíblia nasceu da Igreja, e não a Igreja da Bíblia. Existe uma diferença que é histórica. Somente lá no Concílio de Cartago, depois no Concílio de Roma e no Concílio de Constantinopla, é que a lista dos livros bíblicos foi firmada de maneira definitiva. Antes disso, existiam comunidades cristãs que conheciam os quatro Evangelhos, outras
conheciam dois, outras conheciam um. Não havia ainda essa uniformidade que vai aparecendo com o tempo. E Pedro, ao estabelecer-se na Samaria, prega o evangelho por ali e dali vai para Antioquia. Em Antioquia, organiza a igreja local, onde os cristãos receberão o nome de "cristãos" pela primeira vez. Então, são os cidadãos de Antioquia que vão nomear os cristãos como cristãos, e a palavra "cristãos" significa o quê? Um outro Cristo. Então, pela primeira vez, foram chamados de cristãos ali em Antioquia, nessa cidade de Antioquia. Pedro estabeleceu a Igreja e começou a visitar as cidades do Oriente. Ele
começou a visitar a região do Ponto, da Ásia Menor, da Capadócia e da Bitínia. Ele foi visitando essas regiões, fundando igrejas, para depois partir para Roma, onde irá governar a Igreja de Roma por 25 anos. Então, ele fundou várias igrejas no Oriente, na Capadócia, na Bitínia, e fundou Antioquia. Depois, ele vai para Roma. Por que Pedro resolve ir para Roma? E Paulo também vai. Por que vão a Roma? Porque Roma era a capital do império. Então, eles começam a pensar que, para difundir o evangelho, nada melhor do que estar em Roma, que era o centro
do mundo conhecido naquela época. Então, se você conseguisse batizar ou converter pessoas em Roma, essas pessoas, que estavam ali ou de passagem ou de visita, poderiam levar o evangelho para a sua própria terra. Foi ali, na cidade de Antioquia, no Oriente, naquela diocese, naquela Igreja fundada por São Pedro, que nasceu a festa do dia 22 de fevereiro, que é a festa da Cátedra de São Pedro. Era uma festividade celebrada ali em Antioquia e, o que é a cátedra de São Pedro? A cadeira de São Pedro. Na antiguidade, aquele que falava sentado era o mestre; ele
falava com autoridade, e os outros aprendiam e ouviam. Essa Cátedra de São Pedro ainda existe; está guardada no relicário que fica no altar principal da Basílica de São Pedro, no Vaticano. No ano passado, 2024, essa Cátedra de São Pedro foi retirada. De dentro do Relicário, e foi l, essa relíquia, né? Ela foi limpa, ela foi restaurada, né? É claro que essa cadeira, ao longo dos séculos, ela foi sendo enfeitada, esculpida; então, vários elementos que têm nela, hoje em dia, não fazem parte da cadeira original. A cadeira original era uma espécie de banco de madeira sobre
o qual Pedro ensinava, né? Primeiro em Antioquia, depois em Roma. Então, é daí que vem a festividade da Cátedra de São Pedro, né? O primado de Pedro em Roma é confirmado por inúmeras fontes apostólicas e patrísticas. Vamos citar alguns exemplos aqui de autores cristãos lá do começo da Igreja. O que eles falam sobre o primado de Pedro, né? Nós temos São Clemente Romano, que foi o quarto Papa e foi discípulo do próprio São Pedro; nós temos Santo Inácio de Antioquia, que era bispo; São Papias; São Dionísio de Corinto; Santo Irineu de Lyon; Orígenes; Tertuliano; Eusébio
de Cesareia; Santo Agostinho, entre outros. Esses primeiros autores dos primeiros séculos do cristianismo atestam a autoridade de Pedro, a presença de Pedro em Roma e a autoridade dele sobre os outros bispos de modo universal. Santo Inácio de Antioquia, quando foi preso e enviado para execução, no caminho, ele foi se encontrando com católicos de vários países, de vários lugares, que vinham para visitá-lo, para consolá-lo e mais, né? Esses católicos conheciam a fama de Santo Inácio de Antioquia, a fama de santidade desse homem, e vinham pedir uma bênção e, ao mesmo tempo, consolá-lo. E o que Santo
Inácio vai colocar numa de suas cartas? Ele vai dizer assim que, para surpresa dele, ele encontrou a mesma fé, a mesma doutrina, a mesma pregação, a mesma liturgia, tudo igual, porque a Igreja é católica. Então, ele vai usar essa expressão pela primeira vez: a Igreja é católica, ela é universal; ela está em vários lugares, mas é a mesma fé, é a mesma doutrina, tudo é pregado e ensinado do mesmo jeito, né? Então, estes autores do início do cristianismo dão um testemunho muito claro da validade do poder e da autoridade de Pedro. Aí, muita gente vai
dizer assim: "Ah, mas ele não era Papa, porque ele não era chamado de Papa". Bom, o nome Papa só vai aparecer no século IV. Mas uma coisa era muito clara: independentemente de existir o nome ou não, o que todo mundo sabia era o seguinte: Pedro era o chefe dos apóstolos, Pedro era o primeiro dos apóstolos. Isso já era muito claro na cabeça dos próprios apóstolos. E essa questão de que os sucessores de Pedro herdavam a autoridade que era dele também era muito clara, porque toda a Igreja, de modo universal, procurava essa comunhão com a Igreja
de Roma e entendia que havia uma autoridade no bispo de Roma diferente, e que esta autoridade tinha sido dada pelo próprio Cristo. Então, o papado, embora não tivesse ainda ouvido esse nome, todo o cerimonial do papado que vai se desenvolvendo ao longo dos séculos, nós podemos dizer que, autenticamente, nós já temos ali um Papa, um bispo de Roma, um Vigário de Cristo, um sumo pontífice. Os títulos, é claro, foram se desenvolvendo e chegando com o tempo, mas a essência do Mistério de ser o Vigário de Cristo, de governar a Igreja, já estava ali. Já estava
ali. É por isso que é um argumento absurdamente idiota dizer que Constantino fundou a Igreja Católica. Esse argumento só pode vir de pessoas que têm uma compreensão muito curta da realidade, que ignoram os princípios básicos da história e da arqueologia. E aí, nesse caso, a gente perdoa, porque é ignorância mesmo. Ou as pessoas podem afirmar isso por má-fé, por querer justificar uma teoria. As pessoas querem esticar a história para fazer caber essa narrativa dentro da "mentezinha" pequenininha delas. Aí é um problema. Então, muitos vão dizer: "Ah, Constantino que fundou a Igreja Católica, não!" Porque antes
de Constantino, nós já temos uma lista muito clara, muito bem definida de 29 Papas antes de Constantino. Então, como que Constantino fundou uma instituição que já existia antes dele? Como que Constantino fundou uma religião da qual a sua mãe já fazia parte? Porque a mãe de Constantino, a Imperatriz Helena, já era católica antes de Constantino. Então, como que Constantino conseguiu essa façanha de fundar a instituição da qual a mãe dele fazia parte antes dele mesmo fazer parte? Ou seja, ele fundou uma coisa? Como que ele fez? Ele voltou no tempo? Quer dizer, não tem cabimento
um negócio desse, né? É um argumento absurdo, é um argumento sem pé nem cabeça dizer que Constantino fundou a Igreja. A mãe dele já era católica, já existiam 29 Papas antes dele. A catacumba de São Calisto, em Roma, é um grande testemunho arqueológico. Eu tenho aqui do meu lado uma outra obra, "As Catacumbas Cristãs de Roma". Deixa eu colocar aqui perto para ver se dá para vocês verem, né? Essa obra aqui, né? É uma obra escrita pelo professor Pascoal Testini, um professor romano que vai fazer um estudo a respeito das catacumbas romanas. A catacumba de
São Calisto, eu tive a oportunidade de visitar esse local; ela tem uma galeria chamada de Capela dos Papas. Ou seja, dentro da catacumba de São Calisto existem os túmulos, esses Papas já não estão mais sepultados lá, os restos mortais foram retirados, mas existem lá vários túmulos, várias lápides com os nomes dos sucessores de São Pedro. Vários, vários, vários estavam todos sepultados ali no mesmo local. E aí a gente vai negar a arqueologia? A gente vai negar a história? A gente vai jogar fora e dizer: "Não, isso é mentira"? Pois é, mas os cientistas, os arqueólogos
têm aqui, ó, professor Testini. Professor da Universidade de La Sapienza de Roma, [Música] né? Pascoal Testine, grande estudioso das catacumbas, né? É um argumento histórico, não dá para negar, não dá para jogar fora, não dá para dizer que não é assim. A história diz que é assim. E outra coisa: muita gente vai falar: "Ah, mas Pedro, os apóstolos de Cristo, eles não eram católicos." Ah, não eram? Então vamos pensar: em 1949, foi encontrado o túmulo de Pedro. Foi encontrado, na verdade, no piso inferior; a Basílica Vaticana foi construída por cima e não tinham encontrado exatamente
o local onde Pedro estava sepultado. Sabia-se que Pedro estava ali porque a tradição da Igreja dizia, mas não se sabia o local exato. E aí o que acontece? Em 1949, uma equipe promoveu uma escavação no subterrâneo da Basílica de São Pedro a pedido do Papa Pio XII e encontram o túmulo de São Pedro. É um achado, algo documentado pelos cientistas. E aí o que eles encontram? O túmulo de Pedro e, sobre o túmulo de Pedro, um altar, um altar com a inscrição "Pedro está aqui". E então eles removem a lápide e encontram uma urna com
os ossos de um homem de origem judaica, idoso, e cujos ossos há sinais de tortura. Nós sabemos que São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo na colina do Vaticano, onde ficava o circo do Imperador Nero. Então, isso é arqueologia, são fatos, não dá para negar. Então, como dizer um disparate desse, que Constantino fundou a Igreja Católica? Não, nosso Senhor Jesus Cristo fundou a Igreja, que é una, que é santa, que é católica, que é apostólica e que é romana, porque os apóstolos Pedro e Paulo se estabeleceram em Roma, que era a capital do império,
e dali eles começam a difundir o evangelho por toda parte. Então, é importante ter isso em mente. Quando Pedro foi martirizado durante o governo de Nero, por volta do ano 67 depois de Cristo, entre o ano 64 e o ano 67, foi no governo de Nero que começou a grande perseguição aos cristãos, depois do incêndio de Roma. O incêndio de Roma aconteceu no ano 64, mas a execução de Pedro provavelmente ocorreu um pouco depois, né? Um pouco mais tarde, né? E não de maneira tão imediata. Então, nessa época, no ano 67, Nero manda prender massivamente
vários cristãos, entre eles os chefes da Igreja. Então, Pedro e Paulo são presos. São Pedro fazia parte de um grupo que conseguiu escapar, né? Nessa prisão, porém, durante a fuga pela Via Ápia, São Pedro, quando foi preso nesse grupo, ele vai se deparar com aquilo que a tradição da Igreja nos conta como sendo a história do "Quo vadis?" O que é essa história? Pedro, diante da dificuldade de levar o evangelho e fundir o evangelho ali em Roma, o que acaba fazendo? Pedro resolve voltar para o Oriente, resolve voltar para o lugar de onde ele tinha
vindo. E durante essa grande perseguição de Nero, né? De certa forma, ele se dá um pouco por vencido e resolve ir embora. E quando ele estava saindo de Roma pela Via Ápia antiga, perto da catacumba de São Calisto, perto da catacumba de São Sebastião, ali em Roma, ele ia tomando o caminho contrário, indo embora de Roma. E na direção oposta dele, ele vê um homem que vinha sobrecarregado com uma cruz, ensanguentado. E aquela imagem o chocou, porque imediatamente ele se lembrou de Jesus e falou: "Mas não é possível, né? O que está acontecendo aqui?" E,
num dado momento, esse homem, carregando a cruz, foi se aproximando dele, e ele reconhece Jesus de imediato. E ao chegar bem perto de nosso Senhor, ele cruza o olhar com Cristo e diz: "Quo vadis, Domini? Aonde vai, Senhor?" Porque Pedro estava saindo de Roma e Jesus estava vindo para dentro de Roma. Jesus vai responder a Pedro, né? Ele dirá: "Eu vou a Roma para ser crucificado novamente", ou seja, dando a entender: "Pela tua covardia em anunciar o evangelho, porque você não faz o que deve fazer. Então, eu vou a Roma para ser crucificado." E aí
então Pedro toma a resolução de não abandonar a cidade eterna, mas de permanecer ali e anunciar o evangelho no local onde aconteceu esse encontro. Essa é uma história que não está nos Atos dos Apóstolos, nem em nada. É uma história que foi conservada pela tradição. Nesse local, sobre a pedra, ficaram as marcas de dois pés, que, segundo a tradição, são os pés de Jesus, onde Jesus pisou, ali, marcou a pedra. E aí então foi construída, depois, uma capelinha que é chamada de Capela do Quo Vadis, né? Onde vai a capela do Quo Vadis? É uma
capelinha minúscula, né? De beira de estrada mesmo, né? Só para marcar esse encontro de Jesus com São Pedro. E aí Pedro volta. Quando Pedro volta a Roma, ele é martirizado, né? No dia 29 de junho de 67, ele foi levado ao circo de Nero como um espetáculo. E os romanos, que eram muito supersticiosos, tinham o costume de perguntar aos condenados o seu último desejo. E, é claro, né? Os soldados, quando podiam, eles até realizavam o desejo da pessoa, né? Do condenado. E no caso de Pedro, o pedido foi bastante inusitado. Ele pediu para ser crucificado
de cabeça para baixo. Ele tinha recebido a pena de crucifixão, mas não se sentia digno de morrer na mesma posição que o seu divino mestre. Então a cruz foi invertida e assim ele foi crucificado e foi enterrado, depois que morreu, ali nas proximidades do circo de Nero, no que mais tarde se transformou numa grande necrópole cristã, porque Pedro foi enterrado ali. E aí uma porção de gente, uma porção de cristãos queriam ter a... Honra de serem sepultados ao lado de Pedro. De fato, hoje em dia, bem abaixo do altar principal da Basílica de São Pedro,
existe realmente uma necrópole, uma cidade dos mortos, com vários túmulos de cristãos do século I que quiseram ser sepultados ao lado de Pedro. Hoje em dia, a urna com os restos de São Pedro fica um pouco mais elevada, um pouquinho mais perto do altar, o chamado Altar da Confissão. Então, já comentamos aqui o texto de São Mateus, Mateus 16. Eu pego aqui um ponto da tradição que é muito importante e que bate exatamente com aquilo que os Atos dos Apóstolos falam também. Os Atos dos Apóstolos narram que Pedro esteve em Antioquia, onde iniciou uma comunidade,
e partiu dali para Roma, onde anunciou o evangelho. Os Padres da Igreja, que foram os primeiros autores e comentadores a sistematizar o ensino da fé cristã, afirmam a presença de Pedro em Roma, seu martírio e a sucessão apostólica estabelecida desde o início, de modo especial na Sé Romana. São Clemente Romano, terceiro Papa e terceiro sucessor de São Pedro, que conheceu São Pedro, testifica: "A voz dos Apóstolos ainda está nos nossos ouvidos." Se a gente pegar as cartas dele, já vamos ver a hierarquia católica estabelecida. Ele é o terceiro sucessor de Pedro, o terceiro, quarto papa
e, portanto, sucessor de São Pedro. Então, nos escritos de São Clemente Romano, vocês encontram um livrinho que é publicado pela Editora Paulos, chamado "Padres Apostólicos". Os Padres Apostólicos são autores dos primeiros anos do cristianismo e estes Padres Apostólicos viveram na época dos Apóstolos e ouviram a pregação do evangelho fresquinha em primeira mão. Esses homens já falam da hierarquia da Igreja, já falam de bispo, de diácono, de padre; tudo muito claro. Já falam de uma liturgia que é a que nós celebramos até hoje, já falam da sucessão apostólica que é o que nós cremos até hoje.
Então, quer dizer, isso aí já está presente lá no início. O próprio São Clemente Romano, nas suas cartas e em outros escritos, vai falar muito dessa questão da sucessão. Existe também o argumento do cumprimento da lei antiga. Quando a gente fala do primado de Pedro, lá no Antigo Testamento havia uma promessa. Que promessa é essa? São Paulo, por exemplo, via o judaísmo como um tipo de figura do cristianismo. A visão de São Paulo é que aquilo que já existia para os judeus é realidade para nós. Para ele, o judaísmo é uma imagem e o cristianismo
é a materialização da imagem profética. Realmente, essa opinião é também de Santo Tomás de Aquino, que fala que tudo que existe e que foi criado e desejado por Deus tem que ser interpretado da maneira correta. Ele diz que tudo que está no Antigo Testamento é uma imagem, é uma profecia; tudo que está no Novo Testamento é um acontecimento; e tudo que está na história da Igreja é sacramento. Como que Deus age no tempo? Pela profecia, pelo acontecimento e pelo sacramento. Essa é a lógica da ação de Deus no tempo, segundo Santo Tomás. E olhem o
que São Paulo fala a respeito disso na primeira carta aos Coríntios, capítulo 10, versículo 11. Ele diz: "Agora, todas essas coisas aconteciam aos judeus em figura." Ou seja, tudo aquilo que, para nós cristãos, é realidade, para os judeus era uma figura. E realmente basta a gente pensar, por exemplo, que lá no templo existiu o sacrifício dos cordeiros, que é uma figura; na cruz virá o sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que é a realidade, a profecia, o acontecimento e o sacramento. Onde nós encontramos o Cordeiro de Deus? Na mesa da
Eucaristia. Então, olha que interessante essa conexão. E na Aliança Antiga, especialmente lá em Deuteronômio, capítulo 17, versículos de 8 a 12, já se falava e já se atribuía ao Sumo Sacerdote a mais alta jurisdição em assuntos sagrados. Portanto, se o judaísmo era a imagem daquilo que viria a ser a verdadeira realidade, então é justo supor que haveria no cristianismo uma autoridade tal como existia o Sumo Sacerdote lá no Antigo Testamento. Se o que São Paulo está falando é verdade — e é verdade, porque São Paulo é apóstolo, inspirado pelo Espírito Santo —, ele está dizendo
que o judaísmo é uma imagem e o cristianismo é a realidade. Havia um Sumo Sacerdote no judaísmo, não haverá também um Sumo Sacerdote no cristianismo, no catolicismo? É claro que haverá. Este Sumo Sacerdote é Cristo, mas Cristo já havia dito que voltaria para o Pai; então, Ele deixa aqui na Terra o seu Vigário. "Tudo que ligares na Terra será ligado no Céu; tudo que desligares na Terra será desligado no Céu." Então, o Sumo Sacerdote é Cristo, mas Cristo voltou ao Pai e quem é o seu lugar-tenente? Quem é o seu Vigário? O Sumo Pontífice, o
Papa. Então, é justo supor isso, né? A lógica de São Paulo sugere uma cabeça suprema que é necessária na Igreja de Cristo, tal qual havia na antiga lei. No já citado texto aqui de São Mateus, capítulo 16, Jesus alterou o nome de Simão para Pedro, o que indica que Ele assumia uma nova missão. Que missão seria essa? A missão de confirmar os irmãos na fé, a missão de presidir a Igreja. Fica muito claro isso aí. Depois, Cristo ainda lhe promete as chaves do céu: "Eu te darei as chaves do céu." E aqui, uma coisa importante,
no contexto judaico, as chaves sempre representaram a autoridade, o poder de prender. Você só está no domínio sobre uma casa ou sobre um determinado local, tanto que o próprio Cristo, no livro do Apocalipse, fala em Apocalipse, Capítulo 1, Versículo 18: "Eu tenho as chaves da Morte e do Inferno". Jesus dizendo isso no Apocalipse. Se Jesus é aquele que tem as chaves da Morte e do Inferno, o que isso significa? Ele tem autoridade sobre a morte e sobre o pecado. Ao dar a Pedro as chaves do Reino dos Céus, Jesus está dando autoridade; chave é sinal
de autoridade. Quem tem a chave entra e sai, abre e fecha quando quer, como quer. E aí vem, é claro, aquilo que eu falei: a Igreja, enquanto instituição divina, porque o seu fundador é divino, conta com a assistência divina. Jesus não simplesmente fundou a Igreja e a abandonou; Ele fundou e assiste à Igreja, né? Depois, um outro ponto, né, importante para a gente pensar: ninguém dá a chave da sua casa para uma pessoa qualquer. Você não vai entregar a chave da sua casa para qualquer um. Se você entrega as chaves da sua casa nas mãos
de alguém, significa que você confia plenamente nessa pessoa e sabe que essa pessoa cuidará da sua casa como você mesmo cuidaria. Essa pessoa se torna a sua lugar-tenente, né? Ou seja, ela pode assumir o seu lugar ali para cuidar da casa. Se a chave está na mão dela e você confia nela, é a mesma coisa que se estivesse na sua. Você está descansado, né? Então, a questão da chave também indica essa responsabilidade e essa confiança de compartilhar a posse seja de uma casa ou de algum lugar que será cuidado por esta pessoa, como seria se
fosse por você mesmo. Depois, no Evangelho de São João, Capítulo 21, Versículos de 15 a 17, Cristo repete o tríplice mandato de alimentar as suas ovelhas e cordeiros. Os primeiros autores cristãos entenderam as ovelhas como sendo o clero, ou seja, a hierarquia da Igreja, enquanto que os cordeiros seriam os demais membros do povo de Deus. Numa palavra, Pedro é o administrador do rebanho de Cristo. Ele é o chefe visível da Igreja. Outro ponto que corrobora a primazia de Pedro sobre os demais está no fato de encabeçar as listas dos Apóstolos; ele sempre é nomeado primeiro,
é o que eu já disse. Então, aqui, os próprios padres da Igreja vão dando a sua interpretação a respeito desses textos bíblicos. Depois, eu vou ler aqui algumas citações de alguns padres da Igreja, né, que vão falar disso, né? Depois tem outros pontos aqui que eu já falei. Vamos pegar aqui que Atos dos Apóstolos, Capítulo 1, Versículos 10 e 15. Então, Atos dos Apóstolos 1, 10 e 15. Esses versículos falam do quê? Da influência de Pedro sobre a Igreja de Jerusalém, insinuando que ele a conduzia. Ao que tudo indica, isso aí foi uma situação temporária,
porque a gente sabe que o bispo de Jerusalém era São Tiago, que foi quem conduziu aquilo. Mas, pela importância de Jerusalém, por ser a cidade santa, pelo menos no início, parece que Pedro conduziu a Igreja local, né? Mas isso foi se alterando com o tempo. São Lucas, no Capítulo 22, Versículos 31 e 32, testemunha o mandato de Cristo, especialmente dirigido a Pedro, para confirmar os teus irmãos: "Pedro, confirma os teus irmãos e apacenta o meu rebanho." Esse é o pedido de Cristo. Depois, nós temos já alguns comentadores, alguns santos que vão falar sobre o primado
de Pedro. São João Crisóstomo e os padres gregos entendiam que a pedra referida no mandato de Cristo a Pedro se referia tanto ao apóstolo em si, tanto simbolicamente, metaforicamente, à sua fé e à fé dos apóstolos e da Igreja. Então, "Tu és Pedro, e sobre esta pedra..." Quem é esta pedra? Aí, São João Crisóstomo e os padres gregos entendem que esta pedra é o próprio Pedro: é a própria fé dos apóstolos e da Igreja e não somente ele individualmente, né? Essa é uma interpretação que tanto São João Crisóstomo quanto os gregos faziam. Certo? Essa argumentação
não negava e nem atenuava sendo usada pelos ortodoxos e também pelos protestantes de um jeito, eh, um tanto quanto distorcido. Os protestantes, os ortodoxos menos, mas os ortodoxos usariam isso também para minimizar este papel de Pedro. E aí os ortodoxos enxergam Pedro e os sucessores de Pedro como tendo somente uma primazia de honra, mas não de governo. Então, o São Pedro ou os sucessores de São Pedro seriam os primeiros entre os iguais. Então, quer dizer, entre todos os bispos, o papa, o bispo de Roma, ele é o primeiro em precedência, mas é um título honorífico
na cabeça dos ortodoxos. É só isso. Mas a teologia católica sempre entendeu que isso não é apenas honra; trata-se de um munus, um ministério pastoral, que tem uma potestade, que tem um poder de governo, que é o que nós chamamos, inclusive, de potestade pontifícia. Ou seja, o papa é quem escolhe aqueles que serão bispos. O papa pode nomear e depor qualquer bispo. O papa pode julgar a todos, mas não pode ser julgado por nenhum, porque ele foi ali colocado por instituição divina, entendeu? Então, esse sempre foi um entendimento da teologia católica. Certo? Então essa interpretação
sofreu com isso, principalmente no cisma dos ortodoxos e depois com o protestantismo. Então, se nós não tivermos uma compreensão justa do primado de Pedro, uma autêntica eclesiologia, não é possível. Porque, para nós católicos, o que é fundamental quando a gente pensa na organização da Igreja? A hierarquia tal como Deus a colocou. Então, para nós, isso não é acessório; isso é fundamental. Lá no Catecismo da Igreja, parágrafo 552, nós lemos o seguinte. Simão Pedro ocupa o primeiro lugar no colégio dos 12. Jesus confiou-lhe uma missão única através de uma revelação do Pai. Pedro tinha confessado: "Tu
és o Cristo, Filho do Deus Vivo" (Mateus 16:16). Nosso Senhor então declarou-lhe: "Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Cristo, a Pedra Viva, assegura assim à sua Igreja, construída sobre Pedro, a vitória sobre os poderes infernais, por causa da fé que ele confessou. Pedro permanecerá a rocha inabalável da Igreja; a sua missão será manter essa fé a cada epígrafe e a fortalecer os seus irmãos em cada queda. Então, aqui nós temos uma definição do catecismo a respeito dessa missão de Pedro. São Cipriano de
Cartago, que foi discípulo de São João Evangelista, foi batizado por São João. Olhe o que ele vai dizer: Ele foi batizado e, depois, foi ordenado também pelo próprio São João. Ele recebeu o Sacramento de São João Evangelista e reafirma o primado de Roma sobre todas as dioceses e sobre todas as igrejas. Nós não estamos falando aqui de um sujeito que veio 500 anos depois ou 1000 anos depois; estou falando de São Cipriano, que conheceu São João Evangelista e que foi alguém ali da primeira hora. São Cipriano vai dizer o seguinte: "Roma é a mãe e
a mestra da Verdade". Essa é a visão de São Cipriano também. A editora Paulos tem um volume chamado "São Cipriano de Cartago", que contém cartas e sermões de São Cipriano. Vale a pena vocês adquirirem e lerem esse livro. São Cipriano de Cartago, da capinha verde, é uma coleção. Ele fala claramente; ele era bispo e diz que, inclusive, a igreja dele se sentia honrada em obedecer à autoridade do Bispo de Roma. Isso aí já era uma coisa muito clara, já no início. Em Atos, capítulo 12, nós vemos que a Igreja de Jerusalém, que era uma das
mais antigas, foi confiada por Pedro a Tiago. Depois, Pedro vai para Roma a fim de escapar da perseguição de Herodes Agripa, e vai se estabelecer em Roma. Então, ortodoxos e protestantes ao longo da história ficaram tentando diluir o papel de São Pedro, igualando a atuação de São Pedro à dos demais apóstolos de forma indistinta. Essas teses se baseiam no fato de que Tiago era considerado o chefe da Igreja de Jerusalém, como de fato se comprova pelo próprio texto dos Atos dos Apóstolos. Tiago era, de fato, o chefe da Igreja de Jerusalém. Os protestantes e ortodoxos
alegam que Jerusalém era a cidade santa — e é a cidade santa; ninguém nega isso —, então, para eles, Tiago teria uma precedência maior, uma importância maior que Pedro. Acontece que Jesus não deu as chaves do Reino a Tiago, mas deu a Pedro. Então, onde está Pedro, aí está o governo da Igreja. Santo Ambrósio de Milão vai afirmar essa frase: "Ubi Petrus, ibi ecclesia". Onde está Pedro, aí está a Igreja. Isso, de fato, é comprovado. Mas olhe que interessante: Tiago, no Livro dos Atos dos Apóstolos, falou por último no Concílio de Jerusalém, lá no capítulo
15 de Atos. Ele falou por último; portanto, os protestantes alegam isso — os ortodoxos também —, que a decisão final que fechou o Concílio foi de Tiago e não de Pedro. Eles usam esse argumento. Ainda tem um outro ponto que pesa aqui nessa tentativa de desconstruir a questão do primado de Pedro, que é o fato de que Paulo, no Concílio de Jerusalém, menciona Tiago em primeiro lugar e depois menciona o nome de Pedro e de João. Então, muitos dizem que Paulo teria reconhecido mais a autoridade de Tiago do que a de Pedro. Mas uma coisa
é fato: os católicos sempre admitiram que Tiago foi o primeiro bispo de Jerusalém; começou a comunidade que se estabeleceu ali. No entanto, apesar disso, nunca na Igreja Primitiva nós temos um documento. Não temos uma carta de São Clemente Romano, não temos um sermão de Santo Irineu, não temos uma menção de que Tiago seria o chefe da Igreja. Então, é um argumento muito fraco. Essa função de chefe da Igreja sempre foi associada a Pedro. E lá no capítulo 15 de Atos, no Concílio de Jerusalém, Tiago, ao referir-se às decisões do Concílio, usa o verbo "ouvir" e
"prestar atenção", em relação às suas afirmações que se referem, literalmente, a dar a opinião de alguém que foi antes ouvida e não denotam autoridade. Ou seja, ele mesmo, diante de Pedro e dos demais apóstolos, usa esse verbo: "ouvir", "prestar atenção". O próprio Tiago diz que a sua fala é uma opinião: "Olha, estou falando uma coisa; prestem atenção para ver se é isso mesmo". Então, quer dizer, aquilo que ele fala ele reputa como mera opinião, certo? E não como uma definição própria da potestade de quem governa. Agora, quando a gente vê Pedro — lê o capítulo
15 de Atos — e ouve Pedro falando, Pedro, no início, tinha uma posição. Depois do Concílio, eles rezam, discutem e Pedro muda de posição. Qual era a posição? O problema lá era se quem se convertia ao cristianismo ainda estaria submetido às leis judaicas, como a circuncisão, por exemplo. Pedro era partidário dessa ideia; Paulo era contrário a essa ideia. Então, existiam dois partidos no Concílio: os judaizantes, que queriam voltar às práticas judaicas, e os helenistas, que queriam uma visão mais abrangente, de acolhida e tudo mais. Paulo defendia essa posição. Eles se reuniram, rezaram, e quem define
é Pedro. Pedro vai usar, pela primeira vez, o plural majestático: "nós definimos nós", quem ele e o Espírito Santo "nós definimos". É daí que vem a definição, né? Então, São Jerônimo, numa de suas cartas a Santo Agostinho, escreveu que São Pedro fora o príncipe, o promotor do Decreto final do Concílio de Jerusalém. E depois, São Jerônimo ainda vai dizer nessa carta, em sua opinião, né? Isso é o próprio São Jerônimo falando: o apóstolo Tiago e todos os anciãos, juntos, deram consentimento àquilo que Pedro falou. Então, a definição vem de Pedro. Muito bem, né? Aqui nós
temos algumas visões a respeito do papado. Agora, só para a gente já caminhar para o fim, eu vou colocar aqui para vocês algumas citações dos Padres da Igreja sobre o primado de Pedro. Uma primeira citação, né? Que eu vou colocar aqui é de Santo Irineu de Lyon. Santo Irineu foi batizado, foi convertido pela pregação de quem? De São Policarpo. E São Policarpo foi convertido, batizado e ordenado por São João Evangelista. Então, olha a linha de sucessão, né? E olha a linha de sucessão: Jesus deu o sacramento da ordem a João; João transmitiu a Policarpo; Policarpo
transmitirá a Irineu. Então, nós estamos falando de uma pessoa da primeira hora. Ele foi feito bispo de Lyon no ano 177. Entre suas valiosas obras, merece destaque uma chamada "Contra as Heresias". Olha o que Santo Irineu vai dizer, né? Nessa sua obra, no livro III, da obra "Contra os Heresias", ele diz assim: “Embora existam muitos dialetos no mundo, a força da tradição é a mesma, pois a mesma fé é mantida e transmitida pelas igrejas estabelecidas nos Estados germânicos, nos espanhóis, entre as tribos celtas do Leste, na Líbia e nas partes centrais do mundo. Ao apontar
a tradição apostólica e a fé anunciadas à humanidade, que foram trazidas até o nosso tempo por sucessões de bispos, compreendemos que a igreja mais antiga e bem conhecida, fundada e estabelecida pelos dois apóstolos mais gloriosos, Pedro e Paulo, está em Roma. E isso é o suficiente para confundir todos aqueles que, de qualquer outra maneira, colhem mais do que deviam.” Aqui, Santo Irineu dizendo isso, né? Quer dizer, nós reconhecemos a precedência de Roma, que governa e que atrai a si todas as outras igrejas. Olha, né, o que ele nos diz depois! Tem Santo Inácio de Antioquia,
que é mais antigo ainda que Santo Irineu, né? Santo Inácio de Antioquia vai dizer assim, né? É uma carta que ele mandou aos esmirnenses, né? Aos católicos de Smirna, no ano 115. Ele encorajou os esmirnenses a evitar divisões, como o começo do mal: “Sigam todos vocês ao bispo como Jesus Cristo seguiu ao Pai e sigam o presbitério como aos apóstolos. Que ninguém faça nada que pertença à Igreja além do bispo; onde quer que o bispo apareça, deixe o povo estar. Assim como onde quer que esteja Jesus Cristo, lá estará a Igreja Católica." Então, a Igreja
de Cristo não existe sem bispo e sem clero. Isso aqui é Santo Inácio de Antioquia, que já deixa bem clara a hierarquia da Igreja, muito bem organizada já no começo, para depois virem os desavisados e dizerem: "Ah, Constantino fundou a Igreja." Olha aqui, ó! São Inácio de Antioquia, muito anterior a Constantino, já falando da Igreja Católica, né? Então, é preciso ter esse olhar histórico para distinguir as coisas. Depois, São João Crisóstomo, que veio mais tarde, séculos mais tarde, foi Patriarca de Constantinopla, Bispo de Constantinopla. Olha o que ele diz de São Pedro: "Pedro é o
líder do coro, é a boca de todos os apóstolos, é a cabeça daquela bendita tribo, é o fundamento da Igreja e o ardente amante de Cristo." Esse é Pedro e assim são os sucessores de Pedro. Depois vem Santo Agostinho de Hipona. Santo Agostinho, no ano 395, escreveu uma obra chamada "Contra as Cartas dos Maniqueus". Nessa obra ele diz o seguinte: "Há muitas outras coisas que, com razão, me mantêm no seio da Igreja Católica. A sucessão dos sacerdotes me mantém desde a própria sede do apóstolo Pedro, a quem o Senhor, depois de sua ressurreição, encarregou de
alimentar as suas ovelhas até o presente episcopado." Olha o que Santo Agostinho está falando dos chegou até mim: se eu sou bispo hoje, eu venho deles, sucessão apostólica. E aqui ele fala de Roma, fala de Pedro, fala de manter-se no seio da Igreja Católica. E aí depois temos várias outras citações aqui que eu poderia colocar, mas acredito que isso que nós comentamos hoje já dá uma luz, né, para essa nossa discussão. Certamente, isso pode nos ajudar muito a entender melhor a nossa fé, a nos aprofundar mais. Tá bom? Vamos ver aqui algumas questões que vocês
eventualmente tenham apresentado. Vamos ver a Simone Google aqui. Boa noite, Professor! Outro dia ouvi um padre dizendo que a Igreja Ortodoxa é mais antiga. Fiquei confusa. Sempre agradecida pelas suas catequeses, tenho aprendido muito com o senhor. Bom, tem que ver o que o padre disse exatamente. A Igreja, né, ela nasceu no Oriente. Pode ser que tenha sido isso que o padre quis dizer, né, que a Igreja do Oriente é mais antiga. De fato, o cristianismo é uma religião oriental. A fé católica nasceu na Palestina. Os primeiros católicos eram todos judeus convertidos, né? Então, nesse sentido
local-geográfico, realmente a fé nasceu no Oriente. Ela se espalhou no Oriente, no norte da África, né? No norte da África, então, o cristianismo também tem uma forte presença no continente africano. E aí, depois, é que foi se espalhando. Para todo canto, né? Se foi isso que ele quis dizer, tá certo. Agora, afirmar que a Igreja Ortodoxa é mais antiga que a Igreja Católica é um erro histórico absurdo, né? Porque a Igreja Ortodoxa surgiu no ano de 1054 depois de Cristo; a Igreja Católica, no século I. Eu rezo para que não tenha sido isso que o
padre afirmou, porque se ele afirmou, tá completamente errado. Equivocar-se é um erro histórico absurdo, certo? Então, a Igreja Ortodoxa é do ano de 104, a Igreja Católica, do século I. Né? Vamos seguir aqui, deixa eu ver se são perguntas. [Música] Ah, vamos ver, vamos [Música] ver aqui. O Kauan colocou: "Aqui, em minha visão, vendo que os homens não iriam conseguir manter a unidade da Igreja, Deus deu privilégios a Roma para que, seguindo as condições certas, Deus pudesse pronunciar por ela." Né? Sim, não é infundado pensar por aí, não, né? Realmente, nós devemos sempre pensar assim:
a lógica de Deus é a mesma. Deus não age de modos diferentes, e aquilo que São Paulo falava, aquilo que Deus mostrou no Antigo Testamento, era uma imagem, era como que uma imagem refletida num espelho. Mas no Novo Testamento, é realidade. No Antigo Testamento já existia um sumo sacerdote, já existiam os levitas, já existia o templo, já existia Jerusalém, que era a cidade santa, né? Então, isso tudo era uma imagem do que viria a ser a Igreja, que também tem uma capital onde ela se estabelece, que é Roma, também tem um sumo sacerdote, que é
o sumo pontífice, também tem um clero. Então, né? Não é infundado pensar assim, né? Eduardo Gasparini fala aqui de Santa Gertrudes, aqui perto de mim. Boa noite, José! Maria Aparecida, boa noite! Professor, amo suas lives! Que Nossa Senhora abençoe sua missão. Amém, Maria! Eu que agradeço. Aí, reze por mim. O Tomás Viana pergunta: "Professor, o que significa a citação: 'alguns dizem que é João, outros Elias, outros Jeremias?' E a referência a São João como o discípulo que Jesus amava?" Bom, vamos por partes. Aí, alguns dizem que é João, Elias ou Jeremias. Jesus faz uma pergunta,
né? Quem estavam dizendo que ele era? E o povo identificava Jesus com esses profetas. Se nós olharmos, esses profetas têm uma linha comum, né? João Batista pregava com vigor, com potência, e foi assassinado por Herodes. Então, achavam que ele poderia ser João Batista, redivivo, né? Mas não era. Eram primos, mas não era João Batista. Ou Elias, né? Que foi um grande profeta. Foi o profeta que, né? Desbancou os profetas de Baal, né? Dos deuses falsos, né? Quando Elias propôs um desafio para que fizessem sacrifícios, e Elias invocaria fogo do céu. Os sacerdotes de Baal invocaram,
invocaram, e nada de fogo. Quando Elias invocou, veio o fogo do céu e consumiu as carnes das vítimas que Elias havia colocado sobre o altar, né? E, aí, então, o povo e o próprio Elias vão passar os profetas de Baal a fio de espada. Então, João vem com a potência da palavra, Elias vem com a potência de Deus que age através dele, e Jeremias também. Jeremias foi assassinado brutalmente, porque as pessoas não queriam ouvir a verdade. Então, esses três profetas, eles de certa forma são figuras de Cristo. Então esse é o sentido. O povo tinha
identificado; havia algo de semelhante ali em Cristo e nesses três profetas. O povo tinha percebido, né? Então, por isso que existe essa referência. Depois, a segunda parte da sua pergunta: você fala da referência a São João como o discípulo que Jesus amava, né? São João, no seu evangelho, ele não cita o nome dele mesmo, né? Ele sempre coloca "o discípulo que Jesus amava", mas é ele mesmo, né? Mas, ao mesmo tempo, João não coloca o nome dele não só por humildade, também por humildade, mas não só por isso. João não coloca o nome dele por
um sentido teológico profundo, porque, quando João narra a história da salvação, ele não nomeia. Porque João quer que todos aqueles que leiam o evangelho, todos aqueles que bebam da palavra de Deus, se coloquem no lugar dele. Então, o discípulo que Jesus amava pode ser você, posso ser eu, e nós devemos nos colocar nessa cena como o discípulo que Jesus amava. Então, na verdade, esse discípulo que Jesus amava é anônimo. Nós sabemos que é São João, mas ele é todos nós. Podemos nos encaixar na meditação do Evangelho quando ouvirmos essa expressão "o discípulo que Jesus amava."
Muito bem, vamos ver aqui. Parabéns, professor! Grande capacidade de transmitir conteúdo de excelência! Obrigado! Eu que agradeço, Fernando. No começo desse ano, eu fui falar pro colégio lá, onde o Fernando é diretor, o Colégio Santa Terezinha de Ipatinga, né? Então, quem é de Ipatinga, né? Quem é mineiro da região de Ipatinga, né? Se estiver procurando um bom colégio, uma boa proposta pedagógica para matricular os seus filhos, procura o Colégio Santa Terezinha de Ipatinga, né? É uma boa opção. Depois, o Felipe, né? Professor, quando vai fazer uma live sobre Monsenhor Marcel Lefebvre? Vamos falar dele ainda,
mas talvez agora em março. Em março, eu vou fazer uma live, talvez mais no fim de março, com o professor Vinícius Mérida. O professor Vinícius Mérida é do Rio de Janeiro e ele é um estudioso do tradicionalismo, fenômeno, né? Do tradicionalismo e, sobretudo, do tradicionalismo brasileiro. E ele fala muito, né? Ele tem até muitos elementos, muito mais profundos até que os meus, para falar de Dom Antônio Castro, de Dom Lefebvre e de toda a questão do Concílio pós-concílio, né? Então, muito provavelmente, no fim de março, nós devemos fazer uma live, né? Aí, eu vou colocar
algumas ideias, mas aí eu... O, Mérida, vai estar aqui no canal. Ele também vai falar muito da pesquisa dele, né? O tema da tese de doutorado dele foi justamente o tradicionalismo, né? Então, oportunamente, nós vamos falar, sim. O Victor Nader diz que Constantino fundou a Igreja Católica, mas canonizou Santa Helena, mãe de Constantino, e ele não foi canonizado. Esqueceram dele, né? Então, pois é. Se Constantino é o fundador da igreja, por que a igreja, né, não venerar Constantino? Porque, apesar de ter sido muito importante, Constantino foi um instrumento fundamental nas mãos da providência divina, mas
ele tinha um comportamento ainda pagão, né? A conversão de Constantino foi no fim da vida; ele passou a gostar muito do cristianismo, a favorecer o cristianismo, mas não se batizou. Ele passou a vida inteira sem se batizar; ele se batizou no leito de morte. Então, quer dizer, Constantino nem de longe é assim uma vida exemplar. Santa Helena, sim; mas ele, não, né? Então, só por isso já dá para ver que não tem pé nem cabeça esse argumento, né, de quem diz que a igreja foi fundada por Constantino. Enfim, o perfil aqui no contratempo do algoritmo.
Segundo os ortodoxos, o Papa seriam primus inter pares. Como argumentar contra isso e defender o primado papal? O argumento que eles dizem, né, para eles, a primazia de Roma é uma primazia de honra, né, só não de governo. Mas, por exemplo, quando Jesus, ressuscitado, aparece para os apóstolos, Jesus não diz para todos os apóstolos confirmem seus irmãos. Ele diz o que? Ele diz para Pedro: "Pedro, Satanás me pediu a tua alma, mas eu roguei para que não descesses na fé. Confirma teus irmãos. Apacenta o meu rebanho". O mandato de Cristo, a promessa de Jesus de
que rezava, ela é para Pedro. É muito claro, porque ele tem a potestade de governo. Ele tem o poder de governo. Não que os outros apóstolos não fossem bispos, não que os outros apóstolos não estivessem com o mesmo Sacramento da Ordem; eles tinham. Mas Jesus fala a Pedro. E quem Jesus manda confirmar os irmãos? Pedro. Quem Jesus manda apacentar o rebanho? Pedro. Então, isso indica que os outros, embora bispos, eles também estão debaixo da autoridade de Pedro, né? E basta a gente pensar que Jesus dá as chaves do céu a quem? A Pedro. Então, a
potestade de governo, o poder de governo, está na mão de Pedro e dos sucessores de Pedro, certo? Então, esse é um ponto. Vamos ver aqui quem mais. Aqui, quem a Vilma. Boa noite, meus irmãos. Paz e bem. Cheguei tarde na aula. Esse professor é verdadeiro, graças a Deus e Nossa Senhora das Lágrimas. Obrigado, Deus abençoe muito. Clarindo Borges: esse questionamento sobre Constantino, eu tive uma experiência ruim com um protestante. Eu trouxe um livro sobre os mártires, mas distorcendo tudo que a igreja ensina. Então, infelizmente, existe uma literatura péssima do protestantismo que fica tentando distorcer, puxar
de aqui e dali. Mas, se um protestante honesto estudar os padres apostólicos, os escritos dos primeiros séculos do cristianismo, ele se torna católico; ele não fica no protestantismo, né? E eu digo isso aqui, não estou dizendo para desprezar, desrespeitar, mas de jeito nenhum, né? Falo isso em relação aos nossos irmãos protestantes com todo amor, com todo carinho e com todo o desejo de que eles venham para cá, né? Porque são nossos irmãos e devem estar, né, como Jesus mesmo pediu a Deus Pai: "Pai, que todos sejam um." O desejo de Cristo é a unidade. Então,
rezemos por essa unidade, e um protestante bem intencionado que estude a história da igreja, ele deixa de ser protestante; ele abandona o protestantismo, certo? Então, não tem como, não tem outro caminho, né? Vamos ver aqui o Alean. Boa noite, professor. Tenho duas perguntas: o bispo de Antioquia também não é sucessor de Pedro, já que Pedro era bispo de Antioquia? Jesus também não disse aos demais apóstolos que eles também podiam ligar e desligar? Não. O ligar e desligar, Jesus diz a Pedro de modo específico, e aos outros apóstolos de modo geral, né? Vou explicar. E tudo
isso está no Evangelho de Mateus. Então, por exemplo, quando Jesus funda a igreja, ele diz o que a Pedro? "Eu te darei as chaves do céu. Eu te darei, é pessoal: tudo que ligares na terra será ligado no céu; tudo que desligares na terra será desligado no céu." Muito bem. As portas do inferno não vão prevalecer contra a Igreja. Esse é o mandato para Pedro. Depois, Jesus, no fim do Evangelho de Mateus, fala do perdão dos pecados. Perdão dos pecados. Jesus não está falando de governo da igreja, mas do perdão dos pecados. E aí ele
vai dizer para todos os apóstolos: "Tudo que ligares na terra será ligado no céu; tudo que desligares na terra será desligado no céu." Ou seja, o perdão dado pelos ministros ordenados é o perdão de Deus. Se eles perdoarem, Deus perdoa; se eles não perdoarem, Deus não perdoa. Entendeu? Então, são coisas diferentes e são proporções diferentes. A proporção de Pedro é maior que a dos demais. Quanto à questão de Antioquia, Antioquia não seria, então, também a de Pedro? Olha, Antioquia, né, de fato, o Patriarca de Antioquia é um sucessor de, de alguma maneira, de Pedro. Mas
isso não significa que temos dois Papas, né? Então, que o bispo de Antioquia teria o mesmo mandato. Por quê? Porque Pedro se estabeleceu na Samaria. Pedro parece ter governado Jerusalém por um tempo, né? Pedro depois vai se estabelecer em Roma. Mas onde Pedro sela o seu ministério com o seu sangue? Em Roma. Então, por isso Roma tem a precedência e Roma é onde Pedro permanece por mais... Tempo. Ele fica 25 anos em Roma. As outras igrejas que ele funda na Samaria e em Antioquia ele fundou, e pouquíssimo tempo depois, ele já deixa, entregando a outros
bispos, e vai se estabelecer em Roma. Então, por isso, Roma segue tendo a precedência. Certo? Vamos ver aqui se tenho mais perguntas. Eh, vamos ver, o Caio Casaroto, professor. A proibição de julgar o Papa significa apenas que não podemos recusar a sua autoridade e paternidade espiritual? Caso contrário, como entender a oposição de São Paulo a São Pedro, né? Boa pergunta! E você já matou aí na pergunta a resposta. A proibição de julgar o Papa é essa questão da recusa da autoridade espiritual do Papa. Eh, quer dizer, uma pessoa que recuse a autoridade espiritual do Papa,
ela se coloca em situação de cisma; ela está se colocando fora da Igreja, ela está cismando, ela está rachando com a Igreja. Então, não posso recusar a autoridade e a paternidade espiritual do Papa. Por exemplo, Papa Francisco está doente. Todos devemos rezar pelo Papa. Devemos demonstrar o nosso amor pelo Papa, oferecendo nossas penitências, nossas orações, colocando no nosso Rosário, oferecendo as nossas comunhões. Por quê? Porque o Papa é nosso pai. Agora, a questão da oposição ao Papa, aí depende. Por exemplo, uma coisa é um fiel leigo, um simples fiel leigo em oposição ao Papa; outra
coisa bem diferente é um cardeal, um grupo de cardeais que são bispos e que têm a missão e a função de ajudar o Papa no governo da Igreja, apresentar um questionamento ao Papa que é um questionamento filial, é um questionamento procurando o bem da Igreja. Por exemplo, João Paulo I recebeu dos cardeais a chamada dúbia, né, que são as dúvidas que os cardeais apresentaram em relação à ordenação de mulheres. João Paulo I emitiu um documento muito claro, dizendo que as mulheres jamais poderão receber a ordenação sacerdotal, eh diaconal, episcopal. Não podem receber o sacramento da
ordem. Por quê? Porque Jesus instituiu assim. Jesus deu o sacramento da ordem a homens. Ah, mas isso, aquilo... Jesus é Deus, né? Jesus é Deus, nós não temos autoridade para mudar o que Deus faz. Pronto, ponto final, acabado. Então, respeitosamente, os cardeais acharam que estava meio solta a coisa, apresentaram a dúvida, e João Paulo II fez uma definição muito boa. Mais recentemente, alguns cardeais apresentaram uma série de dúvidas ao Papa Francisco por duas vezes. Então, nesse caso, houve uma oposição, mas é uma oposição respeitosa, filial e que não nega a autoridade do Papa. Entendeu? Não
nega de modo algum a autoridade do Papa. Então, e outra coisa também, né, que é importante, nós estamos obrigados a obedecer o Papa, eh, naquilo que diz respeito à fé e à moral. À opiniões pessoais do Papa, um fiel leigo, um clérigo, um bispo, ele não é obrigado a acatar. Entendeu? Por quê? Porque é uma opinião pessoal, né? E nisso não há pecado. O problema é a recusa da autoridade espiritual, da paternidade espiritual do munus petrino. Isso não se pode negar sem cair em cisma, né? Eh, vamos ver aí. A Carolina Borel, nos Atos dos
Apóstolos, algum relato dos apóstolos já fazendo a missa? Tem. Tem vários relatos, eh, da Santa Missa, né? Eu tenho aqui um volume, tá lá, ó, tá lá na pontinha, lá, né? Volume grande, só de textos da Igreja Primitiva, falando sobre a celebração da missa. É riquíssimo, né? E os Atos dos Apóstolos já fala; não se usava o nome missa, ainda se usava eh, o termo a ceia, a ceia do Senhor, a fração do pão. Eram essas as expressões para se referir à missa. Mas é a Santa Missa. Por exemplo, nós temos um escrito. Dá para
vocês acharem até na internet, né? Chamado Didachê ou Catequese dos Apóstolos, a Didachê que é do ano 90, mais ou menos, depois de Cristo, já tem uma descrição de como os sacramentos eram celebrados. Tem a descrição de como a missa era rezada. Basicamente é a mesma estrutura da missa que nós temos hoje. É impressionante, né, como isso chegou bem preservado até nós, né? Essa estrutura da celebração dos sacramentos, né? Eh, aqui, quem mais? A Márcia Santos, uma pena as pessoas não abrirem seus ouvidos e corações para essas verdades. É, mas uma hora chega, né? Isso
aí, a gente joga a semente, mas Deus é quem faz a coisa acontecer, né? Deus faz as informações, os vídeos, as coisas chegarem na hora certa para as pessoas certas e nunca é por acaso, né? Quem está ouvindo é porque tinha que ouvir, né? Então, eu acredito muito nisso, que Deus, na hora certa, sabe fazer as coisas darem certo. Né? Vamos ver aqui, o S. Martins, após a morte de Pedro, o sucessor foi Lino. Por que não foi um outro apóstolo? Obrigado. Né? Existiam apóstolos vivos, né? Eh, na época do martírio de São Pedro, mas
nenhum apóstolo sucedeu Pedro. Por quê? Qual foi o entendimento que a Igreja teve no começo? Algumas coisas Jesus instituiu, Jesus deixou, não tem que ser feito assim. Outras coisas Jesus não deixou instituído, mas Jesus deu o quê à Igreja? O Espírito Santo em Pentecostes. Então, muita coisa, o Espírito Santo foi iluminando a Igreja e a Igreja foi configurando a sua organização, a sua estrutura, né, de acordo com essa inspiração. E o que a Igreja Primitiva entendeu? Entendeu que a Igreja Católica é local. Esse é o entendimento que a Igreja tem até hoje. Cada porção da
Igreja vai se reunir em torno do seu bispo, com seus padres, os diáconos e o povo. É assim até hoje. A nossa divisão de dioceses que diocese. Então, qual era o entendimento que se tinha? Se Pedro morreu, alguém da Igreja de Roma deve sucedê-lo. Então, escolheram. Lino, e como que era a escolha, né? Mais ou menos até o ano 1000, a escolha era por aclamação, né? Então, quando morria o Papa, você aclamava, né? Você aclamava um sucessor. Então, esse sucessor, ele seria aclamado pelo povo e pelo clero e seria empossado, né? Então era assim, né?
Só depois lá do século X para frente é que vão começar a fazer o conclave. E, nesse meio tempo, até o ano 1000, já se tinha essa noção de que o Bispo de Roma tem uma função universal. Em Roma, viviam muitos clérigos, padres, bispos de outros países. Então, nessa ação para ser papa, não foram só italianos; tinha muito italiano, mas não era só italiano, não. Teve alemão, teve português, né? E por aí vai, né? Aliás, português teve um só na história, né? O Gabriel. Professor, boa noite! Professor, o fato da sede ser em Roma tem
um significado além da localidade, pois Roma sucumbiu ao paganismo e acendeu ao cristianismo. É isso mesmo, né? Ó, o Gabriel fala de Águas da Prata, cidade vizinha da minha natal. Eu sou de São João da Boa Vista. Águas da Prata tá ali do ladinho, né? Gabriel provavelmente é da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, então, né? Aí, né, do padre... E aí eu acho que é o caro que tá aí, né? Agora não me lembro quem que tá na paróquia. Mas é isso mesmo, né? Roma tem um significado espiritual, né? Muito bem, vamos ver aqui o
perfil @mra33. Um leigo não pode ter um questionamento respeitoso, filial e bem-intencionado sobre alguma fala do Papa sobre fé e moral, como por exemplo: não devemos tentar converter nosso cônjuge em Marrocos, 2022. Então, aqui você pode até ter uma visão, né? É até crítica em relação a esse falar. Mas, puxa vida, né? Como interpretar isso aqui, né? Isso aqui, se a gente olhar, o que os Papas anteriores disseram, até aí tudo bem. Agora, o grande problema é como nós fazemos isso, entendeu? Como nós fazemos isso. Então, se nós nos colocamos numa posição de julgar o
Papa, de sentenciar o Papa, né? Dizer: “não, esse Papa é isso, esse Papa é aquilo”, e não sei o quê, não nos cabe, né? Nós podemos fazer, como você falou aí, um questionamento respeitoso, filial, expressando assim a nossa até perplexidade, né? Às vezes dizendo: “puxa vida, mas como que eu vou entender isso, né?” É difícil, não sei o quê, mas sem perder o amor, o respeito, né? O nosso desejo de sempre rezar pelo Santo Padre, enfim, né? É isso. Ó, o Gabriel comentando. Sim, ó, o padre Alex! Isso, padre Alex, eu conheço, né? O padre
Alex. Olha aí, né? Deixa o meu abraço aí para ele, né? O Adean comentando, né? Tivemos três Papas africanos. Houve algum Papa negro lá na Igreja Primitiva? Teve, né? Na Igreja Primitiva, nós tivemos africanos, né? Que, pela descrição, eram africanos de pele mais morena, mais meio misturados. Eles eram já africanos, casados com gente do Oriente, né? E que eram os pais desses Papas. Então, provavelmente, já eram mais mestiços, né? Já um tanto quanto misturados ali com outros, né? Povos, raças e tudo mais, né? Wesley, Gabriel. Professor, tudo que Jesus ensinou a Pedro, ensinou aos outros.
Quais as características que levaram Jesus a escolhê-lo? Nem tudo Jesus ensinou para todos, né? Eles ensinaram para todos, mas nem tudo Jesus ensinou para todos. Por quê? Porque nos Evangelhos tem um grupinho de três Apóstolos que ouviam, viam e estavam com Jesus em momentos que os outros não estavam, que era Pedro, Tiago e João, né? Então, havia dentro do grupo dos Apóstolos esse subgrupo, né? E Jesus escolhe Pedro para ser o chefe, né? Aí existem muitas suposições, conjecturas. Existem muitos escritos de Santos, de doutores da Igreja, né? Que colocam vários pontos, né? Do porquê Jesus
teria escolhido Pedro, mas certamente pelo gênio, né? Pode ver que Pedro, ele é muito, às vezes, cabeça dura, mas, ao mesmo tempo, ele é muito intrépido para fazer as coisas. Ele tem uma visão mais impetuosa, né? E ele fala, ele faz, ele toma a palavra. Ele é o homem da iniciativa. E veja, né? Que o discípulo amado é João, que é bem mais tranquilo, né? No seu comportamento, no seu jeito e tal. Mas Jesus não põe João para chefiar. Por quê? Porque em João sobravam as virtudes, né? Da pureza, da bondade, né? Da paciência, mas
faltava talvez essa energia de governo que é própria de Pedro, né? São Bento, ele tem uma fala muito interessante que ele, falando pros mosteiros, dizia assim: “olha, se o mosteiro tiver um sujeito que reza muito, tiver um sujeito que estuda muito e tiver um sujeito prático, escolham o prático para ser o abad, né? Para ser o chefe da comunidade, né? Porque o prático vai conjugar todas as coisas, vai tentar equilibrar todas elas para que tudo funcione. E aí, o que reza muito”, né? São Bento diz que ele se torne santo e dê bom exemplo pros
outros e reze pelos outros. Aquele que estuda, estuda muito, que aprenda bem e ensine os outros. Mas o prático vai governar melhor, né? E parece que é esse também o modo de ver de Jesus, né? Ao escolher Pedro, justo Pedro, para chefiar os seus Apóstolos, né? Então parece que vai por aí. [Música] Muito bem, meus caros. Bom, vamos já chegando aqui ao fim. Nessa semana, no dia de ontem, né? Fecharam as inscrições para o curso Raízes Católicas do Brasil. Acredito que aqui na live hoje deva ter alunos, né? Que se matricularam para o Raízes Católicas
do Brasil, né? Quem se matriculou, seja muito bem-vindo! Já tem aula disponível lá para vocês começarem a assistir, né? Cada aula tem o seu resumo e tem também a possibilidade de me mandar as perguntas por lá; eu vou respondendo por lá. Então, é um prazer tê-los comigo. Agradeço aí por prestigiarem o curso, se matricularem no curso, e confiarem aqui no meu trabalho. E vocês que acompanham aqui, que eventualmente ainda não tenham se tornado alunos, fica aqui o convite para que nas próximas turmas, os próximos cursos, né? Daqui a um pouquinho, em maio, vai ter uma
novidade aí, mais um curso novo bem preparado; já estamos estruturando esse curso. Então, em maio eu devo anunciar a novidade. Então, quem não se inscreveu no Raízes Católicas, o Raízes Católicas é a história da Igreja do Brasil; o de maio vai ser de outro assunto, né? Então, talvez o de maio atraia a atenção de vocês, então fica aí o convite para que se inscrevam nos próximos cursos. E também faço aqui um apelo a todos aqueles que vejam valor no trabalho que é feito aqui no canal para que apoiem o canal, né? É importante esse apoio,
porque são várias coisas de estrutura mesmo, né? A estrutura de transmissão, os aplicativos que são pagos mensalmente para melhorar o som, para melhorar a imagem, né? Então, tudo isso que eu vou utilizando aqui é sempre pensando em melhorar também a qualidade das transmissões. Graças a Deus, com a ajuda e o apoio de vocês, eu fui melhorando bastante as transmissões. Quem me acompanha aqui desde o início lembra como eram as transmissões; às vezes caíam, a imagem era mais escura. Agora, graças a Deus, já temos uma iluminação melhor, um computador melhor para fazer as transmissões, então tudo,
aos poucos, vai se encaixando. Então, faça esse convite: se você já apoia aqui o canal, muito obrigado, Deus lhe pague! Se você ainda não apoia, considere fazer isso. De que maneira? Você pode adquirir qualquer produto na livraria Rafael Tonon. Na descrição deste vídeo, tem um link da livraria. Você entrou na livraria, comprou qualquer item, uma parcela do valor é revertido aqui para o canal. Na verdade, tem que pagar todo o pessoal lá que trabalha, mas o que retorna é pouco, mas ajuda aqui no canal. Então, se você adquirir os livros, às vezes você quer comprar
alguma coisa, ler alguma coisa, então antes dê uma olhadinha aqui na livraria Rafael Tonon. Pode ser que o que você está procurando e em outros lugares você vai achar aqui na livraria. Todo mês, alguns livros estão em destaque em promoção. Agora vai começar a promoção da Quaresma, então tem muita coisa sobre Penitência, Quaresma, Paixão de Cristo; tá tudo em promoção. Adquirindo esses livros, você contribui diretamente aqui com o canal. Você pode contribuir também com qualquer valor, fazendo uma doação via chave Pix. A chave Pix é o e-mail lrtomon@ah.com.br. Vou até deixar aqui para vocês, no
chat, essa é a chave Pix do canal: lrtomon@yaru.com.br. Você pode fazer uma doação em qualquer valor, já está contribuindo aqui com o canal. O terceiro modo é adquirindo o minicurso "Nossa Senhora da Conceição Aparecida: Sua História, Sua Devoção e Seu Santuário." É um minicurso que eu gravei, narrando e contando a história de Aparecida e levantando alguns dados importantes a respeito da devoção a Nossa Senhora Aparecida, sua história, sua ligação com a história do Brasil. Enfim, são todas essas maneiras de contribuir com esse trabalho que exige estudo, bibliografia e tempo, e tudo isso é oferecido gratuitamente.
Tem uns cursos que são pagos, mas tem muito conteúdo gratuito. Aqui, todos os dias de manhã, eu faço as meditações de Santa Teresa D’Ávila; é material aberto e gratuito. Então, fica aqui o meu convite para que vocês possam apoiar esse trabalho. Está bom? Porque é um trabalho; professor trabalha dando aula. Então, se é um trabalho, vamos expandir e usar essas contribuições para melhorar o canal e atingir mais gente. É isso aí, agradeço a vocês! Fiquem com Deus, ótima noite e bom feriado para todos nós! Fiquem com Deus! Tchau, tchau!
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